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SISTEMA CEMIG DE MONITORAMENTO E CONTROLE
DE QUALIDADE DA ÁGUA DE RESERVATÓRIOS
Manual de Procedimentos de Coleta e Metodologias de
Análise de Água
Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
2009
Copyright:
ISBN: 978-85-87929-41-9
Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig
Presidência – Djalma Bastos de Morais
Diretoria de Geração e Transmissão – Luiz Henrique de Castro Carvalho
Superintendência Gestão Ambiental da Geração e Transmissão – Enio Marcus Brandão Fonseca
Gerência de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais – Newton José Schmidt Prado
Autores
Maria Edith Rolla – Bióloga - Cemig
Sônia Maria Ramos – Técnica em Química – Cemig
Marcela David de Carvalho - Bióloga – Cemig
Helen Regina Mota – Bióloga - Consultora
Andréa Cássia Pinto Pires de Almeida - Bióloga – Cemig
Revisão
Ludmylla Soares
Colaboradores
Fernando Antônio Jardim – Biólogo
Maria Beatriz Gomes – Bióloga
Diagramação
Monique Soares Pereira
Ilustração
Andréa Cassia Pinto Pires Almeida
Fotos
Hélen Regina Mota
Maria Edith Rolla
Sônia Maria Ramos
Rubens Florentino Mota
Normalização
Maria Izabel Moreira Couto – Bibliotecária - Cemig
COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS. Sistema Cemig de monitoramento e
Controle de qualidade da água de reservatório – siságua- manual de procedimentos de
coleta e
Metodologia de análise de água. Belo Horizonte: Cemig, 2009
85p. ilust.
1.Água 2.Reservatória I. Titulo II. Companhia Energética de Minas Gerais III. Rolla,
Maria
Edith IV. Ramos,Sônia Maria V. Carvalho, Marcela David de VI..Mota, Helen Regina VII.
Almeida, Andréa Cássia Pinto Pires
CDU- 556
627.8.3
Sumário
APRESENTAÇÃO.................................................................................................. 4
1. A Coleta	....................................................................................................................7	
1.1 Classificação das amostras.....................................................................................8	
1.2 Ações para preparação e execução do trabalho de campo..................................10
1.3 Medidas de segurança para a utilização de embarcações...................................12	
1.4 Procedimentos a serem observados.....................................................................12
2. Parâmetros indispensáveis para uma coleta de rotina	.....................................27
2.1 Águas superficiais – ambiente lótico (rios, riachos e nascentes).......................... 27
2.2 Águas de reservatório e lagos (perfis), ambiente lêntico...................................... 28
2.3 Água Potável	 ....................................................................................................... 29
2.4 Tanques e viveiros de piscicultura......................................................................... 30
2.5 Efluentes................................................................................................................31
3. Condicionamento e Transporte de Amostras (Lee A. Barclay)...........................33
4. Métodos de Análise	...............................................................................................39
5. Normas de segurança das embarcações e limpeza...........................................41
6. Referências Bibliográficas	...................................................................................44
7. Anexos.....................................................................................................................46	
7.1 Anexo – Legislação Ambiental e Normas da Cemig..............................................47
7.1.1 Legislação Federal............................................................................................. 48
7.1.2 Legislação Estadual	.......................................................................................... 48
7.1.3 Normas da Cemig	.............................................................................................. 49
7.2 Normas de coleta da U.S. Fish and Wildlife Service National Fisheries Research....
	....................................................................................................................................50
7.3 Bibliografia de identificação taxonômica............................................................... 60	
7.4 Sugestão de Fichas de Coleta.............................................................................. 77
APRESENTAÇÃO
Acriação de reservatórios a partir do barramento de cursos hídricos proporciona
grandes modificações na dinâmica desses ambientes aquáticos, afetando
profundamente o equilíbrio físico, químico e biológico. Os fatores determinantes
da evolução da qualidade do novo sistema, tanto em termos ecológicos, como
do ponto de vista sanitário, atuam de modo distinto da condição natural sem
barramento. A Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig - possui 52
reservatórios em três estados brasileiros: Minas Gerais, Espírito Santo e Santa
Catarina, com monitoramento da qualidade da água. O acompanhamento faz-
se necessário em função do aumento do índice populacional e do crescente uso
da água na agropecuária e na indústria. Embora seja benéfico para o homem, o
desenvolvimento pode comprometer os ecossistemas aquáticos, tornando a água
imprópria para abastecimento, dessedentação de animais, recreação, pesca, bem
como para o uso industrial.
Portanto, o acompanhamento da qualidade da água torna-se essencial para se
ter uma real dimensão do comprometimento. O Sistema Cemig de Monitoramento
e Controle de Qualidade da Água de Reservatórios - SISÁGUA - possibilita uma
avaliação espacial e temporal, de forma adequada e uniforme, para que os dados
obtidos possam ser utilizados pela própria empresa, em todas as unidades e também
pelos parceiros. O monitoramento é a medição ou verificação de parâmetros de
qualidade e quantidade de água. O acompanhamento - contínuo ou periódico - da
condição e controle da qualidade do corpo de água é realizado de acordo com
o Conselho Nacional do Meio Ambiente – Resolução CONAMA no 357 de 2005
e conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000, que estabelece níveis para a
balneabilidade, de forma a assegurar as condições necessárias à recreação de
contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho. Em nível estadual,
deve-se observar ainda a Deliberação Normativa conjunta COPAM-CERH-MG no
1/2008.
Este manual leva em conta, também, a Deliberação Normativa do Conselho
Estadual de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais – COPAM - no 89, de
15/09/2005, que define as normas a serem seguidas pelos laboratórios responsáveis
por medições vinculadas aos procedimentos exigidos pelos órgãos ambientais do
Estado.
É objetivo deste manual a padronização dos métodos a serem utilizados
nas campanhas de campo e laboratórios, realizadas pela Cemig e por parceiros.
Ressaltamos a importância do cuidado especial com as coletas, pois se executadas
de maneira inadequada podem comprometer os resultados, tornando-os duvidosos
e/ou gerando falsas interpretações e projeções.O material busca minimizar as
diferenças existentes entre os coletores, visando a comparação e avaliação dos
dados e a elaboração de estratégias de manejo dos reservatórios.
Chamamos atenção para a segurança, tanto nos laboratórios quanto no
campo, prevendo medidas capazes de eliminar ou mitigar os riscos de acidentes de
trabalho e doenças ocupacionais, preservando a saúde e a integridade física dos
profissionais.
Além do monitoramento nos reservatórios, a Cemig Geração e Transmissão
realiza, em todas as usinas, o controle de efluentes orgânicos e inorgânicos,
com base nas legislações do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Resolução
CONAMA no 357 de 2005 e a Deliberação Normativa conjunta COPAM-CERH-MG
no 1/2008, e também da água potável, utilizada pelos empregados, conforme a
legislação do Ministério da Saúde na Portaria no 518, de 2005 e as instruções de
coleta da Organização Mundial de Saúde – OMS.
Constam deste manual instruções para coleta e análise em tanques de
piscicultura de acordo com a legislação e Boid, 1979, citada no item 2.4.
Estão descritas nesta publicação técnicas simples para amostragem de
materiais biológicos, físicos e químicos em águas doces. Aqui estão transcritos,
também, os procedimentos anteriores e posteriores à coleta. De fato, o manual é
um roteiro para quem trabalha no campo, a fim de evitar erros e descuidos, que
causam, muitas vezes, desperdícios e desgastes desnecessários aos técnicos
envolvidos na coleta.
O Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas sugere dez premissas
básicas para o sucesso da prática de monitoramento:
1.	 Os objetivos devem ser bem definidos e o programa adaptado a eles e
não vice- versa, como já ocorreu no passado. O suporte financeiro deve ser
adequadamente dimensionado;
2.	 O tipo e a natureza do corpo d’água devem ser avaliados, por meio de
estudos preliminares, principalmente as variáveis espaciais e temporais;
3.	 Os meios apropriados (água, material particulado, biota) devem ser
devidamente selecionados;
4.	 As variáveis, os tipos de amostras, a frequência de amostragem e a
localização de estações de coleta devem ser definidos, cuidadosamente, de acordo
com os objetivos;
5.	 O campo, os equipamentos e o laboratório devem ser selecionados com
base nos objetivos e não vice-versa;
6.	 Um tratamento de dados completo e operacional deve ser estabelecido;
7.	 O monitoramento da qualidade do ambiente aquático deve ser integrado ao
monitoramento hidrológico;
8.	 A qualidade analítica dos dados deve ser regulamente verificada por um
controle interno e externo;
9.	 Os dados não devem ser enviados para os tomadores de decisão como
uma mera lista de variáveis, mas sim interpretados e avaliados por “experts”, com
recomendações relevantes para estratégias de manejo;
10.	O programa deve ser periodicamente avaliado, especialmente se houver
qualquer alteração no ambiente, de causa natural ou influenciada por medidas
tomadas na área da bacia.
ATENÇÃO
É importante ressaltar que a legislação estadual e/ou federal deve ser observada
na realização do monitoramento em outros empreendimentos da empresa,
localizados fora do estado de Minas Gerais.
1. A Coleta
A coleta de água deve ser feita de acordo com o objetivo principal do
monitoramento, priorizando a segurança dos executores da tarefa. Em caso de
morte de peixes por motivos desconhecidos, equipamentos especiais de segurança
devem ser utilizados. O laboratório de medição ambiental deve ser cadastrado
junto ao Sistema Estadual de Meio Ambiente - SISEMA - e adotar os procedimentos
de controle de qualidade analítica, necessários ao atendimento das condições
exigíveis, conforme Deliberação Normativa - COPAM no 89/2005; requisitos
imprescindíveis para a aceitação dos relatórios ou laudos pelos órgãos ambientais
e outras autoridades.
A Agência de Proteção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA) classifica
os danos à saúde humana em quatro níveis. No quadro a seguir, estão descritos
os equipamentos de proteção requeridos em caso de amostragem em ambientes
contaminados.
Quadro 1 – Classificação dos danos à saúde humana segundo a Agência de Pro-
teção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA)
Nível Condições ambientais Equipamentos de proteção
requeridos
D Baixa probabilidade de risco
- nenhum suspeito conhecido de
veiculação hídrica.
Corpo e pés protegidos contra
riscos não corrosivos.
C Possíveis ricos de de veiculação
hídrica, que podem ser
identificados.
Corpo e pés protegidos e, ainda,
máscara de gás apropriada.
B Possível faixa de riscos
desconhecidos.
Corpo e pés protegidos.
A Probabilidade alta de doença
desconhecida de veiculação
hídrica ou de contato com
materiais corrosivos.
Roupa especial - “roupa da lua”
- para impedir a penetração no
corpo e nos pés.
O trabalho de campo associado à coleta e transporte de amostras representa
uma grande parte do orçamento de um programa de monitoramento. As viagens de
campo devem, portanto, ser realizadas após planejamento prévio e detalhado, a fim
de evitar o esforço desnecessário e o desperdício. Caso uma peça essencial de um
equipamento seja esquecida ou uma estação de coleta não seja localizada devido
a uma descrição mal feita, por exemplo, a viagem estará seriamente comprometida.
Da mesma forma, se a estimativa do tempo de viagem for irreal e a expedição
demorar mais que o planejado, o tempo máximo permitido para estocagem das
amostras será excedido e os resultados das análises, consequentemente, serão
questionáveis.
O trabalho de campo deve ser programado com o laboratório, para que os
laboratoristas tenham ciência da quantidade de amostras, do tempo estimado e
local previsto para a chegada e dos parâmetros a serem analisados.
A equipe que fará a coleta das amostras de água, biota ou sedimento deve
ser devidamente treinada em técnicas de amostragem e procedimentos de campo.
Deve ter conhecimento dos objetivos do trabalho, com o intuito de obter uma
amostra representativa de todo o corpo d’água. A coleta e o manuseio das amostras
são fontes frequentes de erro, que superam as falhas ocorridas durante a análise.
1.1 Classificação das amostras
A coleta deve ser programada, preferencialmente, para o período da manhã,
quando a temperatura do ar é mais baixa e há menor probabilidade de distorção
dos resultados.
Na definição dos parâmetros, da quantidade de estações e da periodicidade
do monitoramento, as diferenças regionais, geográficas, sociais e econômicas,
as tensões exercidas sobre o reservatório e o orçamento disponível devem
ser considerados. As ações decorrentes do uso e ocupação do solo, na bacia
de drenagem dos reservatórios, são fatores determinantes das condições do
ecossistema. Alguns tipos de reservatório requerem um planejamento mais
elaborado, devido à localização e/ou à dimensão, a exemplo da proximidade de
grandes centros industriais e urbanos. No caso da Cemig, a importância para a
geração é um fator determinante do planejamento.
Para manter os equipamentos e suprimentos em boas condições de uso, alguns
cuidados são necessários:
Elaborar uma lista dos equipamentos e programar uma checagem periódica,
de acordo com as recomendações dos fabricantes, especialmente quando houver
utilização de baterias. Se possível, tenha um sistema de backup das análises, que
não exija baterias;
Substituir regularmente soluções e meios de cultura, a fim de conservá-los
adequados para o uso;
Manter um diário de manutenção;
Estocar adequadamente os aparelhos especiais e produtos químicos, para
prevenir deterioração ou contaminação.
Os frascos utilizados nas coletas sem garrafa coletora devem ser segurados
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pela parte de baixo e submersos a mais ou menos 20cm, com a boca levemente
inclinada para cima. A boca do frasco deve estar contra a correnteza.
Os meios de transportes para as amostras e os horários disponíveis devem
estar anotados e cadastrados. A equipe deve assegurar o mínimo possível de
variações no transporte das amostras até o local de análise.
De acordo com o objetivo do monitoramento, as amostras podem ser
classificadas como:
Contínuas ou permanentes – normalmente coletadas pela manhã,
após uma caracterização prévia do reservatório monitorado, com definição da
periodicidade e do tamanho da rede de amostragem, conforme a necessidade da
região e a importância estratégica da usina;
Emergencial – realizada em qualquer dia ou horário, em função de algum
acidente ambiental, a exemplo de um derramamento de óleo, que compromete a
vida aquática e viola a Lei de Crimes Ambientais. O roteiro para esse tipo de coleta
deverá ser elaborado com base nas informações das equipes de campo da região
afetada e da população ribeirinha.
As amostras podem também ser subdivididas em compostas ou integradas,
quando coletadas em diferentes partes e então reunidas para atender a objetivos
específicos do monitoramento.
As amostras compostas ou integradas podem ser dos tipos:
Integradas de profundidade: mais comumente coletadas de duas ou mais
partes iguais, em intervalos pré-determinados, entre a superfície e o fundo;
Área – integrada: combina uma série de amostras tomadas de vários pontos
espacialmente distribuídos em corpos d’água;
Tempo – integrada: mistura volumes iguais de água coletada em uma
estação, em intervalos regulares de tempo;
Descarga – integrada: primeiramente, as taxas de descargas das amostras
são medidas, em intervalos regulares, por um determinado período. Um arranjo
comum é amostrar a cada duas horas no período de 24 horas. A amostra composta
reúne porções mistas, proporcionais à taxa de descarga mensurada no período da
amostragem;
Amostras subterrâneas: são coletadas em poços subterrâneos, cisternas
ou nascentes. Ocasionalmente, durante o curso de uma pesquisa hidrogeológica.
A Figura 1 (pág. 16) mostra como escolher cuidadosamente o local da estação
de coleta.
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1.2 Ações para preparação e execução do trabalho de campo
Pelo menos uma semana antes da coleta, no escritório:
Definir itinerário;
Providenciar inventário detalhado de estações de amostragens, mapas,
coordenadas (quando possível);
Elaborar lista de amostras requeridas em cada estação de amostragem;
Preparar tabela onde as leituras serão anotadas.
Pelo menos um dia antes da coleta:
Separar todo o material e equipamento a serem utilizados;
Etiquetar os frascos das amostras com as seguintes informações: local de
coleta, parâmetro, profundidade, data e identificação do ponto;
Preencher o cabeçalho das fichas de campo;
Verificar as baterias dos equipamentos;
Verificar barco e motor (se necessário);
Confirmar acesso a locais restritos ou privados com a Coordenação local;
Certificar-se dos arranjos de viagens e/ou transporte de amostras com a
Coordenação institucional;
Notificar a data e o horário de chegada das amostras ao(s) laboratório(s);
Averiguar condições locais de tempo e exequibilidade de viagem, com
qualquer fonte de informação disponível.
Amostragem:
Preparar os reagentes a serem utilizados na coleta e nas análises
laboratoriais;
Verificar frascos de amostragem, reagentes, etiquetas e canetas;
Verificar materiais (caixas e gelo) para estocagem das amostras;
Certificar-se de que os amostradores/ equipamentos estejam calibrados;
Providenciar botas de borracha de cano alto e/ou tênis náutico;
Verificar procedimentos padrões para amostragem.
Para documentação:
Providenciar canetas, etiquetas, computadores, fichas de campo, etc.
Testes no local:
Disponibilizar listagem de análises a serem realizadas no campo;
Checar estoques de produtos necessários (água destilada, tampão de pH,
padrões e brancos);
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Preparar e/ou calibrar equipamentos: phmetro, condutivímetro, oxímetro,
turbidímetro e termômetros;
Disponibilizar procedimentos padrões e manuais de equipamentos.
Segurança:
Providenciar kit de primeiros socorros, luvas e extintor de incêndio.
Transporte:
Providenciar veículo, com capacidade adequada, para transporte de
pessoal, suprimentos e equipamentos;
Verificar veículo (bateria, lubrificação, calibração dos pneus, combustível,
etc.);
Planejar itinerário detalhadamente;
Verificar acessórios para equipamentos e medidores, incluindo cabos,
baterias, etc.
Como utilizar os equipamentos:
Disco de Secchi - todas as leituras devem ser feitas, preferencialmente,
pelo mesmo operador, já que a sensibilidade de visão pode variar;
Rede de plâncton – deve ser confeccionada com materiais que não sofrem
alterações e deformações com o tempo, boca larga para uma grande área de filtração
e malha adequada para cada tipo de uso (fito, zooplâncton). As mais indicadas são
as de 30-45μm;
Garrafa de van Dorn
Verificar periodicamente a estrutura física da garrafa, observando a
vedação, o cabo de descida e a marcação;
Deve ser limpa constantemente, com água e escovão apenas, para evitar
incrustação de matérias e formação de lodo, capazes de contaminar as amostras
coletadas.
Controle de Equipamentos:
Para que as medições sejam confiáveis, o controle dos equipamentos deve ser
realizado periodicamente, atendendo às especificações dos respectivos manuais,
incluindo:
Calibração – comparar com um padrão;
Ajuste – alcançar a condição de aceitação.
O laboratório deverá manter uma lista dos equipamentos, com os respectivos
prazos de calibração/verificação.
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1.3 Medidas de segurança para a utilização de embarcações
Embarcação devidamente vistoriada e licenciada pela Capitania dos 	
Portos;
A documentação da embarcação e a habilitação do condutor deverão estar,
rigorosamente, em dia;
Limpeza do casco e higienização interna;
Higienização dos equipamentos do barco que entram em contato com a
água, a fim de evitar o transporte de larvas de espécies invasoras de uma bacia
hidrográfica a outra;
Colete salva-vidas adequado para o peso de cada ocupante do barco;
Uniformes (tênis náutico sem cadarço, camiseta, shorts, bonés ou chapéus,
luvas de borracha);
Protetor solar - Fator de Proteção Solar (FPS) 15;
Capa de chuva (conjunto completo de calça e jaqueta);
Repelente;
Remos;
Foguetes sinalizadores;
Ferramentas (alicate universal, chave de fenda, canivete, pinos e hélice
para motor);
Mapa plastificado do local do percurso (se necessário);
Rádio de comunicação;
Binóculos (se necessário);
Bússola ou Geographical Position System – GPS;
Caixa para primeiros socorros;
Garrafa térmica com água potável.
1.4 Procedimentos a serem observados
Antes da coleta
Solicitar autorização do responsável para colocação da embarcação na
água;
Elaborar análise de risco;
Avisar a sala de controle da usina sobre a utilização da embarcação;
Assegurar boas condições físicas e mentais do condutor;
Verificar as condições de navegação (meteorologia e operação da usina);
Verificar as condições da embarcação, os equipamentos, os EPIs e a
capacidade de carga;
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Verificar o combustível;
Certificar-se do sistema de transporte do barco do abrigo até o
reservatório;
Seguir as normas de segurança da Cemig e legislação vigente, conforme
Ministério da Marinha, durante os trabalhos.
No dia da coleta
Acondicionar o material coletado em engradados sem repartição. Os frascos
devem estar etiquetados e colocados em caixas plásticas ou de isopor, organizados
por ponto. Os reagentes devem ser mantidos em local seguro. Posicionar o material
no barco, de forma a deixar espaços vazios para conforto e movimentação dos
técnicos;
Manter em local adequado o mapa dos pontos, a prancheta com fichas de
coleta, lápis, borracha, caneta e fita crepe;
Colocar as pipetas no porta-pipetas, junto com a vidraria. Levar sempre
papel absorvente para secagem do material, que deverá ser lavado com água
destilada após a coleta em cada ponto;
Verificar as condições para o uso da embarcação e colocar as ferramentas,
o pino e duas toneladas de óleo em local de fácil acesso.
Antes de entrar no barco
Debater a Análise de Risco;
Colocar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI;
Localizar os pontos de coleta no mapa, planejar o roteiro e dirigir-se ao
primeiro ponto.
Preenchendo a ficha de coleta
A Cemig fornece à empresa contratada os Modelos de Ficha de Campo
(ANEXO), utilizado no Sistema Cemig de Monitoramento e Controle de Qualidade da
Água de Reservatórios - SISÁGUA. A Cemig irá, oportunamente, instruir e repassar
à empresa contratada o acesso necessário, para que os resultados das medições
ambientais possam ser lançados diretamente no SISÁGUA.
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ATENÇÃO
A Ficha de Caracterização Ecológica deverá ser preenchida em TODOS os pon-
tos, durante a coleta de reconhecimento (MODELO 1). Nas demais, somente a
Ficha de Coleta, MODELO 2A ou MODELO 2B.
14
Reservatório Código Tipo Código Subtipo Código Amostra Código Sub
Amostra
Código Tipo de
análise
Código
Jaguara JG
Superficial 1
Reservatório 0 Subsuperficial 1 simples 0 água 0
Rio 1 Metade da
zona fótica
2 integrada 1 esgoto 20
Tanque de
piscicultura
2
Fundo 3 duplicada 2 sedimento 30
Margem 4
triplicada 3
composta 4
Subterânea 2
Poço
artesiano
0 aleatória 5
branco 6
Esgoto
doméstico
1
Esgoto
laboratório
2
Efluente
industrial
3
Água
turbinada
4
Tomada
d´água
5
	 	
Localização da estação
Geográfica: coordenadas; bacia hidrográfica, sub-bacia, rio, riacho e
córrego; nome da usina.
Data
Dia,mês,ano,horário;
Clima
Ventos (ausentes, leves, médios, fortes);
Céu (100% encoberto, 75% encoberto, 50% encoberto, 25% encoberto,
aberto);
Presençaouausênciadechuva,nasúltimas24horas(trovoadascomchuvas,
chuvas, nublado, parcialmente nublado, pancadas de chuvas, ensolarado);
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A ficha de coleta contém informações indispensáveis ao banco de dados,
conforme o Quadro a seguir:
Como nomear a estação:
Quadro 2 – Códigos usados para registro dos dados do monitoramento
15
Observações de campo
Presença de:
- materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: visualmente ausentes;
- substâncias que comuniquem gosto ou odor: visualmente ausentes;
- corantes provenientes de fontes antrópicas: visualmente ausentes;
- resíduos sólidos objetáveis: visualmente ausentes;
- marcas de enchentes nas margens, em caso de chuva recente, etc.
Odores:
Quadro 3 - Detecção de odores associados a compostos presentes no esgoto não
tratado
Compostos Fórmula Química Odor
Aminas CH3NH2, (CH3)3H peixe
Amônia NH3 amoníaco
Diaminas NH2(CH2)4NH2(CH2)5NH2 carne podre
Sulfeto de hidrogênio H2S ovo podre
Mercaptanas
(por ex., metil e etil)
CH3SH, CH3(CH2)3SH repolho podre
Mercaptanas
(por ex., butil e crotil)
(CH3)3SH,CH3(CH2)3SH Jaritataca (gambá)
Sulfetos orgânicos (CH3)2S, (C6H5)2S Couve podre
Material fecal C9H9N fezes
Anotar os resultados das análises medidas no campo:
Preferencialmente, as medidas devem ser realizadas entre 10h e 16 horas,
já que nesse período os raios solares incidem em ângulo similar;
Após a coleta:
Dispor o material coletado no bagageiro do veículo de transporte, de modo
a obter estabilidade durante o percurso de volta;
Verificar periodicamente a refrigeração das amostras, substituindo o gelo
quando necessário;
Acondicionar os reagentes químicos de maneira segura, a fim de evitar
vazamentos ou atritos durante a viagem;
Manter o laboratório responsável informado sobre o horário previsto de
q
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q
q
q
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1
2
3
3
Figura 1
1
	
