SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
Baixar para ler offline
2 CÃO FELIZ MAIO2017
3CÃO FELIZ MAIO2017
biofarm.com.br (16) 3209-3500/
(67) 3045-1717
NEO DISTRIBUIDORA
uma causa que
você acredita
carta ao leitor
				EXPEDIENTE
Capa: Amanda Rodrigues, Gustavo Bonazza, Matheus Vargas; Conteúdo: Brunna Brunes, Gabriel de Melo,
Rubia Maciel; Diagramação: Ana Ellen do Carmo, Izabela Souza, Paulo Cesar Oliveira; Fotografia: Ana
Pellat, Ervelyn Matoso, Iohanna Gonçalves, Millena Andrade; Ilustração: Gustavo Eugênio, Victor Macaulin;
Markentig: Evany Queiroz, Rayanne Sartory, Vanderley Rocha.
Professores: Antonio Fernando de Almeida, Luis Henrique Pereira de Paula, Ovídio da Conceição Batista
Júnior, Tarcio Eduardo Velloso Lescano.
Jornalista responsável: Gabriela Couto.
Colaboradores: Adna Prado Benevides (Coordenadora Técnica - Cozinha); Adriana Freitas Miranda
de Camargo (Agente de Atividades Educacionais); Alexandre de Matos Neves (Supervisor, Manutenção);
Antonia Delmondes de Souza (Merendeira); Cid Nogueira Fidelis (Supervisor); Clarice Lopes Fernandes
Caceres (Secretária); Clocide Marques Correa (Merendeira); Cristina Zucker Maziero (Bibliotecaria); Diego
Garcia Santos (Coordenador Técnico); Edneia Auxiliadora Arruda Barreto Medeiros (Bibliotecaria); Pedro
Augusto Pacheco de Miranda (Coordenador Técnico - Enfermagem); Elias Alonso da Silva (Assistente
Atividades Educacionais); Fernanda Lauriano Nogueira (Recepção e Portaria); Irlandes Alves de Oliveira
(Supervisor de Curso Técnico); Ivete Conceição Queiroz Saravy (Professora Readptada); João Batista Perez
(Assistente Atividades Educacionais); Leandro Zago (Coordenador Técnico - Eletrotécnica); Leonardo Duarte
Antonio (Assistente Atividades Educacionais); Lorena Barros Santos (Coordenadora Técnica - Cozinha); Luiz
Paulo Insaurralde (Supervisor de Curso Técnico); Maria Aparecida Laurindo (Recepção e Portaria); Maria
Masae Shirota (Assistente Atividades Educacionais); Nadia Yuri Mori Basso (Merendeira); Noeli da Rosa
Alves (Agente Atividades Educacionais); Osvaldo da Silva Lopes Júnior (Coordenador Técnico – Eletrotécnia
- Matutino); Renata Pontalti Marcondes (Coordenadora Técnica – RH - Matutino); Roseli Fatima da Silva
(Merendeira); Sandra Regina Ribeiro Coelho de Oliveira (Coordenadora do Profúncionario); Tatiana Cristina
Cayres (Coordenadora Técnica – RH - Noturno); Vanessa Sanchez do Nascimento (Coordenadora Técnica –
Aux.Bucal); Suellen Larissa Silva Parrela (Coordenadora Técnica – Análises e Clinicas); Suzana Roldão de
Souza (Inspetora de Alunos); Valdineia Marcondes Vieira (Coordenadora Pedagógica).
Direção: Chiara Goes Barbosa e Alisson Thiers Nunes dos Santos.
E
sta 1°edição tem por finalidade apresentar a ONG Cão Feliz e a sua fundado-
ra Kelly Macedo em um projeto de conclusão de curso da turma de Técnico
em Comunicação Visual do Cepef (Centro de Educação Profissional Ezequiel
Ferreira Lima).
Juntos buscamos conscientizar e sensibilizar a população. Nos dividimos
em grupos para trazer histórias reais, abordando assuntos relacionados a adoção,
cuidados com cachorros, doenças, curiosidades, entre outros, de modo dinâmico
e atraente a você leitor.
Aprendemos muito com o desafio de criar um material voltado para o ter-
ceirosetor.Eamensagemquequeremospassaréadote!Pegueparasiumacausa
em que você acredita. Ajude o mundo a ser melhor, seja com pequenas atitudes
no seu dia a dia com as pessoas e até com um bichinho abandonado na rua.
Queremos que nasça em você o desejo de dar uma segunda chance a um
desses animais, ou ao menos que tenha compaixão por eles. Que ao ver um cão
na rua não o ignore, e sim reflita. Algo tem que ser feito, pois eles também são
seres vivos como nós, e ainda mais frágeis.
Esses animais, tão carentes, ao perceber qualquer sinal de afeto, re-
tribuem com todo o amor que eles possuem. Você poderá conferir como
eles são gratos e acompanhar o nosso desempenho nas próximas pági-
nas. Que sua leitura transborde sentimentos de lealdade, cumplicidade
e amizade.
5CÃO FELIZ MAIO2017
observadores do mund0
Comunicação visual,
a turma que busca inovar.
kelly macedo
Lealdade e superação.
hulk
Lágrimas de saudade.
cão feliz
Uma homenagem.
trabalhos realizados
Atuando de forma social.
POLIANA PERES
A rotina de uma voluntária.
marcia chaves
Dedicando tempo.
larissa correa
A gratificação de
poder ajudar.
adoção
Uma prática de afeto.
ADOTANTES
Atitude de acolher.
DOENÇAS caninas
Saiba o que é,
e os tratamentos.
você sabia?
Cuidados e
curiosidades caninas
6
7
8
10
11
12
14
15
16
18
20
22
Sumário
Pág. 6 Pág. 8
Pág. 12
Pág. 15
6 CÃO FELIZ MAIO2017
cÃO FELIZUma homenagem
A
Cão Feliz foi fundada por duas mu-
lheres, Kelly Macedo e Maria Ligia,
que buscavam ajudar os animais
e também homenagear uma saudosa
amiga, Sueli Craveiro, quem as tinha in-
fluenciado para começar a fazerem os
resgates.
No dia 18 de janeiro de 2013, em
decorrência de sua saúde frágil após fa-
zer duas cirurgias do coração e depois
de mais uma cirurgia Sueli não conse-
guiu resistir e faleceu. Antes de partir,
Kelly teve que fazer uma promessa a
amiga: “não abandonar seus cães e
construir uma sede onde os animais pu-
dessem ficar livres”.
Foi então que Kelly e alguns ami-
gos cumpriram com a palavra e criaram
a ONG. Começaram com os 11 cães da
própria Sueli que os havia resgatado ao
longo do tempo. Elas alugaram um es-
paço e começaram a construir os canis.
Depois de muita luta e esforço no dia
17 de maio de 2013 a ONG foi oficial-
mente fundada. Em seis meses de 11
animais o número cresceu para 50.
“Aí as pessoas começaram a
descobrir que ali era uma ONG. Come-
çaram a jogar os animais lá na porta,
amarravam na porta sabe? E a gente
não podia deixar”. Quando Kelly perce-
beu que precisariam de um lugar maior
ela conversou com o marido e em con-
junto decidiram investir as economias na
compra de um espaço físico. Uma sede
própria para a ONG.
Com seus R$ 20 mil ela foi em
busca dos amigos que sempre ajuda-
ram com o financiamento da Cão Feliz.
Orçamentos foram feitos e depois de 4
meses ela conseguiu outros R$ 20 mil
com os quais comprou o terreno.
As obras começaram após um
pedreiro amigo cobrar um valor simbó-
lico. Kelly comprou R$ 40 mil em ma-
teriais no seu cartão de crédito e depois
foi ajudada pelos amigos da ONG no
que ainda faltava.
A sede foi construída com espa-
ços separados para machos e fêmeas.
Os que precisam de cuidados especiais
e os recém-chegados que precisam pas-
sar por isolamento para avaliação de
possíveis doenças contagiosas. Espaço
para que eles brinquem e interajam. 
ONG
Foto: Ana Pellat (2017)
7CÃO FELIZ MAIO2017
TRABALHOS
REALIZADOS
Atuando de forma social
A
ONG proporciona diversos serviços
para desagravar a situação dos ani-
mais abandonados. Por meio de li-
gações da população, voluntários fazem
resgate de cães em situação de risco.
Chegando na instituição é feito um diag-
nóstico geral para detectar uma possível
doença e assim começar um tratamento
específico.
Por se tratar de uma instituição
sem fins lucrativos, além de trabalhar
efetivamente no salvamento dos cãezi-
nhos, o maior trabalho dos colaborado-
res é conseguir doações para manter a
entidade. Até mesmo os médicos veteri-
nários que atendem os animais ajudam
eliminando o máximo de despesas e
atuando de forma social.
A Cão Feliz possui um casal de
funcionários que moram em uma casa
anexa ao terreno da ONG e que tra-
balham como caseiros. Eles são pagos
para manter o canil limpo e administrar
a medicação de todos os animais. São
peças fundamentais para que a organi-
zação consiga dar a assistência necessá-
ria a cada novo cão que chega.
Após a recuperação total do ani-
mal é realizado uma nova análise e um
preparo para que o cachorrinho fique
pronto para adoção. Com o animal já
adotado é feito a fiscalização pela pre-
sidente da entidade, Kelly Macedo, na
casa dos adotantes. As visitas servem
para confirmar que o cão está receben-
do os devidos cuidados, e que está se
adaptando no seu novo lar.
A Cão Feliz realiza eventos com
o Bingo e Bazar beneficente, para con-
seguir arrecadar dinheiro e custear os
tratamentos dos animais. A ONG abre
as portas para visitação de pessoas que
querem conhecer o local e os cãezinhos.
A chamada ‘Cãoterapia’ aconte-
ce todos os sábados, das 13h às 15h.
Qualquer pessoa pode entrar em conta-
to com a Kelly pelo celular 9 9268-9882
e participar desse encontro no canil. A
visita é toda monitorada e ajuda na so-
ciabilização dos cães resgatados com
o ser humano. Quem já foi, afirma sair
de lá se sentindo muito melhor, pois os
animais nos passam uma enorme ale-
gria. Há uma grande interação e troca
de energia, em um momento único de
felicidade. 
Foto: Ana Pellat (2017)
8 CÃO FELIZ MAIO2017
eNTREVISTA
9CÃO FELIZ MAIO2017
kelly macedoLEALDADE E SUPERAÇÃO
O
começo da história de Kelly Ma-
cedo com os resgates se confun-
dem com o início da amizade
com Sueli Craveiro.“Eu conheci ela
em 2006. A Sueli, nossa amizade
começou tudo isso. E ela se tornou
uma irmã para mim. Ela era proteto-
ra na casa dela e chegou a ter 25 ani-
mais, fundando a ONG Vira-latas.
De 2006 pra cá, quando meu ma-
rido e eu percebemos já estávamos
envolvido em resgates. Ela envolveu
a gente de um jeito
que nós nem per-
cebemos. Quando
descobrimos já era
tarde!”
Segundo a
presidente da ONG
Cão Feliz, os pedi-
dos de socorro da
amiga não tinham
hora, nem dia. “Ela
ligava para a gente
10 horas da noite,
meia-noite para aju-
dar ela. Às vezes
meu marido não
podia, porque ti-
nha que trabalhar
cedo. Eu também
trabalhava, mas aí
meu marido falava:
‘Amor vai você’. Eu pegava o carro
e ia embora atrás dela. Chegamos
a resgatar cachorros altas horas da
noite.”
As missões com Sueli foram
ficando difíceis, revelou Kelly. “Eu
comecei a perceber que estava fican-
do perigoso, porque um belo dia ela
me chamou para resgatar um animal
e fomos no Dom Antonio Barbosa,
perto do Parque do Sol e do Lage-
ado. E ali de madrugada é um peri-
go. Quando nós chegamos perto do
cachorro, nós vimos que ele estava
bem na calçada, mas tinha uma ma-
loquinha na frente e já estavam vindo
de encontro com a gente. Eu falava
para ela: ‘Volta, volta, volta!’. E ela:
‘Não o cachorro está ali!’. E o cara
com uma arma apontada para a gen-
te. Nós conseguimos escapar”.
Depois de quase caírem em
uma emboscada, Kelly pensou em
desistir. “Naquele dia então eu falei
pra ela: ‘Você nunca mais me chama
e nem você vai fazer resgate de ma-
drugada. O cachorrinho que estiver
na rua de madrugada vai esperar até
amanhã, que é outro dia pra gente
resgatar, porque não podemos tam-
bém colocar nossa vida em risco’. E
ela aceitou, porque o filho dela tam-
bém era bem rígido com ela sobre
isso”.
Em 2013, Sueli faleceu e a
ideia de criar algo com o nome dela
surgiu. Ela sempre falava para Kelly:
‘Minha amiga, o meu sonho é ter
um espaço grande, que os meus
bichinhos vivam soltos’. Depois que
mudaram para a sede com aquilo na
cabeça, Kelly tentou de várias manei-
ras que o sonho da amiga se reali-
zasse. “No começo foi difícil, porque
chegavam aqueles animais agressivos
que não se adaptavam com os ou-
tros. Daí a gente começou a usar a
tática do castigo”.
Como crianças, a medida foi
o meio encontrado para disciplinar
e educar os animais. “Eles brigavam
e a gente pegava eles, e falávamos:
‘Você vai ficar de
castigo porque bri-
gou’. Colocávamos
no canil e eles fica-
vam lá quarenta mi-
nutinhos. Soltávamos
e aí quando eles iam
brigar olhavam pra
mim como se dis-
sesse: ‘se eu brigar
vou ficar preso?!’. Eu
ficava morrendo de
dó, mas eu tinha que
fazer isso. Daí eles
foram se adaptando.
Para se ter uma ideia
eu já tive Pit Bull solto
no convívio com os
outros tranquilamente
com esse método”.
No começo
2016 Kelly passou por alguns pro-
blemas de saúde e dificuldades para
terminar algumas obras na sede da
ONG, porém ela não se abalou “Eu
dizia: ‘Vai dar, vai dar! Deus vai me
ajudar!’ No final de 2016 me ajoelhei
no chão e pedi pra Deus: ‘Me dá for-
ças e saúde pra terminar de construir
isso aqui!’ E cada dia é uma coisa
sabe?! Que você tem que se virar
nos trinta para dar tudo certo e não
deixar faltar nada”. 
10 CÃO FELIZ MAIO2017
HULKLágrimas de Saudade
O
s dias da presidente da ONG Cão
Feliz,KellyMacedo, não são mais
os mesmos. Apesar de ter resga-
tado centenas de animais nos últi-
mos anos e ter amor incondicional
por cada um deles, há aqueles que
deixam marcas. Um desses se cha-
ma Hulk. Um belo rottweiler com 55
kg, que assustava qualquer um que
chegasse na porta do canil pela sua
imponência, diante dos demais. Ele
mais parecia um urso, mas para a pe-
quena Kelly era um ‘bebêzão’.
Era visível na troca de olhar
deles. Na conversa diária entre eles.
