SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Professora: Aline RabeloAssis
Alunos: Diego Lyra, Izabela Salvato,
Jucélia Cruz e Rafael Couto
Junho, 2016
Apresentação
• Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria possui
capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, com
fábricas localizadas emTrês Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e
Eunápolis (BA). Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto brasileiro
especializado em embarque de celulose, Portocel (Aracruz, ES).
• Com uma operação integralmente baseada em plantios florestais
renováveis localizados nos Estados de SP, MG, RJ, ES, MS e BA, a Fibria
trabalha com uma base florestal total de 969 mil hectares, dos quais 343 mil
hectares são destinados à conservação ambiental.
História
1967
Tem início a Aracruz Florestal no Espírito Santo e os primeiros plantios de
eucalipto.
1968 Fundação da Aracruz Celulose S.A.
1978 Início de operação da primeira unidade industrial da Aracruz, no Espírito Santo.
1985
Inauguração do Portocel, único porto no Brasil especializado no embarque de
celulose, no Espírito Santo.
1988
Grupo Votorantim adquire um projeto no segmento de papel e celulose em São
Paulo. Fundação da Votorantim Celulose e Papel S.A. (VCP)
1992 VCP adquire a Indústria de Papel Simão S.A.
1997 VCP passa a operar com terminal exclusivo no Porto de Santos.
1999 Inauguração da unidade industrial da Aracruz Produtos de Madeira.
Ações da VCP começam a ser negociadas na Bolsa de Valores de Nova York.
Aracruz ingressa no controle acionário da Veracel.
2001 VCP adquire 28% do capital da Aracruz.
2002
Partida da terceira linha de fibra da Aracruz, chamada “Fábrica C” no Espírito
Santo.
2004 Aracruz assina o Pacto Global.
Partida da Veracel Celulose na Bahia, joint venture da Aracruz com a Stora
Enso.
Aracruz figura no Índice Dow Jones de Sustentabilidade.
Os papéis da VCP passam a integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial
da BM&FBOVESPA.
2006
VCP anuncia troca de ativos com a International Paper e assume o Projeto
Horizonte, em Mato Grosso do Sul.
2000
2005
História
VCP assina o Pacto Global da ONU e figura no Índice Dow Jones de
Sustentabilidade.
VCP e Suzano criam a Conpacel (Consórcio Paulista de Papel e Celulose).
Início da operação do terceiro berço de atracação de navios no Portocel.
VCP conclui as negociações para incorporação da Aracruz.
Iniciada a operação da fábrica de Três Lagoas (MS), com capacidade produtiva
de 1,3 milhão de toneladas/ano de celulose.
Nasce a Fibria, líder mundial em celulose de mercado, resultado da incorporação da Aracruz
pela VCP, com 15 mil funcionários e capacidade para produzir cerca de 5,4 milhões de
toneladas de celulose e mais de 300 mil toneladas de papel por ano.
Fibria entra no Novo Mercado da BM&FBOVESPA.
Venda da participação da Fibria na Conpacel e KSR para Suzano.
2011 Venda da Unidade Piracicaba para Oji Paper.
Aumento de capital da Fibria através da emissão de 86 milhões de ações
totalizou R$ 1,4 bilhão.
Venda de ativos florestais no Bahia e Rio Grande do Sul (Losango).
Compra de pariticipação no capital da Ensyn Corporation no valor de US$ 20
milhões.
Inauguração do Centro de Tecnologia da Unidade Jacareí.
Unidade Aracruz obtém certificação FSC (Forest Stewardship Council).
2008
2009
2010
2012
Destinação de sua Produção
53%
30%
17%
Destinação da Produção
Higiene pessoal
Papéis de imprimir
e escrever
Outros
91%
9%
Destinação de Mercado
Mercado Externo
Mercado Interno
Controle acionário
Pontos positivos
• Maior fabricante de celulose do mundo gera um diferencial competitivo para empresa e
permite a diluição de custos fixos;
• Presença global, com consequente diversificação do risco geográfico ao qual sujeitam-se
suas operações ;
• O cenário macroeconômico sugere apreciação do dólar em relação ao real o que tende a
favorecer as receitas provenientes das exportações realizadas pela companhia;