Livre de efluentes
Entrada de material orgânico
Amostras para pesquisa de substâncias tóxicas à montante da área afetada3
2
Sugestão de locais de coleta de amostras:
chegada das amostras;
Preencher e afixar a etiqueta padrão, contendo informações relativas à
identificação da amostra.
q
17
Cadeia de hierarquia da Cemig em caso de acidentes ambientais
A definição da cadeia hierárquica deve estar de acordo com a Lei de Crimes
Ambientais, Cap. I art 2º.
“Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei,
incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade, bem como
o diretor, administrador, o membro do conselho e de órgão técnico, o auditor, o
gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que sabendo da conduta
criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-
la”.
Consultar a IS-48 nos anexos, que trata de Negociações Socioambientais na
Cemig.
Coletas de parâmetros físico-químicos
Aguardar o barco parar, desligar o motor e jogar a poita (âncora) com
cuidado para não levantar sedimentos capazes de contaminar as amostras e, só
então, iniciar a coleta;
Fazer a leitura do disco de Secchi na sombra e registrar o valor na ficha de
campo;
Calcularazonafótica-multipliqueovalorobtidonaleituradodiscodeSecchi
por 3 e, em seguida, divida por 2, para obter o valor estimado correspondente à
metade da zona fótica -, e registrar na ficha de campo;
Medir o perfil de temperatura da água com a sonda e registrar temperaturas
e profundidade total na ficha de campo;
Fazer a primeira coleta de profundidade, posicionando a garrafa na metade
da zona fótica;
Repetir a coleta a mais ou menos um metro da profundidade total;
As amostras não devem incluir partículas como folhas, detritos ou qualquer
objeto estranho, exceto material de sedimento;
Nas determinações de campo com eletrodos indicadores, devem ser
tomadas alíquotas separadas das que serão enviadas ao laboratório;
Deve-se ter cuidado para não tocar a parte interna dos frascos e
equipamentos de coleta e evitar a exposição a pó e outras impurezas que possam
ser fontes de contaminação, tais como gasolina, óleo, fumaça de exaustão de
veículos. Recomenda-se, portanto, o uso de luvas plásticas incolores, de preferência
cirúrgicas, ao pessoal de campo, responsável pela coleta das amostras.
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ATENÇÃO
Ao iniciar a coleta ou após a mudança de ponto, deve-se lavar os equipamentos
com água destilada ou criar um ambiente com a própria água do ponto de coleta,
a fim de evitar a contaminação das amostras e ocasionar falsos resultados do
monitoramento.
Zooplâncton:
As amostragens de zooplâncton deverão propiciar análises qualitativas e
quantitativas. Para análises qualitativas, a coleta deverá ser feita com a rede de
nylon de 35μ de poro nos ambientes lóticos e de 68μ de poro nos lênticos, em
arrastos horizontais ou deixando a rede contra a correnteza por 15 minutos. Quando
possível, realizar também arrastos verticais.
Já nos pontos limnéticos, as amostras deverão ser obtidas pela filtragem da
coluna d’água, a partir de um metro do fundo até a superfície, por meio de arrasto
vertical, da ZONA FÓTICA ou, no mínimo, de cinco metros. Quando o disco de
Secchi marcar abaixo de dois metros, utilizar uma rede de arrasto de, no mínimo,
30cm de diâmetro. O material filtrado deverá ser estocado em frasco de 250mL e
refrigerado até a realização do exame a fresco.
Para análise quantitativa, tanto no ambiente lótico quanto no lêntico, a coleta
deverá ser feita na porção subsuperficial da coluna d’água, por filtragem de 200
litros de água na rede de nylon de 35μ de poro para lótico e 68μ de poro para lêntico,
com auxílio de um balde de volume certificado. Para estocagem do material filtrado,
colocar 100mL da amostra em um frasco de tampa plástica de 150 mL, gotejar
0,2 a 0,3mL de rosa de bengala e acrescentar 4mL de formol. No caso da análise
quantitativa, o material deverá ser fixado, após 15 minutos, em formalina a 5%.
Para o preparo da solução de rosa de bengala, são utilizados 0,5g de rosa de
bengala e 100 mL de água destilada. Dissolva a substância em água destilada e, em
seguida, complete o volume até 100mL.
Fitoplâncton:
Os organismos fitoplanctônicos deverão ser coletados com a rede de nylon
de 25μ de poro, específica para captura de fitoplâncton. Em ambiente lótico, a
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19
amostragem qualitativa deverá ser realizada por meio de arrasto horizontal,
posicionando a rede contra a correnteza durante 15 minutos. Quando possível,
coloque-a verticalmente. A amostragem qualitativa no reservatório (ambiente
limnético) deverá ser por arrastos verticais na zona fótica. O material filtrado no
arrasto deverá ser estocado em frasco de 250mL e refrigerado até a realização
do exame a fresco. Para análise quantitativa, tanto no ambiente lótico quanto
no ambiente lêntico, a coleta de um litro de água deverá ser feita na porção
subsuperficial da coluna d’água, corada e preservada em lugol acético.
Cianobactérias
Em estudos da comunidade de cianobactérias, a metodologia de coleta deve
atender aos objetivos do programa de monitoramento, de acordo com os usos
específicos do corpo hídrico, levando em conta as características do manancial
(lêntico ou lótico), bem como os demais aspectos do ambiente, que podem interferir
na distribuição dos organismos planctônicos.
Para que a amostra seja representativa do sistema, no caso de florações, deve-
se considerar a distribuição espacial (horizontal e vertical) e a ação dos ventos,
especialmente para as cianobactérias, que formam escumas superficiais pela
deposição junto às margens.
Alguns procedimentos utilizados na coleta e análise de cianobactérias
são empregados, com maior frequência, no monitoramento de mananciais de
abastecimento público pelas companhias de saneamento. Os procedimentos variam
de acordo com o tipo de análise a ser realizada, conforme descrito a seguir:
Coleta análise qualitativa
Utiliza-se rede de plâncton de nylon com 20mm de abertura de malha e a coleta
é realizada por meio de arraste horizontal repetidas vezes na subsuperfície (20cm
abaixo da superfície) ou com o auxílio da embarcação. Ou ainda por arraste vertical,
mergulhando a rede até uma profundidade previamente estabelecida e, em seguida,
trazendo-a até a superfície.
Coleta análise quantitativa
A coleta de amostra para análise quantitativa pode ser realizada manualmente
ou com auxílio de amostradores especiais, como garrafas de amostragens e bombas
de sucção. Na coleta manual, o frasco de polietileno ou vidro neutro é levado a
uma profundidade de 20cm aproximadamente. Em casos de florações superficiais,
a coleta é realizada diretamente nos pontos de maior concentração de organismos
(escuma).
20
Para coletas em diferentes profundidades, são utilizadas as garrafas do tipo
Kemmerer e van Dorn, que consistem, basicamente, num tubo cilíndrico aberto em
ambas as extremidades, preso a uma corda (cabo) graduada, que por sua vez é
mergulhada até a profundidade desejada. Então, um mensageiro (peso) é acionado,
disparando um dispositivo que fecha, hermeticamente, ambas as extremidades da
garrafa. As bombas de sucção são utilizadas também, principalmente quando há
necessidade de coletar grande número de estações de amostragens em um curto
espaço de tempo. As bombas peristálticas e de diafragma são menos prejudiciais
aos organismos do que as centrífugas (APHA,1998).
Transporte e preservação da amostra
A amostra viva deverá ser transportada em caixas de isopor com gelo e ocupar,
no máximo, dois terços do volume do frasco, para garantir quantidade suficiente de
oxigênio até o momento da análise. O gelo deve ser o bastante para refrigeração
pois, se congelados, os organismos podem morrer e dificultar, assim, a taxonomia.
Para a análise qualitativa, não é necessária a preservação da amostra, desde que
haja alguns cuidados, como evitar a exposição ao excesso de luz, manter a amostra
refrigerada e realizar a análise em, no máximo, 24 horas após a coleta. Ao contrário,
a amostra deverá ser preservada em solução de formol, numa concentração de
4%.
Em caso de florações, recomenda-se que a amostra seja preservada em
formol, visando oportunizar outros estudos, que complementem as análises e
permitam manter um registro de espécies formadoras de florações em mananciais
de abastecimento público.
Para análise quantitativa, a amostra é usualmente preservada em solução de
lugol, em concentrações de 0,3% a 0,5% para ambientes oligotróficos e de 0,5% a
1,0% para ambientes eutróficos. O material deve ser mantido em frascos de vidro
âmbar e acondicionado em ambiente protegido de luminosidade.
A solução de lugol facilita a sedimentação, por outro lado, pode dificultar a
identificação dos organismos, além de ser muito volátil.
Para o preparo da solução de lugol, são utilizados:
10g de iodo puro;
20g de iodeto de potássio;
20mL de ácido acético glacial;
200mL de água destilada.
Dissolva em água destilada o iodo e o iodeto. Acrescente o ácido acético e
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complete o volume com água destilada até 200 mL.
Essa solução também deve ser mantida em vidro âmbar e ambiente protegido
de luminosidade.
Para o preparo da Solução Transeau (fixar Fitoplâncton), são utilizados:
100mL de formol 40%
300mL de álcool 96%
600mL de água
Cianotoxinas
As cianotoxinas são produzidas por algumas espécies de cianobactérias,
que podem afetar a biota aquática e resultar em efeitos tóxicos também para os
mamíferos terrestres (Sivonen  Jones, 1999). A razão da produção ainda não foi
esclarecida.
Coleta de amostra
Caso haja uma nata verde sobrenadante, coletar um frasco de cinco litros, que
permitirá a classificação até a espécie, o bioensaio com camundongos e a análise
da microcistina (se for o caso), pelo kit ELISA.
Coletando amostras para análises microbiológicas de água potável
Embora pareça simples coletar uma amostra de água, cuidados especiais
são requeridos, uma vez que os problemas podem ocorrer independentemente da
técnica utilizada. Se as amostras coletadas não forem válidas, o cuidadoso trabalho
subsequente pode tornar-se inútil.
A água pode ser amostrada em três locais diferentes:
1 - Amostragem de torneira ou bomba;
2 - Amostragem de um curso d’água ou reservatório;
3 - Amostragem de poços artesianos e fontes similares.
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1. Amostragem de torneira ou bomba
Para amostragem de torneira ou saída de bomba, siga os passos descritos:
A - Limpe a torneira
B - Abra a torneira
C - Esterilize a torneira
Remova qualquer acessório que
possa espirrar a água e, usando um
pano limpo, esfregue a parte de fora
para eliminar a sujeira.
Abra a torneira na vazão máxima
e deixe a água escorrer por 1-2
minutos.
Use uma chama de algodão em
álcool, de gás ou isqueiro.
D - Abra a torneira novamente
Cuidadosamente, abra a torneira e
deixe a água fluir por 1-2 minutos,
na vazão média.
23
F - Encha o frasco
Desamarre a corda e junto com o
papel puxe a tampa do frasco.
Enquanto estiver segurando a tampa
e a capa viradas para baixo (para
prevenir a entrada de poeira, que
pode carrear microorganismos para
dentro do frasco), coloque o frasco
imediatamente debaixo do jato de
água e encha-o.
Deixe um pequeno espaço de ar
para facilitar a agitação do frasco no
momento da análise.
G - Feche o frasco
Recoloque a tampa no frasco com
a capa de papel protetora e amarre
com o barbante.
Para encher o frasco esterilizado, observe as orientações a seguir:
24
2. Amostragens de um curso d’água ou reservatório
A – No ambiente lótico, colete água superficial ou à profundidade desejável,
com um balde limpo de aço inoxidável. No ambiente lêntico, colete uma
quantidade de água, com a ajuda de uma garrafa de van Dorn;
B - Abra o frasco de amostragem esterilizado
Desamarre a corda e junto com o
papel puxe a tampa do frasco.
Encha o frasco
Segure o frasco pela parte de baixo,
submerja-o a uma profundidade
de cerca de 20cm, com a boca
levemente inclinada para cima. Se
houver correnteza, a boca do frasco
deve estar contra ela.
O frasco deve então ser fechado,
como descrito anteriormente.
C - Encha o frasco
Com o auxílio de uma caneca de
aço inoxidável, retire a água e
despeje no frasco. Segure a tampa
e capa viradas para baixo (para pre-
venir a entrada de poeira, que pode
carrear microorganismos para dentro
do frasco). Encha o frasco.
Deixe um pequeno espaço de ar
para facilitar a agitação do frasco no
momento da análise.
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D - Feche o frasco
Recoloque a tampa na garrafa com
a capa de papel protetora e amarre
com o barbante. Em seguida, ponha
o frasco dentro de um saco plástico
limpo e feche-o.
3. Amostragem de poços artesianos e fontes similares
A - Prepare o frasco
Com uma corda, coloque
uma pedra de tamanho
adequado no frasco de
amostragem.
B - Prenda o frasco à corda
C - Abaixe o frasco
Utilize uma corda limpa de 20m de
comprimento e amarre o frasco,
abra-o seguindo as instruções ante-
riores.
Abaixe o frasco no poço, com o peso
da pedra, liberando vagarosamente
a corda. Não permita que o frasco
toque as paredes laterais do poço.
26
D - Encha o frasco
Mergulhe o frasco completamente
na água e leve-o até o fundo do
poço.
Quando o frasco estiver totalmente
cheio, puxe a corda para trazê-lo de
volta. Descarte um pouco d’água
para obter um pequeno espaço de
ar.
E - Puxe o frasco
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2. Parâmetros indispensáveis para uma coleta de rotina
2.1 Águas superficiais – ambiente lótico (rios, riachos e nascentes)
As coletas seguem as regras definidas para ambientes lênticos, já que em rios
e córregos não há estratificação da água. As estações de coleta são escolhidas de
acordo com a facilidade de acesso e as coletas são feitas com balde, a mais ou
menos 20cm de profundidade. Os parâmetros físico-químicos são praticamente os
mesmos do ambiente lêntico, exceto, por alguns poucos conforme a lista a seguir.
O parâmetro hidrobiológico utilizado no monitoramento da Cemig para ambientes
lóticos é o zoobênton, considerado o melhor bioindicador para águas doces.
Os rios são caracterizados por uma corrente unidirecional com taxa de
velocidade da água relativamente alta, variando de 0,1 a 1m s-1
, de acordo com o
clima e o modelo de drenagem. A relação de parâmetros para as águas correntes
inclui:
Temperatura da água e do ar - ºC
Cor verdadeira - mg Pt/L
Turbidez - UNT
pH
Condutividade elétrica - μS.cm-1
Sólidos totais em suspensão - mg/L
Sólidos totais dissolvidos – mg/L
Alcalinidade total em CaCO3 – mg/L
Cálcio – mg/L
Cloreto – mg/L
Sulfato – mg/L SO4
Fósforo total – mg/L de P
Nitrogênio amoniacal total - mg/L N
Nitrato - mg/L N
Oxigênio dissolvido - mg/L O2
Demanda bioquímica de oxigênio – DBO - mg/L O2
Óleos e graxas - mg/L
Ferro dissolvido - mg/L Fe
Manganês total – mg/L Mn
Índice de Fenóis - mg/L C6H5OH
Coliformes termotolerantes (Coliformes fecais) – VMP /100mL
Zoobênton qualitativo e quantitativo – org./m2
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Malacofauna qualitativa - org./m2
Densidade de cianobactérias - células/mL
Clorofila a - μg/L
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2.2 Águas de reservatório e lagos (perfis) - ambiente lêntico
Os lagos e reservatórios são caracterizados por uma baixa taxa de velocidade
da corrente multidirecional, de 0,001 a 0,01 m s –1 (valores superficiais). Muitos
lagos têm períodos alternados de estratificação e mistura vertical, regulados pelas
condições climáticas e pela profundidade.
Os parâmetros variam de acordo com os pontos do reservatório, conforme
descrições a seguir:
Na subsuperfície do reservatório, a relação de parâmetros inclui:
Transparência do disco de Secchi - m
Temperatura do ar - ºC
Óleos e graxas – mg/L
Temperatura da água (perfil ao longo de toda a coluna d’água do 		
ponto, de um em um metro) - ºC
Coliformes termotolerantes (Coliformes fecais) - VMP /100mL
Densidade de cianobactérias - células/mL
Clorofila a - µg/L
Malacofauna qualitativa (às margens) - org./m2
Na Metade da Zona Fótica do reservatório, a relação de parâmetros
contempla:
Cor verdadeira - mg Pt/L
Turbidez - UNT
pH
Oxigênio Dissolvido – mg/L
Condutividade elétrica - μS.cm-1
Sólidos totais dissolvidos – mg/L
Sólidos em suspensão – mg/L
Alcalinidade total em CaCO3 – mg/L
Cálcio – mg/L
Cloreto – mg/L
Sulfato – mg/L SO4
Fósforo total – mg/L de P
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Nitrogênio amoniacal total - mg/L N
Nitrato - mg/L N
Demanda bioquímica de oxigênio – DBO – mg/L
Ferro dissolvido - mg/L Fe
Manganês total – mg/L Mn
Fenóis Totais (substâncias que reagem com 4-aminoantipirina) – mg/L
C6H5OH
Substâncias tensoativas que reagem com azul de metileno -mg/L LAS
Fitoplâncton qualitativo e quantitativo – cel/mL
Zooplâncton (arraste ao longo da coluna d’água a partir de um metro do
fundo) – cel/mL
No FUNDO do reservatório, a relação de parâmetros compreende:
Cor verdadeira - mg Pt/L
Turbidez – UNT
Cálcio – mg/L
pH
Oxigênio Dissolvido - mg/L
Condutividade elétrica - μS.cm-1
Sólidos totais dissolvidos - mg/L
Sólidos em suspensão – mg/L
Alcalinidade total em CaCO3 - mg/L
Sulfato total - mg/L SO4
Fósforo total - mg/L de P
Nitrogênio amoniacal total - mg/L N
Nitrato - mg/L N
Demanda bioquímica de oxigênio – DBO - mg/L
Ferro dissolvido - mg/L Fe
Manganês total – mg/L Mn
2.3 Água Potável
A água de poços artesianos, estações de tratamento e torneiras deve ser
amostrada para avaliar a potabilidade, seguindo as instruções de coleta da
Organização Mundial de Saúde - OMS - e os parâmetros definidos pelo Ministério
da Saúde, na Portaria no 518, de 2005. O Quadro 4 apresenta os parâmetros para
o exame bacteriológico da água.
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Estação de coleta
Parâmetros
ETA Bebedouro/Torneira Poço artesiano
Alumínio total - mg/L x x
Amônia (como NH3) – mg/L x x
Bromato - mg/L x x
Cloreto total - mg/L x x
Clorito - mg/L x x
Cloro residual livre - mg/L x x
Densidade de cianobactérias – cel/mL x
Cianotoxinas x
Coliformes totais UFC/mL x x x
Escherichia coli - UFC/mL x x x
Cor aparente - uH x x
Dureza - mg/L x x
Fenóis Totais (substâncias que reagem com 4
- aminoantipirina) – mg/lL C6H5OH
x x
Ferro total – mg/L Fe x x
Fluoreto - mg/L x x
Manganês total – mg/L x x
Monocloramina - mg/L x x
Odor x x x
Sabor x x x
Sódio mg/L x x
Sólidos dissolvidos totais mg/L x x
Sulfato - mg/L x x
pH x x
Sulfeto de hidrogênio - mg/L x x
Surfactantes - mg/L x x
Turbidez - UNT x x
Zinco - mg/L x x
2,4,6 triclorofenol - mg/L x
Trialometanos Total - mg/L x x
Compostos orgânicos voláteis - VOC x x
Agrotóxicos x
2.4 Tanques e viveiros de piscicultura
Os tanques e viveiros de uma estação de piscicultura devem ser analisados,
no mínimo, mensalmente. A coleta deve ser realizada pela manhã, entre 7h e 9
horas. No período de outubro a março, deve haver uma análise diária de amônia.
As amostras devem ser coletadas no meio da coluna d’água, no caso de pequena
profundidade, com penetração de luz. Caso contrário, a coleta deve ser feita a 20
Quadro 4 – Parâmetros de análise da potabilidade da água
31
cm da superfície ou no meio da zona fótica. Os parâmetros utilizados são:
Temperatura do ar e água - º C (perfil)
Sólidos em suspensão – mg/L
Dureza total – mg/L
Transparência – m
Alcalinidade total – mg/L
pH
Turbidez – NTU
DBO – mg/L
CO2 - mg/L
Condutividade elétrica - μS.cm-1
Oxigênio dissolvido - mg/L
Nitrogênio amoniacal - mg/L
Nitrato - mg/L
Fósforo total – mg/L
Densidade de cianobactérias - células/mL
Clorofila a - µg/L
Coliformes termotolerantes - NMP/100 mL
Malacofauna qualitativa – (margens)
Para que os efluentes contaminados não alcancem os corpos d’água afluentes,
um controle deve ser feito antes de serem lançados de volta ao rio. Os
parâmetros são definidos pela RESOLUÇÃO Nº 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005
do CONAMA e DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONJUNTA COPAM e CERH Nº 1 de
5 de maio de 2008.
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2.5 Efluentes
O acompanhamento dos efluentes das usinas deve ser realizado para cumprir
as exigências das legislações ambientais. Os parâmetros estão definidos na
RESOLUÇÃO No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 do CONAMA e DELIBERAÇÃO
NORMATIVA CONJUNTA COPAM E CERH No 1 DE 2008 e o número e locais
de coleta na planta da usina estão condicionados ao estado de conservação, aos
objetivos e às infraestruturas locais.
Acoleta deve ser feita em locais apropriados e seguros, onde os registros tenham
sido instalados, e a equipe de meio ambiente deve estar sempre acompanhada por
um empregado da usina, seguindo as normas de segurança da empresa. Para avaliar
a qualidade da água devolvida ao corpo d’água, recomenda-se uma comparação
entre a água que entra no sistema e aquela lançada ao rio. No mínimo, três pontos
32
devem ser coletados: tomada d’água; área interna da usina e água turbinada.
A água utilizada pelos empregados - os efluentes domésticos - segue uma
metodologia diferente, de acordo com a Portaria do Ministério da Saúde nº 518/2004.
O efluente de laboratório submete-se à RESOLUÇÃO Nº 357, DE 17 DE MARÇO
DE 2005 do CONAMA e à DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONJUNTA COPAM E
CERH Nº 1 DE 2008
Quadro 5 - Descrição dos parâmetros de efluentes analisados na área industrial.
Parâmetros Efluentes
Indus-
triais
Tomada
d´água
Água
turbinada
Elfuentes
Domésticos
Efluentes de
laboratório
Alcalinidade bicarbonato –mg/L x x x x
Bromato - mg/L x x
Coliformes termotolerantes VMP/100mL x x x
Cloretos mg/L x x x x
Cloro livre - mg/L x x
Cor verdadeira x x x x
Densidade de Cianobactérias x x x
DBO – mg/L x x x x
DQO – mg/L x x x x
Fenóis Totais substâncias que reagem
com 4 - aminoantipirina – mg/L
x x x x x
Ferro dissolvido – mg/L x x x x
Fósforo Total – mg/L x x x x x
Manganês total – mg/L x x x x
Materiais sedimentáveis mg/L x x x
Nitrogênio Amoniacal Total mg/L x x x x x
Óleos e graxas x x
Óleos minerais mg/L x
Óleos vegetais e gorduras animais - mg/L x x
pH x x x x x
Sólidos em suspensão mg/L x x x
Sólidos dissolvidos Totais mg/L x x x x
Substâncias tensoativas que reagem com
azul de metileno - mg/L LAS
x x x x x
Sulfetos – mg/L x x x
Temperatura da água - ºC x x x x x
Trihalometanos Total - mg/L x x
33
3. Condicionamento e Transporte de Amostras
(Lee A. Barclay)
O planejamento cuidadoso e a atenção aos detalhes reduzem a possibilidade de
perdas ou danos durante o transporte de amostras e preservam evidências valiosas,
que podem ser decisivas em eventuais processos judiciais. Antes de despachar as
amostras, é necessário ter informações completas sobre a empresa transportadora,
vôos, horários, despachantes e os números de telefone dos responsáveis, para
cada organização envolvida no transporte. O laboratório de análise das amostras
deverá ser notificado sobre o horário programado de chegada e solicitado a contatar
o remetente, assim que receber o material. Caso as amostras não sejam entregues
no dia e horário esperados, tanto o remetente quanto o destinatário deverão entrar
em contato com a transportadora, a fim de iniciar imediatamente uma busca. O
despacho para transporte nunca deverá ser feito na sexta-feira, nos finais de
semana ou feriados.
Manuseio de Amostras
As amostras estão condicionadas ao objetivo da coleta de água; os tipos
específicos devem ser coletados e manuseados de acordo com diretrizes precisas:
Preservação de amostras:
1.	 Antes de iniciar as coletas, planeje os procedimentos:
Consulte os técnicos do laboratório, já que as exigências para a preservação
de amostras podem variar de acordo com os tipos de análises;
Ao dirigir-se aos locais de coleta, leve consigo todos os equipamentos e
suprimentos necessários;
Prepare uma lista de consulta dos suprimentos e recipientes necessários à
preservação das amostras. Não confie apenas na memória; ela pode falhar;
2.	 Aja com rapidez:
Algumas substâncias são altamente efêmeras. Contudo, quanto mais
cedo forem tomadas medidas para impedir a deterioração química ou manter a
degradação no nível mínimo possível, melhores as chances de se obter dados
analíticos válidos;
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3.	 Mantenha a preservação ativa:
Muitas vezes, as amostras devem ser estocadas por períodos longos, até
que as análises sejam realizadas. Verifique no Apêndice A (pág.52) quais amostras
podem ser estocadas.
4.	 Tenha os equipamentos e suprimentos necessários disponíveis
Freezer capaz de manter a temperatura de, no mínimo, –20º C e que possa
ser trancado;
Gelo úmido;
O gelo seco não é acessível em qualquer local ou em todas as estações
do ano. Prepare uma lista de fontes de fornecimento na região, incluindo dias e
horários em que o material possa ser obtido;
As caixas de gelo de material durável são as mais recomendadas.
Recipientes de isopor são adequados, desde que embutidos numa caixa. Caixas
reforçadas de papelão grosso podem ser utilizadas por períodos curtos, desde que
revestidas de isopor (geralmente encontradas em lojas de materiais de construção,
fornecidas em folhas de 122cm x 244cm, com espessura de 2,5mm a 5mm).
Recipientes reutilizáveis de papelão revestidos de isopor podem ser adquiridos de
representantes comerciais.
Acondicionamento
O acondicionamento correto das amostras é essencial para o transporte.
A caixa térmica de fibra é mais resistente que a de isopor. As amostras fixadas
nunca deverão ser acondicionadas juntamente com as amostras frescas, podendo
inviabilizar a análise. Para minimizar o risco de contaminação, todo e qualquer
material ou recipiente que entre em contato direto com as amostras deverá ser
quimicamente inerte e estar quimicamente limpo.
Planejamentoepreparaçãosãoindispensáveisparaassegurarqueosrecipientes
e materiais de acondicionamento apropriados estejam disponíveis e prontos
para uso no campo. Recipientes de vidro ou outros materiais frágeis deverão ser
mantidos separados e imobilizados dentro das embalagens a serem transportadas,
utilizando-se folhas de espuma de borracha, plástico tipo bolha ou jornal amassado.
As embalagens deverão ser suficientemente reforçadas para suportar os esforços
de manuseio. Caso as amostras devam ser mantidas refrigeradas ou congeladas,
os frascos ou sacos plásticos podem ser acondicionados em gelo seco ou úmido,
conforme descrito abaixo:
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Amostras resfriadas
Para amostras refrigeradas, as caixas de material durável são as mais
recomendadas. As caixas de isopor com paredes espessas podem ser utilizadas,
desde que colocadas dentro de caixas de papelão grosso. O gelo deverá ser
colocado em sacos plásticos para evitar vazamento de água. Acrescente material
de proteção, a exemplo dos “amendoins” de plástico, para diminuir a movimentação
interna durante o manuseio das embalagens.
Amostras congeladas
Na maioria dos casos, as amostras congeladas devem ser acondicionadas em
gelo seco. Embora o custo do produto seja alto, o investimento é válido para evitar a
destruição de evidências e amostras. Sempre use luvas ao manusear o gelo seco.
Não há um critério estabelecido para a quantidade de gelo seco, leve em conta a
evaporação do produto e, para minimizá-la, embrulhe-o em papel grosso. Calcule
uma quantidade suficiente para manter as amostras congeladas por 24 horas após
o horário programado de chegada: 4,5kg de gelo seco numa caixa de fibra (38 x 38
x 38cm) propiciam, potencialmente, 48 horas de congelamento. Não coloque gelo
seco em recipientes hermeticamente vedados, pois podem estourar.
Transporte de Amostras
O transporte de amostras de um ponto a outro pode resultar em perda de
tempo e recursos, se não for devidamente realizado. Por vezes, ocorre o extravio
do material com implicações desastrosas, a exemplo das amostras perecíveis. Um
planejamento cuidadoso, com atenção para os detalhes, reduz a probabilidade de
perda ou dano dos materiais despachados.
O custo do transporte é um fator importante, porém a integridade das amostras
é primordial. Portanto, uma suposta economia pode resultar em custo final elevado,
caso as amostras sejam perdidas ou sofram decomposição, durante o percurso.
Entrega Direta
Quando possível, a melhor alternativa é entregar as amostras, pessoalmente,