Tagarela, Kelly conversava ao ponto
do cão parecer gostar de ouvir.
Sim, era uma relação indescri-
tível. Mas Hulk não sabia falar, como
todos os cachorros não sabem. Ele
tinha uma doença indiagnosticável.
Foram meses levando ele em
vários veterinários para tentar deci-
frar o que se passava em suas patas.
Por que elas inchavam tanto? Em
cada nova bateria de exames, lá ia
Kelly conversar no ouvido do filho
para acalmá-lo. Era o único jeito de
conseguir tocar no cachorrão.
O amor entre eles ficou tão
forte, que Hulk virou possessivo.
Ninguém mais podia chegar perto
de sua dona. Ele a queria só para si.
Mas ela tinha paciência e entendia a
carência do canino.
A única coisa que ela não
entende até hoje é por que seu rot-
tweiler partiu sem se despedir?! Em
um dia, igual outro qualquer, sem
avisar, Hulk não deu sinais de que se-
ria seu último para Kelly. Depois de
cumprir os compromissos na entida-
de e chegar em casa, Kelly recebeu o
telefonema da funcionária da ONG:
“Hulk teve uma parada cardíaca e
não resistiu”. De forma fulminante,
ele partiu e deixou lágrimas. 
Hulk marcou a história da or-
ganizaçãoporumasériedesituações
inusitadas. A única coisa comum, foi
sua chegada até a entidade. Vítima
de maus-tratos, o gigante chegou li-
teralmente acabado. Com apenas 17
kg, doente, sem pêlos, com lesões na
pele e no corredor da morte. Após
passar por dois donos, o cachorro
que foi vítima da maldade humana,
levando inclusive choque elétrico, era
mais um desamparado dentre tantos
que ganharam uma segunda chance
no canil.
Muito medroso, aos poucos
Hulk foi ganhando a confiança dos
bons frequentadores da Cão Feliz.
Em especial da ‘mãe de todos’. Com
muito carinho, amor, cuidados e me-
dicação adequada, o animal esquelé-
tico se tornou um bichão.
Ele teve dias incríveis dentro
da ONG. Cada vez que via Kelly, era
sinônimo de uma das palavras mais
mágicas que um cachorro pode ou-
vir: “passear”.Masatéhojeninguém
sabe quem passeava com quem nes-
sa história.
Foi assim que ambos constru-
íram uma forte relação de lealdade.
E como dizem que o rottweiler es-
colhe o seu dono, após duas tristes
experiências, Hulk tinha finalmente
encontrado Kelly.
ONG
Foto: Iohanna Gonçalves (2017)
POLIANA PERESa rotina de uma voluntária
Pra você que está pensando: ‘Gostei! Como posso ajudar também?
É muito simples, o que você realmente precisa é ser prestativo, ter iniciativa e disposição.
Com essas três qualidades você já está a meio caminho de se tornar um(a) voluntario(a)!
O que vai precisar fazer então?
Entrar em contato com a Presidente da ONG, a Kelly Macedo.
Você pode ajudar visitando a ONG para dar banho nos doguinhos. Ou ajudar nos resgates,
levar nas clínicas, fazer doações de comida, dinheiro ou materiais de higiene, e, até mesmo
com uma simples visita nos dias de Cãoterapia, aos sábados à tarde.
P
oliana Peres é uma
das voluntárias que
ajuda a Cão Feliz.
Ela relata um pouco
do que vivenciou na
ONG até hoje.
Acompanhe:
Qual foi a sua moti-
vação para fazer tra-
balho voluntário com
a ONG?
Sempre gostei mui-
to de animais e uma
amiga me convidou
para ir conhecer a
ONG.
Fiquei encantada com
o trabalho e comecei
a ir todos os finais de
semana para levar do-
ações e brincar com
os cachorros. Acompanhei de
perto as dificuldades para man-
ter o local funcionando e isso
me motivou a ajudar.
Alguma história te marcou?
Sim. Havia uma cadela chama-
da Nina, que foi resgatada mui-
to magra e depressiva. Parecia
que tinha acabado de perder os
filhotes.Ela conseguiu passar
pela grade e nunca mais foi en-
contrada.
Quais as condições que os
animais chegam?
Quase sempre muito magro e
com marcas de agressão, com
pulgas e carrapatos.
Como eles são tratados?
São tratados com muito amor.
Recebem comida e água a von-
tade, remédios e caminhas para
dormir. Aos sábados ganham
carinho dos visitantes.
Qual a media de
tempo que leva a re-
cuperação desses ani-
mais?
Depende do caso.
Quando chegam são
examinados e se não
apresentarem nenhu-
ma doença logo vão
para adoção. Mas
existem os casos mais
graves, como as víti-
mas de atropelamen-
tos, que podem levar
meses para se recupe-
rarem.
E a rotina dos cola-
boradores?
Os funcionários são
responsáveis pela
limpeza do local,
alimentação e medicação dos
cachorros.
Vocês ajudam nos resgates?
Sim, principalmente no trans-
porte dos animais, sempre com
a solicitação ou autorização da
presidente. 
12 CÃO FELIZ MAIO2017
marcia chavesDedicando tempo
U
ma das importantes parceiras
da ONG Cão Feliz é a bióloga
e médica veterinária, Marcia
Chaves Teixeira. O trabalho vo-
luntário com animais resgatados
surgiu na vida dela desde que
ela era criança. “Eu pegava da
rua e levava para casa para cui-
dar. Sempre quis ser veterinária,
acabei fazendo biologia antes e
assim quando entrei na faculda-
de eu graças a Deus encontrei
algumas, poucas, pessoas que
gostavam de animais também
e que tinham esse mesmo olhar
que eu tenho de querer cuidar,
de resgatar, desses que são os
que mais precisam”, lembra.
Uma das melhores amigas
dela é a outra parceira da entida-
de, a veterinária Larissa Correa
Hermeto, que também tem sua
história contada nesta revista.
“Desde a faculdade que a gente
se conheceu, que cuidamos, res-
gatamos, tratamos, castramos
e doamos”, revelou. Segundo
Márcia, houve uma tentativa de
aproximação de vários grupos
de protetores. “Mas acabava
que em nenhum eu me identifi-
cava com as pessoas e com o jei-
to que as pessoas trabalhavam”.
Ela conheceu a presidente
da Cão Feliz, Kelly Macedo, por
meio da amiga Sueli Craveiro.
“Eu e a Larissa ajudávamos des-
de quando éramos acadêmicas.
Nós sempre estivemos perto
dela, onde quer que ela estives-
se.
Então quando ela ficou do-
ente, e passou a presidência da
ONG Vira latas para Kelly, ela
pediu que a gente continuasse
ajudando a Kelly”. A partir des-
te momento, a ligação entre as
duas nunca mais acabou. “Eu
continuei com a Kelly o tempo
todo. E quando ela saiu da Vira
latas e montou a Cão Feliz eu sai
junto com ela e desde então foi
onde eu fiquei, porque eu acre-
dito que a forma que a Kelly vê a
questão da proteção animal é a
forma com maior possibilidade
de se fazer diferença e a gente
se dá muito bem. Então a gente
consegue trabalhar de um jeito
legal e fazer a diferença na vida
de alguns bichinhos”. 
eNTREVISTA
Foto: arquivo pessoal (2017)
(67) 99912-6042
Ana Paula Biondo
(CRP 14/5905-3)
(67) 99234-8786
Renata Pontalti
(CRP 14/02334-2)
Rua Pe. João Crippa n°2539, Centro-
Campo Grande MS
13CÃO FELIZ MAIO2017
Marcia é a veterinária
responsável por boa parte dos
110 cães que estão na ONG hoje.
Ela é o braço direito e esquerdo
da Kelly. “Teoricamente eu sou a
pessoa que avalia os animais, faz
as avaliações clínicas, prescreve
medicação, coleta o sangue
para fazer os exames, monta os
protocolos de tratamento. O que
eu não consigo fazer: é avaliar
todo mundo, porque eu acabo
conseguindo dispor de um
período em um dia da semana
para ir na sede da ONG”.
Uma pequena parte dos
animais fica a cargo de outras
veterinárias de clínicas parceiras
da entidade. Segundo Márcia,
o ideal seria reduzir o número
de animais no canil.“Nós
temos uma meta de diminuir
a quantidade de cães, mas não
dá porque sempre tem resgates
e são sempre histórias difíceis e
que a gente fica comovida. Não
tem como não ajudar”
Ela não consegue falar de
uma única história que a marcou.
“Tiveram várias, como a do Hulk
que a gente comemorava a cada
dia a melhora. Teve o Juninho
que quando eu estava saindo de
viagemdaquieuacheinumposto
de gasolina. Ele era um pinscher
que não tinha mandíbula, então
nós tivemos todo um cuidado
especial pra ele comer e depois
ele ficou super bem”.
Outro caso relembrado
por ela é de Richard, também
encontrado no caminho para
o abrigo ”Eu achei que ele não
fosse sobreviver nem uma noite,
mas ele viveu uns 15 dias bem,
melhorou, voltou a comer.
Porém, infelizmente às vezes
a gente resgata esses animais
numa situação tão ruim que a
gente não consegue fazer que
eles se recuperem totalmente”.
A grande lição que Marcia
aprendeu com os animais nesse
período é poder dar o bem estar
que eles merecem. “A gente não
consegue salvar todo mundo.
Às vezes a missão da gente na
vida daquele bichinho é levar ele
para um lugar confortável, com
carinho com abrigo, comida,
para que ele passe o último dia
da vida dele. Eu aprendi que
tenho que aceitar isso: essa
limitação. Porque eu não vou
conseguir salvar e recuperar
todo mundo. Um tempo atrás,
eu ficava arrasada, queria
desistir. Mas hoje, eu já entendo
um pouco melhor as coisas. Às
vezes o meu papel na vida deles
vai ser só esse: dar um pouco
de conforto naquele último
momento. E hoje eu me sinto
muito feliz por isso, por ter essa
oportunidade”. 
fUNÇÃO NA ONG
14 CÃO FELIZ MAIO2017
larissa correaa gratificação em poder ajudar
M
édica Veterinária e Mestre
pela UFMS, Doutora em Ci-
rurgia Veterinária/UNESP,
Pós Doutorado em Ciências Ve-
terinárias- UFMS. Meu conta-
to com a ONG iniciou quando
conheci a Sueli Craveira. Ainda
era acadêmica de medicina ve-
terinária, e a ajudava com alguns
animais resgatados.
Mantive contato com ela,
ajudando em cirurgias e trata-
mentos de alguns que tiveram a
sorte de cruzar o caminho dela.
Através da Sueli conheci a Kelly
Macedo, que acabou sendo a
pessoa que ficou aqui dando
continuidade ao trabalho dela
após sua partida.
Meu auxílio na ONG é com
os animais que necessitam de
cirurgia. É muito gratificante
poder ajudar animais que estão
em sofrimento, e poder fazer
algo para aliviar esta dor.
Foram tantos casos lindos
que já vi... Uma das histórias
que mais me emocionou foi a da
Pituca. Uma cadelinha tão pe-
quenina, de aproximadamente
5 meses, que havia sido atrope-
lada há dias e estava na rua so-
frendo e a Kelly a resgatou.
Estava com múltiplas fra-
turas e infelizmente devido ao
tempo que havia passado, foi
necessário amputar uma de
suas patas para salvar sua vida.
No dia que eu a operei, fui leva
-la de volta para ONG, mas me
apaixonei pelo olhar dela e não
consegui concluir o caminho.
Mas eu não poderia adotá
-la, pois já tenho alguns animais
em casa. Então, consegui que
uma querida amiga a adotasse.
Até hoje a vejo, e ela está linda,
feliz e muito amada por uma fa-
mília maravilhosa.
Tenho três animais ado-
tados, e outros que já se foram
também. Sempre terá um foci-
nho carente em busca de um lar
cheio de amor.
ENTREVISTA
Foto: arquivo pessoal (2017)
15CÃO FELIZ MAIO2017
adoçãoUma prática de afeto
Foto: Iohanna Gonçalves (2017)Foto: Ana Pellat (2017)
C
ada cachorro tem uma perso-
nalidade. Alguns são arteiros,
brincalhões, elétricos, há aque-
les que são mais quietos, sensíveis e
sentimentais. Outros que só pensam
em dormir. Tem de todos os tipos,
um para cada gosto. Isto faz com
que haja diversas rotinas e cuidados
específicos para atender estes bichi-
nhos.
É importante, ao adotar que
seja bem planejado. Procure infor-
mações sobre cada tipo de cachor-
ro que melhor vai se adequar a sua
família e sua vida. Essa escolha tem
que ser consciente, pois é uma res-
ponsabilidade que vai durar por
toda a vida do cãozinho e ele vai ser
sempre uma criança que precisará de
cuidados e carinho.
Eles precisam de banho, cui-
dados veterinários, passear, brincar,
uma alimentação saudável e que
você tenha muita paciência. Eles
vão demorar um pouquinho para se
acostumar com a nova casa, com
suas regras e com a rotina da família.
Pode parecer que ele é desobediente,
até ‘atentado’, mas ele é como um
pequeno testando seus limites. Pro-
cure algumas dicas para conseguir
controlar e educar seu amiguinho.
Na internet existem várias re-
comendações que funcionam. Por
isso teste o que mais se adequa ao
seu doguinho ou então busque ajuda
profissional. Seu amiguinho pode ter
sofrido maus-tratos e ter ficado trau-
matizados, então não grite, ou bata
nele, porque isso não vai adiantar.
Ele vai precisar de atenção e com-
preensão.
Por ser uma experiência que
muda vidas, tanto a sua quanto
a do seu cãozinho, ela vai trazer
muita felicidade, amor, afeto e
responsabilidade para o adotante.
Isto sensibilizará e trará um olhar
humanizado para as questões do
dia a dia. Seu pet sentirá o afeto e
amor que seu humano pode dar e
retribuir. Se permita experimentar
todo o sentimento desta relação
que estes animais lhe proporcio-
nam.
Adoção não é brincadeira!
Uma vida vai estar dependendo
de você. O cachorro não é um
objeto que quando você se can-
sa decide jogar fora. Ele é um ser
vivo com sentimentos e que sofre
assim como nós. Devemos ser res-
ponsáveis e comprometidos com
a escolha que tomamos. Então a
mensagem que fica é: ajudar um
pet é ótimo, porém que não seja
por impulso. Pense sempre no fu-
turo e vise as mudanças que po-
dem ocorrer na sua vida e na dele.

