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Métodos Ágeis:
Guia para projetos eficientes
Você utiliza algum tipo de metodologia para
acelerar seus projetos?
A realidade dos Métodos Ágeis
A adoção de métodos ágeis no desenvolvimento de tec-
nologias é uma tendência que chegou para ficar, e se
você ainda tem alguma dúvida sobre isso, saiba que quem
garante essa projeção é o Gartner, referência mundial em
pesquisas de tecnologia. Segundo a consultoria, 75% das
empresas de TI tentarão desenvolver uma capacidade bi-
modal até 2018, mesclando os métodos tradicionais de tra-
balho com os princípios dos métodos ágeis. Desse modo,
um desses dois modos de TI enfatiza escalabilidade, efici-
ência, segurança e precisão e o outro não sequencial enfa-
tiza fatores importantes como agilidade e velocidade.
Para Ian Head, diretor de Pesquisas do Gartner, o desen-
volvimento ágil está sendo muito útil para os líderes de in-
fraestrutura e operações que sofrem a pressão dos clientes
por maior velocidade. No entanto, apesar do crescimento
do uso desse tipo de metodologia, o executivo diz que é
preciso cuidado ao optar por esse modelo. “A mudança
para o ágil não será, e não deveria ser, uma mudança ime-
diata e generalizada. Ela deve primeiro ser implementada
em áreas com uma real necessidade de velocidade
nos negócios e, só então, poderá ser cuidadosa-
mente colocada em prática, levando a cultura da
organização em consideração”, justifica Head.
Ficou interessado em entender melhor como fun-
cionam os métodos ágeis para aplicá-los aos seus
projetos? Nos acompanhe e descubra como essa
tendência pode trazer grandes resultados ao seu
trabalho. Iniciaremos nossa jornada explicando
o que significam esses métodos e como fun-
cionam, para depois abordar o que motivou sua
criação. Entre tantas ferramentas e metodologias
que podem ser utilizadas nesse cenário, traremos
exemplos das tipologias originadas a partir dos
métodos ágeis, focando nossa visão principal-
mente no Scrum, um dos mais conhecidos quan-
do tratamos de eficiência no desenvolvimento de
projetos. Preparado?
Sumário
Definindo Métodos Ágeis
Ciclos Iterativos
Entregas Incrementais
Inovação é a Palavra
Motivação para os Métodos Ágeis
Resumindo os Métodos Tradicionais
Métodos Ágeis: Buscando Soluções
O Manifesto Ágil
Valores e Princípios do Manifesto Ágil
Tipos de Metodologias Ágeis
Scrum
Pilares do Scrum
Scrum na prática: por que utilizar?
Kanban
Princípios, práticas e benefícios do Kanban
Testado e aprovado
Tome nota: Quadro de benefícios dos Métodos Ágeis
Agilidade sempre será a base da tecnologia
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Começamos dando um contexto sobre como os méto-
dos ágeis estão se consolidando no desenvolvimento de
novas tecnologias e projetos, mas o que caracteriza esses
métodos de fato?
Pode ser que você já tenha algum conhecimento sobre
o que se tratam os métodos ágeis, mas achamos impor-
tante trazermos uma definição para quem ainda não co-
nhece exatamente a ideia.
Os métodos ágeis são uma alternativa à gestão tradicio-
nal de projetos, e vem ajudando muitas equipes a enca-
rar a imprevisibilidades dentro de um trabalho através de
entregas incrementais e ciclos iterativos. Para entender
os métodos abordados aqui, é preciso compreender qual
o sentido desses dois princípios.
Definindo Métodos ágeis
5
Segundo o site Cultura Ágil, referência em conteúdo so-
bre métodos ágeis, um processo iterativo é aquele que
acontece através de tentativas sucessivas de refinamento.
Por exemplo, uma equipe de desenvolvimento faz sua pri-
meira tentativa para construção de um software, porém,
existem pontos de informação falhos ou incompletos em
algumas - ou talvez muitas - partes. De forma iterativa, a
equipe então refina essas partes até que o produto evolua,
proporcionando que o software seja otimizado através da
adição de mais e mais detalhes.
Ciclos Iterativos
6
Outro exemplo: em uma primeira iteração, o
objetivo é codificar uma tela de relatórios que
suporte apenas o tipo mais simples para exibi-
ção. A seguir, na segunda iteração, os critérios
de pesquisa são adicionados para ampliar o le-
que de opções no relatório. Finalmente, na ter-
ceira iteração, pode-se adicionar gráficos para
explanar visualmente o relatório.
Entregas Incrementais
Outro ponto característico dos métodos ágeis, o processo
incremental é aquele em que o software é desenvolvido a
partir de entregas parciais. Desse modo, cada pedaço ou
incremento representa um subconjunto de funcionalidades
que fazem sentido dentro do grande sistema a ser entre-
gue. A entrega pode ser “pequena” ou “grande”, por exem-
plo, podendo variar de uma simples tela de relatórios para
um conjunto altamente flexível de telas de gerenciamento
de dados.
Na prática, vamos supor que você estrutura o projeto e
consulta o cliente para saber qual parte ele pode já apro-
veitar antes da entrega final do trabalho, para assim colo-
cá-la como prioridade e poder entregar previamente. Isso
é bastante usado em T.I. pois é possível planejar um gran-
de sistema e dividir a entrega. Por exemplo: desenvolver e
entregar primeiro um módulo de cadastro; em seguida a
tela de lista de produtos; depois a tela venda de produto; a
seguir a integração com o módulo de gestão da empresa e
7
assim por diante - ou seja, permitindo que a empresa vá
utilizando os recursos solicitados. Nesse processo, cada
incremento é codificado e testado, e assim a expectativa é
que o projeto tenha a conclusão mais completa possível.
Como podemos ver e entender melhor, os métodos ágeis
são tanto iterativos, quanto incrementais - iterativos pois
o projeto realizado é sempre melhorado em ciclos subse-
quentes, e incrementais por que o trabalho planejado é en-
tregue em partes que são adicionadas constantemente ao
todo do projeto, gerando calor ao cliente no momento que
tudo é fracionado.
Ao sugerir esse novo formato, as metodologias ágeis ga-
nharam destaque sobre os métodos tradicionais, também
conhecidos como métodos pesados ou clássicos. Até então,
os projetos eram planejados e construídos integralmente
para apenas no final serem entregues em uma única vez.
Inovação é a Palavra
8
Na verdade, foram as deficiências desses mode-
los tradicionais que motivaram a busca de novos
paradigmas para facilitar o desenvolvimento de
projetos. Por isso, a seguir iremos contextualizar
esses métodos mais antigos para depois entender
a necessidade do surgimento dos métodos ágeis.