no laboratório de análises, pois o acondicionamento é simplificado, o documento
de recibo pode ser emitido imediatamente e os recipientes de transporte,
reaproveitados.
36
Transporte Aéreo
A. Empresas Transportadoras
1.	 Empresas de transporte aéreo expresso (courier)
O transporte aéreo expresso é preferível ao comum e deve ser utilizado sempre
que possível. As empresas são confiáveis, têm excelente sistema de rastreamento
de cargas e serviços de entrega.
2.	 Transporte aéreo comum (utilize somente vôos regulares)
O transporte aéreo comum é satisfatório para materiais enviados diretamente
de uma cidade a outra. No entanto, a remessa pode ficar retida no aeroporto, por
falta de espaço na aeronave, devido às cargas de maior prioridade. Se possível,
os trajetos que envolvem troca de aeronave devem ser evitados e aqueles que
requerem troca de empresa aérea, descartados.
B. Preparação para o Transporte Aéreo
1.	 Certifique-se de que os pacotes contenham o nome, endereço e número de
telefone do destinatário;
2.	 Se for o caso, escreva PERECÍVEL e solicite a colocação da advertência de
FRÁGIL na parte externa do pacote;
3.	 Se o conteúdo estiver acondicionado em gelo seco, escreva no pacote:
GELO SECO e informe o peso (em quilos);
4.	 Preencha o conhecimento de embarque aéreo. Identifique o conteúdo como
AMOSTRAS BIOLÓGICAS, informe que são perecíveis e, se for o caso, que estão
acondicionadas em gelo seco. Caso o material deva ser retirado imediatamente
após a chegada, faça tal observação constar na notificação de embarque e inclua
nome e telefone do destinatário. Etiquetas especiais, do tipo “Reter e Notificar”,
podem ser necessárias
5.	 Obtenha uma cópia do conhecimento de embarque aéreo e anote os
números dos vôos, horários de partida e chegada, antes de despachar o material.
37
C. Entrega para a Empresa Aérea
1.	 Entre em contato com o laboratório (ou destinatário) para certificar-se de que
alguém irá retirar o material. A remessa deverá ser despachada, preferencialmente,
no período de segunda a quinta-feira, salvo em casos especiais.
2.	 Informe-se junto à empresa transportadora sobre (1) horário de partida,
trajeto (por exemplo, números dos vôos), horário previsto de chegada e número
do conhecimento de embarque; (2) local e serviços de entrega; e (3) métodos de
pagamento permitidos.
3.	 No caso da utilização de empresa despachante ou de transporte aéreo
expresso, solicite nomes e números de telefone para contato, inclusive fora do
horário comercial.
Transporte Rodoviário
Em algumas cidades, as empresas de transporte rodoviário realizam viagens
diárias e aceitam encomendas para entrega em 24 horas. De modo geral, esse
método de transporte é confiável.
Serviço de Correio
Evite os serviços de correio se as amostras forem perecíveis. Se o material
for frágil, acondicione-o com cuidados especiais Verifique as limitações quanto às
dimensões dos pacotes.
Acompanhamento
Após o despacho da remessa, o laboratório deverá ser avisado que o material
está a caminho. É importante fornecer ao laboratório o número do conhecimento
de embarque (aéreo ou rodoviário), nome e telefone da empresa transportadora.
Também é aconselhável descrever o material despachado: quantidade, dimensões,
tipos de recipientes e respectivas etiquetas. Em caso de extravio, essas informações
serão úteis para localização da remessa pela empresa transportadora. O destinatário
deverá ser informado sobre o tipo de frete: a cobrar, pré-pago ou acobertado por
Conhecimento de Embarque Governamental. No caso de remessas com frete a
cobrar, envie ao destinatário, pelo correio, a via original do conhecimento de
embarque, porém tenha o cuidado de reter uma cópia. Solicite ao destinatário
38
que acuse o recebimento do material despachado, caso contrário, comunique o
extravio.
Considerações sobre Segurança
O gelo seco pode ser perigoso. Ao manuseá-lo, sempre use luvas. Não vede
completamente os recipientes a serem transportados; certifique-se de que o gás
em expansão tenha escape, para que os recipientes não estourem durante o
transporte.
39
4. Métodos de Análise
As principais metodologias de análise do SISÁGUA estão descritas na ABNT
e na última edição do STANDARD METHODS FOR WATER AND WASTEWATER.
O quadro 6 apresenta o resumo dos parâmetros, metodologias e referências
utilizadas:
Quadro 6 – Resumo das metodologias de análise utilizadas no SISÁGUA
Estreptococos Tubos múltiplos APHA 9230 B
Fenóis Totais Colorimetria ABNT NBR 10740/1989
Ferro dissolvido Espectrometria de AA – plasma APHA 3120 B
Fitoplâncton No laboratório, homogeneizar a
amostra e após sedimentação em
cubeta de 10 ou 20 mL, contar
200 organismos da espécie mais
abundante em microscópio; quando
em baixas densidades realizar
curva espécie x área.
Fósforo total Colorimetria APHA 4500 – P C
Manganês solúvel Espectrometria de AA – plasma APHA 3120 B
Materiais sedimentáveis APHA 2540
Nitrato Colorimetria ABNT NBR 12619
Nitrogênio amoniacal Colorimetria ABNT NBR 10560/1988
Nitrogênio total Espectrometria de AA – forno de
grafite
ABNT NBR
Óleos e graxas Gravimetria APHA 5520 B
Oxigênio dissolvido Titulometria ABNT NBR 10559/1988
Parâmetro Metodologia Referência Normativa
Alcalinidade total Potenciometria APHA 2320 B
Alumínio total Espectrometria de AA* - plasma APHA 3120 B
Bromato APHA 4110 B
Cloreto total Colorimetria USGS – 1 – 1187 78
Cloro livre APHA 4500 CI
Clorofila a Etanol como solvente Golterman et. Al. 1978
CO2 mg/L
Coliformes termotolerantes Tubos múltiplos APHA 9221 E
Coliformes totais Tubos múltiplos APHA 9221 B
Condutividade elétrica Condutimetria APHA 2510 B
Cor real Medida espectrofotométrica Unidades de cor
Demanda bioquímica de oxigênio Winkler/incubação ABNT NBR 12614/1992
Demanda química de oxigênio Titulometria ABNT NBR 10357/1988
Dureza de cálcio Titulometria APHA 3500 – Ca D
40
Sólidos em suspensão Gravimetria ABNT
Sólidos totais Gravimetria ABNT NBR10664/1989
Sólidos totais dissolvidos Gravimetria ABNT NBR10664/1989
Substâncias tensoativas que
reagem com azul de metileno
Sulfetos APHA 4500
Temperatura da água Método eletrométrico com sonda
Temperatura do ar Medição com termohigrômetro
calibrado
Transparência Leitura do disco de Secchi
Trialometanos Total
Turbidez Método turbidimétrico 2130
Zoobênton Acondicionar o material em sacos
plásticos e fixar no momento da
coleta com solução de formol
a 10%, no laboratório, após
tamisação, com peneira inferior de
malha igual a 0,300 mm, o material
é triado e identificado.
Método de dipping com concha de
mão, raio de 7,25 cm, são realiza-
das três réplicas.
Zooplâncton Arrasto vertical com rede de
plâncton com boca de 30 cm e
malha de 68 µm, concentra em
frascos de 100 mL, retirar 3 sub-
amostras e conta em câmara de
Sedgwick-Rafter.
41
5. Normas de segurança das embarcações e limpeza
Para ter acesso aos reservatórios da empresa, barcos e barqueiros devem
seguir os critérios definidos na Portaria MS no 1.477, de 20 de agosto de 2002
(D.O.U. de 21/08/02), disponível para consulta nos anexos deste Manual.
Após a utilização, é conveniente que as embarcações passem por inspeção
e limpeza, antes de serem transportadas por rodovias. Os procedimentos estão
descritos a seguir, conforme as normas do Ministério do Meio Ambiente.
Lavagem do reboque, casco, viveiros e demais partes do barco, com água
sanitária;
Retirada de qualquer resíduo de vegetação encontrado dentro e fora do
barco ou do reboque;
Esvaziamento, em terra, de qualquer reservatório de água do barco.
Cabe ressaltar que, nas regiões infestadas pelo mexilhão dourado, os
responsáveis pela organização e realização de torneios de pesca devem orientar
os participantes quanto aos procedimentos de limpeza e emissão do relatório de
inspeção das embarcações. Um modelo do documento é apresentado no relatório
da Força Tarefa Nacional para Controle do Mexilhão Dourado.
Procedimento para inspeção e limpeza de embarcações em hidrovias
As empresas controladoras de barcos-hotéis, transporte de carga, passageiros,
pesca,quetransitememhidrovias(infestadasounão),deverãorealizarprocedimentos
de inspeção e limpeza das embarcações, conforme descrito a seguir:
Limpeza frequente das eventuais incrustações, com disposição dos resíduos
em terra;
Pintura das obras vivas da embarcação com tinta anti-incrustante, isenta
de compostos organo-estânicos, renovada de açodo com os prazos de validade do
produto utilizado;
Tratamento com cloro das águas usadas para limpeza e consumo a bordo.
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Procedimento para controle do transporte de matrizes de peixes, alevinos
e plantas aquáticas
Alevinos, matrizes de peixes e plantas aquáticas, provenientes de diferentes
bacias hidrográficas, podem transportar organismos invasores. Os responsáveis
por estações de piscicultura e estabelecimentos similares devem procurar a
representação do Ibama mais próxima e obter orientações específicas sobre os
procedimentos para transporte de produtos.
A fiscalização dos procedimentos de controle e prevenção de infestação fica a
cargo da autoridade responsável pelo licenciamento da operação de transporte.
Procedimento para controle dos processos de transposição de águas
A transposição de águas entre ambientes diversos pode contribuir para a
dispersão de espécies exóticas.As empresas de irrigação e outros empreendimentos
que dependem da captação de água devem evitar a transposição entre bacias
hidrográficas distintas. Os responsáveis devem procurar a representação do Ibama
mais próxima e obter licenças para transporte de organismos aquáticos de uma
bacia a outra.
Procedimentos para coleta e disposição dos resíduos gerados
A limpeza das embarcações é fundamental em todas as atividades que
envolvem coleta de organismos aquáticos. Os usuários devem ter a máxima atenção
à disposição final dos resíduos gerados na coleta. Em hipótese alguma, um resíduo
derivado da limpeza pode ser devolvido aos rios, devendo ser disposto em terra,
afastado de qualquer corpo d’água.
É de suma importância que a água seja lançada nos mesmos rios ou lagos
de origem e os utensílios, tais como baldes ou recipientes, devem ser lavados nos
corpos d’água onde foram realizadas as coletas.
Prevenção da introdução e reintrodução da espécie por água de lastro
Uma sistemática de controle deve ser estabelecida para o deslastre de água
doce em portos, na navegação de longo curso, de cabotagem e navegação interior
em áreas infestadas e de risco.
43
Acompanhamento
Com o intuito de contribuir para o processo conjunto de avaliação do Plano de
Ação de Emergência, caberá ao “Componente Fiscalização” registrar e sistematizar,
para cada uma das áreas-piloto, as seguintes informações:
Relação das instituições responsáveis pela distribuição final dos folhetos do
“componente comunicação”;
Relação dos pontos de distribuição dos folhetos;
Número de folhetos distribuídos em cada ponto;
Síntese quantitativa das “categorias” abordadas do público-alvo. No caso
de rodovias e hidrovias, discriminar por grandes grupos (barcos transportados por
reboque; embarcações de pesca em rios ou lagos; embarcações de transporte,
etc.);
Identificação das “rotas” percorridas, em rodovia e hidrovia, indicando,
sempre que possível, origem, destino e duração da viagem.
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6. Referências Bibliográficas
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ed. Washington: APHA, 1998.
BOID, C.E. Water quality in warm water fishponds. Alabama: Auburn University, 1979.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL – CETESB. Guia de
coletas e preservação de amostras. São Paulo: CETESB, 1987.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL – CETESB. Relatório de
estabelecimento de valores orientadores para solos e águas subterrâneas no estado
de São Paulo. São Paulo:Cetesb, 2001.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL – CETESB. Relatório de
qualidade das águas interiores do estado de São Paulo de 2003. São Paulo: Cetesb,
2004.
CYBIS, L. F; BENDATI, M. M; MAIZONAVE, C. R. M; WERNER, V. R; DOMINGUES, C.
D.Manual para estudo de cianobactérias planctônicas em mananciais de abastecimento
público: caso da represa Lomba do Sabão e lago Guaíba. Porto Alegre: PROSAB-
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FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – FEAM. Manual de saneamento e
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JARDIM, A.F.; CAVALIEREI, S.O.; GALLINARI, P.C;VIANNA,L.N.L. Metodologia para a
contagem de cianobactérias em células/mL – um novo desafio para o analista de laboratório.
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45
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Campo para a Investigação de morte de peixes. Washington: Arlington Square Building,
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monitoring programmes. New York: Programme and World Health Organization, 1996.
Disponível em  www.epa.gov
46
7. Anexos
47
7.1 Legislação Ambiental e Normas da Cemig
48
7.1.1 Legislação Federal
Constituição da República Federativa do Brasil – Artigo 23 – incisos III, VI e
VII, Artigo 24 – inciso XVI e Artigo 225;
Lei Federal no 6.938, de 31 de agosto de 1981 – Política Nacional de Meio
Ambiente;
Lei Federal no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 – Lei de Crimes
Ambientais;
Lei Federal no 9.443, de 8 de janeiro de 1997 – Política Nacional de
Recursos Hídricos;
Lei Federal no 4.771, de 15 de setembro de 1965, modificada pela MP no
2166-67/01 – Código Florestal Federal;
Resolução CNRH no 5, de 10 de abril de 2000, que estabelece diretrizes
para formação e/ou funcionamento de Comitês de Bacia Hidrográfica;
Lei Federal no 7.347, de 24 de julho de 1985, que disciplina a ação civil
pública de responsabilidade por danos causados ao Meio Ambiente, ao consumidor,
a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Decreto no 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, que disciplina sobre
comunidades tradicionais.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, RESOLUÇÃO No 357, de
17 de março de 2005.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, RESOLUÇÃO No 274, de
29 de novembro de 2000.
Portaria No 518, de 25 de março de 2004, do Ministério da Saúde.
7.1.2 Legislação Estadual
Lei Estadual no 7.772, de 8 de setembro de 1980 – Dispõe sobre a proteção,
conservação e melhoria do meio ambiente no estado de Minas Gerais;
Lei Estadual no 13.199, de 29 de janeiro de 1999 – Política Estadual de
Recursos Hídricos;
Lei Estadual no 14.181, de 17 de janeiro de 2002 – Dispõe sobre a Política
de Proteção à Fauna e à Flora Aquáticas e de Desenvolvimento da Pesca e da
aquicultura no Estado de Minas Gerais;
Lei Estadual no 14.309, de 19 de junho de 2002 - Dispõe sobre a política
florestal e de proteção à biodiversidade no estado de Minas Gerais;
Decreto Estadual no 44.309, de 5 junho de 2006 – Estabelece normas para
Licenciamento Ambiental e autorização Ambiental e de Funcionamento. Tipifica e
classifica as infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos
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hídricos e estabelece o procedimento administrativo de fiscalização e aplicação das
penalidades;
Decreto Estadual no 43.710, de 8 de janeiro de 2004 – Regulamenta a Lei
florestal de Minas Gerais.
Deliberação Normativa Conjunta COPAM/ CERH-MG no 1, de 5 de maio
de 2008.
Deliberação Normativa Conjunta COPAM no 89, de 15 de setembro de
2005.
7.1.3 Normas da Cemig
Política Ambiental - Manual de Organização – NO – 02.01, de 03/12/1992;
DPR/45/2000 – Requisitos Mínimos de Adequação Ambiental;
Instrução de serviços – IS – 42 – Licenciamento ambiental das instalações
e atividades da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig;
Instrução de serviços – IS - 48 – Negociações socioambientais na
Cemig de 02/07/2007; Instrução para utilização de embarcações GA001/2002 –
Superintendência de Geração, atualizada em 2007.
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7.2 Normas de coleta da U.S. Fish and Wildlife Service
National Fisheries Research
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Parâmetro Frasco Tamanho
mínimo da
amostra (mL)
Preservação Tempo máximo de estocagem
(d=dia, h=hora, m =mês)
Recomendado Limite b
Acidez P, V(B) 100 Refrigerada 24 h 14 d
Alcalinidade P, V 200 Refrigerada 24 h 14 d
DBO P, V 1.000 Refrigerada 6 h 48 h
Boro P 100 N. exigida 28 d 28 d
Bromato P, V N. exigida 28 d 28 d
Carbono orgânico V 100 Analisar
imediatamente,
ou refrigerar e
adicionar H2SO4
pH2
7 d 28 d
Dióxido de carbono P, V 100 Analisar
imediatamente
DQO P, V 100 Analisar o mais
rápido possível, ou
adicionar H2SO4
pH2
7 d 28 d
Cloro residual P, V 500 Analisar
imediatamente
0,5 h 2 h
Dióxido de cloro P, V 500 Analisar
imediatamente
0,5 h 2 h
Clorofila P, V 500 30 dias no escuro 30 d
Cor P, V 500 Refrigerada 48 h 48 h
Condutividade P, V 500 Refrigerada 28 d 28 d
Cianeto total P, V 500 Adicionar NaOH
para pH 12,
refrigerar no escuro
24 h 14 d
Fluoreto P 300 S/ exigências 28 d 28 d
Óleos e graxas V, boca larga
calibrado
1.000 Adicionar H2SO4
pH2, refrigerar
28 d 28 d
Dureza P, V 100 Adicionar HNO3
para PH2
6 m 6 m
Iodo P, V 500 Analisar
imediatamente
0,5 h
Metais P(A), V(a) Para metais
dissolvidos, filtrar
imediatamente,
adicionar HNO3
para pH2
6 m 6 m
Cromo 6 + P(A), V(a) 300 Refrigerar 24 h 48 h
Mercúrio P(A), V(a) 500 Adicionar HNO3
para pH2, 4 ºC
28 d 28 d
Amônia P, V 500 Analisar o mais
rápido possível, ou
adicionar H2SO4
pH2, refrigerar.
7 d 28 d
Nitrato P 100 Analisar o mais
rápido possível, ou
adicionar H2SO4
pH2, refrigerar.
48 h 48 h
Nitrato e nitrito P, V 200 Analisar o mais
rápido possível,
ou refrigerar, ou
congelar a -20 ºC
0 28 d
APÊNDICE A - Resumo das exigências requeridas para as amostras de água
52
Nitrito P, V 100 Analisar o mais
rápido possível,
ou refrigerar, ou
congelar a -20 ºC
0 48 h
Odor V 500 Analisar o mais
rápido possível ou
refrigerar.
6 h
Pesticidas G(S),TFS- Refrigerar;
adicionar 100 mg
de NaS203/I se
existir resíduo de
cloro.
7 d 7 d
Fenol P, V 500 Adicionar H2SO4
pH2, refrigerar.
a 28 d
Oxigênio dissolvido V, frasco de DBO 300 Analisar
imediatamente,
titulação pode
ser adiada após
acidificação.
8 h 8 h
pH P, V Analisar
imediatamente
2 h 2 h
Fosfato V(A) 100 Para fosfato
dissolvido, filtrar
imediatamente;
refrigerar; congelar
a -10 ºC
48 h 48 h
Salinidade V, lacre 240 Analisar ou lacrar
imediatamente
6 m
Sílica P Refrigerar, não
congelar
28 d 28 d
Sólidos P, V Refrigerar 7 d 7-14 d
Sulfato P, V Refrigerar 28 d 28 d
Sulfito P, V 100 Refrigerar,
adicionar 4 gotas
de acetato de zinco
2N/100 mL
28 d 28 d
Gosto V 500 Analisar o mais
rápido possível;
refrigerar.
24 h
Temperatura P, V Analisar
imediatamente
Turbidez P, V Analisar
imediatamente;
estocar no escuro
acima de 24h
24 h 48 h
a ver texto para detalhes. Para determinações não listadas, usar vidro ou plástico; de preferência refrigerar durante a estocagem e analisar o mais rápido possível.
Refrigerar= estocar a 4ºC, no escuro. P= plástico (polietileno ou equivalente); V= vidro; V(A) ou P(A)= lavado com 1 +1 HNO3; V(B)= vidro, borosilicado; V(S)= vidro,
lavado com solventes orgânicos; TFE=teflon.
b U.S. Environmental Protection Agency, Proposed Rules,Federal Register o. 244,18 dez 1979.
53
APÊNDICE B - Lista geral de suprimentos e equipamentos necessários para a
coleta de água
Ficha de campo
Tênis náutico sem cadarço, camiseta, short, chapéu ou boné
Acessórios para chuva (conjunto de caça e jaqueta)
Ancinho
Baldes de aço inox de 15L
Barco, motor, pino e óleo (2t)
Botas (perneiras) de borracha
Bússola / GPS
Caixas de gelo ou bolsas térmicas
Caixas para transporte
Calculadora
Câmera de vídeo (opcional)
Câmera e filme de 35mm ou digital
Caneta marcadora à prova d’água
Caneta marcadora de laboratório, para marcação em vidro, plástico e
papel
Caixa de ferramentas (chaves diversas, alicate, pinos e hélice para motor,
etc)
Chave de identificação de peixes
Chave de identificação de insetos
Colete salva-vidas
Filtro solar (FPS 30)
Camiseta/ short / chapéu de palha ou boné
Estojo de primeiros socorros
Garrafa térmica de 5L para água potável
Coletor de amostra Surber
Coletor de amostra tipo rede “drift”
Sonda para medir parâmetros de campo
Contador mecânico
Corda ou barbante reforçado
Cronômetro
Diário de Campo (encapado)
Disco de Secchi
Garrafa de van Dorn com marcação
Redes de plâncton de 37µ com aro e corda com marcação
Sonda para leitura de temperatura da água com marcação metro a metro
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Draga de Ekman
Etiquetas impressas em branco para amostras.
Etiquetas para transporte
Fita de medição (trena), 300cm
Reagentes diversos para fixação de amostras (para os parâmetros
definidos)
Formulários de Cadeia de Hierarquia da Cemig em caso de acidentes
ambientais
Formulários impermeáveis para (1) notificação, (2) registro de custódia, (3)
investigações de mortandade de peixes e (4) contagem.
Frascos de vidro (28 x 70mm e 200 mL) com tampas de rosca
Gancho para coletar macrófitas
Garfo de 4 dentes
Gelo úmido ou gelo azul
Gravador
Guia Ilustrado de Peixes da Bacia do rio Grande
Lanternas potentes (6 Volts)
Lápis
Licença de coleta
Lista de laboratórios disponíveis para análise e diagnóstico
Luvas de borracha
Manual de coleta e análise de água da Cemig
Mapas da área
Material para embalagem (plástico tipo bolha e/ou espuma)
Nomes e números de telefone das pessoas a serem contatadas no campo
Papel absorvente
Papel-lente
Peneiras
Pia de plástico (4cm x 5,5cm)
Prancheta, papel e lápis
Propanol – 70% (1L)
Rádio transmissor/receptor
Recipientes isolados para transporte.
Recipientes para coleta de amostra, fornecidos pelo laboratório de análise,
e soluções fixadoras.
Redes “kick”
Redes de arrasto (Minnow)
Relógio de pulso
Respirador com cartuchos apropriados
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Rolo de fita de advertência/isolamento
Rolo de fita de mascarar
Rolo de papel-alumínio
Rótulos impressos em branco, para amostras.
Sacos de lixo grandes
Sacos de plástico vários tamanhos
Solução de Lugol (250mL)
Solução Roccal – 10% (1L)
Solução salina normal (1L)
Solução tamponada de formol – 10% (4L)
Amostrador Kemmerer
Frascos piscetas com água destilada (4 unidades)
Pipetadores de 1mL (2 unidades)
Pipetadores de 5mL (1 unidade)
Pipetadores de 0,1mL (1 unidade)
Frascos e vidros snap-cap para acondicionar amostras (de acordo com o
parâmetro)
Vidro snap-cap capacidade 150mL (zooplâncton);
Vidros snap-cap capacidade 100mL âmbar (fitoplâncton - vivo);
Frascos plásticos foscos capacidade de um litro (fitoplâncton - fixado);
Frascos plásticos capacidade para 5L;
Frascos estéreis para colimetria;
Vidro com capacidade de um litro com boca esmerilhada para óleos e
graxas;
Garrafas para amostras (1L)
plástico – polietileno ou equivalente; lavadas com ácido
vidro – lavadas com ácido, com solvente orgânico
Preservativos
Ácidos – H2SO4, HNO3
Bases NaOH
Acetato de zinco
Tiosulfato de sódio Na2S2O3
Plâncton e Macrófitas
Preservativos
Fitoplâncton – formol neutralizado ou solução de Lugol
Zooplâncton - formol neutro a 5%, propanol a 70%
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Sedimentos – para Substâncias Orgânicas ou Metais
Instrumento para coleta de testemunhos
Jarros de vidro de boca larga (lavados com ácido) (4, 8, 16 e 32 onças*)
Tampas revestidas com Teflon (fechamento hermético) para jarros
Nota: Caso não sejam encontradas tampas revestidas com Teflon, utilizar papel-
alumínio lavado com hexanol para o revestimento.
Frascos diversos (lavados com ácido), com tampas revestidas com Teflon
Para Bacteriologia
Tubos de ensaios inclinados, com tampa, contendo Agar brain heart
infusion ou Agar Trypticase soy, para isolamento e cultura da maioria dos agentes
patológicos de peixes. Se os peixes em questão forem marinhos ou espécies de
água doce salobra, adicionar NaCl (cloreto de sódio) a 1%
Tubos de ensaios inclinados, com tampa, contendo Agar tryptone yeast
extract, para isolamento e cultura de Flexibacter sp.
Tubos de ensaios inclinados, com tampa, contendo Agar Sangue, para
isolamento de bactérias fastidiosas
Álcool etílico para a desinfecção de instrumentos
Bolas ou mechas de algodão
Bico de propanol
APÊNDICE C – Tabela de Padrões de Qualidade de Água
q
q
q
q
q
q
q
q
q
q
Composto ou
fator
Poluidor
primário
Carcinogênico Toxidez aguda
para a vida
aquática (µg/l)
Toxidez crônica para
a vida aquática (µg/l)
Acenapthene Sim Não 1.700 b 520 b
Acrolein - Propenal Sim Não 68 b 21 b
Propenonitrila Sim Sim 7.550 b 2.600 b
Aldrin Sim Sim 3,0 -
Alcalinidade Não Não - 20.000
Amônia Não Não Critério depende do
pH e da temperatura
Critério depende do pH e
da temperatura
Antimônio Sim Não 9.000 b 1.600 b
Arsênico (penta) Sim Sim 850 b 48 b
Arsênico (tri) Sim Sim 360 b 190 b
Bactéria Não Não Pesca/recreação
primária
Pesca e recreação primária
Bário Não Não NA NA
Benzeno Sim Sim 5.300 b -
57
Benzidine Sim Sim 2.500 b -
Berílio Sim Sim 130 b 5,3 b
BHC Sim Não 100 b -
Cádmio Sim Não 3,9 c 1,1 c
Tetracloreto de
Carbono
Sim Sim 35.200 b -
Clordane Sim Sim 2,4 0,0043
Cloridrato de benzeno Sim Sim 250 b 50 b
Cloridrato de naftaleno Sim Não 1.600 b -
Cloro Não Não 10 11
Eter Cloroaquil Sim Não 238.000 b -
Clorofórmio Sim Sim 28.900 b 1.240 b
Clorofenol 2 Sim Não 4.300 b 2.000 b
Clorofenol 4 Não Não - -
Chlorpyrifos Não Não 0,083 0,041
Cloro-4-metil-3-fenol Não Não 30 b -
Cromo (hexa) Sim Não 16 11
Cromo (tri) Não Não 1.700 c 210 c
Cor Não Não - -
Cobre Sim Não 18 c 12 c
Cianeto Sim Não 22 5.2
DDT Sim Sim 1,1 0.001
DDT metabolito (DDE) Sim Sim 1.050 b -
DDT metabolito (TDE) Sim Sim 0,06 b -
Demeton Sim Não - 0,1
Diclorobenzeno Sim Não 1.120 b 763 b
Dicloroetano 1,2 Sim Sim 118.000 b 20.000 b
Dicloroetileno Sim Sim 11.600 b -
Diclorofenol 2,4 Não Não 2.020 b 365 b
Dicloropropano Sim Não 23.000 b 5.700 c
Diclopropeno Sim Não 6.060 b 244 b
Dieldrin Sim Sim 2,5 0,0019
Dimetilfenol 2,4 Sim Não 2.120 b -
Dinitrotolueno Não Sim 330 b 230 b
Dioxina
(2,3,7,8-TCDD)
Sim Sim 0,01 b 0,00001 b
Difenilhidarzina 1,2 Sim Não 270 b -
Endosulfan Sim Não 0,22 0,056
Endrin Sim Não 0,18 0,0023
Etilbenzeno Sim Não 32.000 b -
Fluorotano Sim Não 3.960 b -
Gases dissolvidos
totais
Não Não - -
Guthion Não Não - 0,01
Haloeteres Sim Não 380 b 122 b
Halometanos Sim Sim 11.000 b -
58
Heptacloro Sim Sim 0,52 0,038
Hexacloroetano Não Sim 980 b 540 b
Hexaclorobutadieno Sim Sim 90 b 9,3 b
Lindano
(hexaclorociclohex-
ano)
Sim Sim 2,0 0,08
Hexaclorociclopen-
tadieno
Sim Não 7 b 5,2 b
Ferro Não Não - 1.000
Isopropano Sim Não 117.000 b -
Lead Sim Não 82 c 3,2 c
Malation Não Não - 0,1
Manganês Não Não NA NA
Mercúrio Sim Não 2,4 0,012
Metoxicloro Não Não - 0,03
Mirex Não Não - 0,001
Naftaleno Sim Não 2.300 b 620 b
Níquel Sim Não 1.400 c 160 c
Nitrato/Nitrito Não Não NA NA
Nitrobenzeno Sim Não 27.000 b -
Nitrofenol Sim Não 230 b 150 b
Nitrosaminas Sim Sim 5.850 b -
Óleos e graxas Não Não Ver documento Ver documento
Oxigênio dissolvido Não Não Matriz de critérios
águas quentes e frias
Matriz de critérios águas
quentes e frias
Paration Não Não 0,065 0,013
PCB’ s Sim Sim 2,0 0,014
Pentacloridrato de
etano
Não Não 7.240 b 1.100 b
Pentaclorofenol Sim Não 20 d 13 d
pH Não Não - 6,5 - 9
Fenol Sim Não 10.200 b 2.560 b
Fósforo elementar Não Não - -
Phthatate esters Sim Não 940 b 3 b
Hidrocarbonetos
aromáticos
polinucleares
Sim Sim - -
Selênio Sim Não 260 35
Prata Sim Não 4,1 c 0,12
Sólidos suspensos e
turbidez
Não Não Ver documento Ver documento
Ácido sufídrico Não Não - 2
Temperatura Não Não Critério Depende da espécie
Tetracloreto de etano Sim Não 9.320 b -
Tetracloroetano
1,1,2,2
Sim Sim - 2.400 b
Tetracloroetanos Sim Não 9.320 b -
Tetracloroetileno Sim Sim 5.280 b 840 b
59
Tetraclorofenol 2,3,5,6 Sim Não - -
Tálio Sim Não 1.400 b 40 b
Tolueno Sim Não 17.500 b -
Toxafene Sim Sim 0,73 0,0002
Tricloridrato de etano Sim Sim 18.000 b -
Tricloroetano 1,1,1 Sim Não - -
Tricloroetano 1,1,2 Sim Sim - 9.400 b
Tricloroetileno Sim Sim 45.000 b 21.900 b
Triclorofenol 2,4,6 Sim Sim - 970 b
Zinco Sim Não 120 c 110 c
a NA= não aplicável; - nenhum dado disponível
b dados insuficientes para desenvolver critério; os valores apresentados estão no menor nível efeito observado – LOEL
c critério depende da dureza (100 mg / l usado)
d depende do PH, usado 7,8.
60
7.3 Bibliografia de identificação taxonômica
61
FITOPLÂNCTON
	