16 CÃO FELIZ MAIO2017
RELATOS
adotantesATITUDE DE ACOLHER
Natane
oliveira
Sou apaixonada por cachorros
e vendo fotos publicadas por
uma das voluntárias da ONG
dizendo que havia cães para adoção.
Me sensibilizei, pois nas imagens pa-
reciam estar tristes querendo um lar.
Lendo a história de uma das
colaboradoras, vi a de um dos cãe-
zinhos que foi tirado de uma mulher
que não o cuidava. Ela deixava ele
com fome e na rua. Várias vezes
quase foi atropelado. Era mais um
caso de vítima de maus-tratos, co-
mum para os voluntários da Cão
Feliz.
Me apaixonei pelo Bob ime-
diatamente e comecei a tratar da
adoção. O cachorrinho estava cheio
de carrapatos, com infecções por
fungos e possibilidade de cinomose.
Eles me passaram toda a medicação
e acompanharam os cuidados ne-
cessários. A nossa relação de amor
foi aumentando a cada gesto de cari-
nho e proteção que passava para ele.
Decidi adotar mais um, o Pi-
poca, que achei na rua. Desde então,
eles mudaram minha vida. Fazem
com que eu tenha mais responsabi-
lidade no meu dia a dia, tanto com
eles na hora da alimentação, dos
tratos, banhos e brincadeiras, como
comigo mesma.
Em casa mudou totalmente a
rotina, não vejo a hora de chegar em
casa depois de um dia longo e es-
cutar aquelas patinhas correndo para
me ver. Depois ficam grudados em
mim. Me esperam até na porta do
banheiro enquanto tomo banho.
Certa vez um deles acabou
comendo uma abelha. Tadinho!!! Fi-
cou com o focinho todo inchado de
alergia, oi hilário.
São essas pequenas coisas que
fazem meu dia valer muito à pena. É
uma recompensa ver a alegria deles.
Infelizmente não tenho condições de
adotar mais nenhum, pois o meu de-
sejo seria adotar muito mais.
Não entendo como tem pessoas que
conseguem abandonar esses cãezi-
nhos!
Mas ainda bem que temos a
Cão Feliz, que resgata e trata deles
para que possam ganhar um novo
lar com pessoas que os amarão, por-
que é um amor muito grande, sem
explicação! 
Foto: arquivo pessoal (2017)
17CÃO FELIZ MAIO2017
Yves DROSGHIC
Q
uando descobri a Cão Feliz atra-
vés da Gabriela, uma das volun-
tárias,decidiadotarumcachorro.
Não queria mais comprar, pois já tive
dois cães de raças, fortes, que mor-
reram apesar de todos os cuidados.
E com tantos cãezinhos precisando
de cuidados, esperando para serem
adotados, eu não podia simplesmen-
te pagar para ter outro em casa. Por
isso acabei acolhendo um vira-lata,
no qual dei o nome de Kiko. Ele
fazia parte de uma ninhada de sete
filhotes que foram abandonados em
uma caixa e resgatados pela ONG.
Meu Kiko é muito brincalhão, mui-
to esperto, carismático e se dá bem
com todo mundo. Teve uma vez que
levei o Kiko na inauguração de um
pet shop que ele foi a atração da fes-
ta. Lambeu todo mundo e brincou.
As pessoas vinham até ele para fa-
zer carinho.
E desde então tem sido uma alegria
para nós aqui em casa, porque mu-
dou o ambiente, além de me dar
mais responsabilidade. Tenho que
acordar cedo, dar comida, leva-lo
ao pet shop para tomar vacina, dar
banho, entre outras coisas. Eu que
nunca tive responsabilidade. Me
transformei com a chegada dele. É
como se fosse um filho!
Está mudando minha vida. Até o
ambiente familiar, Kiko ajudou a
melhorar. Ele sempre está alegre.
Quando eu chego em casa chora e
late querendo minha companhia. Só
isso já alegra meu dia. Gostaria que
mais pessoas tivessem a atitude de
acolher um cãozinho para cuidar, as-
sim como faz a Cão Feliz, que trans-
forma a situação dos animais tirados
das ruas. 
Foto: arquivo pessoal (2017)
18 CÃO FELIZ MAIO2017
doenças caninasSaiba o que é, e os tratamentos.
Doença do Carrapato
H
á dois tipos de doença do carrapato:
a erliquiose e a babesiose. Ambas
são transmitidas pelo carrapato,
parasita que se alimenta do sangue do
cachorro. É uma das doenças que mais
assustam os donos dos animais, pois
não existe vacina contra ela, é silenciosa
e apesar de existir tratamento e cura, ela
pode levar o pet a morte.
A erliquiose é uma doença
infecciosa severa que acomete os
cães, causada por bactérias do gênero
Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia
canis. Raramente atinge gatos ou seres
humanos, embora não seja impossível.
É uma doença mais comum
durante o verão, já que os carrapatos
precisam de calor e umidade para se
reproduzir. É comum confundir os
sintomasdadoençadocarrapatocomos
sintomasdaCinomose,porissoésempre
importante consultar um veterinário
assim que seu cachorro se mostrar
apático, triste, prostrado e diferente do
normal. É fundamental ainda o controle
do ambiente, eliminando todos os ovos
e evitando uma infestação na casa.
Já a Babesiose é causada pelo
Cinomose
A
cinomose é uma doença viral
que ataca o sistema nervoso cen-
tral de cachorros não vacinados.
Os sintomas iniciais passam desaper-
cebido pelos donos. Começam com
secreções nasais amareladas, dificul-
dade de respirar e até pneumonias.
Não há um antibiótico que mate o
vírus. É possível apenas ser tratado e
controlado os sintomas. Infelizmente,
grande parte dos cães não suportam
as consequências da doença e aca-
bam morrendo. Em Campo Grande
há um surto de cinomose, por isso a
recomendação de manter a carteira
de imunização do seu pet em dia. O
vírus fica no ar e pode ser transmi-
tido de um cachorro para o outro,
através de objetos infectados e até
com o contato das fezes. Os trata-
mentos disponíveis visam o controle
dos sintomas e o combate às infec-
ções secundárias, para que o animal
possa ter uma qualidade de vida. Os
cães que sobrevivem à doença ficam
com sequelas para sempre.
OBS: Recomenda-se que ca-
chorros mais jovens não sejam leva-
dos a passear na rua até que tomem
a respectiva vacinação.
INFORMAÇÃO
Como tirar um carrapato do meu
cachorro?
Procure não tirá-lo com a
mão. Isso pode fazer com que ain-
da alguma parte de um parasita fi-
que no corpo do animal, podendo
causar infecções. O ideal é aplicar
algumas gotas de vaselina ou de pa-
rafina ao redor do carrapato, esfregar
com cuidado até amaciar a pele e
depois tentar retirá-lo com cuidado.
Depois da retirada, o carra-
pato deve ser colocado em um re-
cipiente com álcool, para matar
junto com seus ovos. Existem no
mercado pinças desenvolvidas para
protozoário Babesia canis, que infecta e
destrói os glóbulos vermelhos (diferente
da Erliquiose, que é causada por
uma bactéria que destrói os glóbulos
brancos). O diagnóstico da doença só é
possível por exame de sangue, por isso
quanto mais cedo levá-lo ao médico
veterinário,
maior a chance de cura no combate a
anemia causada pelo parasita.
a retirada de carrapatos que podem
ser encontradas em lojas especia-
lizadas de pets. Não se esqueça de
lavar bem as mãos após manipu-
lar o seu animalzinho infectado.
Se seu cachorro, mesmo de-
pois de tratado, continuar sempre
voltando a ficar infestado de carra-
patos utilize remédios para carrapa-
to com a frequência recomendada.
Hoje em dia há comprimidos orais
que previnem o aparecimento de
parasitas por meses, além de pipe-
tas com óleos que repelem o apa-
recimento de carrapatos e pulgas.
Cuidados com Pulga
e Carrapatos
Óleos específicos é uma ótima
dica, geralmente é usado nos dor-
sos dos animais a cada 30 dias.
Deixe seu animal sempre higie-
nizado. Medicamentos pulveriza-
dores também são convenientes.
Sempre com a indicação de um
profissional.
19CÃO FELIZ MAIO2017
Raiva Canina
A
s características dessa doenças começa pelas mudanças de comporta-
mento do animal: agressividades, depressão, o animal começa a ter forte
fobia (que é o medo de ficar carente), salivação excessiva. Nos casos
mais graves os animais querem ficar mordendo tanto pessoas, como outros
animais.
A raiva é transmitida por vírus de outros animais através de mordidas,
ou abertura de machucados na pele do cão. O cão logo depois de infectado
tem de 7 a 10 dias para falecer. As feridas causadas devem ser limpas com
água e sabão antes de qualquer outra medida. A vacinação contra a raiva ca-
nina deve ser feita a partir do quarto mês de vida do filhote, e quando já está
com a raiva. O tratamento pode não ser tão eficaz. Há muitos casos em que
a doença é fatal. Atenção: deve ser sempre o veterinário a fazer o diagnóstico
e então recomendar o tratamento mais adequando.
Leishmaniose
É
uma doença infecciosa, causada por um parasita transmitido por um
mosquito, que pode se manifestar na pele ou comprometer diversos ór-
gãos do corpo. Há dois tipos mais comuns desta doença, o primeiro que
é tegumentar afeta a pele e as mucosas, podendo causar lesões sérias. Outra
mais grave é a forma visceral que afetam órgãos internos, causando sérios
sintomas como: aumento do fígado e baço, febre, tosse, diarréia e ema-
grecimento. O tratamento é através de remédios específicos orientado pelo
médico veterinário. A prevenção é a vacina com um profissional ou a coleira
Sacalibor, que repelem os mosquitos e reduz a chance da contração.
20 CÃO FELIZ MAIO2017
CURIOSIDADES
você sabia?cuidados e curiosidades caninas
Atenção: Seu bichinho precisa de muito carinho, estimulá-los com brinquedos, passeios e
atividades. Assim eles ficarão sempre felizes e saudáveis.
Higiene:O cachorro precisa tomar banho de 15 em 15 dias, com produtos específicos para
eles. Ficar atento em relação a pulgas e carrapatos. Manter limpo o local em que o cão dorme
e também onde faz suas necessidades.
Castração:deixa o cão mais dócil, além de evitar superpopulação e algumas doenças.
Vacinação:É importante que as vacinas sempre estejam em dia, para que os cãezinhos fiquem
imunes à doenças graves.
Cuidados veterinários:Assim como as pessoas, é necessário visitas anuais para realização de
exames. Verificar se seu animal está saudável e prevenir futuras doenças.
A
ssimcomonós,oscãestambémprecisamdecuidados.Nãoapenasraçãodequalidadeeáguafresca.
Então antes de adotá-los é importante ter consciêcia das reponsabilidades com eles. Os principais
cuidados são:
Os cãezinhos de estimação são ótimas companhias, ainda mais se tratados com amor e carinho. Cuide
bem deles e fique atento ao comportamento, qualquer mudança consultar um veterinário.
Informação
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil possui mais de
30 milhões de animais abandonados.
É uma triste realidade em vários países, são várias as cidades que possuem
abrigos superlotados, incapazes de receber ou cuidar de mais vidas.
Dicas de Banho Pet
A partir dos 2 meses de idade, em casa de preferência,
espere o clima agradável, ensolarado, use apenas shampoos e
condicionadores próprios. Proteja os ouvidos do animal durante a
lavagem. O secador de cabelos pode ser usado, mas cuidado com
a temperatura, não muito quente.
AnimaisdePelo Curto acada15 dias no verão, e 30 diasno
inverno. Pelo Longo a cada 7 dias no verão, e 15 dias no inverno.
21CÃO FELIZ MAIO2017
Ótimos Motivos para
Adotar um Cachorro
-Você terá a “cãopania” em todos os
momentos de sua vida, sejam tristes
ou felizes.
-A energia transmitida pelos animais
irão te fazer rejuvenescer.
- O ato de adotar te fará ser uma
pessoa bem melhor, e em troca
receberá o maior amor do mundo.
- É preciso muita paciência
pra aguentar as bagunças do
animalzinho, mas o exercício vale a
pena e praticará o desapego material
ao encontrar suas coisas destruídas.
-Vai ter as melhores sonecas do
mundo agarradinho com seu cão.
-Estará sempre protegido, pois
seu cachorro nunca exitará em te
proteger.
-Se você leva uma vida sedentária,
seus problemas acabaram. Terá que
levar seu pet para passear e esse
hábito se tornará mais saudável, e
ainda conseguirá umas paqueras por
causa da fofura do animalzinho.
-Se você é vaidoso vai ganhar muitas
curtidas nas redes sociais com as
selfies com seu cão, eles sempre
trazem likes.
Castração Mitos e Verdades
Consiste na retirada dos
órgãos reprodutores. Nas fêmeas os
ovários e o útero. Nos machos os
dois testículos.
Ao ser castrado há uma
desregulação dos hormônios,
basta manterem o hábito da
alimentaçãosaudáveleexercícios
regulares.
Os animais perdem o interesse
em outros quando no período
fértil, então deixam de ser
curiosos e não saem de casa à
procura de novidades.
Junto com um veterinário
devem ser feitos os exames
pré-operatórios, que geralmente
são o eletro grama e o hemograma
completo.
Deve haver Cuidados antes da
Operação? Verdade.
Os animais castrados possuem
menos chance de fugir do lar?
Verdade.
O animal castrado engorda? Mito.
Para maiores informações, consulte seu veterinário.
E leve seu bichinho sempre ao médico mensalmente
22 CÃO FELIZ MAIO2017
Observadores do mundO
Comunicação Visual, a turma que busca inovar
E
m março de 2016, começou
uma nova turma de técnico em
Comunicação Visual, no CEPEF.
Pessoas completamente diferentes,
diversos estilos e pensamentos
em uma só sala. Quem via de
longe já imaginava que eramos
completamente doidos. Sim, somos
doidos, loucos, mas pelo que
fazemos, pela nossa escolha. Um
curso com uma grade curricular de
areas abrangentes. Aproveitamos
cada aula, vivemos história da arte,
desenho, fotografias, anúncios,
layout, produção gráfica, marketing,
empreendedorismo. Mergulhamos
em um universo pouco conhecido
em Campo Grande. Fomos
aprender o que quase ninguem sabe,
olhar o que já existe de uma nova
forma. Com tanta diversidade de
pensamentos, o que então nos une,
o que nos torna um grupo? A paixão
pela nossa profissão, de realizar um
trabalho e fazer um cliente feliz e
satisfeito. Todos nós utililizamos
da criatividade para exercer nossos
JOB’s. Vivemos sempre na correria,
pois não gostamos de coisas
iguais, sempre buscamos inovar.
Somos observadores do mundo,
percebemos cada detalhe. Sabemos
nomes de fontes, qual cor contrasta
melhor com outra cor, alinhar,
solucionar problemas, sabemos criar.
Uma turma intensa e produtiva, com
mentes e corações criativos, visões
inovadoras e um lado artístico, assim
nós somos.
CAPA
Matheus Vargas
Amanda Rodrigues
Gustavo Bonazza
CONTEÚDO
Gabriel de Melo
Rubia Maciel
Brunna Brunes
DIAGRAMAÇÃO
Izabela Souza
Ana Ellen do Carmo
Paulo Cesar Oliveira
FOTOGRAFIA
Ervelyn Matoso
Millena Andrade
Ana Pellat
Iohanna Gonçalves
ILUSTRAÇÃO
Gustavo Eugênio
Victor Macaulin
Marketing
Vanderley Rocha
Rayanne Sartori
Evany Queiroz
REALIZADORES
23CÃO FELIZ MAIO2017
Revista Cão Feliz On-line

