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INICIATIVAS EM NFV NO BRASIL
Júlio César Magro , Luiz Gustavo Turatti , Amândio Balcão Filho
INTRODUÇÃO
• As redes das operadores possuem uma grande variedade
de dispositivos dedicados (appliances) de hardware
proprietários
• Lançar um novo serviço de rede
– requer outra variedade e encontrar espaço e energia para
acomodar esses equipamentos torna-se cada vez mais difícil
• Soma-se a isso...
– custos crescentes da energia
– desafios de investimento de capital
– deficiência de habilidades necessárias para projetar, integrar e
operar aparelhos cada vez mais complexos baseados em
hardware
INTRODUÇÃO
• Os appliances baseados em hardware
– atingem rapidamente o fim de sua vida útil
– exige que grande parte do ciclo de obtenção-desenho-
integração-implantação seja repetida com pouco ou
nenhum benefício de receita
• Agrava-se ao considerar que
– os ciclos de vida de hardware tornam-se mais curtos
à medida que a inovação da tecnologia e serviços
acelera e inibe a implantação de novos serviços de
rede que geram receita e restringe a inovação em um
mundo conectado cada vez mais centrado na rede
INTRODUÇÃO
• A NFV visa solucionar esses problemas
– ao utilizar a tecnologia de virtualização padrão da TI para
consolidar muitos tipos de equipamentos de rede em
padrão da indústria e em grande quantidade
• Servidores, switches e armazenamento (storage), que podem estar
localizados em Data Centers, nós de rede e nas instalações do
usuário final
• Acredita-se que a NFV é aplicável a qualquer
processamento de pacotes no plano de dados e função
de plano de controle em infraestruturas de redes fixas
e móveis
• A NFV é complementar ao SDN (Software Defined
Networking) (ETSI, 2012)
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
• Para as operadoras de telecomunicações
(fixas, móveis, ou por cabo/satélite) são muito
importantes as redes NFV e SDN
– São tecnologias revolucionárias que retiram as
principais funções de rede do hardware dedicado
caro, para colocá-las em plataformas de software,
com de redução de custos e aceleração do tempo
para colocação no mercado (OSATO, 2015)
RESULTADOS
• A NFV envolve a implementação de funções
de rede em software
– podem ser executadas em uma variedade de
hardware de servidor no padrão da indútria e que
podem ser movidas ou instanciadas em vários
locais da rede conforme necessário, sem
necessidade de instalação de novos equipamentos
RESULTADOS
RESULTADOS
• A NFV visa a implementação de funções de rede
(NF) como entidades de software que rodam
sobre a Infraestrutura NFV (NFVI)
• Foi definida uma arquitetura de referência para a
implementação de NFV pelo ETSI (ISG for NFV)
que objetiva permitir a instanciação dinâmica de
funções de rede virtuais (ou seja, as instâncias de
VNFs), bem como a relação entre estas
relacionado a dados, controle, dependências,
conectividade, entre outros atributos (ROSA et al,
2014).