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472, 1988
	
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para Identificação e Descrições.[ s.l.] : Rima, 2006.
3. BOURRELLY, P. Les Algues D’Eau Douce: initiation à la systématique, 1: les algues
vertes. Paris : Éditions N. Boubée,1972. Vol. 1
	
4. _____________. Les Algues D’Eau Douce: initiation à la systématique, 3: les algues
bleues et rouges, les Eugléniens, Peridiniens et Cryptomonadines Paris:Éditions N.
Boubée, 1985. Vol. 3
	
5. ______________. Les Algues D’Eau Douce: initiation à la systématique, 2: les
algues jaunes et brunes, les Crysophycées, Phéophycées, Xanthophycées et
Diatomées. Paris: Éditions N. Boubée, 1968. 2.v
	
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T. O. M. Série Hydrobiologie, v.3, n.3-4, p- 165-198. 1974.
	
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C. D. Manual para estudo de Cianobactérias Planctônicas em Mananciais de
Abastreciemnto Público: Caso da represa Lomba do Sabão e lago Guaíba. Porto
Alegre: PROSAB 4, 2006
	
8. DESIKACHARY, T.V. Cyanophyta. Nova Delphi : Indian Council of Agricultural Research,
1959.
	
9. GEITLER,L. Cyanophyceae von Europa unter Berücksichtigung der anderen
Kontinente.Bonn: Koeltz Scientific Books,1985.
	
10. GERMAIN, H. Flore des Diatomées - Diatomophycées - eaux douces et saumâtres
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Sociéte Nouvelle des Éditions Boubée, 1981.
	
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populations from Japan. Arch. Hydrobiol. Suppl., n.82, p 115-127, 1991. (Algological
Studies 56):
	
12. KOMÁREK, J.  ANAGNOSTIDIS. Cyanoprokaryota, 1. Teil: Chroococcales. - In:
ETTL, H.G.; GARTNER, H. HEYNIG. MOLLENHAUER;D. (eds): Susswasserflora von
Mitteleuropa. Stuttgart.: Gustav Fischer , 1999. n.19. p: 1-545.,.
	
13. SANT’ ANNA,C.L.; AZEVEDO, M.T.P.; AGUJARO, L. F.; CARVALHO, M. C.;
CARVALHO, L. R.; SOUZA, R. C. R. Manual Ilustrado para a Identificação e Contagem
de Cianobactérias Planctônicas de Águas Continentais Brasileiras.São Paulo:
Interciência ,2006. 58 p.
	
14. SANT’ANNA, C. L, AZEVEDO, M. T. P., SORMUS, L. Fitoplâncton do largo das Garças,
Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil: Estudo Taxonômico e
62
Aspectos Ecológicos. Hoehnea,v.16,n.89,p.131-221, 1989.
	
15. SANT’ ANNA, C. L., AZEVEDO, M. T. P. Contribution to the knowledge of potentially
toxic Cyanobacteria from Brazil. Nova Hedwigia, Stuttgart, v. 71, n. 3-4, p. 359-385,
November, 2000.
ZOOPLÂNCTON
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Copepoda) “Diaptomus”negrensis das águas pretas perto de Manaus. Acta Amazonica,v
.5, n.1 p 97-103, 1975.
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Argentina, incluyendo N. guidoi sp. n. Iheringia, n.73, p.35-45, 1992.
4. BERZINS,B. On the Collothecacean Rotatoria. Ark. Zool. Ser., v.2 n.1,p 565-92,1951..
5. BRANDORF, G. O. The geographic distribution of the diaptomidae in South America
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1959
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n.10,p 484-576, 1967.
10. ___________. Le genre Phryganella Penard . Bull. Recherc. Agron. Gembloux, v.4,
n.3-4 p 314-322. 1969.
11. ___________. Le genre Chyphoderina Schlumberger, 1845. Acta Protozoologica,v. 30,
p 49-53, 1991.
12. COUTEAUX, A.M. ; PONGE , J.F. Le genre Euglypha: Essai de taxonomie numerique.
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14. DECLOITRE, L. Rhizopodes Thecamoebiens du Venezuela. Hydrobiol., v. 7,p 325-372,
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15. ____________. Le genre Euglypha Dujardin. Arch. Protistenk.,v.106, p.51-100, 1962.
16. ____________. Le genre Arcella Ehrenberg. Arch. Protistenk, v.118, p . 291-309,
1966.
63
17. ____________. Le genre Cyclopyxis. Arch. Protistenk,n.119, p 31-53, 1977
18. ____________. Le genre Cyclopyxis II. Arch. Protist., n.121, p. 162-192. 1979.
19. ____________. Le genre Trinema Dujardin, 1841. Arch. Protist., n 124,p. 193-218,
1981
20. ____________.. Complements aux publications à jour 31.12.1981 des genres Arcella,
Centropyxis, Cyclopyxis, Euglypha, Nebela et Trinema. Arch. Protist., n.126, p 393-407,
1982
21. ____________. Complémentrs aux publications précédentes Mise à jour au 31.12.1984
des genres Arcella, Centropyxis, Euglypha et Nebela. Arch. Protistenk., n. 132 ,p 131-
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22. DEFLANDRE, G., Notes sur quelques Rhizopodes et Héliozoaires du Venezuela. Soc.
Zool. Fr. Li.,n. 515-530, 1926.
23. _____________. Le genre Arcella. Archive Protist.,n. 64 p.152-287. 1928
24. _____________. Le genre Centropyxis Stein. Arch. Protist., n, 67 p.322-375. 1929.
25. _____________. Etude monographique sur le genre Nebela Leidy (Rhizopoda -
Testacea). Ann. Protistol.,n.5, p. 201-286. 1937.
26. DE SMET, W. H. Rotifera, NOGRADY, T. The Proalidae, Amsterdan :SBP Academic
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28. DUMONT, H. J. Cladocera. [ s.l.] :Laz. Botosaneanu Inst. of Taxon. Zool. Leiden-Brill/
Dr. W. Backhuys. , 1986
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30. ____________ ; MATSUMURA,Tundisi Nouvelles especes de calanoides du Brésil. Rev.
Brasil. Biol.,v.46,n.1,p.249-255,1986
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Soc.,v 68, n 2, p 127-135, 1959
32. ________________. Freshwater Biology. London: John Wiley, 1959a 1248p.
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Cladocera in meander lakes of the Rio Suiá Missú. Journ. Nat. Hist.,n 6, p 215-227, 1972
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Rotifera in meander lakes of the Rio Suiá Missú. Jour.Nat. Hist.,n. 6,p. 229-241, 1972
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testate Rhizopoda. Journ. Nat. Hist.,n.9,p. 545-560, 1975
42. ________.. Zooplankton associations in Zimbabwe. Jour. Zool. Lond. ,n.222,p. 259-
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zooplankton and fluctuating water levels of Lago Camaleão, a Central Amazonian 	
varzea lake. Amazoniana,v.IX,n.1, p 43-52,1984
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Dicranophoridae. Trans. Wisc. Acad. Arts Sci. Lett., 23:667-808. 1928
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47. _________ Rotatorienfauna des Amazonasgebietes. Int. Revue Ges. Hydrobiol.,
v.50,n.3,p 341-389, 1956
48.	 HERBST,H.V. 	 Brasilianishe Sübwassercyclopoiden (Crustacea, Copepoda).
Gew.und Abw.,n. 24,p: 49-73,1959.
	
49. __________ Copepoda und Cladocera (Crustacea) aus Südamerika.Gew. und 	
Abw., n.44/45,p.96-108, 1967.
50. __________. Diaphanosoma dentatum n. sp. aus Venezuela. Gew. und Abw., n.46, p.7-
11,1968
51. __________. Diaphanosoma spinolosum n. sp. aus Venezuela. Gew. und Abw.,n.
57/58,p.147-150,1975
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Bangweolo et du Luapula,1984
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65
Amsterdam: SBP Academic Publishing, 1992
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505. 1972a
55. _________. Über ein sessilis Rädertier aus Amzonien, Floscularia noodti sp. n.Arch.
Hydrobiol., v.70,n.4,p 534-540, 1972b
56. _________. Zur kenntnis der Rotatorienfauna der “schwimmenden Wiese”einer 	
Uferlagune in der Varzea Amazoniens, Brasilien. Amazoniana., n.1,p. 25-59, 1974
57. _________. Die rädertiere Mitteleuropas begründet von Max Voigt. – Rotatoria.
Berlim: Gebrüder Born Trager, 1978. 637p. 2.vols
58. _________. Uber die Rotatorien einiger Stillgewasser in der Umgebeung der
biologischen station Panguana im tropischen Regenwald in Peru. Amazoniana, v.X, n.
3,p.303-325, 1988
59. _________. Über Rädertiere aus dem Lago do Macaco, einem Ufersee des mittleren
Rio Trombetas, Amzonien. Osnabr. Naturw. Mit., n.15,p. 199-214. 1989
60. ________., B. Robetson; HARDY, E. Further taxonomical studies of the 	 Rotifera
from Lago Camaleão a central Amazonian varzea lake. Amaz., v.VIII, n.4,p. 555-576, 1984.
61. _________ BOTTGER, K.. Rotatorien aus Gewässern Ecuadors. Amazoniana, v.
X,n.4,p. 407-438, 1989
62. _______________________. Rotatorien aus Gewässern Ecuadors. Amazoniana,v.XII,
n.2,p 263-303, 1992
63. ________; HARDY, E. R.. Taxonomic studies and new distribution records of 	
rotifera(Phylum Aschelminthes) from Rio Jatapu and Uatumã, Am., Brazil. 	
Amazoniana,v. IX, n.1,p 17-29. 1984
64. ________. ; ROBERTSON, B. Taxonomical studies of Rotifera from Central Amazonian
varzea lake _ Lago Camaleão, Rio Solimões, Amazonas, Brasil. Amazoniana,v. VII,n.2, p.
225-254, 1983.
65. ________________________. Taxonomic studies of the rotifera from shallow waters
on the Island of Maracá, Roraima, Brazil. Amazoniana, v. XI, n.(2),p. 185-200, 1990.
66. _________.; SHIEL, R. J.. Rotifera from Australian Inland waters. I. Bdelloida(Rotifera:
Digononta). Austr. Jour. Mar. Fresw. Res.,n. 37,p 765-92, 1986
67. _________________________. Rotifera from Australian Inland waters. II. 	
Epiphanidae 	 and Brachionidae. Invert. Taxon., n. 7,p 949-1021, 1987
68. _________________________. Rotifera from Australian Inland waters. III. Euchlanidae, 	
Mytilinidae and Trichotriidae. e IV. Colurellidae. Transac. of the Royal Soc. of South
Austr., v.113, n.3, p. 85-114,1989a
69. _________________________.. Rotifera from Australian Inland waters. IV.Colurellidae.
Transac. of the Royal Soc. of South Austr.,v.113,n.3,p.119-143, 1989b
70. _________________________.Classical taxonomy and modern methodology.
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Coleta agua efluente

