SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 115
Baixar para ler offline
Unidade 3
1
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
TEORIA DE BOCAIS E RELAÇÕES
TERMODINÂMICAS
Unidade 3
2
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
O Foguete Ideal
❑ As equações descrevem um fluxo quase-unidimensional, isto é, uma
idealização e simplificação das equações completas bi e tridimensionais.
❑ Em propulsão química de foguetes o desempenho real medido é,
geralmente, entre 1% e 6% abaixo do valor ideal calculado.
❑ Ao projetar novos foguetes tornou-se prática aceita a utilização de
parâmetros de foguetes ideais.
Unidade 3
3
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Condições para um Foguete Ideal
1. Substância de trabalho homogênea;
2. Sem fases condensadas ou sólidas;
3. Os gases obedecem à “Lei dos gases perfeitos”
4. Escoamento adiabático;
5. Desconsidera-se atrito;
6. Fluxo de propelente é contínuo (sem ondas de choque);
7. Escoamento unidimensional e em regime permanente;
8. Propriedades dos gases constantes em qualquer seção transversal;
9. Escoamento congelado;
10. Os propelentes armazenados estão à temperatura ambiente. Propelentes
criogênicos estão em seus pontos de ebulição
Unidade 3
4
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Condições para um Foguete Ideal
❑ Para foguetes líquidos, a teoria
idealizada admite um sistema de
injeção no qual o combustível e o
oxidante são perfeitamente
misturados, resultando em uma
substância de trabalho
homogênea.
❑ Para foguetes sólidos, o
propelente deve ter constituição
homogênea e uniforme, e a
taxa de queima deve ser
constante.
Unidade 3
5
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Supersônico de um Motor Foguete
Bocal de um motor foguete
Unidade 3
6
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Supersônico de um Motor Foguete
Unidade 3
7
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Supersônico de um Motor Foguete
Unidade 3
8
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Supersônico de um Motor Foguete
Unidade 3
9
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Supersônico de um Motor Foguete
❑ Ônibus Espacial.
Unidade 3
10
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Supersônico de um Motor Foguete
❑ Booster do Ônibus Espacial.
Unidade 3
11
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
O Número de Mach
❑ O número de Mach é um parâmetro
adimensional definido como a razão
entre a velocidade do escoamento, v,
e a velocidade do som nesse
escoamento, a, dado por,
=
v
M
a
❑ Para M < 0,3, a variação máxima de massa específica é inferior a 5%.
Assim, os escoamentos de gases com M < 0,3 podem ser tratados como
incompressíveis.
=
a kRT
❑ A velocidade do som é a distância
percorrida por uma onda sonora em
uma unidade de tempo,
Unidade 3
12
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
O Número de Mach
❑ Escoamentos Subsônicos: M  1
❑ Escoamentos Sônicos: M = 1
❑ Escoamentos Supersônicos: M  1
❑ Escoamentos Transônicos: 0,9  M  1,2
❑ Escoamentos Hipersônicos: M  5
Unidade 3
13
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Equação de Estado (Gás Perfeito)

=
P RT
0
R
R
M
=
R0 = 8,3145 kJ/kmol-K
❑ Para Ar (R = 287 J/kg-K) erra em menos de 1 % para T = [140 – 298] K e
P = [1 – 30] atm.
 =
P RT =
PV mRT = 0
PV nR T
Unidade 3
14
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Relações Termodinâmicas em Bocais
❑ A entalpia de uma substância,
P
h u

= +
h u P
= +
❑ A razão de calores específicos,
P
C
k
C
= P
C C R

− =
1
P
kR
C
k
=
−
1
R
C
k
 =
−
Unidade 3
15
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Relações Termodinâmicas em Bocais
= + = constante
2
0
2
v
h h
❑ A entalpia de estagnação por unidade de massa h0 é constante,
( ) ( )
− = − = −
2 2
1
2
x y y x P x y
h h v v c T T
❑ A conservação da energia para um escoamento isentrópico entre duas
seções x e y,

=  =
x y
Av
m m m
❑ O princípio de conservação da massa de um escoamento em regime
permanente, com apenas uma entrada e uma saída,
Unidade 3
16
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Relações Termodinâmicas em Bocais


−
−
   
= =
   
 
 
 
1
1
k
k
k
y
x x
y y x
T P
T P
❑ Para um escoamento isentrópico, entre os pontos x e y,
❑ Durante a expansão do bocal isentrópico, a pressão cai substancialmente,
a temperatura absoluta cai um pouco menos e o volume específico
aumenta.
Unidade 3
17
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Propriedades de Estagnação Isentrópica
( )
1
2
0 1
1
2
k k
P k
M
P
−
−
 
= +
 
 
2
0 1
1
2
T k
M
T
−
 
= +
 
 
( )
1 1
2
0 1
1
2
k
k
M


−
−
 
= +
 
 
EQUAÇÕES QUE
CARACTERIZAM A
ESTAGNAÇÃO ISENTRÓPICA
Pressão de
Estagnação
Massa específica
de Estagnação
Temperatura de
Estagnação
Número
de Mach
Estagnação é caracterizado por velocidade zero.
Estado de estagnação: Ponto do campo de escoamento caracterizado pela
pressão de estagnação, P0, pela temperatura de estagnação, T0, e pela
velocidade zero.
Unidade 3
18
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Propriedades de Estagnação Isentrópica
0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Razões
de
Propriedades
Número de Mach, M
P/P0
T/T0
/0
A/A*
Unidade 3
19
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Propriedades Críticas
( )
1
0 1
* 2
k k
P k
P
−
+
 
=  
 
( )
1
2
0 1
1
2
k k
P k
M
P
−
−
 
= +
 
 
2
0 1
1
2
T k
M
T
−
 
= +
 
 
( )
1 1
2
0 1
1
2
k
k
M


−
−
 
= +
 
 
0
2
* * *
1
k
v c kRT RT
k
= = =
+
0 1
* 2
T k
T
+
 
=  
 
( )
1 1
0 1
* 2
k
k


−
+
 
=  
 
Propriedades de
Estagnação Isentrópica
( )
1
2
* 2 1
1 1
k k
P k
M
P k k
−
−
 
= +
 
+ +
 
2
* 2 1
1 1
T k
M
T k k
−
 
= +
 
+ +
 
( ) ( )
1 2 1
2
1 2 1
* 1 1
k k
A k
M
A M k k
+ −
−
 
= +
 
+ +
 
( )
1 1
2
* 2 1
1 1
k
k
M
k k


−
−
 
= +
 
+ +
 
❑ As propriedades críticas ocorrem para M = 1
Unidade 3
20
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Propriedades Isentrópicas
( )
1
2
1
1
2
k
k
k
P M
−
−
 
+ =
 
 
cte
( )
( )
( )
1
2 2 1
2 1
k
k
AM k M
+
−
 
+ − =
  cte
2
1
1
2
k
T M
−
 
+ =
 
 
cte
( )
1
1
2
1
1
2
k
k
M

−
−
 
+ =
 
 
cte
( ) ( )
1 1
2 2
1 1 2 2
1 1
1 1
2 2
k k
k k
k k
P M P M
− −
− −
   
+ = +
   
   
❑ Propriedades do Escoamento isentrópico em duas seções distintas.
Unidade 3
21
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Massa molar média
=
=

1
n
i i
i
T
M n
M
n
❑ A massa molar média de uma mistura de gases
Unidade 3
22
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Funções de Escoamento Isentrópico (Ar)
M P/P0 T/T0 /0 P/P* T/T* /* A/A*
0,00 1,00000 1,0000 1,0000 1,89293 1,2000 1,5774 0
0,10 0,99303 0,9980 0,9950 1,87974 1,1976 1,5696 5,82
0,20 0,97250 0,9921 0,9803 1,84087 1,1905 1,5463 2,96
0,30 0,93947 0,9823 0,9564 1,77835 1,1788 1,5086 2,04
0,40 0,89561 0,9690 0,9243 1,69533 1,1628 1,4580 1,59
0,50 0,84302 0,9524 0,8852 1,59578 1,1429 1,3963 1,34
0,60 0,78400 0,9328 0,8405 1,48406 1,1194 1,3258 1,19
0,70 0,72093 0,9107 0,7916 1,36467 1,0929 1,2487 1,09
0,80 0,65602 0,8865 0,7400 1,24180 1,0638 1,1673 1,04
0,90 0,59126 0,8606 0,6870 1,11921 1,0327 1,0838 1,01
1,00 0,52828 0,8333 0,6339 1,00000 1,0000 1,0000 1,00
1,10 0,46835 0,8052 0,5817 0,88656 0,9662 0,9176 1,01
1,20 0,41238 0,7764 0,5311 0,78060 0,9317 0,8378 1,03
1,30 0,36091 0,7474 0,4829 0,68318 0,8969 0,7618 1,07
1,40 0,31424 0,7184 0,4374 0,59484 0,8621 0,6900 1,11
1,50 0,27240 0,6897 0,3950 0,51564 0,8276 0,6231 1,18
1,60 0,23527 0,6614 0,3557 0,44535 0,7937 0,5611 1,25
1,70 0,20259 0,6337 0,3197 0,38350 0,7605 0,5043 1,34
1,80 0,17404 0,6068 0,2868 0,32945 0,7282 0,4524 1,44
1,90 0,14924 0,5807 0,2570 0,28250 0,6969 0,4054 1,56
2,00 0,12780 0,5556 0,2300 0,24192 0,6667 0,3629 1,69
Unidade 3
23
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Velocidade de Exaustão
( )
= − + 2
2 1 2 1
2
v h h v
( )
−
 
 
 
= − +
 
−  
 
 
1
2
2
2 1 1
1
2
1
1
k k
P
k
v RT v
k P
( )
−
 
 
 
= − 
−  
 
 
1
0 0 2
2
1
2
1
1
k k
R T P
k
v
k M P
ou
( ) ( )
= −
2 0
max
2 1
v kRT k
 = 2
t
A
A
= =
1 0 C
T T T
❑ A velocidade de saída do bocal, v2
❑ Considerando a velocidade da câmara, v1, é significativamente pequena,
❑ O valor máximo teórico para a velocidade de saída do bocal, v2
❑ Razão de Expansão, 

0 0
v
Unidade 3
24
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Escoamento Isentrópico − Bocal Convergente
P3
Pe
P0
T0
v0  0
Câmara de
Combustão
Garganta
1,0

0
P P
Atmosfera
(1)
M = 1
(2)
(3)
Me < 1
(4)
(5)
Me > 1
Escoamento
Unidade 3
25
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Escoamento Isentrópico − Bocal Convergente
( )
−
 
 
 
+
 
1
3
0
2
1
1
k k
P
k P
❑ Condições para um bocal supersônico
( )
−
 
  
+
 
1
3
0
2
1
k k
P
P k
➢ Bocal Livre (Subsônico)
➢ Bocal Bloqueado (Supersônico)
=1
t
M
=
2 3
P P
❑ Escoamento máximo através de um dado bocal
( )
( ) ( )
+ − 
 
= +
 
   
 
