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Documentária de não ficção
Primeiro ponto é relatar as pessoas envolvidas nesse documentário se trata de dois
irmãos João Pedro de Oliveira Pereira de Jesus e Larissa Pereira filhos de mãe e pai
com nacionalidade Brasileira. Atualmente João Pedro recebendo acusações da
delegacia de policia respondendo ao inquérito de maus tratos com seus sobrinhos
Bryam e Allana ressaltando que João Pedro não foi o único intimado sua esposa
também está sendo chamada para depor. Queria saber entender mais esse caso como
editora, escritora quero entender ambas as partes desse processo. Dando início dando
voz a Caroline de Jesus Silva Pereira meu depoimento diante de todos quero relar que
me chamo Caroline sou a esposa do João Pedro, aproximadamente dois anos chegou a
nossa casa LarissaPereira sendo irmã de João Pedro, seu filho Bryam e seu conjugue
Vitor Araujo os três em tom de tristeza disseramnão ter lugar para ficar não ter onde
dormir e onde por seu filho para deitar, estava com suspeita de uma suposta gravidez,
acolhemos em nossa casa naquela época vivíamos em uma casinha bem pequena de
apenas dois cômodos chegaram a estado de calamidade sujo e mal vestido e somente
com a roupa do corpo primeiro coisa que perguntei foi se estavamcom fome disseram
que estavam mais antes precisam de banho, pois durante a viagem não puderam se
higienizar então arrumou roupas e tudo que eles precisavampara se sentir mais
acomodados então sentaram sobre a mesa para come conversamos e ali o
hospedamos na cozinha a casa era muito pequena. No dia seguinte eles disseramnão
ter lugar pra ir não tinha dinheiro nem nada, da cidade que vieram saíram com as
mãos abanadas não perguntei os motivos que fizeram eles sair de lá, mais ela me
relatou que seu marido tinha problemas com tais drogas e por isso queria afastá-lo da
onde estava fazendo tanto mal, então resolveram mudar para procurar um avanço
uma melhora de vida para ela e para seu filho. Diante da situação ficamos em uma saia
justa não podíamos expulsa-los sabendo que não tinha para onde ir o pai dela não
queria recebê-la em sua casa relatou que durante um tempo morou com ele e se
desentendia muito com sua madrasta não se davam bem. Então não tinha outra opção
eles ficaramem casa. Passando uns dias esse moço começou fazer bicos para
conseguir dinheiro para pode se manter só que ele estava desviando seus passos e
caminhando para as drogas novamente, não pude aceitar tentei conversar nada foi
resolvido começaram sumir pertences pessoais então o jeito foi pedi para eles saírem
tentamos alugar uma casa para eles e ir atrás de todas as coisas que precisava mais ela
não quis seu marido já tinha feito sua cabeça que o melhor era voltar para cidade deles
assimfizeram, conversei com a minha sogra e ela comprou passagens e os levou até a
rodoviária nunca mais tivemos contato meu esposo trabalhava a noite então não se
despediu nem viu eles indo mais tarde me dei conta que os cartão de conta salário
dele tinha sumido e junto deles estava com as senhas se preocupamos mais
imediatamente liguei no banco para bloquear. Perdemos o contato passaramse os
tempos já em outra casa chegaramdo mercado tinha ido fazer compras estava ela
mais uma vez Larissa Pereira dessa comdois filhos o menino e a menina novamente
com a mesma historia não tinha para onde ir dessa foi o próprio pai que foi buscá-la
ela estava na casa de uma amiga mais a amiga estava reclamando dela estar lá e
estava cobrando que fosse embora logo assimela desesperada ligou para seu pai ele
disse que não podia levá-la para sua casa mais que poderia levar para casa do seu
irmão que seria a única pessoa que poderia ajudar. Sozinha e desesperada chegou aqui
nos espantamos levamos um susto porque quando foi embora perdemos o contato
mais uma vez ela disse que não tinha para onde ir que estava sozinha com os dois
filhos sem ter para onde ir que seu irmão era o único que poderia te ajudar com medo