  • 1.
  • 2.
  • 3. SISTEMA CEMIG DE MONITORAMENTO E CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA DE RESERVATÓRIOS Manual de Procedimentos de Coleta e Metodologias de Análise de Água Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil 2009
  • 4. Copyright: ISBN: 978-85-87929-41-9 Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig Presidência – Djalma Bastos de Morais Diretoria de Geração e Transmissão – Luiz Henrique de Castro Carvalho Superintendência Gestão Ambiental da Geração e Transmissão – Enio Marcus Brandão Fonseca Gerência de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais – Newton José Schmidt Prado Autores Maria Edith Rolla – Bióloga - Cemig Sônia Maria Ramos – Técnica em Química – Cemig Marcela David de Carvalho - Bióloga – Cemig Helen Regina Mota – Bióloga - Consultora Andréa Cássia Pinto Pires de Almeida - Bióloga – Cemig Revisão Ludmylla Soares Colaboradores Fernando Antônio Jardim – Biólogo Maria Beatriz Gomes – Bióloga Diagramação Monique Soares Pereira Ilustração Andréa Cassia Pinto Pires Almeida Fotos Hélen Regina Mota Maria Edith Rolla Sônia Maria Ramos Rubens Florentino Mota Normalização Maria Izabel Moreira Couto – Bibliotecária - Cemig COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS. Sistema Cemig de monitoramento e Controle de qualidade da água de reservatório – siságua- manual de procedimentos de coleta e Metodologia de análise de água. Belo Horizonte: Cemig, 2009 85p. ilust. 1.Água 2.Reservatória I. Titulo II. Companhia Energética de Minas Gerais III. Rolla, Maria Edith IV. Ramos,Sônia Maria V. Carvalho, Marcela David de VI..Mota, Helen Regina VII. Almeida, Andréa Cássia Pinto Pires CDU- 556 627.8.3
  • 5. Sumário APRESENTAÇÃO.................................................................................................. 4 1. A Coleta ....................................................................................................................7 1.1 Classificação das amostras.....................................................................................8 1.2 Ações para preparação e execução do trabalho de campo..................................10 1.3 Medidas de segurança para a utilização de embarcações...................................12 1.4 Procedimentos a serem observados.....................................................................12 2. Parâmetros indispensáveis para uma coleta de rotina .....................................27 2.1 Águas superficiais – ambiente lótico (rios, riachos e nascentes).......................... 27 2.2 Águas de reservatório e lagos (perfis), ambiente lêntico...................................... 28 2.3 Água Potável ....................................................................................................... 29 2.4 Tanques e viveiros de piscicultura......................................................................... 30 2.5 Efluentes................................................................................................................31 3. Condicionamento e Transporte de Amostras (Lee A. Barclay)...........................33 4. Métodos de Análise ...............................................................................................39 5. Normas de segurança das embarcações e limpeza...........................................41 6. Referências Bibliográficas ...................................................................................44 7. Anexos.....................................................................................................................46 7.1 Anexo – Legislação Ambiental e Normas da Cemig..............................................47 7.1.1 Legislação Federal............................................................................................. 48 7.1.2 Legislação Estadual .......................................................................................... 48 7.1.3 Normas da Cemig .............................................................................................. 49 7.2 Normas de coleta da U.S. Fish and Wildlife Service National Fisheries Research.... ....................................................................................................................................50 7.3 Bibliografia de identificação taxonômica............................................................... 60 7.4 Sugestão de Fichas de Coleta.............................................................................. 77
  • 6. APRESENTAÇÃO Acriação de reservatórios a partir do barramento de cursos hídricos proporciona grandes modificações na dinâmica desses ambientes aquáticos, afetando profundamente o equilíbrio físico, químico e biológico. Os fatores determinantes da evolução da qualidade do novo sistema, tanto em termos ecológicos, como do ponto de vista sanitário, atuam de modo distinto da condição natural sem barramento. A Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig - possui 52 reservatórios em três estados brasileiros: Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina, com monitoramento da qualidade da água. O acompanhamento faz- se necessário em função do aumento do índice populacional e do crescente uso da água na agropecuária e na indústria. Embora seja benéfico para o homem, o desenvolvimento pode comprometer os ecossistemas aquáticos, tornando a água imprópria para abastecimento, dessedentação de animais, recreação, pesca, bem como para o uso industrial. Portanto, o acompanhamento da qualidade da água torna-se essencial para se ter uma real dimensão do comprometimento. O Sistema Cemig de Monitoramento e Controle de Qualidade da Água de Reservatórios - SISÁGUA - possibilita uma avaliação espacial e temporal, de forma adequada e uniforme, para que os dados obtidos possam ser utilizados pela própria empresa, em todas as unidades e também pelos parceiros. O monitoramento é a medição ou verificação de parâmetros de qualidade e quantidade de água. O acompanhamento - contínuo ou periódico - da condição e controle da qualidade do corpo de água é realizado de acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente – Resolução CONAMA no 357 de 2005 e conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000, que estabelece níveis para a balneabilidade, de forma a assegurar as condições necessárias à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho. Em nível estadual, deve-se observar ainda a Deliberação Normativa conjunta COPAM-CERH-MG no 1/2008. Este manual leva em conta, também, a Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais – COPAM - no 89, de 15/09/2005, que define as normas a serem seguidas pelos laboratórios responsáveis por medições vinculadas aos procedimentos exigidos pelos órgãos ambientais do Estado. É objetivo deste manual a padronização dos métodos a serem utilizados nas campanhas de campo e laboratórios, realizadas pela Cemig e por parceiros. Ressaltamos a importância do cuidado especial com as coletas, pois se executadas
  • 7. de maneira inadequada podem comprometer os resultados, tornando-os duvidosos e/ou gerando falsas interpretações e projeções.O material busca minimizar as diferenças existentes entre os coletores, visando a comparação e avaliação dos dados e a elaboração de estratégias de manejo dos reservatórios. Chamamos atenção para a segurança, tanto nos laboratórios quanto no campo, prevendo medidas capazes de eliminar ou mitigar os riscos de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, preservando a saúde e a integridade física dos profissionais. Além do monitoramento nos reservatórios, a Cemig Geração e Transmissão realiza, em todas as usinas, o controle de efluentes orgânicos e inorgânicos, com base nas legislações do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Resolução CONAMA no 357 de 2005 e a Deliberação Normativa conjunta COPAM-CERH-MG no 1/2008, e também da água potável, utilizada pelos empregados, conforme a legislação do Ministério da Saúde na Portaria no 518, de 2005 e as instruções de coleta da Organização Mundial de Saúde – OMS. Constam deste manual instruções para coleta e análise em tanques de piscicultura de acordo com a legislação e Boid, 1979, citada no item 2.4. Estão descritas nesta publicação técnicas simples para amostragem de materiais biológicos, físicos e químicos em águas doces. Aqui estão transcritos, também, os procedimentos anteriores e posteriores à coleta. De fato, o manual é um roteiro para quem trabalha no campo, a fim de evitar erros e descuidos, que causam, muitas vezes, desperdícios e desgastes desnecessários aos técnicos envolvidos na coleta. O Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas sugere dez premissas básicas para o sucesso da prática de monitoramento: 1. Os objetivos devem ser bem definidos e o programa adaptado a eles e não vice- versa, como já ocorreu no passado. O suporte financeiro deve ser adequadamente dimensionado; 2. O tipo e a natureza do corpo d’água devem ser avaliados, por meio de estudos preliminares, principalmente as variáveis espaciais e temporais; 3. Os meios apropriados (água, material particulado, biota) devem ser devidamente selecionados; 4. As variáveis, os tipos de amostras, a frequência de amostragem e a localização de estações de coleta devem ser definidos, cuidadosamente, de acordo com os objetivos; 5. O campo, os equipamentos e o laboratório devem ser selecionados com base nos objetivos e não vice-versa; 6. Um tratamento de dados completo e operacional deve ser estabelecido; 7. O monitoramento da qualidade do ambiente aquático deve ser integrado ao
  • 8. monitoramento hidrológico; 8. A qualidade analítica dos dados deve ser regulamente verificada por um controle interno e externo; 9. Os dados não devem ser enviados para os tomadores de decisão como uma mera lista de variáveis, mas sim interpretados e avaliados por “experts”, com recomendações relevantes para estratégias de manejo; 10. O programa deve ser periodicamente avaliado, especialmente se houver qualquer alteração no ambiente, de causa natural ou influenciada por medidas tomadas na área da bacia. ATENÇÃO É importante ressaltar que a legislação estadual e/ou federal deve ser observada na realização do monitoramento em outros empreendimentos da empresa, localizados fora do estado de Minas Gerais.
  • 9. 1. A Coleta A coleta de água deve ser feita de acordo com o objetivo principal do monitoramento, priorizando a segurança dos executores da tarefa. Em caso de morte de peixes por motivos desconhecidos, equipamentos especiais de segurança devem ser utilizados. O laboratório de medição ambiental deve ser cadastrado junto ao Sistema Estadual de Meio Ambiente - SISEMA - e adotar os procedimentos de controle de qualidade analítica, necessários ao atendimento das condições exigíveis, conforme Deliberação Normativa - COPAM no 89/2005; requisitos imprescindíveis para a aceitação dos relatórios ou laudos pelos órgãos ambientais e outras autoridades. A Agência de Proteção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA) classifica os danos à saúde humana em quatro níveis. No quadro a seguir, estão descritos os equipamentos de proteção requeridos em caso de amostragem em ambientes contaminados. Quadro 1 – Classificação dos danos à saúde humana segundo a Agência de Pro- teção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA) Nível Condições ambientais Equipamentos de proteção requeridos D Baixa probabilidade de risco - nenhum suspeito conhecido de veiculação hídrica. Corpo e pés protegidos contra riscos não corrosivos. C Possíveis ricos de de veiculação hídrica, que podem ser identificados. Corpo e pés protegidos e, ainda, máscara de gás apropriada. B Possível faixa de riscos desconhecidos. Corpo e pés protegidos. A Probabilidade alta de doença desconhecida de veiculação hídrica ou de contato com materiais corrosivos. Roupa especial - “roupa da lua” - para impedir a penetração no corpo e nos pés. O trabalho de campo associado à coleta e transporte de amostras representa uma grande parte do orçamento de um programa de monitoramento. As viagens de campo devem, portanto, ser realizadas após planejamento prévio e detalhado, a fim de evitar o esforço desnecessário e o desperdício. Caso uma peça essencial de um equipamento seja esquecida ou uma estação de coleta não seja localizada devido a uma descrição mal feita, por exemplo, a viagem estará seriamente comprometida.
  • 10. Da mesma forma, se a estimativa do tempo de viagem for irreal e a expedição demorar mais que o planejado, o tempo máximo permitido para estocagem das amostras será excedido e os resultados das análises, consequentemente, serão questionáveis. O trabalho de campo deve ser programado com o laboratório, para que os laboratoristas tenham ciência da quantidade de amostras, do tempo estimado e local previsto para a chegada e dos parâmetros a serem analisados. A equipe que fará a coleta das amostras de água, biota ou sedimento deve ser devidamente treinada em técnicas de amostragem e procedimentos de campo. Deve ter conhecimento dos objetivos do trabalho, com o intuito de obter uma amostra representativa de todo o corpo d’água. A coleta e o manuseio das amostras são fontes frequentes de erro, que superam as falhas ocorridas durante a análise. 1.1 Classificação das amostras A coleta deve ser programada, preferencialmente, para o período da manhã, quando a temperatura do ar é mais baixa e há menor probabilidade de distorção dos resultados. Na definição dos parâmetros, da quantidade de estações e da periodicidade do monitoramento, as diferenças regionais, geográficas, sociais e econômicas, as tensões exercidas sobre o reservatório e o orçamento disponível devem ser considerados. As ações decorrentes do uso e ocupação do solo, na bacia de drenagem dos reservatórios, são fatores determinantes das condições do ecossistema. Alguns tipos de reservatório requerem um planejamento mais elaborado, devido à localização e/ou à dimensão, a exemplo da proximidade de grandes centros industriais e urbanos. No caso da Cemig, a importância para a geração é um fator determinante do planejamento. Para manter os equipamentos e suprimentos em boas condições de uso, alguns cuidados são necessários: Elaborar uma lista dos equipamentos e programar uma checagem periódica, de acordo com as recomendações dos fabricantes, especialmente quando houver utilização de baterias. Se possível, tenha um sistema de backup das análises, que não exija baterias; Substituir regularmente soluções e meios de cultura, a fim de conservá-los adequados para o uso; Manter um diário de manutenção; Estocar adequadamente os aparelhos especiais e produtos químicos, para prevenir deterioração ou contaminação. Os frascos utilizados nas coletas sem garrafa coletora devem ser segurados l l l l
  • 11. pela parte de baixo e submersos a mais ou menos 20cm, com a boca levemente inclinada para cima. A boca do frasco deve estar contra a correnteza. Os meios de transportes para as amostras e os horários disponíveis devem estar anotados e cadastrados. A equipe deve assegurar o mínimo possível de variações no transporte das amostras até o local de análise. De acordo com o objetivo do monitoramento, as amostras podem ser classificadas como: Contínuas ou permanentes – normalmente coletadas pela manhã, após uma caracterização prévia do reservatório monitorado, com definição da periodicidade e do tamanho da rede de amostragem, conforme a necessidade da região e a importância estratégica da usina; Emergencial – realizada em qualquer dia ou horário, em função de algum acidente ambiental, a exemplo de um derramamento de óleo, que compromete a vida aquática e viola a Lei de Crimes Ambientais. O roteiro para esse tipo de coleta deverá ser elaborado com base nas informações das equipes de campo da região afetada e da população ribeirinha. As amostras podem também ser subdivididas em compostas ou integradas, quando coletadas em diferentes partes e então reunidas para atender a objetivos específicos do monitoramento. As amostras compostas ou integradas podem ser dos tipos: Integradas de profundidade: mais comumente coletadas de duas ou mais partes iguais, em intervalos pré-determinados, entre a superfície e o fundo; Área – integrada: combina uma série de amostras tomadas de vários pontos espacialmente distribuídos em corpos d’água; Tempo – integrada: mistura volumes iguais de água coletada em uma estação, em intervalos regulares de tempo; Descarga – integrada: primeiramente, as taxas de descargas das amostras são medidas, em intervalos regulares, por um determinado período. Um arranjo comum é amostrar a cada duas horas no período de 24 horas. A amostra composta reúne porções mistas, proporcionais à taxa de descarga mensurada no período da amostragem; Amostras subterrâneas: são coletadas em poços subterrâneos, cisternas ou nascentes. Ocasionalmente, durante o curso de uma pesquisa hidrogeológica. A Figura 1 (pág. 16) mostra como escolher cuidadosamente o local da estação de coleta. l l ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ
  • 12. 10 1.2 Ações para preparação e execução do trabalho de campo Pelo menos uma semana antes da coleta, no escritório: Definir itinerário; Providenciar inventário detalhado de estações de amostragens, mapas, coordenadas (quando possível); Elaborar lista de amostras requeridas em cada estação de amostragem; Preparar tabela onde as leituras serão anotadas. Pelo menos um dia antes da coleta: Separar todo o material e equipamento a serem utilizados; Etiquetar os frascos das amostras com as seguintes informações: local de coleta, parâmetro, profundidade, data e identificação do ponto; Preencher o cabeçalho das fichas de campo; Verificar as baterias dos equipamentos; Verificar barco e motor (se necessário); Confirmar acesso a locais restritos ou privados com a Coordenação local; Certificar-se dos arranjos de viagens e/ou transporte de amostras com a Coordenação institucional; Notificar a data e o horário de chegada das amostras ao(s) laboratório(s); Averiguar condições locais de tempo e exequibilidade de viagem, com qualquer fonte de informação disponível. Amostragem: Preparar os reagentes a serem utilizados na coleta e nas análises laboratoriais; Verificar frascos de amostragem, reagentes, etiquetas e canetas; Verificar materiais (caixas e gelo) para estocagem das amostras; Certificar-se de que os amostradores/ equipamentos estejam calibrados; Providenciar botas de borracha de cano alto e/ou tênis náutico; Verificar procedimentos padrões para amostragem. Para documentação: Providenciar canetas, etiquetas, computadores, fichas de campo, etc. Testes no local: Disponibilizar listagem de análises a serem realizadas no campo; Checar estoques de produtos necessários (água destilada, tampão de pH, padrões e brancos); ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ
  • 13. 11 Preparar e/ou calibrar equipamentos: phmetro, condutivímetro, oxímetro, turbidímetro e termômetros; Disponibilizar procedimentos padrões e manuais de equipamentos. Segurança: Providenciar kit de primeiros socorros, luvas e extintor de incêndio. Transporte: Providenciar veículo, com capacidade adequada, para transporte de pessoal, suprimentos e equipamentos; Verificar veículo (bateria, lubrificação, calibração dos pneus, combustível, etc.); Planejar itinerário detalhadamente; Verificar acessórios para equipamentos e medidores, incluindo cabos, baterias, etc. Como utilizar os equipamentos: Disco de Secchi - todas as leituras devem ser feitas, preferencialmente, pelo mesmo operador, já que a sensibilidade de visão pode variar; Rede de plâncton – deve ser confeccionada com materiais que não sofrem alterações e deformações com o tempo, boca larga para uma grande área de filtração e malha adequada para cada tipo de uso (fito, zooplâncton). As mais indicadas são as de 30-45μm; Garrafa de van Dorn Verificar periodicamente a estrutura física da garrafa, observando a vedação, o cabo de descida e a marcação; Deve ser limpa constantemente, com água e escovão apenas, para evitar incrustação de matérias e formação de lodo, capazes de contaminar as amostras coletadas. Controle de Equipamentos: Para que as medições sejam confiáveis, o controle dos equipamentos deve ser realizado periodicamente, atendendo às especificações dos respectivos manuais, incluindo: Calibração – comparar com um padrão; Ajuste – alcançar a condição de aceitação. O laboratório deverá manter uma lista dos equipamentos, com os respectivos prazos de calibração/verificação. ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ ÿ q q q ¶ ¶ q q
  • 14. 12 1.3 Medidas de segurança para a utilização de embarcações Embarcação devidamente vistoriada e licenciada pela Capitania dos Portos; A documentação da embarcação e a habilitação do condutor deverão estar, rigorosamente, em dia; Limpeza do casco e higienização interna; Higienização dos equipamentos do barco que entram em contato com a água, a fim de evitar o transporte de larvas de espécies invasoras de uma bacia hidrográfica a outra; Colete salva-vidas adequado para o peso de cada ocupante do barco; Uniformes (tênis náutico sem cadarço, camiseta, shorts, bonés ou chapéus, luvas de borracha); Protetor solar - Fator de Proteção Solar (FPS) 15; Capa de chuva (conjunto completo de calça e jaqueta); Repelente; Remos; Foguetes sinalizadores; Ferramentas (alicate universal, chave de fenda, canivete, pinos e hélice para motor); Mapa plastificado do local do percurso (se necessário); Rádio de comunicação; Binóculos (se necessário); Bússola ou Geographical Position System – GPS; Caixa para primeiros socorros; Garrafa térmica com água potável. 1.4 Procedimentos a serem observados Antes da coleta Solicitar autorização do responsável para colocação da embarcação na água; Elaborar análise de risco; Avisar a sala de controle da usina sobre a utilização da embarcação; Assegurar boas condições físicas e mentais do condutor; Verificar as condições de navegação (meteorologia e operação da usina); Verificar as condições da embarcação, os equipamentos, os EPIs e a capacidade de carga; l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l
  • 15. 13 Verificar o combustível; Certificar-se do sistema de transporte do barco do abrigo até o reservatório; Seguir as normas de segurança da Cemig e legislação vigente, conforme Ministério da Marinha, durante os trabalhos. No dia da coleta Acondicionar o material coletado em engradados sem repartição. Os frascos devem estar etiquetados e colocados em caixas plásticas ou de isopor, organizados por ponto. Os reagentes devem ser mantidos em local seguro. Posicionar o material no barco, de forma a deixar espaços vazios para conforto e movimentação dos técnicos; Manter em local adequado o mapa dos pontos, a prancheta com fichas de coleta, lápis, borracha, caneta e fita crepe; Colocar as pipetas no porta-pipetas, junto com a vidraria. Levar sempre papel absorvente para secagem do material, que deverá ser lavado com água destilada após a coleta em cada ponto; Verificar as condições para o uso da embarcação e colocar as ferramentas, o pino e duas toneladas de óleo em local de fácil acesso. Antes de entrar no barco Debater a Análise de Risco; Colocar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI; Localizar os pontos de coleta no mapa, planejar o roteiro e dirigir-se ao primeiro ponto. Preenchendo a ficha de coleta A Cemig fornece à empresa contratada os Modelos de Ficha de Campo (ANEXO), utilizado no Sistema Cemig de Monitoramento e Controle de Qualidade da Água de Reservatórios - SISÁGUA. A Cemig irá, oportunamente, instruir e repassar à empresa contratada o acesso necessário, para que os resultados das medições ambientais possam ser lançados diretamente no SISÁGUA. l l l l l l l l l l ATENÇÃO A Ficha de Caracterização Ecológica deverá ser preenchida em TODOS os pon- tos, durante a coleta de reconhecimento (MODELO 1). Nas demais, somente a Ficha de Coleta, MODELO 2A ou MODELO 2B.
