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Plásticos - uma
praga real que
ameaça os
ecossistemas e
à saúde
humana
Ano Letivo 2022/2023
Professor:
Renato Azevedo
Contextualização – O que é o plástico?
O que são plásticos?
⦁ O plástico é, talvez, uma das mais importantes invenções do século XX
⦁ A palavra plástico tem origem grega e significa aquilo que pode ser
moldado.
⦁ Uma importante caraterística do plástico é manter a sua forma após a
moldagem.
⦁ Desempenha um papel extremamente útil na economia e com
aplicações essenciais em muitos setores.
⦁ O plástico não é um recurso natural. Então... de onde vem o plástico?
Alexander Parkes
descobriu um material
orgânico derivado da
celulose, a parkesina.
1862
Perspetiva histórica
1869
Alexander Parkes
descobriu um material
orgânico derivado da
celulose, a parkesina.
John Wesley Hyatt
descobriu o primeiro
plástico industrial, um
material à base de
nitrato de celulose.
1862
Perspetiva histórica
1869
Alexander Parkes
descobriu um material
orgânico derivado da
celulose, a parkesina.
John Wesley Hyatt
descobriu o primeiro
plástico industrial, um
material à base de
nitrato de celulose.
1862 1907
Leo Baekeland criou o
primeiro plástico
totalmente sintético e
comercialmente viável: a
baquelite.
Perspetiva histórica
Perspetiva histórica
Perspetiva histórica
⦁ Em 1839 o inventor norte-americano Charles Goodyear descobriu a
borracha, através da vulcanização, método por ele criado.
⦁ Alexander Parkes descobriu, em 1862, um material orgânico derivado da
celulose, a parkesina, como ficou conhecida.
⦁ Parkes procurava um material substituto da borracha, matéria-prima
utilizada em muitos produtos na época.
⦁ A parkesina quando aquecida podia ser moldada e mantinha a mesma
forma quando arrefecia.
⦁ O elevado custo na produção deste material acabou, porém, por
desestimular os investidores.
Perspetiva histórica
⦁ Em 1869, o tipógrafo americano John Wesley Hyatt, para substituir o
marfim utilizado no fabrico de bolas de bilhar, descobriu um material à
base de nitrato de celulose.
⦁ O primeiro plástico industrial, era formada por uma mistura de fibras de
algodão com ácidos.
⦁ Em 1907, Leo Baekeland, considerado o pai da indústria do
plástico, criou o primeiro plástico totalmente sintético e
comercialmente viável: a baquelite.
Perspetiva histórica
⦁ Desde então e até à atualidade verificou-se um verdadeiro boom na
indústria dos plásticos, existindo uma diversidade cada vez maior de
plásticos com propriedades diversas.
⦁ O plástico é produzido a partir de resinas derivadas do petróleo.
⦁ A elevada dependência humana do plástico fez com que com que alguns
cientistas classifiquem a nossa espécie de Homo plasticus.
Classificação dos plásticos
⦁ Existem muitos tipos de plásticos, classificados em dois grupos de acordo
com as suas caraterísticas de fusão ou derretimento: os termoplásticos e
os termorrígidos.
Plásticos – panorama global
⦁ O uso do plástico está a tornar-se insustentável pelos efeitos nocivos que
traz ao equilíbrio ambiental (e não só).
⦁ O plástico é uma ameaça para a saúde do planeta, sobretudo dos
oceanos.
⦁ Estima-se que a produção global de plástico aumente 40% até 2030,
apesar dos diversos alertas lançados por diversas ONG ligadas à área do
ambiente.
⦁ O seu uso per capita também está a aumentar, sobretudo nos países
em desenvolvimento.
Plásticos – panorama global
Plásticos – panorama global
⦁ Nos últimos cinquenta anos o consumo de plástico tem registado um
crescimento exponencial. Em todo o mundo produz-se, anualmente,
400 milhões de toneladas de plástico.
