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FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-
FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM POMARES
DOMÉSTICOS NO MUNICÍPIO DE MATINHAS-PB
José Ricardo Lima Pinto1
, Kennedy Santos Gonzaga2
, Joálisson Gonçalves da Silva3
, Carlos
Henrique de Brito4
1
Mestrando em Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias e
Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14888-900, Jaboticabal, SP. E-mail:
ricardolima_01@hotmail.com; 2
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia
UFPB/CCA. E-mail: gonzagaks@gmail.com; 3
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em
Agronomia UFPB/CCA. E-mail: joalissongs@yahoo.com.br; 4
Professor Associado
UFPB/CCA. E-mail: carlos@cca.ufpb.br
RESUMO
O Brasil se destaca como o terceiro maior produtor mundial de frutas, mas
sua participação nas exportações ainda é pequena, em parte, devido às
exigências fitossanitárias impostas pelos países importadores, em parte pela
ocorrência de moscas-das-frutas, onde as espécies de maior importância
pertencem aos gêneros Ceratitis e Anastrepha, sendo que C. Capitata é a
única espécie desse gênero que ocorre no Brasil, principalmente em
frutíferas introduzidas. O presente trabalho teve como objetivo estudar a
flutuação populacional ao longo do ano em pomares domésticos e avaliar a
utilização de atrativos alimentares para a captura de moscas-das-frutas no
município de Matinhas - PB. O levantamento populacional de moscas-das-
frutas foi realizado de agosto/2014 a julho/2015, em propriedades rurais
com pomares livres de qualquer uso de agrotóxicos. O monitoramento dos
adultos de moscas-das-frutas foi realizado com auxílio de armadilhas
plásticas do tipo garrafa PET contento 300 mL de atrativos alimentares que
foram solução de açúcar cristal na concentração de 10%, suco da fruta na
concentração de 30%, sendo acrescido 10% de açúcar cristal a todos os
sucos de frutas, melaço na concentração de 10% e proteína hidrolisada na
concentração de 5%. Os atrativos alimentares foram substituídos
periodicamente e o material coletado foi transferido para frascos contendo
álcool 70% e levados ao Laboratório de Zoologia de Invertebrados para a
triagem do material. Foram capturadas um total de 159 moscas-das-frutas,
sendo 155 indivíduos do gênero Anastrepha e 4 indivíduos da espécie
Ceratitis capitata. A propriedade Sítio Socorro apresentou maior número
de indivíduos capturados em relação à propriedade Sítio Vitor. O atrativo
alimentar que mostrou uma maior eficiência foi o suco da fruta e os
gêneros analisados variaram a preferência de acordo com o hospedeiro.
Palavras-chave: Atrativos Alimentares, Anastrepha spp, Ceratitis
capitata.
POPULATION FLUCTUATION OF FRUIT FLIES
(DIPTERA: TEPHRITIDAE) IN DOMESTIC ORCHARDS
IN THE CITY OF MATINHAS - PB
ABSTRACT
Brazil stands out as the third largest fruit producer in the world, but its
share in exports is still small, partly due to the phytosanitary requirements
imposed by importing countries, in part due to the occurrence of fruit flies,
where importance belong to the genus Ceratitis and Anastrepha, and C.
Capitata is the only specie of this genus that occurs in Brazil, mainly in
fruit introduced. The present study aimed to study the population
fluctuation throughout the year in domestic orchards and to evaluate the use
of food baits for the capture of fruit flies in the city of Matinhas - PB. The
population survey of fruit flies was carried out from August / 2014 to July /
2015, in rural properties with orchards free of any use of agrochemicals.
The monitoring of adults of fruit flies was carried out using plastic traps of
the PET bottle type, containing 300 mL of food baits that were a 10%
concentration of crystal sugar solution, 30% fruit juice, and increased 10%
crystal sugar to all fruit juices, 10% concentration molasses and 5%
hydrolysed protein. The food baits were replaced periodically and the
collected material was transferred to bottles containing 70% alcohol and
taken to the Laboratory of Invertebrate Zoology for the sorting of the
material. A total of 159 fruit flies were captured, with 155 individuals of
the genus Anastrepha and 4 individuals of the species Ceratitis capitata.
The Sítio Socorro property had the highest number of individuals captured
in relation to the Sítio Vitor property. The food baits that showed a greater
efficiency was the juice of the fruit and the analyzed genus varied the
preference according to the host.
Key words: Food baits; Anastrepha spp, Ceratitis capitata.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................. 1
2. OBJETIVOS.................................................................................................. 3
2.1. Objetivo geral ........................................................................................... 3
2.2. Objetivos específicos................................................................................ 4
3. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 4
3.1. Moscas-das-frutas no Brasil ..................................................................... 4
3.2. Importância Econômica............................................................................ 6
3.3. Biologia de Ceratitis capitata e Anastrepha spp. .................................... 7
3.4. Plantas hospedeiras................................................................................... 8
3.5. Flutuação populacional de moscas-das-frutas........................................ 10
3.6. Atrativos alimentares no monitoramento de moscas-das-frutas ............ 11
4. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................... 13
4.1. Área experimental .................................................................................. 13
4.2. Monitoramento de adultos nos pomares................................................. 14
4.3. Flutuação populacional........................................................................... 15
4.4. Índice MAD............................................................................................ 15
4.5. Identificação de espécies moscas-das-frutas e parasitoides................... 16
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 17
5.1. Levantamento e diversidade de moscas-das-frutas................................ 17
5.2. Hospedeiros de moscas-das-frutas ......................................................... 19
5.3. Avaliação de atrativos alimentares na captura de mosca-das-frutas...... 21
5.4. Flutuação populacional de moscas-das-frutas........................................ 27
6. CONCLUSÕES........................................................................................... 30
7. REFERÊNCIAS.......................................................................................... 31
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Localização do município de Matinhas- PB ..............................13
Figura 2. Monitoramento dos adultos de moscas-das-frutas nos pomares 14
Figura 3. Identificação e separação dos adultos de moscas-das-frutas
coletados......................................................................................................16
Figura 4. Número de Anastrepha spp., capturadas em armadilhas Caça-
Moscas com diferentes substâncias atrativas durante os meses de agosto de
2014 a julho de 2015 em Matinhas -PB......................................................25
Figura 5. Número de Ceratitis captata, capturadas em armadilhas Caça-
Moscas com diferentes substâncias atrativas durante os meses de agosto de
2014 a julho de 2015 em Matinhas -PB......................................................25
Figura 6. Flutuação de moscas por armadilha por dia (MAD) de
Anastrepha spp. (fêmeas + machos), obtidos por diferentes atrativos
alimentares em armadilhas Caça-Moscas entre os meses de Agosto 2014 á
Julho de 2015 na cidade de Matinhas-PB...................................................26
Figura 7. Flutuação de moscas por armadilha por dia (MAD) de Ceratitis
capitata (fêmeas + machos), obtidos por diferentes atrativos alimentares
em armadilhas Caça-Moscas entre os meses de Agosto 2014 á Julho de
2015 na cidade de Matinhas-PB..................................................................26
Figura 8. Flutuação populacional de moscas-das-frutas do gênero
Anastrepha spp. e da espécie Ceratitis capitata obtidas em Armadilhas
Caça-Moscas em pomares domésticos, no município de Matinhas - PB e
dados de temperatura, umidade e precipitação, no período de agosto/2014 a
julho/2015. ..................................................................................................29
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Número de tefritídeos coletados em armadilhas caça-moscas e
em frutos no município de Matinhas - PB, no período de agosto/2014 a
julho/2015. .......................................................................................................... 18
Tabela 2. Número de indivíduos de moscas-das-frutas dos gêneros
Anastrepha e Ceratitis obtidas em armadilhas caça-moscas e em frutos de
pomares domésticos, no município de Matinhas - PB, no período de
agosto/2014 a julho/2015.................................................................................... 19
Tabela 3. Número de adultos de moscas-das-frutas obtidas em armadilhas
caça-moscas e frutos coletados em diferentes hospedeiros, no período de
agosto/2014 a julho/2015, Matinhas PB.......................................................... 21
Tabela 4. Número de indivíduos de moscas-das-frutas dos gêneros
Anastrepha spp. e Ceratitis capitata capturadas em diferentes locais,
através de armadilhas caça-moscas utilizando diferentes atrativos.................... 24
Tabela 5. Número médio de Anastrepha spp. e Ceratitis capitata
capturadas em armadilhas caça-moscas com diferentes substâncias atrativas
entre os meses de agosto 2014 a julho de 2015 na cidade de Matinhas PB. ... 24
1. INTRODUÇÃO
O Brasil se destaca como o terceiro maior produtor mundial de frutas
(atrás da China e Índia), com aproximadamente 2,2 milhões de hectares
cultivados. O setor da fruticultura emprega cerca de 5,6 milhões de
pessoas, o que equivale a 27% da mão de obra agrícola, além disso,
desempenha grande importância social, pois gera empregos e melhora a
qualidade de vida dos consumidores (DANTAS et al., 2009).
Por apresentar uma grande extensão territorial e diversidade de
condições edafoclimáticas, o Brasil apresenta potencial favorável para que
a produção de frutas ocorre em todas as regiões do país com alta qualidade,
principalmente nas áreas de climas tropical e subtropical, assim, a cada ano
a produção de frutas vem aumentando. (FACHINELLO et al., 2009)
Entretanto, em consequência do aumento das áreas cultivadas,
problemas fitossanitários também são agravados, dentre entre eles, destaca-
se a ocorrência de moscas-das-frutas. Esse inseto representa um dos
principais entraves para a expansão da atividade frutícola do Brasil,
influenciando nas exportações, devido às altas exigências fitossanitárias
impostas pelos países importadores.
As moscas-das-frutas remetem-se a aproximadamente 5.000 espécies
pertencentes a Família Tephritidae distribuídas por várias regiões do
mundo, dentre essas, cerca de 20 espécies são responsáveis por grandes
perdas na produção de frutas e, certamente, estão entre as pragas mais
importantes de frutos no mundo inteiro. As espécies de maior importância
estão agrupadas nos gêneros Ceratitis, Anastrepha e Bactrocera, sendo que
Ceratitis capitata (Wied.) (Diptera: Tephritidae) e Bactrocera carambolae
Drew & Rancock (Diptera: Tephritidae) são as únicas espécies desses
gêneros que ocorrem no Brasil, principalmente em frutíferas introduzidas
(MARTINS, 2002).
As moscas-das-frutas, pelo seu elevado potencial biótico, habilidade
de se estabelecer no ambiente, de se adaptarem em novos hospedeiros e por
causarem danos econômicos, são consideradas pragas de muitas frutíferas,
principalmente em regiões com climas de tropical a temperado. O ataque
das moscas-das-frutas se inicia quando o fruto se encontra verde-maduro,
começando a amarelar, onde os ovos são depositados no interior dos frutos
e após a eclosão, as larvas se alimentam da polpa e facilitam a entrada de
organismos saprófitos, como fungos e bactérias e provocam a podridão e
queda dos frutos (VIEIRA NETO, 2002).
Em virtude da exploração crescente da fruticultura no estado da
Paraíba, é necessário que se ampliem os conhecimentos sobre as moscas-
das-frutas, de modo que estratégias de manejo possam ser adotadas no
sentido de se minimizarem as perdas ocasionadas por essas pragas.