• Mais de 90% das vendas da empresa (1T14) são para fora do país o que reduz sua exposição
da econômica vivenciada pelo Brasil;
• Autossuficiência na produção de energia elétrica;
Pontos Negativos
• A companhia tem passivo em moeda estrangeira. Dessa forma, mesmo sem contratar
novos financiamentos, o aumento do dólar em relação ao real tem o potencial de ampliar o
passivo (em reais) da companhia;
• Os produtos da companhia são considerados commodities de tal forma que há pouco
espaço para interferência em sua precificação e o que volatiliza as receitas da empresa e
seu resultado;
• No último ano, o custo caixa de produção em R$/t apresentou aumento acima da inflação,
reduzindo a margem (EBTIDA) da companhia em relação ao trimestre anterior;
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00
50.00
60.00
70.00
FIBR3
FIBR3
Dados de maio, 2016
Cotaçãodopreçodaação
Liquidez
• Liquidez é um conceito econômico que considera a facilidade com que um
ativo pode ser convertido em dinheiro;
• A LC vem se mantendo;
• Em 2015 os AC superaram em quase 2x PC;
• Consegue pagar em media 64% com caixa;
Liquidez 2013 2014 2015
LC 1,31 1,55 1,85
LI 0,53 0,54 0,84
Índices
• Apesar do CT ter aumentado, foi no longo prazo.
• O PL diminuiu, isso é bom pois a diminuição se deu com a diminuição de
reserva para investimento, ou seja a empresa investiu.
• A receita financeira aumentou por causa do dolar, apesar da diminuição por
tonelada vendida.
Dívida 2013 2014 2015
CT= 12.258.918,00 10.978.275,00 16.618.658,00
PC 4.448.355,00 2.099.230,00 2.955.299,00
PNC 7.810.563,00 8.879.045,00 13.663.359,00
Cap. Prop. 2013 2014 2015
PL= 14.491.254,00 14.615.705,00 12.815.320,00
Receita 2013 2014 2015
RECEITA 6.917.406 7.083.603 10.080.667
AH 2,40% 42,31%
Índices
• CF, diminuiu em 2014, proveniente da diminuição do contas a receber, pelo
recebimento na venda de terras e benfeitorias do projeto Asset Ligth;
• Apresenta o giro menor do que 1, o que é baixo;
• Margem está maior do que 10% o que é alto;
2013 2014 2015
CICLO FINANCEIRO (DIAS DE REC. LÍQ)104 52 42
Giro 2015 2014 2013
Giro do ativo= V/AT 0,34 0,28 0,26
Margem 2015 2014 2013
Margem Operacional 23,07% 15,44% 16,32%
Índices
• Grau de alavancagem financeira, é o efeito de tomar recursos de 3°,
aplicando-os nos ativo. Esse relacionamento mostra que os acionistas estão
com uma taxa de retorno 31% superior ao retorno gerado pelos
investimentos.
• EVA, serve para identificar quanto foi efetivamente criado valor para os
acionista em um determinado tempo, ou seja, a empresa não apresenta
criação de valor para o acionista.
2013 2014 2015
GAF -3% 23% 31% ↑
-
20
40
60
80
100
120
0
2,000,000
4,000,000
6,000,000
8,000,000
10,000,000
12,000,000
1 2 3
Contas a Receber RECEITA LÍQUIDA CICLO FINANCEIRO (DIAS DE REC. LÍQ)
CicloFinanceiro
Receita - 2015 a empresa se beneficiou pelo dolar alto frente ao real e, apesar de certa diminuição de 2%
do volume toneladas de vendidas, conseguindo aumentar o resultado;
Ciclo Financeiro - apresentou diminuição considerável em 2014, proveninente da diminuição do contas
a receber da empresa, pelo recebimento na venda de terras e benfeitorias do projeto asset light.
0.00
500,000.00
1,000,000.00
1,500,000.00
2,000,000.00
2,500,000.00
3,000,000.00
2013 2014 2015
Demais Despesas Financeiras
Resultado dos instrumentos financeiros derivativos
Variações monetárias e cambiais, líquidas
• Análise:
 Variações cambiais subiram, com o aumento do dólar frente ao real.
2,974,735
1,004,038
1,159,165
2,339,934
1,143,886
2.489.515
2013 2014 2015
Saldo tesouraria
PF - Passivo circ. Financeiro AF - Ativo circ. Financeiro
20,943,171
22,332,803
23,973,400
22,301,817
23,494,750
26,478,679
2013 2014 2015
CPL
AE = ATIVO ESTRATÉGICO PE = PASSIVO ESTRATÉGICO
1,473,620
1,095,192
1,796,134
3,467,067
2,117,291
2,971,063
2013 2014 2015
NCG
PCO = passivo circ. Operacional
ACO = ativo circ. Operacional