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Voluntários do Bem - Resumo 2013
Voluntários do Bem - Resumo 2013Voluntários do Bem - Resumo 2013
Voluntários do Bem - Resumo 2013VoluntariosdoBem
 
BRINCANDO E EDUCANDO: A contribuição de histórias infantis como forma de educ...
BRINCANDO E EDUCANDO: A contribuição de histórias infantis como forma de educ...BRINCANDO E EDUCANDO: A contribuição de histórias infantis como forma de educ...
BRINCANDO E EDUCANDO: A contribuição de histórias infantis como forma de educ...Jeanine Brondani
 
ESS- " Bem-estar animal"
ESS- " Bem-estar animal"ESS- " Bem-estar animal"
ESS- " Bem-estar animal"Ilda Bicacro
 
Descritivo
DescritivoDescritivo
Descritivoadotemme
 
Corrente do Bem Maçonaria
Corrente do Bem MaçonariaCorrente do Bem Maçonaria
Corrente do Bem MaçonariaVai Totó
 
Dias das crianças aje
Dias das crianças ajeDias das crianças aje
Dias das crianças ajeRayane Santos
 
Hospital do cancer
Hospital do cancerHospital do cancer
Hospital do cancerEdi1000lson
 
Relatório maio - Quem se Importa
Relatório maio - Quem se ImportaRelatório maio - Quem se Importa
Relatório maio - Quem se ImportaGeneTatuapé
 
Apoio domicilário - Apresentação proj. solidario zeca
Apoio domicilário - Apresentação proj. solidario zecaApoio domicilário - Apresentação proj. solidario zeca
Apoio domicilário - Apresentação proj. solidario zecacf785
 
ESS - "Bem-estar Animal"
ESS - "Bem-estar Animal"ESS - "Bem-estar Animal"
ESS - "Bem-estar Animal"Ilda Bicacro
 
2014 informativo ong ejc 006 (jul 2014)
2014 informativo ong ejc 006 (jul 2014)2014 informativo ong ejc 006 (jul 2014)
2014 informativo ong ejc 006 (jul 2014)ongejc
 

Mais procurados (19)

Voluntários do Bem - Resumo 2013
Voluntários do Bem - Resumo 2013Voluntários do Bem - Resumo 2013
Voluntários do Bem - Resumo 2013
 
BRINCANDO E EDUCANDO: A contribuição de histórias infantis como forma de educ...
BRINCANDO E EDUCANDO: A contribuição de histórias infantis como forma de educ...BRINCANDO E EDUCANDO: A contribuição de histórias infantis como forma de educ...
BRINCANDO E EDUCANDO: A contribuição de histórias infantis como forma de educ...
 