já pela outra vez ficamos com medo mais pensando nas crianças aceitamos por um
tempo apenas ate que ela conseguisse resolver sua vida e por em ordem o que andava
errado. Morando em uma casa maior com dois quartos dois banheiros sedemos um
para ela e as crianças ali ficou novamente veio somente com as roupas do corpo, as
crianças choravam de fome sem roupas para usar com as unhas grandes e com cabelos
todos embaraçosos eu ajudei ela se organizar ganhava muita roupa de doação então
sede para ela uma boa parte sapatos roupas para crianças ela não tinha nada muito
menos leite e fralda no dia seguinte fomos ao mercado para comprar o que precisava
fraldas leite bolachas para crianças quando chegamos a casa ela ficou inquieta dizendo
que precisava conversar comigo e o meu esposo fomos até a sala ela disse que queria
trazer seu marido porque depois que voltaram continuou na mesmo vida e não
conseguiram mudar e aqui por ser sitio era um bom lugar para recomeçar perguntou o
porquê mais uma vez saiu de lá e ela me disse que o conselho tutelar estava atrás dela
devido já conviver nessa situação e completamente sozinha não tinha estabilidade
apenas uma mulher que ajudava quando podia e que seu marido estava em uma
situação tão critica que vendeu o botijão o mesmo que fazia a comida para as crianças.
Eu fiquei inquieta não queria aquele moço aqui outra vez mesmo depois de tudo que
já tinha acontecido da outra vez mais enfim ela conseguiu trazer o esposo para cá os
quatros ficaram no quarto com banheiro combinamos deles procurar serviço para ao
menos poder se sustentar juntos com as crianças que lugar para ficarem eles teria
assimo marido conseguiu fazer uns bicos mais ao invés de se manter estava indo pro
caminhos errados novamente mais uma vez começou a cair na vida errada trazendo
conseqüências dolorosas e traumáticas ele foi dispensado do trabalho e começando
fica inquieto e perturbado graças a conhecer bastante gente as pessoas contribuíram
para aquilo que faltava para eles como cama, geladeira, fogão foi reformado o quarto
e o banheiro para eles ganharam praticamente todo enxoval da bebe o menino
ganhou brinquedos roupas sapatos caixa de leite compras cestas básica foi prestado
muita solidariedade a família. Recebemos muitas visitas emcasa das pessoas que se
sensibilizaramcom a história dela. Larissa já tinha tudo para recomeçar sua vida,
estava sendo escola para o menino, pois ele demonstrava um total atraso mal falava
com dois anos seus movimentos era brusco e para a menina acredito que ela estava
precisando de uma consulta com a pediatra já estava com um ano e mal andava só
engatinhava apenas fui falar com ela sobre isso ela me disse ser um erro procurar
ajuda medica porque era tudo normal e afirmou que se eu continuasse a questionar
que iria embora porque seu marido tinha medo de perder os filhos. Tentei explicar que
era pro bem deles ela não aceitou. Certo dia minha mãe que também é formada em
Pedagogia relatou sobre os direitos e estatutos da criança e do adolescente lembrando
que as consultas não eram questão de luxo e sim de saúde e direito dela não se pode
violar. Ela não aceitou. Também achávamos estranhos os comportamentos que tinha
referente às crianças estavamsempre demonstrando desprezo pelo menino, inclusive
que no primeiro dia que chegou fui cumprimentá-lo e ele me acertando na boca
quebrando um pedaço do dente. Achei totalmente agressivo seu comportamento
perguntei para ela me garantiu ser normal. Um belo dia a menina estava muito
estranha passando muito mal levamos ate farmácia foi pedida a carteira de vacina dela
a mãe disse ter perdido então o farmacêutico disse que o ideal seria ir o quanto antes
no posto para fazer um acampamento então não tive escolhe tive que falar serio com
ela para levamos as crianças quando chegou lá realmente todas as vacinas estavam
atrasadas e foi chamada a atenção dela dizendo ser caso de chamar o conselho por
