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VeigaCapacitação Girl Up! Rio Paranaíba/MG.
Elias Marco Veiga Gonçalves
Psicólogo -CRP: 04/24639
E-mail: elias.marco@ufv.br
Conceitos Freudianos /Psicanalíticos:
Transferência: Experiência complexa e, muitas
vezes, inconsciente, na qual uma pessoa
transfere/projeta em outra sentimentos,
emoções, reminiscências, afetos, expectativas,
fantasias, etc.
Contratransferência: resposta complexa e,
muitas vezes, inconsciente que é produzida em
um indivíduo que recebe a transferência de
outro.
Manejo: Capacidade de ponderar /controlar as
reações emocionais e afetivas trazidas pela
contratransferência.
Conceitos
Importantes da
Psicologia ao lidar
com meninas e
mulheres em
situação de
violência e
violação de
direitos
Conceitos
Importantes da
Psicologia ao
lidar com
meninas e
mulheres em
situação de
violência e
violação de
direitos
Escuta Ativa: É um técnica proposta pelo
psicólogo estadunidense Carl Rogers (1902-
1987).
Consiste em um esforço do ouvinte ativo em
procurar entender o significado subjetivo e
profundo da mensagem trazida pelo
interlocutor.
O ouvinte, se necessário, repete ao
interlocutor o que este expressou mas sempre
com o intuito de deixar claro que o entendeu.
É uma postura ativa no sentido de tentar
entender ao máximo o que alguém sente e
pensa.
Conceitos
Importantes da
Psicologia ao
lidar com
meninas e
mulheres em
situação de
violência e
violação de
direitos
Frustração: é um estado emocional
experimentado por um indivíduo, à partir da
constatação e experiência de uma obstrução
ou fracasso em relação a uma expectativa
psíquica anteriormente estabelecida (adaptado
Dicionário APA, 2010).
Tolerância à frustração: capacidade de um
indivíduo em reconhecer e enfrentar situações
de frustração, sem incorrer em mecanismos de
negação.
Pessoas com intolerância à frustração podem
confundir experiências pontuais de frustração
com a experiência ontológica de frustração (há
diferenças entre se frustrar e ''ser frustrado'').
Conceitos
Importantes da
Psicologia ao
lidar com
meninas e
mulheres em
situação de
violência e
violação de
direitos
Choque psíquico (reação aguda ao
estresse): refere-se a uma resposta não
adaptativa a uma situação de risco de vida ou
perigo de entes queridos. É um transtorno
transitório que ocorre após eventos de
extremo estresse físico e/ou psíquico e
geralmente desaparece em algumas horas ou
em alguns dias.
Os olhos duvidam do que veem/os ouvidos
duvidam do que ouvem, etc. É definido por
expressões como: ''é verdade isso?'' ''Não
acredito!'', etc.
Conceitos
Importantes da
Psicologia ao lidar
com meninas e
mulheres em
situação de
violência e violação
de direitos
Ambiguidade/Ambivalência afetiva: é uma
mescla, uma confusão de vários sentimentos ,
emoções e afetos que um indivíduo pode
expressar ao sofrer violência de uma pessoa
com a qual possui um vínculo/história afetiva.
Não adianta tentar convencer a pessoa
racionalmente pois ela está tomada de uma
complexa trama emocional.
Trauma Psicológico: situações de
choque psicológico podem gerar
traumas (situação inesperada que
gera ferimentos -Medicina).
Conceitos
Importantes da
Psicologia ao lidar
com meninas e
mulheres em
situação de
violência e
violação de
direitos
Inteligir (inteligência/entender) -
intelligere (latim).
Inteligência cognitiva/Racional x
Inteligência Emocional.
Conceitos
Importantes da
Psicologia ao lidar
com meninas e
mulheres em
situação de
violência e
violação de
direitos
Violência: coação fisica ou moral
praticada contra alguém. Vem de
violar (violentia latim).
Conceitos
Importantes da
Psicologia ao
lidar com
meninas e
mulheres em
situação de
violência e
violação de
direitos
1. Identificação da demanda
2. Acolhimento
3. Deve se sempre priorizar a vítima
4. Devido encaminhamento da demanda
5. Lidando com os limites Pessoais e Institucionais x Ampliando os
limites Pessoais e institucionais
Como agir?
1. Identificação da demanda
Postura deve ser analítica!
Com qual demanda estamos lidando?
Qual a violência ou violação de direito a menina ou mulher está
Relatando?
É uma violência e/ou violação (crianças/adolescentes frustração)?
Refere-se a um evento presente? A fato pretérito? A uma ameaça?
Quais impactos emocionais, sociais essa violação ou violência
acarreta a esta mulher?
Quais as condições e recursos esta mulher possui para reagir a
esta situação?
Como poderei, então, ajudá-la?
Como agir?
2. Acolhimento
Acolher, por meio da empatia, da escuta ativa, quebrando as
Resistências, demonstrando que não estamos ali para julgar
ou condenar a pessoa mas para auxiliá-la na tomada da melhor
Decisão naquele momento.