Jornal digital 4743 sex-28082015
Jornal digital 4743 sex-28082015Jornal digital 4743 sex-28082015
Jornal digital 4743 sex-28082015
 
ESS- " Bem-estar animal"
ESS- " Bem-estar animal"ESS- " Bem-estar animal"
ESS- " Bem-estar animal"
 
Descritivo
DescritivoDescritivo
Descritivo
 
Jornal digital 4605_ter_ 10022015
Jornal digital 4605_ter_ 10022015Jornal digital 4605_ter_ 10022015
Jornal digital 4605_ter_ 10022015
 
Corrente do Bem Maçonaria
Corrente do Bem MaçonariaCorrente do Bem Maçonaria
Corrente do Bem Maçonaria
 
Jornal digital 4779_qua_21102015
Jornal digital 4779_qua_21102015Jornal digital 4779_qua_21102015
Jornal digital 4779_qua_21102015
 
Dias das crianças aje
Dias das crianças ajeDias das crianças aje
Dias das crianças aje
 
Jornal Tribuna Regional 77 1 a 15 de julho de 2013
Jornal Tribuna Regional 77 1 a 15 de julho de 2013Jornal Tribuna Regional 77 1 a 15 de julho de 2013
Jornal Tribuna Regional 77 1 a 15 de julho de 2013
 
Hospital do cancer
Hospital do cancerHospital do cancer
Hospital do cancer
 
Relatório maio - Quem se Importa
Relatório maio - Quem se ImportaRelatório maio - Quem se Importa
Relatório maio - Quem se Importa
 
BEM ESTAR ANIMAL
BEM ESTAR ANIMALBEM ESTAR ANIMAL
BEM ESTAR ANIMAL
 
Apoio domicilário - Apresentação proj. solidario zeca
Apoio domicilário - Apresentação proj. solidario zecaApoio domicilário - Apresentação proj. solidario zeca
Apoio domicilário - Apresentação proj. solidario zeca
 
Página 16
Página 16Página 16
Página 16
 
ESS - "Bem-estar Animal"
ESS - "Bem-estar Animal"ESS - "Bem-estar Animal"
ESS - "Bem-estar Animal"
 
Guaianas 074
Guaianas 074Guaianas 074
Guaianas 074
 
Mc pp1 n
Mc pp1 nMc pp1 n
Mc pp1 n
 
2014 informativo ong ejc 006 (jul 2014)
2014 informativo ong ejc 006 (jul 2014)2014 informativo ong ejc 006 (jul 2014)
2014 informativo ong ejc 006 (jul 2014)
 

Semelhante a Revista Cão Feliz On-line

Instituição cordão da amizade
Instituição cordão da amizade Instituição cordão da amizade
Instituição cordão da amizade karolkrater
 
Apresentação jerônimo mendonça projeto cacheado
Apresentação jerônimo mendonça projeto cacheadoApresentação jerônimo mendonça projeto cacheado
Apresentação jerônimo mendonça projeto cacheadoIndio Brasil
 
Revista Educação Cidadã - 1ª Edição
Revista Educação Cidadã - 1ª EdiçãoRevista Educação Cidadã - 1ª Edição
Revista Educação Cidadã - 1ª EdiçãoDeborah Brito
 
Relatório Maio - Agosto 2017 - CADI Valença
Relatório Maio - Agosto 2017 -  CADI ValençaRelatório Maio - Agosto 2017 -  CADI Valença
Relatório Maio - Agosto 2017 - CADI ValençaCADI BRASIL
 
Pequenos descuidos grandes problemas américo canhoto
Pequenos descuidos grandes problemas   américo canhotoPequenos descuidos grandes problemas   américo canhoto
Pequenos descuidos grandes problemas américo canhotoHelio Cruz
 
Boletim Informativo Março/Abril 2015
Boletim Informativo Março/Abril 2015Boletim Informativo Março/Abril 2015
Boletim Informativo Março/Abril 2015Biel Ferreira
 
Projeto social ana maria 13 tp
Projeto social ana maria 13 tpProjeto social ana maria 13 tp
Projeto social ana maria 13 tpalemisturini
 
Apresentação do Tear
Apresentação do TearApresentação do Tear
Apresentação do Tearelviguinha
 
Projeto Maria, Maria
Projeto Maria, Maria Projeto Maria, Maria
Projeto Maria, Maria Regina Celia
 
Portifólio virtual g2 tarde
Portifólio virtual g2 tardePortifólio virtual g2 tarde
Portifólio virtual g2 tardeEscolaPedrita
 
Apresentação valdir principios e diretrizes curso 2015
Apresentação valdir principios e diretrizes curso 2015Apresentação valdir principios e diretrizes curso 2015
Apresentação valdir principios e diretrizes curso 2015Associação Viva e Deixe Viver
 

Semelhante a Revista Cão Feliz On-line (20)

Instituição cordão da amizade
Instituição cordão da amizade Instituição cordão da amizade
Instituição cordão da amizade
 
Apresentação jerônimo mendonça projeto cacheado
Apresentação jerônimo mendonça projeto cacheadoApresentação jerônimo mendonça projeto cacheado
Apresentação jerônimo mendonça projeto cacheado
 
Revista Educação Cidadã - 1ª Edição
Revista Educação Cidadã - 1ª EdiçãoRevista Educação Cidadã - 1ª Edição
Revista Educação Cidadã - 1ª Edição
 
Relatório Maio - Agosto 2017 - CADI Valença
Relatório Maio - Agosto 2017 -  CADI ValençaRelatório Maio - Agosto 2017 -  CADI Valença
Relatório Maio - Agosto 2017 - CADI Valença
 
Guia+de+famílias (1)
Guia+de+famílias (1)Guia+de+famílias (1)
Guia+de+famílias (1)
 
Pequenos descuidos grandes problemas américo canhoto
Pequenos descuidos grandes problemas   américo canhotoPequenos descuidos grandes problemas   américo canhoto
Pequenos descuidos grandes problemas américo canhoto
 
Balanco social
Balanco socialBalanco social
Balanco social
 
Boletim Informativo Março/Abril 2015
Boletim Informativo Março/Abril 2015Boletim Informativo Março/Abril 2015
Boletim Informativo Março/Abril 2015
 
Jornal Mente Ativa 11
Jornal Mente Ativa 11Jornal Mente Ativa 11
Jornal Mente Ativa 11
 
Gente grande
Gente grandeGente grande
Gente grande
 
Projeto social ana maria 13 tp
Projeto social ana maria 13 tpProjeto social ana maria 13 tp
Projeto social ana maria 13 tp
 
Apresentação do Tear
Apresentação do TearApresentação do Tear
Apresentação do Tear
 
Joel lima
Joel limaJoel lima
Joel lima
 
Informativomaiojunhojulho2013
Informativomaiojunhojulho2013Informativomaiojunhojulho2013
Informativomaiojunhojulho2013
 
Projeto Maria, Maria
Projeto Maria, Maria Projeto Maria, Maria
Projeto Maria, Maria
 
Portifólio virtual g2 tarde
Portifólio virtual g2 tardePortifólio virtual g2 tarde
Portifólio virtual g2 tarde
 
Apresentação da creche 2011
Apresentação da  creche 2011Apresentação da  creche 2011
Apresentação da creche 2011
 
Manual de atividades lúdicas
Manual de atividades lúdicasManual de atividades lúdicas
Manual de atividades lúdicas
 
Orfanato
OrfanatoOrfanato
Orfanato
 
Apresentação valdir principios e diretrizes curso 2015
Apresentação valdir principios e diretrizes curso 2015Apresentação valdir principios e diretrizes curso 2015
Apresentação valdir principios e diretrizes curso 2015
 