⦁ Em julho de 2020, o navio do Instituto Ocean Voyages partiu numa
expedição de 48 dias até àquela que já é conhecida como a Grande Ilha
de Lixo do Pacífico (entre o Havai e a Califórnia).
⦁ Recolheu 103 toneladas de redes de pesca e materiais de plástico.
Foram encontrados esqueletos e animais mortos, vítimas daquele
amontoado de lixo.
Plásticos – panorama global
Plásticos – panorama global
Plásticos – panorama global
⦁ A Grande Ilha de Lixo do Pacífico é já conhecida como “o sétimo
continente”: apresenta uma área aproximadamente três vezes superior ao
tamanho da França e cerca de dezoito vezes a área de Portugal (1,6
milhões de km2, aproximadamente).
⦁ Constitui o maior depósito de lixo oceânico do mundo com 1,8 triliões
(1.800.000.000.000) de pedaços de plástico flutuantes que matam,
anualmente, milhares de animais marinhos.
Plásticos – panorama global
⦁ Corresponde a 80.000 toneladas de plástico que não pára de
crescer, conforme um estudo científico publicado em 2018 pela
revista Nature.
⦁ 94% desta grande massa de lixo flutuante é constituída por fragmentos
minúsculos de plástico que se desprendem de outros maiores pela
erosão.
Plásticos – panorama nacional
⦁ Portugal é o país que a nível europeu mais usa sacos de plástico, embora
os números venham a cair desde 2015, altura em que começaram a ser
pagos.
⦁ Cada português utiliza, em média, mais de 460 sacos de plástico por ano.
⦁ A cada minuto é usado, aproximadamente, um milhão de sacos de plástico
(fonte: Agência Portuguesa do Ambiente).
Plásticos – que futuro?
⦁ Um saco de plástico pode demorar até 500 anos a decompor-se,
fragmentando-se em pequenos pedaços, frequentemente consumidos pelos
animais – microplásticos.
⦁ Em 2015, o plástico acumulado nos oceanos rondaria os 150 milhões de
toneladas.
⦁ Estima-se que, ao ritmo atual, até 2040 os números tripliquem: cerca de
600 milhões de toneladas de plástico a poluir os oceanos e mares do planeta.
⦁ Urge reformular a indústria global de plásticos, propondo uma economia
circular de reutilização e de reciclagem.
Plásticos – que futuro?
Legislação europeia...
⦁ Em 2018, a Comissão Europeia apresentou a primeira estratégia integral
sobre os plásticos numa economia circular à escala mundial, a qual
define a abordagem adotada pela UE para responder aos problemas que
estes materiais representam.
⦁ Em 2019, a Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho estipula medidas
adicionais tendo em vista a redução do impacte de certos produtos de plástico
no ambiente, com particular incidência na redução da produção de
plásticos de utilização única.
Legislação...
Legislação nacional...
⦁ Lei n.º 69/2018, de 26 de dezembro, institui um sistema de incentivo à
devolução de embalagens de bebidas em plástico não reutilizáveis e um
sistema de depósito de embalagens de bebidas em plástico, vidro, metais
ferrosos e alumínio não reutilizáveis.
⦁ Portaria n.º 202/2019, de 3 de julho, define os termos e os critérios aplicáveis
ao projeto-piloto a adotar no âmbito do sistema de incentivo ao consumidor
para devolução de embalagens de bebidas em plástico não reutilizáveis.
Legislação nacional...
⦁ Lei n.º 76/2019, 2 de setembro, determina a não utilização e não
disponibilização de louça de plástico de utilização única nas atividades
do setor de restauração e/ou bebidas e no comércio a retalho.
⦁ Decreto-Lei n.º 83/2022, define os regimes de responsabilidade alargada
do produtor de determinados produtos de plástico de utilização única.
⦁ Decreto-Lei n.º 78/2021, de 24 de setembro, transpõe a Diretiva (UE)
2019/904, relativa à redução do impacto de determinados produtos de plástico
no ambiente, e que altera as regras relativas aos produtos de plástico nos
pontos de venda de pão, frutas e legumes.
