SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 40
Baixar para ler offline
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
* Sinterização por difusão de partículas
* Sinterização com formação de fase vítrea
Transporte de matéria durante os estágios iniciais da sinterização
Sinterização
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.1 SINTERIZAÇÃO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
* Ocorre ao longo do contorno de grão e nas superfícies de contato
entre as partículas, providenciando o ligamento e conexão dos grãos
individuais;
* Transporte de material ocorre por difusão - movimento de átomos ou
vacâncias pela superfície dos contornos de grão;
* A difusão no contorno de grão promove o fechamento dos poros e o
aumento da densidade;
* Força-motriz: diferença de energia livre potencial ou química entre as
superfícies livres das partículas e os pontos de contato entre as
partículas adjacentes.
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.2 SINTERIZAÇÃO POR DIFUSÃO DE PARTÍCULAS
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
* Ocorre na presença de um líquido viscoso na temperatura de sinterização;
* Formação de corpos de alta densificação;
* O líquido viscoso penetra entre as partículas do sólido  aumenta a pressão
capilar  auxilia na densificação
MECANISMOS DE DENSIFICAÇÃO:
* Rearranjo das partículas para se alcançar o melhor empacotamento;
* Aumento da pressão de contato entre as partículas  aumenta a taxa de
transferência de material por solução/precipitação, deformação plástica,
transporte de vapor e contorno de grão.
* Temperaturas elevadas  degradação da resistência mecânica do material
 deformação da fase vítrea
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
i) primeiro estágio: fluxo líquido e rearranjo de partículas ocorrem no instante em que
pontes de fase líquida são formadas entre as partículas. Essas partículas podem ser
atraídas ou repelidas pelo líquido. O rearranjo de partículas ocorre enquanto os
pescoços assimétricos são formados e os novos contatos são criados.
ii) segundo estágio: pode ocorrer a dissolução da fase sólida, quando a fase líquida
reage com as partículas sólidas, levando à desintegração, ou ao alto encolhimento
do rearranjo. Normalmente, ocorre o crescimento de grão, dependendo da maneira
com que o grão se acomoda. Pequenas partículas são dissolvidas e reprecipitadas,
de modo não uniforme, como grandes grãos, se o espaço permitir. Se a fase líquida
não dissolver quantidades substanciais de partículas sólidas, o rearranjo cessa
quando as partículas formarem uma malha consistente.
iii) terceiro estágio: se o equilíbrio químico for alcançado, começa o estágio final. No
caso das partículas formarem um esqueleto resistente de fase sólida, uma
densificação suplementar pode ser obtida por sinterização no estado sólido. O
crescimento dos grãos dentro de uma fase líquida resulta no aumento do tamanho
médio das partículas, proporcional à raiz quadrada do tempo de sinterização.
ESTÁGIOS DA SINTERIZAÇÃO VÍTREA
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Esquema de sinterização por difusão
de partículas e com fase vítrea
Esquema de sinterização com
fase vítrea
Sinterização sem e com fase vítrea
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
W-Co: sinterização fase líquida
Rearranjo: fusão (formação fase líquida)
Solução-reprecipitação
(densificação por difusão)
Coalescência de poros
crescimento de grão
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Sinterização fase líquida
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Porosidade
aberta e fechada
Pó de urânia: 0,5 e 5 m
T de sinterização: 1400oC
tempo: 60 minutos
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.4 TIPOS DE POROS
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Efeito da temperatura
e do tempo
T1>T2
(a) crescimento do pescoço
(b) contração
(c) densidade
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.5 EFEITO TEMPERATURA E TEMPO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Pó de titânia: 0,34 m