  • 16. 14 Reservatório Código Tipo Código Subtipo Código Amostra Código Sub Amostra Código Tipo de análise Código Jaguara JG Superficial 1 Reservatório 0 Subsuperficial 1 simples 0 água 0 Rio 1 Metade da zona fótica 2 integrada 1 esgoto 20 Tanque de piscicultura 2 Fundo 3 duplicada 2 sedimento 30 Margem 4 triplicada 3 composta 4 Subterânea 2 Poço artesiano 0 aleatória 5 branco 6 Esgoto doméstico 1 Esgoto laboratório 2 Efluente industrial 3 Água turbinada 4 Tomada d´água 5 Localização da estação Geográfica: coordenadas; bacia hidrográfica, sub-bacia, rio, riacho e córrego; nome da usina. Data Dia,mês,ano,horário; Clima Ventos (ausentes, leves, médios, fortes); Céu (100% encoberto, 75% encoberto, 50% encoberto, 25% encoberto, aberto); Presençaouausênciadechuva,nasúltimas24horas(trovoadascomchuvas, chuvas, nublado, parcialmente nublado, pancadas de chuvas, ensolarado); l l l l l A ficha de coleta contém informações indispensáveis ao banco de dados, conforme o Quadro a seguir: Como nomear a estação: Quadro 2 – Códigos usados para registro dos dados do monitoramento
  • 17. 15 Observações de campo Presença de: - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: visualmente ausentes; - substâncias que comuniquem gosto ou odor: visualmente ausentes; - corantes provenientes de fontes antrópicas: visualmente ausentes; - resíduos sólidos objetáveis: visualmente ausentes; - marcas de enchentes nas margens, em caso de chuva recente, etc. Odores: Quadro 3 - Detecção de odores associados a compostos presentes no esgoto não tratado Compostos Fórmula Química Odor Aminas CH3NH2, (CH3)3H peixe Amônia NH3 amoníaco Diaminas NH2(CH2)4NH2(CH2)5NH2 carne podre Sulfeto de hidrogênio H2S ovo podre Mercaptanas (por ex., metil e etil) CH3SH, CH3(CH2)3SH repolho podre Mercaptanas (por ex., butil e crotil) (CH3)3SH,CH3(CH2)3SH Jaritataca (gambá) Sulfetos orgânicos (CH3)2S, (C6H5)2S Couve podre Material fecal C9H9N fezes Anotar os resultados das análises medidas no campo: Preferencialmente, as medidas devem ser realizadas entre 10h e 16 horas, já que nesse período os raios solares incidem em ângulo similar; Após a coleta: Dispor o material coletado no bagageiro do veículo de transporte, de modo a obter estabilidade durante o percurso de volta; Verificar periodicamente a refrigeração das amostras, substituindo o gelo quando necessário; Acondicionar os reagentes químicos de maneira segura, a fim de evitar vazamentos ou atritos durante a viagem; Manter o laboratório responsável informado sobre o horário previsto de q q q q q
  • 18. 16 1 2 3 3 Figura 1 1 Livre de efluentes Entrada de material orgânico Amostras para pesquisa de substâncias tóxicas à montante da área afetada3 2 Sugestão de locais de coleta de amostras: chegada das amostras; Preencher e afixar a etiqueta padrão, contendo informações relativas à identificação da amostra. q
  • 19. 17 Cadeia de hierarquia da Cemig em caso de acidentes ambientais A definição da cadeia hierárquica deve estar de acordo com a Lei de Crimes Ambientais, Cap. I art 2º. “Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade, bem como o diretor, administrador, o membro do conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá- la”. Consultar a IS-48 nos anexos, que trata de Negociações Socioambientais na Cemig. Coletas de parâmetros físico-químicos Aguardar o barco parar, desligar o motor e jogar a poita (âncora) com cuidado para não levantar sedimentos capazes de contaminar as amostras e, só então, iniciar a coleta; Fazer a leitura do disco de Secchi na sombra e registrar o valor na ficha de campo; Calcularazonafótica-multipliqueovalorobtidonaleituradodiscodeSecchi por 3 e, em seguida, divida por 2, para obter o valor estimado correspondente à metade da zona fótica -, e registrar na ficha de campo; Medir o perfil de temperatura da água com a sonda e registrar temperaturas e profundidade total na ficha de campo; Fazer a primeira coleta de profundidade, posicionando a garrafa na metade da zona fótica; Repetir a coleta a mais ou menos um metro da profundidade total; As amostras não devem incluir partículas como folhas, detritos ou qualquer objeto estranho, exceto material de sedimento; Nas determinações de campo com eletrodos indicadores, devem ser tomadas alíquotas separadas das que serão enviadas ao laboratório; Deve-se ter cuidado para não tocar a parte interna dos frascos e equipamentos de coleta e evitar a exposição a pó e outras impurezas que possam ser fontes de contaminação, tais como gasolina, óleo, fumaça de exaustão de veículos. Recomenda-se, portanto, o uso de luvas plásticas incolores, de preferência cirúrgicas, ao pessoal de campo, responsável pela coleta das amostras. l l l l l l l l l
  • 20. 18 ATENÇÃO Ao iniciar a coleta ou após a mudança de ponto, deve-se lavar os equipamentos com água destilada ou criar um ambiente com a própria água do ponto de coleta, a fim de evitar a contaminação das amostras e ocasionar falsos resultados do monitoramento. Zooplâncton: As amostragens de zooplâncton deverão propiciar análises qualitativas e quantitativas. Para análises qualitativas, a coleta deverá ser feita com a rede de nylon de 35μ de poro nos ambientes lóticos e de 68μ de poro nos lênticos, em arrastos horizontais ou deixando a rede contra a correnteza por 15 minutos. Quando possível, realizar também arrastos verticais. Já nos pontos limnéticos, as amostras deverão ser obtidas pela filtragem da coluna d’água, a partir de um metro do fundo até a superfície, por meio de arrasto vertical, da ZONA FÓTICA ou, no mínimo, de cinco metros. Quando o disco de Secchi marcar abaixo de dois metros, utilizar uma rede de arrasto de, no mínimo, 30cm de diâmetro. O material filtrado deverá ser estocado em frasco de 250mL e refrigerado até a realização do exame a fresco. Para análise quantitativa, tanto no ambiente lótico quanto no lêntico, a coleta deverá ser feita na porção subsuperficial da coluna d’água, por filtragem de 200 litros de água na rede de nylon de 35μ de poro para lótico e 68μ de poro para lêntico, com auxílio de um balde de volume certificado. Para estocagem do material filtrado, colocar 100mL da amostra em um frasco de tampa plástica de 150 mL, gotejar 0,2 a 0,3mL de rosa de bengala e acrescentar 4mL de formol. No caso da análise quantitativa, o material deverá ser fixado, após 15 minutos, em formalina a 5%. Para o preparo da solução de rosa de bengala, são utilizados 0,5g de rosa de bengala e 100 mL de água destilada. Dissolva a substância em água destilada e, em seguida, complete o volume até 100mL. Fitoplâncton: Os organismos fitoplanctônicos deverão ser coletados com a rede de nylon de 25μ de poro, específica para captura de fitoplâncton. Em ambiente lótico, a l
  • 21. 19 amostragem qualitativa deverá ser realizada por meio de arrasto horizontal, posicionando a rede contra a correnteza durante 15 minutos. Quando possível, coloque-a verticalmente. A amostragem qualitativa no reservatório (ambiente limnético) deverá ser por arrastos verticais na zona fótica. O material filtrado no arrasto deverá ser estocado em frasco de 250mL e refrigerado até a realização do exame a fresco. Para análise quantitativa, tanto no ambiente lótico quanto no ambiente lêntico, a coleta de um litro de água deverá ser feita na porção subsuperficial da coluna d’água, corada e preservada em lugol acético. Cianobactérias Em estudos da comunidade de cianobactérias, a metodologia de coleta deve atender aos objetivos do programa de monitoramento, de acordo com os usos específicos do corpo hídrico, levando em conta as características do manancial (lêntico ou lótico), bem como os demais aspectos do ambiente, que podem interferir na distribuição dos organismos planctônicos. Para que a amostra seja representativa do sistema, no caso de florações, deve- se considerar a distribuição espacial (horizontal e vertical) e a ação dos ventos, especialmente para as cianobactérias, que formam escumas superficiais pela deposição junto às margens. Alguns procedimentos utilizados na coleta e análise de cianobactérias são empregados, com maior frequência, no monitoramento de mananciais de abastecimento público pelas companhias de saneamento. Os procedimentos variam de acordo com o tipo de análise a ser realizada, conforme descrito a seguir: Coleta análise qualitativa Utiliza-se rede de plâncton de nylon com 20mm de abertura de malha e a coleta é realizada por meio de arraste horizontal repetidas vezes na subsuperfície (20cm abaixo da superfície) ou com o auxílio da embarcação. Ou ainda por arraste vertical, mergulhando a rede até uma profundidade previamente estabelecida e, em seguida, trazendo-a até a superfície. Coleta análise quantitativa A coleta de amostra para análise quantitativa pode ser realizada manualmente ou com auxílio de amostradores especiais, como garrafas de amostragens e bombas de sucção. Na coleta manual, o frasco de polietileno ou vidro neutro é levado a uma profundidade de 20cm aproximadamente. Em casos de florações superficiais, a coleta é realizada diretamente nos pontos de maior concentração de organismos (escuma).
  • 22. 20 Para coletas em diferentes profundidades, são utilizadas as garrafas do tipo Kemmerer e van Dorn, que consistem, basicamente, num tubo cilíndrico aberto em ambas as extremidades, preso a uma corda (cabo) graduada, que por sua vez é mergulhada até a profundidade desejada. Então, um mensageiro (peso) é acionado, disparando um dispositivo que fecha, hermeticamente, ambas as extremidades da garrafa. As bombas de sucção são utilizadas também, principalmente quando há necessidade de coletar grande número de estações de amostragens em um curto espaço de tempo. As bombas peristálticas e de diafragma são menos prejudiciais aos organismos do que as centrífugas (APHA,1998). Transporte e preservação da amostra A amostra viva deverá ser transportada em caixas de isopor com gelo e ocupar, no máximo, dois terços do volume do frasco, para garantir quantidade suficiente de oxigênio até o momento da análise. O gelo deve ser o bastante para refrigeração pois, se congelados, os organismos podem morrer e dificultar, assim, a taxonomia. Para a análise qualitativa, não é necessária a preservação da amostra, desde que haja alguns cuidados, como evitar a exposição ao excesso de luz, manter a amostra refrigerada e realizar a análise em, no máximo, 24 horas após a coleta. Ao contrário, a amostra deverá ser preservada em solução de formol, numa concentração de 4%. Em caso de florações, recomenda-se que a amostra seja preservada em formol, visando oportunizar outros estudos, que complementem as análises e permitam manter um registro de espécies formadoras de florações em mananciais de abastecimento público. Para análise quantitativa, a amostra é usualmente preservada em solução de lugol, em concentrações de 0,3% a 0,5% para ambientes oligotróficos e de 0,5% a 1,0% para ambientes eutróficos. O material deve ser mantido em frascos de vidro âmbar e acondicionado em ambiente protegido de luminosidade. A solução de lugol facilita a sedimentação, por outro lado, pode dificultar a identificação dos organismos, além de ser muito volátil. Para o preparo da solução de lugol, são utilizados: 10g de iodo puro; 20g de iodeto de potássio; 20mL de ácido acético glacial; 200mL de água destilada. Dissolva em água destilada o iodo e o iodeto. Acrescente o ácido acético e ¶ ¶ ¶ ¶
  • 23. 21 complete o volume com água destilada até 200 mL. Essa solução também deve ser mantida em vidro âmbar e ambiente protegido de luminosidade. Para o preparo da Solução Transeau (fixar Fitoplâncton), são utilizados: 100mL de formol 40% 300mL de álcool 96% 600mL de água Cianotoxinas As cianotoxinas são produzidas por algumas espécies de cianobactérias, que podem afetar a biota aquática e resultar em efeitos tóxicos também para os mamíferos terrestres (Sivonen Jones, 1999). A razão da produção ainda não foi esclarecida. Coleta de amostra Caso haja uma nata verde sobrenadante, coletar um frasco de cinco litros, que permitirá a classificação até a espécie, o bioensaio com camundongos e a análise da microcistina (se for o caso), pelo kit ELISA. Coletando amostras para análises microbiológicas de água potável Embora pareça simples coletar uma amostra de água, cuidados especiais são requeridos, uma vez que os problemas podem ocorrer independentemente da técnica utilizada. Se as amostras coletadas não forem válidas, o cuidadoso trabalho subsequente pode tornar-se inútil. A água pode ser amostrada em três locais diferentes: 1 - Amostragem de torneira ou bomba; 2 - Amostragem de um curso d’água ou reservatório; 3 - Amostragem de poços artesianos e fontes similares. ¶ ¶ ¶
  • 24. 22 1. Amostragem de torneira ou bomba Para amostragem de torneira ou saída de bomba, siga os passos descritos: A - Limpe a torneira B - Abra a torneira C - Esterilize a torneira Remova qualquer acessório que possa espirrar a água e, usando um pano limpo, esfregue a parte de fora para eliminar a sujeira. Abra a torneira na vazão máxima e deixe a água escorrer por 1-2 minutos. Use uma chama de algodão em álcool, de gás ou isqueiro. D - Abra a torneira novamente Cuidadosamente, abra a torneira e deixe a água fluir por 1-2 minutos, na vazão média.
  • 25. 23 F - Encha o frasco Desamarre a corda e junto com o papel puxe a tampa do frasco. Enquanto estiver segurando a tampa e a capa viradas para baixo (para prevenir a entrada de poeira, que pode carrear microorganismos para dentro do frasco), coloque o frasco imediatamente debaixo do jato de água e encha-o. Deixe um pequeno espaço de ar para facilitar a agitação do frasco no momento da análise. G - Feche o frasco Recoloque a tampa no frasco com a capa de papel protetora e amarre com o barbante. Para encher o frasco esterilizado, observe as orientações a seguir:
  • 26. 24 2. Amostragens de um curso d’água ou reservatório A – No ambiente lótico, colete água superficial ou à profundidade desejável, com um balde limpo de aço inoxidável. No ambiente lêntico, colete uma quantidade de água, com a ajuda de uma garrafa de van Dorn; B - Abra o frasco de amostragem esterilizado Desamarre a corda e junto com o papel puxe a tampa do frasco. Encha o frasco Segure o frasco pela parte de baixo, submerja-o a uma profundidade de cerca de 20cm, com a boca levemente inclinada para cima. Se houver correnteza, a boca do frasco deve estar contra ela. O frasco deve então ser fechado, como descrito anteriormente. C - Encha o frasco Com o auxílio de uma caneca de aço inoxidável, retire a água e despeje no frasco. Segure a tampa e capa viradas para baixo (para pre- venir a entrada de poeira, que pode carrear microorganismos para dentro do frasco). Encha o frasco. Deixe um pequeno espaço de ar para facilitar a agitação do frasco no momento da análise.
  • 27. 25 D - Feche o frasco Recoloque a tampa na garrafa com a capa de papel protetora e amarre com o barbante. Em seguida, ponha o frasco dentro de um saco plástico limpo e feche-o. 3. Amostragem de poços artesianos e fontes similares A - Prepare o frasco Com uma corda, coloque uma pedra de tamanho adequado no frasco de amostragem. B - Prenda o frasco à corda C - Abaixe o frasco Utilize uma corda limpa de 20m de comprimento e amarre o frasco, abra-o seguindo as instruções ante- riores. Abaixe o frasco no poço, com o peso da pedra, liberando vagarosamente a corda. Não permita que o frasco toque as paredes laterais do poço.
  • 28. 26 D - Encha o frasco Mergulhe o frasco completamente na água e leve-o até o fundo do poço. Quando o frasco estiver totalmente cheio, puxe a corda para trazê-lo de volta. Descarte um pouco d’água para obter um pequeno espaço de ar. E - Puxe o frasco
  • 29. 27 2. Parâmetros indispensáveis para uma coleta de rotina 2.1 Águas superficiais – ambiente lótico (rios, riachos e nascentes) As coletas seguem as regras definidas para ambientes lênticos, já que em rios e córregos não há estratificação da água. As estações de coleta são escolhidas de acordo com a facilidade de acesso e as coletas são feitas com balde, a mais ou menos 20cm de profundidade. Os parâmetros físico-químicos são praticamente os mesmos do ambiente lêntico, exceto, por alguns poucos conforme a lista a seguir. O parâmetro hidrobiológico utilizado no monitoramento da Cemig para ambientes lóticos é o zoobênton, considerado o melhor bioindicador para águas doces. Os rios são caracterizados por uma corrente unidirecional com taxa de velocidade da água relativamente alta, variando de 0,1 a 1m s-1 , de acordo com o clima e o modelo de drenagem. A relação de parâmetros para as águas correntes inclui: Temperatura da água e do ar - ºC Cor verdadeira - mg Pt/L Turbidez - UNT pH Condutividade elétrica - μS.cm-1 Sólidos totais em suspensão - mg/L Sólidos totais dissolvidos – mg/L Alcalinidade total em CaCO3 – mg/L Cálcio – mg/L Cloreto – mg/L Sulfato – mg/L SO4 Fósforo total – mg/L de P Nitrogênio amoniacal total - mg/L N Nitrato - mg/L N Oxigênio dissolvido - mg/L O2 Demanda bioquímica de oxigênio – DBO - mg/L O2 Óleos e graxas - mg/L Ferro dissolvido - mg/L Fe Manganês total – mg/L Mn Índice de Fenóis - mg/L C6H5OH Coliformes termotolerantes (Coliformes fecais) – VMP /100mL Zoobênton qualitativo e quantitativo – org./m2 l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l
  • 30. 28 Malacofauna qualitativa - org./m2 Densidade de cianobactérias - células/mL Clorofila a - μg/L l l l 2.2 Águas de reservatório e lagos (perfis) - ambiente lêntico Os lagos e reservatórios são caracterizados por uma baixa taxa de velocidade da corrente multidirecional, de 0,001 a 0,01 m s –1 (valores superficiais). Muitos lagos têm períodos alternados de estratificação e mistura vertical, regulados pelas condições climáticas e pela profundidade. Os parâmetros variam de acordo com os pontos do reservatório, conforme descrições a seguir: Na subsuperfície do reservatório, a relação de parâmetros inclui: Transparência do disco de Secchi - m Temperatura do ar - ºC Óleos e graxas – mg/L Temperatura da água (perfil ao longo de toda a coluna d’água do ponto, de um em um metro) - ºC Coliformes termotolerantes (Coliformes fecais) - VMP /100mL Densidade de cianobactérias - células/mL Clorofila a - µg/L Malacofauna qualitativa (às margens) - org./m2 Na Metade da Zona Fótica do reservatório, a relação de parâmetros contempla: Cor verdadeira - mg Pt/L Turbidez - UNT pH Oxigênio Dissolvido – mg/L Condutividade elétrica - μS.cm-1 Sólidos totais dissolvidos – mg/L Sólidos em suspensão – mg/L Alcalinidade total em CaCO3 – mg/L Cálcio – mg/L Cloreto – mg/L Sulfato – mg/L SO4 Fósforo total – mg/L de P l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l
  • 31. 29 Nitrogênio amoniacal total - mg/L N Nitrato - mg/L N Demanda bioquímica de oxigênio – DBO – mg/L Ferro dissolvido - mg/L Fe Manganês total – mg/L Mn Fenóis Totais (substâncias que reagem com 4-aminoantipirina) – mg/L C6H5OH Substâncias tensoativas que reagem com azul de metileno -mg/L LAS Fitoplâncton qualitativo e quantitativo – cel/mL Zooplâncton (arraste ao longo da coluna d’água a partir de um metro do fundo) – cel/mL No FUNDO do reservatório, a relação de parâmetros compreende: Cor verdadeira - mg Pt/L Turbidez – UNT Cálcio – mg/L pH Oxigênio Dissolvido - mg/L Condutividade elétrica - μS.cm-1 Sólidos totais dissolvidos - mg/L Sólidos em suspensão – mg/L Alcalinidade total em CaCO3 - mg/L Sulfato total - mg/L SO4 Fósforo total - mg/L de P Nitrogênio amoniacal total - mg/L N Nitrato - mg/L N Demanda bioquímica de oxigênio – DBO - mg/L Ferro dissolvido - mg/L Fe Manganês total – mg/L Mn 2.3 Água Potável A água de poços artesianos, estações de tratamento e torneiras deve ser amostrada para avaliar a potabilidade, seguindo as instruções de coleta da Organização Mundial de Saúde - OMS - e os parâmetros definidos pelo Ministério da Saúde, na Portaria no 518, de 2005. O Quadro 4 apresenta os parâmetros para o exame bacteriológico da água. l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l
  • 32. 30 Estação de coleta Parâmetros ETA Bebedouro/Torneira Poço artesiano Alumínio total - mg/L x x Amônia (como NH3) – mg/L x x Bromato - mg/L x x Cloreto total - mg/L x x Clorito - mg/L x x Cloro residual livre - mg/L x x Densidade de cianobactérias – cel/mL x Cianotoxinas x Coliformes totais UFC/mL x x x Escherichia coli - UFC/mL x x x Cor aparente - uH x x Dureza - mg/L x x Fenóis Totais (substâncias que reagem com 4 - aminoantipirina) – mg/lL C6H5OH x x Ferro total – mg/L Fe x x Fluoreto - mg/L x x Manganês total – mg/L x x Monocloramina - mg/L x x Odor x x x Sabor x x x Sódio mg/L x x Sólidos dissolvidos totais mg/L x x Sulfato - mg/L x x pH x x Sulfeto de hidrogênio - mg/L x x Surfactantes - mg/L x x Turbidez - UNT x x Zinco - mg/L x x 2,4,6 triclorofenol - mg/L x Trialometanos Total - mg/L x x Compostos orgânicos voláteis - VOC x x Agrotóxicos x 2.4 Tanques e viveiros de piscicultura Os tanques e viveiros de uma estação de piscicultura devem ser analisados, no mínimo, mensalmente. A coleta deve ser realizada pela manhã, entre 7h e 9 horas. No período de outubro a março, deve haver uma análise diária de amônia. As amostras devem ser coletadas no meio da coluna d’água, no caso de pequena profundidade, com penetração de luz. Caso contrário, a coleta deve ser feita a 20 Quadro 4 – Parâmetros de análise da potabilidade da água
  • 33. 31 cm da superfície ou no meio da zona fótica. Os parâmetros utilizados são: Temperatura do ar e água - º C (perfil) Sólidos em suspensão – mg/L Dureza total – mg/L Transparência – m Alcalinidade total – mg/L pH Turbidez – NTU DBO – mg/L CO2 - mg/L Condutividade elétrica - μS.cm-1 Oxigênio dissolvido - mg/L Nitrogênio amoniacal - mg/L Nitrato - mg/L Fósforo total – mg/L Densidade de cianobactérias - células/mL Clorofila a - µg/L Coliformes termotolerantes - NMP/100 mL Malacofauna qualitativa – (margens) Para que os efluentes contaminados não alcancem os corpos d’água afluentes, um controle deve ser feito antes de serem lançados de volta ao rio. Os parâmetros são definidos pela RESOLUÇÃO Nº 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 do CONAMA e DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONJUNTA COPAM e CERH Nº 1 de 5 de maio de 2008. l l l l l l l l l l l l l l l l l l 2.5 Efluentes O acompanhamento dos efluentes das usinas deve ser realizado para cumprir as exigências das legislações ambientais. Os parâmetros estão definidos na RESOLUÇÃO No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 do CONAMA e DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONJUNTA COPAM E CERH No 1 DE 2008 e o número e locais de coleta na planta da usina estão condicionados ao estado de conservação, aos objetivos e às infraestruturas locais. Acoleta deve ser feita em locais apropriados e seguros, onde os registros tenham sido instalados, e a equipe de meio ambiente deve estar sempre acompanhada por um empregado da usina, seguindo as normas de segurança da empresa. Para avaliar a qualidade da água devolvida ao corpo d’água, recomenda-se uma comparação entre a água que entra no sistema e aquela lançada ao rio. No mínimo, três pontos
  • 34. 32 devem ser coletados: tomada d’água; área interna da usina e água turbinada. A água utilizada pelos empregados - os efluentes domésticos - segue uma metodologia diferente, de acordo com a Portaria do Ministério da Saúde nº 518/2004. O efluente de laboratório submete-se à RESOLUÇÃO Nº 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 do CONAMA e à DELIBERAÇÃO NORMATIVA CONJUNTA COPAM E CERH Nº 1 DE 2008 Quadro 5 - Descrição dos parâmetros de efluentes analisados na área industrial. Parâmetros Efluentes Indus- triais Tomada d´água Água turbinada Elfuentes Domésticos Efluentes de laboratório Alcalinidade bicarbonato –mg/L x x x x Bromato - mg/L x x Coliformes termotolerantes VMP/100mL x x x Cloretos mg/L x x x x Cloro livre - mg/L x x Cor verdadeira x x x x Densidade de Cianobactérias x x x DBO – mg/L x x x x DQO – mg/L x x x x Fenóis Totais substâncias que reagem com 4 - aminoantipirina – mg/L x x x x x Ferro dissolvido – mg/L x x x x Fósforo Total – mg/L x x x x x Manganês total – mg/L x x x x Materiais sedimentáveis mg/L x x x Nitrogênio Amoniacal Total mg/L x x x x x Óleos e graxas x x Óleos minerais mg/L x Óleos vegetais e gorduras animais - mg/L x x pH x x x x x Sólidos em suspensão mg/L x x x Sólidos dissolvidos Totais mg/L x x x x Substâncias tensoativas que reagem com azul de metileno - mg/L LAS x x x x x Sulfetos – mg/L x x x Temperatura da água - ºC x x x x x Trihalometanos Total - mg/L x x
