O documento descreve a infraestrutura de cabos ópticos submarinos e subfluviais no Brasil. Atualmente existem 14 cabos submarinos e 1 subfluvial que interligam o Brasil a países da América, Europa e África. Projetos futuros como o Monet, SAEx e SACS pretendem expandir as conexões internacionais e melhorar a colaboração acadêmica e científica.
MPCT2017 - REDES ÓPTICAS SUBMARINAS E SUBFLUVIAIS NO BRASIL
1.
2. REDES ÓPTICAS SUBMARINAS
E SUBFLUVIAIS NO BRASIL
Prof. Júlio César Magro, Ms
Professor Assistente IV
Julio.magro@metrocamp.edu.br
www.devrybrasil.edu.br/metrocamp
3. Introdução
• Perspectiva de crescimento do tráfego e da demanda por
banda
• Transmissão de vídeo
• Serviços baseados em nuvem
• Internet das coisas
• Redes móveis de 5G com taxas superiores a 10 Gbit/s
• ...
• Necessidade das redes ópticas de longa distância e altíssima
capacidade de transmissão em DWDM
• Interligar países e continentes
• Suporte a pessoas, organizações e negócios globalizados
4. Introdução
• As redes ópticas submarinas e subfluviais apresentam a
solução para dar vazão a toda essa demanda de tráfego,
além de criar novas rotas de interconexão
• As principais partes das redes ópticas submarinas são:
• Cabos ópticos submarinos
• Unidades de ramificação (Branching Units)
• permitem dividir o cabo óptico para outras direções e facilitar a
implantação de novos cabos
• Sistema de energia
• para os amplificadores ópticos (repetidores)
• Sistema de supervisão
• para monitoramento do cabo e dos repetidores ópticos
• Equipamentos de transmissão DWDM
(ANDRADE, 2017)
5. Introdução
• A capacidade de transmissão de bits dos cabos ópticos
submarinos depende:
• da quantidade de canais DWDM
• da taxa de bits utilizada em cada canal, consideradas no
projeto
• Atualmente existem mais 320 cabos submarinos em
operação no mundo (Telegeography, 2016) e são utilizados
para transmitir dados, voz e vídeo
• No Brasil 14 cabos submarinos e 1 subfluvial estão
presentes
7. MÉTODO
• O método utilizado foi estudo bibliográfico em livros,
artigos, revistas e sites especializados
• O material estudado encontra-se nas referências
bibliográficas
9. Resultados
• A América Móvil, controladora no Brasil das operadoras
Claro, Net e Embratel, possui o sistema de cabos
submarinos AMX-1, que conecta sete países e 11 pontos de
destino
• O AMX-1 (America Movil Submarine Cable System-1) foi
projetado para suportar taxas de 10 Gbit/s, 40 Gbit/s e 100
Gbit/s em seus canais DWDM
• A rota de 17.800 km sai da América do Norte, atravessa a
América Central e chega ao Brasil em três pontos: Fortaleza
(Praia do Futuro), Salvador (Praia da Pituba) e Rio de Janeiro
(Praia do Recreio) (TELETIME, 2013)
11. Resultados
• O cabo submarino Americas I (inicialmente Brasil, Trinidad &
Tobago, Porto Rico e Estados Unidos) foi inaugurado em
setembro de 1994 e sai de Fortaleza rumo à Flórida
• Posteriormente o Americas I passou a designar somente a
interligação Porto Rico e Estados Unidos (Telegeography,
2017)
• O Americas II entrou em operação em setembro de 2000 e é
resultado de um consórcio das operadoras Embratel, AT&T,
Verizon, Sprint, CANTV e outras
• Com 8.373 km de extensão o Américas II interliga o Brasil, a
Guiana Francesa, Trinidad e Tobago, Venezuela, Curaçao,
Martinica, Porto Rico e Estados Unidos
13. Resultados
• O ATLANTIS-2 pertence a um consórcio internacional
formado por 25 grandes empresas de telecomunicações
• Setenta por cento do empreendimento foi feito pelas
operadoras Embratel, Deutsche Telecom, Telecom Itália,
STET-France Telecom, e Telefónica de Espanha
• Com cerca de 12.000 km de extensão e em operação desde
o início de 2000, liga o Brasil (de Natal até o Rio de Janeiro)
à Europa, África e América do Sul
• Na infraestrutura do Atlantis 2, a Embratel implantou ainda,
para seu uso exclusivo, dois pares adicionais de fibras óticas,
entre Fortaleza e Rio de Janeiro