Revista Cão Feliz On-line

  • 1.
  • 2. 2 CÃO FELIZ MAIO2017
  • 3. 3CÃO FELIZ MAIO2017 biofarm.com.br (16) 3209-3500/ (67) 3045-1717 NEO DISTRIBUIDORA
  • 4. uma causa que você acredita carta ao leitor EXPEDIENTE Capa: Amanda Rodrigues, Gustavo Bonazza, Matheus Vargas; Conteúdo: Brunna Brunes, Gabriel de Melo, Rubia Maciel; Diagramação: Ana Ellen do Carmo, Izabela Souza, Paulo Cesar Oliveira; Fotografia: Ana Pellat, Ervelyn Matoso, Iohanna Gonçalves, Millena Andrade; Ilustração: Gustavo Eugênio, Victor Macaulin; Markentig: Evany Queiroz, Rayanne Sartory, Vanderley Rocha. Professores: Antonio Fernando de Almeida, Luis Henrique Pereira de Paula, Ovídio da Conceição Batista Júnior, Tarcio Eduardo Velloso Lescano. Jornalista responsável: Gabriela Couto. Colaboradores: Adna Prado Benevides (Coordenadora Técnica - Cozinha); Adriana Freitas Miranda de Camargo (Agente de Atividades Educacionais); Alexandre de Matos Neves (Supervisor, Manutenção); Antonia Delmondes de Souza (Merendeira); Cid Nogueira Fidelis (Supervisor); Clarice Lopes Fernandes Caceres (Secretária); Clocide Marques Correa (Merendeira); Cristina Zucker Maziero (Bibliotecaria); Diego Garcia Santos (Coordenador Técnico); Edneia Auxiliadora Arruda Barreto Medeiros (Bibliotecaria); Pedro Augusto Pacheco de Miranda (Coordenador Técnico - Enfermagem); Elias Alonso da Silva (Assistente Atividades Educacionais); Fernanda Lauriano Nogueira (Recepção e Portaria); Irlandes Alves de Oliveira (Supervisor de Curso Técnico); Ivete Conceição Queiroz Saravy (Professora Readptada); João Batista Perez (Assistente Atividades Educacionais); Leandro Zago (Coordenador Técnico - Eletrotécnica); Leonardo Duarte Antonio (Assistente Atividades Educacionais); Lorena Barros Santos (Coordenadora Técnica - Cozinha); Luiz Paulo Insaurralde (Supervisor de Curso Técnico); Maria Aparecida Laurindo (Recepção e Portaria); Maria Masae Shirota (Assistente Atividades Educacionais); Nadia Yuri Mori Basso (Merendeira); Noeli da Rosa Alves (Agente Atividades Educacionais); Osvaldo da Silva Lopes Júnior (Coordenador Técnico – Eletrotécnia - Matutino); Renata Pontalti Marcondes (Coordenadora Técnica – RH - Matutino); Roseli Fatima da Silva (Merendeira); Sandra Regina Ribeiro Coelho de Oliveira (Coordenadora do Profúncionario); Tatiana Cristina Cayres (Coordenadora Técnica – RH - Noturno); Vanessa Sanchez do Nascimento (Coordenadora Técnica – Aux.Bucal); Suellen Larissa Silva Parrela (Coordenadora Técnica – Análises e Clinicas); Suzana Roldão de Souza (Inspetora de Alunos); Valdineia Marcondes Vieira (Coordenadora Pedagógica). Direção: Chiara Goes Barbosa e Alisson Thiers Nunes dos Santos. E sta 1°edição tem por finalidade apresentar a ONG Cão Feliz e a sua fundado- ra Kelly Macedo em um projeto de conclusão de curso da turma de Técnico em Comunicação Visual do Cepef (Centro de Educação Profissional Ezequiel Ferreira Lima). Juntos buscamos conscientizar e sensibilizar a população. Nos dividimos em grupos para trazer histórias reais, abordando assuntos relacionados a adoção, cuidados com cachorros, doenças, curiosidades, entre outros, de modo dinâmico e atraente a você leitor. Aprendemos muito com o desafio de criar um material voltado para o ter- ceirosetor.Eamensagemquequeremospassaréadote!Pegueparasiumacausa em que você acredita. Ajude o mundo a ser melhor, seja com pequenas atitudes no seu dia a dia com as pessoas e até com um bichinho abandonado na rua. Queremos que nasça em você o desejo de dar uma segunda chance a um desses animais, ou ao menos que tenha compaixão por eles. Que ao ver um cão na rua não o ignore, e sim reflita. Algo tem que ser feito, pois eles também são seres vivos como nós, e ainda mais frágeis. Esses animais, tão carentes, ao perceber qualquer sinal de afeto, re- tribuem com todo o amor que eles possuem. Você poderá conferir como eles são gratos e acompanhar o nosso desempenho nas próximas pági- nas. Que sua leitura transborde sentimentos de lealdade, cumplicidade e amizade.
  • 5. 5CÃO FELIZ MAIO2017 observadores do mund0 Comunicação visual, a turma que busca inovar. kelly macedo Lealdade e superação. hulk Lágrimas de saudade. cão feliz Uma homenagem. trabalhos realizados Atuando de forma social. POLIANA PERES A rotina de uma voluntária. marcia chaves Dedicando tempo. larissa correa A gratificação de poder ajudar. adoção Uma prática de afeto. ADOTANTES Atitude de acolher. DOENÇAS caninas Saiba o que é, e os tratamentos. você sabia? Cuidados e curiosidades caninas 6 7 8 10 11 12 14 15 16 18 20 22 Sumário Pág. 6 Pág. 8 Pág. 12 Pág. 15
  • 6. 6 CÃO FELIZ MAIO2017 cÃO FELIZUma homenagem A Cão Feliz foi fundada por duas mu- lheres, Kelly Macedo e Maria Ligia, que buscavam ajudar os animais e também homenagear uma saudosa amiga, Sueli Craveiro, quem as tinha in- fluenciado para começar a fazerem os resgates. No dia 18 de janeiro de 2013, em decorrência de sua saúde frágil após fa- zer duas cirurgias do coração e depois de mais uma cirurgia Sueli não conse- guiu resistir e faleceu. Antes de partir, Kelly teve que fazer uma promessa a amiga: “não abandonar seus cães e construir uma sede onde os animais pu- dessem ficar livres”. Foi então que Kelly e alguns ami- gos cumpriram com a palavra e criaram a ONG. Começaram com os 11 cães da própria Sueli que os havia resgatado ao longo do tempo. Elas alugaram um es- paço e começaram a construir os canis. Depois de muita luta e esforço no dia 17 de maio de 2013 a ONG foi oficial- mente fundada. Em seis meses de 11 animais o número cresceu para 50. “Aí as pessoas começaram a descobrir que ali era uma ONG. Come- çaram a jogar os animais lá na porta, amarravam na porta sabe? E a gente não podia deixar”. Quando Kelly perce- beu que precisariam de um lugar maior ela conversou com o marido e em con- junto decidiram investir as economias na compra de um espaço físico. Uma sede própria para a ONG. Com seus R$ 20 mil ela foi em busca dos amigos que sempre ajuda- ram com o financiamento da Cão Feliz. Orçamentos foram feitos e depois de 4 meses ela conseguiu outros R$ 20 mil com os quais comprou o terreno. As obras começaram após um pedreiro amigo cobrar um valor simbó- lico. Kelly comprou R$ 40 mil em ma- teriais no seu cartão de crédito e depois foi ajudada pelos amigos da ONG no que ainda faltava. A sede foi construída com espa- ços separados para machos e fêmeas. Os que precisam de cuidados especiais e os recém-chegados que precisam pas- sar por isolamento para avaliação de possíveis doenças contagiosas. Espaço para que eles brinquem e interajam.  ONG Foto: Ana Pellat (2017)
  • 7. 7CÃO FELIZ MAIO2017 TRABALHOS REALIZADOS Atuando de forma social A ONG proporciona diversos serviços para desagravar a situação dos ani- mais abandonados. Por meio de li- gações da população, voluntários fazem resgate de cães em situação de risco. Chegando na instituição é feito um diag- nóstico geral para detectar uma possível doença e assim começar um tratamento específico. Por se tratar de uma instituição sem fins lucrativos, além de trabalhar efetivamente no salvamento dos cãezi- nhos, o maior trabalho dos colaborado- res é conseguir doações para manter a entidade. Até mesmo os médicos veteri- nários que atendem os animais ajudam eliminando o máximo de despesas e atuando de forma social. A Cão Feliz possui um casal de funcionários que moram em uma casa anexa ao terreno da ONG e que tra- balham como caseiros. Eles são pagos para manter o canil limpo e administrar a medicação de todos os animais. São peças fundamentais para que a organi- zação consiga dar a assistência necessá- ria a cada novo cão que chega. Após a recuperação total do ani- mal é realizado uma nova análise e um preparo para que o cachorrinho fique pronto para adoção. Com o animal já adotado é feito a fiscalização pela pre- sidente da entidade, Kelly Macedo, na casa dos adotantes. As visitas servem para confirmar que o cão está receben- do os devidos cuidados, e que está se adaptando no seu novo lar. A Cão Feliz realiza eventos com o Bingo e Bazar beneficente, para con- seguir arrecadar dinheiro e custear os tratamentos dos animais. A ONG abre as portas para visitação de pessoas que querem conhecer o local e os cãezinhos. A chamada ‘Cãoterapia’ aconte- ce todos os sábados, das 13h às 15h. Qualquer pessoa pode entrar em conta- to com a Kelly pelo celular 9 9268-9882 e participar desse encontro no canil. A visita é toda monitorada e ajuda na so- ciabilização dos cães resgatados com o ser humano. Quem já foi, afirma sair de lá se sentindo muito melhor, pois os animais nos passam uma enorme ale- gria. Há uma grande interação e troca de energia, em um momento único de felicidade.  Foto: Ana Pellat (2017)
  • 8. 8 CÃO FELIZ MAIO2017 eNTREVISTA
  • 9. 9CÃO FELIZ MAIO2017 kelly macedoLEALDADE E SUPERAÇÃO O começo da história de Kelly Ma- cedo com os resgates se confun- dem com o início da amizade com Sueli Craveiro.“Eu conheci ela em 2006. A Sueli, nossa amizade começou tudo isso. E ela se tornou uma irmã para mim. Ela era proteto- ra na casa dela e chegou a ter 25 ani- mais, fundando a ONG Vira-latas. De 2006 pra cá, quando meu ma- rido e eu percebemos já estávamos envolvido em resgates. Ela envolveu a gente de um jeito que nós nem per- cebemos. Quando descobrimos já era tarde!” Segundo a presidente da ONG Cão Feliz, os pedi- dos de socorro da amiga não tinham hora, nem dia. “Ela ligava para a gente 10 horas da noite, meia-noite para aju- dar ela. Às vezes meu marido não podia, porque ti- nha que trabalhar cedo. Eu também trabalhava, mas aí meu marido falava: ‘Amor vai você’. Eu pegava o carro e ia embora atrás dela. Chegamos a resgatar cachorros altas horas da noite.” As missões com Sueli foram ficando difíceis, revelou Kelly. “Eu comecei a perceber que estava fican- do perigoso, porque um belo dia ela me chamou para resgatar um animal e fomos no Dom Antonio Barbosa, perto do Parque do Sol e do Lage- ado. E ali de madrugada é um peri- go. Quando nós chegamos perto do cachorro, nós vimos que ele estava bem na calçada, mas tinha uma ma- loquinha na frente e já estavam vindo de encontro com a gente. Eu falava para ela: ‘Volta, volta, volta!’. E ela: ‘Não o cachorro está ali!’. E o cara com uma arma apontada para a gen- te. Nós conseguimos escapar”. Depois de quase caírem em uma emboscada, Kelly pensou em desistir. “Naquele dia então eu falei pra ela: ‘Você nunca mais me chama e nem você vai fazer resgate de ma- drugada. O cachorrinho que estiver na rua de madrugada vai esperar até amanhã, que é outro dia pra gente resgatar, porque não podemos tam- bém colocar nossa vida em risco’. E ela aceitou, porque o filho dela tam- bém era bem rígido com ela sobre isso”. Em 2013, Sueli faleceu e a ideia de criar algo com o nome dela surgiu. Ela sempre falava para Kelly: ‘Minha amiga, o meu sonho é ter um espaço grande, que os meus bichinhos vivam soltos’. Depois que mudaram para a sede com aquilo na cabeça, Kelly tentou de várias manei- ras que o sonho da amiga se reali- zasse. “No começo foi difícil, porque chegavam aqueles animais agressivos que não se adaptavam com os ou- tros. Daí a gente começou a usar a tática do castigo”. Como crianças, a medida foi o meio encontrado para disciplinar e educar os animais. “Eles brigavam e a gente pegava eles, e falávamos: ‘Você vai ficar de castigo porque bri- gou’. Colocávamos no canil e eles fica- vam lá quarenta mi- nutinhos. Soltávamos e aí quando eles iam brigar olhavam pra mim como se dis- sesse: ‘se eu brigar vou ficar preso?!’. Eu ficava morrendo de dó, mas eu tinha que fazer isso. Daí eles foram se adaptando. Para se ter uma ideia eu já tive Pit Bull solto no convívio com os outros tranquilamente com esse método”. No começo 2016 Kelly passou por alguns pro- blemas de saúde e dificuldades para terminar algumas obras na sede da ONG, porém ela não se abalou “Eu dizia: ‘Vai dar, vai dar! Deus vai me ajudar!’ No final de 2016 me ajoelhei no chão e pedi pra Deus: ‘Me dá for- ças e saúde pra terminar de construir isso aqui!’ E cada dia é uma coisa sabe?! Que você tem que se virar nos trinta para dar tudo certo e não deixar faltar nada”. 