descaso. Ela saiu chorando da sala, eu entrei na sala e falei com a enfermeira a
enfermeira fez uma nova carteira e marcou vacinas para as crianças e consulta com
pediatra. Chegamos a casa seu marido estava esperando dizendo que ia embora
colocando pretexto e utensílios que não podia ficar. Quando meu marido chegou do
trabalho em casa só ele que estava trabalhando contei para ele a situação e ele foi
conversar novamente com casal que eles precisamafirmar suas idéias porque ficar
para lá e para cá não daria muito certo. No dia seguinte meu marido foi trabalhar ele
fazia entregas em São Paulo. O marido da Larissa disse que precisava ir até a onde ele
trabalhou para receber os seus dias para assimcomprar sua passagempara voltar para
sua cidade. Assimfoi feito aconteceu naquele dia meu marido chegou muito tarde
estava eu com a Larissa e as crianças de repente seu marido chegou transtornado
agressivo e totalmente drogado entrou pela porta empurrando todas as panelas no
fogão jogando toda comida pro chão e indo ao encontro das crianças jogando a
menina pelo chão e batendo no menino violentamente eu na mesma hora invadi o
quarto e peguei as crianças e falei pra ele ir embora ao dia seguinte porque o que fazia
não estava certo e que chamaria o conselho, ele muito descontrolado foi para rua
voltou vendeu uma caixa de água por vinte reais, eu não disse nada já estava me
cansando falei para eles que quando meu esposo chegasse aos quatro iria conversar
meu esposo chegou no dia seguinte o moço já estava com tudo pronto para ir só
faltava o dinheiro sua esposa Larissa deu todo o salário do governo para ele viajar
tirando o pão e o leite das crianças. Estava preocupada em mandá-lo embora que
queria embarcar o quanto antes então ele foi mais não tinha ônibus para sua cidade
devido a pandemia então teve que voltar voltou para minha casa mais semnenhum
centavo essa saída dele custou mil e duzentos reais Larissa tinha feito muitas contas
comprado muito fiado e eu que tive que arcar com os prejuízos foram longos dias de
prejuízo e preocupação fiquei com vergonha diante das pessoas. Aquele moço
continuou inquieto querendo ir embora mais não sabia como agüentou mais uns dias
começou sumir novos pertences tudo bem não quis piorar as coisas chamei a Larissa
para conversar e ela me disse que o melhor era ele ir mesmo porque assimpoderia
recomeçar sua vida tranqüila que não queria mais ele então eu e o meu marido
chamamos o serviço de uber para levar ele o uber cobrou oitocentos reais para ir,
passamos no cartão de credito da minha mãe ele com tudo arrumado entrou no carro
ela veio diante de nos e disse olha eu vou com eles até lá e volto com o uber
novamente só para ter certeza de que ele ficou por lá eu disse não é necessário ela
insistiu e acabou mais disse vou deixar às crianças a menina estava doente chorosa eu
falei como vai deixar comigo se ela está tão fragilizada então ela resolveu ir mais disse
a mim e o meu esposo e disse que nos daria um presente o menino filho dela como
assimela escreveu a punho uma carta dando o próprio filho e ainda alertou se não
tinha algum lugar que pudéssemos ir para passar a guarda eu chorei muito senti uma
forte dor porque no ano de 2015 sofri um aborto espontâneo e perdi meu filho de
cinco meses então lamentei ouvir uma mãe dizer isso não concordando e pedindo que
não fosse ela insistiu emir e eu falei tudo bem pode ir mais se não voltar vai ao
conselho e você sabe da responsabilidade que temos para levar as crianças amanha
com pediatra infelizmente Larissa não voltou com o carro de uber ela ficou por lá e
diante das pessoas contou sua versão da historia. No dia seguinte era a consulta com
pediatra meu marido faltou no serviço para me acompanhar. Chegando lá foi
perguntado da menina e tivemos que dizer a verdade indignada as enfermeiras
solicitou o conselho tutelar imediatamente por o caso elas estavampor perto, vieram
até aquela sala para conversar explicamos a situação e elas disseramque se antes das
