SlideShare uma empresa Scribd logo
Ibraimo Martinho
Biologia 1• ano Tecnica Expresão lingua Portugêsa
Resumo do Texto “A Língua Portuguesa em Moçambique”
No Moçambique independente foi conferido o estatuto de língua oficial ao português, o que
significa que, tal como no período colonial, continua a ser a única língua usada em funções oficiais.
A escolha do português como língua oficial e da unidade nacional era/é previsível, dada a história
do seu uso em Moçambique, o tipo de diversidade linguística prevalecente no país, as premissas
ideológicas relacionadas com o tipo de sociedade concebida para o país, bem como a necessidade
de cooptar as elites na estrutura do poder e nas instituições burocráticas do novo Estado
independente.
De facto, uma vez que as elites eram educadas em português e se comunicavam nas línguas
autóctones exclusivamente em ambientes caseiros ou em domínios não institucionais, elas não
estavam preparadas para conduzirem actividades oficiais nestas línguas.
As primeiras indicações do desenvolvimento de um tal quadro ideológico foram dadas durante a
luta armada anticolonial para a libertação de Moçambique. Esta decisão politicamente estratégica
assinalou a primeira apropriação do português e a consequente expurgação das suas conotações
coloniais, pois esta língua, que era antes vista pelos moçambicanos como língua colonial, estava
agora a servir propósitos anticoloniais. Assim, para compreender a escolha do português em
Moçambique é importante perceber que, ao mesmo tempo que o português era ideologicamente
um instrumento colonial, surgia, no seio do movimento nacionalista, uma ideologia linguíst ica
oposta que conferia à mesma língua um novo significado simbólico.
Texto adaptado de: FIRMINO, Gregório. (2005). A “questão linguística” na África póscolonial:
o caso do Português e das línguas autóctones em Moçambique. Maputo: Texto Editores. pp. 8-9

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a TELP Ibraimo Martinho RESUMO.docx

PCNs 3 e 4 ciclos para blog
PCNs 3 e 4 ciclos para blogPCNs 3 e 4 ciclos para blog
PCNs 3 e 4 ciclos para blog
Thiagogui
 
Pcn 3 e 4 ciclos para blog
Pcn 3 e 4 ciclos para blogPcn 3 e 4 ciclos para blog
Pcn 3 e 4 ciclos para blog
Thiagogui
 
Pcn 3 e 4 ciclos
Pcn 3 e 4 ciclos Pcn 3 e 4 ciclos
Pcn 3 e 4 ciclos
Thiagogui
 
A influência da língua portuguesa nas línguas bantu faladas em Moçambique: o ...
A influência da língua portuguesa nas línguas bantu faladas em Moçambique: o ...A influência da língua portuguesa nas línguas bantu faladas em Moçambique: o ...
A influência da língua portuguesa nas línguas bantu faladas em Moçambique: o ...
Alexandre António Timbane
 
A instituição do português como a única língua de ensino-aprendizagem na Guin...
A instituição do português como a única língua de ensino-aprendizagem na Guin...A instituição do português como a única língua de ensino-aprendizagem na Guin...
A instituição do português como a única língua de ensino-aprendizagem na Guin...
REVISTANJINGAESEPE
 
O ensino de língua estrangeira no Brasil.ppt
O ensino de língua estrangeira no Brasil.pptO ensino de língua estrangeira no Brasil.ppt
O ensino de língua estrangeira no Brasil.ppt
bototucuxi
 
Os caminhos da variação léxico‑semântica no Brasil, em Portugal e em Moçambique
Os caminhos da variação léxico‑semântica no Brasil, em Portugal e em MoçambiqueOs caminhos da variação léxico‑semântica no Brasil, em Portugal e em Moçambique
Os caminhos da variação léxico‑semântica no Brasil, em Portugal e em Moçambique
Alexandre António Timbane
 
Politica linguist
Politica linguistPolitica linguist
Politica linguist
Poliana Lima
 
The communicative aprouch
The communicative aprouchThe communicative aprouch
The communicative aprouch
Isabela Gavioli Porangaba
 
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º anoCurrículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
tecnicossme
 
A mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico finalA mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico final
Adriana Rocha de Jesus
 
Lula e variação letra magna 2009
Lula e variação   letra magna 2009Lula e variação   letra magna 2009
Lula e variação letra magna 2009
UENP
 
Letramentos na educação bilingue para surdos
Letramentos na educação bilingue para surdosLetramentos na educação bilingue para surdos
Letramentos na educação bilingue para surdos
Nilda de Oliveira Campos
 
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
Letras12013
 
Primeira Língua E Constituição Do Sujeito
Primeira Língua E Constituição Do SujeitoPrimeira Língua E Constituição Do Sujeito
Primeira Língua E Constituição Do Sujeito
asustecnologia
 
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
Alexandre António Timbane
 
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
Alexandre António Timbane
 
1 e 2 capítulos
1 e 2 capítulos1 e 2 capítulos
1 e 2 capítulos
Monica Betania Lopes
 
Nota de aula história da língua portuguesa
Nota de aula história da língua portuguesaNota de aula história da língua portuguesa
Nota de aula história da língua portuguesa
Péricles Penuel
 
Português histórico slide
Português histórico slidePortuguês histórico slide
Português histórico slide
Leila Rangel
 

Semelhante a TELP Ibraimo Martinho RESUMO.docx (20)