Segundo Zucchi, (2000a), o conhecimento das espécies de moscas-
das-frutas de importância econômica em determinada área só pode ser
obtido com base em levantamentos populacionais intensivos, deste modo, o
monitoramento populacional das moscas-das-frutas, realizado com o uso de
armadilhas e coletas manuais é essencial, pois permite verificar a flutuação
populacional destes insetos e relacioná-la com os fatores bióticos e
abióticos, auxiliando na definição das épocas de maior ou menor
probabilidade de infestações (ALUJA, 1994; ARAUJO et al.;2008).
Vários fatores bióticos e abióticos interferem na dinâmica
populacional das moscas-das-frutas, tais como temperatura, umidade
relativa, inimigos naturais, luminosidade, disponibilidade de hospedeiros e
organismos simbiontes que podem influenciar o sistema de vida das
moscas-das-frutas (BATEMAN, 1972). Todavia, além das variáveis
climáticas, a flutuação populacional das moscas-das-frutas depende de uma
série de fatores, como a disponibilidade de frutos hospedeiros, época do
ano, hospedeiros alternativos e inimigos naturais. Portanto, é necessário ter
cautela no estabelecimento de determinado fator biótico ou abiótico como o
único ou o principal responsável por picos populacionais das moscas em
determinadas épocas do ano (ARAUJO et al.,2008).
O uso de armadilhas com atrativos alimentares para captura de
mosca-das-frutas é muito utilizado para se obter uma maior eficácia na
detecção e monitoramento dessas pragas. Estudos para verificar a eficiência
dos atrativos para fins de monitoramento populacional de moscas-das-
frutas, são necessários, devido à estudos anteriores evidenciarem grande
variabilidade e falta de padrão de informações referentes aos tipos de
armadilhas e aos atrativos alimentares disponíveis. (AZEVEDO et al.,
2012).
No Brasil, grande parte dos estudos relacionados a flutuação
populacional de moscas-das-frutas foi realizada em outras regiões do país,
tais como Sudeste, Sul e Centro-Oeste, e poucas são as pesquisas realizadas
nas regiões Norte e Nordeste. (RONCHI-TELES; SILVA, 2005). Deste
modo, a adoção do manejo integrado e/ou ecológico de pragas na
fruticultura tem incentivado o uso de outros métodos de controle, como os
culturais, resistência de plantas, uso de produtos naturais e o controle
biológico. No entanto, para o estabelecimento bem-sucedido de estratégias
de controle dessas pragas, é necessário conhecer a diversidade de espécies
e sua abundância.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
Estudar a flutuação populacional ao longo do ano em pomares
domésticos no município de Matinhas - PB.
2.2. Objetivos específicos
- Estabelecer indicadores e índices entomológicos que permitam a
introdução do manejo integrado da praga;
- Avaliar a flutuação populacional das espécies de moscas-das-
frutas mais frequentes em pomares domésticos no município de
Matinhas- PB;
- Identificar os gêneros de moscas-das-frutas de ocorrência no
município de Matinhas- PB;
- Identificar o tipo de atrativo alimentar melhor captura moscas-
das-frutas;
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. Moscas-das-frutas no Brasil
As moscas-das-frutas pertencem à ordem Diptera, subordem
Brachycera, superfamília Tephritoidea e família Tephritidae, sendo que no
total reúnem aproximadamente 4.350 espécies, agrupadas em 481 gêneros,
das quais cerca de 861 estão presentes ao longo do continente americano
(ZUCCHI, 2000a; EBRAHIM, 2009; MCALPINE, 1989, NORRBOM,
2000).
Esses insetos estão presentes em todos os continentes, com exceção
das áreas árticas e desérticas e a ocorrência de moscas-da-frutas em todos
esses ambientes, geralmente estão associadas a perdas econômicas
(ZUCCHI, 2001; GARCIA, 2009; OVRUSKI et al., 2010).
De acordo com Klassen e Curtis (2005) as moscas-das-frutas são
consideradas umas das principais pragas de importância econômica
mundial, devido a serem multivoltinas com alto potencial biótico,
possuírem uma grande habilidade de dispersão, tanto na fase adulta como
no estádio larval (são transportados no interior dos frutos de uma região
para a outra), além do mais, possuem e capacidade de explorar um grande
número de plantas das mais diferentes famílias botânicas.
Algumas espécies se destacam como mais invasoras e altamente
colonizadoras, como C. capitata, que é encontrada na África, sul da Europa
(zona do Mediterrâneo), Oriente Médio, Américas, Caribe, Austrália e Ilhas
do Pacífico, sendo considerada a espécie mais agressivas dentre os
tefritídeos (MALAVASI et al., 2000). Outras espécies possuem uma maior
dificuldade de adaptação e estabelecimento em novos ambientes, por
apresentarem uma distribuição restrita, isso ocorre com a maioria das
espécies das regiões temperadas do gênero Rhagoletis (MALAVASI,
2001). Já as espécies do gênero Anastrepha que é um gênero tipicamente
neotropical, ocorrem principalmente nas regiões tropicais e subtropicais das
Américas (NORRBOM; UCHOA, 2010; NORRBOM; KORYTKOWSKI,
2012).
Deste modo o Brasil por sua ampla extensão geográfica e
diversidade, tanto climática como de plantas hospedeiras, é um dos países
que reúnem uma das maiores diversidades de tefritídeos. Assim, as
espécies de tefritídeos que ocorrem no Brasil que representam um elevado
impacto econômico ou quarentenária, pertencem a três gêneros:
Anastrepha, Ceratitis e Bactrocera. Além desses, também ocorre o gênero
Rhagoletis, porém esse está restrito a alguns estados do Sul do país sem
representar grande importância econômica (FRANÇA, 2016).
O gênero Bactrocera foi introduzido no Brasil e teve seu registro no
Amapá na década de 1990 e está sob programa oficial de erradicação. Esse
gênero é representado por uma única espécie: a mosca da carambola
Bactrocera carambolae Drew & Rancock. Já o gênero Ceratitis está
presente em praticamente todas as áreas quentes do mundo, sendo
conhecida como a mosca do mediterrâneo. O gênero Rhagoletis é
representado no Brasil por quatro espécies, todas efetivamente sem
importância econômica (ZUCCHI, 2000b).
Não obstante, o gênero Anastrepha é representado por
aproximadamente 100 espécies no Brasil, no qual, sete são apresentam
relevantes impactos econômico: Anastrepha grandis (Macquart),
Anastrepha fraterculus (Wiedemann), Anastrepha obliqua (Macquart),
Anastrepha 5 pseudoparallela (Loew), Anastrepha sororcula Zucchi,
Anastrepha striata Schiner e Anastrepha zenildae Zucchi (ZUCCHI,
2000b)
As moscas das frutas estão presentes no Brasil tanto em cultivo
convencional como no protegido (CHAVARRIA et al., 2009) e em
algumas regiões esta praga pode ocasionar perda total das frutas,
inviabilizando a prática da fruticultura (CARVALHO, 2005).
3.2. Importância Econômica
O impacto econômico das moscas-da-frutas pode variar de acordo
com a região, disponibilidade de hospedeiros e época do ano. Esses insetos,
mesmo ocorrendo em baixas populações provocam danos econômicos
expressivos. Além disso, na medida em que o foco de infestação se localiza
em áreas adjacentes aos pomares comerciais o problema com mosca-das-
frutas é ampliado, devido a ocorrer migração e infestação de frutos
naqueles locais, dificultando o controle da praga e inviabilizando a
comercialização de frutas frescas (CARVALHO et al., 2006)
As injúrias provocadas pelas moscas-das-frutas são causadas pela
fêmea adulta e pela larva, e ocorrem unicamente nos frutos. A fêmea,
através de sua oviposição, mesmo sem depositar os ovos, provoca lesões
irreversíveis em alguns frutos, que podem provocar manchas escuras na
epiderme. Entretanto, o maior prejuízo é provocado pela ação das larvas,
no qual, essas se alimentam diretamente da polpa; e pelos agentes
patogênicos, que atuam em decorrência das lesões nos tecidos dos frutos
(MONTES, 2006).
As fêmeas adultas manifestam preferência por frutos
fisiologicamente mais maturados (maduros), isso se justifica por esses
frutos possuírem teores elevados de açúcares e apresentarem teores mais
baixos de compostos deletérios como por exemplo substâncias fenólicas
(ZUCOLOTO, 2000). Os frutos após serem atacados, amadurecem
precocemente e caem das plantas, a partir daí passam por processo de
podridão em consequência da infecção secundária por patógenos
(PARANHOS; BARBOSA, 2005)
3.3. Biologia de Ceratitis capitata e Anastrepha spp.
3.3.1. Ceratitis capitata
Os adultos de C. capitata possuem o tamanho aproximado de 4-5
mm de comprimento por 10 a 12 mm de envergadura, seu corpo é corpo
amarelado, com a parte superior escura com desenhos brancos, olhos
castanhos-violáceos e as asas são de transparência rosada com listras
amarelas e sombreadas.
Seu ciclo de vida se inicia com o acasalamento, após isso, as fêmeas
se alimentam de substâncias proteicas e carboidratos até chegarem a
maturidade dos ovos (11 dias), depois procuram o fruto hospedeiro e o
melhor sítio de oviposição. Em seguida, ovipositam cerca de 1 a 10 ovos no
mesmo orifício, esses ovos são alongados, possuem geralmente 1 mm de
comprimento e coloração branca.
O período de incubação dura em média de 2 a 6 dias. Após a eclosão
da larva, esta faz galerias em direção ao centro do fruto, no qual, cada larva
possui aproximadamente 8 mm de comprimento e quando totalmente
desenvolvida, é de coloração branco-amarelada, afilada na parte anterior,
truncada e arredondada na parte posterior (SILVA, 2014).
3.3.2. Anastrepha spp.
Os ovos de Anastrepha spp., geralmente possuem forma elíptica e
sua coloração varia entre os tons da cor branca-creme. As larvas têm a
coloração semelhante à dos ovos, além disso, são ápodas e com a cabeça
retrátil. Já os adultos possuem uma grande variação fenotípica (SALES,
2000).
O ciclo é semelhante ao descrito para C. capitata no item anterior
(3.2.1.1), porém, existe uma variação particular entre cada espécie. Os
estudos que disponibilizam dados sobre a biologia das diferentes espécies
do gênero Anastrepha, ainda são escassos. Como exemplo da diferença que
pode ocorrer entre as espécies, temos o período de sobrevivência, no qual,
Joachim-Bravo et al. (2003) verificaram que as fêmeas de A. zenildae
viveram até 265 dias, A. sororcula viveram até 240 dias e A. fraterculus
viveram no máximo 190 dias, sendo mantidas nas mesmas condições.
3.4. Plantas hospedeiras
A qualidade do recurso alimentar das moscas-das-frutas influencia
diretamente sobre sua sobrevivência, desenvolvimento, reprodução e
comportamento. Os nutrientes principais são as proteínas, os carboidratos,
os lipídios, as vitaminas, os sais minerais e alguns autores também
consideram a água. Esses insetos também precisam da ingestão regular de
aminoácidos, vitaminas, sais minerais e esteróis para produzirem óvulos
normalmente (ZUCOLOTO, 2000).