Efeito da temperatura
e do tempo
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.5 EFEITO TEMPERATURA E TEMPO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Pó de alumina: 0,4 m
Efeito da temperatura
e do tempo
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.5 EFEITO TEMPERATURA E TEMPO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Efeito do tamanho
de partícula
Pó de alumina bimodal: 0,5 e 5 m
T de sinterização: 1600oC
tempo: 60 minutos
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.6 EFEITO DO TAMANHO DE PARTÍCULA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Atmosfera: coração negro
A atmosfera redutora é necessária para se obter a cor branca das peças, já que em
condições oxidantes a pequena quantidade de ferro passa a forma trivalente,
deixando as peças mais ou menos amareladas. A forma bivalente do ferro resulta
numa coloração branca. A queima em condições redutoras também impede a
formação de uma segunda porosidade, a qual seria gerada pela decomposição de
compostos de ferro trivalente [Shuller, 1981].
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Queima de materiais argilosos
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
* até 200ºC: eliminação da água higroscópica ou residual e da água interfoliar ou zeolítica
* 350º a 650ºC: combustão das substâncias orgânicas e dissociação dos sulfetos com
liberação de CO2 e SO2;
* 600º a 800ºC: colapso do retículo dos argilo-minerais com liberação da água de constituição;
* 800º a 950ºC: decomposição dos carbonatos com liberação de CO2;
* 900º a 1000ºC: reações da sílica e da alumina com outros elementos, e formação de silico-
aluminatos complexos que conferem ao corpo cerâmico as propriedades físico-mecânicas
características;
* acima de 1000ºC: amolecimento e fusão dos silico-aluminatos com formação de uma fase
vítrea que, englobando as partículas menos fusíveis, confere ao corpo cerâmico dureza,
compactação, impermeabilidade e resistência mecânica características.
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
* Área A: aumento da temperatura na zona de pré-aquecimento, dos 200ºC aos 800ºC num
tempo de 10 minutos, desde a entrada do forno;
* Área B: aumento da temperatura dos 800ºC aos 1000ºC num tempo de 5 minutos, ainda na
zona de pré-aquecimento;rea C: aumento da temperatura dos 1000ºC aos 1150ºC num tempo
de 2 minutos, ainda na zona de pré-aquecimento;
* Área D: zona de queima propriamente dita, em que a temperatura atinge os 1150ºC e se
estabiliza, e o corpo cerâmico percorre esta zona em 3 minutos;
* Área E: zona de resfriamento rápido e natural do corpo cerâmico
* O aquecimento do corpo cerâmico nas áreas A, B e parte da C, é obtido através de
queimadores situados abaixo do plano dos rolos, de modo a criar um certo gradiente de
temperatura entre a parte baixa e alta do forno, para manter-se “frio” e “permeável” o esmalte
durante a fase de eliminação dos gases. Sucessivamente nas áreas C e D, a temperatura
torna-se uniforme por meio de queimadores superiores. O sistema de queima adotado
comporta sofisticadas regulagens (microprocessadores) que permitem o controle e a
regulagem do forno nas várias zonas, obedecendo rigorosamente o diagrama pré-fixado.
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Curva de gresificação
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Reações de queima em
porcelanas
relacionadas com o
volume ocupado pelas
matérias-primas na
peça.
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Reações de
queima em
porcelanas
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Porcelanas
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Dilatometria: contração durante a queima
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
DTA E TG
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Tipos de fornos
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
2.4.8 TIPOS DE FORNOS
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
2.5.1 USINAGEM
2.5.2 ESMALTAÇÃO