Motivação para os Métodos Ágeis
As metodologias ágeis nasceram nos braços do desen-
volvimento de software, mas hoje podem ser aplicadas a
qualquer tipo de projeto, inclusive em segmentos fora da
área de T.I. Como falado anteriormente, tudo começou ao
perceber-se que havia problemas com os métodos tradi-
cionais de desenvolvimento de software.
O modelo Waterfall, também conhecido como modelo
Cascata, traduzindo para o Português, ditava os procedi-
mentos comuns até então na realização dos projetos. Ge-
neralizando e para que você entenda melhor, nele a equipe
passava por diversas fases no trabalho. Inicialmente costu-
mava-se fazer um levantamento muito bem detalhado de
todos os requisitos a serem desenvolvidos a partir do diá-
logo com o cliente. Assim definia-se um escopo do projeto
e o cliente tomava uma séries de decisões para que enfim
o desenvolvimento começasse, mesmo se ele ainda não ti-
vesse certeza sobre o que buscava.
9
Motivação para os Métodos Ágeis
A próxima etapa geralmente envolvia uma outra equipe,
que fazia uma análise dos requisitos e assim consequente-
mente tornava o trabalho mais demorado, podendo levar
meses de duração. Ainda havia a equipe de Design com a
modelagem, para depois outra equipe codificar e haver a
fase de testes - que acabava tendo que se adaptar ao prazo
apertado devido ao fato do projeto demorar demais.
Resumimos esse ciclo de forma sucinta para contar que
essa metodologia mais antiga de desenvolvimento muitas
vezes gerava problemas de qualidade no projeto final, além
do grande espaço de tempo utilizado. Isso ocorria pois era
preciso concluir uma das etapas do trabalho para poder
passar para a próxima, e ainda assim corria-se o risco de
10
quando o cliente ter acesso ao projeto finalizado,
não aprovar por não ver aquilo que imaginava.
Desse modo, todo o trabalho desenvolvido pode-
ria acabar sem gerar valor ao cliente, já que ele só
recebia o solicitado em sua versão final, sem saber
o contexto do que estava sendo construído e com
muitas decisões tomadas de antemão pela própria
equipe de desenvolvimento.
Resumindo os Métodos Tradicionais
Ou seja, entre as principais características (ou problemas, se
você preferir chamar assim) dos métodos tradicionais estão:
Requisitos pouco claros - Poderia acontecer do cliente ter
pouco conhecimento sobre o projeto solicitado, e devido ao
fato de que assim muitas informações eram deduzidas pela
equipe - já que não havia um acompanhamento do cliente
nem podia-se voltar de uma etapa para outra - a estrutura
poderia não ficar clara e assim dificultar bons resultados.
Resistência às mudanças - Como o escopo era fechado
assim que tudo fosse definido, caso o cliente quisesse mudar
alguma coisa precisaria haver uma negociação, podendo até
mesmo aumentar o custo do projeto. Essa situação limitava
o cliente a mudar, e isso muitas vezes impedia que o resulta-
do final atendesse aos objetivos visados.
Projetos longos demais - Como explicamos na página an-
terior, os métodos tradicionais geravam projetos extensos,
com raros feedbacks dos clientes e ausência de mudanças.
11
Segundo o Standish Report, havia muito desperdício:
52% dos requisitos implementados e 64% das funcio-
nalidades são raramente utilizadas com esses méto-
dos antigos. Ou seja, tempo e dinheiro jogados fora.
Métodos Ágeis: Buscando Soluções
Com os Métodos Ágeis, posteriormente os projetos pas-
saram a serem feitos em ciclos e com intervalos muito me-
nores, proporcionando ao cliente visualizar o que está sen-
do feito e dar um feedback à equipe. A grande ideia é evitar
esse desperdício. Jurgen Appelo, desenvolvedor e escritor
holandês, explica sua linha de raciocínio no Management
3.0, propondo que os métodos ágeis são uma resposta ao
caos e à ordem e propõem um cenário que está justamente
no meio termo: a complexidade.
Segundo Appelo, em 1950, como ainda era uma novi-
dade, a programação de computadores não seguia bem
um processo pré-estabelecido. À medida que esse campo
foi evoluindo, houve a necessidade de organizar melhor a
programação de softwares. Naquela época, o que se co-
nhecia muito bem eram as engenharias mais tradicionais,
sendo inspiração para a engenharia de software. Assim era
comum tomar todas as decisões de antemão e deixá-las
num ciclo grande de anos.
Em contrapartida, os métodos ágeis teriam surgido na
medida certa da complexidade: você tem uma certa previ-
sibilidade, mas não uma previsibilidade total, por isso você
trabalha em iterações e ciclos. Com um feedback contí-
nuo, você pode ir respondendo rapidamente às mudanças
que você não pode prever desde o início do projeto. Para
quem não sabe, foram essas ideias que deram origem ao
Manifesto Ágil. A seguir veremos como tudo começou.
12
O Manifesto Ágil
Segundo o Portal Cultura Ágil, na primavera de 2000 um
grupo de líderes da comunidade do Extreme Programming
- XP, uma metodologia de desenvolvimento de software -
se reuniram em Oregan, nos Estados Unidos, para discutir
questões que envolviam o processo de desenvolvimento
com esse método. Nessa reunião foi debatida a relação en-
tre XP e processos semelhantes, conhecidos inicialmente
como métodos leves (Lightweight Methods), uma denomi-
nação às novas metodologias do gênero que começavam a
surgir naquela época.
Nesse encontros os participantes concluíram que o XP
era melhor como um método específico, mas concordaram
que havia um espaço comum entre ele e os métodos leves.
Com isso, Robert Cecil Martin, também conhecido como
Tio Bob, presente na reunião, decidiu montar uma outra
13
reunião com pessoas interessadas nos métodos leves.
Ela aconteceu no ano seguinte, em fevereiro de
2001, em um resort nas montanhas nevadas do esta-
do norte-americano de Utah, marcando o surgimento
e propagação do paradigma de desenvolvimento de
softwares ágeis. Apesar do grande número de con-
vidados, muitas das pessoas que estavam dispostas
a ir tiveram que se ausentar. Dezessete pessoas (in-
cluindo Robert) compareceram, dando início naquele
momento mesmo sem saber ao Manifesto Ágil.
A reunião acabou resultando em um consenso comum sobre os
aspectos importantes em desenvolvimento de software, levando os
participantes a escrever um documento que serviria como grito de
guerra aos novos processos da área. Após cogitarem vários nomes,
decidiram que a palavra “ágil” era a que melhor traduzia a abordagem
proposta.
No documento criado há a declaração das crenças e valores que
aquelas dezessete pessoas possuíam. Esses princípios foram trabalha-
dos nos meses seguintes, buscando expressar quais são seus ideais:
Valores e Princípios do Manifesto Ágil
Valores
Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas
Software em funcionamento mais que documentação abrangente
Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos
Responder a mudanças mais que seguir um plano
Princípios
Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente, através da entre-
ga adiantada e contínua de software de valor.