Estudos relacionados ao levantamento de hospedeiros de mosca-das-
frutas nas regiões produtoras são fundamentais para classificação dos
hospedeiros, sendo essa classificação dividida em dois grupos: hospedeiros
multiplicadores (ou primários) e hospedeiros alternativos (ou secundários).
Os hospedeiros primários, são aqueles que invariavelmente as moscas-das-
frutas conseguem se multiplicar em grandes quantidades, já o grupo dos
hospedeiros alternativos ou secundários, são aqueles que as moscas-das-
frutas infestam ocasionalmente e geram baixas quantidades de indivíduos
(SALLES, 1993).
A identificação dos hospedeiros primários é o primeiro passo para se
efetuar programas de monitoramento e implementação do manejo integrado
de moscas-das-frutas. Por exemplo, após estudos realizados tem-se de
forma consolidada que C. capitata tem como hospedeiros primários, frutos
de espécies frutíferas introduzidas ou exóticas. Já as espécies do complexo
Anastrepha, possuem como hospedeiros primários espécies de fruteiras
silvestres (CARVALHO, 2005).
Segundo Carvalho (2005) as moscas-das-frutas possuem
hospedeiros secundários, que na eventualidade da ausência do hospedeiro
primário serve como hospedeiro. Um exemplo simbólico de hospedeiro
secundário de moscas-das-frutas são as frutas cítricas. Os danos verificados
nas plantas cítricas são principalmente provocados por populações de
moscas-das-frutas que tiveram origem em hospedeiros primários.
Frequentemente se faz necessário determinar qual espécie está ocorrendo
em um dado país e em quais são os seus hospedeiros, para assim poder
realizar um controle eficaz (ZUCCHI, 2000a).
As fêmeas de mosca-das-frutas reconhecem os frutos por meio de
estímulos visuais (cor, forma e tamanho) e químicos (nutrientes,
substâncias voláteis das plantas, fagoinibidores e fagoestimulantes) na
busca e discriminação do hospedeiro (JOACHIM-BRAVO et al., 2001).
Caso as moscas-das-frutas estejam em um ambiente com a existência de
grande diversidade de hospedeiros, aliado a frutos amadurecendo em
diferentes estações do ano, isso irá mantém uma alta a densidade destes
tefritídeos na área (RAGA et al., 1996).
Segundo Selivon (2000), a distribuição geográfica de uma espécie de
moscas-das-frutas está diretamente relacionada com à distribuição do (s)
hospedeiro (s) que ela é capaz de utilizar como recurso alimentar, assim,
explicando o fato de que as espécies polífagas geralmente apresentam
distribuição geográfica mais ampla do que as especialistas.
No Brasil apenas 59 (51%) das espécies de Anastrepha possuem seus
hospedeiros conhecidos. Deste modo, tem-se as espécies mais polífagas
são: A. fraterculus (99 hospedeiros associado) e A. obliqua (45 hospedeiros
associado). Até então, já foram descritas 257 espécies de plantas
hospedeiras de Anastrepha, sendo as famílias de plantas mais infestadas:
Sapotaceae (18), Myrtaceae (16), Anarcadiaceae (11) e Passifloraceae (09).
Já para C. capitata foram relatadas cerca de 89 espécies hospedeiras
conhecidas no Brasil (ZUCCHI, 2008).
A vista disso, conhecer os hospedeiros primários e secundários
presentes em cada região, é muito importante para se estabelecer um
programa de manejo eficiente de moscas-das-frutas (ARAÚJO et al.,
2005).
3.5. Flutuação populacional de moscas-das-frutas
Conhecer a flutuação populacional e a época de maior ocorrência de
uma espécie de importância econômica é essencial para o estabelecimento
de métodos de controle eficiente e racional, pois permite o planejamento de
estratégias de manejo mais eficientes (RONCHI-TELES & SILVA 2005)
O monitoramento populacional viabiliza o acompanhamento da
flutuação da praga em certa área, ou a detecção de espécies exóticas ou
quarentenárias. Assim, o monitoramento permite caracterizar a população
dos tefritídeos do ponto de vista qualitativo e quantitativo (MALAVASI et
al., 2000). Os picos populacionais das moscas-das-frutas ocorrem logo após
o período de maior disponibilidade de frutos hospedeiros, sendo esse
parâmetro o mais importante na determinação da flutuação (VELOSO,
1997)
Um dos trabalhos pioneiros sobre sucessão hospedeira e dinâmica
populacional de moscas-das-frutas no Brasil foi executado por Puzzi e
Orlando (1965). Segundo esses autores, a frequência de hospedeiros é o
principal componente responsável pelas mudanças na flutuação
populacional de moscas-de-frutas, além disso, a interrupção desta sucessão,
se constituiu no único fator natural capaz de influenciar na densidade dos
indivíduos.
A flutuação populacional de tefritídeos nos pomares é realizada
geralmente por meio de armadilhas de captura de adultos, conhecidas
também como frascos caça moscas (RODRIGUES-BARRETO, 2010).
Para o levantamento de adultos das moscas-das-frutas, utilizam-se
armadilhas tipo McPhail, Jackson, ou até mesmo garrafas plásticas Pet
perfuradas, contendo atrativo alimentar ou sexual (NASCIMENTO &
CARVALHO, 2000; ALVES, 2010). Essas armadilhas geralmente coletam
uma maior quantidade de fêmeas, pois são as fêmeas que, no período que
antecede o início da oviposição, precisam necessariamente de substâncias
proteicas e carboidratos, embora alguns machos também sejam coletados
nos frascos (ZUCOLOTO, 2000).
3.6. Atrativos alimentares no monitoramento de moscas-das-
frutas
O uso de substâncias alimentares associados a armadilhas para o
monitoramento das moscas-das-frutas é fundamental, tanto para tornar o
monitoramento mais eficaz, como também para se determinar o momento
ideal de aplicações de iscas tóxicas, conseguindo-se redução dos gastos e
do efeito nocivo das iscas tóxicas à fauna benéfica como predadores e
parasitoides (RAMPAZZO, 1994).
As iscas mais comuns utilizadas como atrativos alimentares são a
proteína hidrolisada, melaço de cana-de-açúcar, suco de frutas, açúcar
mascavo, o feromônio sexual Trimedlure e a levedura Torula
(NASCIMENTO & CARVALHO, 2000; CARVALHO, 2005; SCOZ et al.,
2006).
Na literatura existem vários estudos relacionados a eficiência de
substancias atrativas na captura de moscas-das-frutas, no qual, Lorenzato
(1984), observou que o suco de maracujá foi o atrativo alimentar mais
eficiente. Já Moraes et al. (1988), em sua pesquisa em pomares de citros,
constataram que os atrativos mais eficientes para foram: melado de açúcar
(7%), melado de sorgo (7%) e vinagre de laranja (25%), enquanto os sucos
de laranja e maracujá a 25%, vinagre de vinho tinto (25%) e açúcar cristal
(4%) não apresentaram um bom desempenho na captura dessa praga.
Assim, armadilhas com atrativos são meios importantes e decisivos
para maior eficácia na detecção, monitoramento e controle dessas pragas.
Desta forma, existe um crescente esforço para a melhoria e a obtenção de
metodologias mais eficientes para estes fins. Existe uma grande
variabilidade de informações referentes aos tipos de armadilhas e aos
atrativos alimentares disponíveis, dessa forma, é preciso realizar mais
estudos buscando alternativas economicamente viáveis para o
monitoramento dessa praga, no qual, essas sejam pouco agressivas ao meio
ambiente e que conserve os inimigos naturais nativos presentes no
agroecosistema.
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Área experimental
A área de estudo situa-se na Mesorregião do Agreste Paraibano e
Microrregião do Brejo Paraibano no Município de Matinhas PB (Figura
1), envolvendo duas propriedades privadas denominadas de Sítio Socorro e
Sítio Vitor. As propriedades foram selecionadas através do critério de
diversidade de espécies frutíferas, após prévio contato com técnicos
extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da
Paraíba EMATER.
O levantamento populacional de moscas-das-frutas foi realizado de
agosto/2014 a julho de 2015, em propriedades com pomares livres de
qualquer uso de agrotóxicos, uma vez que o produtor e/ou produtor-
consumidor adota o cultivo orgânico. A finalidade das frutas nestas
propriedades é para consumo doméstico e comercial.
Figura 1. Localização do município de Matinhas- PB
4.2. Monitoramento de adultos nos pomares
O monitoramento dos adultos de moscas-das-frutas foi realizado com
auxílio de armadilhas plásticas do tipo garrafa PET. Os atrativos
alimentares utilizados para a realização do monitoramento foram: solução
de açúcar cristal na concentração de 10%, suco da fruta na concentração de
30%, sendo acrescido 10% de açúcar cristal a todos os sucos de frutas (o
suco utilizado nas armadilhas foi feito com frutos do próprio hospedeiro,
seleção local), melaço na concentração de 10% e proteína hidrolisada na
concentração de 5%. As armadilhas foram colocadas na parte central das
árvores, a 1,50 m de altura do solo e em local sombreado (Figura 2).
O atrativo alimentar foi substituído periodicamente e o material
coletado foi transferido para frascos contendo álcool 70% e levados ao
Laboratório de Zoologia de Invertebrados para a triagem do material. Os
dados obtidos foram submetidos à análise de médias comparadas pelo
Teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Figura 2. Monitoramento dos adultos de moscas-das-frutas nos pomares
4.3. Flutuação populacional
Os levantamentos de espécies de Anastrepha e Ceratitis para estudo
das flutuações populacionais foram realizados por meio dos gêneros
coletados nas armadilhas PET, durante um período de um ano, tempo
necessário para a realização da flutuação populacional das espécies nos
pomares.
A flutuação populacional foi baseada no número total de adultos de
Anastrepha e Ceratitis por mês, onde o valor obtido foi determinado pela
soma do número de adultos machos e fêmeas capturados nas quatro
semanas do mês em referência, sendo analisada em relação a variáveis
climáticas: temperatura, umidade e precipitação pluviométrica.
Os dados climáticos foram obtidos da Estação Experimental da
UFPB, Areia PB.
4.4. Índice MAD
O índice MAD foi calculado através da fórmula (número de moscas
capturadas/número de armadilhas instaladas/ número de dias de coletas)
(ARAUJO & ZUCCHI, 2003).
Onde:
MAD = moscas/armadilha dia;
N = número total de moscas capturadas
A = número de armadilhas avaliadas
D = intervalo em dias entre as coletas
4.5. Identificação de espécies moscas-das-frutas e parasitoides
Os exemplares de moscas-das-frutas foram separados por sexo e
apenas as fêmeas serão identificadas através dos acúleos presentes no
ovipositor, uma vez que os machos não apresentam os caracteres
diagnósticos para a identificação específica (Figura 3). As fêmeas coletadas
do gênero Anastrepha estão sendo identificadas pelo Dr. Elton Lucio de
Araújo, do Laboratório de Moscas-das-frutas, Universidade Federal Rural
do Semi-Árido, UFERSA, Mossoró, RN. Portanto, os dados descritos
referem-se apenas no nível de gênero para Anastrepha e espécie para
Ceratitis capitata.
