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Primeira categoria
Alucinações telepáticas em que o
animal é o agente
Caso 5
Encontrei-o no Journal of the S. P. R. (vol. XII, pág. 21).
A senhora Carbery, mulher de Lord Carbery, enviou do
castelo de Freke, condado de Cork, o seguinte relato,
datado de 23 de julho de 1904:
“Ao longo de uma quente tarde de domingo, no verão de 1900, após
o almoço me preparava para uma de minhas visitas costumeiras às
cocheiras, a fim de distribuir açúcar e cenouras para os cavalos; entre
os animais, havia uma égua amedrontada e nervosa chamada Kitty, de
quem eu gostava muito. Uma forte simpatia existia entre nós.
Montava nela em todas as manhãs antes do almoço, fizesse chuva ou
Sol. Eram passeios tranquilos e solitários pelas colinas que beiravam o
mar, e sempre me parecera que Kitty se divertia, como eu, com esses
passeios no frescor da manhã.
Na tarde em questão, ao sair da cocheira, fui sozinha ao parque,
percorri uns 400 metros e em seguida me sentei à sombra de uma
árvore com um livro muito interessante; minha intenção era ficar ali
por aproximadamente duas horas. Após vinte minutos, um influxo de
sensações terríveis veio se interpor entre mim e minha leitura; ao
mesmo tempo, eu tinha certeza de que algo penoso tinha acontecido
com minha égua Kitty. Tratei de afastar essa impressão, continuando
com minha leitura, mas ela aumentou de tal maneira que fui obrigada
a fechar meu livro e me dirigir às cocheiras. Chegando lá, fui
rapidamente ao boxe de Kitty; eu a encontrei estendida no chão,
agonizando e necessitando de socorro urgente. Fui imediatamente
procurar os cocheiros, que estavam em outra parte afastada do local;
eles se apressaram em prestar ao animal os cuidados necessários. Foi
grande a surpresa deles ao me ver aparecer na cocheira pela segunda
vez, uma circunstância absolutamente insólita.”
“Na época eu era cocheiro no castelo de Freke e Lady Carbery veio
durante a tarde distribuir, como de costume, açúcar e cenouras aos
cavalos. Kitty estava solta em seu boxe e completamente saudável.
Logo depois, voltei para meus aposentos e os empregados da cocheira
subiram para seus quartos. Fiquei surpreso ao ver, meia hora ou
quarenta e cinco minutos depois, a senhora voltar e nos pedir para
prestar socorro a Kitty, que estava estendida no chão, acometida por
uma dor repentina. Nesse meio tempo, nenhum de nós tinha entrado
nas cocheiras.”
Edward Nobbs
O cocheiro que prestou os cuidados à jumenta naquela ocasião
confirmou assim esse relato:
O segundo relato é menos impressionante do que o primeiro: a
impressão telepática sentida pela senhora Carbery foi também menos
precisa; todavia, tal impressão foi forte o bastante para convencer a
percipiente de que as sensações que ela experimentava indicavam que
a égua Kitty tinha uma urgente necessidade de socorro e para fazê-la
imediatamente ir ao encontro do animal. Ora, estas circunstâncias de
natureza excepcional e com uma significação precisa e sugestiva são
suficientes para permitir uma conclusão a favor do caráter telepático
do caso em questão.
O segundo relato é menos impressionante do que o primeiro: a
impressão telepática sentida pela senhora Carbery foi também menos
precisa; todavia, tal impressão foi forte o bastante para convencer a
percipiente de que as sensações que ela experimentava indicavam que
a égua Kitty tinha uma urgente necessidade de socorro e para fazê-la
imediatamente ir ao encontro do animal. Ora, estas circunstâncias de
natureza excepcional e com uma significação precisa e sugestiva são
suficientes para permitir uma conclusão a favor do caráter telepático
do caso em questão.

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6 primeira categoria - caso 5

  • 1.
  • 2. Primeira categoria Alucinações telepáticas em que o animal é o agente Caso 5 Encontrei-o no Journal of the S. P. R. (vol. XII, pág. 21). A senhora Carbery, mulher de Lord Carbery, enviou do castelo de Freke, condado de Cork, o seguinte relato, datado de 23 de julho de 1904:
  • 3. “Ao longo de uma quente tarde de domingo, no verão de 1900, após o almoço me preparava para uma de minhas visitas costumeiras às cocheiras, a fim de distribuir açúcar e cenouras para os cavalos; entre os animais, havia uma égua amedrontada e nervosa chamada Kitty, de quem eu gostava muito. Uma forte simpatia existia entre nós. Montava nela em todas as manhãs antes do almoço, fizesse chuva ou Sol. Eram passeios tranquilos e solitários pelas colinas que beiravam o mar, e sempre me parecera que Kitty se divertia, como eu, com esses passeios no frescor da manhã.
  • 4. Na tarde em questão, ao sair da cocheira, fui sozinha ao parque, percorri uns 400 metros e em seguida me sentei à sombra de uma árvore com um livro muito interessante; minha intenção era ficar ali por aproximadamente duas horas. Após vinte minutos, um influxo de sensações terríveis veio se interpor entre mim e minha leitura; ao mesmo tempo, eu tinha certeza de que algo penoso tinha acontecido com minha égua Kitty. Tratei de afastar essa impressão, continuando com minha leitura, mas ela aumentou de tal maneira que fui obrigada a fechar meu livro e me dirigir às cocheiras. Chegando lá, fui rapidamente ao boxe de Kitty; eu a encontrei estendida no chão, agonizando e necessitando de socorro urgente. Fui imediatamente procurar os cocheiros, que estavam em outra parte afastada do local; eles se apressaram em prestar ao animal os cuidados necessários. Foi grande a surpresa deles ao me ver aparecer na cocheira pela segunda vez, uma circunstância absolutamente insólita.”
  • 5. “Na época eu era cocheiro no castelo de Freke e Lady Carbery veio durante a tarde distribuir, como de costume, açúcar e cenouras aos cavalos. Kitty estava solta em seu boxe e completamente saudável. Logo depois, voltei para meus aposentos e os empregados da cocheira subiram para seus quartos. Fiquei surpreso ao ver, meia hora ou quarenta e cinco minutos depois, a senhora voltar e nos pedir para prestar socorro a Kitty, que estava estendida no chão, acometida por uma dor repentina. Nesse meio tempo, nenhum de nós tinha entrado nas cocheiras.” Edward Nobbs O cocheiro que prestou os cuidados à jumenta naquela ocasião confirmou assim esse relato:
  • 6. O segundo relato é menos impressionante do que o primeiro: a impressão telepática sentida pela senhora Carbery foi também menos precisa; todavia, tal impressão foi forte o bastante para convencer a percipiente de que as sensações que ela experimentava indicavam que a égua Kitty tinha uma urgente necessidade de socorro e para fazê-la imediatamente ir ao encontro do animal. Ora, estas circunstâncias de natureza excepcional e com uma significação precisa e sugestiva são suficientes para permitir uma conclusão a favor do caráter telepático do caso em questão.
  • 7. O segundo relato é menos impressionante do que o primeiro: a impressão telepática sentida pela senhora Carbery foi também menos precisa; todavia, tal impressão foi forte o bastante para convencer a percipiente de que as sensações que ela experimentava indicavam que a égua Kitty tinha uma urgente necessidade de socorro e para fazê-la imediatamente ir ao encontro do animal. Ora, estas circunstâncias de natureza excepcional e com uma significação precisa e sugestiva são suficientes para permitir uma conclusão a favor do caráter telepático do caso em questão.