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
⦁ Microplásticos são detritos plásticos cujas partículas possuem dimensão
inferior a 5 mm e superior a 0,001 mm.
⦁ Nanoplásticos são partículas residuais de plástico que medem entre 1 a
1.000 nanómetros (0,001 milímetro).
⦁ Os microplásticos podem ser classificados em primários (via direta) e em
secundários (via indireta), consoante a sua origem.
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
⦁ Microplásticos secundários: fragmentos de plástico, que resultam da
degradação física, química e biológica de detritos de plástico de maiores
dimensões.
⦁ Exemplos de microplásticos primários: abrasivos usados nas limpezas
domésticas, esfoliantes corporais, pasta dentífrica, creme de barbear, etc.
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
⦁ Estudos recentes demonstram que cada pessoa ingere/inala, em média,
cerca de 2.000 partículas de microplásticos por semana, o equivalente a
cinco gramas de plástico por semana, o peso de um cartão de crédito.
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
⦁ Os riscos para a saúde causados pelos microplásticos resultam da sua
composição química e componentes químicos perigosos, como
os disruptores endócrinos (The Endocrine Society).
⦁ Os disruptores endócrinos perturbam o sistema hormonal, daí podendo
resultar patologias como cancro, diabetes, distúrbios reprodutivos e
deficiências neurológicas no desenvolvimento de fetos e crianças, bem
como morte prematura.
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
⦁ Ao investigar os peixes mais vulneráveis à ingestão, os pesquisadores
notaram que os que ocupam níveis tróficos mais elevados das cadeias
alimentares foram os que mais consumiram plástico, verificando-se um
fenómeno de bioacumulação ao longo das cadeias alimentares.
⦁ Em humanos — que podem apresentar contaminação por plástico via
cadeia alimentar, ao consumir animais marinhos — há evidências de que
os microplásticos podem agravar a asma, provocar inflamações no sistema
imunológico, danificar os órgãos internos e alcançar mesma as placentas de
mulheres grávidas.
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
⦁ Diversos investigadores identificaram a presença de plásticos em todos os
principais órgãos de filtragem do corpo humano.
⦁ Os pesquisadores encontraram evidências de contaminação por
microplásticos em amostras de tecido retiradas de pulmões, fígado, baço e
rins de corpos humanos doados para pesquisa.
⦁ O contacto com o plástico começa na placenta e continua para o resto da
vida.
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
⦁ Estudos recentes revelam que mais de 50% da população mundial possui
microplásticos em suas fezes.
⦁ Segundo dados da ONG Orb Media, existem microplásticos no ar que
respiramos, em alimentos como o sal ou a cerveja e até na água que
bebemos.
⦁ Cerca de 83% da água de abastecimento público do planeta (água de
torneira) está contaminada com microplásticos, tendo sido encontradas
partículas de microplásticos até na água engarrafada.
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
⦁ Pessoas com doenças inflamatórias intestinais apresentam 50%
mais microplásticos em suas fezes.
⦁ Soluções como os bioplásticos parecem não ser o suficiente, uma vez que
são utilizados aditivos químicos na sua confeção semelhantes
aos plásticos convencionais, também com efeitos de desregulação endócrina.
Reduzir o uso de plásticos – uma responsabilidade de
todos
⦁ Gestos simples e individuais, postos em prática no nosso quotidiano.
⦁ O recurso ao plástico pode ser diminuído em aproximadamente 47%, se
aderirmos a soluções alternativas.
⦁ Rejeitar o uso desnecessário de plásticos e optar pela reutilização de
recipientes pode contribuir em 30% para a diminuição da poluição causada
pelo plástico.
⦁ A substituição do plástico por outros materiais, como a troca de sacos de
plástico por sacos de papel, permite que o planeta consuma até 17% menos
plástico.