Figura 3. Identificação e separação dos adultos de moscas-das-frutas coletados.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Levantamento e diversidade de moscas-das-frutas
Durante as coletas realizadas no período de 12 meses, foram
capturadas um total de 159 moscas-das-frutas (71 machos e 88 fêmeas). Na
coleta realizada através das armadilhas foram constatadas 152 moscas do
gênero Anastrepha (65 machos e 87 fêmeas) e quatro da espécie Ceratitis
capitata (três machos e uma fêmea). Por meio da coleta realizada pelos
frutos, foram encontrados três indivíduos do gênero Anastrepha (três
machos) (Tabela 1). Observou-se que o número de fêmeas capturadas foi
superior ao número de machos, de acordo com Malavasi & Morganti
(1983) e Kovaleski et al., (1999), isso está relacionado com a migração
destas a procura por alimento para maturação sexual e devido a migração
em busca de sítios de oviposição e abrigo. Mesmo o número de fêmeas não
ter sido muito superior ao número de machos, essa maior quantidade de
indivíduos coletados pode ser explicada pelo uso dos atrativos alimentares
serem à base de proteína, pois estas necessitam de proteína para atingir a
maturidade sexual e para produção de óvulos.
Constatou-se que dentre os métodos de coleta utilizados para
obtenção dos adultos, as armadilhas caça-moscas foram mais eficientes,
apresentando um total de 156 moscas capturadas, em quanto no método por
fruto, foram encontrados apenas três indivíduos, essa eficiência também foi
encontrada por Silva, (2015) que em seu levantamento constatou 1.206
indivíduos coletados por armadilhas e 522 indivíduos por frutos.
O gênero Anastrepha foi predominante durante todo o período de
coleta. Segundo Malavasi et al. (1980) as espécies de Anastrepha
desenvolvem-se preferencialmente em frutos nativos e C. capitata preferem
espécies introduzidas, mesmo assim evidenciaram existir adaptação de C.
capitata para nativas e de Anastrepha spp. por introduzidas.
Tabela 1. Número de tefritídeos coletados em armadilhas caça-moscas e em frutos no município
de Matinhas - PB, no período de agosto/2014 a julho/2015.
Indivíduos coletados em armadilhas caça-moscas
Gênero Machos Fêmeas Total
Anastrepha spp. 65 87 152
Ceratitis capitata 3 1 4
Total 68 88 156
Indivíduos coletados em frutos
Gênero Machos Fêmeas Total
Anastrepha spp. 3 0 3
Ceratitis capitata 0 0 0
Total 3 0 0
A quantidade de moscas-das-frutas coletadas variou pouco em
relação ao local da coleta, no Sítio Socorro foram constatados a maior
quantidade de indivíduos com 81 moscas-das-frutas, sendo 78 coletadas em
armadilhas caça-mosca e 3 através de coletas dos frutos, dentre essas foram
78 do gênero Anastrepha, e três da espécie C. capitata. Já no Sítio Vitor
foram coletados em armadilhas caça-mosca, 77 indivíduos do gênero
Anastrepha, e uma da espécie C. capitata (Tabela 2).
A coleta de apenas quatro indivíduos da espécie C. capitata durante a
pesquisa pode estar relacionada devido as duas propriedades (Sitio Socorro
e Sitio Vitor), estarem localizadas distantes das áreas urbanas do município
de Matinhas-PB, onde segundo Malavasi et al. (2000), nas regiões
Norte/Nordeste a ocorrência de C. capitata encontra-se praticamente
restrita às áreas urbanas. Constatou-se um número igual de indivíduos em
relação às armadilhas caça-moscas nas propriedades. Segundo Bragança et
al. (1998) ambientes naturais apresentam maior estabilidade e
heterogeneidade na vegetação, expressando elevada riqueza de espécies e
maior equitabilidade na distribuição dos indivíduos das diferentes espécies.
Tabela 2. Número de indivíduos de moscas-das-frutas dos gêneros Anastrepha e
Ceratitis obtidas em armadilhas caça-moscas e em frutos de pomares domésticos,
no município de Matinhas - PB, no período de agosto/2014 a julho/2015.
Espécies Armadilhas Caça- Mosca
Sítio Socorro Sítio Vitor
Anastrepha spp. 75 77
Ceratitis capitata 3 1
Total 78 78
Espécies Frutos
Sítio Socorro Sítio Vitor
Anastrepha spp. 3 0
Ceratitis capitata 0 0
Total 3 0
5.2. Hospedeiros de moscas-das-frutas
As espécies botânicas identificadas como hospedeiras de moscas-
das-frutas são pertencentes às famílias Myrtaceae, Anacardiaceae e
Rutaceae. Em todas as espécies analisadas foram encontradas moscas-das-
frutas. O gênero Anastrepha ocorreu em todos os hospedeiros avaliados,
isso pode ter ocorrido, de acordo com Zucchi (2007) devido a larvas de
Anastrepha no Brasil, se desenvolvem em espécies de hospedeiros de 35
famílias de plantas, sendo que a maior diversidade dessas espécies ocorre
nos hospedeiros das famílias Myrtaceae, Sapotaceae, Anacardiaceae e
Passifloraceae. Entretanto a espécie C. capitata ocorreu apenas na espécie
Myrtaceae e Rutaceae, onde de acordo com Alves, (2010), C. capitata vem
infestando principalmente frutos oriundos dessas e de outras famílias como
a Rosaceae.
Ocorreu uma preferência da Anastrepha pela família Rutaceae, em
armadilhas caça-mosca, contabilizando-se 69 indivíduos, seguido por
Myrtaceae com 57 indivíduos e Anacardiaceae apresentando 28 (Tabela
3). De acordo com Malavasi & Morgante (1980) os hospedeiros exóticos
são mais infestados por C. capitata, enquanto que os nativos são mais
infestados pelas espécies de Anastrepha, entretanto é importante enfatizar
que os valores dos índices de captura das moscas-das-frutas podem variar
quando se referem a uma mesma espécie de planta hospedeira, dentre esses
fatores destacam-se a fase de amadurecimento do fruto, variação da época
e/ou do local de coleta, variação sazonal, diversidade hospedeira e
disponibilidade de frutos por longo período (MALAVASI; MORGANTE,
1980; BRESSAN; TELES, 1991).
Zucchi (2000) relata que espécies do gênero Anastrepha apresenta
preferência alimentar por frutos da família Anacardiaceae, porém verifica-
se na presente pesquisa que não ocorreu essa variação de infestação, por
isso fica claro a relação com a época de frutificação da planta, uma vez que
os pomares são afetados por populações invasoras de moscas-das-frutas
originárias de outros hospedeiros (como áreas silvestres ou comerciais) e
que se multiplicam rapidamente (SOUZA FILHO, 1999).
Puzzi e Orlando (1965) relataram que os fatores bióticos como
diversidade de hospedeiros e estágio de maturação dos frutos são os fatores
mais relevantes para a densidade populacional dos tefritídeos,
relacionando-se assim com os valores obtidos neste experimento.
Tabela 3. Número de adultos de moscas-das-frutas obtidas em armadilhas caça-moscas e frutos
oletados em diferentes hospedeiros, no período de agosto/2014 a julho/2015, Matinhas PB.
Espécie Família Nome Científico Nome Comum Número de
Adultos
Procedência
Anastrepha
spp
Myrtaceae Psidium guajava Goiaba 54 N
Anacardiacea Mangífera indica Manga 29 E
Rutaceae Citrus sinensis Laranja 69 E
Total 152
Ceratitis
capitata
Myrtaceae Psidium guajava Goiaba 3 N
Rutaceae Citrus sinensis Laranja 1 E
Total 4
Espécie Família Nome Científico Nome Comum Número de
Adultos
Procedência
Anastrepha
spp.
Myrtaceae Psidium guajava Goiaba 3 N
Total 3
E (exótico), N (natural)
5.3. Avaliação de atrativos alimentares na captura de mosca-
das-frutas
No período de amostragem, considerando todas as coletas realizadas,
observou-se que em relação ao número de moscas capturadas, houve
diferença entre os tipos de atrativos utilizados nas armadilhas para
obtenção dos adultos e seus respectivos locais de coletas.
O suco de fruta 30% + 10% de açúcar cristal foi o atrativo que
capturou maior número de indivíduos 64 no total, seguido pelo açúcar
cristal 10% com 40 indivíduos em contrapartida a proteína hidrolisada 5%
que é um atrativo específico de moscas-das-frutas capturou 36 indivíduos e
o melaço foi o atrativo que capturou o menor número registrando apenas 16
exemplares de moscas (Tabela 4).
Mendonça et al. (2003) e Camargo et al. (2007) encontraram
resultados semelhantes, onde o suco da fruta foi superior ao melaço de
cana-de-açúcar, diferentemente da pesquisa realizada por Moraes et al.
(1988), que constataram que os atrativos mais eficientes para Anastrepha
spp. foram o melaço de açúcar (7%), enquanto o suco e açúcar cristal (4%)
não apresentaram boa atratividade na captura dessa praga.
Lemos et al., (2002) em sua pesquisa realizada em um pomar de
goiaba na região de Itapecuru-Mirim (MA), diz que suco da fruta (30%) e a
solução de açúcar cristal (10%) são substâncias atrativas eficientes para o
monitoramento das mosca-das-frutas, como também foi observado na
presente pesquisa.
Uma boa atratividade para a proteína pode estar relacionada com a
necessidade dos adultos em ingerirem aminoácidos para a produção de
óvulos (Zucoloto et al., 2000), sendo que as fêmeas que ingerirem proteínas
são mais receptivas a cópula (Cangussu & Zucoloto, 1997). De acordo com
Raga et al., (2006), atrativos alimentares à base de proteína hidrolisada
atraem moscas fêmeas e os machos de C. capitata e Anastrepha spp. com
eficácia.
Os atrativos alimentares não evidenciaram diferença entre eles,
devido as médias não diferirem estatisticamente entre si. Apesar da
proteína hidrolisada 5% possuir uma qualidade nutricional superior, ficou
evidenciado que o atrativo suco da fruta 30% + 10% de açúcar cristal foi
superior em relação aos outros atrativos na captura de moscas das frutas de
ambos os gêneros (Anastrepha spp. e C. capitata) (Tabela 5).
A captura de Anastrepha spp. ocorreu em todos os atrativos
avaliados (Figura 4). O atrativo suco da fruta 30% + 10% de açúcar cristal
apresentou uma captura predominante de moscas desse gênero, durante
quase todos os meses de coleta, sendo superada apenas pela proteína
hidrolisada 5% nos meses de dez/14 e jan/14 e pelo açúcar cristal 10% no
mês de jun/15, apresentando o seu pico de indivíduos capturados no mês de
julho com 23 moscas. A vista dos fatos mencionados o suco da fruta se
mostrou um atrativo eficiente para a captura de moscas-das-frutas do
gênero Anastrepha spp, esse resultado pode ter sito influenciado pela
frutose, presente no suco da fruta, onde foi constatado por Nigget al.,
(2007), que esse nutriente é um importante complemento da dieta de
machos e fêmeas de Anastrepha suspensa (Loew).
A quantidade de indivíduos de C. capitata capturados nos atrativos
alimentares foi baixa (Figura 5), apresentando a captura em apenas três
meses, abril/14, maio/14 e julho/14, contabilizando-se três indivíduos
coletados pelo atrativo suco da fruta 30% + 10% de açúcar cristal e um pela
proteína hidrolisada 5%, permanecendo ausente durante todos os outros
meses. Esse resultado também foi constatado por Jahnke, (2014) que em
seu levantamento em pomares de pessegueiro utilizando os atrativos
proteína hidrolisada a 5% e suco de uva a 25%, capturou 234 indivíduos de
Anastrepha fraterculus e somente dois de C. capitata.