RESULTADOS
RESULTADOS
• O mercado de sistemas de NFV se movimenta a
medida que as discussões e propostas avançam
no ISG para NFV do ETSI
– Ao final de 2015 a América Móvil abriu uma RFI para
estabelecer a linha tecnológica desse segmento para
suas operações e, em seguida, realizar uma
concorrência
– A Embratel replica o mesmo processo de
levantamento de informações
– Todos os documentos entregues pelos fabricantes no
México também são entregues no Brasil
RESULTADOS
• A Telefónica tem virtualizado funções de rede
quando e como pode
– Com a Ericsson como principal parceira de
virtualização da Unica, em substituição a HPE, a
Telefónica está usando atualmente quatro
diferentes fornecedores de funções de rede virtual
(VNFs) em um sinal de sua determinação em
buscar um lançamento genuinamente
multivendor (MORRIS, 2017)
RESULTADOS
• A TIM afirma ter pouco mais de um terço de suas
funções de rede virtualizadas e espera crescer
ainda mais nos próximos três anos
– Planeja 35% da parte de camada de controle e, em
três anos, 80% das funções virtualizadas
– Entre esses recursos da camada de controle estão a
parte de serviço de valor adicionado, roaming e OSS
– Começou em 2015 e ao final 2017 chegou a 15
importantes funções de rede plenamente
virtualizadas
RESULTADOS
• A Oi tem com um plano de experimentação para verificar a
utilização de NFV e SDN em arquitetura de referência,
como locação de POPs, data centers, virtual edge (borda da
rede) e transformação de acessos dos usuários, com
adoção da tecnologia multicamada e no acesso
– Iniciou toda a etapa de definição da parte de controle de SDN
– Fez algumas provas de conceito que começou com CPE virtual
residencial e corporativo na estrutura de controle da rede de
transporte óptico e IP
– Na sequência a Oi pretende realizar a transformação da rede
móvel, com EPC (Evolved Packet Core) virtual, especialmente
com M2M (Machine-to-Machine), e depois os demais
elementos
– Considera ainda integração do controle unificado, que carece de
padrões na indústria
RESULTADOS
• Um exemplo de virtualização que já
demonstra maior adoção de operadoras no
mundo é a voz sobre o LTE (VoLTE, Voice over
Long Term Evolution)
• A principal dificuldade para operadoras é
como integrar aos sistemas legados, mas as
implantações ocorrem gradualmente
(AMARAL, 2016)
RESULTADOS
• Em (DIAS, 2017) mostra-se que evolução dos
negócios e das redes de telecomunicações não é
mais uma opção e sim uma necessidade
– pois as CSPs (Communication Service Providers,
operadoras tradicionais) devem se transformar de
Provedor de Conectividade para Provedor de Serviços
Digitais
• As redes NFV e SDN são elementos chave para a
transformação em um DSP (Digital Services
Provider)
DISCUSSÕES
• A transformação digital é uma oportunidade
para dar um salto qualitativo
– As tecnologias digitais proporcionam as
ferramentas facilitadoras de governo para
incentivos na competitividade e produtividade das
empresas, bem como na capacitação e inclusão da
sociedade, para que possam se desenvolver e
prosperar: as pessoas, organizações, negócios,
serviços governamentais, educacionais e
acadêmicos (MCTIC, 2017)
DISCUSSÕES
• A redução do TCO (Total Cost of Ownership) é
uma necessidade das operadoras para
competirem com as OTTs (Over-the-Top)
como, por exemplo, NetFlix, Skype e
WhatsApp
DISCUSSÕES
• A NFV é uma tecnologia chave que permite aos
provedores de serviços de comunicações otimizar
sua arquitetura de rede para a MEC (Multi-access
Edge Computing)
– A MEC aplica os princípios da arquitetura em nuvem
para computação, armazenamento e infraestrutura de
rede na borda da rede, perto do usuário
– Fornece recursos de computação em nuvem quase em
tempo real e um ambiente de serviço de TI na borda
da rede, permite que os aplicativos aproveitem os
serviços de latência muito baixa e alta largura de
banda e acesso em tempo real a informações de rede
DISCUSSÕES
• Uma plataforma importante denominada Dojot que
resultou do projeto “Plataforma Aberta para IoT e suas
Aplicações”, que conta com o apoio do FUNTTEL, do
MCTIC, via Finep e é conduzido pelo CPqD em parceria
com outras instituições de ciência e tecnologia:
Instituto Atlântico, CTI Renato Archer, FACTI e
Universidade Federal do Ceará representa uma
promissora iniciativa
– Com código aberto, está posicionada para ser habilitadora
e facilitar o desenvolvimento das soluções IoT
– Além disso, a plataforma visa disponibilizar a toda uma
comunidade as contribuições advindas de sua evolução e
aperfeiçoamento (DOJOT, 2017)
DISCUSSÕES
• O BNDES (Banco Nacional do
Desenvolvimento) em parceria com o MCTIC,
no estudo "Internet das Coisas: um plano de
ação para o Brasil" mapeia as necessidades de
fomentar novas infraestruturas e modernizar
as existentes com vistas a atender a essa