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
2.5.1 USINAGEM
Como fabricar
peças como
algumas destas?
INTRODUÇÃO
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Normalmente, um melhor acabamento superficial ocorre via de regra para materiais que tenham
fratura dúctil. Para a usinagem de materiais cerâmicos é necessário que a iniciação e propagação
da fratura frágil sejam minimizadas.
Isto depende de fatores como: i) material; ii) abrasivo; iii) equipamento; iv) fatores operacionais
Comparação com os metais:
-Materiais cerâmicos são mais rígidos (maior E): menor deformação plástica na usinagem.
Conseqüência: podem ser usinados a tolerâncias menores, geometria mais precisa e melhor
planicidade que os metais.
-Materiais cerâmicos são mais resistentes quimicamente que os metais. Conseqüência: não
queimam por exemplo durante a usinagem.
-A dureza dos materiais cerâmicos advém da energia de suas ligações e não diretamente da
microestrutura (tratamento térmico) como os metais. Conseqüência: não perdem propriedades
durante o aquecimento da superfície na usinagem, como pode ocorrer com os metais.
2.5.1 USINAGEM
INTRODUÇÃO
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
-Influência da condutividade térmica: mais difíceis de usinar materiais com baixa K. Exemplo em
metais: W e Inconel. Metais e cerâmicos têm variada K. Alguns cerâmicos combinam
desvantajosamente baixo K e baixa RChoqueT.
-baixa tenacidade (absorção de energia até a fratura) ou baixa resistência à propagação de trincas
ou entalhes pré-existentes.
-As propriedades dos materiais dependem do tipo, composição, microestrutura e processamento:
grande variação nas propriedades nos cerâmicos!
Aplicação:
-biomateriais
-ferramentas de corte, rolamentos, componentes para motores
-refratários
-componentes para a indústria eletrônica (cabeças magnéticas, microchips, substratos)
-A usinagem pode degradar a resistência mecânica dos materiais cerâmicos.
2.5.1 USINAGEM
INTRODUÇÃO
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
escala de dureza de
diferentes materiais
Material Densidade K relativo 
ToC
degradação
C 3,52 100-350 4,8 800
Al2O3 3,92 1 8,6 1.750
SiC 3,21 10 4,5 1.500
2.5.1 USINAGEM
MATERIAIS
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Diamante
Peça
Profundidade de
corte
1. Abrasivo / peça
2. Cavaco / ligante
3. Cavaco / peça
4. Ligante / peça
Usinagem otimizada: mecanismo 1
INTERAÇÕES NA ZONA DE DESGASTE
2.5.1 USINAGEM
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Resistência mecânica após
usinagem:
Resistência mecânica em
função da direção de
usinagem e da granulometria
do abrasivo.
(HPSN)
PROPRIEDADES
2.5.1 USINAGEM
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Resistência mecânica após
usinagem:
Resistência mecânica em
função da granulometria do
abrasivo.
(HPSN)
PROPRIEDADES
2.5.1 USINAGEM
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
(SiAlON)
Energia requerida na
usinagem:
Energia específica em função
da granulometria do abrasivo.
PROPRIEDADES
2.5.1 USINAGEM
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
(SiAlON)
Carga requerida na
usinagem:
Força normal / granulometria
do abrasivo em função da
granulometria do abrasivo.
PROPRIEDADES
2.5.1 USINAGEM
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Forma dos cavacos:
fratura frágil e dúctil
FERRITA
Al2O3
ZrO2
Frágil Dúctil Dúctil
Dúctil
Frágil
PROPRIEDADES
2.5.1 USINAGEM
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
abrasivo grosseiro
abrasivo fino
ZrO2
ZrO2
Al2O3
Al2O3
Si3N4
Ferrita
Ferrita
HPSN
(2255 x)
ACABAMENTO
SUPERFICIAL
2.5.1 USINAGEM
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS
Fatores de influência:
CORTE
SULCO
ATRITO/FRICÇÃO
MATERIAL
DISCO ABRASIVO
EQUIPAMENTO
PARÂMETROS OP
FORÇÃO
ABRASIVAS E
ENERGIA
GERAÇÃO DE
SUPERFÍCIES
DESGASTE DO
DISCO ABRASIVO
CAVACOS
TROCA DE CALOR
QUALIDADE
ECONOMICIDADE
DESENVOLVIMENTOS
INTEGRIDADE DA
SUPERFÍCIE
STRESS RESIDUAL
PROCESSO
FATORES DE INFLUÊNCIA
2.5.1 USINAGEM
2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a densificação.pdf