PCNs 3 e 4 ciclos para blog
PCNs 3 e 4 ciclos para blogPCNs 3 e 4 ciclos para blog
PCNs 3 e 4 ciclos para blog
 
Pcn 3 e 4 ciclos para blog
Pcn 3 e 4 ciclos para blogPcn 3 e 4 ciclos para blog
Pcn 3 e 4 ciclos para blog
 
Pcn 3 e 4 ciclos
Pcn 3 e 4 ciclos Pcn 3 e 4 ciclos
Pcn 3 e 4 ciclos
 
A influência da língua portuguesa nas línguas bantu faladas em Moçambique: o ...
A influência da língua portuguesa nas línguas bantu faladas em Moçambique: o ...A influência da língua portuguesa nas línguas bantu faladas em Moçambique: o ...
A influência da língua portuguesa nas línguas bantu faladas em Moçambique: o ...
 
A instituição do português como a única língua de ensino-aprendizagem na Guin...
A instituição do português como a única língua de ensino-aprendizagem na Guin...A instituição do português como a única língua de ensino-aprendizagem na Guin...
A instituição do português como a única língua de ensino-aprendizagem na Guin...
 
O ensino de língua estrangeira no Brasil.ppt
O ensino de língua estrangeira no Brasil.pptO ensino de língua estrangeira no Brasil.ppt
O ensino de língua estrangeira no Brasil.ppt
 
Os caminhos da variação léxico‑semântica no Brasil, em Portugal e em Moçambique
Os caminhos da variação léxico‑semântica no Brasil, em Portugal e em MoçambiqueOs caminhos da variação léxico‑semântica no Brasil, em Portugal e em Moçambique
Os caminhos da variação léxico‑semântica no Brasil, em Portugal e em Moçambique
 
Politica linguist
Politica linguistPolitica linguist
Politica linguist
 
The communicative aprouch
The communicative aprouchThe communicative aprouch
The communicative aprouch
 
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º anoCurrículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
 
A mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico finalA mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico final
 
Lula e variação letra magna 2009
Lula e variação   letra magna 2009Lula e variação   letra magna 2009
Lula e variação letra magna 2009
 
Letramentos na educação bilingue para surdos
Letramentos na educação bilingue para surdosLetramentos na educação bilingue para surdos
Letramentos na educação bilingue para surdos
 
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
 
Primeira Língua E Constituição Do Sujeito
Primeira Língua E Constituição Do SujeitoPrimeira Língua E Constituição Do Sujeito
Primeira Língua E Constituição Do Sujeito
 
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
 
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
A Justiça moçambicana e as questões de interpretação forense: Um longo caminh...
 
1 e 2 capítulos
1 e 2 capítulos1 e 2 capítulos
1 e 2 capítulos
 
Nota de aula história da língua portuguesa
Nota de aula história da língua portuguesaNota de aula história da língua portuguesa
Nota de aula história da língua portuguesa
 
Português histórico slide
Português histórico slidePortuguês histórico slide
Português histórico slide
 

Último

slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
JoeteCarvalho
 
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdfO Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
silvamelosilva300
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
livrosjovert
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
HisrelBlog
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Professor Belinaso
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
SILVIAREGINANAZARECA
 
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
lveiga112
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
Manuais Formação
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
fernandacosta37763
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
Manuais Formação
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
AmiltonAparecido1
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de cursoDicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Simone399395
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vidakarl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
KleginaldoPaz2
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
TomasSousa7
 

Último (20)

slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
 
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdfO Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
 
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de cursoDicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
Dicas de normas ABNT para trabalho de conclusão de curso
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vidakarl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
 

TELP Ibraimo Martinho RESUMO.docx

  • 1. Ibraimo Martinho Biologia 1• ano Tecnica Expresão lingua Portugêsa Resumo do Texto “A Língua Portuguesa em Moçambique” No Moçambique independente foi conferido o estatuto de língua oficial ao português, o que significa que, tal como no período colonial, continua a ser a única língua usada em funções oficiais. A escolha do português como língua oficial e da unidade nacional era/é previsível, dada a história do seu uso em Moçambique, o tipo de diversidade linguística prevalecente no país, as premissas ideológicas relacionadas com o tipo de sociedade concebida para o país, bem como a necessidade de cooptar as elites na estrutura do poder e nas instituições burocráticas do novo Estado independente. De facto, uma vez que as elites eram educadas em português e se comunicavam nas línguas autóctones exclusivamente em ambientes caseiros ou em domínios não institucionais, elas não estavam preparadas para conduzirem actividades oficiais nestas línguas. As primeiras indicações do desenvolvimento de um tal quadro ideológico foram dadas durante a luta armada anticolonial para a libertação de Moçambique. Esta decisão politicamente estratégica assinalou a primeira apropriação do português e a consequente expurgação das suas conotações coloniais, pois esta língua, que era antes vista pelos moçambicanos como língua colonial, estava agora a servir propósitos anticoloniais. Assim, para compreender a escolha do português em Moçambique é importante perceber que, ao mesmo tempo que o português era ideologicamente um instrumento colonial, surgia, no seio do movimento nacionalista, uma ideologia linguíst ica oposta que conferia à mesma língua um novo significado simbólico. Texto adaptado de: FIRMINO, Gregório. (2005). A “questão linguística” na África póscolonial: o caso do Português e das línguas autóctones em Moçambique. Maputo: Texto Editores. pp. 8-9