O documento descreve a anatomia do osso temporal, com foco nos acessos transtemporais. O autor é Erion Junior de Andrade e foi escrito para o Hospital de Clínicas da UNICAMP.
Escamosa: revestimento do encefalo – formando a parede lateral e assoalho da fossa média
mastoidea: pneumatizada e contém as células aéreas da mastóide e o antro mastoideo.
Petrosa: compacta, contem a cóclea, vestíbulo e canais semicirculares
timpânica: parte da parede da cavidade timpânica e Meato Acústico Externo
estiloide: projeta-se inferiormente e é inserção de vários músculos.
Visao posterior osso temporal para avaliarmos a relação das depressões e saliencias na crista petrosa.
Impressão trigeminal
Eminencia trigeminal
Impressão do MAI
Eminencia arqueada
Tegmen timpani
A impressão trigeminal e a eminencia arqueada estão situadas na superfície superior da porção petrosa. O aqueduto vestibular conecta o vestíbulo situado na porcao petrosa com o saco endolinfatico lozalicado na porcao posterior da superfície petrosa abaixo e lateral ao MAI.
B) A Crista TRANSVERSA separa o meato em superior (VII e vest superior) e inferior (coclear e vest inferior). A crista VERTICAL (Bill’s bar) separa as áreas facial da vestibular superior).
D) forame singular – contem ramo singular do nervo vestibular inferior – ampola posterior.
A porção escamosa forma a parede lateral da fossa média. A base do processo estiloide e envolvida pela porcao timpânica, esse projet-ase inferiormente formando inserção de diversos músculos.
F) visão ampliada do MAE – espinha de Henle excelente ponto de referencia para lozalizacao do segmento timpânico do facial e do aspecto profundo do canal lateral. O antro mastoideo localiza-se profundamente ao triangulo suprameatal.
G) o antromastoideo localiza-se póstero superiormente a espinha de Henle. O Asterion corresponde a metade inferior do seio transverso e sgmoide.
A borda anterior da junção dos seios sigmoide e transverso está situada na junção das suturas escamosa e parietomastoideia.
Os acessos realizados através da superfície temporal são:
Exposição do MAI através da fossa média
1) Petrosectomia anterior direcionada ao MAI através do ápice petroso
2) Acesso estendido através da fossa media + ressecção dos canais semicirculares, cavidade timpânica e face posterior do osso temporal
3) Acesso pre auricular subtemporal infratemporal.
Acesso pela fossa posterior
Acessos realizados através da mastoide podem ser:
1) Mastoidectomia em que a dura mater pre sigmoideia é exposta de maneira limitada – durotomia em frente ao seio sigmoideo sem exposição do labiritinto.
2) Acesso retrolabirintico que expõe a capsula óssea do labirinto.
3) Labirintectomia parcial
4) Acesso translabirintico
5) Modificação transcoclear.
Acesso ao MAI através da fossa média.
Indicação: pequenos tumores que se localizam no MAI, onde há possibilidade de preservação da audição.
O acesso estendido pela fossa média, usado para remoção dos neurinomas volumosos, inclui abertura da porção anterior da pirâmide petrosa e remoção da
Visão lateral da fossa média direita – crista petrosa e o seio petroso superior
Nervo petroso maior pode ser identificado medialmente a eminencia arqueada conforme sai do gânglio geniculado através do hiato facial e se dirige ao assoalho da fossa craniana media. Esse nervo cursa sobre o sulco esfenopetroso imediatamente acima e anterolateralmente a carótida petrosa.
Nervo petroso menor origina-se do plexo timpânico.
Coclea situada abaixo do assoalho da fossa media, no angulo entre o segmento labiríntico do facial e o nervo petroso maior.
Nesta imagem se ve que foi retirado o teto do MAI expondo os nervos que ali transitam – no caso vemos o 7º nervo
1) Segmento cisternal
2) Segmento meatal
3) Segmento labiríntico: localizado na porção petrosa do temporal, do fundo do meato até o gânglio geniculado. Entre a cóclea e os canais semicirculares. Termina onde o nervo petroso maior surge do gânglio geniculado.
4) Segmento timpanico
5) Segmento mastoideo ou vertical: o nervo vira-se verticalmente para baixo e atravessa a porcao petrosa do lado da porcao mastoidia do temporal.
Via lateral – mastoidectomia – para abrir a área superior vestibular (fundo do MAI) drillamos o canal semicircular superior.
O semicircular superior esta em direção a fossa média (eminencia arqueada). É o mais sucetivel a lesões durante o acesso ao MAI através da fossa média.