O índice MAD (moscas/armadilhas/dia), apresentou poucas
variações durante o período de coleta, exceto pelos meses de setembro/14 e
julho/15, período que foram registrados os maiores índices apresentando
0,17 e 0,38 respectivamente e os menores índices foram verificados nos
meses de agosto/14 e março/15 ambos com o índice igual a 0. O número de
indivíduos do gênero Anastrepha spp. (Figura 6) foi muito superior ao do
gênero Ceratitis (Figura 7) durante todo o período de monitoramento e em
todos os atrativos utilizados, sendo destacado o atrativo Suco da Fruta 30%
+ 10% de açúcar cristal por ter obtido os maiores índices de captura.
Tabela 5. Número médio de Anastrepha spp. e Ceratitis capitata capturadas em armadilhas
caça-moscas com diferentes substâncias atrativas entre os meses de agosto 2014 a julho de
2015 na cidade de Matinhas PB.
Moscas-das-Frutas (Mês)
Substâncias Atrativas Anastrepha spp. Ceratitis capitata Total
Proteína Hidrolisada 5% 2.91 a 0.08 a 3.00 a
Melaço10% 1.33 a 0.00 a 1.33 a
Açúcar Cristal 10% 3.33 a 0.00 a 3.33 a
Suco da Fruta 30% + 10% Açúcar
Cristal
5.08 a 0.25 a 5.33 a
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si pelo Teste de
Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 4. Número de indivíduos de moscas-das-frutas dos gêneros Anastrepha spp. e Ceratitis
capitata capturadas em diferentes locais, através de armadilhas caça-moscas utilizando
diferentes atrativos.
Moscas-das-Frutas (Local de Coleta)
Substâncias Atrativas Sítio Socorro Sítio Vitor
TotalAnastrepha
spp.
Ceratitis
capitata
Anastrepha
spp.
Ceratitis
capitata
Proteína Hidrolisada 5% 22 1 13 0 36
Melaço 10% 9 0 7 0 16
Açúcar Cristal 10% 13 0 27 0 40
Suco da Fruta 30% +
10% Açúcar Cristal
33 2 28 1 64
Figura 4. Número de Anastrepha spp., capturadas em armadilhas Caça-Moscas com diferentes
substâncias atrativas durante os meses de agosto de 2014 a julho de 2015 em Matinhas -PB.
Figura 5. Número de Ceratitis captata, capturadas em armadilhas Caça-Moscas com diferentes
substâncias atrativas durante os meses de agosto de 2014 a julho de 2015 em Matinhas -PB
0
5
10
15
20
25
ago/14
set/14
out/14
nov/14
dez/14
jan/15
fev/15
mar/15
abr/15
mai/15
jun/15
jul/15
NúmerodeIndivíduo
Proteína Hidrolisada 5%
Melaço 10%
Açúcar Cristal 10%
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
ago/14
set/14
out/14
nov/14
dez/14
jan/15
fev/15
mar/15
abr/15
mai/15
jun/15
jul/15
NúmerodeIndivíduo
Proteína Hidrolisada 5%
Melaço 10%
Açúcar Cristal 10%
Suco da Fruta 30% + 10%
Açúcar Cristal
Figura 6. Flutuação de moscas por armadilha por dia (MAD) de Anastrepha spp. (fêmeas +
machos), obtidos por diferentes atrativos alimentares em armadilhas Caça-Moscas entre os
meses de Agosto 2014 á Julho de 2015 na cidade de Matinhas-PB.
Figura 7. Flutuação de moscas por armadilha por dia (MAD) de Ceratitis capitata (fêmeas +
machos), obtidos por diferentes atrativos alimentares em armadilhas Caça-Moscas entre os
meses de Agosto 2014 á Julho de 2015 na cidade de Matinhas-PB.
0
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
0.35
0.4
ago/14
set/14
out/14
nov/14
dez/14
jan/15
fev/15
mar/15
abr/15
mai/15
jun/15
jul/15
MAD
Proteína Hidrolisada 5%
Melaço 10%
Açúcar Cristal 10%
Suco da Fruta 30% + 10%
Açúcar Cristal
0
0.005
0.01
0.015
0.02
0.025
ago/14
set/14
out/14
nov/14
dez/14
jan/15
fev/15
mar/15
abr/15
mai/15
jun/15
jul/15
MAD
Proteína Hidrolisada 5%
Melaço 10%
Açúcar Cristal 10%
Suco da Fruta 30% + 10%
Açúcar Cristal
5.4. Flutuação populacional de moscas-das-frutas
Os estudos de flutuação populacional para o gênero Anastrepha e
para a espécie C. capitata foram realizados tendo como base os dados
climatológicos de precipitação, umidade e temperatura, durante o período
de um ano de coleta (Figura 4).
Os picos populacionais de mosca-das-frutas do gênero Anastrepha,
foram evidenciados nos meses de setembro/14 e julho/15, já entre os meses
de outubro/2014 à março/2015 os índices populacionais permaneceram
com viabilidade não muito expressiva e em constante declínio,
apresentando ausência de indivíduos no mês de março, isso pode ter
ocorrido, devido à pouca disponibilidade de frutos ou por se enquadrar no
período de fim de frutificação, por outro lado, esse índice voltou a
aumentar durante os meses de abril/15, maio/15, junho/15 e julho/15 que
são os meses que mais chovem no brejo paraibano, sendo o mês de
julho/15 com maior incidência de moscas-das-frutas desse gênero.
No caso da espécie C. capitata a mesma permaneceu ausente durante
os primeiros oito meses de coleta, ocorrendo apenas durante os meses de
abril/15, maio/15 e julho/15, com poucos indivíduos, mesmo a C. capitata
sendo considerada altamente polífaga entre os tefritídeos e apresentar forte
associação com hospedeiros exóticos (ARAUJO et al., 2005), como é o
caso de alguns hospedeiros presentes no levantamento, houve uma baixa
frequência desta espécie onde, de acordo com Santos et al. (2011) este fato,
provavelmente foi influenciado pela competição com as espécies de
Anastrepha presentes na área.
Observou-se que os meses que apresentaram maior ocorrência de
moscas-das-frutas, se enquadraram nos meses de maior precipitação,
possivelmente esse fator está diretamente ligado ao estado de maturação
dos frutos, esse resultado também foi encontrado por Silva (2015), que
encontrou maior número de A. fraterculus quando a precipitação foi mais
alta e tinha uma maior disponibilidade de frutos. Vale destacar que as
populações de moscas-das-frutas tendem a permanecer em um local se os
recursos são abundantes (SUGAYAMA; MALAVASI, 2000). Os dados de
temperatura mostraram que durante a pesquisa a temperatura permaneceu
entre 20,7 °C (agosto) a 24°C (abril), evidenciando assim que não houve
muita variação. As mesmas observações são válidas para os dados de
umidade relativa do ar, onde seus valores variaram entre 78% (janeiro) a
92% (julho), não demonstrando variações significativas.
Fica claro que as diferenças dos aumentos populacionais das espécies
de moscas-das-frutas variam de acordo com a época (anos e meses), região
ou locais e mostram estarem relacionadas à maturação, disponibilidade de
frutos hospedeiros e condições climáticas de cada região, entre outros
fatores favoráveis para o estabelecimento de altas populações (RONCHI-
TELES; SILVA, 2005). Segundo Sales (2001) dois conjuntos de fatores
regulam a vida e a quantidade de moscas-das-frutas são eles os fatores
abióticos, que são clima, temperatura, luz, chuva, umidade relativa do ar,
vento entre outros e os fatores bióticos, os quais estão principalmente
associados às plantas hospedeiras, como presença, quantidade e qualidade
dos frutos nos quais as suas larvas se desenvolvem.
Figura 8. Flutuação populacional de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha spp. e da espécie
Ceratitis capitata obtidas em Armadilhas Caça-Moscas em pomares domésticos, no município
de Matinhas - PB e dados de temperatura, umidade e precipitação, no período de agosto/2014 a
julho/2015.
0
10
20
30
40
50
60
70
0.0
50.0
100.0
150.0
200.0
250.0
NúmerodeIndivíduo
TC,UR%,Preci(mm)
Temperatura Precipitação Umidade Anastrepha Ceratitis
6. CONCLUSÕES
Nos pomares domésticos da cidade de Matinhas PB foram
constatadas a presença de moscas-das-frutas dos Gêneros
Anastrepha e Ceratitis;
Nas duas propriedades Sítio Socorro e Sítio Vitor constatou-se
que há maior ocorrência de Anastrepha spp.;
Anastrepha spp. mostraram ter preferência pela espécie
hospedeira Citrus sinensis da família Rutaceae, nas análises de
armadilhas;
Constatou-se que o Suco da Fruta a 30% foi o atrativo que mais
capturou moscas-das-frutas;
A disponibilidade de fruto foi o fator que determinou os picos
populacionais de Anastrepha spp. e Ceratitis Capitata;
7. REFERÊNCIAS
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pomar cítrico e mata secundária. 2010. Tese (Doutorado) Universidade
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  • 5.