Aceitar mudanças de requisitos, mesmo no fim do desenvolvimen-
to. Processos ágeis se adequam a mudanças, para que o cliente pos-
sa tirar vantagens competitivas.
Entregar software funcionando com freqüencia, na escala de
semanas até meses, com preferência aos períodos mais
curtos.
Pessoas relacionadas à negócios e desenvolvedores devem
trabalhar em conjunto e diáriamente, durante todo o curso
do projeto.
Construir projetos ao redor de indivíduos motivados.
Dando a eles o ambiente e suporte necessário, e confiar
que farão seu trabalho.
O Método mais eficiente e eficaz de transmitir informações
para, e por dentro de um time de desenvolvimento, é através
de uma conversa cara a cara.
Software funcional é a medida primária de progresso.
Processos ágeis promovem um ambiente sustentável. Os
patrocinadores, desenvolvedores e usuários, devem ser ca-
pazes de manter indefinidamente, passos constantes.
Contínua atenção à excelência técnica e bom design,
aumenta a agilidade.
Simplicidade: a arte de maximizar a quantidade de trabalho
que não precisou ser feito.
As melhores arquiteturas, requisitos e designs emergem
de times auto-organizáveis.
Em intervalos regulares, o time reflete em como ficar mais
efetivo, então, se ajustam e otimizam seu comportamento
de acordo.
14
Tipos de Metodologias Ágeis
Para quem não sabe, os métodos ágeis hoje são muitos,
abrangendo diferentes tipologias que foram criadas a par-
tir da idealização que explicamos até aqui. Você já ouviu
falar em Scrum e Kanban, por exemplo? Esses são alguns
dos métodos mais conhecidos no gerenciamento de pro-
jetos, dentre vários outros, e por isso iremos sintetizá-los
para que você entenda melhor cada ideia.
Vamos começar pelo primeiro, o famoso Scrum, como ci-
tamos no início desse e-book. Ele é, sem dúvida, o método
ágil mais usado nos dias de hoje, principalmente porque
pode ser relacionado a outros métodos ágeis com facili-
dade, sendo útil não só ao desenvolvimento de softwares,
como a qualquer outro ambiente de trabalho. Na verda-
de, o Scrum é um framework para organizar e gerenciar os
projetos, baseado no planejamento iterativo e incremental,
que, como você já sabe, se dá por fases.
15
Essas fases são chamadas de Sprints. Tipicamente
mensais, esses ciclos representam um tempo defini-
do dentro do qual um conjunto de atividades deve
ser executado. Mas como isso funciona de fato?
Vejamos a seguir um pouco sobre como o Scrum
acontece, conhecendo melhor os termos técnicos
utilizados nessa metodologia que caracterizam
suas finalidades.
Desde o início de um projeto baseado no Scrum, as fun-
cionalidades a serem desenvolvidas são pontuadas e de-
finidas em uma lista, conhecida como Product Backlog.
No início de cada Sprint, é realizada uma Sprint Planning
Meeting, ou seja, uma reunião de planejamento na qual o
Product Owner - CEO do projeto e quem faz a ponte entre
o cliente e a equipe de desenvolvimento - prioriza os itens
do Product Backlog.
Assim, a equipe, ou melhor, o Scrum Team, que são os
profissionais que efetivamente executam o desenvolvimen-
to do projeto, seleciona as atividades que será capaz de
implementar durante o Sprint que se inicia. Cabe destacar
ainda o papel do Scrum Master, que é o coach do Scrum
Team e a pessoa responsável por orientar os profissionais
em relação às melhores práticas Scrum, removendo barrei-
ras e motivando a equipe.
Scrum
Os itens alocados em um Sprint são transferidos do Pro-
duct Backlog para o Sprint Backlog, que corresponde à lista
de atividades a se colocar em prática. A cada dia de um
Sprint, a equipe faz uma breve reunião, realizada normal-
mente de manhã, chamada de Daily Scrum. Isso é feito para
compartilhar o conhecimento sobre o que foi feito no dia
anterior, além de identificar possíveis problemas e priorizar
o trabalho do dia que se inicia.
CiclodametodologiaScrum
16
Dentro do Scrum, há ainda a Sprint Review Mee-
ting, uma outra reunião, mas dessa vez realizada no
fim de cada Sprint para alinhar as funcionalidades que
já foram implementadas. A partir disso, começa-se a
planejar o próximo Sprint, com essas etapas aconte-
cendo sucessivamente até que o produto final este-
ja pronto para a entrega. A ilustração a seguir facilita
essa compreensão de como o Scrum funciona:
Pilares do Scrum
Vale lembrar ainda que são três as ideias principais em
que a metodologia Scrum é fundamentada:
Transparência
É necessário que todos da equipe estejam sabendo o
que os outros estão fazendo, incluindo os progressos que
estão acontecendo e onde o grupo quer chegar. Dar visi-
bilidade a isso é de extrema importância.
Inspecção
A verificação contínua do material produzido é essencial
para garantir que o projeto siga dentro do estipulado, as-
sim como para perceber desvios indesejáveis e trabalhar
de modo efetivo.
Adaptação
A flexibilidade diante de mudanças é um dos principais
objetivos dos métodos ágeis. É preciso considerar pos-
síveis alterações em demandas de clientes e desvios de
rotas pré-estabelecidas.
17
TRANSPARÊNCIA
INSPECÇÃO
ADAPTAÇÃO
Scrum na prática: Por que utilizar?
Descomplicando: a ideia de ser iterativo e incremental, a
base do Scrum, pode ser melhor entendida pela ilustração:
18
Kanban
Além do Scrum, o Kanban é outra metodologia bastante uti-
lizada no desenvolvimento de softwares, buscando diminuir as
principais dificuldades dos projetos de tecnologia. Ele funcio-
na como um método de sinalização para controle de fluxo de
operação - aliás, o conceito de “Kanban” é justamente esse: a
palavra de origem japonesa significa literalmente “sinalização”,
ou simplificando, “cartão” (isso irá fazer ainda mais sentido
com a ilustração que você irá ver a seguir!)
Na verdade, o Kanban pode ser aplicado também em indús-
trias de maneira geral, e é interessante lembrar que o método
ganhou bastante repercussão por suas origens estarem asso-
ciadas à Toyota, uma das maiores fabricantes de automóveis
do mundo. Dentro do setor de TI, esse tipo de metodologia
ágil ganha destaque por ser uma ferramenta visual de ges-
tão, tendo como principal objetivo garantir um ritmo sus-
tentável de produção.
Por causa disso, um aspecto fundamental para organização
e gerenciamento do processo incremental de desenvolvimen-
to de software é o Kanban Board. O “quadro”, que é um dos
principais mecanismos utilizados no Kanban, é bastante sim-
ples e prático. Lembra dos cartões que comentamos acima?