1 2
1 2 1
0 0
2 1
k k
k
m k A P T
R
= (Para ar)
0,528
Unidade 3
26
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.1
❑ Uma câmara de foguete ideal opera a nível do mar usando propelentes cujos
produtos de combustão têm uma razão de calores específicos k = 1,3.
Determine a pressão na câmara e a razão de expansão do bocal, , se o
número Mach da saída do bocal é de 2,4. O número Mach na entrada do bocal
pode ser considerado desprezível.
Unidade 3
27
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.2
❑ Um foguete opera ao nível do mar (Patm = 0,101325 MPa) com uma pressão na
câmara de 2,068 MPa, temperatura da câmara de 2222 K e um consumo de
propelente de 1 kg/s. (Admita k = 1,3; R = 345,7 J/kg.K). Calcule o empuxo e
o impulso específico ideal desse foguete. Calcule também A, , v, M, P e T na
garganta e na saída do bocal. Considere expansão ótima do bocal e admita
condições de estagnação na câmara. Faça gráficos mostrando a influência da
pressão sobre A, , v, M e T ao longo do bocal.
1
(Câmara)
t
(Garganta)
2
(Saída bocal)
A (m2) 6,350×10-4 2,067×10-3
 (kg/m3) 2,692 1,690 0,265
v (m/s) 0 931,847 1826,925
M 0 1 2,589
P (MPa) 2,068 1,129 0,101325
T (K) 2222 1932,174 1107,987
Unidade 3
28
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.3
❑ Resultados experimentais indicam que os gases propulsores da reação de
gasolina líquida e oxigênio têm uma massa molar média de 23,2 kg/kmol e
uma razão de calores específicos de 1,22. Calcule o calor específico a pressão
constante e a volume constante, assumindo um gás perfeito.
Unidade 3
29
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.4
❑ Um bocal expande um gás sob condições isentrópicas. Sua velocidade de
entrada na câmara ou bocal é igual a 70 m/s, e sua velocidade final é de 1500
m/s. Qual é a variação da entalpia do gás? Qual a porcentagem de erro
introduzida se a velocidade inicial for desprezada?
Unidade 3
30
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.5
❑ Projete um bocal de foguete ideal que possa operar a 26 km de altitude e
tenha um empuxo de 5000 N, uma pressão e temperatura de câmara de
2,068 MPa e 2800 K, respectivamente. Considere que k = 1,30 e R = 355,4
J/kg.K. Determine a área da garganta, a área de saída, a velocidade da
garganta e a temperatura de saída dos gases nesse bocal. Admita condições
de estagnação na câmara de combustão e que a expansão dos gases é ótima
nessa altitude.
Unidade 3
31
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.6
❑ As condições reais para um bocal com expansão ótima operando a nível do
mar são dadas por: k = 1,3; ṁP = 3,7 kg∕s; P1 = 2,1 MPa; T1 = 2585 K; M = 18
kg∕kmol. Calcule v2 e T2
Unidade 3
32
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.7
❑ Nitrogênio (k = 1,38, massa molecular = 28 kg∕kmol) flui a um número de
Mach de 2,73 e 500 °C. Quais são suas velocidades local e de som?
Unidade 3
33
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
ESCOAMENTO NO BOCAL E
CONDIÇÕES NA GARGANTA
Unidade 3
34
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
1
A 2
A
t
A
Seção
Convergente
Seção
Divergente
  −
11 28
Ângulo de
contração
k=1,2
Razão de Expansão e Contração do Bocal
A área mínima do bocal é chamada de garganta é a razão entre a área de saída
do bocal e da garganta é chamada de razão de expansão da área do bocal.
( )
( )

+
−
 
+
= =  
+ −
 
 
1
2 1
2
2
2 2
1 1
2 1
k
k
t
A k
A M k M
Note que também existe a razão de contração da área do bocal, que ocorre
na seção convergente,
 = 1
C
t
A
A
  −
3 6
C
Para M = 4
c e
Ângulo de
expansão
k=1,4
Unidade 3
35
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Razão de Pressões em um Bocal
−
 
=  
+
 
1
1
2
1
k
k
t
P
P k  −
1
0,53 0,57
t
P
P
k=1,4 k=1,2
No caso da pressão haverá uma redução de 43 à 47% durante a
passagem do fluido pelo bocal convergente.
1
P
t
P
Seção
Convergente
Perda de 43%
para k = 1,2
Perda de 47%
para k = 1,4
Unidade 3
36
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Razão de Temperaturas em um Bocal
=
+
1
2
1
t
T
T k
Já no caso da temperatura haverá uma redução menos significativa,
em torno de 8 à 17%
 −
1
0,83 0,91
t
T
T
k=1,4 k=1,2
1
T
t
T
Seção
Convergente
Perda de 8%
para k = 1,2
Perda de 17%
para k = 1,4
Unidade 3
37
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Condição de Bloqueio em um Bocal
Esta condição ocorre quando a vazão de massa na garganta é a máxima,
nestas condições M = 1.
+
−
 
=  
+
 
1
1
,max 1
1
1 2
1
k
k
P t
m A P k
kRT k
Logo, a condição de escoamento sônico ou supersônico será alcançada
quando o bocal estiver bloqueado,
−
+
 
  
 
1
1
2
1
2
k
k
P k
P  −
1
2
1,75 1,89
P
P
Se consideramos um bocal com
expansão ótima onde P2 = P3  −
1 1,75 1,89 atm
P P
k=1,2 k=1,4
k=1,2 k=1,4
Unidade 3
38
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Tipos de Bocais em Motores Foguete
Subsônico Sônico Supersônico
Velocidade na
garganta
vt vt  at vt = at vt = at
Velocidade na
saída
v2 v2  a2 v2 = vt v2  vt
Número de
Mach M M2  1 M2 = Mt = 1 M2  1
Razão de
pressão
P1P2
Formato
−
+
 
  
 
1
1
2
1
2
k
k
P k
P
−
+
 
=  
 
1
1
2
1
2
k
k
P k
P
−
+
 
  
 
1
1
2
1
2
k
k
P k
P
Unidade 3
39
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Uso de Bocais Supersônicos
Bocais supersônicos são usados em motores foguetes pois alcançam
altas taxas de conversão de entalpia em energia cinética.
A razão, P1/P2, em todos os foguetes deve ser grande o suficientemente
para induzir um escoamento supersônico no bocal.
No entanto, se a pressão absoluta da câmara cair abaixo de 1,75*Patm
haverá escoamento subsônico na porção divergente
Essa condição ocorre por um período de tempo muito curto,
normalmente durante o início e o fim do funcionamento do foguete
A condição de bloqueio do bocal ocorre na garganta e não na seção
de saída
Unidade 3
40
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Razão de Áreas em um Bocal
Para um bocal supersônico,

−
− −
−
 
 
   
+
 
   
= = −
 
   
   
+ −
     
 
 
 
 
1
1 1 2
1
1
2 2 2
1 1
2 1
1
1 1
k
k k
k
t
A P P
k
A k P k P
Para operações em baixas altitudes, 0 − 10 km   −
3 25
− Pressão na câmara,
− Mistura de Propelentes,
− Limitações da fuselagem
Para operações em elevadas altitudes,  100 km
  −
40 200
  400
Em alguns casos
Unidade 3
41
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Razão de Velocidades em um Bocal
Para um bocal supersônico,
−
 
 
+  
= − 
 
−  
 
 
1
2 2
1
1
1
1
k
k
t
v P
k
v k P
Para foguetes que operam em elevadas altitudes, não é possível obter
ganhos na velocidade de exaustão aumentando a razão de áreas, A2At, acima
de 1000
Unidade 3
42
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
ou
A Equação de Empuxo
O empuxo máximo para qualquer operação do bocal ocorre no vácuo,
quando P3 = 0
( )

= + −
2
2 3 2
t t
t
A v v
F P P A
( )
−
+
−
 
 
   
= − + −
 
   
− +
   
 
 
1
1
2
1
2
1 2 3 2
1
2 2
1
1 1
k
k
k
k
t
P
k
F A P P P A
k k P
( )
= + −
2 2 3 2
P
F m v P P A
ou
Para qualquer
Foguete
Para foguetes
Ideais
 
= + −
 
 
3
2 2
1
1 1
opt t
t
P
P A
F F P A
P P A
Unidade 3
43
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Coeficiente de Empuxo
O Coeficiente de Empuxo é definido como o empuxo dividido pela
pressão da câmara, P1 e a área da garganta, At.
−
+
−
 
  −
   
= − +
 
   
− +
   
 
 
1
1
2
1
2 3
2 2
1 1
2 2
1
1 1
k
k
k
k
F
t
P P
P A
k
C
k k P P A
Para P1P3 definida, o Coeficiente de Empuxo alcança um valor máximo
quando P2 = P3. Também conhecido como Coeficiente de Empuxo Ótimo.
=
1
F
t
F
C
A P
ou
−
+
−
 
 
   
= − 
   
− +
   
 
 
1
1
2
1
2
,
1
2 2
1
1 1
k
k
k
k
F opt
P
k
C
k k P
CF pode ser encontrado por medidas experimentais: F, At e P1
 −
0,8 1,9
F
C
Unidade 3
44
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Coeficiente de Empuxo
Unidade 3
45
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Coeficiente de Empuxo
O Coeficiente de Empuxo mede os efeitos da pressão da câmara ou a
variação da altitude, em uma dada configuração de bocal.
O Coeficiente de Empuxo utiliza-se também para corrigir resultados do
empuxo obtidos a nível do mar e adaptá-los para condições de voo.
Quando P1P3 torna-se muito grande (por exemplo, durante a expansão
no vácuo), o coeficiente de empuxo aproxima-se de um máximo
assintótico.
Unidade 3
46
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Velocidade Característica
A Velocidade Característica uma função das características do propelente
e do projeto da câmara de combustão.

= 1 t
P
P A
c
m
+
−
  
=  
+
 
1
1
1
1 2
1
k
k
c kRT
k k
c* pode ser encontrado por
medidas experimentais: , At e P1
Para qualquer
foguete
Para foguetes
ideais

= F P
F C m c
Neste caso o Empuxo pode ser expresso,
P
m
Unidade 3
47
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Eficiência da Velocidade Característica
Usado para expressar o grau de desempenho da energia liberada pelo gás
em altas temperaturas e pressões na câmara.



= real
eff
c
c
c

 −
92 99,5 %
eff
c
Unidade 3
48
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Coeficiente de Descarga
O Coeficiente de Descarga é o recíproco da velocidade característica,

=
1
D
C
c
Unidade 3
49
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Influência da Variação de k
Em geral, quanto mais complexa for a molécula menor será o valor de k,
Gases Monoatômicos
Hélio, Argônio
Gases Diatômicos
H2, O2, N2
Gases Triatômicos
Amônia, CO2
1,67
k
1,4
k
 −
1,1 1,3
k
Isto também é verdade para moléculas em altas temperaturas
Unidade 3
50
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.8
❑ Em bocais de foguetes a propulsão química é comum relacionar a razão de
contração, c, ao ângulo de contração, c, e a razão de expansão, , ao ângulo
de expansão, e. Para um bocal de diâmetros D1, D2 e Dt, mostre que o
comprimento total de um bocal de foguete, de formato cônico, pode ser
escrito como:
Sabe-se que a razão de contração pode variar de 3 a 6, dependendo da
estrutura e composição dos gases. Encontre a variação do ângulo de
contração para este foguete, se o comprimento da seção convergente do bocal
é 2 vezes o diâmetro da garganta.
 
 
 
− −
= +
 
 
1 2 1 2
1 1
2 tan tan
t c
c e
D
L
Unidade 3
51
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.9
❑ Qual é a variação percentual de empuxo entre o nível do mar e a 26 km para
um foguete com uma pressão de câmara de 20 atm e uma razão de expansão
de área de 6? (Use k = 1,3).
Unidade 3
52
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.10
❑ Dos dados apresentados no exercício 3.9 (P1 = 20 atm,  = 6, k = 1,3),
substitua a razão de expansão para 15. Compare o desempenho deste
foguete, em ambas altitudes, com esta nova razão de expansão, . Mostre
também, graficamente, a variação de CF com a altitude. Admita que não há
choques dentro do bocal.
Unidade 3
53
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.11
❑ Os dados a seguir pertencem a um motor de foguete operando em condições
ótimas de bocal: massa molar média de 24 kg/kmol, pressão da câmara de
2,533 MPa, pressão externa de 0,09 MPa, temperatura da câmara de 2900 K,
área da garganta de 0,0005 m2, razão de calores específicos de 1,3.
Determine: (a) A velocidade na garganta; (b) O volume específico na
garganta; (c) A vazão de propelente e impulso específico; (d) Empuxo; (e)
Número de Mach na saída do bocal; (f) O coeficiente de empuxo.
Unidade 3
54
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.12
❑ Para um foguete ideal com velocidade característica = 1500 m/s, diâmetro de
garganta de 18 cm, coeficiente de empuxo de 1,38 e uma vazão de massa de
40 kg/s, calcule a pressão da câmara, o empuxo e o impulso específico.
Unidade 3
55
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
BOCAIS SUB-EXPANDIDOS E
SOBRE-EXPANDIDOS
Unidade 3
56
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Principais Diferenças entre os Bocais
BOCAL
MUITO CURTO
BOCAL
ÓTIMO
BOCAL
MUITO LONGO
2
P
3
P
1
P
1
P
1
P
2
P
2
P
3
P
3
P
Unidade 3
57
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Subexpandido
Um bocal sub-expandido descarrega o fluido a uma pressão de saída, P2,
maior que a pressão ambiente, P3

2 3
P P
Pressão de Saída Pressão Ambiente
A área de saída é
muito pequena para
uma expansão ideal
O BOCAL É
MUITO CURTO
2
P
3
P
1
P
Unidade 3
58
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Subexpandido
2 3
P P