Saldo deTesouraria - aumentou durante os anos
analisados, saindo de um défict para um superávit,
sendo a diminuição do contas a receber responsável
pela reversão em 2014 e o Aumento do CPL em
2015. vale destacar que talvez o saldo de 2015 não
reflita necessariamente a realidade, uma vez que o
aumento do cpl foi mais impulsionado por variações
cambiais que por novas contratações de
empréstimos e financiamentos.
O caixa gerado pelas operações da empresa é suficiente para cobrir suas atividades de investimento, porém
seu resultado final é bastante penalizado pelas atividades de financiamento, apesar de uma geração de
caixa maior em 2015, percebemos que houve maior captação de novos empréstimos que pagamento de
principal, e caso não seja administrado da forma certa, o caixa pode ser afetado futuramente na hora de
honrar com estes compromissos.
6,917,406 7,083,603 10,080,667
1,358,646
1,161,947
2,505,279
1,993,447
1,022,099
1,174,929
2013 2014 2015
750,000
950,000
1,150,000
1,350,000
1,550,000
1,750,000
1,950,000
2,150,000
2,350,000
2,550,000
2,750,000
0
2,000,000
4,000,000
6,000,000
8,000,000
10,000,000
12,000,000
1 2 3
Receita de Venda de Bens e/ou Serviços CPL = PE- AE
CAPITAL PERMANENTE LÍQUIDO
NCG= ACO - PCO
Comparativo CPL x NCG x Receita deVendas
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1
0
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
RENTABILIDADE GIRO
0.845952876
0.751128666
1.296780572
0.362866853
0.191216744
0.177830183
0
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
0.35
0.4
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
2013 2014 2015
CT/CP CURTO PRAZO/LONGO PRAZO
A empresa opera com estratégia de ganho sobre a
margem operacional e em 2015, conseguiu aumentar
a margem consideravelmente devido ao aumento no
Lucro Operacional. O aumento no retorno sobre ativo
é explicado pelo aumento da margem operacional.
A partir de 2014, a empresa opera com rentabilidade
positiva e crescente para seus acionistas. Apesar
desse crescimento observado nos últimos anos, o
giro dos ativo manteve-se baixo e constante.
CT/CP - Apresentou aumento do índice
principalmente pelo aumento no capital de terceiros,
impulsionado pelo valorização do dólar frente ao real
MargemxGiro
Capital deTerceiro x Capital Próprio
Curto Prazo/Longo Prazo – Índice apresenta que o
meu curto prazo está menor, ou seja transferi parte
dele para o longo prazo, que é ideal para a Cia.
Curiosidades
Touro radar, Junho, 2016
Fibria
FIBRIA Suzano
LucroFibria x Suzano
FIBRIA Suzano
Dividendos Fibria x Suzano
Evolução dos Dividendos da Fibria
Conclusão
• Trata-se de uma empresa sólida de grande porte e com forte atuação no mercado internacional.
• Porém, este detalhe pode ser um complicador, uma vez que, apesar de suas receitas serem pareadas ao
dólar norte americano, grande parte de suas despesas financeiras também são, o que pode causar uma
diminuição no resultado final que, caso as operações que envolvam câmbio não sejam feitas de forma
inteligente, pode ofuscar todos os ganhos da variação cambial, motivo pelo qual a empresa opera com
hedge para proteção.
• Por ser uma empresa muito dependente de moeda estrangeira e que só apresentou resultados bons
quando o dólar estava bastante valorizado frente ao real, no atual cenário a compra de ações da empresa
não seria recomendada, pelas incertezas do econômicas presentes atualmente no país, impossibilitando
prever com certa segurança num horizonte razoável o comportamento do dólar, uma vez que a empresa
depende da moeda estrangeira em patamares como o atual ou maiores para gerar resultados maiores,
além do fato a empresa não consegue criar valor para o acionista mesmo com os atuais valores do dólar.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Release 4T08 - Divulgação de Resultados
Release 4T08 - Divulgação de ResultadosRelease 4T08 - Divulgação de Resultados
Release 4T08 - Divulgação de ResultadosTempo Participações
 