Silva neto ov conamet_2007
Silva neto ov conamet_2007Silva neto ov conamet_2007
Silva neto ov conamet_2007Karina Mello
 
Revestimentos de-diamante-cvd
Revestimentos de-diamante-cvdRevestimentos de-diamante-cvd
Revestimentos de-diamante-cvdDayana Guzman
 
17 cbecimat 311-006-2006_villar
17 cbecimat 311-006-2006_villar17 cbecimat 311-006-2006_villar
17 cbecimat 311-006-2006_villarKarina Mello
 
Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica
Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão TérmicaEbook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica
Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão TérmicaRIJEZA
 
Processo de pelotização.
Processo de pelotização.Processo de pelotização.
Processo de pelotização.luciano da silva
 
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892Barto Freitas
 
Artigo na revista cerâmica industrial v21n2a06
Artigo na revista cerâmica industrial   v21n2a06Artigo na revista cerâmica industrial   v21n2a06
Artigo na revista cerâmica industrial v21n2a06Zacarias Junior
 
Mod 3 moviment ode-particulasnumfluido-parte2
Mod 3 moviment ode-particulasnumfluido-parte2Mod 3 moviment ode-particulasnumfluido-parte2
Mod 3 moviment ode-particulasnumfluido-parte2Fersay
 
Coletanea habitare volume_4_parte_08
Coletanea habitare volume_4_parte_08Coletanea habitare volume_4_parte_08
Coletanea habitare volume_4_parte_08Ely Barros
 
Indústria de vidro
Indústria de vidroIndústria de vidro
Indústria de vidroMalgton Will
 
Ft 24 25 relatorio andre quendera pdf
Ft 24 25 relatorio andre quendera pdfFt 24 25 relatorio andre quendera pdf
Ft 24 25 relatorio andre quendera pdfAndre Quendera
 
Revestimentos Aplicados por Aspersão Térmica
Revestimentos Aplicados por Aspersão TérmicaRevestimentos Aplicados por Aspersão Térmica
Revestimentos Aplicados por Aspersão TérmicaRIJEZA
 

Semelhante a densificação.pdf (20)

Silva neto ov conamet_2007
Silva neto ov conamet_2007Silva neto ov conamet_2007
Silva neto ov conamet_2007
 
Revestimentos de-diamante-cvd
Revestimentos de-diamante-cvdRevestimentos de-diamante-cvd
Revestimentos de-diamante-cvd
 
17 cbecimat 311-006-2006_villar
17 cbecimat 311-006-2006_villar17 cbecimat 311-006-2006_villar
17 cbecimat 311-006-2006_villar
 
Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica
Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão TérmicaEbook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica
Ebook: Tudo o que você precisa saber sobre Aspersão Térmica
 
Processo de pelotização.
Processo de pelotização.Processo de pelotização.
Processo de pelotização.
 
aula 4 CIMENTO 2023.pptx
aula 4 CIMENTO 2023.pptxaula 4 CIMENTO 2023.pptx
aula 4 CIMENTO 2023.pptx
 
Cerámicas
CerámicasCerámicas
Cerámicas
 
Mecanismos de deterioracão do Concreto
Mecanismos de deterioracão do ConcretoMecanismos de deterioracão do Concreto
Mecanismos de deterioracão do Concreto
 
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
 
Extrusao turma 3 d3a
Extrusao  turma  3 d3aExtrusao  turma  3 d3a
Extrusao turma 3 d3a
 
Artigo na revista cerâmica industrial v21n2a06
Artigo na revista cerâmica industrial   v21n2a06Artigo na revista cerâmica industrial   v21n2a06
Artigo na revista cerâmica industrial v21n2a06
 
118 050 cbecimat bruna 2012
118 050  cbecimat bruna 2012118 050  cbecimat bruna 2012
118 050 cbecimat bruna 2012
 
Mod 3 moviment ode-particulasnumfluido-parte2
Mod 3 moviment ode-particulasnumfluido-parte2Mod 3 moviment ode-particulasnumfluido-parte2
Mod 3 moviment ode-particulasnumfluido-parte2
 
10 ipt- fibrocimento-pt
10 ipt- fibrocimento-pt10 ipt- fibrocimento-pt
10 ipt- fibrocimento-pt
 
Coletanea habitare volume_4_parte_08
Coletanea habitare volume_4_parte_08Coletanea habitare volume_4_parte_08
Coletanea habitare volume_4_parte_08
 
Indústria de vidro
Indústria de vidroIndústria de vidro
Indústria de vidro
 
Ft 24 25 relatorio andre quendera pdf
Ft 24 25 relatorio andre quendera pdfFt 24 25 relatorio andre quendera pdf
Ft 24 25 relatorio andre quendera pdf
 
Huum.info fundicao-pr c0ba99d2078eadd0b57090ccbdafd400
Huum.info fundicao-pr c0ba99d2078eadd0b57090ccbdafd400Huum.info fundicao-pr c0ba99d2078eadd0b57090ccbdafd400
Huum.info fundicao-pr c0ba99d2078eadd0b57090ccbdafd400
 
