2. GEOPOLÍTICA
• Uma OPEP travada pela Estrutura de Oferta do Petróleo: o
que esperar da evolução dos preços?
• A dificuldade da OPEP em controlar preços
• A revolução energética dos Estados Unidos e suas
consequências para a geopolítica do petróleo no
Oriente Médio
3. OPEP
OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) é uma organização internacional, formada por países que são
grandes produtores de petróleo. A OPEP foi fundada em 14 de setembro de 1960 e possui sua sede na cidade de Viena
(Áustria).
Objetivos da OPEP
Estabelecer uma política petrolífera comum a todos os grandes
produtores de petróleo do mundo (países membros);
Definir estratégias de produção;
Controlar preços de venda de petróleo no mercado mundial;
Analisar e gerar conhecimentos para os países membros sobre o
mercado de petróleo mundial;
Controlar volume de produção de petróleo da organização ;
4. Muitos especialistas em petróleo defendem a entrada do Brasil na OPEP, após a
descoberta de petróleo na camada pré-sal na Bacia de Santos.
A descoberta gerou um significativo aumento das reservas de petróleo do país.
Embora não seja um grande exportador, o Brasil já está entre os 10 países com
maiores reservas de petróleo do mundo.
Para o Brasil se integrar, terá de acatar as regras da associação, que impõe, por
exemplo, limites de exportação e preços aos associados.
A posição sinalizada, corretamente, pelo Brasil, foi de que uma decisão
governamental de limite de produção não encontra amparo nos marcos legal e
regulatório existentes no país.
BRASIL NA OPEP?
5. Uma OPEP travada pela Estrutura de Oferta do
Petróleo: o que esperar da evolução dos preços?
• Menor o faturamento de seus 12 países-membros – Arábia Saudita, Emirados
Árabes Unidos, Kuwait, Catar, Irã, Nigéria, Líbia, Angola, Argélia, Equador e
Venezuela.
• Há uma explicação simples para o atual preço do petróleo, inferior a 50 dólares
por barril (159 litros);
• Para os países industrializados sem produção própria de petróleo, os preços
baixos são uma bênção xPara os países produtores de petróleo, em
contrapartida, preços baixos significam menos receita.
• Atualmente os países membros da OPEP possui cerca de 75 % das reservas
mundiais de petróleo;
6. Opep impotente?
• Arábia Saudita tem o poder de influenciar um pouco o preço do
petróleo;
• A acentuada queda de preços deixou claro que, apesar de sempre
existirem problemas de coordenação, os países da OPEP passam a ter
cada vez mais dificuldade de atuar de forma concertada.
• Eles querem manter o preço do petróleo baixo, para tornar menos
rentável o custoso processo de fraturamento hidráulico dos EUA? Ou
apoiam, assim, as sanções dos EUA e da UE contra a Rússia, já que a
queda dos preços afeta Moscou com especial rigor?
• Produção que em 2015 foi de 32,1 milhões de barris/dia saltou, em
outubro de 2016, para 33,6 milhões de barris/dia.
7. A dificuldade da OPEP em controlar preços
• 1979 a produção da OPEP correspondia a 45% da produção
mundial, em 1982 sua participação era de apenas 32%;
• Manutenção de preços reduzidos até os anos 2000 mostra a
dificuldade que os países da OPEP
• De 2000 até 2014, os preços do petróleo iniciaram uma
trajetória de acelerada ;
• EUA passou de 5 milhões de barris, em 2009, para 9 milhões,
em 2016. No Brasil, a produção diária da Petrobras passou
de 1,5 milhões de barris dia, em 2000, para 2,8 milhões, em
2015.
• Pela primeira vez desde 2008, a OPEP logrou êxito e fechou
um acordo com seus membros para limitar sua produção,
sendo uma tentativa clara de elevar os preços mundiais do
petróleo.
Figura 1 – Produção de Petróleo dentro da OPEP
Figura 2 – Produção OPEP/Produção Mundial (%)
8. “Retomada” da OPEP como CARTEL
• Reunião informal ocorrida na Argélia dia 28 de setembro de 2016;
• Teto na produção de aproximadamente 32,5 milhões de bbl/dia;
• No acordo resultou que a Nigéria e Líbia , Guerra civil e terrorismo;
• O Irã - sanções impostas pelos EUA - programa Nuclear;
• Outro ponto obscuro é a participação da Rússia na reunião de
novembro uma vez que existe uma pressão das empresas russas para
o aumento da produção;
9. A revolução energética dos Estados Unidos e suas
consequências para a geopolítica do petróleo no
Oriente Médio
• O ressurgimento da bacia do Atlântico como região produtora – com as
revoluções energéticas dos Estados Unidos e Canadá e as descobertas do
pré-sal no Brasil – altera o centro de gravidade da produção mundial de
petróleo
• Estima-se que desde 1976 até 2007, os Estados Unidos tenham investido
7,3 trilhões de dólares ;
• Interesse americano pela região não se resume ao volume de óleo que os
Estados Unidos importam;
• Em síntese, influenciar o Oriente Médio significa concretamente poder;
10. O “direito ao petróleo” e a ameaça da força
militar dos EUA no Golfo Pérsico
• Os EUA travaram a guerra contra o Iraque com dois objetivos,
relacionados entre si:
• 1) a garantia do acesso ao petróleo do Golfo Pérsico;
• 2) a afirmação da hegemonia norte-americana no pós-Guerra Fria.
• Em 2020, os maiores produtores serão Arábia Saudita, Iraque, Nigéria e
Angola (entre os países da OPEP) e Rússia, Estados Unidos, Brasil e China;
11.
12. Conclusão:
• Dessa forma, fica evidente que o interesse americano pela região não
se resume ao volume de óleo que os Estados Unidos importam. O
interesse e o exercício de poder americano no Oriente Médio
constituem uma das prioridades da estratégia nacional de longo
prazo; dessa forma, os exercícios militares e diplomáticos voltados
para perpetuidade da influência americana na região não vão cessar.