Canal semicircular lateral
Canal semicircular posterior- Para expor a área vestibular inferior drilamos a parte posterior do canal posterior
Ganglio trigeminal: o segmento inicial da raiz posterior do trigêmio, a dura mater e a cisterna aracnoidea que os envolve, cavo de Meckel, estão situados em um sulco na superfície superior do ápice petroso, acima da parte medial do segmento petroso da carótida. IMPRESSÃO TRIGEMINAL
Superficie ANTERIOR- voltada para o assoalho da fossa média, marcado pela impressão trigeminal e forma o teto do canal carotídeo.
Proeminencia trigeminal
Fossa ou impressão do MAI
Eminencia arqueada – porção de osso cortical que recobre o canal semicircular superior
Tegmen timpani, camada de osso extremamente fina. É o teto da cavidade timpanica, MAE e o antro mastoide e o – local mais comum de fistula liquorica espontanea ou pos infeccao na orelha média.
Nervo petroso maior pode ser identificado medialmente a eminencia arqueada conforme sai do gânglio geniculado através do hiato facial e se dirige ao assoaljo da fossa craniana media
Canal carotídeo; A tuba auditiva e o m. Tensor do tímpano são paralelos a margem anterior do segmento horizontal sendo separados da artéria por uma lamina óssea fina.
Em até 15% dos casos não existe osso recobrindo a carótida em seu trajeto abaixo do nervo trigemeo.
Novamente vemos o espécime onde foi drillado o teto do MAI, a eminencia arqueada expondo os canais semicirculares e o tegmen expondo o antro da mastóide, o MAE e a orelha média.
Meato acústico externo
Cavidade timpanica – espaço estreito cheio de ar onde estão os ossículos que é limitada por.
Lateral: MT
Medial: Promontório
Posterior: antro mastoideo
Anterior: tuba auditiva – comunica c/ nasofaringe.
Superior: alarga-se formando o recesso epitimpanico.
Teto: tegmen timpânico que separa a fossa media e cavidade timpânica – antro mastoide e musculo tensor do tímpano.
Assoalho: osso fino que separa do bulbo superior da jugular
MAI
Cóclea
Prof. Rhoton cita que uma forma de se pensar nesta região seria a regra do Y onde um dos braços seria o MAE
MAI
Tuba auditiva (tuba de eustáquio)
Teto da tuba auditiva e entre a tuba auditiva e a carótida – M. tensor do tímpano que é inervado pelo 5o par
Musculo curto que surge da tuba auditiva e se insere no cabo do marcelo, fazendo sua tração.
Na junção das 3 pernas da letra Y temos a cavidade timpanica e os ossículos: Martela, Bigorna e Estribo que são os menores ossos do corpo humano e funcionam como amplificadores da energia mecanica.
Na Junção das 3 pernas do Y vemos a cóclea
Vestibulo: pequena cavidade situada na confluência dos canais semicirculares, onde eles se abrem. Esta acima do bulbo da jugular.
Relembrando, os principais acessos transtemporais pela fossa média são:
Acesso pelo MAI que está escondido atrás do canal semicircular superior
Pelo ápice petroso – lateral ao nervo trigemio
Em direção infero lateral até o seio petroso inferior
Lembrando que o ápice petroso está adjacente a entrada do 6o nervo pelo canal de Dorello, por isso este é susceptivel a lesão térmica no momento da drillagem podendo causar oftalmoparesia transitória
3o e ultimo Acesso- seria o acesso estendido pela fossa média onde se drilla o labirinto para entrar na fossa posterior
Visão cirúrgica de uma fossa média direita – de cima para baixo
Triangulo de Kawase – limites - borda posterior do gânglio de Gasser anteriormente, o nervo grande petroso lateralmente e a borda petrosa com o seio petroso superior medialmente. Após drilar o osso petroso, a dura-máter da superficie petrosa na fossa posterior é exposta, dando acesso à região clival anterior. Os limites desta exposição são o seio petroso superior e inferior medialmente, o meato acústico interno e a cóclea posteriormente e a artéria carótida petrosa lateralmente.
Impressão trigeminal
Impressão meatal
Se olharmos para o MAE percebemos que ele esta quase em linha reta com o MAI
Ou pode se fazer um angulo entre a Eminencia arqueada e o n. petroso maior e na bifurcacao deste angulo se drila o MAI iniciando no poro acústico onde há mais espaço entre as paredes e os nervos.
Drillando o MAI
1) Ápice petroso
2) Pelo MAI
3) Acesso estendido drilando o labirinto.
Petrosectomia anterior medial ao MAI
Drillado inferiormente até a parte antero lateral do clivus
Seio petroso inferior
AICA
6o nervo
Artéria cerebelar superior
Podemos expor esta area usando uma Craniotomia temporal – ou orbito zigomática
Craniotomia temporal centrada na raiz posterior do arco zigomático
Nervo petroso maior
Nervo petroso maior
Quando o objetivo do peeling da fossa média é a exposição dos triangulos do seio cavernoso o sentido do descolamento é de anterior para posterior.