Dicas para reduzir o uso de plástico no dia-a-dia
Dicas para reduzir o uso de plástico no dia-a-dia
⦁ Quando for às compras, leve consigo sacos reutilizáveis de pano - além de
mais ecológicos, são laváveis e fáceis de transportar.
⦁ Opte por adquirir produtos a granel, como o arroz, as massas ou as
sementes, entre outros - pode conservá-los em frascos de vidro, dispensando
a habitual embalagem de plástico, onde habitualmente são comercializados.
⦁ Privilegie detergente líquido armazenado em garrafas plásticas recicladas
e, quando acabar, use uma recarga e encha-as novamente.
Dicas para reduzir o uso de plástico no dia-a-dia
⦁ Troque o gel de banho por sabão ou sabonete.
⦁ Opte por cotonetes de bambu.
⦁ Compre papel higiénico acomodado em embalagens recicladas;
⦁ Prefira escovas de dentes em bambu, cujo período de biodegradação ronda
os 6 meses.
⦁ Substitua sempre que possível a película aderente por folhas de alumínio ou
por embalagens reutilizáveis.
⦁ Se faz a barba todos os dias, desista das lâminas descartáveis de plástico
e use uma máquina de barbear elétrica.
Dicas para reduzir o uso de plástico no dia-a-dia
Dicas para reduzir o uso de plástico no dia-a-dia
⦁ Uma fonte importante de plástico em casa são os brinquedos das crianças.
Por isso, à medida que elas forem crescendo, é essencial dar uma “nova
vida” a esses brinquedos, oferecendo-os a outras crianças, apostando
numa política de reutilização.
⦁ Beba os seus cafés em copos reutilizáveis ou num termo que, além de ser
uma solução ecológica, conserva o seu café bem quente.
⦁ Na marmita de levar para o trabalho ou no piquenique ou festa de aniversário,
evite sempre os talheres de plástico e opte por uma solução reutilizável
como são os tradicionais talheres de metal.
Universidade Sénior de Câmara de Lobos
Obrigada pela
Vossa presença!

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  • 1. Plásticos - uma praga real que ameaça os ecossistemas e à saúde humana Ano Letivo 2022/2023 Professor: Renato Azevedo
  • 2. Contextualização – O que é o plástico?
  • 3. O que são plásticos? ⦁ O plástico é, talvez, uma das mais importantes invenções do século XX ⦁ A palavra plástico tem origem grega e significa aquilo que pode ser moldado. ⦁ Uma importante caraterística do plástico é manter a sua forma após a moldagem. ⦁ Desempenha um papel extremamente útil na economia e com aplicações essenciais em muitos setores. ⦁ O plástico não é um recurso natural. Então... de onde vem o plástico?
  • 4. Alexander Parkes descobriu um material orgânico derivado da celulose, a parkesina. 1862 Perspetiva histórica
  • 5. 1869 Alexander Parkes descobriu um material orgânico derivado da celulose, a parkesina. John Wesley Hyatt descobriu o primeiro plástico industrial, um material à base de nitrato de celulose. 1862 Perspetiva histórica
  • 6. 1869 Alexander Parkes descobriu um material orgânico derivado da celulose, a parkesina. John Wesley Hyatt descobriu o primeiro plástico industrial, um material à base de nitrato de celulose. 1862 1907 Leo Baekeland criou o primeiro plástico totalmente sintético e comercialmente viável: a baquelite. Perspetiva histórica
  • 8. Perspetiva histórica ⦁ Em 1839 o inventor norte-americano Charles Goodyear descobriu a borracha, através da vulcanização, método por ele criado. ⦁ Alexander Parkes descobriu, em 1862, um material orgânico derivado da celulose, a parkesina, como ficou conhecida. ⦁ Parkes procurava um material substituto da borracha, matéria-prima utilizada em muitos produtos na época. ⦁ A parkesina quando aquecida podia ser moldada e mantinha a mesma forma quando arrefecia. ⦁ O elevado custo na produção deste material acabou, porém, por desestimular os investidores.