crianças irem para vara da infância se não podíamos acolher e ficar com elas nos disse
gostar muito deles mais não queríamos mais problemas do que o casal estava dando
eles prometeram a visita até a nossa casa ficamos aguardando, nesse meio tempo
Larissa ligou os avos do menino queriam saber dele fazer uma chamada vídeo falaram
com ele logo depois questionou o porquê não permitimos ela levar e ai tivemos que
contar a verdade para eles que não estavam sabendo de nada imediatamente fizeram
Larissa voltar para buscar o menino eles queriam até que eu e o meu marido pagasse
passagempara ela mais não tínhamos mais dinheiro já tinha tornado uma bola de
neve finalmente conseguiram o dinheiro para vim. O conselho chegou logo em
seguida, tentando conversar com Larissa a moça do conselho perguntou o que
pretendia fazer da sua vida era problema seu mais as crianças têm o direito de estarem
fora disso tentou aconselhar ela não quis, foi grosso com os profissionais então o
conselho disse que não para permitir eles irem embora sem resolver sua situação ou
ela iria sozinha deixando as crianças com termo de responsabilidade ou então que
alguém lá a assumisse comas crianças porque ir pra depois voltar e as crianças
continuar jogadas não dariam certo, então aquela moça volta com o termo para eu e
meu esposo assinar mais ela correu ao fundo da casa e ligou para seus parentes e
essas pessoas começaramnos insultar me chamando de louca por ter perdido um filho
e agora está querendo tomar o dela, que nem me esposo teve mãe para criar quem
seria ele para criar filhos dos outros tudo porque a mãe de João Pedro e de Larissa
passou a vida na cadeia. Diante dos insultos eu me neguei a assinar não assumir a
responsabilidade fiquei com do das crianças mais imediatamente quis que ela fosse e
percebi que tudo que fiz por ela de coração ela me retribuiu da mais pura ingratidão
me neguei assinar meu marido também. A única coisa que pedíamos foi que alguém
de lá assumisse a responsabilidade com as crianças para que daqui um tempo ela não
voltasse de novo, não sei como ela conseguia enganar as pessoas comtantas mentiras
e audácias viviamme dizendo ter sofrido abusos nessa cidade que não poderia olhar
para ninguém mais o tempo que viveu aqui tentou sempre conquistar um dos colegas
do meu esposo disse precisar conhecer um bom homem, ao invés de colocar os filhos
em primeiro lugar todo esse relato foi verídica minha família minha mãe pai irmãs são
testemunhas porque viveram esses momentos com a gente junto da minha sogra e os
vizinhos foi exposto muitas vezes o comportamento deles eu sempre dizia cuidado
parem analisemo que estão fazendo nada adiantava hoje só quero provar deixar a
verdade aparecer e ser tornar livres dessas pessoas que tanto mal nos fizeram. Desejo
que Larissa encontre seu caminho, mesmo sem noticias deles e também não queremos
aproximações no dia que ela foi embora antes de entrar no carro me pediu perdão por
tudo, meu marido ainda levou até a rodoviária ela não teve um pingo de consideração
com nos até as mocas do conselho disseramfiquem em paz aguardem o de vocês não
sofram por pessoas que não sabemamar e valorizar o cuidado que são dados para elas
e é verdade portando teve que acontecer todo esse processo para que um dia se ela
novamente continuar na vida que está voltar não podemos receber nem se quisemos a
moça do conselho passou instruções para não permitir a entrada dela e que
chamemos imediatamente a policia ou conselho porque essas crianças não podiam
continuar vivendo dessa maneira um dia seu pai nos disse que bomba é que bomba foi
jogada para nos mais Deus sabe de tudo e sabe o que é melhor para cada um.
Por ele soubemos que seu marido foi preso por roubar mansões para sustentar seus
vícios. E Larissa foi viver em um fundo de uma casa com seus dois filhos e com mais um
que estava vindo ao mundo o terceiro mais esse não sabia quem era o pai se era Vitor
ou outro.