Eles são dispostos em uma tabela, formada por esses post-its
que servem para informar sobre o andamento do projeto. Essa
ideia dá origem ao quadro, permitindo ter um controle visual
do trabalho em progresso, como mostra a imagem da ao lado:
Kanban Board
O Kanban Board direciona todas as etapas do desenvolvimen-
to, dispostas em colunas, diferenciando as atividades a fazer,
em desenvolvimento, e as que já foram entregues. Ao término
19
de cada tarefa, o papel é puxado para a etapa seguinte até
que a mesma seja finalizada. Além disso, o quadro pode ser
utilizado para estipular prioridades, colocadas geralmente
na parte mais superior das linhas de determinada coluna.
Vale lembrar ainda que as tabelas formadas pelo Kanban
Board são totalmente adaptáveis a cada projeto. No desen-
volvimento de softwares, por exemplo, é natural construir um
quadro mais detalhado, como mostra a ilustração ao lado, a
fim de que a equipe visualize o status do projeto desde sua
concepção até a conclusão, passando por outras etapas.
Princípios, práticas e benefícios do Kanban
Por ser menos prescritivo e bastante flexível, o Kanban tem
sido muito usado por quem quer começar a implementar
métodos ágeis aos seus projetos. Assim como o Scrum,
apresentado anteriormente, ele possui alguns princípios
fundamentais:
	 Comece com o que você faz agora;
	 Concorde em buscar mudanças evolucionárias;
	 Respeite os papéis, responsabilidades e cargos atuais;
	 Incentive atos de liderança em todos os níveis.
Portanto, os ideais do Kanban deixam bem claro que o
método não é um processo apenas para ser colocado em
prática, e sim serve para impulsionar a melhoria, começan-
do com o material que você já tem. Para que isso aconteça,
segundo o site Cultura Ágil, o Kanban baseia-se em algumas
práticas específicas para gerar resultado, como: visualizar
o fluxo de trabalho (workflow), limitar a quantidade de
trabalho em andamento (work in progress), gerenciar e
medir o fluxo, tornar as políticas do processo explícitas,
implementar loops de feedback e usar modelos para re-
conhecer oportunidades de melhoria.
20
Fundamentos como esses são essenciais para al-
cançar os benefícios alcançados pelo Kanban. Con-
siderando ainda que a estrutura projetada por esse
modelo contribui para que o nosso cérebro proces-
se as informações visualizadas mais rápido, isso dá
sentido à proposta de método ágil, facilitando o
fluxo de trabalho e promovendo a objetividade.
Para que você comprove de fato a eficiência dos métodos
ágeis no desenvolvimento de projetos, trouxemos os de-
poimentos de Leonardo Prates e Jorge Montalvão, profis-
sionais da DBC Company bastante adaptados com os mé-
todos aqui abordados.
“Os principais métodos que já utilizei foram Scrum, XP
(Extreme Programming) e Kanban. Em geral, equipes que
nunca praticaram isso possuem um curva de aprendiza-
gem até entenderem o método e se adaptarem. Após essa
adaptação, a produtividade aumenta, a proatividade do
time também melhora, principalmente ajudando a remover
impedimentos. No final, há ganho de qualidade na entrega
de software.
Atualmente, projetos como esses sem nada de métodos
ágeis estão fadados ao fracasso.”
Leonardo Prates, Gerente de Operações da DBC Company
Testado e aprovado
21
“Em vários projetos que participei adotamos SCRUM, por
exemplo, nos projetos de Indicadores de Desempenho dos
Fornecedores, Gestão de Exceção de Lojas, Ranking de
Oportunidades, Melhorias do E-commerce, etc. A equipe
superou o esperado. Com o acompanhamento consegui-
mos manter o foco nos objetivos mesmo quando diversos
imprevistos nos forçaram a fazer desvios do plano original.
Esses imprevistos foram classificados e priorizados junta-
mente ao cliente, evitando problemas de comunicação, de-
sentendimentos ou desacordos.
Posso dizer que a importância dos métodos é muito gran-
de. Como temos vários projetos em andamento ao mesmo
tempo, a revisão periódica das atividades de cada membro
do time e do time como um todo nos ajuda a manter o en-
gajamento e evita desperdícios de esforço em atividades
que não acrescentam na realização dos projetos. Compar-
tilhamos os resultados, conhecimentos e experiências ad-
quiridas com todos do time.”
Jorge Montalvão, Scrum Master da DBC Company
Testado e aprovado
22
Tome nota: Quadro de benefícios dos Métodos
Nos inspiramos no Kanban e pontuamos em um quadro os benefícios da utilização
dos métodos ágeis aqui abordados. Chegando até o final do nosso e-book, visualizan-
do assim fica mais fácil entender e recapitular o conteúdo, não é mesmo?
aceleramento do
desenvolvimento
do projeto
prevenção de
falhas na elabo-
ração
respostas rápi-
das às mudanças
crescimento
significativo da
produtividade
melhoria contí-
nua do processo
aumento da co-
municação e inte-
ração da equipe
organização
diária para o
alcance da meta
definida
23
Agilidade sempre será a base da tecnologia
Com as mudanças sendo um fator constante na evolu-
ção de qualquer tipo de tecnologia, incluindo o desen-
volvimento de software, o trabalho clama por dinamismo
e principalmente agilidade para que os projetos estejam
adequados às transformações repentinas que surgem. Se
você deseja continuidade nas operações sem perder tem-
po e ritmo, é preciso apostar em soluções que estejam
alinhadas a esse propósito. Resumindo: pensar e executar
necessitam ser atividades mais rápidas do que os possí-
veis problemas e desafios à frente.
Curiosamente, são esses os princípios que dão norte aos
métodos ágeis.Tanto as entregas incrementais e ciclos ite-
rativos do Scrum quanto a sinalização e a flexibilidade do
Kanban são práticas que podem fazer a diferença na ges-
tão de projetos. No entanto, cabe lembrar ainda que, além
desses dois métodos que trouxemos aqui, existem diver-
sas outras abordagens de metodologias, como Devops,
Lean IT, XP, Safe, Less, BDD, TDD, FDD, DSDM e Crystal,
entre outros.
24
Essa diversidade de métodos propostos por pes-
quisadores da área mostra que nenhum desses
modelos representa uma verdade absoluta, e sim
dependem das particularidades de cada projeto
para serem aplicadas. Aliás, as metodologias ágeis
podem inclusive ser híbridas, reunindo as especi-
ficidades mais interessantes de cada método para
fazer efeito. Vale lembrar ainda o que comentamos
na abertura deste e-book: é preciso cuidado para
alcançar a proposta de agilidade no desenvolvi-
mento de softwares. Comece implementando mé-
todos em áreas que realmente necessitem de velo-
cidade nos negócios, levando sempre em conta a
cultura da organização e contando com profissio-
nais maduros para atingir resultados positivos.
