O documento é uma narrativa sobre a história e importância do papel. Conta como o papel surgiu no Egito antigo, viajou pelo mundo, e se tornou um meio essencial para escrita, educação, comunicação e registro de informações. Também destaca a importância do papel reciclado e pede para que as pessoas cuidem do meio ambiente.
1. G . R . B. C DO BARRIGA
Sede: Rua Mar Grande nª 332 – Cordovil
Fundação : 20 de Janeiro de 1944
Quem sou eu? Sou o papel, minha historia vou lhe contar.
Pois sou dos segredos dos mais antigos da humanidade.
Nasci lá pelas bandas do Egito
Viajei por todo o Ocidente e Oriente
Guardei os escritos e mandamentos
Revelei novos mundos, e grandes conquistas.
Na seda e fibra da mãe natureza, na china me transformei.
Sob o fardo de uma pena me tornei papel
Fui decorado, coroado como um rei.
Tornei-me popular por onde passei.
Em minhas paginas, os homens escreveram historias que
atravessaram o tempo.
Nas mãos de um poeta, ganhei a vida, revive.
2. Viajei no tempo, na memória, nos sentimentos,
Na história...
Prensado na rotativa, impresso, expresso.
Dia, dia sou noticia informação para você.
Nas assas da paz, fui mensageiro das emoções e de grandes
paixões, viajei pelo mundo em cartas e cartões.
Vivo por ai de mão em mão, pois como bem sabem tenho sim o
meu valor, afinal sou a cara da riqueza e comigo quase tudo
se enfrenta.
Carimbado, assinado, registrado coloco tudo preto no branco,
afinal vale o que em mim estiver escrito.
Talvez por isso possa dizer que sou a sorte do apostador,
E o desgosto do devedor, sou a receita do doutor para curar o
desamor.
Sou de grande importância para toda a humanidade,
Pois ao logo de seu tempo eduquei crianças de varias gerações.
E posso lhe afirmar que ainda sou capaz de transforma o
mundo.
Pois de posse de uma folha em branco, todos são capazes de
reinventar e reescrever a sua trajetória.
Abrir os portais para um mundo lúdico,
Onde com as mãos dobrando, recortando e colando.
3. Transformam-me em brinquedo, pipas que colorem os céus,
barquinhos que navegam pela imaginação, rosas dos ventos
que giram pelo ar, revelando, arte, sonho e fantasia.
Mais por hora, só lhe peço um favor, não me jogue no chão,
não me faça de vilão da poluição.
Pois já passei de mão em mão, e não quero ver você tendo que
pagar, por me abandonar por ai, jogado em qualquer esquina.
Pense, use a consciência, e preciso me reciclar, me
transformar, para que juntos posamos ver o amanhã florir.
Pois afinal ainda quero seguir com você, livre e solto por ai
no meio desta multidão.
Bailando pelo ar, em forma de confete e serpentina.
Vendo você feliz da vida, fazer seu papel neste carnaval.
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Raphael Ladeira - Carnavalesco
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André Lucio Sabino (Miranda) – Presidente
4. Há papel em tudo:
Há papel no estudo, E na formatura, Há papel no
canudo.
Quando alguém nasce, Registra-se em papel;
Quando alguém morre, Registra-se em papel.
A biografia, A radiografia,
Que papelaria! Em tudo há papel:
O papel condena, O papel absolve,
O papel permanece, O papel dissolve.
O papel às pressas, Na rotativa.
O papel impresso, a noticia em papel.
O papel registra, O papel conquista,
O papel descreve, O papel prescreve.
Sem o papel não se escreve,
Sem papel não há arte
Que papel importante, Representa o papel!
Há papel na minha mão:
É a certidão.
Há papel no meu pé... É bola de papel.
O papel que enriquece: É a loteria.
O papel que aborrece: É a conta atrasada.
O papel que entristece: É a carta rasgada.
O papel da alegria: O papel do presente.
O papel que anuncia: O papel envolvente.
5. O papel corre o mundo, Em carta e cartão.
Mas o cheque sem fundo É um papelão!
O papel é livro.
O papel de parede É um papel que se lava.
No papel se lavra A ordem de prisão, A libertação.
O passe, A posse, Em tudo há papel:
O papel apresenta, O papel representa,
Com o papel-moeda, Quase tudo se enfrenta:
O papel do contrato, O preto no branco,
O papel do retrato, O branco e o preto.
Meu papel ninguém tasca:
E o papel pega-mosca?
O papel colorido, O papel de balão.
Ontem vi um vestido, Papel e confecção.
O papel que eu devo O papel que eu pago
Se em papel eu escrevo, Do papel sou escravo,
Mas como o futuro Corre acelerado,
Mais certo e seguro e o papel passado
A curta mensagem Perderá o valor
(a primeira viagem No papel do escritor)
Será ultrapassada.
E o leitor infiel, Fará dela uma bola.
Também de papel, E será esquecida, em sua solidão.
Atirada num canto, Qualquer do porão.
(Autor desconhecido)