15. Resultados
• O cabo submarino SAM-1 (South America-1) da Telxius em
operação desde 2001 é um sistema construído pela
Telefónica SA que interliga as três Américas por meio de
cabos que somam 25.000 km de extensão
• Permite a conexão na América Latina, América Central e os
Estados Unidos. Atende ao Brasil, Argentina, Chile, Peru,
Guatemala, Porto Rico e Estados Unidos
• No Brasil, o cabo interliga as cidades de Santos, Rio de
Janeiro, Fortaleza e Salvador
17. Resultados
• Em operação desde 2000 o SAC/LAN (South American
Crossing/Latin American Nautilus) da Level 3 e Telecom
Italia Sparkle tem 20.000 km e interliga os principais países
da América do Sul, Central e Norte (Brasil, Argentina, Chile,
Peru, Panamá e USA)
19. Resultados
• O cabo da Globenet da BTG Pactual entrou em operação
em 2001 e interliga os Estados Unidos, as Ilhas Bermudas, a
Venezuela e o Brasil
• Possui 23.500 km de extensão. No Brasil os pontos de
entrada são as cidades do Rio de Janeiro e de Fortaleza
21. Resultados
• Inaugurado em 1994, o sistema de telecomunicações
UNISUR interconecta os países do Mercosul, Argentina (La
Plata), Brasil (Florianópolis) e Uruguai (Maldonado)
• Resultado de um consórcio formado pelas operadoras
Embratel, Antel (Uruguai) e Telintar (Argentina), compõe-se
de um cabo submarino de fibra ótica com 1.741 km de
extensão (PALACIOS; SANTOS, 2003)
23. Resultados
• O cabo óptico submarino JUNIOR da Google em homenagem ao
pintor e desenhista brasileiro José Ferraz de Almeida Júnior
(1850-1899) liga a Praia da Macumba no Rio de Janeiro à Praia
Grande na Baixada Santista, com aproximadamente 390 km
• O início da operação do sistema está previsto para o segundo
semestre de 2017
• Composto de oito pares de fibra e de três repetidores submarinos
desenvolvidos pela Padtec, o Júnior se interconecta com outros
dois cabos submarinos na região
• O primeiro é o MONET, um cabo de 10.556 km que conecta Boca
Raton, no estado americano da Flórida, a duas importantes
cidades no litoral brasileiro, Fortaleza e Santos
• O segundo é o TANNAT, que se estende por 2.000 km de Santos
até Maldonado, no Uruguai (RAMOS, 2016)
25. Resultados
• O teste em mar da solução submarina foi realizado em
Curuçao em 2014 (PADTEC, 2014)
• https://www.youtube.com/watch?v=pTkGD9vgR-Y
26. Resultados
• O Monet, cabo óptico do consórcio formado por Angola
Cables, Google, Algar Telecom, Antel Uruguay, com previsão
para entrada em produção no final de 2017
• Com participação de uso também de entidades acadêmicas
como a RNP tem como função a otimização da interconexão
entre Brasil e Estados Unidos
• Esse cenário oferece à comunidade acadêmica sul-
americana condições para maior colaboração em projetos
que demandam grande capacidade de rede
• No caso do Monet, um dos grandes compradores de
capacidade no cabo será o projeto Large Scale Synoptic
Telescope (LSST) no Chile (MANSUR, 2017)
29. Resultados
• A Telebrás, em uma joint venture com a espanhola IslaLink
Submarine Cables, possui o cabo Ellalink com 5.900 km de
extensão e liga Fortaleza a Lisboa, passando por Fernando
de Noronha, Cabo Verde, Canárias e Madeira
• O cabo permitirá que o Brasil e demais países da América do
Sul tenham acesso direto aos maiores Pontos de Troca de
Tráfego (PTTs) do mundo, localizados nas cidades de
Frankfurt, Amsterdã, Londres e Paris
• Possibilitará também que mais de 1.400 instituições de
pesquisa e educação na América do Sul (800 destas no
Brasil) e 3.000 na Europa, incluindo escolas, universidades,
hospitais universitários entre outros, possam ampliar a troca
de informações relevantes ao desenvolvimento da ciência e
tecnologia de seus respectivos países (TELEBRAS, 2016)
31. Resultados
• A Seaborn Networks e a Alcatel-Lucent construíram o
sistema de cabo submarino Seabras-1 entre os EUA e o
Brasil com 10.800 km de extensão