Porém quando o objetivo é exposição para a petrosectomia o descolamento é de posterior para anterior pois é mais fácil descolarmos a dura do nervo petroso. A dura mater é separada do assoalho da fossa media ate que a eminencia arqueada e o nervo petroso maior possam ser identificados. Ao se descolar, lembrar que pode nao haver osso sobre o gânglio geniculado., assim como sobre a carótida interna petrosa abaixo do nervo petroso maior.
O forame espinhoso, a meníngea media, o forame oval e a terceira divisão do trigêmio sao expostos junto a margem anterior da exposição extradural
Arteria Meningea Média importante ponto de referencia nos acessos de fossa media penetra o crânio pelo forame espinhoso do esfenoide 0,5cm antero lateral ao canal carotídeo. Nos acessos para o teto do MAI pode-se preservar, mas para a petrosectomia anterior geralmente temos que sacrifica-la.
A exposição do MAI pode ser feita de duas formas:
Drillar o osso sobre o nervo petroso maior e seguir ate o gânglio geniculado e joelho facial. A partir dai segue-se a porcao labiríntica do facial até o MAI onde se remove o teto.
Remoção óssea a frente da crista petrosa na região medial a eminencia arqueada. O angulo formado pelo nervo petroso maior e o eixo longitudinal do MAI define a área de drillagem. A remoção óssea deve ser direcionada anterior e lateralmente ao fundo do meato onde a crista vertical é identificada.
2) Remoção óssea a frente da crista petrosa na região medial a eminencia arqueada. O angulo formado pelo nervo petroso maior e o eixo longitudinal do MAI define a área de drillagem. A remoção óssea deve ser direcionada anterior e lateralmente ao fundo do meato onde a crista vertical é identificada.
Petrosectomia anterior – drillagem medial abaixo do 5o nervo abaixo em direção ao clivus
Drillagem do teto do MAI do poro acústico ao fundo.
Poro do MAI mostrando os nervos no trajeto meatal
Fundo do MAI
7o
Vestibular superior
N. coclear
N. Vestibular inferior
Crista vertical (Barra de Bill) em área facial e área vestibular.
Barra transversa
A cóclea e a parede anterior do canal auditivo interno formam o limite lateral da exposição realizada através do ápice petroso.
Limite anterior: segmento petroso da ACI.
Limite medial: cavo de Meckel.
Remoção óssea é realizada atrás do segmento petroso da carótida, no ápice petroso medialmente a cóclea e sob o nervo trigêmio. Após petrosectomia a remoção é estendida até superfície lateral do clivo, expondo o seio petroso inferior junto a borda lateral do clivo. Deve-se tomar cuidado para não lesar o nervo abducente pelo canal de Dorello.
Seio petroso superior
Ápice petroso entre trigêmio e MAI for removido para expor porcao lateral do clivo.
Exposição sob o nervo trigêmio até o seio petroso inf.
Para acesso da fossa posterior deve-se ligar e seccionar o seio petroso superior
Abertura da tenda do cerebelo
Abre-se a dura temporal e se faz elevação do lobo temporal
Veia de Labbé
Sempre que seccionar o tentório lembrar de cuidado para não causar lesão do 4o nervo
Exposição da face antero lateral do tronco cerebral, acima e abaixo da saída do nervo trigemeo.
ACESSOS ATRAVÉS DA MASTOIDE:
1) Mastoidectomia em que a dura mater pre sigmoideia é exposta de maneira limitada – durotomia em frente ao seio sigmoideo sem exposição do labiritinto.
2) Acesso retrolabirintico que expõe a capsula óssea do labirinto.
3) Labirintectomia parcial
4) Acesso translabirintico
5) Modificação transcoclear.
Mastoide – serve de inserção (superficial para profundo) dos seguintes músculos:
Esternocleidomastoideo
Esplênio da cabeça
Longuíssimo da cabeça
Ventre posterior do digástrico. (insere na incisura mastoideia
Grifado em amarelo vemos a Espinha de Henle que nos o trajeto do nervo facial que é representado pela letra A.
O Antro da mastoide lateral e superior a espinha de Henle
Interior da mastoide é constituído por trabéculas osseas que se unem para formar o antromastoideo (cavidade) que se comunica com a porção epitimpanica da cavidade timpânica através do ádito (abertura) . Septo de coronet.
Após removidas as células mastoideas – vemos o Seio sigmóide.