  • 6. FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS- FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM POMARES DOMÉSTICOS NO MUNICÍPIO DE MATINHAS-PB José Ricardo Lima Pinto1 , Kennedy Santos Gonzaga2 , Joálisson Gonçalves da Silva3 , Carlos Henrique de Brito4 1 Mestrando em Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias e Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14888-900, Jaboticabal, SP. E-mail: ricardolima_01@hotmail.com; 2 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia UFPB/CCA. E-mail: gonzagaks@gmail.com; 3 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia UFPB/CCA. E-mail: joalissongs@yahoo.com.br; 4 Professor Associado UFPB/CCA. E-mail: carlos@cca.ufpb.br RESUMO O Brasil se destaca como o terceiro maior produtor mundial de frutas, mas sua participação nas exportações ainda é pequena, em parte, devido às exigências fitossanitárias impostas pelos países importadores, em parte pela ocorrência de moscas-das-frutas, onde as espécies de maior importância pertencem aos gêneros Ceratitis e Anastrepha, sendo que C. Capitata é a única espécie desse gênero que ocorre no Brasil, principalmente em frutíferas introduzidas. O presente trabalho teve como objetivo estudar a flutuação populacional ao longo do ano em pomares domésticos e avaliar a utilização de atrativos alimentares para a captura de moscas-das-frutas no município de Matinhas - PB. O levantamento populacional de moscas-das- frutas foi realizado de agosto/2014 a julho/2015, em propriedades rurais com pomares livres de qualquer uso de agrotóxicos. O monitoramento dos adultos de moscas-das-frutas foi realizado com auxílio de armadilhas plásticas do tipo garrafa PET contento 300 mL de atrativos alimentares que foram solução de açúcar cristal na concentração de 10%, suco da fruta na concentração de 30%, sendo acrescido 10% de açúcar cristal a todos os sucos de frutas, melaço na concentração de 10% e proteína hidrolisada na concentração de 5%. Os atrativos alimentares foram substituídos periodicamente e o material coletado foi transferido para frascos contendo álcool 70% e levados ao Laboratório de Zoologia de Invertebrados para a triagem do material. Foram capturadas um total de 159 moscas-das-frutas, sendo 155 indivíduos do gênero Anastrepha e 4 indivíduos da espécie Ceratitis capitata. A propriedade Sítio Socorro apresentou maior número de indivíduos capturados em relação à propriedade Sítio Vitor. O atrativo
  • 7. alimentar que mostrou uma maior eficiência foi o suco da fruta e os gêneros analisados variaram a preferência de acordo com o hospedeiro. Palavras-chave: Atrativos Alimentares, Anastrepha spp, Ceratitis capitata. POPULATION FLUCTUATION OF FRUIT FLIES (DIPTERA: TEPHRITIDAE) IN DOMESTIC ORCHARDS IN THE CITY OF MATINHAS - PB ABSTRACT Brazil stands out as the third largest fruit producer in the world, but its share in exports is still small, partly due to the phytosanitary requirements imposed by importing countries, in part due to the occurrence of fruit flies, where importance belong to the genus Ceratitis and Anastrepha, and C. Capitata is the only specie of this genus that occurs in Brazil, mainly in fruit introduced. The present study aimed to study the population fluctuation throughout the year in domestic orchards and to evaluate the use of food baits for the capture of fruit flies in the city of Matinhas - PB. The population survey of fruit flies was carried out from August / 2014 to July / 2015, in rural properties with orchards free of any use of agrochemicals. The monitoring of adults of fruit flies was carried out using plastic traps of the PET bottle type, containing 300 mL of food baits that were a 10% concentration of crystal sugar solution, 30% fruit juice, and increased 10% crystal sugar to all fruit juices, 10% concentration molasses and 5% hydrolysed protein. The food baits were replaced periodically and the collected material was transferred to bottles containing 70% alcohol and taken to the Laboratory of Invertebrate Zoology for the sorting of the material. A total of 159 fruit flies were captured, with 155 individuals of the genus Anastrepha and 4 individuals of the species Ceratitis capitata. The Sítio Socorro property had the highest number of individuals captured in relation to the Sítio Vitor property. The food baits that showed a greater efficiency was the juice of the fruit and the analyzed genus varied the preference according to the host. Key words: Food baits; Anastrepha spp, Ceratitis capitata.
  • 8. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................. 1 2. OBJETIVOS.................................................................................................. 3 2.1. Objetivo geral ........................................................................................... 3 2.2. Objetivos específicos................................................................................ 4 3. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 4 3.1. Moscas-das-frutas no Brasil ..................................................................... 4 3.2. Importância Econômica............................................................................ 6 3.3. Biologia de Ceratitis capitata e Anastrepha spp. .................................... 7 3.4. Plantas hospedeiras................................................................................... 8 3.5. Flutuação populacional de moscas-das-frutas........................................ 10 3.6. Atrativos alimentares no monitoramento de moscas-das-frutas ............ 11 4. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................... 13 4.1. Área experimental .................................................................................. 13 4.2. Monitoramento de adultos nos pomares................................................. 14 4.3. Flutuação populacional........................................................................... 15 4.4. Índice MAD............................................................................................ 15 4.5. Identificação de espécies moscas-das-frutas e parasitoides................... 16 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 17 5.1. Levantamento e diversidade de moscas-das-frutas................................ 17 5.2. Hospedeiros de moscas-das-frutas ......................................................... 19 5.3. Avaliação de atrativos alimentares na captura de mosca-das-frutas...... 21 5.4. Flutuação populacional de moscas-das-frutas........................................ 27 6. CONCLUSÕES........................................................................................... 30 7. REFERÊNCIAS.......................................................................................... 31
  • 9. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Localização do município de Matinhas- PB ..............................13 Figura 2. Monitoramento dos adultos de moscas-das-frutas nos pomares 14 Figura 3. Identificação e separação dos adultos de moscas-das-frutas coletados......................................................................................................16 Figura 4. Número de Anastrepha spp., capturadas em armadilhas Caça- Moscas com diferentes substâncias atrativas durante os meses de agosto de 2014 a julho de 2015 em Matinhas -PB......................................................25 Figura 5. Número de Ceratitis captata, capturadas em armadilhas Caça- Moscas com diferentes substâncias atrativas durante os meses de agosto de 2014 a julho de 2015 em Matinhas -PB......................................................25 Figura 6. Flutuação de moscas por armadilha por dia (MAD) de Anastrepha spp. (fêmeas + machos), obtidos por diferentes atrativos alimentares em armadilhas Caça-Moscas entre os meses de Agosto 2014 á Julho de 2015 na cidade de Matinhas-PB...................................................26 Figura 7. Flutuação de moscas por armadilha por dia (MAD) de Ceratitis capitata (fêmeas + machos), obtidos por diferentes atrativos alimentares em armadilhas Caça-Moscas entre os meses de Agosto 2014 á Julho de 2015 na cidade de Matinhas-PB..................................................................26 Figura 8. Flutuação populacional de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha spp. e da espécie Ceratitis capitata obtidas em Armadilhas Caça-Moscas em pomares domésticos, no município de Matinhas - PB e dados de temperatura, umidade e precipitação, no período de agosto/2014 a julho/2015. ..................................................................................................29
  • 10. LISTA DE TABELAS Tabela 1. Número de tefritídeos coletados em armadilhas caça-moscas e em frutos no município de Matinhas - PB, no período de agosto/2014 a julho/2015. .......................................................................................................... 18 Tabela 2. Número de indivíduos de moscas-das-frutas dos gêneros Anastrepha e Ceratitis obtidas em armadilhas caça-moscas e em frutos de pomares domésticos, no município de Matinhas - PB, no período de agosto/2014 a julho/2015.................................................................................... 19 Tabela 3. Número de adultos de moscas-das-frutas obtidas em armadilhas caça-moscas e frutos coletados em diferentes hospedeiros, no período de agosto/2014 a julho/2015, Matinhas PB.......................................................... 21 Tabela 4. Número de indivíduos de moscas-das-frutas dos gêneros Anastrepha spp. e Ceratitis capitata capturadas em diferentes locais, através de armadilhas caça-moscas utilizando diferentes atrativos.................... 24 Tabela 5. Número médio de Anastrepha spp. e Ceratitis capitata capturadas em armadilhas caça-moscas com diferentes substâncias atrativas entre os meses de agosto 2014 a julho de 2015 na cidade de Matinhas PB. ... 24
  • 11. 1. INTRODUÇÃO O Brasil se destaca como o terceiro maior produtor mundial de frutas (atrás da China e Índia), com aproximadamente 2,2 milhões de hectares cultivados. O setor da fruticultura emprega cerca de 5,6 milhões de pessoas, o que equivale a 27% da mão de obra agrícola, além disso, desempenha grande importância social, pois gera empregos e melhora a qualidade de vida dos consumidores (DANTAS et al., 2009). Por apresentar uma grande extensão territorial e diversidade de condições edafoclimáticas, o Brasil apresenta potencial favorável para que a produção de frutas ocorre em todas as regiões do país com alta qualidade, principalmente nas áreas de climas tropical e subtropical, assim, a cada ano a produção de frutas vem aumentando. (FACHINELLO et al., 2009) Entretanto, em consequência do aumento das áreas cultivadas, problemas fitossanitários também são agravados, dentre entre eles, destaca- se a ocorrência de moscas-das-frutas. Esse inseto representa um dos principais entraves para a expansão da atividade frutícola do Brasil, influenciando nas exportações, devido às altas exigências fitossanitárias impostas pelos países importadores. As moscas-das-frutas remetem-se a aproximadamente 5.000 espécies pertencentes a Família Tephritidae distribuídas por várias regiões do mundo, dentre essas, cerca de 20 espécies são responsáveis por grandes perdas na produção de frutas e, certamente, estão entre as pragas mais importantes de frutos no mundo inteiro. As espécies de maior importância estão agrupadas nos gêneros Ceratitis, Anastrepha e Bactrocera, sendo que Ceratitis capitata (Wied.) (Diptera: Tephritidae) e Bactrocera carambolae Drew & Rancock (Diptera: Tephritidae) são as únicas espécies desses gêneros que ocorrem no Brasil, principalmente em frutíferas introduzidas (MARTINS, 2002).
  • 12. As moscas-das-frutas, pelo seu elevado potencial biótico, habilidade de se estabelecer no ambiente, de se adaptarem em novos hospedeiros e por causarem danos econômicos, são consideradas pragas de muitas frutíferas, principalmente em regiões com climas de tropical a temperado. O ataque das moscas-das-frutas se inicia quando o fruto se encontra verde-maduro, começando a amarelar, onde os ovos são depositados no interior dos frutos e após a eclosão, as larvas se alimentam da polpa e facilitam a entrada de organismos saprófitos, como fungos e bactérias e provocam a podridão e queda dos frutos (VIEIRA NETO, 2002). Em virtude da exploração crescente da fruticultura no estado da Paraíba, é necessário que se ampliem os conhecimentos sobre as moscas- das-frutas, de modo que estratégias de manejo possam ser adotadas no sentido de se minimizarem as perdas ocasionadas por essas pragas. Segundo Zucchi, (2000a), o conhecimento das espécies de moscas- das-frutas de importância econômica em determinada área só pode ser obtido com base em levantamentos populacionais intensivos, deste modo, o monitoramento populacional das moscas-das-frutas, realizado com o uso de armadilhas e coletas manuais é essencial, pois permite verificar a flutuação populacional destes insetos e relacioná-la com os fatores bióticos e abióticos, auxiliando na definição das épocas de maior ou menor probabilidade de infestações (ALUJA, 1994; ARAUJO et al.;2008). Vários fatores bióticos e abióticos interferem na dinâmica populacional das moscas-das-frutas, tais como temperatura, umidade relativa, inimigos naturais, luminosidade, disponibilidade de hospedeiros e organismos simbiontes que podem influenciar o sistema de vida das moscas-das-frutas (BATEMAN, 1972). Todavia, além das variáveis climáticas, a flutuação populacional das moscas-das-frutas depende de uma série de fatores, como a disponibilidade de frutos hospedeiros, época do ano, hospedeiros alternativos e inimigos naturais. Portanto, é necessário ter cautela no estabelecimento de determinado fator biótico ou abiótico como o
  • 13. único ou o principal responsável por picos populacionais das moscas em determinadas épocas do ano (ARAUJO et al.,2008). O uso de armadilhas com atrativos alimentares para captura de mosca-das-frutas é muito utilizado para se obter uma maior eficácia na detecção e monitoramento dessas pragas. Estudos para verificar a eficiência dos atrativos para fins de monitoramento populacional de moscas-das- frutas, são necessários, devido à estudos anteriores evidenciarem grande variabilidade e falta de padrão de informações referentes aos tipos de armadilhas e aos atrativos alimentares disponíveis. (AZEVEDO et al., 2012). No Brasil, grande parte dos estudos relacionados a flutuação populacional de moscas-das-frutas foi realizada em outras regiões do país, tais como Sudeste, Sul e Centro-Oeste, e poucas são as pesquisas realizadas nas regiões Norte e Nordeste. (RONCHI-TELES; SILVA, 2005). Deste modo, a adoção do manejo integrado e/ou ecológico de pragas na fruticultura tem incentivado o uso de outros métodos de controle, como os culturais, resistência de plantas, uso de produtos naturais e o controle biológico. No entanto, para o estabelecimento bem-sucedido de estratégias de controle dessas pragas, é necessário conhecer a diversidade de espécies e sua abundância. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo geral Estudar a flutuação populacional ao longo do ano em pomares domésticos no município de Matinhas - PB.