Apresentação dos Resultados do Segundo Trimestre de 2010
Apresentação dos Resultados do Segundo Trimestre de 2010Apresentação dos Resultados do Segundo Trimestre de 2010
Apresentação dos Resultados do Segundo Trimestre de 2010MRVRI
 
Duratex - Resultados do 1º Trimestre de 2007
Duratex - Resultados do 1º Trimestre de 2007Duratex - Resultados do 1º Trimestre de 2007
Duratex - Resultados do 1º Trimestre de 2007Duratex
 
Plano de Negocios-e-gestao-2015-2019-apresentacao-a-imprensa
Plano de Negocios-e-gestao-2015-2019-apresentacao-a-imprensaPlano de Negocios-e-gestao-2015-2019-apresentacao-a-imprensa
Plano de Negocios-e-gestao-2015-2019-apresentacao-a-imprensaPetrobras
 
Apresentação dos resultados 2 t10
Apresentação dos resultados 2 t10Apresentação dos resultados 2 t10
Apresentação dos resultados 2 t10TriunfoRi
 
Apresentação 3 t10
Apresentação 3 t10Apresentação 3 t10
Apresentação 3 t10brproperties
 
Webcast 3T13
Webcast 3T13Webcast 3T13
Webcast 3T13Petrobras
 

Mais procurados (11)

Resultados do 3T08
Resultados do 3T08Resultados do 3T08
Resultados do 3T08
 
Fatos Relevantes - Semana 40
Fatos Relevantes - Semana 40Fatos Relevantes - Semana 40
Fatos Relevantes - Semana 40
 
Release 4T08 - Divulgação de Resultados
Release 4T08 - Divulgação de ResultadosRelease 4T08 - Divulgação de Resultados
Release 4T08 - Divulgação de Resultados
 
Apresentação dos Resultados do Segundo Trimestre de 2010
Apresentação dos Resultados do Segundo Trimestre de 2010Apresentação dos Resultados do Segundo Trimestre de 2010
Apresentação dos Resultados do Segundo Trimestre de 2010
 
Fatos Relevantes - Semana 33
Fatos Relevantes - Semana 33Fatos Relevantes - Semana 33
Fatos Relevantes - Semana 33
 
Duratex - Resultados do 1º Trimestre de 2007
Duratex - Resultados do 1º Trimestre de 2007Duratex - Resultados do 1º Trimestre de 2007
Duratex - Resultados do 1º Trimestre de 2007
 
Fatos Relevantes - Semana 41
Fatos Relevantes - Semana 41Fatos Relevantes - Semana 41
Fatos Relevantes - Semana 41
 
Plano de Negocios-e-gestao-2015-2019-apresentacao-a-imprensa
Plano de Negocios-e-gestao-2015-2019-apresentacao-a-imprensaPlano de Negocios-e-gestao-2015-2019-apresentacao-a-imprensa
Plano de Negocios-e-gestao-2015-2019-apresentacao-a-imprensa
 
Apresentação dos resultados 2 t10
Apresentação dos resultados 2 t10Apresentação dos resultados 2 t10
Apresentação dos resultados 2 t10
 
Apresentação 3 t10
Apresentação 3 t10Apresentação 3 t10
Apresentação 3 t10
 
Webcast 3T13
Webcast 3T13Webcast 3T13
Webcast 3T13
 

Semelhante a Fibria: Líder mundial em celulose com operações sustentáveis

Semelhante a Fibria: Líder mundial em celulose com operações sustentáveis (11)

alpargatas 4t22
alpargatas 4t22alpargatas 4t22
alpargatas 4t22
 
Jornal SKF News Dezembro 2002
Jornal SKF News Dezembro 2002Jornal SKF News Dezembro 2002
Jornal SKF News Dezembro 2002
 
DFP 2006
DFP 2006DFP 2006
DFP 2006
 
Dfp 2006
Dfp 2006Dfp 2006
Dfp 2006
 
Clipping do Varejo 27/06/2011
Clipping do Varejo 27/06/2011Clipping do Varejo 27/06/2011
Clipping do Varejo 27/06/2011
 
BI&P- Indusval- Divulgação de Resultados 4T13
BI&P- Indusval- Divulgação de Resultados 4T13BI&P- Indusval- Divulgação de Resultados 4T13
BI&P- Indusval- Divulgação de Resultados 4T13
 
Relatório de Divulgação de Resultados 1T11
Relatório de Divulgação de Resultados 1T11Relatório de Divulgação de Resultados 1T11
Relatório de Divulgação de Resultados 1T11
 