  • 10. 10 CÃO FELIZ MAIO2017 HULKLágrimas de Saudade O s dias da presidente da ONG Cão Feliz,KellyMacedo, não são mais os mesmos. Apesar de ter resga- tado centenas de animais nos últi- mos anos e ter amor incondicional por cada um deles, há aqueles que deixam marcas. Um desses se cha- ma Hulk. Um belo rottweiler com 55 kg, que assustava qualquer um que chegasse na porta do canil pela sua imponência, diante dos demais. Ele mais parecia um urso, mas para a pe- quena Kelly era um ‘bebêzão’. Era visível na troca de olhar deles. Na conversa diária entre eles. Tagarela, Kelly conversava ao ponto do cão parecer gostar de ouvir. Sim, era uma relação indescri- tível. Mas Hulk não sabia falar, como todos os cachorros não sabem. Ele tinha uma doença indiagnosticável. Foram meses levando ele em vários veterinários para tentar deci- frar o que se passava em suas patas. Por que elas inchavam tanto? Em cada nova bateria de exames, lá ia Kelly conversar no ouvido do filho para acalmá-lo. Era o único jeito de conseguir tocar no cachorrão. O amor entre eles ficou tão forte, que Hulk virou possessivo. Ninguém mais podia chegar perto de sua dona. Ele a queria só para si. Mas ela tinha paciência e entendia a carência do canino. A única coisa que ela não entende até hoje é por que seu rot- tweiler partiu sem se despedir?! Em um dia, igual outro qualquer, sem avisar, Hulk não deu sinais de que se- ria seu último para Kelly. Depois de cumprir os compromissos na entida- de e chegar em casa, Kelly recebeu o telefonema da funcionária da ONG: “Hulk teve uma parada cardíaca e não resistiu”. De forma fulminante, ele partiu e deixou lágrimas.  Hulk marcou a história da or- ganizaçãoporumasériedesituações inusitadas. A única coisa comum, foi sua chegada até a entidade. Vítima de maus-tratos, o gigante chegou li- teralmente acabado. Com apenas 17 kg, doente, sem pêlos, com lesões na pele e no corredor da morte. Após passar por dois donos, o cachorro que foi vítima da maldade humana, levando inclusive choque elétrico, era mais um desamparado dentre tantos que ganharam uma segunda chance no canil. Muito medroso, aos poucos Hulk foi ganhando a confiança dos bons frequentadores da Cão Feliz. Em especial da ‘mãe de todos’. Com muito carinho, amor, cuidados e me- dicação adequada, o animal esquelé- tico se tornou um bichão. Ele teve dias incríveis dentro da ONG. Cada vez que via Kelly, era sinônimo de uma das palavras mais mágicas que um cachorro pode ou- vir: “passear”.Masatéhojeninguém sabe quem passeava com quem nes- sa história. Foi assim que ambos constru- íram uma forte relação de lealdade. E como dizem que o rottweiler es- colhe o seu dono, após duas tristes experiências, Hulk tinha finalmente encontrado Kelly. ONG Foto: Iohanna Gonçalves (2017)
  • 11. POLIANA PERESa rotina de uma voluntária Pra você que está pensando: ‘Gostei! Como posso ajudar também? É muito simples, o que você realmente precisa é ser prestativo, ter iniciativa e disposição. Com essas três qualidades você já está a meio caminho de se tornar um(a) voluntario(a)! O que vai precisar fazer então? Entrar em contato com a Presidente da ONG, a Kelly Macedo. Você pode ajudar visitando a ONG para dar banho nos doguinhos. Ou ajudar nos resgates, levar nas clínicas, fazer doações de comida, dinheiro ou materiais de higiene, e, até mesmo com uma simples visita nos dias de Cãoterapia, aos sábados à tarde. P oliana Peres é uma das voluntárias que ajuda a Cão Feliz. Ela relata um pouco do que vivenciou na ONG até hoje. Acompanhe: Qual foi a sua moti- vação para fazer tra- balho voluntário com a ONG? Sempre gostei mui- to de animais e uma amiga me convidou para ir conhecer a ONG. Fiquei encantada com o trabalho e comecei a ir todos os finais de semana para levar do- ações e brincar com os cachorros. Acompanhei de perto as dificuldades para man- ter o local funcionando e isso me motivou a ajudar. Alguma história te marcou? Sim. Havia uma cadela chama- da Nina, que foi resgatada mui- to magra e depressiva. Parecia que tinha acabado de perder os filhotes.Ela conseguiu passar pela grade e nunca mais foi en- contrada. Quais as condições que os animais chegam? Quase sempre muito magro e com marcas de agressão, com pulgas e carrapatos. Como eles são tratados? São tratados com muito amor. Recebem comida e água a von- tade, remédios e caminhas para dormir. Aos sábados ganham carinho dos visitantes. Qual a media de tempo que leva a re- cuperação desses ani- mais? Depende do caso. Quando chegam são examinados e se não apresentarem nenhu- ma doença logo vão para adoção. Mas existem os casos mais graves, como as víti- mas de atropelamen- tos, que podem levar meses para se recupe- rarem. E a rotina dos cola- boradores? Os funcionários são responsáveis pela limpeza do local, alimentação e medicação dos cachorros. Vocês ajudam nos resgates? Sim, principalmente no trans- porte dos animais, sempre com a solicitação ou autorização da presidente. 
  • 12. 12 CÃO FELIZ MAIO2017 marcia chavesDedicando tempo U ma das importantes parceiras da ONG Cão Feliz é a bióloga e médica veterinária, Marcia Chaves Teixeira. O trabalho vo- luntário com animais resgatados surgiu na vida dela desde que ela era criança. “Eu pegava da rua e levava para casa para cui- dar. Sempre quis ser veterinária, acabei fazendo biologia antes e assim quando entrei na faculda- de eu graças a Deus encontrei algumas, poucas, pessoas que gostavam de animais também e que tinham esse mesmo olhar que eu tenho de querer cuidar, de resgatar, desses que são os que mais precisam”, lembra. Uma das melhores amigas dela é a outra parceira da entida- de, a veterinária Larissa Correa Hermeto, que também tem sua história contada nesta revista. “Desde a faculdade que a gente se conheceu, que cuidamos, res- gatamos, tratamos, castramos e doamos”, revelou. Segundo Márcia, houve uma tentativa de aproximação de vários grupos de protetores. “Mas acabava que em nenhum eu me identifi- cava com as pessoas e com o jei- to que as pessoas trabalhavam”. Ela conheceu a presidente da Cão Feliz, Kelly Macedo, por meio da amiga Sueli Craveiro. “Eu e a Larissa ajudávamos des- de quando éramos acadêmicas. Nós sempre estivemos perto dela, onde quer que ela estives- se. Então quando ela ficou do- ente, e passou a presidência da ONG Vira latas para Kelly, ela pediu que a gente continuasse ajudando a Kelly”. A partir des- te momento, a ligação entre as duas nunca mais acabou. “Eu continuei com a Kelly o tempo todo. E quando ela saiu da Vira latas e montou a Cão Feliz eu sai junto com ela e desde então foi onde eu fiquei, porque eu acre- dito que a forma que a Kelly vê a questão da proteção animal é a forma com maior possibilidade de se fazer diferença e a gente se dá muito bem. Então a gente consegue trabalhar de um jeito legal e fazer a diferença na vida de alguns bichinhos”.  eNTREVISTA Foto: arquivo pessoal (2017) (67) 99912-6042 Ana Paula Biondo (CRP 14/5905-3) (67) 99234-8786 Renata Pontalti (CRP 14/02334-2) Rua Pe. João Crippa n°2539, Centro- Campo Grande MS
  • 13. 13CÃO FELIZ MAIO2017 Marcia é a veterinária responsável por boa parte dos 110 cães que estão na ONG hoje. Ela é o braço direito e esquerdo da Kelly. “Teoricamente eu sou a pessoa que avalia os animais, faz as avaliações clínicas, prescreve medicação, coleta o sangue para fazer os exames, monta os protocolos de tratamento. O que eu não consigo fazer: é avaliar todo mundo, porque eu acabo conseguindo dispor de um período em um dia da semana para ir na sede da ONG”. Uma pequena parte dos animais fica a cargo de outras veterinárias de clínicas parceiras da entidade. Segundo Márcia, o ideal seria reduzir o número de animais no canil.“Nós temos uma meta de diminuir a quantidade de cães, mas não dá porque sempre tem resgates e são sempre histórias difíceis e que a gente fica comovida. Não tem como não ajudar” Ela não consegue falar de uma única história que a marcou. “Tiveram várias, como a do Hulk que a gente comemorava a cada dia a melhora. Teve o Juninho que quando eu estava saindo de viagemdaquieuacheinumposto de gasolina. Ele era um pinscher que não tinha mandíbula, então nós tivemos todo um cuidado especial pra ele comer e depois ele ficou super bem”. Outro caso relembrado por ela é de Richard, também encontrado no caminho para o abrigo ”Eu achei que ele não fosse sobreviver nem uma noite, mas ele viveu uns 15 dias bem, melhorou, voltou a comer. Porém, infelizmente às vezes a gente resgata esses animais numa situação tão ruim que a gente não consegue fazer que eles se recuperem totalmente”. A grande lição que Marcia aprendeu com os animais nesse período é poder dar o bem estar que eles merecem. “A gente não consegue salvar todo mundo. Às vezes a missão da gente na vida daquele bichinho é levar ele para um lugar confortável, com carinho com abrigo, comida, para que ele passe o último dia da vida dele. Eu aprendi que tenho que aceitar isso: essa limitação. Porque eu não vou conseguir salvar e recuperar todo mundo. Um tempo atrás, eu ficava arrasada, queria desistir. Mas hoje, eu já entendo um pouco melhor as coisas. Às vezes o meu papel na vida deles vai ser só esse: dar um pouco de conforto naquele último momento. E hoje eu me sinto muito feliz por isso, por ter essa oportunidade”.  fUNÇÃO NA ONG
  • 14. 14 CÃO FELIZ MAIO2017 larissa correaa gratificação em poder ajudar M édica Veterinária e Mestre pela UFMS, Doutora em Ci- rurgia Veterinária/UNESP, Pós Doutorado em Ciências Ve- terinárias- UFMS. Meu conta- to com a ONG iniciou quando conheci a Sueli Craveira. Ainda era acadêmica de medicina ve- terinária, e a ajudava com alguns animais resgatados. Mantive contato com ela, ajudando em cirurgias e trata- mentos de alguns que tiveram a sorte de cruzar o caminho dela. Através da Sueli conheci a Kelly Macedo, que acabou sendo a pessoa que ficou aqui dando continuidade ao trabalho dela após sua partida. Meu auxílio na ONG é com os animais que necessitam de cirurgia. É muito gratificante poder ajudar animais que estão em sofrimento, e poder fazer algo para aliviar esta dor. Foram tantos casos lindos que já vi... Uma das histórias que mais me emocionou foi a da Pituca. Uma cadelinha tão pe- quenina, de aproximadamente 5 meses, que havia sido atrope- lada há dias e estava na rua so- frendo e a Kelly a resgatou. Estava com múltiplas fra- turas e infelizmente devido ao tempo que havia passado, foi necessário amputar uma de suas patas para salvar sua vida. No dia que eu a operei, fui leva -la de volta para ONG, mas me apaixonei pelo olhar dela e não consegui concluir o caminho. Mas eu não poderia adotá -la, pois já tenho alguns animais em casa. Então, consegui que uma querida amiga a adotasse. Até hoje a vejo, e ela está linda, feliz e muito amada por uma fa- mília maravilhosa. Tenho três animais ado- tados, e outros que já se foram também. Sempre terá um foci- nho carente em busca de um lar cheio de amor. ENTREVISTA Foto: arquivo pessoal (2017)
  • 15. 15CÃO FELIZ MAIO2017 adoçãoUma prática de afeto Foto: Iohanna Gonçalves (2017)Foto: Ana Pellat (2017) C ada cachorro tem uma perso- nalidade. Alguns são arteiros, brincalhões, elétricos, há aque- les que são mais quietos, sensíveis e sentimentais. Outros que só pensam em dormir. Tem de todos os tipos, um para cada gosto. Isto faz com que haja diversas rotinas e cuidados específicos para atender estes bichi- nhos. É importante, ao adotar que seja bem planejado. Procure infor- mações sobre cada tipo de cachor- ro que melhor vai se adequar a sua família e sua vida. Essa escolha tem que ser consciente, pois é uma res- ponsabilidade que vai durar por toda a vida do cãozinho e ele vai ser sempre uma criança que precisará de cuidados e carinho. Eles precisam de banho, cui- dados veterinários, passear, brincar, uma alimentação saudável e que você tenha muita paciência. Eles vão demorar um pouquinho para se acostumar com a nova casa, com suas regras e com a rotina da família. Pode parecer que ele é desobediente, até ‘atentado’, mas ele é como um pequeno testando seus limites. Pro- cure algumas dicas para conseguir controlar e educar seu amiguinho. Na internet existem várias re- comendações que funcionam. Por isso teste o que mais se adequa ao seu doguinho ou então busque ajuda profissional. Seu amiguinho pode ter sofrido maus-tratos e ter ficado trau- matizados, então não grite, ou bata nele, porque isso não vai adiantar. Ele vai precisar de atenção e com- preensão. Por ser uma experiência que muda vidas, tanto a sua quanto a do seu cãozinho, ela vai trazer muita felicidade, amor, afeto e responsabilidade para o adotante. Isto sensibilizará e trará um olhar humanizado para as questões do dia a dia. Seu pet sentirá o afeto e amor que seu humano pode dar e retribuir. Se permita experimentar todo o sentimento desta relação que estes animais lhe proporcio- nam. Adoção não é brincadeira! Uma vida vai estar dependendo de você. O cachorro não é um objeto que quando você se can- sa decide jogar fora. Ele é um ser vivo com sentimentos e que sofre assim como nós. Devemos ser res- ponsáveis e comprometidos com a escolha que tomamos. Então a mensagem que fica é: ajudar um pet é ótimo, porém que não seja por impulso. Pense sempre no fu- turo e vise as mudanças que po- dem ocorrer na sua vida e na dele. 
