1.
Jornal da Filarmónica Recreativa Cortense
Ano IV ♫ número 49 ♫ abril 2012 ♫ 0,50 pautas
Editorial
Pág.2
Publicidade
Pág.7
Reportagem
Arte de Perder
Pág.8
Pág.3 Notícias
F.R.C.
As notícias
Correio dos Leitores da “nossa
Banda”.
Pág.4
Pág.8
“A Clave” Página 1 abril 2012
2. a
bril. Mês em que se celebrou a Ressurreição da
Jesus Cristo, no domingo dia 8, que pôs fim ao
Tempo Quaresmal e iniciou o Tempo da Páscoa.
Mês também em que se celebra o 38º aniversário
da Revolução dos Cravos que deu início à
Democracia Portuguesa e à imortalidade de
"Grândola, Vila Morena", canção composta e
cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo
Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha
de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à
fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria
sido banida pelo regime salazarista como uma música associada
ao Comunismo. Às zero horas e vinte minutos do dia 25 de abril
de 1974, a canção era transmitida na Rádio Renascença, a
emissora católica portuguesa, como sinal para confirmar as
operações da revolução. Por esse motivo, a ela ficou associada,
bem como ao início da Democracia em Portugal.
A educação das crianças é um fato que nos tempos que correm
se está a tornar um tanto quanto mais difícil. Uma dessas
dificuldades é a de os sensibilizar para saberem lidar com as
derrotas e de ouvir um não.
Na nossa Reportagem, indicamos-lhe conselhos de como
ensinar às crianças a arte de saber perder.
Descontraia com os nossos Passatempos.
Nas Notícias da F.R.C., acompanhe as atividades quaresmais
desenvolvidas bem como as futuras atividades e realizações e a
desenvolver na Agenda FRC e que marcam a vida da
nossa/vossa banda.
Boa leitura! Até maio!
Ficha Técnica:
Diretor: Alexandre Barata
Redação: Alexandre Barata, Adriano Esteves
Colaboradores: Samuel Barata, Carolina Pontífice, Mafalda Santos
Impressão: Filarmónica Recreativa Cortense
Tiragem: 75 exemplares
Distribuição: Filarmónica Recreativa Cortense
Apoios: IPDJ – Instituto Português do Desporto e da Juventude, I.P.
“A Clave” Página 2 abril 2012
3. Crianças: como ensinar-lhes a arte de perder
(Fonte: ACTIVA-Crianças)
O que é que ganhamos quando perdemos? Chegar em último – ou em segundo – não é fácil
para ninguém. Mas é urgente ensinar às crianças que só perdendo se aprende a ganhar.
Por que é que até a criança mais pequenina é
viciada em ganhar? Não somos todos? Ganhar é
qualquer coisa que vem de muito fundo em nós, que
está nos nossos genes. É a lei da sobrevivência. E
até os mais pequeninos sabem que têm de lutar
para sobreviver. Mas a verdade é que perder faz
parte da vida, e muito mais do que ganhar. Jogar a
quase tudo implica perder: às cartas, ao futebol, ao
Jogo da Glória, ao xadrez, perder sozinho ou em
equipa. Mas parece que é arte em vias de extinção:
as crianças andam a perder pouco.
A moda de jogar apenas jogos não competitivos
para não os 'traumatizar' e a ênfase na vitória e na
'autoestima' está a retirar aos mais pequenos a
importante lição que é perder. Em vez de
habituarmos as crianças a esperar aplausos
constantes, devíamos oferecer-lhes a possibilidade
de perder, elas vão ganhar resistência e uma noção
realista de como o mundo funciona.
'NÃO' GARANTIDO
"Digo muitas vezes aos meus filhos que eles vão
perder muito mais vezes do que vão ganhar", nota
Eduarda Matos, mãe de dois rapazes adolescentes.
"O 'não' já está garantido. Tudo o que vier só pode
ser igual ou melhor. E eles habituaram-se a ir à luta
e a tirar muito mais prazer de uma vitória conseguida a pulso."
Um bom perdedor é um bom vencedor? Claro. Se soubermos perder, ganhamos infinitamente
mais do que se ganharmos. É… se calhar, mas não quando se tem cinco anos… Mas é esse o
desafio para um educador. Só eu é que posso, partindo das minhas dificuldades, tornar-me um
vencedor.