Unidade 3
59
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Subexpandido
2 3
P P

2 3
P P

Unidade 3
60
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Subexpandido do Foguete Saturno V
2 3
P P
 2 3
P P

Unidade 3
61
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Teste Estático do M3K – UFABC (2017)
2 3
P P

Unidade 3
62
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Sobreexpandido ou Superexpandido
Um bocal sobre-expandido descarrega o fluido a uma pressão de saída, P2,
menor que a pressão ambiente, P3
2 3
P P

Pressão de Saída Pressão Ambiente
A área de saída é
muito grande para
uma expansão ideal
O BOCAL É
MUITO LONGO
2
P
3
P
1
P
Unidade 3
63
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Sobreexpandido ou Superexpandido
2 3
P P

Unidade 3
64
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Sobreexpandido ou Superexpandido
2 3
P P

Unidade 3
66
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Casos de Escoamento em Bocal Supersônico

P P
2 3
❑ Haverá expansão pelo bocal sem descontinuidades
❑ Ondas de expansão serão formadas na saída
(subexpansão)
❑ Expansão incompleta dentro do bocal. Diminuindo
CF e Is
PRIMEIRO CASO
MENORES
2
P
3
P
1
P
Unidade 3
67
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Casos de Escoamento em Bocal Supersônico

P P
2 3
❑ A expansão ocorrerá até que P2 alcance um valor entre
10 a 40% de P3
❑ Para pressões de saída P2 levemente menores do que a
pressão externa P3, o escoamento continuará a se expandir
completamente pelo bocal;
LEVEMENTE
MENORES
SEGUNDO CASO
❑ Abaixo destas condições a expansão será ineficiente,
resultando em um CF e Is menores do que na expansão
ótima e, consequentemente, ondas de choque ocorrerão na
seção de saída do bocal.
 

 2
3 3
0
0,1 ,4
P P
P


2 3
0,1 P
P
Unidade 3
68
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Casos de Escoamento em Bocal Supersônico
P P
2 3
❑ Nessas condições, o diâmetro do jato supersônico será menor
do que o diâmetro de saída do bocal
❑ Ocorrerá a separação do escoamento dentro da seção
divergente do bocal;
MUITO
MENOR
TERCEIRO CASO
❑ Se o fluxo é constante e uniforme, a separação será
axial e simétrica.
2
P
3
P
1
P
Unidade 3
69
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Casos de Escoamento em Bocal Supersônico
❑ O ponto de separação desloca-se à jusante, conforme diminui
a pressão externa
❑ A localização axial do plano de separação do jato depende
da pressão local e da rugosidade da parede do bocal;
MUITO
MENOR
TERCEIRO CASO
❑ Na saída do bocal, o escoamento na região central
permanece supersônico, mas é rodeado por uma região de
escoamento subsônico com formato anular.
2
P
3
P
1
P
P P
2 3
Unidade 3
70
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Casos de Escoamento em Bocal Supersônico

P P
2 1
❑ Essa condição ocorre normalmente em bocais de foguete
por um curto período de tempo, no período denominado
transiente.
❑ A razão de pressão é menor do que a razão de pressão
crítica e o escoamento subsônico prevalece em todo o
bocal
MUITO
PRÓXIMO
QUARTO CASO
2
1 1
t
P
P
P P
 ESCOAMENTO
SUBSÔNICO
Unidade 3
71
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Plano de Separação e Descolamento de Jato
❑ O método para estimar a pressão no local do plano de separação, dentro da
seção divergente de um bocal supersônico, tem sido geralmente empírico.
❑ A direção do empuxo não é comumente alterada pela separação.
❑ No período transiente (partida e parada), a separação deste escoamento
pode não ser axissimétrica, e podem ocorrer forças transientes nas
paredes do bocal.
❑ Alguns autores mostram que a magnitude e a direção das forças laterais
transientes podem mudar rápida e inesperadamente. Assim, as forças
laterais resultantes podem ser grandes causando falhas na estrutura do bocal.
Unidade 3
73
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Comportamento dos gases de exaustão
Durante o voo A nível do mar em testes
estáticos
Estágio A2/At h (km) Is (s) h (km) Is (s)
1° Estágio
(Booster)
6
Bocal com escoamento
cheio, leve subexpansão
0 267
Bocal com escoamento
cheio
0 267
2° Estágio 10
Subexpansão
24 312
Super-expansão, leve
contração
0 254
3° Estágio 40
Subexpansão
100 334
Separação de fluxo,
causado pela super-
expansão
0 245
Unidade 3
74
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Influência da Geometria da Câmara
Se a câmara tiver uma seção transversal maior do que quatro vezes a área da
garganta (A1At  4), a velocidade v1 da câmara pode ser desprezada
1
4
t
A
A
 1 0
v 
No entanto, as limitações de espaço e peso do veículo exigem cada vez
câmaras menores para motores de foguete.
Os gases na câmara se expandem conforme o calor é gerado na reação e a
expansão desses gases dentro da câmara também causará uma queda da
pressão e uma perda adicional de energia.
Essa perda será máxima quando o diâmetro da câmara for igual ao diâmetro
da garganta, o que significa que o bocal não possui uma seção convergente.
Isso também é conhecido como motor de foguete sem garganta.
Unidade 3
75
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Desvantagens de Câmaras Pequenas
Razão de área,
A1At
Pressão na
garganta
(%)
Redução do
Empuxo
(%)
Redução do
Impulso Específico
(%)
 100 0 0
3,5 99 1,5 0,31
2,0 96 5,0 0,55
1,0 81 19,5 1,34
Desvantagens no desempenho e perdas estimadas para câmaras de diâmetro
pequeno, para três razões de área de câmara.
Unidade 3
76
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.14
❑ Para o foguete dado no exercício 3.2, calcule a velocidade de exaustão se a
área de saída for reduzida em 50%. Estimar as perdas na energia cinética e
no empuxo e expressá-las como uma porcentagem da energia cinética original
e do empuxo original. NOTA: Este foguete não está em expansão ótima.
Dados do Exercício 3.2
P3 = 0,101325 MPa
P1 = 2,068 MPa
T1 = 2222 K
ṁP = 1 kg/s
k = 1,3
R = 345,7 J/kg.K
Unidade 3
77
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.15
❑ Qual seria a velocidade máxima se o bocal dado no exercício 3.2 for projetado
para expandir em vácuo? Se a razão de expansão for 10, qual seria a
velocidade de saída nestas condições?
Dados do Exercício 3.2
P3 = 0,101325 MPa
P1 = 2,068 MPa
T1 = 2222 K
ṁP = 1 kg/s
k = 1,3
R = 345,7 J/kg.K
Unidade 3
78
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.16
❑ A construção de um bocal axissimétrico convencional com área variável tem
sido frequentemente considerado na operação de um foguete com razão de
expansão ótima em qualquer altitude. Devido às dificuldades de projeto, este
dispositivo mecânico nunca foi construído com sucesso. Supondo que tal
mecanismo possa eventualmente ser construído, qual teria que ser a razão de
área para: 0 km, 25 km e 50 km, se a pressão da câmara for de 20 atm?
Admita k = 1,2; At = 5 cm2; ṁP = 1 kg/s; T1 = 2200 K e R = 345,7 J/kg.K.
Esboce também um gráfico da razão de expansão com a altitude.
Unidade 3
79
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.17
❑ Projete um bocal supersônico para operar a 10 km de altitude (em condições
ótimas) com uma razão de expansão de 8. Admita para os gases quentes, T1 =
3000 K, R = 378 J/kg.K e k = 1,3. Determine o número Mach na saída, a
velocidade de exaustão e a temperatura de saída bem como a pressão da
câmara. Se a pressão da câmara for duplicada, o que ocorre com o empuxo e
a velocidade de exaustão? Admita que não há variações nas propriedades do
gás. Que tão próxima da expansão ótima encontra-se este bocal, com a
pressão da câmara duplicada?
Unidade 3
80
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
CONFIGURAÇÃO DE BOCAIS
Unidade 3
81
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Seção Convergente do Bocal
A seção convergente do bocal entre a câmara e a garganta não foi projetada
para alcançar alto desempenho
1
A
t
A
Seção
Convergente
Escoamento subsônico nesta seção pode ser facilmente alcançado com uma
pequena redução da pressão, logo, qualquer raio, ângulo do cone, contorno
da parede ou formato de entrada do bocal pode ser aceitável.
Unidade 3
82
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocais a 90° do Eixo da Câmara
Em motores foguete de pequeno empuxo, o posicionamento do bocal a 90° do
eixo da câmara de combustão, não traz qualquer perda no desempenho.
Unidade 3
83
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocais a 90° do Eixo da Câmara
Unidade 3
84
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Contorno da Garganta do Bocal
O contorno da garganta tampouco é um fator muito crítico para o desempenho,
e qualquer raio ou outra curva é geralmente utilizada.
1
r
2
r
t
r
B
r
Câmara
L c
L e
L
A
r
e
c
SEÇÃO DIVERGENTE
CÔNICA
SEÇÃO CONVERGENTE
PARABÓLICA
Unidade 3
85
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Seção Divergente do Bocal
A principal diferença nas configurações do bocal é encontrada na seção
divergente, onde ocorre o escoamento supersônico.
A superfície da parede deve ser suave e lisa para diminuir:
− Atrito,
− Absorção de calor radiação,
− Transferência de calor por convecção.
2
A
t
A
Seção
Divergente
Furos, bordas afiadas
ou protuberâncias
devem ser evitadas
Unidade 3
86
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Formato dos Bocais
Um bocal cônico e dois
bocais com formato
parabólico (sino)
Os três últimos possuem um
corpo central dentro do
bocal e têm excelente
compensação de altitude
Não foram usados em
veículos de lançamento
espacial.
Cônico
(e = 15°)
Parabólico
Longo
Parabólico
Curto
Aerospike
longo
Aerospike curto
(truncado)
Expansão
- Deflexão
L
L
L
L
L
L
Câmara
anular
Unidade 3
87
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocais Aerospike
Aerospike Longo Aerospike Curto
Unidade 3
88
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Cônico
Bocal
Cônico
Semi-Ângulo, e = 15°
− Configuração de bocal mais antiga e mais simples
− Fabricação relativamente fácil,
− Usado em bocais de pequeno porte,
− Usa-se fator de correção teórico, , aplicado na
quantidade de movimento,
− Para foguetes ideais  = 1
( )
 
= +
1
1 cos
2
e
e
Unidade 3
89
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Cônico − Fator de Correção 
Cone Divergente
Ângulo de expansão,e (°)
Fator de Correção,

Perda
(%)
0 1,0000 0,000
2 0,9997 0,030
4 0,9988 0,120
6 0,9972 0,280
8 0,9951 0,490
10 0,9924 0,760
12 0,9890 1,100
14 0,9851 1,490
15 0,9830 1,700
16 0,9806 1,940
18 0,9755 2,450
20 0,9698 3,020
22 0,9636 3,640
24 0,9567 4,330
Unidade 3
90
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Cônico − Fator de Correção 
1
2
2
2 1 1
1
2
1
1
k
k
P
k
v RT v
k P
−
 
 
 
= − +
 
 
−  
 
 
( )
2 2 3 2
P
F m v P P A
= + −
Observe que o fator de correção  só se
aplica ao termo de empuxo.
Cone Divergente
Ângulo de expansão,e (°)
Fator de Correção,

Perda
(%)
15 0,9830 1,700
Unidade 3
91
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Cônico − Ângulo de Expansão, e
e
PEQUENO
Vantagem
− Quantidade de movimento é axial gerando Is elevado
Desvantagem
− Excesso de massa para o sistema de propulsão
− Maior complexidade do projeto
e
GRANDE
Vantagem
− Designs curtos e leves
Desvantagem
− Desempenho baixo
12° - 18°
e
IDEAL
Unidade 3
92
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Parabólico (Formato de Sino)
É provavelmente o bocal mais comum
atualmente.
Parabólico
Longo
Parabólico
Curto
L
L
Unidade 3
93
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Parabólico (Formato de Sino)
A região divergente possui uma
seção de expansão com ângulos
variando entre 20° a 50°, logo
após a garganta do bocal
Seguido por uma queda gradual do
ângulo de contorno do bocal i, de
modo que na saída o ângulo de
divergência seja pequeno, geralmente
e <10°.