Revestimentos Aplicados por Aspersão Térmica
Revestimentos Aplicados por Aspersão TérmicaRevestimentos Aplicados por Aspersão Térmica
Revestimentos Aplicados por Aspersão Térmica
 
Aula8materiais 120604063301-phpapp01
Aula8materiais 120604063301-phpapp01Aula8materiais 120604063301-phpapp01
Aula8materiais 120604063301-phpapp01
 

Último

10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfdanielemarques481
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICAPabloVinicius40
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 

Último (6)

10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 

densificação.pdf

  • 1. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS * Sinterização por difusão de partículas * Sinterização com formação de fase vítrea Transporte de matéria durante os estágios iniciais da sinterização Sinterização 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.1 SINTERIZAÇÃO
  • 2. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS * Ocorre ao longo do contorno de grão e nas superfícies de contato entre as partículas, providenciando o ligamento e conexão dos grãos individuais; * Transporte de material ocorre por difusão - movimento de átomos ou vacâncias pela superfície dos contornos de grão; * A difusão no contorno de grão promove o fechamento dos poros e o aumento da densidade; * Força-motriz: diferença de energia livre potencial ou química entre as superfícies livres das partículas e os pontos de contato entre as partículas adjacentes. 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.2 SINTERIZAÇÃO POR DIFUSÃO DE PARTÍCULAS
  • 3. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS * Ocorre na presença de um líquido viscoso na temperatura de sinterização; * Formação de corpos de alta densificação; * O líquido viscoso penetra entre as partículas do sólido  aumenta a pressão capilar  auxilia na densificação MECANISMOS DE DENSIFICAÇÃO: * Rearranjo das partículas para se alcançar o melhor empacotamento; * Aumento da pressão de contato entre as partículas  aumenta a taxa de transferência de material por solução/precipitação, deformação plástica, transporte de vapor e contorno de grão. * Temperaturas elevadas  degradação da resistência mecânica do material  deformação da fase vítrea 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
  • 4. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS i) primeiro estágio: fluxo líquido e rearranjo de partículas ocorrem no instante em que pontes de fase líquida são formadas entre as partículas. Essas partículas podem ser atraídas ou repelidas pelo líquido. O rearranjo de partículas ocorre enquanto os pescoços assimétricos são formados e os novos contatos são criados. ii) segundo estágio: pode ocorrer a dissolução da fase sólida, quando a fase líquida reage com as partículas sólidas, levando à desintegração, ou ao alto encolhimento do rearranjo. Normalmente, ocorre o crescimento de grão, dependendo da maneira com que o grão se acomoda. Pequenas partículas são dissolvidas e reprecipitadas, de modo não uniforme, como grandes grãos, se o espaço permitir. Se a fase líquida não dissolver quantidades substanciais de partículas sólidas, o rearranjo cessa quando as partículas formarem uma malha consistente. iii) terceiro estágio: se o equilíbrio químico for alcançado, começa o estágio final. No caso das partículas formarem um esqueleto resistente de fase sólida, uma densificação suplementar pode ser obtida por sinterização no estado sólido. O crescimento dos grãos dentro de uma fase líquida resulta no aumento do tamanho médio das partículas, proporcional à raiz quadrada do tempo de sinterização. ESTÁGIOS DA SINTERIZAÇÃO VÍTREA 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
  • 5. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Esquema de sinterização por difusão de partículas e com fase vítrea Esquema de sinterização com fase vítrea Sinterização sem e com fase vítrea 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
  • 6. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS W-Co: sinterização fase líquida Rearranjo: fusão (formação fase líquida) Solução-reprecipitação (densificação por difusão) Coalescência de poros crescimento de grão 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
  • 7. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Sinterização fase líquida 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
  • 8. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Porosidade aberta e fechada Pó de urânia: 0,5 e 5 m T de sinterização: 1400oC tempo: 60 minutos 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.3 SINTERIZAÇÃO COM FASE VÍTREA
  • 9. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.4 TIPOS DE POROS
  • 10. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Efeito da temperatura e do tempo T1>T2 (a) crescimento do pescoço (b) contração (c) densidade 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.5 EFEITO TEMPERATURA E TEMPO