  • 9. Perspetiva histórica ⦁ Em 1869, o tipógrafo americano John Wesley Hyatt, para substituir o marfim utilizado no fabrico de bolas de bilhar, descobriu um material à base de nitrato de celulose. ⦁ O primeiro plástico industrial, era formada por uma mistura de fibras de algodão com ácidos. ⦁ Em 1907, Leo Baekeland, considerado o pai da indústria do plástico, criou o primeiro plástico totalmente sintético e comercialmente viável: a baquelite.
  • 10. Perspetiva histórica ⦁ Desde então e até à atualidade verificou-se um verdadeiro boom na indústria dos plásticos, existindo uma diversidade cada vez maior de plásticos com propriedades diversas. ⦁ O plástico é produzido a partir de resinas derivadas do petróleo. ⦁ A elevada dependência humana do plástico fez com que com que alguns cientistas classifiquem a nossa espécie de Homo plasticus.
  • 11. Classificação dos plásticos ⦁ Existem muitos tipos de plásticos, classificados em dois grupos de acordo com as suas caraterísticas de fusão ou derretimento: os termoplásticos e os termorrígidos.
  • 12. Plásticos – panorama global ⦁ O uso do plástico está a tornar-se insustentável pelos efeitos nocivos que traz ao equilíbrio ambiental (e não só). ⦁ O plástico é uma ameaça para a saúde do planeta, sobretudo dos oceanos. ⦁ Estima-se que a produção global de plástico aumente 40% até 2030, apesar dos diversos alertas lançados por diversas ONG ligadas à área do ambiente. ⦁ O seu uso per capita também está a aumentar, sobretudo nos países em desenvolvimento.
  • 14. Plásticos – panorama global ⦁ Nos últimos cinquenta anos o consumo de plástico tem registado um crescimento exponencial. Em todo o mundo produz-se, anualmente, 400 milhões de toneladas de plástico. ⦁ Em julho de 2020, o navio do Instituto Ocean Voyages partiu numa expedição de 48 dias até àquela que já é conhecida como a Grande Ilha de Lixo do Pacífico (entre o Havai e a Califórnia). ⦁ Recolheu 103 toneladas de redes de pesca e materiais de plástico. Foram encontrados esqueletos e animais mortos, vítimas daquele amontoado de lixo.
  • 17. Plásticos – panorama global ⦁ A Grande Ilha de Lixo do Pacífico é já conhecida como “o sétimo continente”: apresenta uma área aproximadamente três vezes superior ao tamanho da França e cerca de dezoito vezes a área de Portugal (1,6 milhões de km2, aproximadamente). ⦁ Constitui o maior depósito de lixo oceânico do mundo com 1,8 triliões (1.800.000.000.000) de pedaços de plástico flutuantes que matam, anualmente, milhares de animais marinhos.
  • 18. Plásticos – panorama global ⦁ Corresponde a 80.000 toneladas de plástico que não pára de crescer, conforme um estudo científico publicado em 2018 pela revista Nature. ⦁ 94% desta grande massa de lixo flutuante é constituída por fragmentos minúsculos de plástico que se desprendem de outros maiores pela erosão.
  • 19. Plásticos – panorama nacional ⦁ Portugal é o país que a nível europeu mais usa sacos de plástico, embora os números venham a cair desde 2015, altura em que começaram a ser pagos. ⦁ Cada português utiliza, em média, mais de 460 sacos de plástico por ano. ⦁ A cada minuto é usado, aproximadamente, um milhão de sacos de plástico (fonte: Agência Portuguesa do Ambiente).
  • 20. Plásticos – que futuro? ⦁ Um saco de plástico pode demorar até 500 anos a decompor-se, fragmentando-se em pequenos pedaços, frequentemente consumidos pelos animais – microplásticos. ⦁ Em 2015, o plástico acumulado nos oceanos rondaria os 150 milhões de toneladas. ⦁ Estima-se que, ao ritmo atual, até 2040 os números tripliquem: cerca de 600 milhões de toneladas de plástico a poluir os oceanos e mares do planeta. ⦁ Urge reformular a indústria global de plásticos, propondo uma economia circular de reutilização e de reciclagem.