−
= 2
tan
t
cone
e
r r
L
1,5 t
r
0,4 t
r
Local de
Inflexão
T
E
 = 
8,5
e
 = 
11
e
 = 
30
i
t
r
Garganta
e = 15° Lcone (100%)

=
2 t
r r
L1 (60%) L2 (80%)
I
Unidade 3
94
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Parabólico (Formato de Sino)
A expansão no bocal parabólico
supersônico é mais eficiente do que
em um bocal cônico reto simples de
razão de área e comprimento
semelhantes, porque o contorno da
parede é projetado para minimizar
as perdas.
Nas últimas décadas, a maioria
dos bocais foi construída em
formato parabólico.
Unidade 3
95
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Parabólico (Formato de Sino)
A variação na direção do escoamento de um gás supersônico, em um bocal
com secção divergente, só pode ser alcançada através de ondas de expansão.
À medida que o gás passa pela garganta ele sofre uma série de ondas de
expansão, sem perda de energia.
Garganta
Me
Seção de
expansão
Seção de
alisamento
Unidade 3
96
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Parabólico (Formato de Sino)
Essas expansões ocorrem internamente no escoamento, entre a garganta e o
ponto de inflexão I.
O ângulo de contorno i alcança um valor máximo no ponto de inflexão. O
ângulo na saída e é pequeno, geralmente menor que 10°.
A diferença entre i e e
é chamado de Ângulo
de Retorno
1,5 t
r
0,4 t
r
Local de
Inflexão
T
E
i
t
r
Garganta
I
e
Unidade 3
97
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Comprimento do Bocal
Parabólico, Ln
Porcentagem que
deseja-se reduzir, K
Bocal Parabólico (Formato de Sino)
O comprimento de um bocal parabólico é geralmente uma fração do
comprimento de um bocal cônico padrão, com e = 15°
1,5 t
r 0,4 t
r
Local de
Inflexão
T
E
 = 
8,5
e
 = 
11
e
 = 
30
i
t
r
Garganta
e = 15° Lcone (100%)

=
2 t
r r
L1 (60%) L2 (80%)
I

−
= 2
tan
t
cone
e
r r
L
( )


−
=
1
tan
t
n
e
K r
L
Unidade 3
98
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Variação do Ângulo de Contorno, i
Razão de expansão, 
60%
70%
80%
90%
100%
Comprimento
60%
70%
80%
90%
100%
Comprimento
i (°)
E
e
T
i
I
e (°)
Unidade 3
99
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Fator de Correção (Bocal Parabólico)
Fator
de
correção
do
bocal
Percentual de comprimento de um bocal
cônico de e = 15°, com a mesma área em
forma de sino
Cônico
(e = 15°)
Parabólico
Longo
Parabólico
Curto
Bocal de sino
15° (100%)
Bocal
Cônico
L
L
L
Unidade 3
100
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Razão de Expansão,  10 25 50
Cônico (Semi-ângulo, e = 15°)
Comprimento (100%)a 8,07 14,93 22,66
Fator de correção,  0,9829 0,9829 0,9829
Contorno parabólico (80%)
Comprimento a 6,45 11,94 18,12
Fator de correção,  0,985 0,987 0,988
Semi-ângulo aproximado no ponto de
inflexão e saída (°)
25/10 30/8 32/7,5
Contorno parabólico (60%)
Comprimento a 4,84 9,96 13,59
Fator de correção,  0,961 0,968 0,974
Semi-ângulo aproximado no ponto de
inflexão e saída (°)
32,5/17 36/14 39/18
Dados de vários bocais parabólicos
( )


−
=
1
tan
t
n
e
K r
L
Unidade 3
101
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Fator
de
correção
do
bocal
Percentual de comprimento de um
bocal cônico de e = 15°, com a
mesma área em forma de sino
Bocal de sino
15° (100%)
Bocal
Cônico
Fator de Correção
Bocais parabólicos (75 a
85% de comprimento) são tão
eficientes quanto, ou
relativamente mais eficientes
do que bocais cônicos longos
de 15° (100% de
comprimento) com a mesma
razão de expansão.
O bocal parabólico ideal
(perda mínima) é extenso,
equivalente a um bocal
cônico de talvez 10° ou 12°
Unidade 3
102
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Motores de Foguetes Sólidos
Ângulos de Inflexão, i 20 – 26°
Ângulos de Retorno, e 10 – 15°
Local de
Inflexão
T
E
i
I
e
Unidade 3
103
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Motores de Foguetes Líquidos
Ângulos de Inflexão, i 27 – 50°
Ângulos de Retorno, e 15 – 30°
Local de
Inflexão
T
E
i
I
e
Unidade 3
104
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocais de Duas Etapas
Algumas modificações têm sido projetadas para um bocal parabólico,
permitindo a este uma compensação completa ou quase completa das perdas
ocorridas no desempenho devido à altitude, ou seja, eles alcançam
desempenho máximo em mais de uma única altitude.
O bocal extensível de duas etapas possui uma razão de expansão inicial
baixa para operações na superfície da Terra ou próximo a ela, e uma segunda
razão de expansão maior para melhorar o desempenho em altitudes elevadas.
Câmara
1° segmento
(Bocal Fixo)
2° segmento
(Bocal Móvel)
Unidade 3
105
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Extensível (RL-10B-2)
Posição
Recolhida
Posição
Estendida
Unidade 3
106
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal de Inserção por Queda
O conceito de inserção por queda evita o movimento do mecanismo e
permite a vedação do gás, mas há o problema da temperatura de
estagnação nas juntas.
Isto requer um mecanismo de liberação confiável pois a inserção liberada
também cria detritos em altas velocidades.
Até o momento, há pouca experiência prática em testes reais.
Câmara
Inserção
Inserção descartável
(mecanismos para segurar, mover ou
liberar as inserções não são mostrados)
Unidade 3
107
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal de Duplo Sino
O conceito de bocal de duplo sino usa dois bocais parabólicos reduzidos e
combinados em um, com uma protuberância ou um ponto de inflexão entre
eles.
Durante a subida, ele funciona primeiro na razão de expansão menor, com
a separação de fluxo ocorrendo no ponto de inflexão.
Atualmente, há pouca experiência prática com este conceito.
Conforme a altitude aumenta o gás se expande e o escoamento alcança o
segundo bocal, preenchendo completamente a seção de saída e operando
assim com a maior razão de expansão, o que aumenta o desempenho
Saliência ou protuberância
no contorno
Bocal de Duplo Sino
(mecanismos para segurar, mover ou
liberar as inserções não são mostrados)
Saliência em
forma de anel
Unidade 3
108
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocais com Contornos Aerodinâmicos
O bocal de ponta ou bocal aerospike (bocal de sino invertido) consiste
em uma câmara de formato toroidal seguido do bocal com formato anular
Contorno aerodinâmico do escoamento é delimitado pela interface entre o
gás quente e o ar ambiente.
Unidade 3
109
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocal Aerospike
L
L
Câmara
anular
Aerospike longo Aerospike curto
Formato
Escoamento com
subexpansão em
altitude
Escoamento com
sobreexpansão a
nível do mar
Ondas de
expansão
Cauda das
ondas
Regiões de
recirculação
Limites
difusos Regiões de
recirculação
Unidade 3
110
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Bocais Múltiplos
Se um bocal grande for substituído por um conjunto de bocais menores, em
um motor de foguete sólido (todos com o mesmo empuxo cumulativo), é
possível reduzir o comprimento do bocal.
Unidade 3
111
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Fatores de Correção de Desempenho
Fator de Correção
de Empuxo  = real
F
ideal
F
F
Fator de Correção
de Descarga  = ,
,
P real
D
P ideal
m
m
Fator de Correção da
Velocidade de Exaustão



= F
v
D
(Normalmente entre 1 e 1,15)
Unidade 3
112
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.18
❑ Um sistema de propulsão alemão projetado na Segunda Guerra Mundial tinha
um empuxo a nível do mar de 249,17 kN e uma pressão na câmara de 1,5
MPa. Se a pressão de saída era de 0,084 MPa e o diâmetro de saída de 740
mm, qual é o empuxo em 25000 m?
Unidade 3
113
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.19
❑ Um foguete ideal possui as seguintes características: Pressão da câmara de
27,2 atm, pressão na saída do bocal de 20,68 kPa, razão de calores
específicos de 1,20, massa molar média de 21 kg/kmol, temperatura da
câmara de 2589 K. Determine a pressão crítica, a velocidade do gás na
garganta, a razão de expansão de área e a velocidade de saída do bocal.
Unidade 3
114
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.20
❑ Para um foguete ideal com velocidade característica c* = 1220 m/s, uma
vazão de massa de 73 kg/s, coeficiente de empuxo de 1,5 e uma área de
garganta de 0,0248 m2. Calcule a velocidade efetiva de exaustão, o empuxo, a
pressão da câmara e o impulso específico.
Unidade 3
115
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.22
❑ Assumindo que o fator de correção de empuxo é 0,985 e o fator de correção
de descarga é 1,05. Usando os dados do exercício 3.2, determine: (a) O
empuxo real; (b) A velocidade real de exaustão; (c) O impulso específico real;
(d) O fator de correção de velocidade.
Unidade 3
116
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.24
❑ O estágio superior de uma unidade de propulsão para um veículo lançador não
atendeu às expectativas durante os testes a nível do mar. Esta unidade
consiste em uma câmara a 4,052 MPa alimentando com gases quentes um
bocal supersônico de razão de área  = 20. A pressão atmosférica local na
condição de projeto é 20 kPa. O propelente tem k = 1,2 e o diâmetro da
garganta do bocal é 9 cm. a) Calcule o empuxo na condição de projeto. b)
Calcule o empuxo a nível do mar. c) Explique o porquê do comportamento não
ideal observado no teste a nível do mar.
Unidade 3
117
Fundamentos de PropulsãoAeroespacial
Exercício
Exercícios Resolvidos
3.25
❑ Assumindo fluxo ideal em uma unidade de propulsão de foguete: a) Indique
todas as condições necessárias (realistas ou não) para: c* = c = v2; b) As
condições anteriores resultam em um empuxo ótimo para um dado P1P3?, c)
Para um veículo lançador projetado para operar em alguma altitude
intermediária da Terra, esboce (em valores absolutos ou relativos) como c*, c
e v2 variam com a altitude.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Funções de Escoamento Isentrópico

_نقل_النظرية_والممارسة[076-091] (1).pdf
_نقل_النظرية_والممارسة[076-091] (1).pdf_نقل_النظرية_والممارسة[076-091] (1).pdf
_نقل_النظرية_والممارسة[076-091] (1).pdfCelestina2
 
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part4
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part4liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part4
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part4Edgard Packness
 
Tipos padronizados de cargas
Tipos padronizados de cargasTipos padronizados de cargas
Tipos padronizados de cargasAngelo Hafner
 
Fisica 02 - A teoria cinética dos gases
Fisica 02 - A teoria cinética dos gasesFisica 02 - A teoria cinética dos gases
Fisica 02 - A teoria cinética dos gasesWalmor Godoi
 
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)Manoel Salazar
 
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)Manoel Salazar
 
68183043 apostila-simulacao-e-otimizacao-de-processos-quimicos
68183043 apostila-simulacao-e-otimizacao-de-processos-quimicos68183043 apostila-simulacao-e-otimizacao-de-processos-quimicos
68183043 apostila-simulacao-e-otimizacao-de-processos-quimicosJosemar Pereira da Silva
 
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001Thommas Kevin
 
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001Thommas Kevin
 
Djolse aula 1 - introdução aos calculos de processo para termodinâmica
Djolse   aula 1 - introdução aos calculos de processo para termodinâmicaDjolse   aula 1 - introdução aos calculos de processo para termodinâmica
Djolse aula 1 - introdução aos calculos de processo para termodinâmicaEdmilson Faustino
 
Apresentacao sobre controle capacidade carga estacas cravadas sem instrumentacao
Apresentacao sobre controle capacidade carga estacas cravadas sem instrumentacaoApresentacao sobre controle capacidade carga estacas cravadas sem instrumentacao
Apresentacao sobre controle capacidade carga estacas cravadas sem instrumentacaoNelsonAoki4
 
2014 1 - qb70 d- cinetica aula 2
2014 1 - qb70 d- cinetica aula 22014 1 - qb70 d- cinetica aula 2
2014 1 - qb70 d- cinetica aula 2francar francar
 