Bom, aqui termino meu relato meu depoimento quero compartilhar algumas fotos que
temos. A qualquer coisa estaremos sempre à disposição a favor de que a justiça seja
feita.
Caroline de Jesus Silva Pereira.

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  • 1. Documentária de não ficção Primeiro ponto é relatar as pessoas envolvidas nesse documentário se trata de dois irmãos João Pedro de Oliveira Pereira de Jesus e Larissa Pereira filhos de mãe e pai com nacionalidade Brasileira. Atualmente João Pedro recebendo acusações da delegacia de policia respondendo ao inquérito de maus tratos com seus sobrinhos Bryam e Allana ressaltando que João Pedro não foi o único intimado sua esposa também está sendo chamada para depor. Queria saber entender mais esse caso como editora, escritora quero entender ambas as partes desse processo. Dando início dando voz a Caroline de Jesus Silva Pereira meu depoimento diante de todos quero relar que me chamo Caroline sou a esposa do João Pedro, aproximadamente dois anos chegou a nossa casa LarissaPereira sendo irmã de João Pedro, seu filho Bryam e seu conjugue Vitor Araujo os três em tom de tristeza disseramnão ter lugar para ficar não ter onde dormir e onde por seu filho para deitar, estava com suspeita de uma suposta gravidez, acolhemos em nossa casa naquela época vivíamos em uma casinha bem pequena de apenas dois cômodos chegaram a estado de calamidade sujo e mal vestido e somente com a roupa do corpo primeiro coisa que perguntei foi se estavamcom fome disseram que estavam mais antes precisam de banho, pois durante a viagem não puderam se higienizar então arrumou roupas e tudo que eles precisavampara se sentir mais acomodados então sentaram sobre a mesa para come conversamos e ali o hospedamos na cozinha a casa era muito pequena. No dia seguinte eles disseramnão ter lugar pra ir não tinha dinheiro nem nada, da cidade que vieram saíram com as mãos abanadas não perguntei os motivos que fizeram eles sair de lá, mais ela me relatou que seu marido tinha problemas com tais drogas e por isso queria afastá-lo da onde estava fazendo tanto mal, então resolveram mudar para procurar um avanço uma melhora de vida para ela e para seu filho. Diante da situação ficamos em uma saia justa não podíamos expulsa-los sabendo que não tinha para onde ir o pai dela não queria recebê-la em sua casa relatou que durante um tempo morou com ele e se desentendia muito com sua madrasta não se davam bem. Então não tinha outra opção eles ficaramem casa. Passando uns dias esse moço começou fazer bicos para conseguir dinheiro para pode se manter só que ele estava desviando seus passos e caminhando para as drogas novamente, não pude aceitar tentei conversar nada foi resolvido começaram sumir pertences pessoais então o jeito foi pedi para eles saírem tentamos alugar uma casa para eles e ir atrás de todas as coisas que precisava mais ela não quis seu marido já tinha feito sua cabeça que o melhor era voltar para cidade deles assimfizeram, conversei com a minha sogra e ela comprou passagens e os levou até a rodoviária nunca mais tivemos contato meu esposo trabalhava a noite então não se despediu nem viu eles indo mais tarde me dei conta que os cartão de conta salário dele tinha sumido e junto deles estava com as senhas se preocupamos mais imediatamente liguei no banco para bloquear. Perdemos o contato passaramse os
  • 2. tempos já em outra casa chegaramdo mercado tinha ido fazer compras estava ela mais uma vez Larissa Pereira dessa comdois filhos o menino e a menina novamente com a mesma historia não tinha para onde ir dessa foi o próprio pai que foi buscá-la ela estava na casa de uma amiga mais a amiga estava reclamando dela estar lá e estava cobrando que fosse embora logo assimela desesperada ligou para seu pai ele disse que não podia levá-la para sua casa mais que poderia levar para casa do seu irmão que seria a única pessoa que poderia ajudar. Sozinha e desesperada chegou aqui nos espantamos levamos um susto porque quando foi embora perdemos o contato mais uma vez ela disse que não tinha