A DBC trabalha com metodologias ágeis no desen-
volvimento de projetos. Aproveite e acesse nosso site
para conhecer (http://www.dbccompany.com.br/)
Esse material foi preparado especialmente para você.
Av. Andaraí, 531 – Bairro Passo D’Areia
Porto Alegre / RS – CEP: 91350-110
Telefone: +55 (51) 3330.7777
Contato Comercial: contato@dbccompany.com.br
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Métodos Ágeis: Guia para projetos eficientes

  • 1. Métodos Ágeis: Guia para projetos eficientes
  • 2. Você utiliza algum tipo de metodologia para acelerar seus projetos?
  • 3. A realidade dos Métodos Ágeis A adoção de métodos ágeis no desenvolvimento de tec- nologias é uma tendência que chegou para ficar, e se você ainda tem alguma dúvida sobre isso, saiba que quem garante essa projeção é o Gartner, referência mundial em pesquisas de tecnologia. Segundo a consultoria, 75% das empresas de TI tentarão desenvolver uma capacidade bi- modal até 2018, mesclando os métodos tradicionais de tra- balho com os princípios dos métodos ágeis. Desse modo, um desses dois modos de TI enfatiza escalabilidade, efici- ência, segurança e precisão e o outro não sequencial enfa- tiza fatores importantes como agilidade e velocidade. Para Ian Head, diretor de Pesquisas do Gartner, o desen- volvimento ágil está sendo muito útil para os líderes de in- fraestrutura e operações que sofrem a pressão dos clientes por maior velocidade. No entanto, apesar do crescimento do uso desse tipo de metodologia, o executivo diz que é preciso cuidado ao optar por esse modelo. “A mudança para o ágil não será, e não deveria ser, uma mudança ime- diata e generalizada. Ela deve primeiro ser implementada em áreas com uma real necessidade de velocidade nos negócios e, só então, poderá ser cuidadosa- mente colocada em prática, levando a cultura da organização em consideração”, justifica Head. Ficou interessado em entender melhor como fun- cionam os métodos ágeis para aplicá-los aos seus projetos? Nos acompanhe e descubra como essa tendência pode trazer grandes resultados ao seu trabalho. Iniciaremos nossa jornada explicando o que significam esses métodos e como fun- cionam, para depois abordar o que motivou sua criação. Entre tantas ferramentas e metodologias que podem ser utilizadas nesse cenário, traremos exemplos das tipologias originadas a partir dos métodos ágeis, focando nossa visão principal- mente no Scrum, um dos mais conhecidos quan- do tratamos de eficiência no desenvolvimento de projetos. Preparado?
  • 4. Sumário Definindo Métodos Ágeis Ciclos Iterativos Entregas Incrementais Inovação é a Palavra Motivação para os Métodos Ágeis Resumindo os Métodos Tradicionais Métodos Ágeis: Buscando Soluções O Manifesto Ágil Valores e Princípios do Manifesto Ágil Tipos de Metodologias Ágeis Scrum Pilares do Scrum Scrum na prática: por que utilizar? Kanban Princípios, práticas e benefícios do Kanban Testado e aprovado Tome nota: Quadro de benefícios dos Métodos Ágeis Agilidade sempre será a base da tecnologia 5 6 7 8 9-10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21-22 23 24
  • 5. Começamos dando um contexto sobre como os méto- dos ágeis estão se consolidando no desenvolvimento de novas tecnologias e projetos, mas o que caracteriza esses métodos de fato? Pode ser que você já tenha algum conhecimento sobre o que se tratam os métodos ágeis, mas achamos impor- tante trazermos uma definição para quem ainda não co- nhece exatamente a ideia. Os métodos ágeis são uma alternativa à gestão tradicio- nal de projetos, e vem ajudando muitas equipes a enca- rar a imprevisibilidades dentro de um trabalho através de entregas incrementais e ciclos iterativos. Para entender os métodos abordados aqui, é preciso compreender qual o sentido desses dois princípios. Definindo Métodos ágeis 5
  • 6. Segundo o site Cultura Ágil, referência em conteúdo so- bre métodos ágeis, um processo iterativo é aquele que acontece através de tentativas sucessivas de refinamento. Por exemplo, uma equipe de desenvolvimento faz sua pri- meira tentativa para construção de um software, porém, existem pontos de informação falhos ou incompletos em algumas - ou talvez muitas - partes. De forma iterativa, a equipe então refina essas partes até que o produto evolua, proporcionando que o software seja otimizado através da adição de mais e mais detalhes. Ciclos Iterativos 6 Outro exemplo: em uma primeira iteração, o objetivo é codificar uma tela de relatórios que suporte apenas o tipo mais simples para exibi- ção. A seguir, na segunda iteração, os critérios de pesquisa são adicionados para ampliar o le- que de opções no relatório. Finalmente, na ter- ceira iteração, pode-se adicionar gráficos para explanar visualmente o relatório.
  • 7. Entregas Incrementais Outro ponto característico dos métodos ágeis, o processo incremental é aquele em que o software é desenvolvido a partir de entregas parciais. Desse modo, cada pedaço ou incremento representa um subconjunto de funcionalidades que fazem sentido dentro do grande sistema a ser entre- gue. A entrega pode ser “pequena” ou “grande”, por exem- plo, podendo variar de uma simples tela de relatórios para um conjunto altamente flexível de telas de gerenciamento de dados. Na prática, vamos supor que você estrutura o projeto e consulta o cliente para saber qual parte ele pode já apro- veitar antes da entrega final do trabalho, para assim colo- cá-la como prioridade e poder entregar previamente. Isso é bastante usado em T.I. pois é possível planejar um gran- de sistema e dividir a entrega. Por exemplo: desenvolver e entregar primeiro um módulo de cadastro; em seguida a tela de lista de produtos; depois a tela venda de produto; a seguir a integração com o módulo de gestão da empresa e 7 assim por diante - ou seja, permitindo que a empresa vá utilizando os recursos solicitados. Nesse processo, cada incremento é codificado e testado, e assim a expectativa é que o projeto tenha a conclusão mais completa possível.
  • 8. Como podemos ver e entender melhor, os métodos ágeis são tanto iterativos, quanto incrementais - iterativos pois o projeto realizado é sempre melhorado em ciclos subse- quentes, e incrementais por que o trabalho planejado é en- tregue em partes que são adicionadas constantemente ao todo do projeto, gerando calor ao cliente no momento que tudo é fracionado. Ao sugerir esse novo formato, as metodologias ágeis ga- nharam destaque sobre os métodos tradicionais, também conhecidos como métodos pesados ou clássicos. Até então, os projetos eram planejados e construídos integralmente para apenas no final serem entregues em uma única vez. Inovação é a Palavra 8 Na verdade, foram as deficiências desses mode- los tradicionais que motivaram a busca de novos paradigmas para facilitar o desenvolvimento de projetos. Por isso, a seguir iremos contextualizar esses métodos mais antigos para depois entender a necessidade do surgimento dos métodos ágeis.