Ou seja, se ganho sempre, não adquiro os processos intermédios que é preciso conquistar para
ganhar. Por isso, é sempre melhor educá-los para saber tirar partido dos momentos em que se
perde. Aliás, as grandes vitórias que nos deixam com a lágrima ao canto do olho são aquelas
que implicaram lutas e perdas que nos transformam.
Se ganhares, ganhas aquele jogo, mas mais nada, porque isso não te trouxe nada enquanto
ser humano…"
AI QUE O CLUBE PERDEU!
E quando perder ou ganhar não depende de nós mas do nosso clube? No Brasil houve um
problema enorme por causa do Mundial, quando o Brasil não ganhou a taça, porque os miúdos
vibram desde pequeninos com o futebol.
Resultado: algumas crianças deixaram de comer e atingiram situações extremas de frustração.
Mas também aqui em Portugal não faltam miúdos que vivem para o clube do seu coração. O
que é que se faz se o clube perde e a criança desespera? Nestas situações, temos que lhes
dizer que o clube não são elas, não é um prolongamento delas, não têm controlo sobre aquilo.
Mas claro que quando o mundo à volta está em delírio, é complicado. Ainda por cima, a força
da união entre adeptos é quase mágica. E é de facto muito importante, mas quando serve
para alguma coisa, quando nos unimos aos outros e conseguimos resultados concretos.
Não é o caso do futebol, que pode acabar bem ou mal e não depende de nós.
Então e a moda de abolir os jogos competitivos? A brincadeira é essencial para elas
aprenderem a perder. Não se deve abolir os jogos em que se ganha e perde, até porque elas
fazem isso espontaneamente. Mas sabem que são brincadeiras, que podem brincar sem se
magoarem.
“A Clave” Página 3 abril 2012
4. O ESPAÇO DO VENCEDOR
Imaginemos que tens dez anos, entraste numa corrida, ficaste em segundo lugar, estás
chateada...
Que é que podes tirar de bom daí? Imagina que até estavas à espera de ficar em 4.º e ficaste
em 2.º… Não estava nada! Estava à espera da medalha de ouro mesmo! Bem, aí avalias a
situação, percebes que se o outro mereceu ganhar porque correu mais, então é lógico ter
ganho…
O problema aqui é que competir exige coragem, principalmente quando já sabemos que as
nossas hipóteses de vitória são fracas. Por isso é que cada miúdo tem de conhecer as suas
potencialidades. Se souber aquilo em que é bom, não se vai importar tanto de perder noutras
coisas. Se tiveres dentro de ti o teu espaço de vencedor, o espaço em que és bom, isso
ninguém te tira e podes perder o que for preciso. Toda a gente tem o seu espaço de vencedor?
Toda a gente. Não podes ser bom a tudo. Portanto, ou concorres para te divertires ou não
concorres.
Ajudá-los a conhecerem-se bem é o papel dos pais: ajude-os a saber o que é que mais gostam
de fazer, aquilo para que têm mais jeito, a sua vocação.
As crianças não devem ter como única alegria na vida qualquer coisa que não depende delas,
como o futebol, porque aí sim, vão sofrer! Também é importante valorizar o percurso, para
além do resultado.
É bom não ter medo de experimentar e de fazer má figura. Problema: é difícil que elas sejam
assim, quando nós temos todos, um medo pavoroso de falhar.
Lá vem o 'cuidado Joãozinho que tu cais!’ - e ele cai mesmo. Os Descobridores deviam ter sido
todos órfãos… Claro que os pais querem vê-los vencer. Se um filho perde, parece que a culpa é
vossa, que falhastes enquanto pais. Aliás, as derrotas dos filhos podem ser uma boa
oportunidade para os pais reviverem perdas pessoais não ultrapassadas. Por isso é importante
relativizar a coisa e dar-lhes colo, porque se os pais só gostam de ti se tu ganhas, é terrível. O
importante é que perder não o torne um perdedor, mas que o torne imaginativo: como dar a
volta à derrota criativamente e conseguir tirar de uma frustração algo de bom.
O AMOR CONTRA A DERROTA
Pode haver várias razões para reagir muito mal à derrota. A principal parece lamechas, mas lá
vai: falta de amor. Podes ter pouco dentro de ti.