  • 11. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Pó de titânia: 0,34 m Efeito da temperatura e do tempo 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.5 EFEITO TEMPERATURA E TEMPO
  • 12. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Pó de alumina: 0,4 m Efeito da temperatura e do tempo 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.5 EFEITO TEMPERATURA E TEMPO
  • 13. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Efeito do tamanho de partícula Pó de alumina bimodal: 0,5 e 5 m T de sinterização: 1600oC tempo: 60 minutos 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.6 EFEITO DO TAMANHO DE PARTÍCULA
  • 14. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Atmosfera: coração negro A atmosfera redutora é necessária para se obter a cor branca das peças, já que em condições oxidantes a pequena quantidade de ferro passa a forma trivalente, deixando as peças mais ou menos amareladas. A forma bivalente do ferro resulta numa coloração branca. A queima em condições redutoras também impede a formação de uma segunda porosidade, a qual seria gerada pela decomposição de compostos de ferro trivalente [Shuller, 1981]. 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 15. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Queima de materiais argilosos 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 16. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS * até 200ºC: eliminação da água higroscópica ou residual e da água interfoliar ou zeolítica * 350º a 650ºC: combustão das substâncias orgânicas e dissociação dos sulfetos com liberação de CO2 e SO2; * 600º a 800ºC: colapso do retículo dos argilo-minerais com liberação da água de constituição; * 800º a 950ºC: decomposição dos carbonatos com liberação de CO2; * 900º a 1000ºC: reações da sílica e da alumina com outros elementos, e formação de silico- aluminatos complexos que conferem ao corpo cerâmico as propriedades físico-mecânicas características; * acima de 1000ºC: amolecimento e fusão dos silico-aluminatos com formação de uma fase vítrea que, englobando as partículas menos fusíveis, confere ao corpo cerâmico dureza, compactação, impermeabilidade e resistência mecânica características. 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 17. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 18. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS * Área A: aumento da temperatura na zona de pré-aquecimento, dos 200ºC aos 800ºC num tempo de 10 minutos, desde a entrada do forno; * Área B: aumento da temperatura dos 800ºC aos 1000ºC num tempo de 5 minutos, ainda na zona de pré-aquecimento;rea C: aumento da temperatura dos 1000ºC aos 1150ºC num tempo de 2 minutos, ainda na zona de pré-aquecimento; * Área D: zona de queima propriamente dita, em que a temperatura atinge os 1150ºC e se estabiliza, e o corpo cerâmico percorre esta zona em 3 minutos; * Área E: zona de resfriamento rápido e natural do corpo cerâmico * O aquecimento do corpo cerâmico nas áreas A, B e parte da C, é obtido através de queimadores situados abaixo do plano dos rolos, de modo a criar um certo gradiente de temperatura entre a parte baixa e alta do forno, para manter-se “frio” e “permeável” o esmalte durante a fase de eliminação dos gases. Sucessivamente nas áreas C e D, a temperatura torna-se uniforme por meio de queimadores superiores. O sistema de queima adotado comporta sofisticadas regulagens (microprocessadores) que permitem o controle e a regulagem do forno nas várias zonas, obedecendo rigorosamente o diagrama pré-fixado. 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 19. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 20. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Curva de gresificação 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 21. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Reações de queima em porcelanas relacionadas com o volume ocupado pelas matérias-primas na peça. 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 22. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Reações de queima em porcelanas 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 23. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Porcelanas 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 24. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Dilatometria: contração durante a queima 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 25. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS DTA E TG 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.7 EFEITOS NA QUEIMA
  • 26. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Tipos de fornos 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO 2.4.8 TIPOS DE FORNOS
  • 27. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS 2.4 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: DENSIFICAÇÃO