  • 22. Legislação europeia... ⦁ Em 2018, a Comissão Europeia apresentou a primeira estratégia integral sobre os plásticos numa economia circular à escala mundial, a qual define a abordagem adotada pela UE para responder aos problemas que estes materiais representam. ⦁ Em 2019, a Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho estipula medidas adicionais tendo em vista a redução do impacte de certos produtos de plástico no ambiente, com particular incidência na redução da produção de plásticos de utilização única.
  • 24. Legislação nacional... ⦁ Lei n.º 69/2018, de 26 de dezembro, institui um sistema de incentivo à devolução de embalagens de bebidas em plástico não reutilizáveis e um sistema de depósito de embalagens de bebidas em plástico, vidro, metais ferrosos e alumínio não reutilizáveis. ⦁ Portaria n.º 202/2019, de 3 de julho, define os termos e os critérios aplicáveis ao projeto-piloto a adotar no âmbito do sistema de incentivo ao consumidor para devolução de embalagens de bebidas em plástico não reutilizáveis.
  • 25. Legislação nacional... ⦁ Lei n.º 76/2019, 2 de setembro, determina a não utilização e não disponibilização de louça de plástico de utilização única nas atividades do setor de restauração e/ou bebidas e no comércio a retalho. ⦁ Decreto-Lei n.º 83/2022, define os regimes de responsabilidade alargada do produtor de determinados produtos de plástico de utilização única. ⦁ Decreto-Lei n.º 78/2021, de 24 de setembro, transpõe a Diretiva (UE) 2019/904, relativa à redução do impacto de determinados produtos de plástico no ambiente, e que altera as regras relativas aos produtos de plástico nos pontos de venda de pão, frutas e legumes.
  • 26. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana ⦁ Microplásticos são detritos plásticos cujas partículas possuem dimensão inferior a 5 mm e superior a 0,001 mm. ⦁ Nanoplásticos são partículas residuais de plástico que medem entre 1 a 1.000 nanómetros (0,001 milímetro). ⦁ Os microplásticos podem ser classificados em primários (via direta) e em secundários (via indireta), consoante a sua origem.
  • 27. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana ⦁ Microplásticos secundários: fragmentos de plástico, que resultam da degradação física, química e biológica de detritos de plástico de maiores dimensões. ⦁ Exemplos de microplásticos primários: abrasivos usados nas limpezas domésticas, esfoliantes corporais, pasta dentífrica, creme de barbear, etc.
  • 28. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
  • 29. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana ⦁ Estudos recentes demonstram que cada pessoa ingere/inala, em média, cerca de 2.000 partículas de microplásticos por semana, o equivalente a cinco gramas de plástico por semana, o peso de um cartão de crédito.
  • 30. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana ⦁ Os riscos para a saúde causados pelos microplásticos resultam da sua composição química e componentes químicos perigosos, como os disruptores endócrinos (The Endocrine Society). ⦁ Os disruptores endócrinos perturbam o sistema hormonal, daí podendo resultar patologias como cancro, diabetes, distúrbios reprodutivos e deficiências neurológicas no desenvolvimento de fetos e crianças, bem como morte prematura.
  • 31. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
  • 32. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana ⦁ Ao investigar os peixes mais vulneráveis à ingestão, os pesquisadores notaram que os que ocupam níveis tróficos mais elevados das cadeias alimentares foram os que mais consumiram plástico, verificando-se um fenómeno de bioacumulação ao longo das cadeias alimentares. ⦁ Em humanos — que podem apresentar contaminação por plástico via cadeia alimentar, ao consumir animais marinhos — há evidências de que os microplásticos podem agravar a asma, provocar inflamações no sistema imunológico, danificar os órgãos internos e alcançar mesma as placentas de mulheres grávidas.
