O documento descreve um curso de capacitação sobre biomonitoramento de comunidades bentônicas para avaliar a qualidade da água. O curso inclui aulas teóricas e práticas sobre ecologia de riachos, lagos e macroinvertebrados, além de atividades de educação ambiental e seminários sobre bioindicadores.

1. Curso de Capacitação da equipe do Programa Biocentro
Germinar/GERDAU sobre pesquisas realizadas em
Biomonitoramento de Comunidades Bentônicas na
Perspectiva de Bioindicadores de Qualidade de Água
Equipe UFMG
Marcos Callisto, Juliana França, Wander Ferreira, Letícia Morais, Isabela Martins
Ouro Branco, 30 de janeiro a 3 de fevereiro de 2012

2. Atividades Planejadas
Datas Atividades Previstas
30 jan – 2ª feira MANHÃ: Aula Teórica 1: Bacia hidrográfica como unidade de estudos
TARDE: Aula Prática 1: ecologia de riachos e nascentes (campo e laboratório)
31 jan – 3ª feira MANHÃ: Aula Teórica 2: Poluição e Biomonitoramento
TARDE: Aula Prática 2: ecologia de lagos (campo e laboratório)
1º fev – 4ª feira MANHÃ: Aula Teórica 3: Macroinvertebrados bentônicos bioindicadores
TARDE: Aula Prática 3: Laboratório - Coleção de Organismos
2 fev – 5ª feira MANHÃ: Ecologia e Conservação de Mamíferos (Flavio Rodrigues, UFMG)
TARDE: campo
3 fev – 6ª feira MANHÃ: Atividades lúdicas de educação ambiental (Biól. Juliana França)
TARDE: experiências com bioindicadores (seminários)

3. Bacia Hidrográfica
como unidade de
estudos...
Prof. Marcos Callisto
Laboratório de Ecologia de Bentos
callisto@icb.ufmg.br
http://www.icb.ufmg.br/big/benthos/
Tel. 31-3409-2595, Fax. 31-3409-2567
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

4. UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

5. Bacia Hidrográfica
É a área drenada parcial ou totalmente por um ou vários cursos d'água (WMO).
É uma unidade geográfica formada por uma área da superfície terrestre, que contribui na formação e no
armazenamento de um determinado curso d’água.
Microbacias ou bacias de cabeceiras são pequenas áreas de terra localizadas em regiões montanhosas, que
formam as nascentes e drenam córregos e riachos.
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

6. BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS

7. Fonte: Esteves 2011
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

8. MÚLTIPLOS USOS
DA ÁGUA
Transporte
Agricultura
Manutenção da vida
Produção Industrial
Fisiológico
Lazer
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

9. Degradação da qualidade da água
Mineração
Esgotos industriais
e domésticos
Depósitos
de lixo bruto
Agrotóxicos e pesticidas
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

10. “... Percebeu que não é possível entrar 2
vezes no mesmo rio; na segunda vez as águas
serão outras, o primeiro rio já não existirá.
Tudo é água que flui: as montanhas, as casas,
as pedras, as árvores, os animais, os filhos, o
corpo... Assim é tudo, assim é a vida: tempo
que flui sem parar.”
-Heráclito, filósofo grego que se deixou fascinar pelo tempo. Ele era fascinado pelo
rio. Contemplava o rio e via que tudo é rio.
In: Rubem Alves. 1999. O amor que acende a lua. Ed. Papirus.
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

11. Fonte: Esteves 2011
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

12. Fonte: Esteves 2011

13. Principais desafios referentes à crise de água:
• Escassez de água;
• Disponibilidade limitada;
• Deterioração da qualidade de água;
• Falta de percepção de gerentes e do público geral sobre a gravidade
da crise;
• Mudanças globais no cima da Terra - afeta a distribuição e a
disponibilidade de recursos hídricos;
• Desenvolvimento sócio-econômico: disponibilidade de água de boa
qualidade e capacidade da conservação e proteção dos recursos
hídricos.
• Aumento da população mundial e taxa de urbanização: aumento do
consumo e da rápida deterioração da qualidade da água.
A Crise da Água
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

14. Principais impactos
• Deflorestamento
• Atividades de mineração
• construção de rodovias
• descargas de esgotos domésticos e efluentes industriais
• introdução de espécies exóticas
• remoção de espécies chave dos ecossistemas
• construção de reservatórios
• desenvolvimento urbano e industrial
• atividades da agroindústria (Boas Práticas de Manejo da
EMBRAPA)
• assoreamento de áreas alagáveis
• sobre-exploração de espécies de animais e plantas
• irrigação
• construção de canais Fonte: Tundisi & Barbosa (1995)
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

15. Principais consequências dos impactos
• eutrofização de lagos, reservatórios, estuários e águas
costeiras;
• assoreamento;
• perda da diversidade biológica;
• mudanças no nível da água e ciclo hidrológico;
• perda da capacidade de tamponamento;
• mudanças na estrutura de cadeias alimentares;
• expansão geográfica de doenças tropicais;
• deterioração da saúde humana;
• aumento da toxicidade;
• aumento do custo do tratamento de água
• salinização da água e do solo
Fonte: Tundisi & Barbosa (1995)
UFMG – ICB – Depto. Biologia Geral, Lab. Ecologia de Bentos

16. Noção de pertencimento à bacia hidrográfica!
- Em qual bacia hidrográfica estamos?
- Temos água todo o ano?
- Quais os principais tributários, nascentes e
riachos?
- Quais são os riscos ambientais na região?
- Como vimos as águas?
- Teremos água no futuro?
- Como serão as águas aqui na região daqui a 20-
30-40 anos?