Prova Contabilidade Geral e Societária ISS Niterói
Prova Contabilidade Geral e Societária ISS Niterói Prova Contabilidade Geral e Societária ISS Niterói
Prova Contabilidade Geral e Societária ISS Niterói
 
006343000101011 (1)
006343000101011 (1)006343000101011 (1)
006343000101011 (1)
 
Edição 41 - Petrobras em Ações - Março 2014
 Edição 41 - Petrobras em Ações - Março 2014 Edição 41 - Petrobras em Ações - Março 2014
Edição 41 - Petrobras em Ações - Março 2014
 
Relatório de Divulgação de Resultados 2T11
Relatório de Divulgação de Resultados 2T11Relatório de Divulgação de Resultados 2T11
Relatório de Divulgação de Resultados 2T11
 

Fibria: Líder mundial em celulose com operações sustentáveis

  • 1. Professora: Aline RabeloAssis Alunos: Diego Lyra, Izabela Salvato, Jucélia Cruz e Rafael Couto Junho, 2016
  • 2. Apresentação • Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria possui capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, com fábricas localizadas emTrês Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA). Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto brasileiro especializado em embarque de celulose, Portocel (Aracruz, ES). • Com uma operação integralmente baseada em plantios florestais renováveis localizados nos Estados de SP, MG, RJ, ES, MS e BA, a Fibria trabalha com uma base florestal total de 969 mil hectares, dos quais 343 mil hectares são destinados à conservação ambiental.
  • 3. História 1967 Tem início a Aracruz Florestal no Espírito Santo e os primeiros plantios de eucalipto. 1968 Fundação da Aracruz Celulose S.A. 1978 Início de operação da primeira unidade industrial da Aracruz, no Espírito Santo. 1985 Inauguração do Portocel, único porto no Brasil especializado no embarque de celulose, no Espírito Santo. 1988 Grupo Votorantim adquire um projeto no segmento de papel e celulose em São Paulo. Fundação da Votorantim Celulose e Papel S.A. (VCP) 1992 VCP adquire a Indústria de Papel Simão S.A. 1997 VCP passa a operar com terminal exclusivo no Porto de Santos. 1999 Inauguração da unidade industrial da Aracruz Produtos de Madeira. Ações da VCP começam a ser negociadas na Bolsa de Valores de Nova York. Aracruz ingressa no controle acionário da Veracel. 2001 VCP adquire 28% do capital da Aracruz. 2002 Partida da terceira linha de fibra da Aracruz, chamada “Fábrica C” no Espírito Santo. 2004 Aracruz assina o Pacto Global. Partida da Veracel Celulose na Bahia, joint venture da Aracruz com a Stora Enso. Aracruz figura no Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Os papéis da VCP passam a integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBOVESPA. 2006 VCP anuncia troca de ativos com a International Paper e assume o Projeto Horizonte, em Mato Grosso do Sul. 2000 2005
  • 4. História VCP assina o Pacto Global da ONU e figura no Índice Dow Jones de Sustentabilidade. VCP e Suzano criam a Conpacel (Consórcio Paulista de Papel e Celulose). Início da operação do terceiro berço de atracação de navios no Portocel. VCP conclui as negociações para incorporação da Aracruz. Iniciada a operação da fábrica de Três Lagoas (MS), com capacidade produtiva de 1,3 milhão de toneladas/ano de celulose. Nasce a Fibria, líder mundial em celulose de mercado, resultado da incorporação da Aracruz pela VCP, com 15 mil funcionários e capacidade para produzir cerca de 5,4 milhões de toneladas de celulose e mais de 300 mil toneladas de papel por ano. Fibria entra no Novo Mercado da BM&FBOVESPA. Venda da participação da Fibria na Conpacel e KSR para Suzano. 2011 Venda da Unidade Piracicaba para Oji Paper. Aumento de capital da Fibria através da emissão de 86 milhões de ações totalizou R$ 1,4 bilhão. Venda de ativos florestais no Bahia e Rio Grande do Sul (Losango). Compra de pariticipação no capital da Ensyn Corporation no valor de US$ 20 milhões. Inauguração do Centro de Tecnologia da Unidade Jacareí. Unidade Aracruz obtém certificação FSC (Forest Stewardship Council). 2008 2009 2010 2012