Deram-te tão pouco na vida, que, se tu perdes, isso vai ressoar lá no centro e vai-te doer
mais, vais sentir cada perda como um abandono. Isso é muito complicado. Crianças mal-
amadas geralmente perdem mal. Depois há o oposto, as crianças que nunca ouvem um 'não'.
Pais que não as ensinaram a perder enganaram-nas fazendo-as crer que pode ser tudo como
elas querem. Isso é amá-las mal.
O amor é a base de tudo? Sim. Podes perder tudo quando tens amor, porque estás cheio. Mas
mesmo que não estejas cheio pelos teus pais, podes aprender a 'encher-te' de outras
maneiras. É importante ensinar as crianças a bastarem-se a elas próprias, a serem auto
suficientes, a não precisarem de vampirizar os outros para se sentirem inteiras. O que é isso
de vampirizarem? É importante que elas não precisem que os outros percam para se sentirem
vencedoras. Toda a gente pode estar bem sem precisar que os outros estejam mal. Mas isto
nem os pais sabem gerir, quanto mais passá-lo às crianças… Portanto, não são as dificuldades
que nos moldam, mas a forma como lhes damos a volta. Por que é que perder há-de ser mau?
É importante ver para além do óbvio. O que nos habituaram a achar mau não o é
necessariamente, e vice-versa. E as crianças são capazes de fazer isso? São. É difícil, porque
estão habituadas a que tudo seja fácil e a não terem de pensar. Mas têm de ter limites, têm de
achar a sua âncora. E há coisas que todos nós temos de perder, porque só se as perdermos é
que vamos ter espaço para as que nos fazem felizes.
Portanto, ensine a sua criança a não levar as coisas tão a sério, a não estar tão virada para o
umbigo, a não perder a noção da realidade e dos outros. Nenhuma vida é feita só de vitórias.
Os vencedores costumam ser pessoas equilibradas, que tiveram pais apoiantes. Não os líderes
institucionais, mas as pessoas que admiramos, são pessoas que nem valorizam assim tanto as
vitórias, parece que não precisam de nada porque têm tudo dentro deles.
E as coisas facilmente lhes acontecem, porque não andam ali a tentar ganhar, estão no seu
caminho, e ele leva-os naturalmente às vitórias, ou à maior vitória, que é a de ser feliz.
“A Clave” Página 4 abril 2012
5. Este pequeno jornal é elaborado todos os meses no intuito da “abertura” da FRC
à comunidade envolvente. Gostaríamos de saber a Vossa opinião sobre este
aspeto e sobre os temas e rubricas apresentados, se são do Vosso agrado ou se
gostavam que fossem focados outros temas. Enviem-nos as Vossas sugestões,
opiniões, notícias e propostas para temas que desejem ver abordados por este
jornal, façam-no para o correio eletrónico filarmonicacortense@iol.pt ou
entreguem, a qualquer elemento da Filarmónica Recreativa Cortense.
Este espaço é de, e para todos os leitores.
Participem nele! Estamos à espera das
Vossas cartas e prestações!
INFORMAÇÕES ÚTEIS
Sinal TDT
O desligamento do sinal analógico de televisão, na nossa região e
inserido na 3.ª e última fase em que este sinal será cortado o que
acontece já a 26 de abril de 2012.
A nossa terra está numa área de reduzida cobertura pelo sinal
digital, mas desde a semana passada qua já se capta sinal digital em
algumas habitações, pelo devem verificar se o estão a captar,
fazendo uma busca automática (no aparelho de descodificação ou
diretamente na televisão se for compatível com a tdt) ou reorientar ou substituir a antena
exterior, ou em último caso migrar para a Televisão Digital (caso ainda não seja subscritor de
TV paga), adquirindo o Kit TDT Complementar (descodificador DTH), que permite o acesso à
Televisão Digital via satélite.
Mais informações em: http://tdt.telecom.pt/como/Default.aspx?code=XzX6F8
Agenda FRC
Abril:
dia 25 - Arruada do Dia da Liberdade, Cortes do Meio.