  • 35. 33 3. Condicionamento e Transporte de Amostras (Lee A. Barclay) O planejamento cuidadoso e a atenção aos detalhes reduzem a possibilidade de perdas ou danos durante o transporte de amostras e preservam evidências valiosas, que podem ser decisivas em eventuais processos judiciais. Antes de despachar as amostras, é necessário ter informações completas sobre a empresa transportadora, vôos, horários, despachantes e os números de telefone dos responsáveis, para cada organização envolvida no transporte. O laboratório de análise das amostras deverá ser notificado sobre o horário programado de chegada e solicitado a contatar o remetente, assim que receber o material. Caso as amostras não sejam entregues no dia e horário esperados, tanto o remetente quanto o destinatário deverão entrar em contato com a transportadora, a fim de iniciar imediatamente uma busca. O despacho para transporte nunca deverá ser feito na sexta-feira, nos finais de semana ou feriados. Manuseio de Amostras As amostras estão condicionadas ao objetivo da coleta de água; os tipos específicos devem ser coletados e manuseados de acordo com diretrizes precisas: Preservação de amostras: 1. Antes de iniciar as coletas, planeje os procedimentos: Consulte os técnicos do laboratório, já que as exigências para a preservação de amostras podem variar de acordo com os tipos de análises; Ao dirigir-se aos locais de coleta, leve consigo todos os equipamentos e suprimentos necessários; Prepare uma lista de consulta dos suprimentos e recipientes necessários à preservação das amostras. Não confie apenas na memória; ela pode falhar; 2. Aja com rapidez: Algumas substâncias são altamente efêmeras. Contudo, quanto mais cedo forem tomadas medidas para impedir a deterioração química ou manter a degradação no nível mínimo possível, melhores as chances de se obter dados analíticos válidos; l l l l
  • 36. 34 3. Mantenha a preservação ativa: Muitas vezes, as amostras devem ser estocadas por períodos longos, até que as análises sejam realizadas. Verifique no Apêndice A (pág.52) quais amostras podem ser estocadas. 4. Tenha os equipamentos e suprimentos necessários disponíveis Freezer capaz de manter a temperatura de, no mínimo, –20º C e que possa ser trancado; Gelo úmido; O gelo seco não é acessível em qualquer local ou em todas as estações do ano. Prepare uma lista de fontes de fornecimento na região, incluindo dias e horários em que o material possa ser obtido; As caixas de gelo de material durável são as mais recomendadas. Recipientes de isopor são adequados, desde que embutidos numa caixa. Caixas reforçadas de papelão grosso podem ser utilizadas por períodos curtos, desde que revestidas de isopor (geralmente encontradas em lojas de materiais de construção, fornecidas em folhas de 122cm x 244cm, com espessura de 2,5mm a 5mm). Recipientes reutilizáveis de papelão revestidos de isopor podem ser adquiridos de representantes comerciais. Acondicionamento O acondicionamento correto das amostras é essencial para o transporte. A caixa térmica de fibra é mais resistente que a de isopor. As amostras fixadas nunca deverão ser acondicionadas juntamente com as amostras frescas, podendo inviabilizar a análise. Para minimizar o risco de contaminação, todo e qualquer material ou recipiente que entre em contato direto com as amostras deverá ser quimicamente inerte e estar quimicamente limpo. Planejamentoepreparaçãosãoindispensáveisparaassegurarqueosrecipientes e materiais de acondicionamento apropriados estejam disponíveis e prontos para uso no campo. Recipientes de vidro ou outros materiais frágeis deverão ser mantidos separados e imobilizados dentro das embalagens a serem transportadas, utilizando-se folhas de espuma de borracha, plástico tipo bolha ou jornal amassado. As embalagens deverão ser suficientemente reforçadas para suportar os esforços de manuseio. Caso as amostras devam ser mantidas refrigeradas ou congeladas, os frascos ou sacos plásticos podem ser acondicionados em gelo seco ou úmido, conforme descrito abaixo: l l l l l
  • 37. 35 Amostras resfriadas Para amostras refrigeradas, as caixas de material durável são as mais recomendadas. As caixas de isopor com paredes espessas podem ser utilizadas, desde que colocadas dentro de caixas de papelão grosso. O gelo deverá ser colocado em sacos plásticos para evitar vazamento de água. Acrescente material de proteção, a exemplo dos “amendoins” de plástico, para diminuir a movimentação interna durante o manuseio das embalagens. Amostras congeladas Na maioria dos casos, as amostras congeladas devem ser acondicionadas em gelo seco. Embora o custo do produto seja alto, o investimento é válido para evitar a destruição de evidências e amostras. Sempre use luvas ao manusear o gelo seco. Não há um critério estabelecido para a quantidade de gelo seco, leve em conta a evaporação do produto e, para minimizá-la, embrulhe-o em papel grosso. Calcule uma quantidade suficiente para manter as amostras congeladas por 24 horas após o horário programado de chegada: 4,5kg de gelo seco numa caixa de fibra (38 x 38 x 38cm) propiciam, potencialmente, 48 horas de congelamento. Não coloque gelo seco em recipientes hermeticamente vedados, pois podem estourar. Transporte de Amostras O transporte de amostras de um ponto a outro pode resultar em perda de tempo e recursos, se não for devidamente realizado. Por vezes, ocorre o extravio do material com implicações desastrosas, a exemplo das amostras perecíveis. Um planejamento cuidadoso, com atenção para os detalhes, reduz a probabilidade de perda ou dano dos materiais despachados. O custo do transporte é um fator importante, porém a integridade das amostras é primordial. Portanto, uma suposta economia pode resultar em custo final elevado, caso as amostras sejam perdidas ou sofram decomposição, durante o percurso. Entrega Direta Quando possível, a melhor alternativa é entregar as amostras, pessoalmente, no laboratório de análises, pois o acondicionamento é simplificado, o documento de recibo pode ser emitido imediatamente e os recipientes de transporte, reaproveitados.
  • 38. 36 Transporte Aéreo A. Empresas Transportadoras 1. Empresas de transporte aéreo expresso (courier) O transporte aéreo expresso é preferível ao comum e deve ser utilizado sempre que possível. As empresas são confiáveis, têm excelente sistema de rastreamento de cargas e serviços de entrega. 2. Transporte aéreo comum (utilize somente vôos regulares) O transporte aéreo comum é satisfatório para materiais enviados diretamente de uma cidade a outra. No entanto, a remessa pode ficar retida no aeroporto, por falta de espaço na aeronave, devido às cargas de maior prioridade. Se possível, os trajetos que envolvem troca de aeronave devem ser evitados e aqueles que requerem troca de empresa aérea, descartados. B. Preparação para o Transporte Aéreo 1. Certifique-se de que os pacotes contenham o nome, endereço e número de telefone do destinatário; 2. Se for o caso, escreva PERECÍVEL e solicite a colocação da advertência de FRÁGIL na parte externa do pacote; 3. Se o conteúdo estiver acondicionado em gelo seco, escreva no pacote: GELO SECO e informe o peso (em quilos); 4. Preencha o conhecimento de embarque aéreo. Identifique o conteúdo como AMOSTRAS BIOLÓGICAS, informe que são perecíveis e, se for o caso, que estão acondicionadas em gelo seco. Caso o material deva ser retirado imediatamente após a chegada, faça tal observação constar na notificação de embarque e inclua nome e telefone do destinatário. Etiquetas especiais, do tipo “Reter e Notificar”, podem ser necessárias 5. Obtenha uma cópia do conhecimento de embarque aéreo e anote os números dos vôos, horários de partida e chegada, antes de despachar o material.
  • 39. 37 C. Entrega para a Empresa Aérea 1. Entre em contato com o laboratório (ou destinatário) para certificar-se de que alguém irá retirar o material. A remessa deverá ser despachada, preferencialmente, no período de segunda a quinta-feira, salvo em casos especiais. 2. Informe-se junto à empresa transportadora sobre (1) horário de partida, trajeto (por exemplo, números dos vôos), horário previsto de chegada e número do conhecimento de embarque; (2) local e serviços de entrega; e (3) métodos de pagamento permitidos. 3. No caso da utilização de empresa despachante ou de transporte aéreo expresso, solicite nomes e números de telefone para contato, inclusive fora do horário comercial. Transporte Rodoviário Em algumas cidades, as empresas de transporte rodoviário realizam viagens diárias e aceitam encomendas para entrega em 24 horas. De modo geral, esse método de transporte é confiável. Serviço de Correio Evite os serviços de correio se as amostras forem perecíveis. Se o material for frágil, acondicione-o com cuidados especiais Verifique as limitações quanto às dimensões dos pacotes. Acompanhamento Após o despacho da remessa, o laboratório deverá ser avisado que o material está a caminho. É importante fornecer ao laboratório o número do conhecimento de embarque (aéreo ou rodoviário), nome e telefone da empresa transportadora. Também é aconselhável descrever o material despachado: quantidade, dimensões, tipos de recipientes e respectivas etiquetas. Em caso de extravio, essas informações serão úteis para localização da remessa pela empresa transportadora. O destinatário deverá ser informado sobre o tipo de frete: a cobrar, pré-pago ou acobertado por Conhecimento de Embarque Governamental. No caso de remessas com frete a cobrar, envie ao destinatário, pelo correio, a via original do conhecimento de embarque, porém tenha o cuidado de reter uma cópia. Solicite ao destinatário
  • 40. 38 que acuse o recebimento do material despachado, caso contrário, comunique o extravio. Considerações sobre Segurança O gelo seco pode ser perigoso. Ao manuseá-lo, sempre use luvas. Não vede completamente os recipientes a serem transportados; certifique-se de que o gás em expansão tenha escape, para que os recipientes não estourem durante o transporte.
  • 41. 39 4. Métodos de Análise As principais metodologias de análise do SISÁGUA estão descritas na ABNT e na última edição do STANDARD METHODS FOR WATER AND WASTEWATER. O quadro 6 apresenta o resumo dos parâmetros, metodologias e referências utilizadas: Quadro 6 – Resumo das metodologias de análise utilizadas no SISÁGUA Estreptococos Tubos múltiplos APHA 9230 B Fenóis Totais Colorimetria ABNT NBR 10740/1989 Ferro dissolvido Espectrometria de AA – plasma APHA 3120 B Fitoplâncton No laboratório, homogeneizar a amostra e após sedimentação em cubeta de 10 ou 20 mL, contar 200 organismos da espécie mais abundante em microscópio; quando em baixas densidades realizar curva espécie x área. Fósforo total Colorimetria APHA 4500 – P C Manganês solúvel Espectrometria de AA – plasma APHA 3120 B Materiais sedimentáveis APHA 2540 Nitrato Colorimetria ABNT NBR 12619 Nitrogênio amoniacal Colorimetria ABNT NBR 10560/1988 Nitrogênio total Espectrometria de AA – forno de grafite ABNT NBR Óleos e graxas Gravimetria APHA 5520 B Oxigênio dissolvido Titulometria ABNT NBR 10559/1988 Parâmetro Metodologia Referência Normativa Alcalinidade total Potenciometria APHA 2320 B Alumínio total Espectrometria de AA* - plasma APHA 3120 B Bromato APHA 4110 B Cloreto total Colorimetria USGS – 1 – 1187 78 Cloro livre APHA 4500 CI Clorofila a Etanol como solvente Golterman et. Al. 1978 CO2 mg/L Coliformes termotolerantes Tubos múltiplos APHA 9221 E Coliformes totais Tubos múltiplos APHA 9221 B Condutividade elétrica Condutimetria APHA 2510 B Cor real Medida espectrofotométrica Unidades de cor Demanda bioquímica de oxigênio Winkler/incubação ABNT NBR 12614/1992 Demanda química de oxigênio Titulometria ABNT NBR 10357/1988 Dureza de cálcio Titulometria APHA 3500 – Ca D
  • 42. 40 Sólidos em suspensão Gravimetria ABNT Sólidos totais Gravimetria ABNT NBR10664/1989 Sólidos totais dissolvidos Gravimetria ABNT NBR10664/1989 Substâncias tensoativas que reagem com azul de metileno Sulfetos APHA 4500 Temperatura da água Método eletrométrico com sonda Temperatura do ar Medição com termohigrômetro calibrado Transparência Leitura do disco de Secchi Trialometanos Total Turbidez Método turbidimétrico 2130 Zoobênton Acondicionar o material em sacos plásticos e fixar no momento da coleta com solução de formol a 10%, no laboratório, após tamisação, com peneira inferior de malha igual a 0,300 mm, o material é triado e identificado. Método de dipping com concha de mão, raio de 7,25 cm, são realiza- das três réplicas. Zooplâncton Arrasto vertical com rede de plâncton com boca de 30 cm e malha de 68 µm, concentra em frascos de 100 mL, retirar 3 sub- amostras e conta em câmara de Sedgwick-Rafter.
  • 43. 41 5. Normas de segurança das embarcações e limpeza Para ter acesso aos reservatórios da empresa, barcos e barqueiros devem seguir os critérios definidos na Portaria MS no 1.477, de 20 de agosto de 2002 (D.O.U. de 21/08/02), disponível para consulta nos anexos deste Manual. Após a utilização, é conveniente que as embarcações passem por inspeção e limpeza, antes de serem transportadas por rodovias. Os procedimentos estão descritos a seguir, conforme as normas do Ministério do Meio Ambiente. Lavagem do reboque, casco, viveiros e demais partes do barco, com água sanitária; Retirada de qualquer resíduo de vegetação encontrado dentro e fora do barco ou do reboque; Esvaziamento, em terra, de qualquer reservatório de água do barco. Cabe ressaltar que, nas regiões infestadas pelo mexilhão dourado, os responsáveis pela organização e realização de torneios de pesca devem orientar os participantes quanto aos procedimentos de limpeza e emissão do relatório de inspeção das embarcações. Um modelo do documento é apresentado no relatório da Força Tarefa Nacional para Controle do Mexilhão Dourado. Procedimento para inspeção e limpeza de embarcações em hidrovias As empresas controladoras de barcos-hotéis, transporte de carga, passageiros, pesca,quetransitememhidrovias(infestadasounão),deverãorealizarprocedimentos de inspeção e limpeza das embarcações, conforme descrito a seguir: Limpeza frequente das eventuais incrustações, com disposição dos resíduos em terra; Pintura das obras vivas da embarcação com tinta anti-incrustante, isenta de compostos organo-estânicos, renovada de açodo com os prazos de validade do produto utilizado; Tratamento com cloro das águas usadas para limpeza e consumo a bordo. l l l l l l
  • 44. 42 Procedimento para controle do transporte de matrizes de peixes, alevinos e plantas aquáticas Alevinos, matrizes de peixes e plantas aquáticas, provenientes de diferentes bacias hidrográficas, podem transportar organismos invasores. Os responsáveis por estações de piscicultura e estabelecimentos similares devem procurar a representação do Ibama mais próxima e obter orientações específicas sobre os procedimentos para transporte de produtos. A fiscalização dos procedimentos de controle e prevenção de infestação fica a cargo da autoridade responsável pelo licenciamento da operação de transporte. Procedimento para controle dos processos de transposição de águas A transposição de águas entre ambientes diversos pode contribuir para a dispersão de espécies exóticas.As empresas de irrigação e outros empreendimentos que dependem da captação de água devem evitar a transposição entre bacias hidrográficas distintas. Os responsáveis devem procurar a representação do Ibama mais próxima e obter licenças para transporte de organismos aquáticos de uma bacia a outra. Procedimentos para coleta e disposição dos resíduos gerados A limpeza das embarcações é fundamental em todas as atividades que envolvem coleta de organismos aquáticos. Os usuários devem ter a máxima atenção à disposição final dos resíduos gerados na coleta. Em hipótese alguma, um resíduo derivado da limpeza pode ser devolvido aos rios, devendo ser disposto em terra, afastado de qualquer corpo d’água. É de suma importância que a água seja lançada nos mesmos rios ou lagos de origem e os utensílios, tais como baldes ou recipientes, devem ser lavados nos corpos d’água onde foram realizadas as coletas. Prevenção da introdução e reintrodução da espécie por água de lastro Uma sistemática de controle deve ser estabelecida para o deslastre de água doce em portos, na navegação de longo curso, de cabotagem e navegação interior em áreas infestadas e de risco.
  • 45. 43 Acompanhamento Com o intuito de contribuir para o processo conjunto de avaliação do Plano de Ação de Emergência, caberá ao “Componente Fiscalização” registrar e sistematizar, para cada uma das áreas-piloto, as seguintes informações: Relação das instituições responsáveis pela distribuição final dos folhetos do “componente comunicação”; Relação dos pontos de distribuição dos folhetos; Número de folhetos distribuídos em cada ponto; Síntese quantitativa das “categorias” abordadas do público-alvo. No caso de rodovias e hidrovias, discriminar por grandes grupos (barcos transportados por reboque; embarcações de pesca em rios ou lagos; embarcações de transporte, etc.); Identificação das “rotas” percorridas, em rodovia e hidrovia, indicando, sempre que possível, origem, destino e duração da viagem. l l l l l
  • 46. 44 6. Referências Bibliográficas APHA,AWWA, WPCF. Standard methods for the examination of water and wastewater.20 ed. Washington: APHA, 1998. BOID, C.E. Water quality in warm water fishponds. Alabama: Auburn University, 1979. COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL – CETESB. Guia de coletas e preservação de amostras. São Paulo: CETESB, 1987. COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL – CETESB. Relatório de estabelecimento de valores orientadores para solos e águas subterrâneas no estado de São Paulo. São Paulo:Cetesb, 2001. COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL – CETESB. Relatório de qualidade das águas interiores do estado de São Paulo de 2003. São Paulo: Cetesb, 2004. CYBIS, L. F; BENDATI, M. M; MAIZONAVE, C. R. M; WERNER, V. R; DOMINGUES, C. D.Manual para estudo de cianobactérias planctônicas em mananciais de abastecimento público: caso da represa Lomba do Sabão e lago Guaíba. Porto Alegre: PROSAB- Programa de Pesquisa em Saneamento Básico, 2006. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – FEAM. Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios.. 3ª ed. Belo Horizonte: FEAM, 2002. (Coletânea de legislação ambiental).v..5 GOLTERMAN, H.L.; CLYMO,R.S ;OHNSTAD,M.A.M. Methods for physical and chemical analysis of freshwaters. 2 ed.Oxford, Blackwell, 1978. (International Biological Programme Handbooks,8). JARDIM, A.F.; CAVALIEREI, S.O.; GALLINARI, P.C;VIANNA,L.N.L. Metodologia para a contagem de cianobactérias em células/mL – um novo desafio para o analista de laboratório. Revista de Engenharia sanitária e ambiental., v. 7, n.3,2002. MACKERRETH, F. J. H.; HERON, J. ; TALLING, J. F. Water Analysis: Some revised methods for limnologists. Freshwater Biological Association Scientific Publication, n. 36, 1978. 120 p
  • 47. 45 TCHOBANOGLOUS, G.; BURTON, F.L. Wastewater engineering: treatment, disposal, and reuse.3 ed, [s.l]: Metcalf Eddy, Inc.,1991. PINTO-COELHO, R.M. Métodos em limnologia .In:Curso de especialização em gestão de recursos hídricos. Disponível em www.icb.ufmg.br U.S. FISH AND WILDLIFE SERVICE NATIONAL FISHERIES RESEARCH. Manual de Campo para a Investigação de morte de peixes. Washington: Arlington Square Building, 1990. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines for drinking-water quality control IN: SMALL COMMUNITY SUPPLIES. GENEVA: WHO,1986.V.3. WATER QUALITY ASSESSMENTS – A guide to use of biota sediments and a water in environmental monitoring – 2º ed. United Nations educational Scientific and Cultural Organization World Health Organization – UN Environment Programme - 1996. BARTRAM, Jamie; BALANCE; Richard; WATER ATERATER QUALITY MONITORING A Practical Guide to the design and implementation of freshwater quality studies and monitoring programmes. New York: Programme and World Health Organization, 1996. Disponível em www.epa.gov
  • 49. 47 7.1 Legislação Ambiental e Normas da Cemig
  • 50. 48 7.1.1 Legislação Federal Constituição da República Federativa do Brasil – Artigo 23 – incisos III, VI e VII, Artigo 24 – inciso XVI e Artigo 225; Lei Federal no 6.938, de 31 de agosto de 1981 – Política Nacional de Meio Ambiente; Lei Federal no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 – Lei de Crimes Ambientais; Lei Federal no 9.443, de 8 de janeiro de 1997 – Política Nacional de Recursos Hídricos; Lei Federal no 4.771, de 15 de setembro de 1965, modificada pela MP no 2166-67/01 – Código Florestal Federal; Resolução CNRH no 5, de 10 de abril de 2000, que estabelece diretrizes para formação e/ou funcionamento de Comitês de Bacia Hidrográfica; Lei Federal no 7.347, de 24 de julho de 1985, que disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao Meio Ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Decreto no 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, que disciplina sobre comunidades tradicionais. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, RESOLUÇÃO No 357, de 17 de março de 2005. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, RESOLUÇÃO No 274, de 29 de novembro de 2000. Portaria No 518, de 25 de março de 2004, do Ministério da Saúde. 7.1.2 Legislação Estadual Lei Estadual no 7.772, de 8 de setembro de 1980 – Dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente no estado de Minas Gerais; Lei Estadual no 13.199, de 29 de janeiro de 1999 – Política Estadual de Recursos Hídricos; Lei Estadual no 14.181, de 17 de janeiro de 2002 – Dispõe sobre a Política de Proteção à Fauna e à Flora Aquáticas e de Desenvolvimento da Pesca e da aquicultura no Estado de Minas Gerais; Lei Estadual no 14.309, de 19 de junho de 2002 - Dispõe sobre a política florestal e de proteção à biodiversidade no estado de Minas Gerais; Decreto Estadual no 44.309, de 5 junho de 2006 – Estabelece normas para Licenciamento Ambiental e autorização Ambiental e de Funcionamento. Tipifica e classifica as infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos l l l l l l l l l l l l l l l l
  • 51. 49 hídricos e estabelece o procedimento administrativo de fiscalização e aplicação das penalidades; Decreto Estadual no 43.710, de 8 de janeiro de 2004 – Regulamenta a Lei florestal de Minas Gerais. Deliberação Normativa Conjunta COPAM/ CERH-MG no 1, de 5 de maio de 2008. Deliberação Normativa Conjunta COPAM no 89, de 15 de setembro de 2005. 7.1.3 Normas da Cemig Política Ambiental - Manual de Organização – NO – 02.01, de 03/12/1992; DPR/45/2000 – Requisitos Mínimos de Adequação Ambiental; Instrução de serviços – IS – 42 – Licenciamento ambiental das instalações e atividades da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig; Instrução de serviços – IS - 48 – Negociações socioambientais na Cemig de 02/07/2007; Instrução para utilização de embarcações GA001/2002 – Superintendência de Geração, atualizada em 2007. l l l l l l l
  • 52. 50 7.2 Normas de coleta da U.S. Fish and Wildlife Service National Fisheries Research