para onde ir que estava sozinha com os dois filhos sem ter para onde ir que seu irmão era o único que poderia te ajudar com medo já pela outra vez ficamos com medo mais pensando nas crianças aceitamos por um tempo apenas ate que ela conseguisse resolver sua vida e por em ordem o que andava errado. Morando em uma casa maior com dois quartos dois banheiros sedemos um para ela e as crianças ali ficou novamente veio somente com as roupas do corpo, as crianças choravam de fome sem roupas para usar com as unhas grandes e com cabelos todos embaraçosos eu ajudei ela se organizar ganhava muita roupa de doação então sede para ela uma boa parte sapatos roupas para crianças ela não tinha nada muito menos leite e fralda no dia seguinte fomos ao mercado para comprar o que precisava fraldas leite bolachas para crianças quando chegamos a casa ela ficou inquieta dizendo que precisava conversar comigo e o meu esposo fomos até a sala ela disse que queria trazer seu marido porque depois que voltaram continuou na mesmo vida e não conseguiram mudar e aqui por ser sitio era um bom lugar para recomeçar perguntou o porquê mais uma vez saiu de lá e ela me disse que o conselho tutelar estava atrás dela devido já conviver nessa situação e completamente sozinha não tinha estabilidade apenas uma mulher que ajudava quando podia e que seu marido estava em uma situação tão critica que vendeu o botijão o mesmo que fazia a comida para as crianças. Eu fiquei inquieta não queria aquele moço aqui outra vez mesmo depois de tudo que já tinha acontecido da outra vez mais enfim ela conseguiu trazer o esposo para cá os quatros ficaram no quarto com banheiro combinamos deles procurar serviço para ao menos poder se sustentar juntos com as crianças que lugar para ficarem eles teria assimo marido conseguiu fazer uns bicos mais ao invés de se manter estava indo pro caminhos errados novamente mais uma vez começou a cair na vida errada trazendo conseqüências dolorosas e traumáticas ele foi dispensado do trabalho e começando fica inquieto e perturbado graças a conhecer bastante gente as pessoas contribuíram para aquilo que faltava para eles como cama, geladeira, fogão foi reformado o quarto e o banheiro para eles ganharam praticamente todo enxoval da bebe o menino ganhou brinquedos roupas sapatos caixa de leite compras cestas básica foi prestado muita solidariedade a família. Recebemos muitas visitas emcasa das pessoas que se sensibilizaramcom a história dela. Larissa já tinha tudo para recomeçar sua vida, estava sendo escola para o menino, pois ele demonstrava um total atraso mal falava com dois anos seus movimentos era brusco e para a menina acredito que ela estava
  • 3. precisando de uma consulta com a pediatra já estava com um ano e mal andava só engatinhava apenas fui falar com ela sobre isso ela me disse ser um erro procurar ajuda medica porque era tudo normal e afirmou que se eu continuasse a questionar que iria embora porque seu marido tinha medo de perder os filhos. Tentei explicar que era pro bem deles ela não aceitou. Certo dia minha mãe que também é formada em Pedagogia relatou sobre os direitos e estatutos da criança e do adolescente lembrando que as consultas não eram questão de luxo e sim de saúde e direito dela não se pode violar. Ela não aceitou. Também achávamos estranhos os comportamentos que tinha referente às crianças estavamsempre demonstrando desprezo pelo menino, inclusive que no primeiro dia que chegou fui cumprimentá-lo e ele me acertando na boca quebrando um pedaço do dente. Achei totalmente agressivo seu comportamento perguntei para ela me garantiu ser normal. Um belo dia a menina estava muito estranha passando muito mal levamos ate farmácia foi pedida a carteira de vacina dela a mãe disse ter perdido então o farmacêutico disse que o ideal seria ir o quanto antes no posto para fazer um acampamento então não tive escolhe tive que falar serio com ela para levamos as crianças quando chegou lá realmente todas as vacinas estavam atrasadas e foi chamada a atenção dela dizendo ser caso de chamar o conselho por descaso. Ela