  • 5. Destinação de sua Produção 53% 30% 17% Destinação da Produção Higiene pessoal Papéis de imprimir e escrever Outros 91% 9% Destinação de Mercado Mercado Externo Mercado Interno
  • 7. Pontos positivos • Maior fabricante de celulose do mundo gera um diferencial competitivo para empresa e permite a diluição de custos fixos; • Presença global, com consequente diversificação do risco geográfico ao qual sujeitam-se suas operações ; • O cenário macroeconômico sugere apreciação do dólar em relação ao real o que tende a favorecer as receitas provenientes das exportações realizadas pela companhia; • Mais de 90% das vendas da empresa (1T14) são para fora do país o que reduz sua exposição da econômica vivenciada pelo Brasil; • Autossuficiência na produção de energia elétrica;
  • 8. Pontos Negativos • A companhia tem passivo em moeda estrangeira. Dessa forma, mesmo sem contratar novos financiamentos, o aumento do dólar em relação ao real tem o potencial de ampliar o passivo (em reais) da companhia; • Os produtos da companhia são considerados commodities de tal forma que há pouco espaço para interferência em sua precificação e o que volatiliza as receitas da empresa e seu resultado; • No último ano, o custo caixa de produção em R$/t apresentou aumento acima da inflação, reduzindo a margem (EBTIDA) da companhia em relação ao trimestre anterior;
  • 10. Liquidez • Liquidez é um conceito econômico que considera a facilidade com que um ativo pode ser convertido em dinheiro; • A LC vem se mantendo; • Em 2015 os AC superaram em quase 2x PC; • Consegue pagar em media 64% com caixa; Liquidez 2013 2014 2015 LC 1,31 1,55 1,85 LI 0,53 0,54 0,84
  • 11. Índices • Apesar do CT ter aumentado, foi no longo prazo. • O PL diminuiu, isso é bom pois a diminuição se deu com a diminuição de reserva para investimento, ou seja a empresa investiu. • A receita financeira aumentou por causa do dolar, apesar da diminuição por tonelada vendida. Dívida 2013 2014 2015 CT= 12.258.918,00 10.978.275,00 16.618.658,00 PC 4.448.355,00 2.099.230,00 2.955.299,00 PNC 7.810.563,00 8.879.045,00 13.663.359,00 Cap. Prop. 2013 2014 2015 PL= 14.491.254,00 14.615.705,00 12.815.320,00 Receita 2013 2014 2015 RECEITA 6.917.406 7.083.603 10.080.667 AH 2,40% 42,31%
  • 12. Índices • CF, diminuiu em 2014, proveniente da diminuição do contas a receber, pelo recebimento na venda de terras e benfeitorias do projeto Asset Ligth; • Apresenta o giro menor do que 1, o que é baixo; • Margem está maior do que 10% o que é alto; 2013 2014 2015 CICLO FINANCEIRO (DIAS DE REC. LÍQ)104 52 42 Giro 2015 2014 2013 Giro do ativo= V/AT 0,34 0,28 0,26 Margem 2015 2014 2013 Margem Operacional 23,07% 15,44% 16,32%
  • 13. Índices • Grau de alavancagem financeira, é o efeito de tomar recursos de 3°, aplicando-os nos ativo. Esse relacionamento mostra que os acionistas estão com uma taxa de retorno 31% superior ao retorno gerado pelos investimentos. • EVA, serve para identificar quanto foi efetivamente criado valor para os acionista em um determinado tempo, ou seja, a empresa não apresenta criação de valor para o acionista. 2013 2014 2015 GAF -3% 23% 31% ↑
  • 14. - 20 40 60 80 100 120 0 2,000,000 4,000,000 6,000,000 8,000,000 10,000,000 12,000,000 1 2 3 Contas a Receber RECEITA LÍQUIDA CICLO FINANCEIRO (DIAS DE REC. LÍQ) CicloFinanceiro Receita - 2015 a empresa se beneficiou pelo dolar alto frente ao real e, apesar de certa diminuição de 2% do volume toneladas de vendidas, conseguindo aumentar o resultado; Ciclo Financeiro - apresentou diminuição considerável em 2014, proveninente da diminuição do contas a receber da empresa, pelo recebimento na venda de terras e benfeitorias do projeto asset light.
  • 15. 0.00 500,000.00 1,000,000.00 1,500,000.00 2,000,000.00 2,500,000.00 3,000,000.00 2013 2014 2015 Demais Despesas Financeiras Resultado dos instrumentos financeiros derivativos Variações monetárias e cambiais, líquidas • Análise:  Variações cambiais subiram, com o aumento do dólar frente ao real.