  • 53. 51 Parâmetro Frasco Tamanho mínimo da amostra (mL) Preservação Tempo máximo de estocagem (d=dia, h=hora, m =mês) Recomendado Limite b Acidez P, V(B) 100 Refrigerada 24 h 14 d Alcalinidade P, V 200 Refrigerada 24 h 14 d DBO P, V 1.000 Refrigerada 6 h 48 h Boro P 100 N. exigida 28 d 28 d Bromato P, V N. exigida 28 d 28 d Carbono orgânico V 100 Analisar imediatamente, ou refrigerar e adicionar H2SO4 pH2 7 d 28 d Dióxido de carbono P, V 100 Analisar imediatamente DQO P, V 100 Analisar o mais rápido possível, ou adicionar H2SO4 pH2 7 d 28 d Cloro residual P, V 500 Analisar imediatamente 0,5 h 2 h Dióxido de cloro P, V 500 Analisar imediatamente 0,5 h 2 h Clorofila P, V 500 30 dias no escuro 30 d Cor P, V 500 Refrigerada 48 h 48 h Condutividade P, V 500 Refrigerada 28 d 28 d Cianeto total P, V 500 Adicionar NaOH para pH 12, refrigerar no escuro 24 h 14 d Fluoreto P 300 S/ exigências 28 d 28 d Óleos e graxas V, boca larga calibrado 1.000 Adicionar H2SO4 pH2, refrigerar 28 d 28 d Dureza P, V 100 Adicionar HNO3 para PH2 6 m 6 m Iodo P, V 500 Analisar imediatamente 0,5 h Metais P(A), V(a) Para metais dissolvidos, filtrar imediatamente, adicionar HNO3 para pH2 6 m 6 m Cromo 6 + P(A), V(a) 300 Refrigerar 24 h 48 h Mercúrio P(A), V(a) 500 Adicionar HNO3 para pH2, 4 ºC 28 d 28 d Amônia P, V 500 Analisar o mais rápido possível, ou adicionar H2SO4 pH2, refrigerar. 7 d 28 d Nitrato P 100 Analisar o mais rápido possível, ou adicionar H2SO4 pH2, refrigerar. 48 h 48 h Nitrato e nitrito P, V 200 Analisar o mais rápido possível, ou refrigerar, ou congelar a -20 ºC 0 28 d APÊNDICE A - Resumo das exigências requeridas para as amostras de água
  • 54. 52 Nitrito P, V 100 Analisar o mais rápido possível, ou refrigerar, ou congelar a -20 ºC 0 48 h Odor V 500 Analisar o mais rápido possível ou refrigerar. 6 h Pesticidas G(S),TFS- Refrigerar; adicionar 100 mg de NaS203/I se existir resíduo de cloro. 7 d 7 d Fenol P, V 500 Adicionar H2SO4 pH2, refrigerar. a 28 d Oxigênio dissolvido V, frasco de DBO 300 Analisar imediatamente, titulação pode ser adiada após acidificação. 8 h 8 h pH P, V Analisar imediatamente 2 h 2 h Fosfato V(A) 100 Para fosfato dissolvido, filtrar imediatamente; refrigerar; congelar a -10 ºC 48 h 48 h Salinidade V, lacre 240 Analisar ou lacrar imediatamente 6 m Sílica P Refrigerar, não congelar 28 d 28 d Sólidos P, V Refrigerar 7 d 7-14 d Sulfato P, V Refrigerar 28 d 28 d Sulfito P, V 100 Refrigerar, adicionar 4 gotas de acetato de zinco 2N/100 mL 28 d 28 d Gosto V 500 Analisar o mais rápido possível; refrigerar. 24 h Temperatura P, V Analisar imediatamente Turbidez P, V Analisar imediatamente; estocar no escuro acima de 24h 24 h 48 h a ver texto para detalhes. Para determinações não listadas, usar vidro ou plástico; de preferência refrigerar durante a estocagem e analisar o mais rápido possível. Refrigerar= estocar a 4ºC, no escuro. P= plástico (polietileno ou equivalente); V= vidro; V(A) ou P(A)= lavado com 1 +1 HNO3; V(B)= vidro, borosilicado; V(S)= vidro, lavado com solventes orgânicos; TFE=teflon. b U.S. Environmental Protection Agency, Proposed Rules,Federal Register o. 244,18 dez 1979.
  • 55. 53 APÊNDICE B - Lista geral de suprimentos e equipamentos necessários para a coleta de água Ficha de campo Tênis náutico sem cadarço, camiseta, short, chapéu ou boné Acessórios para chuva (conjunto de caça e jaqueta) Ancinho Baldes de aço inox de 15L Barco, motor, pino e óleo (2t) Botas (perneiras) de borracha Bússola / GPS Caixas de gelo ou bolsas térmicas Caixas para transporte Calculadora Câmera de vídeo (opcional) Câmera e filme de 35mm ou digital Caneta marcadora à prova d’água Caneta marcadora de laboratório, para marcação em vidro, plástico e papel Caixa de ferramentas (chaves diversas, alicate, pinos e hélice para motor, etc) Chave de identificação de peixes Chave de identificação de insetos Colete salva-vidas Filtro solar (FPS 30) Camiseta/ short / chapéu de palha ou boné Estojo de primeiros socorros Garrafa térmica de 5L para água potável Coletor de amostra Surber Coletor de amostra tipo rede “drift” Sonda para medir parâmetros de campo Contador mecânico Corda ou barbante reforçado Cronômetro Diário de Campo (encapado) Disco de Secchi Garrafa de van Dorn com marcação Redes de plâncton de 37µ com aro e corda com marcação Sonda para leitura de temperatura da água com marcação metro a metro q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q
  • 56. 54 Draga de Ekman Etiquetas impressas em branco para amostras. Etiquetas para transporte Fita de medição (trena), 300cm Reagentes diversos para fixação de amostras (para os parâmetros definidos) Formulários de Cadeia de Hierarquia da Cemig em caso de acidentes ambientais Formulários impermeáveis para (1) notificação, (2) registro de custódia, (3) investigações de mortandade de peixes e (4) contagem. Frascos de vidro (28 x 70mm e 200 mL) com tampas de rosca Gancho para coletar macrófitas Garfo de 4 dentes Gelo úmido ou gelo azul Gravador Guia Ilustrado de Peixes da Bacia do rio Grande Lanternas potentes (6 Volts) Lápis Licença de coleta Lista de laboratórios disponíveis para análise e diagnóstico Luvas de borracha Manual de coleta e análise de água da Cemig Mapas da área Material para embalagem (plástico tipo bolha e/ou espuma) Nomes e números de telefone das pessoas a serem contatadas no campo Papel absorvente Papel-lente Peneiras Pia de plástico (4cm x 5,5cm) Prancheta, papel e lápis Propanol – 70% (1L) Rádio transmissor/receptor Recipientes isolados para transporte. Recipientes para coleta de amostra, fornecidos pelo laboratório de análise, e soluções fixadoras. Redes “kick” Redes de arrasto (Minnow) Relógio de pulso Respirador com cartuchos apropriados q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q
  • 57. 55 Rolo de fita de advertência/isolamento Rolo de fita de mascarar Rolo de papel-alumínio Rótulos impressos em branco, para amostras. Sacos de lixo grandes Sacos de plástico vários tamanhos Solução de Lugol (250mL) Solução Roccal – 10% (1L) Solução salina normal (1L) Solução tamponada de formol – 10% (4L) Amostrador Kemmerer Frascos piscetas com água destilada (4 unidades) Pipetadores de 1mL (2 unidades) Pipetadores de 5mL (1 unidade) Pipetadores de 0,1mL (1 unidade) Frascos e vidros snap-cap para acondicionar amostras (de acordo com o parâmetro) Vidro snap-cap capacidade 150mL (zooplâncton); Vidros snap-cap capacidade 100mL âmbar (fitoplâncton - vivo); Frascos plásticos foscos capacidade de um litro (fitoplâncton - fixado); Frascos plásticos capacidade para 5L; Frascos estéreis para colimetria; Vidro com capacidade de um litro com boca esmerilhada para óleos e graxas; Garrafas para amostras (1L) plástico – polietileno ou equivalente; lavadas com ácido vidro – lavadas com ácido, com solvente orgânico Preservativos Ácidos – H2SO4, HNO3 Bases NaOH Acetato de zinco Tiosulfato de sódio Na2S2O3 Plâncton e Macrófitas Preservativos Fitoplâncton – formol neutralizado ou solução de Lugol Zooplâncton - formol neutro a 5%, propanol a 70% q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q q ¶ ¶ ¶ ¶ q ¶ ¶
  • 58. 56 Sedimentos – para Substâncias Orgânicas ou Metais Instrumento para coleta de testemunhos Jarros de vidro de boca larga (lavados com ácido) (4, 8, 16 e 32 onças*) Tampas revestidas com Teflon (fechamento hermético) para jarros Nota: Caso não sejam encontradas tampas revestidas com Teflon, utilizar papel- alumínio lavado com hexanol para o revestimento. Frascos diversos (lavados com ácido), com tampas revestidas com Teflon Para Bacteriologia Tubos de ensaios inclinados, com tampa, contendo Agar brain heart infusion ou Agar Trypticase soy, para isolamento e cultura da maioria dos agentes patológicos de peixes. Se os peixes em questão forem marinhos ou espécies de água doce salobra, adicionar NaCl (cloreto de sódio) a 1% Tubos de ensaios inclinados, com tampa, contendo Agar tryptone yeast extract, para isolamento e cultura de Flexibacter sp. Tubos de ensaios inclinados, com tampa, contendo Agar Sangue, para isolamento de bactérias fastidiosas Álcool etílico para a desinfecção de instrumentos Bolas ou mechas de algodão Bico de propanol APÊNDICE C – Tabela de Padrões de Qualidade de Água q q q q q q q q q q Composto ou fator Poluidor primário Carcinogênico Toxidez aguda para a vida aquática (µg/l) Toxidez crônica para a vida aquática (µg/l) Acenapthene Sim Não 1.700 b 520 b Acrolein - Propenal Sim Não 68 b 21 b Propenonitrila Sim Sim 7.550 b 2.600 b Aldrin Sim Sim 3,0 - Alcalinidade Não Não - 20.000 Amônia Não Não Critério depende do pH e da temperatura Critério depende do pH e da temperatura Antimônio Sim Não 9.000 b 1.600 b Arsênico (penta) Sim Sim 850 b 48 b Arsênico (tri) Sim Sim 360 b 190 b Bactéria Não Não Pesca/recreação primária Pesca e recreação primária Bário Não Não NA NA Benzeno Sim Sim 5.300 b -
  • 59. 57 Benzidine Sim Sim 2.500 b - Berílio Sim Sim 130 b 5,3 b BHC Sim Não 100 b - Cádmio Sim Não 3,9 c 1,1 c Tetracloreto de Carbono Sim Sim 35.200 b - Clordane Sim Sim 2,4 0,0043 Cloridrato de benzeno Sim Sim 250 b 50 b Cloridrato de naftaleno Sim Não 1.600 b - Cloro Não Não 10 11 Eter Cloroaquil Sim Não 238.000 b - Clorofórmio Sim Sim 28.900 b 1.240 b Clorofenol 2 Sim Não 4.300 b 2.000 b Clorofenol 4 Não Não - - Chlorpyrifos Não Não 0,083 0,041 Cloro-4-metil-3-fenol Não Não 30 b - Cromo (hexa) Sim Não 16 11 Cromo (tri) Não Não 1.700 c 210 c Cor Não Não - - Cobre Sim Não 18 c 12 c Cianeto Sim Não 22 5.2 DDT Sim Sim 1,1 0.001 DDT metabolito (DDE) Sim Sim 1.050 b - DDT metabolito (TDE) Sim Sim 0,06 b - Demeton Sim Não - 0,1 Diclorobenzeno Sim Não 1.120 b 763 b Dicloroetano 1,2 Sim Sim 118.000 b 20.000 b Dicloroetileno Sim Sim 11.600 b - Diclorofenol 2,4 Não Não 2.020 b 365 b Dicloropropano Sim Não 23.000 b 5.700 c Diclopropeno Sim Não 6.060 b 244 b Dieldrin Sim Sim 2,5 0,0019 Dimetilfenol 2,4 Sim Não 2.120 b - Dinitrotolueno Não Sim 330 b 230 b Dioxina (2,3,7,8-TCDD) Sim Sim 0,01 b 0,00001 b Difenilhidarzina 1,2 Sim Não 270 b - Endosulfan Sim Não 0,22 0,056 Endrin Sim Não 0,18 0,0023 Etilbenzeno Sim Não 32.000 b - Fluorotano Sim Não 3.960 b - Gases dissolvidos totais Não Não - - Guthion Não Não - 0,01 Haloeteres Sim Não 380 b 122 b Halometanos Sim Sim 11.000 b -
  • 60. 58 Heptacloro Sim Sim 0,52 0,038 Hexacloroetano Não Sim 980 b 540 b Hexaclorobutadieno Sim Sim 90 b 9,3 b Lindano (hexaclorociclohex- ano) Sim Sim 2,0 0,08 Hexaclorociclopen- tadieno Sim Não 7 b 5,2 b Ferro Não Não - 1.000 Isopropano Sim Não 117.000 b - Lead Sim Não 82 c 3,2 c Malation Não Não - 0,1 Manganês Não Não NA NA Mercúrio Sim Não 2,4 0,012 Metoxicloro Não Não - 0,03 Mirex Não Não - 0,001 Naftaleno Sim Não 2.300 b 620 b Níquel Sim Não 1.400 c 160 c Nitrato/Nitrito Não Não NA NA Nitrobenzeno Sim Não 27.000 b - Nitrofenol Sim Não 230 b 150 b Nitrosaminas Sim Sim 5.850 b - Óleos e graxas Não Não Ver documento Ver documento Oxigênio dissolvido Não Não Matriz de critérios águas quentes e frias Matriz de critérios águas quentes e frias Paration Não Não 0,065 0,013 PCB’ s Sim Sim 2,0 0,014 Pentacloridrato de etano Não Não 7.240 b 1.100 b Pentaclorofenol Sim Não 20 d 13 d pH Não Não - 6,5 - 9 Fenol Sim Não 10.200 b 2.560 b Fósforo elementar Não Não - - Phthatate esters Sim Não 940 b 3 b Hidrocarbonetos aromáticos polinucleares Sim Sim - - Selênio Sim Não 260 35 Prata Sim Não 4,1 c 0,12 Sólidos suspensos e turbidez Não Não Ver documento Ver documento Ácido sufídrico Não Não - 2 Temperatura Não Não Critério Depende da espécie Tetracloreto de etano Sim Não 9.320 b - Tetracloroetano 1,1,2,2 Sim Sim - 2.400 b Tetracloroetanos Sim Não 9.320 b - Tetracloroetileno Sim Sim 5.280 b 840 b
  • 61. 59 Tetraclorofenol 2,3,5,6 Sim Não - - Tálio Sim Não 1.400 b 40 b Tolueno Sim Não 17.500 b - Toxafene Sim Sim 0,73 0,0002 Tricloridrato de etano Sim Sim 18.000 b - Tricloroetano 1,1,1 Sim Não - - Tricloroetano 1,1,2 Sim Sim - 9.400 b Tricloroetileno Sim Sim 45.000 b 21.900 b Triclorofenol 2,4,6 Sim Sim - 970 b Zinco Sim Não 120 c 110 c a NA= não aplicável; - nenhum dado disponível b dados insuficientes para desenvolver critério; os valores apresentados estão no menor nível efeito observado – LOEL c critério depende da dureza (100 mg / l usado) d depende do PH, usado 7,8.
  • 62. 60 7.3 Bibliografia de identificação taxonômica
  • 63. 61 FITOPLÂNCTON 1. Anagnostidis, K.; Komárek, J. Moder approach to the classification system of cyanophytes. 3. Oscillatoriales. Arch. Hydrobiol. Suppl., Stuttgart , v. 80, n.1-4, p. 327- 472, 1988 2. BICUDO MENEZES. Gêneros de Algas de Águas Continentais do Brasil – Chave para Identificação e Descrições.[ s.l.] : Rima, 2006. 3. BOURRELLY, P. Les Algues D’Eau Douce: initiation à la systématique, 1: les algues vertes. Paris : Éditions N. Boubée,1972. Vol. 1 4. _____________. Les Algues D’Eau Douce: initiation à la systématique, 3: les algues bleues et rouges, les Eugléniens, Peridiniens et Cryptomonadines Paris:Éditions N. Boubée, 1985. Vol. 3 5. ______________. Les Algues D’Eau Douce: initiation à la systématique, 2: les algues jaunes et brunes, les Crysophycées, Phéophycées, Xanthophycées et Diatomées. Paris: Éditions N. Boubée, 1968. 2.v 6. COMPÈRE, P. Algues de la Région du Lac Tchad - II - Cyanophycées. Cahiers O. R. S. T. O. M. Série Hydrobiologie, v.3, n.3-4, p- 165-198. 1974. 7. CYBIS, L. F.; BENDATI, M. M.; MAIZONAVE, C. R. M.; WERNER, V. R.; DOMINGUES, C. D. Manual para estudo de Cianobactérias Planctônicas em Mananciais de Abastreciemnto Público: Caso da represa Lomba do Sabão e lago Guaíba. Porto Alegre: PROSAB 4, 2006 8. DESIKACHARY, T.V. Cyanophyta. Nova Delphi : Indian Council of Agricultural Research, 1959. 9. GEITLER,L. Cyanophyceae von Europa unter Berücksichtigung der anderen Kontinente.Bonn: Koeltz Scientific Books,1985. 10. GERMAIN, H. Flore des Diatomées - Diatomophycées - eaux douces et saumâtres du Massif Armoricain et des contrées voisines d’Europe occidentendale. Paris: Sociéte Nouvelle des Éditions Boubée, 1981. 11. KOMÁREK, J. A review of water-bloom forming Microcystis species, with regard to populations from Japan. Arch. Hydrobiol. Suppl., n.82, p 115-127, 1991. (Algological Studies 56): 12. KOMÁREK, J. ANAGNOSTIDIS. Cyanoprokaryota, 1. Teil: Chroococcales. - In: ETTL, H.G.; GARTNER, H. HEYNIG. MOLLENHAUER;D. (eds): Susswasserflora von Mitteleuropa. Stuttgart.: Gustav Fischer , 1999. n.19. p: 1-545.,. 13. SANT’ ANNA,C.L.; AZEVEDO, M.T.P.; AGUJARO, L. F.; CARVALHO, M. C.; CARVALHO, L. R.; SOUZA, R. C. R. Manual Ilustrado para a Identificação e Contagem de Cianobactérias Planctônicas de Águas Continentais Brasileiras.São Paulo: Interciência ,2006. 58 p. 14. SANT’ANNA, C. L, AZEVEDO, M. T. P., SORMUS, L. Fitoplâncton do largo das Garças, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil: Estudo Taxonômico e
  • 64. 62 Aspectos Ecológicos. Hoehnea,v.16,n.89,p.131-221, 1989. 15. SANT’ ANNA, C. L., AZEVEDO, M. T. P. Contribution to the knowledge of potentially toxic Cyanobacteria from Brazil. Nova Hedwigia, Stuttgart, v. 71, n. 3-4, p. 359-385, November, 2000. ZOOPLÂNCTON 1. AHLSTROM, E. H. Plankton Rotatoria from Northeast Brazil. Ann. Acad. Bras. de Scienc.,v.10 n.1 p 29-45,1938. 2. ANDRADE, E. R. G. O. BRANDORFF, Uma nova espécie de Diaptomidae (Crustacea, Copepoda) “Diaptomus”negrensis das águas pretas perto de Manaus. Acta Amazonica,v .5, n.1 p 97-103, 1975. 3. BATTISTONI, P.A.,. Cinco especies del genero Notholca Gosse, 1886 (Rotatoria) de la Argentina, incluyendo N. guidoi sp. n. Iheringia, n.73, p.35-45, 1992. 4. BERZINS,B. On the Collothecacean Rotatoria. Ark. Zool. Ser., v.2 n.1,p 565-92,1951.. 5. BRANDORF, G. O. The geographic distribution of the diaptomidae in South America (Crustacea, Copepoda). Rev. Brasil. Biol ,v 36, n3, p 613-627,1976. 6. BROOKS, J.L. Freswater Biology - Cladocera. 2ª ed. New York: John Wiley Sons Inc., 1959 7. BRUNSON, R.B. An introduction to the taxonomy of the Gastrotricha with a study of eigthteen species from Michigan. Trans. Am. Microsc. Soc., n. 69 ,p 325-353,1950. 8. CHARDEZ, D. Etudes sur deux Difflugia. Hydrob. n 16, p 118-125, 1960 9. ___________. Historie naturelle de Protozoaires Thecamoebiens. Natural Belges, v 48, n.10,p 484-576, 1967. 10. ___________. Le genre Phryganella Penard . Bull. Recherc. Agron. Gembloux, v.4, n.3-4 p 314-322. 1969. 11. ___________. Le genre Chyphoderina Schlumberger, 1845. Acta Protozoologica,v. 30, p 49-53, 1991. 12. COUTEAUX, A.M. ; PONGE , J.F. Le genre Euglypha: Essai de taxonomie numerique. Protistol.,v.15,n.4, p 565-79, 1979. 13. CUNHA, A. M. Contribuição para o conhecimento da fauna de protozoários do Brazil. Rio de Janeiro: Mem. Instit. OSWALDO CRUZ. 1913. v 101-122 14. DECLOITRE, L. Rhizopodes Thecamoebiens du Venezuela. Hydrobiol., v. 7,p 325-372, 1955. 15. ____________. Le genre Euglypha Dujardin. Arch. Protistenk.,v.106, p.51-100, 1962. 16. ____________. Le genre Arcella Ehrenberg. Arch. Protistenk, v.118, p . 291-309, 1966.
  • 65. 63 17. ____________. Le genre Cyclopyxis. Arch. Protistenk,n.119, p 31-53, 1977 18. ____________. Le genre Cyclopyxis II. Arch. Protist., n.121, p. 162-192. 1979. 19. ____________. Le genre Trinema Dujardin, 1841. Arch. Protist., n 124,p. 193-218, 1981 20. ____________.. Complements aux publications à jour 31.12.1981 des genres Arcella, Centropyxis, Cyclopyxis, Euglypha, Nebela et Trinema. Arch. Protist., n.126, p 393-407, 1982 21. ____________. Complémentrs aux publications précédentes Mise à jour au 31.12.1984 des genres Arcella, Centropyxis, Euglypha et Nebela. Arch. Protistenk., n. 132 ,p 131- 136,986. 22. DEFLANDRE, G., Notes sur quelques Rhizopodes et Héliozoaires du Venezuela. Soc. Zool. Fr. Li.,n. 515-530, 1926. 23. _____________. Le genre Arcella. Archive Protist.,n. 64 p.152-287. 1928 24. _____________. Le genre Centropyxis Stein. Arch. Protist., n, 67 p.322-375. 1929. 25. _____________. Etude monographique sur le genre Nebela Leidy (Rhizopoda - Testacea). Ann. Protistol.,n.5, p. 201-286. 1937. 26. DE SMET, W. H. Rotifera, NOGRADY, T. The Proalidae, Amsterdan :SBP Academic Publishing. 1996.Vol. 4 27. DONNER, J. Zur Rotarienfauna Südmährens (IV). Zool. Anz., v.145, n.7-8, p.139-155, 1950. 28. DUMONT, H. J. Cladocera. [ s.l.] :Laz. Botosaneanu Inst. of Taxon. Zool. Leiden-Brill/ Dr. W. Backhuys. , 1986 29. DUSSART, B.H.. Sur quelques copepode d’Amerique du Sud. Rev. Brasil. Biol.,v.44,n.3,p 255-65,1984 30. ____________ ; MATSUMURA,Tundisi Nouvelles especes de calanoides du Brésil. Rev. Brasil. Biol.,v.46,n.1,p.249-255,1986 31. EDMONDSON, W.T.A Formula key to hte Rotarorian genus Ptygura.Trans. Am.Micr. Soc.,v 68, n 2, p 127-135, 1959 32. ________________. Freshwater Biology. London: John Wiley, 1959a 1248p. 33. ELMOOR-LOUREIRO, L. M. A..Diaphanosoma birgei e Diaphanosoma brachyurum: possível necessidade de revisão das identificações no Brasil. Acta Limnol. Brasil, v.III, p 757-767,1990 34. FOISSNER, W.; BERGER, H. A user-friendly guide to the ciliates (Protozoa, Ciliophora) commoly used by hydrobiologists as biondicators in rivers, lakes and waste waters, with notes on their ecology. Freshwater Biology, n 35, p,375-482,1996. 35. GAUTHIER-LIEVRE,L.,. Les genres Nebela, Paraquadrulella et Pseudonebela en
  • 66. 64 Afrique.Bull. Soc. Hist. Nat. Afrique du Nord., n 44, p.324-346,1953. 36. GAUTHIER-LIEVRE, L. ; THOMAS, R. Les genres Difflugia, Pentagonia, Maghrebia e Hoogenraadia (Rhizopodes testaces) en Afrique. Arch. Protistenk, n 103,p 241-370, 1958. 37. ______________________________. Le genre Cucurbitella Penard. Arch. F. Protist, v.104, n.4,p. 569-602,1960 38. GOTLIB, A. A. Algunos Cladoceros de la fauna Argentina. Physis,v.31, n 83, p 529- 536,1972 39. GREEN, J. Freshwater ecology in the Mato Grosso, Central Brazil. II. Associations of Cladocera in meander lakes of the Rio Suiá Missú. Journ. Nat. Hist.,n 6, p 215-227, 1972 40. ________. Freshwater ecology in the Mato Grosso, Central,Brazil. III. Associations of Rotifera in meander lakes of the Rio Suiá Missú. Jour.Nat. Hist.,n. 6,p. 229-241, 1972 41. ________.. Freshwater ecology in the Mato Grosso Central, Brazil. IV: Associations of testate Rhizopoda. Journ. Nat. Hist.,n.9,p. 545-560, 1975 42. ________.. Zooplankton associations in Zimbabwe. Jour. Zool. Lond. ,n.222,p. 259- 83,1990 43. HARDY, E.R.; ROBERTSON., B.; KOSTE,W.. About the relationship between the zooplankton and fluctuating water levels of Lago Camaleão, a Central Amazonian varzea lake. Amazoniana,v.IX,n.1, p 43-52,1984 44. HARRING, H. K. ; MYERS, F. J.. The rotifer fauna of Wisconsin. III - A revision of the genera Lecane and Monostyla. Wisconsin Acad. Of Sci. Arts And Letters.n. 22, p. 315- 423,1926 (48 figs.) 45. __________________________. The Rotifer fauna of Wisconsin. IV; The Dicranophoridae. Trans. Wisc. Acad. Arts Sci. Lett., 23:667-808. 1928 46. HAUER, J. Rotatorienfauna von Nordostbrasilien. Arch. Hydrobiol., v.48,n.2 p.154-172, 1953. 47. _________ Rotatorienfauna des Amazonasgebietes. Int. Revue Ges. Hydrobiol., v.50,n.3,p 341-389, 1956 48. HERBST,H.V. Brasilianishe Sübwassercyclopoiden (Crustacea, Copepoda). Gew.und Abw.,n. 24,p: 49-73,1959. 49. __________ Copepoda und Cladocera (Crustacea) aus Südamerika.Gew. und Abw., n.44/45,p.96-108, 1967. 50. __________. Diaphanosoma dentatum n. sp. aus Venezuela. Gew. und Abw., n.46, p.7- 11,1968 51. __________. Diaphanosoma spinolosum n. sp. aus Venezuela. Gew. und Abw.,n. 57/58,p.147-150,1975 52. KORINEK, V.CLADOCERES- Cladocera. Bruxelas: Exporat. Hydrob. du Bassin du Lac Bangweolo et du Luapula,1984 53. KOROVCHINSKY, N. M. Sididae and Holopedidae;(Crustacea: Daphiniiformes).
  • 67. 65 Amsterdam: SBP Academic Publishing, 1992 54. KOSTE, W.. Rotatorien aus Gewassern Amazoniens. Amazoniana, v.III n.3/4, p, 258- 505. 1972a 55. _________. Über ein sessilis Rädertier aus Amzonien, Floscularia noodti sp. n.Arch. Hydrobiol., v.70,n.4,p 534-540, 1972b 56. _________. Zur kenntnis der Rotatorienfauna der “schwimmenden Wiese”einer Uferlagune in der Varzea Amazoniens, Brasilien. Amazoniana., n.1,p. 25-59, 1974 57. _________. Die rädertiere Mitteleuropas begründet von Max Voigt. – Rotatoria. Berlim: Gebrüder Born Trager, 1978. 637p. 2.vols 58. _________. Uber die Rotatorien einiger Stillgewasser in der Umgebeung der biologischen station Panguana im tropischen Regenwald in Peru. Amazoniana, v.X, n. 3,p.303-325, 1988 59. _________. Über Rädertiere aus dem Lago do Macaco, einem Ufersee des mittleren Rio Trombetas, Amzonien. Osnabr. Naturw. Mit., n.15,p. 199-214. 1989 60. ________., B. Robetson; HARDY, E. Further taxonomical studies of the Rotifera from Lago Camaleão a central Amazonian varzea lake. Amaz., v.VIII, n.4,p. 555-576, 1984. 61. _________ BOTTGER, K.. Rotatorien aus Gewässern Ecuadors. Amazoniana, v. X,n.4,p. 407-438, 1989 62. _______________________. Rotatorien aus Gewässern Ecuadors. Amazoniana,v.XII, n.2,p 263-303, 1992 63. ________; HARDY, E. R.. Taxonomic studies and new distribution records of rotifera(Phylum Aschelminthes) from Rio Jatapu and Uatumã, Am., Brazil. Amazoniana,v. IX, n.1,p 17-29. 1984 64. ________. ; ROBERTSON, B. Taxonomical studies of Rotifera from Central Amazonian varzea lake _ Lago Camaleão, Rio Solimões, Amazonas, Brasil. Amazoniana,v. VII,n.2, p. 225-254, 1983. 65. ________________________. Taxonomic studies of the rotifera from shallow waters on the Island of Maracá, Roraima, Brazil. Amazoniana, v. XI, n.(2),p. 185-200, 1990. 66. _________.; SHIEL, R. J.. Rotifera from Australian Inland waters. I. Bdelloida(Rotifera: Digononta). Austr. Jour. Mar. Fresw. Res.,n. 37,p 765-92, 1986 67. _________________________. Rotifera from Australian Inland waters. II. Epiphanidae and Brachionidae. Invert. Taxon., n. 7,p 949-1021, 1987 68. _________________________. Rotifera from Australian Inland waters. III. Euchlanidae, Mytilinidae and Trichotriidae. e IV. Colurellidae. Transac. of the Royal Soc. of South Austr., v.113, n.3, p. 85-114,1989a 69. _________________________.. Rotifera from Australian Inland waters. IV.Colurellidae. Transac. of the Royal Soc. of South Austr.,v.113,n.3,p.119-143, 1989b 70. _________________________.Classical taxonomy and modern methodology.