saiu chorando da sala, eu entrei na sala e falei com a enfermeira a enfermeira fez uma nova carteira e marcou vacinas para as crianças e consulta com pediatra. Chegamos a casa seu marido estava esperando dizendo que ia embora colocando pretexto e utensílios que não podia ficar. Quando meu marido chegou do trabalho em casa só ele que estava trabalhando contei para ele a situação e ele foi conversar novamente com casal que eles precisamafirmar suas idéias porque ficar para lá e para cá não daria muito certo. No dia seguinte meu marido foi trabalhar ele fazia entregas em São Paulo. O marido da Larissa disse que precisava ir até a onde ele trabalhou para receber os seus dias para assimcomprar sua passagempara voltar para sua cidade. Assimfoi feito aconteceu naquele dia meu marido chegou muito tarde estava eu com a Larissa e as crianças de repente seu marido chegou transtornado agressivo e totalmente drogado entrou pela porta empurrando todas as panelas no fogão jogando toda comida pro chão e indo ao encontro das crianças jogando a menina pelo chão e batendo no menino violentamente eu na mesma hora invadi o quarto e peguei as crianças e falei pra ele ir embora ao dia seguinte porque o que fazia não estava certo e que chamaria o conselho, ele muito descontrolado foi para rua voltou vendeu uma caixa de água por vinte reais, eu não disse nada já estava me cansando falei para eles que quando meu esposo chegasse aos quatro iria conversar meu esposo chegou no dia seguinte o moço já estava com tudo pronto para ir só faltava o dinheiro sua esposa Larissa deu todo o salário do governo para ele viajar tirando o pão e o leite das crianças. Estava preocupada em mandá-lo embora que queria embarcar o quanto antes então ele foi mais não tinha ônibus para sua cidade devido a pandemia então teve que voltar voltou para minha casa mais semnenhum centavo essa saída dele custou mil e duzentos reais Larissa tinha feito muitas contas
  • 4. comprado muito fiado e eu que tive que arcar com os prejuízos foram longos dias de prejuízo e preocupação fiquei com vergonha diante das pessoas. Aquele moço continuou inquieto querendo ir embora mais não sabia como agüentou mais uns dias começou sumir novos pertences tudo bem não quis piorar as coisas chamei a Larissa para conversar e ela me disse que o melhor era ele ir mesmo porque assimpoderia recomeçar sua vida tranqüila que não queria mais ele então eu e o meu marido chamamos o serviço de uber para levar ele o uber cobrou oitocentos reais para ir, passamos no cartão de credito da minha mãe ele com tudo arrumado entrou no carro ela veio diante de nos e disse olha eu vou com eles até lá e volto com o uber novamente só para ter certeza de que ele ficou por lá eu disse não é necessário ela insistiu e acabou mais disse vou deixar às crianças a menina estava doente chorosa eu falei como vai deixar comigo se ela está tão fragilizada então ela resolveu ir mais disse a mim e o meu esposo e disse que nos daria um presente o menino filho dela como assimela escreveu a punho uma carta dando o próprio filho e ainda alertou se não tinha algum lugar que pudéssemos ir para passar a guarda eu chorei muito senti uma forte dor porque no ano de 2015 sofri um aborto espontâneo e perdi meu filho de cinco meses então lamentei ouvir uma mãe dizer isso não concordando e pedindo que não fosse ela insistiu emir e eu falei tudo bem pode ir mais se não voltar vai ao conselho e você sabe da responsabilidade que temos para levar as crianças amanha com pediatra infelizmente Larissa não voltou com o carro de uber ela ficou por lá e diante das pessoas contou sua versão da historia. No dia seguinte era a consulta com pediatra meu marido faltou no serviço para me acompanhar. Chegando lá foi perguntado da menina e tivemos que dizer a verdade indignada as enfermeiras solicitou o conselho tutelar imediatamente por o caso elas estavampor perto, vieram até aquela sala para conversar explicamos a situação e elas disseramque se antes das crianças irem para vara da infância se não podíamos acolher e ficar com