Acolhimento não é o que eu acho que devo fazer, mas sim o que
precisa ser feito, considerando-se os direitos da mulher vitimada, sua
condição social, psicológica, física, etc.
Muitas vezes, a tomada de decisão da vítima não será imediata.
Eu precisarei lidar com as minhas ansiedades, emoções, reações.
A prioridade é a pessoa que está buscando acolhimento.
Nunca devemos esquecer ao acolher alguém: ‘’Eu sou Eu e as
Minhas circunstâncias.’’ (José Ortega y Gasset).
Como agir?
3. Deve se sempre priorizar a mulher vitimada ou violada em seu
Direito.
Ajudar alguém que está confusa, em sofrimento, sem reação,
requer que priorizemos sempre as necessidades dessa pessoa.
É necessário ter claro as minhas pretensões ao oferecer ajuda.
Se peço ajuda policial é para cessar a violência contra a mulher
e não porque estou oferecendo à esta a proposta de punir o/s
Agressores.
Ou seja, se ofereço ajuda a uma mulher em situação de violência,
Não estou propondo a ela vingança mas sim tirá-la da situação de
tirania e sofrimento. Estou propondo a restauração de sua
dignidade.
Quem tem a legitimidade de punir (jus puniendi) é o Estado (Poder
Judiciário).
Precisamos ter atenção com as nossas respostas contratransferen-
ciais para não inverter o nosso foco de atenção que é a mulher em
situação de violência.
Como agir?
.
4. Devido encaminhamento da demanda
Saber identificar a demanda individualmente, recorrendo aos
recursos e órgãos apropriados (policias, conselho tutelar, disque
Denuncia, serviço de saúde, etc).
Sempre deixar claro, à pessoa que está procurando ajuda, qual a
atitude a ser tomada (de preferência conjunta) em relação a situação
Vivenciada.
Conselho Tutelar: qualquer menina com 18 anos incompletos, mesmo
as emancipadas.
Dialogar com a família, quando possível.
Polícias/Ministério Público/Disque 180: quaisquer casos de violação
Dos direitos das mulheres.
Como agir?
5. Lidando com os limites Pessoais e Institucionais x Ampliando os
limites Pessoais e institucionais
Todos nós temos limites pessoais (tempo, recursos financeiros, etc)
As instituições também possuem limites (polícias, MP, UFV, etc).
No entanto, cabe ressaltar que os limites pessoais e institucionais
Podem ser ampliados com esforço coletivo. (leis, recursos, mu-
danças organizacionais, etc).
Como agir?
.
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  • 1. VeigaCapacitação Girl Up! Rio Paranaíba/MG. Elias Marco Veiga Gonçalves Psicólogo -CRP: 04/24639 E-mail: elias.marco@ufv.br
  • 2. Conceitos Freudianos /Psicanalíticos: Transferência: Experiência complexa e, muitas vezes, inconsciente, na qual uma pessoa transfere/projeta em outra sentimentos, emoções, reminiscências, afetos, expectativas, fantasias, etc. Contratransferência: resposta complexa e, muitas vezes, inconsciente que é produzida em um indivíduo que recebe a transferência de outro. Manejo: Capacidade de ponderar /controlar as reações emocionais e afetivas trazidas pela contratransferência. Conceitos Importantes da Psicologia ao lidar com meninas e mulheres em situação de violência e violação de direitos
  • 3. Conceitos Importantes da Psicologia ao lidar com meninas e mulheres em situação de violência e violação de direitos Escuta Ativa: É um técnica proposta pelo psicólogo estadunidense Carl Rogers (1902- 1987). Consiste em um esforço do ouvinte ativo em procurar entender o significado subjetivo e profundo da mensagem trazida pelo interlocutor. O ouvinte, se necessário, repete ao interlocutor o que este expressou mas sempre com o intuito de deixar claro que o entendeu. É uma postura ativa no sentido de tentar entender ao máximo o que alguém sente e pensa.
  • 4. Conceitos Importantes da Psicologia ao lidar com meninas e mulheres em situação de violência e violação de direitos Frustração: é um estado emocional experimentado por um indivíduo, à partir da constatação e experiência de uma obstrução ou fracasso em relação a uma expectativa psíquica anteriormente estabelecida (adaptado Dicionário APA, 2010). Tolerância à frustração: capacidade de um indivíduo em reconhecer e enfrentar situações de frustração, sem incorrer em mecanismos de negação. Pessoas com intolerância à frustração podem confundir experiências pontuais de frustração com a experiência ontológica de frustração (há diferenças entre se frustrar e ''ser frustrado'').