  • 9. Motivação para os Métodos Ágeis As metodologias ágeis nasceram nos braços do desen- volvimento de software, mas hoje podem ser aplicadas a qualquer tipo de projeto, inclusive em segmentos fora da área de T.I. Como falado anteriormente, tudo começou ao perceber-se que havia problemas com os métodos tradi- cionais de desenvolvimento de software. O modelo Waterfall, também conhecido como modelo Cascata, traduzindo para o Português, ditava os procedi- mentos comuns até então na realização dos projetos. Ge- neralizando e para que você entenda melhor, nele a equipe passava por diversas fases no trabalho. Inicialmente costu- mava-se fazer um levantamento muito bem detalhado de todos os requisitos a serem desenvolvidos a partir do diá- logo com o cliente. Assim definia-se um escopo do projeto e o cliente tomava uma séries de decisões para que enfim o desenvolvimento começasse, mesmo se ele ainda não ti- vesse certeza sobre o que buscava. 9
  • 10. Motivação para os Métodos Ágeis A próxima etapa geralmente envolvia uma outra equipe, que fazia uma análise dos requisitos e assim consequente- mente tornava o trabalho mais demorado, podendo levar meses de duração. Ainda havia a equipe de Design com a modelagem, para depois outra equipe codificar e haver a fase de testes - que acabava tendo que se adaptar ao prazo apertado devido ao fato do projeto demorar demais. Resumimos esse ciclo de forma sucinta para contar que essa metodologia mais antiga de desenvolvimento muitas vezes gerava problemas de qualidade no projeto final, além do grande espaço de tempo utilizado. Isso ocorria pois era preciso concluir uma das etapas do trabalho para poder passar para a próxima, e ainda assim corria-se o risco de 10 quando o cliente ter acesso ao projeto finalizado, não aprovar por não ver aquilo que imaginava. Desse modo, todo o trabalho desenvolvido pode- ria acabar sem gerar valor ao cliente, já que ele só recebia o solicitado em sua versão final, sem saber o contexto do que estava sendo construído e com muitas decisões tomadas de antemão pela própria equipe de desenvolvimento.
  • 11. Resumindo os Métodos Tradicionais Ou seja, entre as principais características (ou problemas, se você preferir chamar assim) dos métodos tradicionais estão: Requisitos pouco claros - Poderia acontecer do cliente ter pouco conhecimento sobre o projeto solicitado, e devido ao fato de que assim muitas informações eram deduzidas pela equipe - já que não havia um acompanhamento do cliente nem podia-se voltar de uma etapa para outra - a estrutura poderia não ficar clara e assim dificultar bons resultados. Resistência às mudanças - Como o escopo era fechado assim que tudo fosse definido, caso o cliente quisesse mudar alguma coisa precisaria haver uma negociação, podendo até mesmo aumentar o custo do projeto. Essa situação limitava o cliente a mudar, e isso muitas vezes impedia que o resulta- do final atendesse aos objetivos visados. Projetos longos demais - Como explicamos na página an- terior, os métodos tradicionais geravam projetos extensos, com raros feedbacks dos clientes e ausência de mudanças. 11 Segundo o Standish Report, havia muito desperdício: 52% dos requisitos implementados e 64% das funcio- nalidades são raramente utilizadas com esses méto- dos antigos. Ou seja, tempo e dinheiro jogados fora.
  • 12. Métodos Ágeis: Buscando Soluções Com os Métodos Ágeis, posteriormente os projetos pas- saram a serem feitos em ciclos e com intervalos muito me- nores, proporcionando ao cliente visualizar o que está sen- do feito e dar um feedback à equipe. A grande ideia é evitar esse desperdício. Jurgen Appelo, desenvolvedor e escritor holandês, explica sua linha de raciocínio no Management 3.0, propondo que os métodos ágeis são uma resposta ao caos e à ordem e propõem um cenário que está justamente no meio termo: a complexidade. Segundo Appelo, em 1950, como ainda era uma novi- dade, a programação de computadores não seguia bem um processo pré-estabelecido. À medida que esse campo foi evoluindo, houve a necessidade de organizar melhor a programação de softwares. Naquela época, o que se co- nhecia muito bem eram as engenharias mais tradicionais, sendo inspiração para a engenharia de software. Assim era comum tomar todas as decisões de antemão e deixá-las num ciclo grande de anos. Em contrapartida, os métodos ágeis teriam surgido na medida certa da complexidade: você tem uma certa previ- sibilidade, mas não uma previsibilidade total, por isso você trabalha em iterações e ciclos. Com um feedback contí- nuo, você pode ir respondendo rapidamente às mudanças que você não pode prever desde o início do projeto. Para quem não sabe, foram essas ideias que deram origem ao Manifesto Ágil. A seguir veremos como tudo começou. 12
  • 13. O Manifesto Ágil Segundo o Portal Cultura Ágil, na primavera de 2000 um grupo de líderes da comunidade do Extreme Programming - XP, uma metodologia de desenvolvimento de software - se reuniram em Oregan, nos Estados Unidos, para discutir questões que envolviam o processo de desenvolvimento com esse método. Nessa reunião foi debatida a relação en- tre XP e processos semelhantes, conhecidos inicialmente como métodos leves (Lightweight Methods), uma denomi- nação às novas metodologias do gênero que começavam a surgir naquela época. Nesse encontros os participantes concluíram que o XP era melhor como um método específico, mas concordaram que havia um espaço comum entre ele e os métodos leves. Com isso, Robert Cecil Martin, também conhecido como Tio Bob, presente na reunião, decidiu montar uma outra 13 reunião com pessoas interessadas nos métodos leves. Ela aconteceu no ano seguinte, em fevereiro de 2001, em um resort nas montanhas nevadas do esta- do norte-americano de Utah, marcando o surgimento e propagação do paradigma de desenvolvimento de softwares ágeis. Apesar do grande número de con- vidados, muitas das pessoas que estavam dispostas a ir tiveram que se ausentar. Dezessete pessoas (in- cluindo Robert) compareceram, dando início naquele momento mesmo sem saber ao Manifesto Ágil.