demanda (BNDES, 2017)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Conceitos como redes SDN e NFV mudam a
maneira como as operadoras projetam e
gerenciam suas redes e abre novas
oportunidades de entrega de serviços
• Isso exige planejamento e novas abordagens
na maneira como fazem negócios
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• A previsão para os próximos cinco anos é que
cerca de 60% dos data centers hyperscale do
mundo estejam com soluções SDN e NFV e a
transição do digital para o virtual se aproxima
rapidamente
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• A Trópico desenvolve a plataforma de
virtualização aderente aos padrões internacionais
que favorece a adoção da tecnologia NFV e
negócios relacionados (TRÓPICO, 2014)
• A Padtec fornecedor de equipamentos ópticos e
integrador de sistemas desenvolve o
multiplexador add/drop óptico reconfigurável
(ROADM) em SDN (LIGHTWAVE, 2014)
– Os desenvolvimentos orientam-se na abordagem da
ONF (Open Network Foundation) (HOOFT, 2018).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Outro aspecto relevante se refere a necessidade de
capacitação, treinamento e desenvolvimento de
habilidades de profissionais e estudantes para a nova
abordagem de soluções, planejamento, projeto de redes e
modelos de negócios
• Por exemplo, o MEF anunciou a colaboração entre os
grupos de padrões e de código aberto para resolver
problemas específicos de virtualização
– Trata-se de um novo conjunto de certificações e testes
desenvolvidos em colaboração pelo MEF, ETSI e a Fundação
Linux com o objetivo de ajudar as operadoras de rede a treinar
(e retreinar) o pessoal de operações para entender e estar
pronto para virtualização de funções de rede e rede definida por
software
Obrigado!

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MPCT2018 - Iniciativas NFV no Brasil

  • 1.
  • 2. INICIATIVAS EM NFV NO BRASIL Júlio César Magro , Luiz Gustavo Turatti , Amândio Balcão Filho
  • 3. INTRODUÇÃO • As redes das operadores possuem uma grande variedade de dispositivos dedicados (appliances) de hardware proprietários • Lançar um novo serviço de rede – requer outra variedade e encontrar espaço e energia para acomodar esses equipamentos torna-se cada vez mais difícil • Soma-se a isso... – custos crescentes da energia – desafios de investimento de capital – deficiência de habilidades necessárias para projetar, integrar e operar aparelhos cada vez mais complexos baseados em hardware
  • 4. INTRODUÇÃO • Os appliances baseados em hardware – atingem rapidamente o fim de sua vida útil – exige que grande parte do ciclo de obtenção-desenho- integração-implantação seja repetida com pouco ou nenhum benefício de receita • Agrava-se ao considerar que – os ciclos de vida de hardware tornam-se mais curtos à medida que a inovação da tecnologia e serviços acelera e inibe a implantação de novos serviços de rede que geram receita e restringe a inovação em um mundo conectado cada vez mais centrado na rede
  • 5. INTRODUÇÃO • A NFV visa solucionar esses problemas – ao utilizar a tecnologia de virtualização padrão da TI para consolidar muitos tipos de equipamentos de rede em padrão da indústria e em grande quantidade • Servidores, switches e armazenamento (storage), que podem estar localizados em Data Centers, nós de rede e nas instalações do usuário final • Acredita-se que a NFV é aplicável a qualquer processamento de pacotes no plano de dados e função de plano de controle em infraestruturas de redes fixas e móveis • A NFV é complementar ao SDN (Software Defined Networking) (ETSI, 2012)
  • 7. INTRODUÇÃO • Para as operadoras de telecomunicações (fixas, móveis, ou por cabo/satélite) são muito importantes as redes NFV e SDN – São tecnologias revolucionárias que retiram as principais funções de rede do hardware dedicado caro, para colocá-las em plataformas de software, com de redução de custos e aceleração do tempo para colocação no mercado (OSATO, 2015)
  • 8. RESULTADOS • A NFV envolve a implementação de funções de rede em software – podem ser executadas em uma variedade de hardware de servidor no padrão da indútria e que podem ser movidas ou instanciadas em vários locais da rede conforme necessário, sem necessidade de instalação de novos equipamentos
  • 10. RESULTADOS • A NFV visa a implementação de funções de rede (NF) como entidades de software que rodam sobre a Infraestrutura NFV (NFVI) • Foi definida uma arquitetura de referência para a implementação de NFV pelo ETSI (ISG for NFV) que objetiva permitir a instanciação dinâmica de funções de rede virtuais (ou seja, as instâncias de VNFs), bem como a relação entre estas relacionado a dados, controle, dependências, conectividade, entre outros atributos (ROSA et al, 2014).