  • 5. Conceitos Importantes da Psicologia ao lidar com meninas e mulheres em situação de violência e violação de direitos Choque psíquico (reação aguda ao estresse): refere-se a uma resposta não adaptativa a uma situação de risco de vida ou perigo de entes queridos. É um transtorno transitório que ocorre após eventos de extremo estresse físico e/ou psíquico e geralmente desaparece em algumas horas ou em alguns dias. Os olhos duvidam do que veem/os ouvidos duvidam do que ouvem, etc. É definido por expressões como: ''é verdade isso?'' ''Não acredito!'', etc.
  • 6. Conceitos Importantes da Psicologia ao lidar com meninas e mulheres em situação de violência e violação de direitos Ambiguidade/Ambivalência afetiva: é uma mescla, uma confusão de vários sentimentos , emoções e afetos que um indivíduo pode expressar ao sofrer violência de uma pessoa com a qual possui um vínculo/história afetiva. Não adianta tentar convencer a pessoa racionalmente pois ela está tomada de uma complexa trama emocional.
  • 7. Trauma Psicológico: situações de choque psicológico podem gerar traumas (situação inesperada que gera ferimentos -Medicina). Conceitos Importantes da Psicologia ao lidar com meninas e mulheres em situação de violência e violação de direitos
  • 8. Inteligir (inteligência/entender) - intelligere (latim). Inteligência cognitiva/Racional x Inteligência Emocional. Conceitos Importantes da Psicologia ao lidar com meninas e mulheres em situação de violência e violação de direitos
  • 9. Violência: coação fisica ou moral praticada contra alguém. Vem de violar (violentia latim). Conceitos Importantes da Psicologia ao lidar com meninas e mulheres em situação de violência e violação de direitos
  • 10. 1. Identificação da demanda 2. Acolhimento 3. Deve se sempre priorizar a vítima 4. Devido encaminhamento da demanda 5. Lidando com os limites Pessoais e Institucionais x Ampliando os limites Pessoais e institucionais Como agir?
  • 11. 1. Identificação da demanda Postura deve ser analítica! Com qual demanda estamos lidando? Qual a violência ou violação de direito a menina ou mulher está Relatando? É uma violência e/ou violação (crianças/adolescentes frustração)? Refere-se a um evento presente? A fato pretérito? A uma ameaça? Quais impactos emocionais, sociais essa violação ou violência acarreta a esta mulher? Quais as condições e recursos esta mulher possui para reagir a esta situação? Como poderei, então, ajudá-la? Como agir?
  • 12. 2. Acolhimento Acolher, por meio da empatia, da escuta ativa, quebrando as Resistências, demonstrando que não estamos ali para julgar ou condenar a pessoa mas para auxiliá-la na tomada da melhor Decisão naquele momento. Acolhimento não é o que eu acho que devo fazer, mas sim o que precisa ser feito, considerando-se os direitos da mulher vitimada, sua condição social, psicológica, física, etc. Muitas vezes, a tomada de decisão da vítima não será imediata. Eu precisarei lidar com as minhas ansiedades, emoções, reações. A prioridade é a pessoa que está buscando acolhimento. Nunca devemos esquecer ao acolher alguém: ‘’Eu sou Eu e as Minhas circunstâncias.’’ (José Ortega y Gasset). Como agir?
  • 13. 3. Deve se sempre priorizar a mulher vitimada ou violada em seu Direito. Ajudar alguém que está confusa, em sofrimento, sem reação, requer que priorizemos sempre as necessidades dessa pessoa. É necessário ter claro as minhas pretensões ao oferecer ajuda. Se peço ajuda policial é para cessar a violência contra a mulher e não porque estou oferecendo à esta a proposta de punir o/s Agressores. Ou seja, se ofereço ajuda a uma mulher em situação de violência, Não estou propondo a ela vingança mas sim tirá-la da situação de tirania e sofrimento. Estou propondo a restauração de sua dignidade. Quem tem a legitimidade de punir (jus puniendi) é o Estado (Poder Judiciário). Precisamos ter atenção com as nossas respostas contratransferen- ciais para não inverter o nosso foco de atenção que é a mulher em situação de violência. Como agir?
  • 14. . 4. Devido encaminhamento da demanda Saber identificar a demanda individualmente, recorrendo aos recursos e órgãos apropriados (policias, conselho tutelar, disque Denuncia, serviço de saúde, etc). Sempre deixar claro, à pessoa que está procurando ajuda, qual a atitude a ser tomada (de preferência conjunta) em relação a situação Vivenciada. Conselho Tutelar: qualquer menina com 18 anos incompletos, mesmo as emancipadas. Dialogar com a família, quando possível. Polícias/Ministério Público/Disque 180: quaisquer casos de violação Dos direitos das mulheres. Como agir?
  • 15. 5. Lidando com os limites Pessoais e Institucionais x Ampliando os limites Pessoais e institucionais Todos nós temos limites pessoais (tempo, recursos financeiros, etc) As instituições também possuem limites (polícias, MP, UFV, etc). No entanto, cabe ressaltar que os limites pessoais e institucionais Podem ser ampliados com esforço coletivo. (leis, recursos, mu- danças organizacionais, etc). Como agir?