  • 33. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
  • 34. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana ⦁ Diversos investigadores identificaram a presença de plásticos em todos os principais órgãos de filtragem do corpo humano. ⦁ Os pesquisadores encontraram evidências de contaminação por microplásticos em amostras de tecido retiradas de pulmões, fígado, baço e rins de corpos humanos doados para pesquisa. ⦁ O contacto com o plástico começa na placenta e continua para o resto da vida.
  • 35. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
  • 36. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana ⦁ Estudos recentes revelam que mais de 50% da população mundial possui microplásticos em suas fezes. ⦁ Segundo dados da ONG Orb Media, existem microplásticos no ar que respiramos, em alimentos como o sal ou a cerveja e até na água que bebemos. ⦁ Cerca de 83% da água de abastecimento público do planeta (água de torneira) está contaminada com microplásticos, tendo sido encontradas partículas de microplásticos até na água engarrafada.
  • 37. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana
  • 38. Microplásticos e nanoplásticos – saúde humana ⦁ Pessoas com doenças inflamatórias intestinais apresentam 50% mais microplásticos em suas fezes. ⦁ Soluções como os bioplásticos parecem não ser o suficiente, uma vez que são utilizados aditivos químicos na sua confeção semelhantes aos plásticos convencionais, também com efeitos de desregulação endócrina.
  • 39. Reduzir o uso de plásticos – uma responsabilidade de todos ⦁ Gestos simples e individuais, postos em prática no nosso quotidiano. ⦁ O recurso ao plástico pode ser diminuído em aproximadamente 47%, se aderirmos a soluções alternativas. ⦁ Rejeitar o uso desnecessário de plásticos e optar pela reutilização de recipientes pode contribuir em 30% para a diminuição da poluição causada pelo plástico. ⦁ A substituição do plástico por outros materiais, como a troca de sacos de plástico por sacos de papel, permite que o planeta consuma até 17% menos plástico.
  • 40. Dicas para reduzir o uso de plástico no dia-a-dia
  • 41. Dicas para reduzir o uso de plástico no dia-a-dia ⦁ Quando for às compras, leve consigo sacos reutilizáveis de pano - além de mais ecológicos, são laváveis e fáceis de transportar. ⦁ Opte por adquirir produtos a granel, como o arroz, as massas ou as sementes, entre outros - pode conservá-los em frascos de vidro, dispensando a habitual embalagem de plástico, onde habitualmente são comercializados. ⦁ Privilegie detergente líquido armazenado em garrafas plásticas recicladas e, quando acabar, use uma recarga e encha-as novamente.
  • 42. Dicas para reduzir o uso de plástico no dia-a-dia ⦁ Troque o gel de banho por sabão ou sabonete. ⦁ Opte por cotonetes de bambu. ⦁ Compre papel higiénico acomodado em embalagens recicladas; ⦁ Prefira escovas de dentes em bambu, cujo período de biodegradação ronda os 6 meses. ⦁ Substitua sempre que possível a película aderente por folhas de alumínio ou por embalagens reutilizáveis. ⦁ Se faz a barba todos os dias, desista das lâminas descartáveis de plástico e use uma máquina de barbear elétrica.
  • 43. Dicas para reduzir o uso de plástico no dia-a-dia
  • 44. Dicas para reduzir o uso de plástico no dia-a-dia ⦁ Uma fonte importante de plástico em casa são os brinquedos das crianças. Por isso, à medida que elas forem crescendo, é essencial dar uma “nova vida” a esses brinquedos, oferecendo-os a outras crianças, apostando numa política de reutilização. ⦁ Beba os seus cafés em copos reutilizáveis ou num termo que, além de ser uma solução ecológica, conserva o seu café bem quente. ⦁ Na marmita de levar para o trabalho ou no piquenique ou festa de aniversário, evite sempre os talheres de plástico e opte por uma solução reutilizável como são os tradicionais talheres de metal.
  • 45. Universidade Sénior de Câmara de Lobos Obrigada pela Vossa presença!