Trabalho instalações
Trabalho instalaçõesTrabalho instalações
Trabalho instalaçõesHiago Almeida
 
Unicamp2010 2fase 3dia_parte_001
Unicamp2010 2fase 3dia_parte_001Unicamp2010 2fase 3dia_parte_001
Unicamp2010 2fase 3dia_parte_001Thommas Kevin
 
Trabalho de reatores -Exercicios do fogler - reações multiplas
Trabalho de reatores -Exercicios do fogler - reações multiplasTrabalho de reatores -Exercicios do fogler - reações multiplas
Trabalho de reatores -Exercicios do fogler - reações multiplasRomário Ewerton
 
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part6
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part6liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part6
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part6Edgard Packness
 

Semelhante a Funções de Escoamento Isentrópico (20)

_نقل_النظرية_والممارسة[076-091] (1).pdf
_نقل_النظرية_والممارسة[076-091] (1).pdf_نقل_النظرية_والممارسة[076-091] (1).pdf
_نقل_النظرية_والممارسة[076-091] (1).pdf
 
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part4
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part4liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part4
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part4
 
Determinação da carga elementar
Determinação da  carga elementarDeterminação da  carga elementar
Determinação da carga elementar
 
Tipos padronizados de cargas
Tipos padronizados de cargasTipos padronizados de cargas
Tipos padronizados de cargas
 
Fisica 02 - A teoria cinética dos gases
Fisica 02 - A teoria cinética dos gasesFisica 02 - A teoria cinética dos gases
Fisica 02 - A teoria cinética dos gases
 
apost--mec-fluidos--109p.pdf
apost--mec-fluidos--109p.pdfapost--mec-fluidos--109p.pdf
apost--mec-fluidos--109p.pdf
 
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)
 
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)
Memorial de calculo_projeto_eletrico (1)
 
Refrigeração
RefrigeraçãoRefrigeração
Refrigeração
 
68183043 apostila-simulacao-e-otimizacao-de-processos-quimicos
68183043 apostila-simulacao-e-otimizacao-de-processos-quimicos68183043 apostila-simulacao-e-otimizacao-de-processos-quimicos
68183043 apostila-simulacao-e-otimizacao-de-processos-quimicos
 
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001
 
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001
Unicamp2002 2fase 2dia_parte_001
 
Djolse aula 1 - introdução aos calculos de processo para termodinâmica
Djolse   aula 1 - introdução aos calculos de processo para termodinâmicaDjolse   aula 1 - introdução aos calculos de processo para termodinâmica
Djolse aula 1 - introdução aos calculos de processo para termodinâmica
 
Apresentacao sobre controle capacidade carga estacas cravadas sem instrumentacao
Apresentacao sobre controle capacidade carga estacas cravadas sem instrumentacaoApresentacao sobre controle capacidade carga estacas cravadas sem instrumentacao
Apresentacao sobre controle capacidade carga estacas cravadas sem instrumentacao
 
2014 1 - qb70 d- cinetica aula 2
2014 1 - qb70 d- cinetica aula 22014 1 - qb70 d- cinetica aula 2
2014 1 - qb70 d- cinetica aula 2
 
Gerador síncrono
Gerador síncronoGerador síncrono
Gerador síncrono
 
Trabalho instalações
Trabalho instalaçõesTrabalho instalações
Trabalho instalações
 
Unicamp2010 2fase 3dia_parte_001
Unicamp2010 2fase 3dia_parte_001Unicamp2010 2fase 3dia_parte_001
Unicamp2010 2fase 3dia_parte_001
 
Trabalho de reatores -Exercicios do fogler - reações multiplas
Trabalho de reatores -Exercicios do fogler - reações multiplasTrabalho de reatores -Exercicios do fogler - reações multiplas
Trabalho de reatores -Exercicios do fogler - reações multiplas
 
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part6
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part6liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part6
liquid propellant rocket engine (Motor foguete Liquido) part6
 

Último

TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp txrafaelacushman21
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaWilliamCruz402522
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 

Último (7)

TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aula
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 