  • 14. 2.2. Objetivos específicos - Estabelecer indicadores e índices entomológicos que permitam a introdução do manejo integrado da praga; - Avaliar a flutuação populacional das espécies de moscas-das- frutas mais frequentes em pomares domésticos no município de Matinhas- PB; - Identificar os gêneros de moscas-das-frutas de ocorrência no município de Matinhas- PB; - Identificar o tipo de atrativo alimentar melhor captura moscas- das-frutas; 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1. Moscas-das-frutas no Brasil As moscas-das-frutas pertencem à ordem Diptera, subordem Brachycera, superfamília Tephritoidea e família Tephritidae, sendo que no total reúnem aproximadamente 4.350 espécies, agrupadas em 481 gêneros, das quais cerca de 861 estão presentes ao longo do continente americano (ZUCCHI, 2000a; EBRAHIM, 2009; MCALPINE, 1989, NORRBOM, 2000). Esses insetos estão presentes em todos os continentes, com exceção das áreas árticas e desérticas e a ocorrência de moscas-da-frutas em todos esses ambientes, geralmente estão associadas a perdas econômicas (ZUCCHI, 2001; GARCIA, 2009; OVRUSKI et al., 2010). De acordo com Klassen e Curtis (2005) as moscas-das-frutas são consideradas umas das principais pragas de importância econômica mundial, devido a serem multivoltinas com alto potencial biótico, possuírem uma grande habilidade de dispersão, tanto na fase adulta como
  • 15. no estádio larval (são transportados no interior dos frutos de uma região para a outra), além do mais, possuem e capacidade de explorar um grande número de plantas das mais diferentes famílias botânicas. Algumas espécies se destacam como mais invasoras e altamente colonizadoras, como C. capitata, que é encontrada na África, sul da Europa (zona do Mediterrâneo), Oriente Médio, Américas, Caribe, Austrália e Ilhas do Pacífico, sendo considerada a espécie mais agressivas dentre os tefritídeos (MALAVASI et al., 2000). Outras espécies possuem uma maior dificuldade de adaptação e estabelecimento em novos ambientes, por apresentarem uma distribuição restrita, isso ocorre com a maioria das espécies das regiões temperadas do gênero Rhagoletis (MALAVASI, 2001). Já as espécies do gênero Anastrepha que é um gênero tipicamente neotropical, ocorrem principalmente nas regiões tropicais e subtropicais das Américas (NORRBOM; UCHOA, 2010; NORRBOM; KORYTKOWSKI, 2012). Deste modo o Brasil por sua ampla extensão geográfica e diversidade, tanto climática como de plantas hospedeiras, é um dos países que reúnem uma das maiores diversidades de tefritídeos. Assim, as espécies de tefritídeos que ocorrem no Brasil que representam um elevado impacto econômico ou quarentenária, pertencem a três gêneros: Anastrepha, Ceratitis e Bactrocera. Além desses, também ocorre o gênero Rhagoletis, porém esse está restrito a alguns estados do Sul do país sem representar grande importância econômica (FRANÇA, 2016). O gênero Bactrocera foi introduzido no Brasil e teve seu registro no Amapá na década de 1990 e está sob programa oficial de erradicação. Esse gênero é representado por uma única espécie: a mosca da carambola Bactrocera carambolae Drew & Rancock. Já o gênero Ceratitis está presente em praticamente todas as áreas quentes do mundo, sendo conhecida como a mosca do mediterrâneo. O gênero Rhagoletis é
  • 16. representado no Brasil por quatro espécies, todas efetivamente sem importância econômica (ZUCCHI, 2000b). Não obstante, o gênero Anastrepha é representado por aproximadamente 100 espécies no Brasil, no qual, sete são apresentam relevantes impactos econômico: Anastrepha grandis (Macquart), Anastrepha fraterculus (Wiedemann), Anastrepha obliqua (Macquart), Anastrepha 5 pseudoparallela (Loew), Anastrepha sororcula Zucchi, Anastrepha striata Schiner e Anastrepha zenildae Zucchi (ZUCCHI, 2000b) As moscas das frutas estão presentes no Brasil tanto em cultivo convencional como no protegido (CHAVARRIA et al., 2009) e em algumas regiões esta praga pode ocasionar perda total das frutas, inviabilizando a prática da fruticultura (CARVALHO, 2005). 3.2. Importância Econômica O impacto econômico das moscas-da-frutas pode variar de acordo com a região, disponibilidade de hospedeiros e época do ano. Esses insetos, mesmo ocorrendo em baixas populações provocam danos econômicos expressivos. Além disso, na medida em que o foco de infestação se localiza em áreas adjacentes aos pomares comerciais o problema com mosca-das- frutas é ampliado, devido a ocorrer migração e infestação de frutos naqueles locais, dificultando o controle da praga e inviabilizando a comercialização de frutas frescas (CARVALHO et al., 2006) As injúrias provocadas pelas moscas-das-frutas são causadas pela fêmea adulta e pela larva, e ocorrem unicamente nos frutos. A fêmea, através de sua oviposição, mesmo sem depositar os ovos, provoca lesões irreversíveis em alguns frutos, que podem provocar manchas escuras na epiderme. Entretanto, o maior prejuízo é provocado pela ação das larvas,
  • 17. no qual, essas se alimentam diretamente da polpa; e pelos agentes patogênicos, que atuam em decorrência das lesões nos tecidos dos frutos (MONTES, 2006). As fêmeas adultas manifestam preferência por frutos fisiologicamente mais maturados (maduros), isso se justifica por esses frutos possuírem teores elevados de açúcares e apresentarem teores mais baixos de compostos deletérios como por exemplo substâncias fenólicas (ZUCOLOTO, 2000). Os frutos após serem atacados, amadurecem precocemente e caem das plantas, a partir daí passam por processo de podridão em consequência da infecção secundária por patógenos (PARANHOS; BARBOSA, 2005) 3.3. Biologia de Ceratitis capitata e Anastrepha spp. 3.3.1. Ceratitis capitata Os adultos de C. capitata possuem o tamanho aproximado de 4-5 mm de comprimento por 10 a 12 mm de envergadura, seu corpo é corpo amarelado, com a parte superior escura com desenhos brancos, olhos castanhos-violáceos e as asas são de transparência rosada com listras amarelas e sombreadas. Seu ciclo de vida se inicia com o acasalamento, após isso, as fêmeas se alimentam de substâncias proteicas e carboidratos até chegarem a maturidade dos ovos (11 dias), depois procuram o fruto hospedeiro e o melhor sítio de oviposição. Em seguida, ovipositam cerca de 1 a 10 ovos no mesmo orifício, esses ovos são alongados, possuem geralmente 1 mm de comprimento e coloração branca. O período de incubação dura em média de 2 a 6 dias. Após a eclosão da larva, esta faz galerias em direção ao centro do fruto, no qual, cada larva possui aproximadamente 8 mm de comprimento e quando totalmente
  • 18. desenvolvida, é de coloração branco-amarelada, afilada na parte anterior, truncada e arredondada na parte posterior (SILVA, 2014). 3.3.2. Anastrepha spp. Os ovos de Anastrepha spp., geralmente possuem forma elíptica e sua coloração varia entre os tons da cor branca-creme. As larvas têm a coloração semelhante à dos ovos, além disso, são ápodas e com a cabeça retrátil. Já os adultos possuem uma grande variação fenotípica (SALES, 2000). O ciclo é semelhante ao descrito para C. capitata no item anterior (3.2.1.1), porém, existe uma variação particular entre cada espécie. Os estudos que disponibilizam dados sobre a biologia das diferentes espécies do gênero Anastrepha, ainda são escassos. Como exemplo da diferença que pode ocorrer entre as espécies, temos o período de sobrevivência, no qual, Joachim-Bravo et al. (2003) verificaram que as fêmeas de A. zenildae viveram até 265 dias, A. sororcula viveram até 240 dias e A. fraterculus viveram no máximo 190 dias, sendo mantidas nas mesmas condições. 3.4. Plantas hospedeiras A qualidade do recurso alimentar das moscas-das-frutas influencia diretamente sobre sua sobrevivência, desenvolvimento, reprodução e comportamento. Os nutrientes principais são as proteínas, os carboidratos, os lipídios, as vitaminas, os sais minerais e alguns autores também consideram a água. Esses insetos também precisam da ingestão regular de aminoácidos, vitaminas, sais minerais e esteróis para produzirem óvulos normalmente (ZUCOLOTO, 2000). Estudos relacionados ao levantamento de hospedeiros de mosca-das- frutas nas regiões produtoras são fundamentais para classificação dos
  • 19. hospedeiros, sendo essa classificação dividida em dois grupos: hospedeiros multiplicadores (ou primários) e hospedeiros alternativos (ou secundários). Os hospedeiros primários, são aqueles que invariavelmente as moscas-das- frutas conseguem se multiplicar em grandes quantidades, já o grupo dos hospedeiros alternativos ou secundários, são aqueles que as moscas-das- frutas infestam ocasionalmente e geram baixas quantidades de indivíduos (SALLES, 1993). A identificação dos hospedeiros primários é o primeiro passo para se efetuar programas de monitoramento e implementação do manejo integrado de moscas-das-frutas. Por exemplo, após estudos realizados tem-se de forma consolidada que C. capitata tem como hospedeiros primários, frutos de espécies frutíferas introduzidas ou exóticas. Já as espécies do complexo Anastrepha, possuem como hospedeiros primários espécies de fruteiras silvestres (CARVALHO, 2005). Segundo Carvalho (2005) as moscas-das-frutas possuem hospedeiros secundários, que na eventualidade da ausência do hospedeiro primário serve como hospedeiro. Um exemplo simbólico de hospedeiro secundário de moscas-das-frutas são as frutas cítricas. Os danos verificados nas plantas cítricas são principalmente provocados por populações de moscas-das-frutas que tiveram origem em hospedeiros primários. Frequentemente se faz necessário determinar qual espécie está ocorrendo em um dado país e em quais são os seus hospedeiros, para assim poder realizar um controle eficaz (ZUCCHI, 2000a). As fêmeas de mosca-das-frutas reconhecem os frutos por meio de estímulos visuais (cor, forma e tamanho) e químicos (nutrientes, substâncias voláteis das plantas, fagoinibidores e fagoestimulantes) na busca e discriminação do hospedeiro (JOACHIM-BRAVO et al., 2001). Caso as moscas-das-frutas estejam em um ambiente com a existência de grande diversidade de hospedeiros, aliado a frutos amadurecendo em