  • 12. RESULTADOS • O mercado de sistemas de NFV se movimenta a medida que as discussões e propostas avançam no ISG para NFV do ETSI – Ao final de 2015 a América Móvil abriu uma RFI para estabelecer a linha tecnológica desse segmento para suas operações e, em seguida, realizar uma concorrência – A Embratel replica o mesmo processo de levantamento de informações – Todos os documentos entregues pelos fabricantes no México também são entregues no Brasil
  • 13. RESULTADOS • A Telefónica tem virtualizado funções de rede quando e como pode – Com a Ericsson como principal parceira de virtualização da Unica, em substituição a HPE, a Telefónica está usando atualmente quatro diferentes fornecedores de funções de rede virtual (VNFs) em um sinal de sua determinação em buscar um lançamento genuinamente multivendor (MORRIS, 2017)
  • 14. RESULTADOS • A TIM afirma ter pouco mais de um terço de suas funções de rede virtualizadas e espera crescer ainda mais nos próximos três anos – Planeja 35% da parte de camada de controle e, em três anos, 80% das funções virtualizadas – Entre esses recursos da camada de controle estão a parte de serviço de valor adicionado, roaming e OSS – Começou em 2015 e ao final 2017 chegou a 15 importantes funções de rede plenamente virtualizadas
  • 15. RESULTADOS • A Oi tem com um plano de experimentação para verificar a utilização de NFV e SDN em arquitetura de referência, como locação de POPs, data centers, virtual edge (borda da rede) e transformação de acessos dos usuários, com adoção da tecnologia multicamada e no acesso – Iniciou toda a etapa de definição da parte de controle de SDN – Fez algumas provas de conceito que começou com CPE virtual residencial e corporativo na estrutura de controle da rede de transporte óptico e IP – Na sequência a Oi pretende realizar a transformação da rede móvel, com EPC (Evolved Packet Core) virtual, especialmente com M2M (Machine-to-Machine), e depois os demais elementos – Considera ainda integração do controle unificado, que carece de padrões na indústria
  • 16. RESULTADOS • Um exemplo de virtualização que já demonstra maior adoção de operadoras no mundo é a voz sobre o LTE (VoLTE, Voice over Long Term Evolution) • A principal dificuldade para operadoras é como integrar aos sistemas legados, mas as implantações ocorrem gradualmente (AMARAL, 2016)
  • 17. RESULTADOS • Em (DIAS, 2017) mostra-se que evolução dos negócios e das redes de telecomunicações não é mais uma opção e sim uma necessidade – pois as CSPs (Communication Service Providers, operadoras tradicionais) devem se transformar de Provedor de Conectividade para Provedor de Serviços Digitais • As redes NFV e SDN são elementos chave para a transformação em um DSP (Digital Services Provider)
  • 18. DISCUSSÕES • A transformação digital é uma oportunidade para dar um salto qualitativo – As tecnologias digitais proporcionam as ferramentas facilitadoras de governo para incentivos na competitividade e produtividade das empresas, bem como na capacitação e inclusão da sociedade, para que possam se desenvolver e prosperar: as pessoas, organizações, negócios, serviços governamentais, educacionais e acadêmicos (MCTIC, 2017)
  • 19. DISCUSSÕES • A redução do TCO (Total Cost of Ownership) é uma necessidade das operadoras para competirem com as OTTs (Over-the-Top) como, por exemplo, NetFlix, Skype e WhatsApp