elas nos disse gostar muito deles mais não queríamos mais problemas do que o casal estava dando eles prometeram a visita até a nossa casa ficamos aguardando, nesse meio tempo Larissa ligou os avos do menino queriam saber dele fazer uma chamada vídeo falaram com ele logo depois questionou o porquê não permitimos ela levar e ai tivemos que contar a verdade para eles que não estavam sabendo de nada imediatamente fizeram Larissa voltar para buscar o menino eles queriam até que eu e o meu marido pagasse passagempara ela mais não tínhamos mais dinheiro já tinha tornado uma bola de neve finalmente conseguiram o dinheiro para vim. O conselho chegou logo em seguida, tentando conversar com Larissa a moça do conselho perguntou o que pretendia fazer da sua vida era problema seu mais as crianças têm o direito de estarem fora disso tentou aconselhar ela não quis, foi grosso com os profissionais então o conselho disse que não para permitir eles irem embora sem resolver sua situação ou ela iria sozinha deixando as crianças com termo de responsabilidade ou então que alguém lá a assumisse comas crianças porque ir pra depois voltar e as crianças continuar jogadas não dariam certo, então aquela moça volta com o termo para eu e
  • 5. meu esposo assinar mais ela correu ao fundo da casa e ligou para seus parentes e essas pessoas começaramnos insultar me chamando de louca por ter perdido um filho e agora está querendo tomar o dela, que nem me esposo teve mãe para criar quem seria ele para criar filhos dos outros tudo porque a mãe de João Pedro e de Larissa passou a vida na cadeia. Diante dos insultos eu me neguei a assinar não assumir a responsabilidade fiquei com do das crianças mais imediatamente quis que ela fosse e percebi que tudo que fiz por ela de coração ela me retribuiu da mais pura ingratidão me neguei assinar meu marido também. A única coisa que pedíamos foi que alguém de lá assumisse a responsabilidade com as crianças para que daqui um tempo ela não voltasse de novo, não sei como ela conseguia enganar as pessoas comtantas mentiras e audácias viviamme dizendo ter sofrido abusos nessa cidade que não poderia olhar para ninguém mais o tempo que viveu aqui tentou sempre conquistar um dos colegas do meu esposo disse precisar conhecer um bom homem, ao invés de colocar os filhos em primeiro lugar todo esse relato foi verídica minha família minha mãe pai irmãs são testemunhas porque viveram esses momentos com a gente junto da minha sogra e os vizinhos foi exposto muitas vezes o comportamento deles eu sempre dizia cuidado parem analisemo que estão fazendo nada adiantava hoje só quero provar deixar a verdade aparecer e ser tornar livres dessas pessoas que tanto mal nos fizeram. Desejo que Larissa encontre seu caminho, mesmo sem noticias deles e também não queremos aproximações no dia que ela foi embora antes de entrar no carro me pediu perdão por tudo, meu marido ainda levou até a rodoviária ela não teve um pingo de consideração com nos até as mocas do conselho disseramfiquem em paz aguardem o de vocês não sofram por pessoas que não sabemamar e valorizar o cuidado que são dados para elas e é verdade portando teve que acontecer todo esse processo para que um dia se ela novamente continuar na vida que está voltar não podemos receber nem se quisemos a moça do conselho passou instruções para não permitir a entrada dela e que chamemos imediatamente a policia ou conselho porque essas crianças não podiam continuar vivendo dessa maneira um dia seu pai nos disse que bomba é que bomba foi jogada para nos mais Deus sabe de tudo e sabe o que é melhor para cada um. Por ele soubemos que seu marido foi preso por roubar mansões para sustentar seus vícios. E Larissa foi viver em um fundo de uma casa com seus dois filhos e com mais um que estava vindo ao mundo o terceiro mais esse não sabia quem era o pai se era Vitor ou outro. Bom, aqui termino meu relato meu depoimento quero compartilhar algumas fotos que temos. A qualquer coisa estaremos sempre à disposição a favor de que a justiça seja feita. Caroline de Jesus Silva Pereira.