  • 14. A reunião acabou resultando em um consenso comum sobre os aspectos importantes em desenvolvimento de software, levando os participantes a escrever um documento que serviria como grito de guerra aos novos processos da área. Após cogitarem vários nomes, decidiram que a palavra “ágil” era a que melhor traduzia a abordagem proposta. No documento criado há a declaração das crenças e valores que aquelas dezessete pessoas possuíam. Esses princípios foram trabalha- dos nos meses seguintes, buscando expressar quais são seus ideais: Valores e Princípios do Manifesto Ágil Valores Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas Software em funcionamento mais que documentação abrangente Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos Responder a mudanças mais que seguir um plano Princípios Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente, através da entre- ga adiantada e contínua de software de valor. Aceitar mudanças de requisitos, mesmo no fim do desenvolvimen- to. Processos ágeis se adequam a mudanças, para que o cliente pos- sa tirar vantagens competitivas. Entregar software funcionando com freqüencia, na escala de semanas até meses, com preferência aos períodos mais curtos. Pessoas relacionadas à negócios e desenvolvedores devem trabalhar em conjunto e diáriamente, durante todo o curso do projeto. Construir projetos ao redor de indivíduos motivados. Dando a eles o ambiente e suporte necessário, e confiar que farão seu trabalho. O Método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para, e por dentro de um time de desenvolvimento, é através de uma conversa cara a cara. Software funcional é a medida primária de progresso. Processos ágeis promovem um ambiente sustentável. Os patrocinadores, desenvolvedores e usuários, devem ser ca- pazes de manter indefinidamente, passos constantes. Contínua atenção à excelência técnica e bom design, aumenta a agilidade. Simplicidade: a arte de maximizar a quantidade de trabalho que não precisou ser feito. As melhores arquiteturas, requisitos e designs emergem de times auto-organizáveis. Em intervalos regulares, o time reflete em como ficar mais efetivo, então, se ajustam e otimizam seu comportamento de acordo. 14
  • 15. Tipos de Metodologias Ágeis Para quem não sabe, os métodos ágeis hoje são muitos, abrangendo diferentes tipologias que foram criadas a par- tir da idealização que explicamos até aqui. Você já ouviu falar em Scrum e Kanban, por exemplo? Esses são alguns dos métodos mais conhecidos no gerenciamento de pro- jetos, dentre vários outros, e por isso iremos sintetizá-los para que você entenda melhor cada ideia. Vamos começar pelo primeiro, o famoso Scrum, como ci- tamos no início desse e-book. Ele é, sem dúvida, o método ágil mais usado nos dias de hoje, principalmente porque pode ser relacionado a outros métodos ágeis com facili- dade, sendo útil não só ao desenvolvimento de softwares, como a qualquer outro ambiente de trabalho. Na verda- de, o Scrum é um framework para organizar e gerenciar os projetos, baseado no planejamento iterativo e incremental, que, como você já sabe, se dá por fases. 15 Essas fases são chamadas de Sprints. Tipicamente mensais, esses ciclos representam um tempo defini- do dentro do qual um conjunto de atividades deve ser executado. Mas como isso funciona de fato? Vejamos a seguir um pouco sobre como o Scrum acontece, conhecendo melhor os termos técnicos utilizados nessa metodologia que caracterizam suas finalidades.
  • 16. Desde o início de um projeto baseado no Scrum, as fun- cionalidades a serem desenvolvidas são pontuadas e de- finidas em uma lista, conhecida como Product Backlog. No início de cada Sprint, é realizada uma Sprint Planning Meeting, ou seja, uma reunião de planejamento na qual o Product Owner - CEO do projeto e quem faz a ponte entre o cliente e a equipe de desenvolvimento - prioriza os itens do Product Backlog. Assim, a equipe, ou melhor, o Scrum Team, que são os profissionais que efetivamente executam o desenvolvimen- to do projeto, seleciona as atividades que será capaz de implementar durante o Sprint que se inicia. Cabe destacar ainda o papel do Scrum Master, que é o coach do Scrum Team e a pessoa responsável por orientar os profissionais em relação às melhores práticas Scrum, removendo barrei- ras e motivando a equipe. Scrum Os itens alocados em um Sprint são transferidos do Pro- duct Backlog para o Sprint Backlog, que corresponde à lista de atividades a se colocar em prática. A cada dia de um Sprint, a equipe faz uma breve reunião, realizada normal- mente de manhã, chamada de Daily Scrum. Isso é feito para compartilhar o conhecimento sobre o que foi feito no dia anterior, além de identificar possíveis problemas e priorizar o trabalho do dia que se inicia. CiclodametodologiaScrum 16 Dentro do Scrum, há ainda a Sprint Review Mee- ting, uma outra reunião, mas dessa vez realizada no fim de cada Sprint para alinhar as funcionalidades que já foram implementadas. A partir disso, começa-se a planejar o próximo Sprint, com essas etapas aconte- cendo sucessivamente até que o produto final este- ja pronto para a entrega. A ilustração a seguir facilita essa compreensão de como o Scrum funciona:
  • 17. Pilares do Scrum Vale lembrar ainda que são três as ideias principais em que a metodologia Scrum é fundamentada: Transparência É necessário que todos da equipe estejam sabendo o que os outros estão fazendo, incluindo os progressos que estão acontecendo e onde o grupo quer chegar. Dar visi- bilidade a isso é de extrema importância. Inspecção A verificação contínua do material produzido é essencial para garantir que o projeto siga dentro do estipulado, as- sim como para perceber desvios indesejáveis e trabalhar de modo efetivo. Adaptação A flexibilidade diante de mudanças é um dos principais objetivos dos métodos ágeis. É preciso considerar pos- síveis alterações em demandas de clientes e desvios de rotas pré-estabelecidas. 17 TRANSPARÊNCIA INSPECÇÃO ADAPTAÇÃO
  • 18. Scrum na prática: Por que utilizar? Descomplicando: a ideia de ser iterativo e incremental, a base do Scrum, pode ser melhor entendida pela ilustração: 18
  • 19. Kanban Além do Scrum, o Kanban é outra metodologia bastante uti- lizada no desenvolvimento de softwares, buscando diminuir as principais dificuldades dos projetos de tecnologia. Ele funcio- na como um método de sinalização para controle de fluxo de operação - aliás, o conceito de “Kanban” é justamente esse: a palavra de origem japonesa significa literalmente “sinalização”, ou simplificando, “cartão” (isso irá fazer ainda mais sentido com a ilustração que você irá ver a seguir!) Na verdade, o Kanban pode ser aplicado também em indús- trias de maneira geral, e é interessante lembrar que o método ganhou bastante repercussão por suas origens estarem asso- ciadas à Toyota, uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo. Dentro do setor de TI, esse tipo de metodologia ágil ganha destaque por ser uma ferramenta visual de ges- tão, tendo como principal objetivo garantir um ritmo sus- tentável de produção. Por causa disso, um aspecto fundamental para organização e gerenciamento do processo incremental de desenvolvimen- to de software é o Kanban Board. O “quadro”, que é um dos principais mecanismos utilizados no Kanban, é bastante sim- ples e prático. Lembra dos cartões que comentamos acima? Eles são dispostos em uma tabela, formada por esses post-its que servem para informar sobre o andamento do projeto. Essa ideia dá origem ao quadro, permitindo ter um controle visual do trabalho em progresso, como mostra a imagem da ao lado: Kanban Board O Kanban Board direciona todas as etapas do desenvolvimen- to, dispostas em colunas, diferenciando as atividades a fazer, em desenvolvimento, e as que já foram entregues. Ao término 19 de cada tarefa, o papel é puxado para a etapa seguinte até que a mesma seja finalizada. Além disso, o quadro pode ser utilizado para estipular prioridades, colocadas geralmente na parte mais superior das linhas de determinada coluna. Vale lembrar ainda que as tabelas formadas pelo Kanban Board são totalmente adaptáveis a cada projeto. No desen- volvimento de softwares, por exemplo, é natural construir um quadro mais detalhado, como mostra a ilustração ao lado, a fim de que a equipe visualize o status do projeto desde sua concepção até a conclusão, passando por outras etapas.