  • 20. DISCUSSÕES • A NFV é uma tecnologia chave que permite aos provedores de serviços de comunicações otimizar sua arquitetura de rede para a MEC (Multi-access Edge Computing) – A MEC aplica os princípios da arquitetura em nuvem para computação, armazenamento e infraestrutura de rede na borda da rede, perto do usuário – Fornece recursos de computação em nuvem quase em tempo real e um ambiente de serviço de TI na borda da rede, permite que os aplicativos aproveitem os serviços de latência muito baixa e alta largura de banda e acesso em tempo real a informações de rede
  • 21. DISCUSSÕES • Uma plataforma importante denominada Dojot que resultou do projeto “Plataforma Aberta para IoT e suas Aplicações”, que conta com o apoio do FUNTTEL, do MCTIC, via Finep e é conduzido pelo CPqD em parceria com outras instituições de ciência e tecnologia: Instituto Atlântico, CTI Renato Archer, FACTI e Universidade Federal do Ceará representa uma promissora iniciativa – Com código aberto, está posicionada para ser habilitadora e facilitar o desenvolvimento das soluções IoT – Além disso, a plataforma visa disponibilizar a toda uma comunidade as contribuições advindas de sua evolução e aperfeiçoamento (DOJOT, 2017)
  • 22. DISCUSSÕES • O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) em parceria com o MCTIC, no estudo "Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil" mapeia as necessidades de fomentar novas infraestruturas e modernizar as existentes com vistas a atender a essa demanda (BNDES, 2017)
  • 23. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Conceitos como redes SDN e NFV mudam a maneira como as operadoras projetam e gerenciam suas redes e abre novas oportunidades de entrega de serviços • Isso exige planejamento e novas abordagens na maneira como fazem negócios
  • 24. CONSIDERAÇÕES FINAIS • A previsão para os próximos cinco anos é que cerca de 60% dos data centers hyperscale do mundo estejam com soluções SDN e NFV e a transição do digital para o virtual se aproxima rapidamente
  • 25. CONSIDERAÇÕES FINAIS • A Trópico desenvolve a plataforma de virtualização aderente aos padrões internacionais que favorece a adoção da tecnologia NFV e negócios relacionados (TRÓPICO, 2014) • A Padtec fornecedor de equipamentos ópticos e integrador de sistemas desenvolve o multiplexador add/drop óptico reconfigurável (ROADM) em SDN (LIGHTWAVE, 2014) – Os desenvolvimentos orientam-se na abordagem da ONF (Open Network Foundation) (HOOFT, 2018).
  • 26. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Outro aspecto relevante se refere a necessidade de capacitação, treinamento e desenvolvimento de habilidades de profissionais e estudantes para a nova abordagem de soluções, planejamento, projeto de redes e modelos de negócios • Por exemplo, o MEF anunciou a colaboração entre os grupos de padrões e de código aberto para resolver problemas específicos de virtualização – Trata-se de um novo conjunto de certificações e testes desenvolvidos em colaboração pelo MEF, ETSI e a Fundação Linux com o objetivo de ajudar as operadoras de rede a treinar (e retreinar) o pessoal de operações para entender e estar pronto para virtualização de funções de rede e rede definida por software