Bulbo da jugular
Saco endolinfático – pode se chegar retromastoide ou pode se identificar pre sigmoide em uma exposiçào retrolabirintica
Dura mater da fossa média – inferior ao tegmen
Seio petroso superior
O angulo formado pelos seios petroso superior e sigmoideo e a dura mater da fossa cranica media delimita um espaço dural denominado ANGULO SINODURAL.
Interior da mastoide é constituído por trabéculas osseas que se unem para formar o antromastoideo (cavidade) que se comunica com a porção epitimpanica da cavidade timpânica através do ádito (abertura)
Após removidas as células mastoideas – vemos o Seio sigmóide.
CAPSULA OTICA: bloco de osso sólido que delimita o limite medial da cavidade mastoidea. Contem o labirinto ósseo.
Recesso facial
Fossa da bigorna
Processo curto da bigorna apontando pro segmento timpanico do facial
Segmento timpanico do N. facial
Canal semicircular lateral e sua relação próxima com o nervo facial
Nervo facial
Canal semicircular superior
Canal semicircular lateral – Marcador para o nervo facial
Canal semicircular posterior
Nervo facial percorre esta área grifada entre os canais semicirculares lateral e posterior
Common crus -
Área superior vestibular
Musculo estapédio – ligado no pescoço do estribo.
Estribo
Recesso Facial
Fossa da bigorna
Janela Oval – que é onde se insere a platina do estribo
Janela Redonda, acessada através do recesso facial. - ORL usa para os implantes cocleares
Saco Endolinfático -
Mastoide
Seio sigmoide
Angulo Sinodural
Dura mátera da fossa média
Canal semicircular posterior
Canal semicircular posterior se enroscando na parte posterior do canal semicircular lateral
Espinha de Henle
Cavidade timpanica
Nervo corda do tímpano
Tuba de eustáquio/auditiva
Martelo
Bigorna
Estribo
Processo curto da bigorna apontando sempre para o facial
Segmento timpánico do facial, sempre na direção do processo curto do.
Canal semicircular lateral
Canal semicircular posterior
Não se ve o canal semicircular superior, até drilarmos medialmente acima do canal semicircular lateral. Nesta imagem vemos o canal semicircular lateral.
Nervo facial em um trajeto inferior na direção do processo curto da bigorna,
Estribo na janela oval
Após drillagem dos canais semicirculares
Parte anterior do segmento ampular do canal lateral acima do 7o nervo.
Parte timpanica do facial está acima da janela oval.
m. Estapédio, abaixo da janela oval e do n. facial
Mastoide – ACESSO TRANSLABIRINTICO
Labirintectomia Parcial – remoção do labirinto superior para aumentar o acesso a fossa média
Labirintectomia Parcial – tirar o canal posterior: aumenta o acesso para a fossa posterior. ½ dos casos se preserva a audição.
Labirintectomia concluida inclusive do canal lateral (pacientes que ja perderam a audição) - mantida a parte ampular da área vestibular superior
Após acesso translabirintico concluido e aberta dura da fossa posterior.
Acesso ao Meato Acústico Interno com o complexo 7o e 8o
Acesso Retrolabirintico para CPA mas para alcançar os nervos no MAI temos que drillar através do labirinto
5o nervo
7o nervo
8o
9o
10o
ACESSO TRANSCOCLEAR –
Movendo o 7o nervo, se pode checar ao ápice petroso e a cóclea. Porém sempre resulta em plegia facial temporária.
Retração do 7o nervo, conseguimois acesso a posterior do ápice petroso e a cóclea.
Expõe a cóclea e o ápice petroso. Drillando a cóclea.
Drillando a cóclea nos expõe o ápice petroso, abaixo do 5o nervo
Drillando a cóclea nos expõe o ápice petroso, ABAIXO do 5o.
Clivus anteriormente, seio petroso inferior, lateral da basilar, 6o nervo e 5o nervos.
Area lateral do clivus
Seio petroso inferior
6o nervo
Acesso translabirintico combinado com abordagem pré sigmoide
Craniotomia Temporo occipital – se drila o labirinto, onde vemos o canal semicircular superior
Canal semicircular superior que aponta para a fossa média e lobo temporal
Nessa abordagem, abrimos a dura temporal, divida pelo Seio petroso superior, abaixo através da dura
Seio sigmoide
Labirinto
Triangulo de Trautman – dura entre o S. Sigmoide e o Labirinto - se divide normalmente pelo saco endolinfático
Exposição da fossa posterior
Complexo 7o e 8o
9o e 10o
Se divide a tenda
Vemos o 5o c/ sua raiz motora.
7o e nervo intermedio, afastando o 8o.
Pelo acesso translabirintico temos acesso ao MAI.
Sempre que dividimos a tenda e abrimos a dura do temporal queremos preservar a Veia de Labbe
Sempre que dividimos a tenda temos que primeiro encontrar o 4o nervo.