  • 20. Princípios, práticas e benefícios do Kanban Por ser menos prescritivo e bastante flexível, o Kanban tem sido muito usado por quem quer começar a implementar métodos ágeis aos seus projetos. Assim como o Scrum, apresentado anteriormente, ele possui alguns princípios fundamentais: Comece com o que você faz agora; Concorde em buscar mudanças evolucionárias; Respeite os papéis, responsabilidades e cargos atuais; Incentive atos de liderança em todos os níveis. Portanto, os ideais do Kanban deixam bem claro que o método não é um processo apenas para ser colocado em prática, e sim serve para impulsionar a melhoria, começan- do com o material que você já tem. Para que isso aconteça, segundo o site Cultura Ágil, o Kanban baseia-se em algumas práticas específicas para gerar resultado, como: visualizar o fluxo de trabalho (workflow), limitar a quantidade de trabalho em andamento (work in progress), gerenciar e medir o fluxo, tornar as políticas do processo explícitas, implementar loops de feedback e usar modelos para re- conhecer oportunidades de melhoria. 20 Fundamentos como esses são essenciais para al- cançar os benefícios alcançados pelo Kanban. Con- siderando ainda que a estrutura projetada por esse modelo contribui para que o nosso cérebro proces- se as informações visualizadas mais rápido, isso dá sentido à proposta de método ágil, facilitando o fluxo de trabalho e promovendo a objetividade.
  • 21. Para que você comprove de fato a eficiência dos métodos ágeis no desenvolvimento de projetos, trouxemos os de- poimentos de Leonardo Prates e Jorge Montalvão, profis- sionais da DBC Company bastante adaptados com os mé- todos aqui abordados. “Os principais métodos que já utilizei foram Scrum, XP (Extreme Programming) e Kanban. Em geral, equipes que nunca praticaram isso possuem um curva de aprendiza- gem até entenderem o método e se adaptarem. Após essa adaptação, a produtividade aumenta, a proatividade do time também melhora, principalmente ajudando a remover impedimentos. No final, há ganho de qualidade na entrega de software. Atualmente, projetos como esses sem nada de métodos ágeis estão fadados ao fracasso.” Leonardo Prates, Gerente de Operações da DBC Company Testado e aprovado 21
  • 22. “Em vários projetos que participei adotamos SCRUM, por exemplo, nos projetos de Indicadores de Desempenho dos Fornecedores, Gestão de Exceção de Lojas, Ranking de Oportunidades, Melhorias do E-commerce, etc. A equipe superou o esperado. Com o acompanhamento consegui- mos manter o foco nos objetivos mesmo quando diversos imprevistos nos forçaram a fazer desvios do plano original. Esses imprevistos foram classificados e priorizados junta- mente ao cliente, evitando problemas de comunicação, de- sentendimentos ou desacordos. Posso dizer que a importância dos métodos é muito gran- de. Como temos vários projetos em andamento ao mesmo tempo, a revisão periódica das atividades de cada membro do time e do time como um todo nos ajuda a manter o en- gajamento e evita desperdícios de esforço em atividades que não acrescentam na realização dos projetos. Compar- tilhamos os resultados, conhecimentos e experiências ad- quiridas com todos do time.” Jorge Montalvão, Scrum Master da DBC Company Testado e aprovado 22
  • 23. Tome nota: Quadro de benefícios dos Métodos Nos inspiramos no Kanban e pontuamos em um quadro os benefícios da utilização dos métodos ágeis aqui abordados. Chegando até o final do nosso e-book, visualizan- do assim fica mais fácil entender e recapitular o conteúdo, não é mesmo? aceleramento do desenvolvimento do projeto prevenção de falhas na elabo- ração respostas rápi- das às mudanças crescimento significativo da produtividade melhoria contí- nua do processo aumento da co- municação e inte- ração da equipe organização diária para o alcance da meta definida 23
  • 24. Agilidade sempre será a base da tecnologia Com as mudanças sendo um fator constante na evolu- ção de qualquer tipo de tecnologia, incluindo o desen- volvimento de software, o trabalho clama por dinamismo e principalmente agilidade para que os projetos estejam adequados às transformações repentinas que surgem. Se você deseja continuidade nas operações sem perder tem- po e ritmo, é preciso apostar em soluções que estejam alinhadas a esse propósito. Resumindo: pensar e executar necessitam ser atividades mais rápidas do que os possí- veis problemas e desafios à frente. Curiosamente, são esses os princípios que dão norte aos métodos ágeis.Tanto as entregas incrementais e ciclos ite- rativos do Scrum quanto a sinalização e a flexibilidade do Kanban são práticas que podem fazer a diferença na ges- tão de projetos. No entanto, cabe lembrar ainda que, além desses dois métodos que trouxemos aqui, existem diver- sas outras abordagens de metodologias, como Devops, Lean IT, XP, Safe, Less, BDD, TDD, FDD, DSDM e Crystal, entre outros. 24 Essa diversidade de métodos propostos por pes- quisadores da área mostra que nenhum desses modelos representa uma verdade absoluta, e sim dependem das particularidades de cada projeto para serem aplicadas. Aliás, as metodologias ágeis podem inclusive ser híbridas, reunindo as especi- ficidades mais interessantes de cada método para fazer efeito. Vale lembrar ainda o que comentamos na abertura deste e-book: é preciso cuidado para alcançar a proposta de agilidade no desenvolvi- mento de softwares. Comece implementando mé- todos em áreas que realmente necessitem de velo- cidade nos negócios, levando sempre em conta a cultura da organização e contando com profissio- nais maduros para atingir resultados positivos. A DBC trabalha com metodologias ágeis no desen- volvimento de projetos. Aproveite e acesse nosso site para conhecer (http://www.dbccompany.com.br/)
  • 25. Esse material foi preparado especialmente para você. Av. Andaraí, 531 – Bairro Passo D’Areia Porto Alegre / RS – CEP: 91350-110 Telefone: +55 (51) 3330.7777 Contato Comercial: contato@dbccompany.com.br Contato Recursos Humanos: oportunidades@dbccompany.com.br CONTEÚDO GABRIELA GIACOMINI PRODUÇÃO INNCOMUN MARKETING DIGITAL DESIGN GABRIEL MORAES