• O Seabras-1 é um sistema que liga Nova York a Fortaleza e
São Paulo (TELESÍNTESE, 2014)
33. Resultados
• O Cameron-Brazil Cable System (CBCS) é um cabo óptico
que interliga o Brasil a África (Fortaleza–Kribi/Camarões)
com 5.900 km de propriedade do consórcio CamTel, China
Unicom, Telefonica
• Projetado e instalado pela Huawei e previsto para entrar em
atividade no final de 2017 (QIU, 2015)
• Posteriormente denominado South Atlantic Inter Link (SAIL)
(SUBMARINE, 2016)
35. Resultados
• A prefeitura de Fortaleza e a Angola Cables, empresa que
reúne os cinco principais operadores de telecomunicação
angolanos, firmaram um contrato que prevê a criação de um
data center de cerca de três mil metros quadrados de área
de TI, além da construção da estação dos cabos submarinos
que acolherá, para além de outros, o cabo do SACS (South
Atlantic Cable System), que liga Angola ao Brasil e que será o
primeiro a atravessar o Atlântico Sul com 6.165 km de
extensão (TELESÍNTESE, 2015)
37. Resultados
• O SAEx (South Atlantic Express) é um cabo da SimplCom
South Africa , eFive Telecom (e outras empresas em
consórcio) que conectará diretamente o Brasil e a África do
Sul (com aproximadamente 9.000 km de extensão),
planejado para entrar em operação em 2017
• Será muito importante para otimizar as comunicações do
Brasil com a Europa e região BRICS (MANSUR, 2017)
39. Resultados
• O cabo subfluvial é uma iniciativa que faz parte do Programa
Amazônia Conectada em que o Exército e o governo
estadual buscam conectar o interior do Amazonas
• O primeiro trecho foi concluído em 2015 (TELESÍNTESE,
2015)
• Em 2017 com a conclusão da rota de 470 km, que interliga
por cabo óptico subfluvial Coari a Manaus, o projeto
Amazônia Conectada concluiu seu terceiro trecho, que
coloca Manaus em conexão com Tefé, parte da infovia do
Alto Solimões
• O projeto total prevê cinco infovias: Alto Solimões, Alto Rio
Negro, Madeira, Purus e Juruá, num total de 7.650 km
(DIAS, 2017)
41. Resultados
• O Projeto Piloto - Programa Amazônia Conectada ocorreu em
2015 (PADTEC, 2015)
• https://www.youtube.com/watch?v=cYMb7QDBTrI&feature=youtu.be
42. Resultados
• O amplificador óptico (repetidor) da Padtec resultado do
desenvolvimento pioneiro de soluções em amplificação óptica
submarina na América Latina
• O amplificador óptico utiliza componentes eletrônicos e ópticos (com
redundância dos principais componentes) que garantem desempenho e
confiabilidade, necessita de proteção mecânica que permite suportar
corrosão e as altas pressões do fundo do mar (até 8 mil metros) e
possuir tempo de vida útil superior a 25 anos
• Para garantir a qualidade requerida diante dos desafios que uma rede
transoceânica apresenta, o equipamento deve ser submetido a testes,
em laboratórios especializados, como de pressão e tração, simulando
condições reais do fundo do mar (ANDRADE, 2017)
43. DISCUSSÕES
• O Brasil tem se destacado no mercado internacional de redes
ópticas submarinas seja por sua dimensão continental, pelo
tráfego de dados continuamente crescente e investimentos
externos e internos realizados em projetos e desenvolvimento de
produtos e soluções
• A decisão do Google de ser o Brasil hub de sua rede de fibra óptica
submarina na América da Latina (LOBO, 2015)
• O mercado de cabos submarinos aquecido (BUCCO, 2017)
• A construção da estação de cabos submarinos e também de um data
center em Fortaleza pela Angola Cables (TELESÍNTESE, 2016)
• São alguns exemplos que mostram a importância que as redes
ópticas submarinas e subfluviais representam para as pessoas,
organizações, negócios, serviços governamentais, educacionais e
acadêmicos
44. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Diante do cenário estudado observa-se que o Brasil conta
com uma infraestrutura considerável e em expansão de
redes ópticas submarinas e subfluviais e integrada no
contexto internacional das comunicações
Obrigado!