  • 16. 16 CÃO FELIZ MAIO2017 RELATOS adotantesATITUDE DE ACOLHER Natane oliveira Sou apaixonada por cachorros e vendo fotos publicadas por uma das voluntárias da ONG dizendo que havia cães para adoção. Me sensibilizei, pois nas imagens pa- reciam estar tristes querendo um lar. Lendo a história de uma das colaboradoras, vi a de um dos cãe- zinhos que foi tirado de uma mulher que não o cuidava. Ela deixava ele com fome e na rua. Várias vezes quase foi atropelado. Era mais um caso de vítima de maus-tratos, co- mum para os voluntários da Cão Feliz. Me apaixonei pelo Bob ime- diatamente e comecei a tratar da adoção. O cachorrinho estava cheio de carrapatos, com infecções por fungos e possibilidade de cinomose. Eles me passaram toda a medicação e acompanharam os cuidados ne- cessários. A nossa relação de amor foi aumentando a cada gesto de cari- nho e proteção que passava para ele. Decidi adotar mais um, o Pi- poca, que achei na rua. Desde então, eles mudaram minha vida. Fazem com que eu tenha mais responsabi- lidade no meu dia a dia, tanto com eles na hora da alimentação, dos tratos, banhos e brincadeiras, como comigo mesma. Em casa mudou totalmente a rotina, não vejo a hora de chegar em casa depois de um dia longo e es- cutar aquelas patinhas correndo para me ver. Depois ficam grudados em mim. Me esperam até na porta do banheiro enquanto tomo banho. Certa vez um deles acabou comendo uma abelha. Tadinho!!! Fi- cou com o focinho todo inchado de alergia, oi hilário. São essas pequenas coisas que fazem meu dia valer muito à pena. É uma recompensa ver a alegria deles. Infelizmente não tenho condições de adotar mais nenhum, pois o meu de- sejo seria adotar muito mais. Não entendo como tem pessoas que conseguem abandonar esses cãezi- nhos! Mas ainda bem que temos a Cão Feliz, que resgata e trata deles para que possam ganhar um novo lar com pessoas que os amarão, por- que é um amor muito grande, sem explicação!  Foto: arquivo pessoal (2017)
  • 17. 17CÃO FELIZ MAIO2017 Yves DROSGHIC Q uando descobri a Cão Feliz atra- vés da Gabriela, uma das volun- tárias,decidiadotarumcachorro. Não queria mais comprar, pois já tive dois cães de raças, fortes, que mor- reram apesar de todos os cuidados. E com tantos cãezinhos precisando de cuidados, esperando para serem adotados, eu não podia simplesmen- te pagar para ter outro em casa. Por isso acabei acolhendo um vira-lata, no qual dei o nome de Kiko. Ele fazia parte de uma ninhada de sete filhotes que foram abandonados em uma caixa e resgatados pela ONG. Meu Kiko é muito brincalhão, mui- to esperto, carismático e se dá bem com todo mundo. Teve uma vez que levei o Kiko na inauguração de um pet shop que ele foi a atração da fes- ta. Lambeu todo mundo e brincou. As pessoas vinham até ele para fa- zer carinho. E desde então tem sido uma alegria para nós aqui em casa, porque mu- dou o ambiente, além de me dar mais responsabilidade. Tenho que acordar cedo, dar comida, leva-lo ao pet shop para tomar vacina, dar banho, entre outras coisas. Eu que nunca tive responsabilidade. Me transformei com a chegada dele. É como se fosse um filho! Está mudando minha vida. Até o ambiente familiar, Kiko ajudou a melhorar. Ele sempre está alegre. Quando eu chego em casa chora e late querendo minha companhia. Só isso já alegra meu dia. Gostaria que mais pessoas tivessem a atitude de acolher um cãozinho para cuidar, as- sim como faz a Cão Feliz, que trans- forma a situação dos animais tirados das ruas.  Foto: arquivo pessoal (2017)
  • 18. 18 CÃO FELIZ MAIO2017 doenças caninasSaiba o que é, e os tratamentos. Doença do Carrapato H á dois tipos de doença do carrapato: a erliquiose e a babesiose. Ambas são transmitidas pelo carrapato, parasita que se alimenta do sangue do cachorro. É uma das doenças que mais assustam os donos dos animais, pois não existe vacina contra ela, é silenciosa e apesar de existir tratamento e cura, ela pode levar o pet a morte. A erliquiose é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias do gênero Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia canis. Raramente atinge gatos ou seres humanos, embora não seja impossível. É uma doença mais comum durante o verão, já que os carrapatos precisam de calor e umidade para se reproduzir. É comum confundir os sintomasdadoençadocarrapatocomos sintomasdaCinomose,porissoésempre importante consultar um veterinário assim que seu cachorro se mostrar apático, triste, prostrado e diferente do normal. É fundamental ainda o controle do ambiente, eliminando todos os ovos e evitando uma infestação na casa. Já a Babesiose é causada pelo Cinomose A cinomose é uma doença viral que ataca o sistema nervoso cen- tral de cachorros não vacinados. Os sintomas iniciais passam desaper- cebido pelos donos. Começam com secreções nasais amareladas, dificul- dade de respirar e até pneumonias. Não há um antibiótico que mate o vírus. É possível apenas ser tratado e controlado os sintomas. Infelizmente, grande parte dos cães não suportam as consequências da doença e aca- bam morrendo. Em Campo Grande há um surto de cinomose, por isso a recomendação de manter a carteira de imunização do seu pet em dia. O vírus fica no ar e pode ser transmi- tido de um cachorro para o outro, através de objetos infectados e até com o contato das fezes. Os trata- mentos disponíveis visam o controle dos sintomas e o combate às infec- ções secundárias, para que o animal possa ter uma qualidade de vida. Os cães que sobrevivem à doença ficam com sequelas para sempre. OBS: Recomenda-se que ca- chorros mais jovens não sejam leva- dos a passear na rua até que tomem a respectiva vacinação. INFORMAÇÃO Como tirar um carrapato do meu cachorro? Procure não tirá-lo com a mão. Isso pode fazer com que ain- da alguma parte de um parasita fi- que no corpo do animal, podendo causar infecções. O ideal é aplicar algumas gotas de vaselina ou de pa- rafina ao redor do carrapato, esfregar com cuidado até amaciar a pele e depois tentar retirá-lo com cuidado. Depois da retirada, o carra- pato deve ser colocado em um re- cipiente com álcool, para matar junto com seus ovos. Existem no mercado pinças desenvolvidas para protozoário Babesia canis, que infecta e destrói os glóbulos vermelhos (diferente da Erliquiose, que é causada por uma bactéria que destrói os glóbulos brancos). O diagnóstico da doença só é possível por exame de sangue, por isso quanto mais cedo levá-lo ao médico veterinário, maior a chance de cura no combate a anemia causada pelo parasita. a retirada de carrapatos que podem ser encontradas em lojas especia- lizadas de pets. Não se esqueça de lavar bem as mãos após manipu- lar o seu animalzinho infectado. Se seu cachorro, mesmo de- pois de tratado, continuar sempre voltando a ficar infestado de carra- patos utilize remédios para carrapa- to com a frequência recomendada. Hoje em dia há comprimidos orais que previnem o aparecimento de parasitas por meses, além de pipe- tas com óleos que repelem o apa- recimento de carrapatos e pulgas. Cuidados com Pulga e Carrapatos Óleos específicos é uma ótima dica, geralmente é usado nos dor- sos dos animais a cada 30 dias. Deixe seu animal sempre higie- nizado. Medicamentos pulveriza- dores também são convenientes. Sempre com a indicação de um profissional.
  • 19. 19CÃO FELIZ MAIO2017 Raiva Canina A s características dessa doenças começa pelas mudanças de comporta- mento do animal: agressividades, depressão, o animal começa a ter forte fobia (que é o medo de ficar carente), salivação excessiva. Nos casos mais graves os animais querem ficar mordendo tanto pessoas, como outros animais. A raiva é transmitida por vírus de outros animais através de mordidas, ou abertura de machucados na pele do cão. O cão logo depois de infectado tem de 7 a 10 dias para falecer. As feridas causadas devem ser limpas com água e sabão antes de qualquer outra medida. A vacinação contra a raiva ca- nina deve ser feita a partir do quarto mês de vida do filhote, e quando já está com a raiva. O tratamento pode não ser tão eficaz. Há muitos casos em que a doença é fatal. Atenção: deve ser sempre o veterinário a fazer o diagnóstico e então recomendar o tratamento mais adequando. Leishmaniose É uma doença infecciosa, causada por um parasita transmitido por um mosquito, que pode se manifestar na pele ou comprometer diversos ór- gãos do corpo. Há dois tipos mais comuns desta doença, o primeiro que é tegumentar afeta a pele e as mucosas, podendo causar lesões sérias. Outra mais grave é a forma visceral que afetam órgãos internos, causando sérios sintomas como: aumento do fígado e baço, febre, tosse, diarréia e ema- grecimento. O tratamento é através de remédios específicos orientado pelo médico veterinário. A prevenção é a vacina com um profissional ou a coleira Sacalibor, que repelem os mosquitos e reduz a chance da contração.
  • 20. 20 CÃO FELIZ MAIO2017 CURIOSIDADES você sabia?cuidados e curiosidades caninas Atenção: Seu bichinho precisa de muito carinho, estimulá-los com brinquedos, passeios e atividades. Assim eles ficarão sempre felizes e saudáveis. Higiene:O cachorro precisa tomar banho de 15 em 15 dias, com produtos específicos para eles. Ficar atento em relação a pulgas e carrapatos. Manter limpo o local em que o cão dorme e também onde faz suas necessidades. Castração:deixa o cão mais dócil, além de evitar superpopulação e algumas doenças. Vacinação:É importante que as vacinas sempre estejam em dia, para que os cãezinhos fiquem imunes à doenças graves. Cuidados veterinários:Assim como as pessoas, é necessário visitas anuais para realização de exames. Verificar se seu animal está saudável e prevenir futuras doenças. A ssimcomonós,oscãestambémprecisamdecuidados.Nãoapenasraçãodequalidadeeáguafresca. Então antes de adotá-los é importante ter consciêcia das reponsabilidades com eles. Os principais cuidados são: Os cãezinhos de estimação são ótimas companhias, ainda mais se tratados com amor e carinho. Cuide bem deles e fique atento ao comportamento, qualquer mudança consultar um veterinário. Informação De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil possui mais de 30 milhões de animais abandonados. É uma triste realidade em vários países, são várias as cidades que possuem abrigos superlotados, incapazes de receber ou cuidar de mais vidas. Dicas de Banho Pet A partir dos 2 meses de idade, em casa de preferência, espere o clima agradável, ensolarado, use apenas shampoos e condicionadores próprios. Proteja os ouvidos do animal durante a lavagem. O secador de cabelos pode ser usado, mas cuidado com a temperatura, não muito quente. AnimaisdePelo Curto acada15 dias no verão, e 30 diasno inverno. Pelo Longo a cada 7 dias no verão, e 15 dias no inverno.
  • 21. 21CÃO FELIZ MAIO2017 Ótimos Motivos para Adotar um Cachorro -Você terá a “cãopania” em todos os momentos de sua vida, sejam tristes ou felizes. -A energia transmitida pelos animais irão te fazer rejuvenescer. - O ato de adotar te fará ser uma pessoa bem melhor, e em troca receberá o maior amor do mundo. - É preciso muita paciência pra aguentar as bagunças do animalzinho, mas o exercício vale a pena e praticará o desapego material ao encontrar suas coisas destruídas. -Vai ter as melhores sonecas do mundo agarradinho com seu cão. -Estará sempre protegido, pois seu cachorro nunca exitará em te proteger. -Se você leva uma vida sedentária, seus problemas acabaram. Terá que levar seu pet para passear e esse hábito se tornará mais saudável, e ainda conseguirá umas paqueras por causa da fofura do animalzinho. -Se você é vaidoso vai ganhar muitas curtidas nas redes sociais com as selfies com seu cão, eles sempre trazem likes. Castração Mitos e Verdades Consiste na retirada dos órgãos reprodutores. Nas fêmeas os ovários e o útero. Nos machos os dois testículos. Ao ser castrado há uma desregulação dos hormônios, basta manterem o hábito da alimentaçãosaudáveleexercícios regulares. Os animais perdem o interesse em outros quando no período fértil, então deixam de ser curiosos e não saem de casa à procura de novidades. Junto com um veterinário devem ser feitos os exames pré-operatórios, que geralmente são o eletro grama e o hemograma completo. Deve haver Cuidados antes da Operação? Verdade. Os animais castrados possuem menos chance de fugir do lar? Verdade. O animal castrado engorda? Mito. Para maiores informações, consulte seu veterinário. E leve seu bichinho sempre ao médico mensalmente
  • 22. 22 CÃO FELIZ MAIO2017 Observadores do mundO Comunicação Visual, a turma que busca inovar E m março de 2016, começou uma nova turma de técnico em Comunicação Visual, no CEPEF. Pessoas completamente diferentes, diversos estilos e pensamentos em uma só sala. Quem via de longe já imaginava que eramos completamente doidos. Sim, somos doidos, loucos, mas pelo que fazemos, pela nossa escolha. Um curso com uma grade curricular de areas abrangentes. Aproveitamos cada aula, vivemos história da arte, desenho, fotografias, anúncios, layout, produção gráfica, marketing, empreendedorismo. Mergulhamos em um universo pouco conhecido em Campo Grande. Fomos aprender o que quase ninguem sabe, olhar o que já existe de uma nova forma. Com tanta diversidade de pensamentos, o que então nos une, o que nos torna um grupo? A paixão pela nossa profissão, de realizar um trabalho e fazer um cliente feliz e satisfeito. Todos nós utililizamos da criatividade para exercer nossos JOB’s. Vivemos sempre na correria, pois não gostamos de coisas iguais, sempre buscamos inovar. Somos observadores do mundo, percebemos cada detalhe. Sabemos nomes de fontes, qual cor contrasta melhor com outra cor, alinhar, solucionar problemas, sabemos criar. Uma turma intensa e produtiva, com mentes e corações criativos, visões inovadoras e um lado artístico, assim nós somos. CAPA Matheus Vargas Amanda Rodrigues Gustavo Bonazza CONTEÚDO Gabriel de Melo Rubia Maciel Brunna Brunes DIAGRAMAÇÃO Izabela Souza Ana Ellen do Carmo Paulo Cesar Oliveira FOTOGRAFIA Ervelyn Matoso Millena Andrade Ana Pellat Iohanna Gonçalves ILUSTRAÇÃO Gustavo Eugênio Victor Macaulin Marketing Vanderley Rocha Rayanne Sartori Evany Queiroz REALIZADORES