Maio:
dia 1 - Dia do Trabalhador, Tortosendo
dia 6 - Nossa Senhora de Fátima, Cortes do Meio
dia 13 - Nossa Senhora dos Remédios, Tortosendo
dia 20 - Santíssimo Sacramento, Peraboa
dia 27 - Santo Antão, Teixoso
“A Clave” Página 5 abril 2012
6. PUBLICIDADE
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“A Clave” Página 6 abril 2012
7. SOPA DE LETRAS
PARA RIR - Alentejanices
Dois alentejanos depois de assaltarem um banco:
- Compadre, vamos contar o dinheiro?
- Nããã,.. esperamos e vemos logo no noticiário.
Um alentejano está estendido debaixo de uma figueira de barriga para ar e de boca aberta.
Cai-lhe um figo na boca e ele fica na mesma posição.
- Por que é que não comes o figo? - Pergunta-lhe o companheiro.
- Estou à espera que caia outro, para me empurrar este para baixo.
Estavam dois alentejanos encostados a um chaparro, um deles volta-se para o outro e
pergunta: - Compadre, eu tenho a braguilha aberta?
O outro responde: - Não, Compadre, não tem.
Responde o primeiro: - Porra, então mijo amanhã!
Estavam dois alentejanos num café, já bêbados, quando passa uma equipa de futebol de
anões. Então um dos alentejanos vira-se para o outro:
- Ó compadre, quem é que deixou fugir os matraquilhos?
Um alentejano anda a regar a horta. Começa a chover mas ele continua aregar. Passa um
vizinho que lhe pergunta: - Atão compdri está a choveri e vomeçê continua a regari?
Responde o agricultor: - Ê cá nã preciso de favores de ninguém!
“A Clave” Página 7 abril 2012
8. Escola de Música FRC 2011/2012
A temporada 2011/2012 da Escola de
Música FRC continua a decorrer com as
aulas da Escola de Música FRC, agora
ministrada dois dias por semana, em que a
sua dúzia de alunos foi dividida em duas
turmas para uma melhor ensino, prática e
aproveitamento musicais.
Esperamos ter novas e boas notícias para
breve.
Celebrações Quaresmais: - “Encomendar das Almas”
A FRC a realizou e reavivou a tradição do
“Encomendar das Almas”.
Tradição esta que consiste na entoação
de um canto próprio e tem a sua
ocorrência às 24h00 das sextas-feiras do
tempo Quaresmal.
A última realização foi no dia 30 de
março e com a colaboração da Igreja e
da Junta de Freguesia, deu-se a esta
tradição um caráter mais solene, visto ter
sido realizada com a iluminação pública desligada e acompanhada à luz de
velas. De referir também, que esta tradição foi realizada, no dia 23 de
março, nas ruas da Bouça.
A FRC agradece estas colaborações e também a todas as pessoas que se
associaram ao reavivar desta tradição.
- “Via Sacra”
A FRC, no passado dia 5 de abril, pelas 20h00, em colaboração com a
Igreja de Cortes do Meio, realizou e participou na procissão dos passos da
“Via Sacra” (etapas da Paixão de Cristo) pelas ruas de Cortes do Meio,
acontecimento que antecedeu a e celebração e cerimónia do “lava pés”, na Igreja
Matriz de Cortes do Meio.
- “Enterro Do Senhor”
No dia 6 de abril (sexta feira santa), pelas 20h30,
na Igreja Matriz de Cortes do Meio, realizou-se a
cerimónia do “Enterro do Senhor”. Cerimónia
esta, que foi antecedida por uma arruada, pela
FRC, de convite à participação comum e que foi
participada e acompanhada pela FRC.
Após a simbólica cerimónia exequial realizou-se o
enterro simbólico de Jesus Cristo com a procissão
pelas ruas de Cortes do Meio, a qual a FRC
acompanhou musicalmente interpretando a marcha fúnebre Lágrimas Santas e
oralmente com o canto dos Motetos (canto de acompanhamento do serviço
religioso do “Enterro do Senhor”, neste caso interpretados em latim).
- “Procissão da Aleluia”
No passado dia 8 de abril, domingo de Páscoa, a FRC, antecedendo a eucaristia
dominical, realizou uma arruada de convite à celebração e acompanhou
musicalmente a procissão evocativa da ressurreição de Jesus Cristo e também
designada por “Procissão da Aleluia”, pelas ruas de Cortes do Meio.
Próximas atividades a realizar: Consultar “Agenda FRC”, página 5.
“A Clave” Página 8 abril 2012