Funções de Escoamento Isentrópico

  • 1. Unidade 3 1 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial TEORIA DE BOCAIS E RELAÇÕES TERMODINÂMICAS
  • 2. Unidade 3 2 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial O Foguete Ideal ❑ As equações descrevem um fluxo quase-unidimensional, isto é, uma idealização e simplificação das equações completas bi e tridimensionais. ❑ Em propulsão química de foguetes o desempenho real medido é, geralmente, entre 1% e 6% abaixo do valor ideal calculado. ❑ Ao projetar novos foguetes tornou-se prática aceita a utilização de parâmetros de foguetes ideais.
  • 3. Unidade 3 3 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Condições para um Foguete Ideal 1. Substância de trabalho homogênea; 2. Sem fases condensadas ou sólidas; 3. Os gases obedecem à “Lei dos gases perfeitos” 4. Escoamento adiabático; 5. Desconsidera-se atrito; 6. Fluxo de propelente é contínuo (sem ondas de choque); 7. Escoamento unidimensional e em regime permanente; 8. Propriedades dos gases constantes em qualquer seção transversal; 9. Escoamento congelado; 10. Os propelentes armazenados estão à temperatura ambiente. Propelentes criogênicos estão em seus pontos de ebulição
  • 4. Unidade 3 4 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Condições para um Foguete Ideal ❑ Para foguetes líquidos, a teoria idealizada admite um sistema de injeção no qual o combustível e o oxidante são perfeitamente misturados, resultando em uma substância de trabalho homogênea. ❑ Para foguetes sólidos, o propelente deve ter constituição homogênea e uniforme, e a taxa de queima deve ser constante.
  • 5. Unidade 3 5 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Supersônico de um Motor Foguete Bocal de um motor foguete
  • 6. Unidade 3 6 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Supersônico de um Motor Foguete
  • 7. Unidade 3 7 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Supersônico de um Motor Foguete
  • 8. Unidade 3 8 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Supersônico de um Motor Foguete
  • 9. Unidade 3 9 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Supersônico de um Motor Foguete ❑ Ônibus Espacial.
  • 10. Unidade 3 10 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Supersônico de um Motor Foguete ❑ Booster do Ônibus Espacial.
  • 11. Unidade 3 11 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial O Número de Mach ❑ O número de Mach é um parâmetro adimensional definido como a razão entre a velocidade do escoamento, v, e a velocidade do som nesse escoamento, a, dado por, = v M a ❑ Para M < 0,3, a variação máxima de massa específica é inferior a 5%. Assim, os escoamentos de gases com M < 0,3 podem ser tratados como incompressíveis. = a kRT ❑ A velocidade do som é a distância percorrida por uma onda sonora em uma unidade de tempo,
  • 12. Unidade 3 12 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial O Número de Mach ❑ Escoamentos Subsônicos: M  1 ❑ Escoamentos Sônicos: M = 1 ❑ Escoamentos Supersônicos: M  1 ❑ Escoamentos Transônicos: 0,9  M  1,2 ❑ Escoamentos Hipersônicos: M  5
  • 13. Unidade 3 13 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Equação de Estado (Gás Perfeito)  = P RT 0 R R M = R0 = 8,3145 kJ/kmol-K ❑ Para Ar (R = 287 J/kg-K) erra em menos de 1 % para T = [140 – 298] K e P = [1 – 30] atm.  = P RT = PV mRT = 0 PV nR T
  • 14. Unidade 3 14 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Relações Termodinâmicas em Bocais ❑ A entalpia de uma substância, P h u  = + h u P = + ❑ A razão de calores específicos, P C k C = P C C R  − = 1 P kR C k = − 1 R C k  = −
  • 15. Unidade 3 15 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Relações Termodinâmicas em Bocais = + = constante 2 0 2 v h h ❑ A entalpia de estagnação por unidade de massa h0 é constante, ( ) ( ) − = − = − 2 2 1 2 x y y x P x y h h v v c T T ❑ A conservação da energia para um escoamento isentrópico entre duas seções x e y,  =  = x y Av m m m ❑ O princípio de conservação da massa de um escoamento em regime permanente, com apenas uma entrada e uma saída,
  • 16. Unidade 3 16 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Relações Termodinâmicas em Bocais   − −     = =           1 1 k k k y x x y y x T P T P ❑ Para um escoamento isentrópico, entre os pontos x e y, ❑ Durante a expansão do bocal isentrópico, a pressão cai substancialmente, a temperatura absoluta cai um pouco menos e o volume específico aumenta.
  • 17. Unidade 3 17 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Propriedades de Estagnação Isentrópica ( ) 1 2 0 1 1 2 k k P k M P − −   = +     2 0 1 1 2 T k M T −   = +     ( ) 1 1 2 0 1 1 2 k k M   − −   = +     EQUAÇÕES QUE CARACTERIZAM A ESTAGNAÇÃO ISENTRÓPICA Pressão de Estagnação Massa específica de Estagnação Temperatura de Estagnação Número de Mach Estagnação é caracterizado por velocidade zero. Estado de estagnação: Ponto do campo de escoamento caracterizado pela pressão de estagnação, P0, pela temperatura de estagnação, T0, e pela velocidade zero.
  • 18. Unidade 3 18 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Propriedades de Estagnação Isentrópica 0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 Razões de Propriedades Número de Mach, M P/P0 T/T0 /0 A/A*
  • 19. Unidade 3 19 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Propriedades Críticas ( ) 1 0 1 * 2 k k P k P − +   =     ( ) 1 2 0 1 1 2 k k P k M P − −   = +     2 0 1 1 2 T k M T −   = +     ( ) 1 1 2 0 1 1 2 k k M   − −   = +     0 2 * * * 1 k v c kRT RT k = = = + 0 1 * 2 T k T +   =     ( ) 1 1 0 1 * 2 k k   − +   =     Propriedades de Estagnação Isentrópica ( ) 1 2 * 2 1 1 1 k k P k M P k k − −   = +   + +   2 * 2 1 1 1 T k M T k k −   = +   + +   ( ) ( ) 1 2 1 2 1 2 1 * 1 1 k k A k M A M k k + − −   = +   + +   ( ) 1 1 2 * 2 1 1 1 k k M k k   − −   = +   + +   ❑ As propriedades críticas ocorrem para M = 1
  • 20. Unidade 3 20 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Propriedades Isentrópicas ( ) 1 2 1 1 2 k k k P M − −   + =     cte ( ) ( ) ( ) 1 2 2 1 2 1 k k AM k M + −   + − =   cte 2 1 1 2 k T M −   + =     cte ( ) 1 1 2 1 1 2 k k M  − −   + =     cte ( ) ( ) 1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 1 1 2 2 k k k k k k P M P M − − − −     + = +         ❑ Propriedades do Escoamento isentrópico em duas seções distintas.
  • 21. Unidade 3 21 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Massa molar média = =  1 n i i i T M n M n ❑ A massa molar média de uma mistura de gases
  • 22. Unidade 3 22 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Funções de Escoamento Isentrópico (Ar) M P/P0 T/T0 /0 P/P* T/T* /* A/A* 0,00 1,00000 1,0000 1,0000 1,89293 1,2000 1,5774 0 0,10 0,99303 0,9980 0,9950 1,87974 1,1976 1,5696 5,82 0,20 0,97250 0,9921 0,9803 1,84087 1,1905 1,5463 2,96 0,30 0,93947 0,9823 0,9564 1,77835 1,1788 1,5086 2,04 0,40 0,89561 0,9690 0,9243 1,69533 1,1628 1,4580 1,59 0,50 0,84302 0,9524 0,8852 1,59578 1,1429 1,3963 1,34 0,60 0,78400 0,9328 0,8405 1,48406 1,1194 1,3258 1,19 0,70 0,72093 0,9107 0,7916 1,36467 1,0929 1,2487 1,09 0,80 0,65602 0,8865 0,7400 1,24180 1,0638 1,1673 1,04 0,90 0,59126 0,8606 0,6870 1,11921 1,0327 1,0838 1,01 1,00 0,52828 0,8333 0,6339 1,00000 1,0000 1,0000 1,00 1,10 0,46835 0,8052 0,5817 0,88656 0,9662 0,9176 1,01 1,20 0,41238 0,7764 0,5311 0,78060 0,9317 0,8378 1,03 1,30 0,36091 0,7474 0,4829 0,68318 0,8969 0,7618 1,07 1,40 0,31424 0,7184 0,4374 0,59484 0,8621 0,6900 1,11 1,50 0,27240 0,6897 0,3950 0,51564 0,8276 0,6231 1,18 1,60 0,23527 0,6614 0,3557 0,44535 0,7937 0,5611 1,25 1,70 0,20259 0,6337 0,3197 0,38350 0,7605 0,5043 1,34 1,80 0,17404 0,6068 0,2868 0,32945 0,7282 0,4524 1,44 1,90 0,14924 0,5807 0,2570 0,28250 0,6969 0,4054 1,56 2,00 0,12780 0,5556 0,2300 0,24192 0,6667 0,3629 1,69
  • 23. Unidade 3 23 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Velocidade de Exaustão ( ) = − + 2 2 1 2 1 2 v h h v ( ) −       = − +   −       1 2 2 2 1 1 1 2 1 1 k k P k v RT v k P ( ) −       = −  −       1 0 0 2 2 1 2 1 1 k k R T P k v k M P ou ( ) ( ) = − 2 0 max 2 1 v kRT k  = 2 t A A = = 1 0 C T T T ❑ A velocidade de saída do bocal, v2 ❑ Considerando a velocidade da câmara, v1, é significativamente pequena, ❑ O valor máximo teórico para a velocidade de saída do bocal, v2 ❑ Razão de Expansão,   0 0 v
  • 24. Unidade 3 24 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Escoamento Isentrópico − Bocal Convergente P3 Pe P0 T0 v0  0 Câmara de Combustão Garganta 1,0  0 P P Atmosfera (1) M = 1 (2) (3) Me < 1 (4) (5) Me > 1 Escoamento
  • 25. Unidade 3 25 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Escoamento Isentrópico − Bocal Convergente ( ) −       +   1 3 0 2 1 1 k k P k P ❑ Condições para um bocal supersônico ( ) −      +   1 3 0 2 1 k k P P k ➢ Bocal Livre (Subsônico) ➢ Bocal Bloqueado (Supersônico) =1 t M = 2 3 P P ❑ Escoamento máximo através de um dado bocal ( ) ( ) ( ) + −    = +         1 2 1 2 1 0 0 2 1 k k k m k A P T R = (Para ar) 0,528
  • 26. Unidade 3 26 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.1 ❑ Uma câmara de foguete ideal opera a nível do mar usando propelentes cujos produtos de combustão têm uma razão de calores específicos k = 1,3. Determine a pressão na câmara e a razão de expansão do bocal, , se o número Mach da saída do bocal é de 2,4. O número Mach na entrada do bocal pode ser considerado desprezível.
  • 27. Unidade 3 27 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.2 ❑ Um foguete opera ao nível do mar (Patm = 0,101325 MPa) com uma pressão na câmara de 2,068 MPa, temperatura da câmara de 2222 K e um consumo de propelente de 1 kg/s. (Admita k = 1,3; R = 345,7 J/kg.K). Calcule o empuxo e o impulso específico ideal desse foguete. Calcule também A, , v, M, P e T na garganta e na saída do bocal. Considere expansão ótima do bocal e admita condições de estagnação na câmara. Faça gráficos mostrando a influência da pressão sobre A, , v, M e T ao longo do bocal. 1 (Câmara) t (Garganta) 2 (Saída bocal) A (m2) 6,350×10-4 2,067×10-3  (kg/m3) 2,692 1,690 0,265 v (m/s) 0 931,847 1826,925 M 0 1 2,589 P (MPa) 2,068 1,129 0,101325 T (K) 2222 1932,174 1107,987
  • 28. Unidade 3 28 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.3 ❑ Resultados experimentais indicam que os gases propulsores da reação de gasolina líquida e oxigênio têm uma massa molar média de 23,2 kg/kmol e uma razão de calores específicos de 1,22. Calcule o calor específico a pressão constante e a volume constante, assumindo um gás perfeito.
  • 29. Unidade 3 29 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.4 ❑ Um bocal expande um gás sob condições isentrópicas. Sua velocidade de entrada na câmara ou bocal é igual a 70 m/s, e sua velocidade final é de 1500 m/s. Qual é a variação da entalpia do gás? Qual a porcentagem de erro introduzida se a velocidade inicial for desprezada?
  • 30. Unidade 3 30 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.5 ❑ Projete um bocal de foguete ideal que possa operar a 26 km de altitude e tenha um empuxo de 5000 N, uma pressão e temperatura de câmara de 2,068 MPa e 2800 K, respectivamente. Considere que k = 1,30 e R = 355,4 J/kg.K. Determine a área da garganta, a área de saída, a velocidade da garganta e a temperatura de saída dos gases nesse bocal. Admita condições de estagnação na câmara de combustão e que a expansão dos gases é ótima nessa altitude.
  • 31. Unidade 3 31 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.6 ❑ As condições reais para um bocal com expansão ótima operando a nível do mar são dadas por: k = 1,3; ṁP = 3,7 kg∕s; P1 = 2,1 MPa; T1 = 2585 K; M = 18 kg∕kmol. Calcule v2 e T2
  • 32. Unidade 3 32 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.7 ❑ Nitrogênio (k = 1,38, massa molecular = 28 kg∕kmol) flui a um número de Mach de 2,73 e 500 °C. Quais são suas velocidades local e de som?
  • 33. Unidade 3 33 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial ESCOAMENTO NO BOCAL E CONDIÇÕES NA GARGANTA
  • 34. Unidade 3 34 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial 1 A 2 A t A Seção Convergente Seção Divergente   − 11 28 Ângulo de contração k=1,2 Razão de Expansão e Contração do Bocal A área mínima do bocal é chamada de garganta é a razão entre a área de saída do bocal e da garganta é chamada de razão de expansão da área do bocal. ( ) ( )  + −   + = =   + −     1 2 1 2 2 2 2 1 1 2 1 k k t A k A M k M Note que também existe a razão de contração da área do bocal, que ocorre na seção convergente,  = 1 C t A A   − 3 6 C Para M = 4 c e Ângulo de expansão k=1,4
  • 35. Unidade 3 35 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Razão de Pressões em um Bocal −   =   +   1 1 2 1 k k t P P k  − 1 0,53 0,57 t P P k=1,4 k=1,2 No caso da pressão haverá uma redução de 43 à 47% durante a passagem do fluido pelo bocal convergente. 1 P t P Seção Convergente Perda de 43% para k = 1,2 Perda de 47% para k = 1,4
  • 36. Unidade 3 36 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Razão de Temperaturas em um Bocal = + 1 2 1 t T T k Já no caso da temperatura haverá uma redução menos significativa, em torno de 8 à 17%  − 1 0,83 0,91 t T T k=1,4 k=1,2 1 T t T Seção Convergente Perda de 8% para k = 1,2 Perda de 17% para k = 1,4
  • 37. Unidade 3 37 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Condição de Bloqueio em um Bocal Esta condição ocorre quando a vazão de massa na garganta é a máxima, nestas condições M = 1. + −   =   +   1 1 ,max 1 1 1 2 1 k k P t m A P k kRT k Logo, a condição de escoamento sônico ou supersônico será alcançada quando o bocal estiver bloqueado, − +        1 1 2 1 2 k k P k P  − 1 2 1,75 1,89 P P Se consideramos um bocal com expansão ótima onde P2 = P3  − 1 1,75 1,89 atm P P k=1,2 k=1,4 k=1,2 k=1,4
  • 38. Unidade 3 38 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Tipos de Bocais em Motores Foguete Subsônico Sônico Supersônico Velocidade na garganta vt vt  at vt = at vt = at Velocidade na saída v2 v2  a2 v2 = vt v2  vt Número de Mach M M2  1 M2 = Mt = 1 M2  1 Razão de pressão P1P2 Formato − +        1 1 2 1 2 k k P k P − +   =     1 1 2 1 2 k k P k P − +        1 1 2 1 2 k k P k P
