1. Ludwig
wittgenstein
E.C.M Professor Daniel Neri Da Silva
Prof*: Leojaime
Aluno: Pedro Henrique Amorim 36*
Felipe Gabriel 17*
Paulo Adrian Suldine 47*
Turma: 1°E
Disciplina: Filosofia
2. Vida
Ludwig Wittgenstein nasceu em Viena a 26 de abril de 1889. Filho de
Karl e Leopoldine Wittgenstein, era o caçula dos 8 filhos do casal. Seus
avós paternos, Hermann Christian e Fanny Wittgenstein, eram de família
judaica, mas, quando se mudaram da Saxônia para Viena, em meados do
século XIX, converteram-se ao protestantismo e integraram-se
plenamente a comunidade protestante de Viena. O pai de Ludwig, Karl
Wittgenstein, foi um empreendedor de sucesso. Seus negócios na
indústria de ferro e aço alçaram-no a condição de um dos homens mais
ricos do império Habsburgo. A mãe de Ludwig, Leopoldine, também era
de ascendência judia pelo lado paterno da família, mas foi educada
segundo as práticas da Igreja Católica. Ludwig, assim como todos seus
irmãos, foi batizado como católico.
3. Juventude
Ludwig cresceu num ambiente propício ao desenvolvimento intelectual e artístico. Sua vida parece ter sido
dominada por uma obsessão com a perfeição moral e filosófica, resumida na biografia de Ray Monk, "Wittgenstein:
O Dever do Gênio".
Seu pai, Karl Wittgenstein, foi colecionador de obras de arte e patrocinador de músicos e pintores. Apoiou
financeiramente vários artistas de vanguarda e a construção do Edifício Secessão em Viena. A mãe de Ludwig era
excepcionalmente musical e fez questão de proporcionar aos filhos uma educação musical primorosa. Além do
interesse pelas artes, os pais de Ludwig organizavam com frequência apresentações de peças musicais nos
luxuosos salões de sua casa. Entre os frequentadores da casa dos Wittgenstein estavam artistas como Johannes
Brahms, Gustav Mahler, e Richard Strauss. Em sintonia com esse ambiente, os filhos de Karl e Leopoldine
respondiam com a revelação de talentos incomuns, em especial para a música. Hans, o mais velho entre os filhos
homens, começou a compor aos quatro anos de idade. Paul Wittgenstein tornou-se um habilidoso pianista de
renome internacional, mesmo após perder a mão direita na 1ª Guerra Mundial. O próprio Ludwig, embora não
tenha escolhido a música como profissão, manifestou talentos musicais acima da média. Tocava clarinete e tinha
ouvido apurado. Especialmente notável teria sido sua capacidade de reproduzir em assovios um movimento inteiro
de uma sinfonia ou concerto
4. A música também esteve presente em seu trabalho filosófico: em seus escritos, usou-a frequentemente para
construir exemplos e símiles.
Ao lado dos pendores artísticos, no entanto, a família Wittgenstein apresentava também traços de intensa
autocrítica, pessimismo, depressão e mesmo de tendências suicidas. Três dos quatro irmãos homens de
Wittgenstein cometeram suicídio.
Até 1903, Ludwig foi educado em casa; após este período, estudou por três anos na Realschule em Linz, uma
escola que dava ênfase a disciplinas técnicas. Durante um dos anos letivos, Wittgenstein foi contemporâneo de
Adolf Hitler na Realschule. Embora tivessem a mesma idade, não foram colegas de classe – Hitler estava dois
anos atrasado. Não há informação segura de que tenham se conhecido.
5. A Primeira Guerra Mundial
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Wittgenstein alista-se como voluntário no exército austro-húngaro.
Serve primeiro em um navio e depois numa oficina de artilharia. Em 1916, é enviado, como membro de um
regimento de artilharia, ao front russo. Recebe, por seu desempenho nas batalhas, várias condecorações por
bravura.
Durante a guerra, Wittgenstein manteve anotações de cunho filosófico e religioso, além de anotações pessoais.
Esses cadernos de anotações mostram uma profunda mudança em sua vida espiritual. Parte dessa mudança
deveu-se à leitura de O evangelho explicado, de Liev Tolstói. Wittgenstein carregava esse livro para onde quer que
fosse, e recomendava-o a todos (a ponto de ser conhecido pelos outros soldados como "o homem com os
evangelhos").
6. Desenvolvendo o Tractatus
Durante a guerra, Wittgenstein passa a atribuir ao seu trabalho em lógica um significado ético e religioso. As
preocupações cada vez maiores com questões éticas, combinadas com seu interesse por análise lógica e com os
pensamentos fundamentais desenvolvidos durante a guerra, transformaram os trabalhos desenvolvidos em
Cambridge e na Noruega no material que viria a ser a base do Tractatus. Em 1918, já no fim da guerra,
Wittgenstein foi promovido a tenente e enviado ao norte da Itália, integrando um regimento de artilharia. No verão
de 1918, durante uma licença das obrigações militares, Wittgenstein hospedou-se na casa de seu tio, Paul
Wittgenstein, em Hallein, perto de Salzburgo. Nessa ocasião, conclui o manuscrito do Tractatus e encaminhou-o a
editores de Viena, na esperança de que se interessassem em publicá-lo. A resposta, no entanto, foi negativa
7. Os “anos perdidos” após o Tractatus
Por essa época, Wittgenstein já havia mudado bastante. Aparentemente, as experiências da Primeira Guerra
deixaram marcas indeléveis. Assim como ocorreu a vários outros ex-combatentes, Wittgenstein enfrentou
dificuldades em se readaptar à vida civil. Além disso, a elaboração do Tractatus havia sido extremamente
desgastante, tanto intelectual como emocionalmente. Essa obra havia transfigurado todo o seu trabalho anterior
em lógica numa estrutura completamente nova que, em parte, refletia uma profunda preocupação espiritual. O
resultado prático foi a busca de um novo estilo de vida, mais simples e austero. Uma das expressões mais
dramáticas dessa mudança foi a sua decisão de abdicar a herança deixada por seu pai. A parte que lhe cabia foi
dividida entre os irmãos.
8. O pensamento de Wittgenstein
Na segunda fase, vem a grande mudança de pensamento. Ele passou a afirmar a impossibilidade de
um conceito lógico a um conceito empírico, ou seja, a impossibilidade da linguagem falar da
realidade, de reproduzir o objeto que está sendo descrito
Wittgenstein chama de jogo de linguagem essa representação do objeto, isto é, a linguagem passa a
determinar, de certo modo, a concepção da realidade. Ele mesmo compara a linguagem a uma caixa
de ferramentas.
Dentro da caixa de ferramentas você tem várias opções de chaves para usar somente aquela que é
necessária e, quando não encontra a chave certa, não tem o que fazer, assim também é com a
linguagem.
Não se trata de considerar falsa ou verdadeira, mas de saber usá-la. Neste sentido, a tarefa da
Filosofia para Wittgenstein é usar adequadamente a linguagem, conhecendo seus limites e calando-
se diante do que não se pode falar.