  • 16. 2,974,735 1,004,038 1,159,165 2,339,934 1,143,886 2.489.515 2013 2014 2015 Saldo tesouraria PF - Passivo circ. Financeiro AF - Ativo circ. Financeiro 20,943,171 22,332,803 23,973,400 22,301,817 23,494,750 26,478,679 2013 2014 2015 CPL AE = ATIVO ESTRATÉGICO PE = PASSIVO ESTRATÉGICO 1,473,620 1,095,192 1,796,134 3,467,067 2,117,291 2,971,063 2013 2014 2015 NCG PCO = passivo circ. Operacional ACO = ativo circ. Operacional Saldo deTesouraria - aumentou durante os anos analisados, saindo de um défict para um superávit, sendo a diminuição do contas a receber responsável pela reversão em 2014 e o Aumento do CPL em 2015. vale destacar que talvez o saldo de 2015 não reflita necessariamente a realidade, uma vez que o aumento do cpl foi mais impulsionado por variações cambiais que por novas contratações de empréstimos e financiamentos.
  • 17. O caixa gerado pelas operações da empresa é suficiente para cobrir suas atividades de investimento, porém seu resultado final é bastante penalizado pelas atividades de financiamento, apesar de uma geração de caixa maior em 2015, percebemos que houve maior captação de novos empréstimos que pagamento de principal, e caso não seja administrado da forma certa, o caixa pode ser afetado futuramente na hora de honrar com estes compromissos. 6,917,406 7,083,603 10,080,667 1,358,646 1,161,947 2,505,279 1,993,447 1,022,099 1,174,929 2013 2014 2015 750,000 950,000 1,150,000 1,350,000 1,550,000 1,750,000 1,950,000 2,150,000 2,350,000 2,550,000 2,750,000 0 2,000,000 4,000,000 6,000,000 8,000,000 10,000,000 12,000,000 1 2 3 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços CPL = PE- AE CAPITAL PERMANENTE LÍQUIDO NCG= ACO - PCO Comparativo CPL x NCG x Receita deVendas
  • 18. 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 RENTABILIDADE GIRO 0.845952876 0.751128666 1.296780572 0.362866853 0.191216744 0.177830183 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 2013 2014 2015 CT/CP CURTO PRAZO/LONGO PRAZO A empresa opera com estratégia de ganho sobre a margem operacional e em 2015, conseguiu aumentar a margem consideravelmente devido ao aumento no Lucro Operacional. O aumento no retorno sobre ativo é explicado pelo aumento da margem operacional. A partir de 2014, a empresa opera com rentabilidade positiva e crescente para seus acionistas. Apesar desse crescimento observado nos últimos anos, o giro dos ativo manteve-se baixo e constante. CT/CP - Apresentou aumento do índice principalmente pelo aumento no capital de terceiros, impulsionado pelo valorização do dólar frente ao real MargemxGiro Capital deTerceiro x Capital Próprio Curto Prazo/Longo Prazo – Índice apresenta que o meu curto prazo está menor, ou seja transferi parte dele para o longo prazo, que é ideal para a Cia.
  • 23.
  • 24.
  • 25. Conclusão • Trata-se de uma empresa sólida de grande porte e com forte atuação no mercado internacional. • Porém, este detalhe pode ser um complicador, uma vez que, apesar de suas receitas serem pareadas ao dólar norte americano, grande parte de suas despesas financeiras também são, o que pode causar uma diminuição no resultado final que, caso as operações que envolvam câmbio não sejam feitas de forma inteligente, pode ofuscar todos os ganhos da variação cambial, motivo pelo qual a empresa opera com hedge para proteção. • Por ser uma empresa muito dependente de moeda estrangeira e que só apresentou resultados bons quando o dólar estava bastante valorizado frente ao real, no atual cenário a compra de ações da empresa não seria recomendada, pelas incertezas do econômicas presentes atualmente no país, impossibilitando prever com certa segurança num horizonte razoável o comportamento do dólar, uma vez que a empresa depende da moeda estrangeira em patamares como o atual ou maiores para gerar resultados maiores, além do fato a empresa não consegue criar valor para o acionista mesmo com os atuais valores do dólar.