  • 39. Unidade 3 39 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Uso de Bocais Supersônicos Bocais supersônicos são usados em motores foguetes pois alcançam altas taxas de conversão de entalpia em energia cinética. A razão, P1/P2, em todos os foguetes deve ser grande o suficientemente para induzir um escoamento supersônico no bocal. No entanto, se a pressão absoluta da câmara cair abaixo de 1,75*Patm haverá escoamento subsônico na porção divergente Essa condição ocorre por um período de tempo muito curto, normalmente durante o início e o fim do funcionamento do foguete A condição de bloqueio do bocal ocorre na garganta e não na seção de saída
  • 40. Unidade 3 40 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Razão de Áreas em um Bocal Para um bocal supersônico,  − − − −         +       = = −           + −               1 1 1 2 1 1 2 2 2 1 1 2 1 1 1 1 k k k k t A P P k A k P k P Para operações em baixas altitudes, 0 − 10 km   − 3 25 − Pressão na câmara, − Mistura de Propelentes, − Limitações da fuselagem Para operações em elevadas altitudes,  100 km   − 40 200   400 Em alguns casos
  • 41. Unidade 3 41 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Razão de Velocidades em um Bocal Para um bocal supersônico, −     +   = −    −       1 2 2 1 1 1 1 k k t v P k v k P Para foguetes que operam em elevadas altitudes, não é possível obter ganhos na velocidade de exaustão aumentando a razão de áreas, A2At, acima de 1000
  • 42. Unidade 3 42 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial ou A Equação de Empuxo O empuxo máximo para qualquer operação do bocal ocorre no vácuo, quando P3 = 0 ( )  = + − 2 2 3 2 t t t A v v F P P A ( ) − + −         = − + −       − +         1 1 2 1 2 1 2 3 2 1 2 2 1 1 1 k k k k t P k F A P P P A k k P ( ) = + − 2 2 3 2 P F m v P P A ou Para qualquer Foguete Para foguetes Ideais   = + −     3 2 2 1 1 1 opt t t P P A F F P A P P A
  • 43. Unidade 3 43 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Coeficiente de Empuxo O Coeficiente de Empuxo é definido como o empuxo dividido pela pressão da câmara, P1 e a área da garganta, At. − + −     −     = − +       − +         1 1 2 1 2 3 2 2 1 1 2 2 1 1 1 k k k k F t P P P A k C k k P P A Para P1P3 definida, o Coeficiente de Empuxo alcança um valor máximo quando P2 = P3. Também conhecido como Coeficiente de Empuxo Ótimo. = 1 F t F C A P ou − + −         = −      − +         1 1 2 1 2 , 1 2 2 1 1 1 k k k k F opt P k C k k P CF pode ser encontrado por medidas experimentais: F, At e P1  − 0,8 1,9 F C
  • 44. Unidade 3 44 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Coeficiente de Empuxo
  • 45. Unidade 3 45 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Coeficiente de Empuxo O Coeficiente de Empuxo mede os efeitos da pressão da câmara ou a variação da altitude, em uma dada configuração de bocal. O Coeficiente de Empuxo utiliza-se também para corrigir resultados do empuxo obtidos a nível do mar e adaptá-los para condições de voo. Quando P1P3 torna-se muito grande (por exemplo, durante a expansão no vácuo), o coeficiente de empuxo aproxima-se de um máximo assintótico.
  • 46. Unidade 3 46 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Velocidade Característica A Velocidade Característica uma função das características do propelente e do projeto da câmara de combustão.  = 1 t P P A c m + −    =   +   1 1 1 1 2 1 k k c kRT k k c* pode ser encontrado por medidas experimentais: , At e P1 Para qualquer foguete Para foguetes ideais  = F P F C m c Neste caso o Empuxo pode ser expresso, P m
  • 47. Unidade 3 47 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Eficiência da Velocidade Característica Usado para expressar o grau de desempenho da energia liberada pelo gás em altas temperaturas e pressões na câmara.    = real eff c c c   − 92 99,5 % eff c
  • 48. Unidade 3 48 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Coeficiente de Descarga O Coeficiente de Descarga é o recíproco da velocidade característica,  = 1 D C c
  • 49. Unidade 3 49 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Influência da Variação de k Em geral, quanto mais complexa for a molécula menor será o valor de k, Gases Monoatômicos Hélio, Argônio Gases Diatômicos H2, O2, N2 Gases Triatômicos Amônia, CO2 1,67 k 1,4 k  − 1,1 1,3 k Isto também é verdade para moléculas em altas temperaturas
  • 50. Unidade 3 50 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.8 ❑ Em bocais de foguetes a propulsão química é comum relacionar a razão de contração, c, ao ângulo de contração, c, e a razão de expansão, , ao ângulo de expansão, e. Para um bocal de diâmetros D1, D2 e Dt, mostre que o comprimento total de um bocal de foguete, de formato cônico, pode ser escrito como: Sabe-se que a razão de contração pode variar de 3 a 6, dependendo da estrutura e composição dos gases. Encontre a variação do ângulo de contração para este foguete, se o comprimento da seção convergente do bocal é 2 vezes o diâmetro da garganta.       − − = +     1 2 1 2 1 1 2 tan tan t c c e D L
  • 51. Unidade 3 51 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.9 ❑ Qual é a variação percentual de empuxo entre o nível do mar e a 26 km para um foguete com uma pressão de câmara de 20 atm e uma razão de expansão de área de 6? (Use k = 1,3).
  • 52. Unidade 3 52 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.10 ❑ Dos dados apresentados no exercício 3.9 (P1 = 20 atm,  = 6, k = 1,3), substitua a razão de expansão para 15. Compare o desempenho deste foguete, em ambas altitudes, com esta nova razão de expansão, . Mostre também, graficamente, a variação de CF com a altitude. Admita que não há choques dentro do bocal.
  • 53. Unidade 3 53 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.11 ❑ Os dados a seguir pertencem a um motor de foguete operando em condições ótimas de bocal: massa molar média de 24 kg/kmol, pressão da câmara de 2,533 MPa, pressão externa de 0,09 MPa, temperatura da câmara de 2900 K, área da garganta de 0,0005 m2, razão de calores específicos de 1,3. Determine: (a) A velocidade na garganta; (b) O volume específico na garganta; (c) A vazão de propelente e impulso específico; (d) Empuxo; (e) Número de Mach na saída do bocal; (f) O coeficiente de empuxo.
  • 54. Unidade 3 54 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.12 ❑ Para um foguete ideal com velocidade característica = 1500 m/s, diâmetro de garganta de 18 cm, coeficiente de empuxo de 1,38 e uma vazão de massa de 40 kg/s, calcule a pressão da câmara, o empuxo e o impulso específico.
  • 55. Unidade 3 55 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial BOCAIS SUB-EXPANDIDOS E SOBRE-EXPANDIDOS
  • 56. Unidade 3 56 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Principais Diferenças entre os Bocais BOCAL MUITO CURTO BOCAL ÓTIMO BOCAL MUITO LONGO 2 P 3 P 1 P 1 P 1 P 2 P 2 P 3 P 3 P
  • 57. Unidade 3 57 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Subexpandido Um bocal sub-expandido descarrega o fluido a uma pressão de saída, P2, maior que a pressão ambiente, P3  2 3 P P Pressão de Saída Pressão Ambiente A área de saída é muito pequena para uma expansão ideal O BOCAL É MUITO CURTO 2 P 3 P 1 P
  • 58. Unidade 3 58 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Subexpandido 2 3 P P 
  • 59. Unidade 3 59 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Subexpandido 2 3 P P  2 3 P P 
  • 60. Unidade 3 60 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Subexpandido do Foguete Saturno V 2 3 P P  2 3 P P 
  • 61. Unidade 3 61 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Teste Estático do M3K – UFABC (2017) 2 3 P P 
  • 62. Unidade 3 62 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Sobreexpandido ou Superexpandido Um bocal sobre-expandido descarrega o fluido a uma pressão de saída, P2, menor que a pressão ambiente, P3 2 3 P P  Pressão de Saída Pressão Ambiente A área de saída é muito grande para uma expansão ideal O BOCAL É MUITO LONGO 2 P 3 P 1 P
  • 63. Unidade 3 63 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Sobreexpandido ou Superexpandido 2 3 P P 
  • 64. Unidade 3 64 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Sobreexpandido ou Superexpandido 2 3 P P 
  • 65. Unidade 3 66 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Casos de Escoamento em Bocal Supersônico  P P 2 3 ❑ Haverá expansão pelo bocal sem descontinuidades ❑ Ondas de expansão serão formadas na saída (subexpansão) ❑ Expansão incompleta dentro do bocal. Diminuindo CF e Is PRIMEIRO CASO MENORES 2 P 3 P 1 P
  • 66. Unidade 3 67 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Casos de Escoamento em Bocal Supersônico  P P 2 3 ❑ A expansão ocorrerá até que P2 alcance um valor entre 10 a 40% de P3 ❑ Para pressões de saída P2 levemente menores do que a pressão externa P3, o escoamento continuará a se expandir completamente pelo bocal; LEVEMENTE MENORES SEGUNDO CASO ❑ Abaixo destas condições a expansão será ineficiente, resultando em um CF e Is menores do que na expansão ótima e, consequentemente, ondas de choque ocorrerão na seção de saída do bocal.     2 3 3 0 0,1 ,4 P P P   2 3 0,1 P P
  • 67. Unidade 3 68 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Casos de Escoamento em Bocal Supersônico P P 2 3 ❑ Nessas condições, o diâmetro do jato supersônico será menor do que o diâmetro de saída do bocal ❑ Ocorrerá a separação do escoamento dentro da seção divergente do bocal; MUITO MENOR TERCEIRO CASO ❑ Se o fluxo é constante e uniforme, a separação será axial e simétrica. 2 P 3 P 1 P
  • 68. Unidade 3 69 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Casos de Escoamento em Bocal Supersônico ❑ O ponto de separação desloca-se à jusante, conforme diminui a pressão externa ❑ A localização axial do plano de separação do jato depende da pressão local e da rugosidade da parede do bocal; MUITO MENOR TERCEIRO CASO ❑ Na saída do bocal, o escoamento na região central permanece supersônico, mas é rodeado por uma região de escoamento subsônico com formato anular. 2 P 3 P 1 P P P 2 3
  • 69. Unidade 3 70 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Casos de Escoamento em Bocal Supersônico  P P 2 1 ❑ Essa condição ocorre normalmente em bocais de foguete por um curto período de tempo, no período denominado transiente. ❑ A razão de pressão é menor do que a razão de pressão crítica e o escoamento subsônico prevalece em todo o bocal MUITO PRÓXIMO QUARTO CASO 2 1 1 t P P P P  ESCOAMENTO SUBSÔNICO
  • 70. Unidade 3 71 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Plano de Separação e Descolamento de Jato ❑ O método para estimar a pressão no local do plano de separação, dentro da seção divergente de um bocal supersônico, tem sido geralmente empírico. ❑ A direção do empuxo não é comumente alterada pela separação. ❑ No período transiente (partida e parada), a separação deste escoamento pode não ser axissimétrica, e podem ocorrer forças transientes nas paredes do bocal. ❑ Alguns autores mostram que a magnitude e a direção das forças laterais transientes podem mudar rápida e inesperadamente. Assim, as forças laterais resultantes podem ser grandes causando falhas na estrutura do bocal.
  • 71. Unidade 3 73 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Comportamento dos gases de exaustão Durante o voo A nível do mar em testes estáticos Estágio A2/At h (km) Is (s) h (km) Is (s) 1° Estágio (Booster) 6 Bocal com escoamento cheio, leve subexpansão 0 267 Bocal com escoamento cheio 0 267 2° Estágio 10 Subexpansão 24 312 Super-expansão, leve contração 0 254 3° Estágio 40 Subexpansão 100 334 Separação de fluxo, causado pela super- expansão 0 245
  • 72. Unidade 3 74 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Influência da Geometria da Câmara Se a câmara tiver uma seção transversal maior do que quatro vezes a área da garganta (A1At  4), a velocidade v1 da câmara pode ser desprezada 1 4 t A A  1 0 v  No entanto, as limitações de espaço e peso do veículo exigem cada vez câmaras menores para motores de foguete. Os gases na câmara se expandem conforme o calor é gerado na reação e a expansão desses gases dentro da câmara também causará uma queda da pressão e uma perda adicional de energia. Essa perda será máxima quando o diâmetro da câmara for igual ao diâmetro da garganta, o que significa que o bocal não possui uma seção convergente. Isso também é conhecido como motor de foguete sem garganta.
  • 73. Unidade 3 75 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Desvantagens de Câmaras Pequenas Razão de área, A1At Pressão na garganta (%) Redução do Empuxo (%) Redução do Impulso Específico (%)  100 0 0 3,5 99 1,5 0,31 2,0 96 5,0 0,55 1,0 81 19,5 1,34 Desvantagens no desempenho e perdas estimadas para câmaras de diâmetro pequeno, para três razões de área de câmara.
  • 74. Unidade 3 76 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.14 ❑ Para o foguete dado no exercício 3.2, calcule a velocidade de exaustão se a área de saída for reduzida em 50%. Estimar as perdas na energia cinética e no empuxo e expressá-las como uma porcentagem da energia cinética original e do empuxo original. NOTA: Este foguete não está em expansão ótima. Dados do Exercício 3.2 P3 = 0,101325 MPa P1 = 2,068 MPa T1 = 2222 K ṁP = 1 kg/s k = 1,3 R = 345,7 J/kg.K
  • 75. Unidade 3 77 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.15 ❑ Qual seria a velocidade máxima se o bocal dado no exercício 3.2 for projetado para expandir em vácuo? Se a razão de expansão for 10, qual seria a velocidade de saída nestas condições? Dados do Exercício 3.2 P3 = 0,101325 MPa P1 = 2,068 MPa T1 = 2222 K ṁP = 1 kg/s k = 1,3 R = 345,7 J/kg.K
  • 76. Unidade 3 78 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.16 ❑ A construção de um bocal axissimétrico convencional com área variável tem sido frequentemente considerado na operação de um foguete com razão de expansão ótima em qualquer altitude. Devido às dificuldades de projeto, este dispositivo mecânico nunca foi construído com sucesso. Supondo que tal mecanismo possa eventualmente ser construído, qual teria que ser a razão de área para: 0 km, 25 km e 50 km, se a pressão da câmara for de 20 atm? Admita k = 1,2; At = 5 cm2; ṁP = 1 kg/s; T1 = 2200 K e R = 345,7 J/kg.K. Esboce também um gráfico da razão de expansão com a altitude.
  • 77. Unidade 3 79 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.17 ❑ Projete um bocal supersônico para operar a 10 km de altitude (em condições ótimas) com uma razão de expansão de 8. Admita para os gases quentes, T1 = 3000 K, R = 378 J/kg.K e k = 1,3. Determine o número Mach na saída, a velocidade de exaustão e a temperatura de saída bem como a pressão da câmara. Se a pressão da câmara for duplicada, o que ocorre com o empuxo e a velocidade de exaustão? Admita que não há variações nas propriedades do gás. Que tão próxima da expansão ótima encontra-se este bocal, com a pressão da câmara duplicada?