  • 28. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS 2.5.1 USINAGEM 2.5.2 ESMALTAÇÃO 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 29. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS 2.5.1 USINAGEM Como fabricar peças como algumas destas? INTRODUÇÃO 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 30. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Normalmente, um melhor acabamento superficial ocorre via de regra para materiais que tenham fratura dúctil. Para a usinagem de materiais cerâmicos é necessário que a iniciação e propagação da fratura frágil sejam minimizadas. Isto depende de fatores como: i) material; ii) abrasivo; iii) equipamento; iv) fatores operacionais Comparação com os metais: -Materiais cerâmicos são mais rígidos (maior E): menor deformação plástica na usinagem. Conseqüência: podem ser usinados a tolerâncias menores, geometria mais precisa e melhor planicidade que os metais. -Materiais cerâmicos são mais resistentes quimicamente que os metais. Conseqüência: não queimam por exemplo durante a usinagem. -A dureza dos materiais cerâmicos advém da energia de suas ligações e não diretamente da microestrutura (tratamento térmico) como os metais. Conseqüência: não perdem propriedades durante o aquecimento da superfície na usinagem, como pode ocorrer com os metais. 2.5.1 USINAGEM INTRODUÇÃO 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 31. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS -Influência da condutividade térmica: mais difíceis de usinar materiais com baixa K. Exemplo em metais: W e Inconel. Metais e cerâmicos têm variada K. Alguns cerâmicos combinam desvantajosamente baixo K e baixa RChoqueT. -baixa tenacidade (absorção de energia até a fratura) ou baixa resistência à propagação de trincas ou entalhes pré-existentes. -As propriedades dos materiais dependem do tipo, composição, microestrutura e processamento: grande variação nas propriedades nos cerâmicos! Aplicação: -biomateriais -ferramentas de corte, rolamentos, componentes para motores -refratários -componentes para a indústria eletrônica (cabeças magnéticas, microchips, substratos) -A usinagem pode degradar a resistência mecânica dos materiais cerâmicos. 2.5.1 USINAGEM INTRODUÇÃO 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 32. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS escala de dureza de diferentes materiais Material Densidade K relativo  ToC degradação C 3,52 100-350 4,8 800 Al2O3 3,92 1 8,6 1.750 SiC 3,21 10 4,5 1.500 2.5.1 USINAGEM MATERIAIS 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 33. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Diamante Peça Profundidade de corte 1. Abrasivo / peça 2. Cavaco / ligante 3. Cavaco / peça 4. Ligante / peça Usinagem otimizada: mecanismo 1 INTERAÇÕES NA ZONA DE DESGASTE 2.5.1 USINAGEM 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 34. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Resistência mecânica após usinagem: Resistência mecânica em função da direção de usinagem e da granulometria do abrasivo. (HPSN) PROPRIEDADES 2.5.1 USINAGEM 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 35. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Resistência mecânica após usinagem: Resistência mecânica em função da granulometria do abrasivo. (HPSN) PROPRIEDADES 2.5.1 USINAGEM 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 36. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS (SiAlON) Energia requerida na usinagem: Energia específica em função da granulometria do abrasivo. PROPRIEDADES 2.5.1 USINAGEM 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 37. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS (SiAlON) Carga requerida na usinagem: Força normal / granulometria do abrasivo em função da granulometria do abrasivo. PROPRIEDADES 2.5.1 USINAGEM 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 38. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Forma dos cavacos: fratura frágil e dúctil FERRITA Al2O3 ZrO2 Frágil Dúctil Dúctil Dúctil Frágil PROPRIEDADES 2.5.1 USINAGEM 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 39. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS abrasivo grosseiro abrasivo fino ZrO2 ZrO2 Al2O3 Al2O3 Si3N4 Ferrita Ferrita HPSN (2255 x) ACABAMENTO SUPERFICIAL 2.5.1 USINAGEM 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO
  • 40. Introdução aos Materiais Cerâmicos- PPGEM-DEMAT-EE-UFRGS Fatores de influência: CORTE SULCO ATRITO/FRICÇÃO MATERIAL DISCO ABRASIVO EQUIPAMENTO PARÂMETROS OP FORÇÃO ABRASIVAS E ENERGIA GERAÇÃO DE SUPERFÍCIES DESGASTE DO DISCO ABRASIVO CAVACOS TROCA DE CALOR QUALIDADE ECONOMICIDADE DESENVOLVIMENTOS INTEGRIDADE DA SUPERFÍCIE STRESS RESIDUAL PROCESSO FATORES DE INFLUÊNCIA 2.5.1 USINAGEM 2.5 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO: ACABAMENTO