  • 78. Unidade 3 80 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial CONFIGURAÇÃO DE BOCAIS
  • 79. Unidade 3 81 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Seção Convergente do Bocal A seção convergente do bocal entre a câmara e a garganta não foi projetada para alcançar alto desempenho 1 A t A Seção Convergente Escoamento subsônico nesta seção pode ser facilmente alcançado com uma pequena redução da pressão, logo, qualquer raio, ângulo do cone, contorno da parede ou formato de entrada do bocal pode ser aceitável.
  • 80. Unidade 3 82 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocais a 90° do Eixo da Câmara Em motores foguete de pequeno empuxo, o posicionamento do bocal a 90° do eixo da câmara de combustão, não traz qualquer perda no desempenho.
  • 81. Unidade 3 83 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocais a 90° do Eixo da Câmara
  • 82. Unidade 3 84 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Contorno da Garganta do Bocal O contorno da garganta tampouco é um fator muito crítico para o desempenho, e qualquer raio ou outra curva é geralmente utilizada. 1 r 2 r t r B r Câmara L c L e L A r e c SEÇÃO DIVERGENTE CÔNICA SEÇÃO CONVERGENTE PARABÓLICA
  • 83. Unidade 3 85 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Seção Divergente do Bocal A principal diferença nas configurações do bocal é encontrada na seção divergente, onde ocorre o escoamento supersônico. A superfície da parede deve ser suave e lisa para diminuir: − Atrito, − Absorção de calor radiação, − Transferência de calor por convecção. 2 A t A Seção Divergente Furos, bordas afiadas ou protuberâncias devem ser evitadas
  • 84. Unidade 3 86 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Formato dos Bocais Um bocal cônico e dois bocais com formato parabólico (sino) Os três últimos possuem um corpo central dentro do bocal e têm excelente compensação de altitude Não foram usados em veículos de lançamento espacial. Cônico (e = 15°) Parabólico Longo Parabólico Curto Aerospike longo Aerospike curto (truncado) Expansão - Deflexão L L L L L L Câmara anular
  • 85. Unidade 3 87 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocais Aerospike Aerospike Longo Aerospike Curto
  • 86. Unidade 3 88 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Cônico Bocal Cônico Semi-Ângulo, e = 15° − Configuração de bocal mais antiga e mais simples − Fabricação relativamente fácil, − Usado em bocais de pequeno porte, − Usa-se fator de correção teórico, , aplicado na quantidade de movimento, − Para foguetes ideais  = 1 ( )   = + 1 1 cos 2 e e
  • 87. Unidade 3 89 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Cônico − Fator de Correção  Cone Divergente Ângulo de expansão,e (°) Fator de Correção,  Perda (%) 0 1,0000 0,000 2 0,9997 0,030 4 0,9988 0,120 6 0,9972 0,280 8 0,9951 0,490 10 0,9924 0,760 12 0,9890 1,100 14 0,9851 1,490 15 0,9830 1,700 16 0,9806 1,940 18 0,9755 2,450 20 0,9698 3,020 22 0,9636 3,640 24 0,9567 4,330
  • 88. Unidade 3 90 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Cônico − Fator de Correção  1 2 2 2 1 1 1 2 1 1 k k P k v RT v k P −       = − +     −       ( ) 2 2 3 2 P F m v P P A = + − Observe que o fator de correção  só se aplica ao termo de empuxo. Cone Divergente Ângulo de expansão,e (°) Fator de Correção,  Perda (%) 15 0,9830 1,700
  • 89. Unidade 3 91 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Cônico − Ângulo de Expansão, e e PEQUENO Vantagem − Quantidade de movimento é axial gerando Is elevado Desvantagem − Excesso de massa para o sistema de propulsão − Maior complexidade do projeto e GRANDE Vantagem − Designs curtos e leves Desvantagem − Desempenho baixo 12° - 18° e IDEAL
  • 90. Unidade 3 92 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Parabólico (Formato de Sino) É provavelmente o bocal mais comum atualmente. Parabólico Longo Parabólico Curto L L
  • 91. Unidade 3 93 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Parabólico (Formato de Sino) A região divergente possui uma seção de expansão com ângulos variando entre 20° a 50°, logo após a garganta do bocal Seguido por uma queda gradual do ângulo de contorno do bocal i, de modo que na saída o ângulo de divergência seja pequeno, geralmente e <10°.  − = 2 tan t cone e r r L 1,5 t r 0,4 t r Local de Inflexão T E  =  8,5 e  =  11 e  =  30 i t r Garganta e = 15° Lcone (100%)  = 2 t r r L1 (60%) L2 (80%) I
  • 92. Unidade 3 94 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Parabólico (Formato de Sino) A expansão no bocal parabólico supersônico é mais eficiente do que em um bocal cônico reto simples de razão de área e comprimento semelhantes, porque o contorno da parede é projetado para minimizar as perdas. Nas últimas décadas, a maioria dos bocais foi construída em formato parabólico.
  • 93. Unidade 3 95 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Parabólico (Formato de Sino) A variação na direção do escoamento de um gás supersônico, em um bocal com secção divergente, só pode ser alcançada através de ondas de expansão. À medida que o gás passa pela garganta ele sofre uma série de ondas de expansão, sem perda de energia. Garganta Me Seção de expansão Seção de alisamento
  • 94. Unidade 3 96 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Parabólico (Formato de Sino) Essas expansões ocorrem internamente no escoamento, entre a garganta e o ponto de inflexão I. O ângulo de contorno i alcança um valor máximo no ponto de inflexão. O ângulo na saída e é pequeno, geralmente menor que 10°. A diferença entre i e e é chamado de Ângulo de Retorno 1,5 t r 0,4 t r Local de Inflexão T E i t r Garganta I e
  • 95. Unidade 3 97 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Comprimento do Bocal Parabólico, Ln Porcentagem que deseja-se reduzir, K Bocal Parabólico (Formato de Sino) O comprimento de um bocal parabólico é geralmente uma fração do comprimento de um bocal cônico padrão, com e = 15° 1,5 t r 0,4 t r Local de Inflexão T E  =  8,5 e  =  11 e  =  30 i t r Garganta e = 15° Lcone (100%)  = 2 t r r L1 (60%) L2 (80%) I  − = 2 tan t cone e r r L ( )   − = 1 tan t n e K r L
  • 96. Unidade 3 98 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Variação do Ângulo de Contorno, i Razão de expansão,  60% 70% 80% 90% 100% Comprimento 60% 70% 80% 90% 100% Comprimento i (°) E e T i I e (°)
  • 97. Unidade 3 99 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Fator de Correção (Bocal Parabólico) Fator de correção do bocal Percentual de comprimento de um bocal cônico de e = 15°, com a mesma área em forma de sino Cônico (e = 15°) Parabólico Longo Parabólico Curto Bocal de sino 15° (100%) Bocal Cônico L L L
  • 98. Unidade 3 100 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Razão de Expansão,  10 25 50 Cônico (Semi-ângulo, e = 15°) Comprimento (100%)a 8,07 14,93 22,66 Fator de correção,  0,9829 0,9829 0,9829 Contorno parabólico (80%) Comprimento a 6,45 11,94 18,12 Fator de correção,  0,985 0,987 0,988 Semi-ângulo aproximado no ponto de inflexão e saída (°) 25/10 30/8 32/7,5 Contorno parabólico (60%) Comprimento a 4,84 9,96 13,59 Fator de correção,  0,961 0,968 0,974 Semi-ângulo aproximado no ponto de inflexão e saída (°) 32,5/17 36/14 39/18 Dados de vários bocais parabólicos ( )   − = 1 tan t n e K r L
  • 99. Unidade 3 101 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Fator de correção do bocal Percentual de comprimento de um bocal cônico de e = 15°, com a mesma área em forma de sino Bocal de sino 15° (100%) Bocal Cônico Fator de Correção Bocais parabólicos (75 a 85% de comprimento) são tão eficientes quanto, ou relativamente mais eficientes do que bocais cônicos longos de 15° (100% de comprimento) com a mesma razão de expansão. O bocal parabólico ideal (perda mínima) é extenso, equivalente a um bocal cônico de talvez 10° ou 12°
  • 100. Unidade 3 102 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Motores de Foguetes Sólidos Ângulos de Inflexão, i 20 – 26° Ângulos de Retorno, e 10 – 15° Local de Inflexão T E i I e
  • 101. Unidade 3 103 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Motores de Foguetes Líquidos Ângulos de Inflexão, i 27 – 50° Ângulos de Retorno, e 15 – 30° Local de Inflexão T E i I e
  • 102. Unidade 3 104 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocais de Duas Etapas Algumas modificações têm sido projetadas para um bocal parabólico, permitindo a este uma compensação completa ou quase completa das perdas ocorridas no desempenho devido à altitude, ou seja, eles alcançam desempenho máximo em mais de uma única altitude. O bocal extensível de duas etapas possui uma razão de expansão inicial baixa para operações na superfície da Terra ou próximo a ela, e uma segunda razão de expansão maior para melhorar o desempenho em altitudes elevadas. Câmara 1° segmento (Bocal Fixo) 2° segmento (Bocal Móvel)
  • 103. Unidade 3 105 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Extensível (RL-10B-2) Posição Recolhida Posição Estendida
  • 104. Unidade 3 106 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal de Inserção por Queda O conceito de inserção por queda evita o movimento do mecanismo e permite a vedação do gás, mas há o problema da temperatura de estagnação nas juntas. Isto requer um mecanismo de liberação confiável pois a inserção liberada também cria detritos em altas velocidades. Até o momento, há pouca experiência prática em testes reais. Câmara Inserção Inserção descartável (mecanismos para segurar, mover ou liberar as inserções não são mostrados)
  • 105. Unidade 3 107 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal de Duplo Sino O conceito de bocal de duplo sino usa dois bocais parabólicos reduzidos e combinados em um, com uma protuberância ou um ponto de inflexão entre eles. Durante a subida, ele funciona primeiro na razão de expansão menor, com a separação de fluxo ocorrendo no ponto de inflexão. Atualmente, há pouca experiência prática com este conceito. Conforme a altitude aumenta o gás se expande e o escoamento alcança o segundo bocal, preenchendo completamente a seção de saída e operando assim com a maior razão de expansão, o que aumenta o desempenho Saliência ou protuberância no contorno Bocal de Duplo Sino (mecanismos para segurar, mover ou liberar as inserções não são mostrados) Saliência em forma de anel
  • 106. Unidade 3 108 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocais com Contornos Aerodinâmicos O bocal de ponta ou bocal aerospike (bocal de sino invertido) consiste em uma câmara de formato toroidal seguido do bocal com formato anular Contorno aerodinâmico do escoamento é delimitado pela interface entre o gás quente e o ar ambiente.
  • 107. Unidade 3 109 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocal Aerospike L L Câmara anular Aerospike longo Aerospike curto Formato Escoamento com subexpansão em altitude Escoamento com sobreexpansão a nível do mar Ondas de expansão Cauda das ondas Regiões de recirculação Limites difusos Regiões de recirculação
  • 108. Unidade 3 110 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Bocais Múltiplos Se um bocal grande for substituído por um conjunto de bocais menores, em um motor de foguete sólido (todos com o mesmo empuxo cumulativo), é possível reduzir o comprimento do bocal.
  • 109. Unidade 3 111 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Fatores de Correção de Desempenho Fator de Correção de Empuxo  = real F ideal F F Fator de Correção de Descarga  = , , P real D P ideal m m Fator de Correção da Velocidade de Exaustão    = F v D (Normalmente entre 1 e 1,15)
  • 110. Unidade 3 112 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.18 ❑ Um sistema de propulsão alemão projetado na Segunda Guerra Mundial tinha um empuxo a nível do mar de 249,17 kN e uma pressão na câmara de 1,5 MPa. Se a pressão de saída era de 0,084 MPa e o diâmetro de saída de 740 mm, qual é o empuxo em 25000 m?
  • 111. Unidade 3 113 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.19 ❑ Um foguete ideal possui as seguintes características: Pressão da câmara de 27,2 atm, pressão na saída do bocal de 20,68 kPa, razão de calores específicos de 1,20, massa molar média de 21 kg/kmol, temperatura da câmara de 2589 K. Determine a pressão crítica, a velocidade do gás na garganta, a razão de expansão de área e a velocidade de saída do bocal.
  • 112. Unidade 3 114 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.20 ❑ Para um foguete ideal com velocidade característica c* = 1220 m/s, uma vazão de massa de 73 kg/s, coeficiente de empuxo de 1,5 e uma área de garganta de 0,0248 m2. Calcule a velocidade efetiva de exaustão, o empuxo, a pressão da câmara e o impulso específico.
  • 113. Unidade 3 115 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.22 ❑ Assumindo que o fator de correção de empuxo é 0,985 e o fator de correção de descarga é 1,05. Usando os dados do exercício 3.2, determine: (a) O empuxo real; (b) A velocidade real de exaustão; (c) O impulso específico real; (d) O fator de correção de velocidade.
  • 114. Unidade 3 116 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.24 ❑ O estágio superior de uma unidade de propulsão para um veículo lançador não atendeu às expectativas durante os testes a nível do mar. Esta unidade consiste em uma câmara a 4,052 MPa alimentando com gases quentes um bocal supersônico de razão de área  = 20. A pressão atmosférica local na condição de projeto é 20 kPa. O propelente tem k = 1,2 e o diâmetro da garganta do bocal é 9 cm. a) Calcule o empuxo na condição de projeto. b) Calcule o empuxo a nível do mar. c) Explique o porquê do comportamento não ideal observado no teste a nível do mar.
  • 115. Unidade 3 117 Fundamentos de PropulsãoAeroespacial Exercício Exercícios Resolvidos 3.25 ❑ Assumindo fluxo ideal em uma unidade de propulsão de foguete: a) Indique todas as condições necessárias (realistas ou não) para: c* = c = v2; b) As condições anteriores resultam em um empuxo ótimo para um dado P1P3?, c) Para um veículo lançador projetado para operar em alguma altitude intermediária da Terra, esboce (em valores absolutos ou relativos) como c*, c e v2 variam com a altitude.