  • 20. diferentes estações do ano, isso irá mantém uma alta a densidade destes tefritídeos na área (RAGA et al., 1996). Segundo Selivon (2000), a distribuição geográfica de uma espécie de moscas-das-frutas está diretamente relacionada com à distribuição do (s) hospedeiro (s) que ela é capaz de utilizar como recurso alimentar, assim, explicando o fato de que as espécies polífagas geralmente apresentam distribuição geográfica mais ampla do que as especialistas. No Brasil apenas 59 (51%) das espécies de Anastrepha possuem seus hospedeiros conhecidos. Deste modo, tem-se as espécies mais polífagas são: A. fraterculus (99 hospedeiros associado) e A. obliqua (45 hospedeiros associado). Até então, já foram descritas 257 espécies de plantas hospedeiras de Anastrepha, sendo as famílias de plantas mais infestadas: Sapotaceae (18), Myrtaceae (16), Anarcadiaceae (11) e Passifloraceae (09). Já para C. capitata foram relatadas cerca de 89 espécies hospedeiras conhecidas no Brasil (ZUCCHI, 2008). A vista disso, conhecer os hospedeiros primários e secundários presentes em cada região, é muito importante para se estabelecer um programa de manejo eficiente de moscas-das-frutas (ARAÚJO et al., 2005). 3.5. Flutuação populacional de moscas-das-frutas Conhecer a flutuação populacional e a época de maior ocorrência de uma espécie de importância econômica é essencial para o estabelecimento de métodos de controle eficiente e racional, pois permite o planejamento de estratégias de manejo mais eficientes (RONCHI-TELES & SILVA 2005) O monitoramento populacional viabiliza o acompanhamento da flutuação da praga em certa área, ou a detecção de espécies exóticas ou quarentenárias. Assim, o monitoramento permite caracterizar a população dos tefritídeos do ponto de vista qualitativo e quantitativo (MALAVASI et
  • 21. al., 2000). Os picos populacionais das moscas-das-frutas ocorrem logo após o período de maior disponibilidade de frutos hospedeiros, sendo esse parâmetro o mais importante na determinação da flutuação (VELOSO, 1997) Um dos trabalhos pioneiros sobre sucessão hospedeira e dinâmica populacional de moscas-das-frutas no Brasil foi executado por Puzzi e Orlando (1965). Segundo esses autores, a frequência de hospedeiros é o principal componente responsável pelas mudanças na flutuação populacional de moscas-de-frutas, além disso, a interrupção desta sucessão, se constituiu no único fator natural capaz de influenciar na densidade dos indivíduos. A flutuação populacional de tefritídeos nos pomares é realizada geralmente por meio de armadilhas de captura de adultos, conhecidas também como frascos caça moscas (RODRIGUES-BARRETO, 2010). Para o levantamento de adultos das moscas-das-frutas, utilizam-se armadilhas tipo McPhail, Jackson, ou até mesmo garrafas plásticas Pet perfuradas, contendo atrativo alimentar ou sexual (NASCIMENTO & CARVALHO, 2000; ALVES, 2010). Essas armadilhas geralmente coletam uma maior quantidade de fêmeas, pois são as fêmeas que, no período que antecede o início da oviposição, precisam necessariamente de substâncias proteicas e carboidratos, embora alguns machos também sejam coletados nos frascos (ZUCOLOTO, 2000). 3.6. Atrativos alimentares no monitoramento de moscas-das- frutas O uso de substâncias alimentares associados a armadilhas para o monitoramento das moscas-das-frutas é fundamental, tanto para tornar o monitoramento mais eficaz, como também para se determinar o momento ideal de aplicações de iscas tóxicas, conseguindo-se redução dos gastos e
  • 22. do efeito nocivo das iscas tóxicas à fauna benéfica como predadores e parasitoides (RAMPAZZO, 1994). As iscas mais comuns utilizadas como atrativos alimentares são a proteína hidrolisada, melaço de cana-de-açúcar, suco de frutas, açúcar mascavo, o feromônio sexual Trimedlure e a levedura Torula (NASCIMENTO & CARVALHO, 2000; CARVALHO, 2005; SCOZ et al., 2006). Na literatura existem vários estudos relacionados a eficiência de substancias atrativas na captura de moscas-das-frutas, no qual, Lorenzato (1984), observou que o suco de maracujá foi o atrativo alimentar mais eficiente. Já Moraes et al. (1988), em sua pesquisa em pomares de citros, constataram que os atrativos mais eficientes para foram: melado de açúcar (7%), melado de sorgo (7%) e vinagre de laranja (25%), enquanto os sucos de laranja e maracujá a 25%, vinagre de vinho tinto (25%) e açúcar cristal (4%) não apresentaram um bom desempenho na captura dessa praga. Assim, armadilhas com atrativos são meios importantes e decisivos para maior eficácia na detecção, monitoramento e controle dessas pragas. Desta forma, existe um crescente esforço para a melhoria e a obtenção de metodologias mais eficientes para estes fins. Existe uma grande variabilidade de informações referentes aos tipos de armadilhas e aos atrativos alimentares disponíveis, dessa forma, é preciso realizar mais estudos buscando alternativas economicamente viáveis para o monitoramento dessa praga, no qual, essas sejam pouco agressivas ao meio ambiente e que conserve os inimigos naturais nativos presentes no agroecosistema.
  • 23. 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1. Área experimental A área de estudo situa-se na Mesorregião do Agreste Paraibano e Microrregião do Brejo Paraibano no Município de Matinhas PB (Figura 1), envolvendo duas propriedades privadas denominadas de Sítio Socorro e Sítio Vitor. As propriedades foram selecionadas através do critério de diversidade de espécies frutíferas, após prévio contato com técnicos extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba EMATER. O levantamento populacional de moscas-das-frutas foi realizado de agosto/2014 a julho de 2015, em propriedades com pomares livres de qualquer uso de agrotóxicos, uma vez que o produtor e/ou produtor- consumidor adota o cultivo orgânico. A finalidade das frutas nestas propriedades é para consumo doméstico e comercial. Figura 1. Localização do município de Matinhas- PB
  • 24. 4.2. Monitoramento de adultos nos pomares O monitoramento dos adultos de moscas-das-frutas foi realizado com auxílio de armadilhas plásticas do tipo garrafa PET. Os atrativos alimentares utilizados para a realização do monitoramento foram: solução de açúcar cristal na concentração de 10%, suco da fruta na concentração de 30%, sendo acrescido 10% de açúcar cristal a todos os sucos de frutas (o suco utilizado nas armadilhas foi feito com frutos do próprio hospedeiro, seleção local), melaço na concentração de 10% e proteína hidrolisada na concentração de 5%. As armadilhas foram colocadas na parte central das árvores, a 1,50 m de altura do solo e em local sombreado (Figura 2). O atrativo alimentar foi substituído periodicamente e o material coletado foi transferido para frascos contendo álcool 70% e levados ao Laboratório de Zoologia de Invertebrados para a triagem do material. Os dados obtidos foram submetidos à análise de médias comparadas pelo Teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Figura 2. Monitoramento dos adultos de moscas-das-frutas nos pomares
  • 25. 4.3. Flutuação populacional Os levantamentos de espécies de Anastrepha e Ceratitis para estudo das flutuações populacionais foram realizados por meio dos gêneros coletados nas armadilhas PET, durante um período de um ano, tempo necessário para a realização da flutuação populacional das espécies nos pomares. A flutuação populacional foi baseada no número total de adultos de Anastrepha e Ceratitis por mês, onde o valor obtido foi determinado pela soma do número de adultos machos e fêmeas capturados nas quatro semanas do mês em referência, sendo analisada em relação a variáveis climáticas: temperatura, umidade e precipitação pluviométrica. Os dados climáticos foram obtidos da Estação Experimental da UFPB, Areia PB. 4.4. Índice MAD O índice MAD foi calculado através da fórmula (número de moscas capturadas/número de armadilhas instaladas/ número de dias de coletas) (ARAUJO & ZUCCHI, 2003). Onde: MAD = moscas/armadilha dia; N = número total de moscas capturadas A = número de armadilhas avaliadas D = intervalo em dias entre as coletas
  • 26. 4.5. Identificação de espécies moscas-das-frutas e parasitoides Os exemplares de moscas-das-frutas foram separados por sexo e apenas as fêmeas serão identificadas através dos acúleos presentes no ovipositor, uma vez que os machos não apresentam os caracteres diagnósticos para a identificação específica (Figura 3). As fêmeas coletadas do gênero Anastrepha estão sendo identificadas pelo Dr. Elton Lucio de Araújo, do Laboratório de Moscas-das-frutas, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, UFERSA, Mossoró, RN. Portanto, os dados descritos referem-se apenas no nível de gênero para Anastrepha e espécie para Ceratitis capitata. Figura 3. Identificação e separação dos adultos de moscas-das-frutas coletados.
  • 27. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. Levantamento e diversidade de moscas-das-frutas Durante as coletas realizadas no período de 12 meses, foram capturadas um total de 159 moscas-das-frutas (71 machos e 88 fêmeas). Na coleta realizada através das armadilhas foram constatadas 152 moscas do gênero Anastrepha (65 machos e 87 fêmeas) e quatro da espécie Ceratitis capitata (três machos e uma fêmea). Por meio da coleta realizada pelos frutos, foram encontrados três indivíduos do gênero Anastrepha (três machos) (Tabela 1). Observou-se que o número de fêmeas capturadas foi superior ao número de machos, de acordo com Malavasi & Morganti (1983) e Kovaleski et al., (1999), isso está relacionado com a migração destas a procura por alimento para maturação sexual e devido a migração em busca de sítios de oviposição e abrigo. Mesmo o número de fêmeas não ter sido muito superior ao número de machos, essa maior quantidade de indivíduos coletados pode ser explicada pelo uso dos atrativos alimentares serem à base de proteína, pois estas necessitam de proteína para atingir a maturidade sexual e para produção de óvulos. Constatou-se que dentre os métodos de coleta utilizados para obtenção dos adultos, as armadilhas caça-moscas foram mais eficientes, apresentando um total de 156 moscas capturadas, em quanto no método por fruto, foram encontrados apenas três indivíduos, essa eficiência também foi encontrada por Silva, (2015) que em seu levantamento constatou 1.206 indivíduos coletados por armadilhas e 522 indivíduos por frutos. O gênero Anastrepha foi predominante durante todo o período de coleta. Segundo Malavasi et al. (1980) as espécies de Anastrepha desenvolvem-se preferencialmente em frutos nativos e C. capitata preferem espécies introduzidas, mesmo assim evidenciaram existir adaptação de C. capitata para nativas e de Anastrepha spp. por introduzidas.
  • 28. Tabela 1. Número de tefritídeos coletados em armadilhas caça-moscas e em frutos no município de Matinhas - PB, no período de agosto/2014 a julho/2015. Indivíduos coletados em armadilhas caça-moscas Gênero Machos Fêmeas Total Anastrepha spp. 65 87 152 Ceratitis capitata 3 1 4 Total 68 88 156 Indivíduos coletados em frutos Gênero Machos Fêmeas Total Anastrepha spp. 3 0 3 Ceratitis capitata 0 0 0 Total 3 0 0 A quantidade de moscas-das-frutas coletadas variou pouco em relação ao local da coleta, no Sítio Socorro foram constatados a maior quantidade de indivíduos com 81 moscas-das-frutas, sendo 78 coletadas em armadilhas caça-mosca e 3 através de coletas dos frutos, dentre essas foram 78 do gênero Anastrepha, e três da espécie C. capitata. Já no Sítio Vitor foram coletados em armadilhas caça-mosca, 77 indivíduos do gênero Anastrepha, e uma da espécie C. capitata (Tabela 2). A coleta de apenas quatro indivíduos da espécie C. capitata durante a pesquisa pode estar relacionada devido as duas propriedades (Sitio Socorro e Sitio Vitor), estarem localizadas distantes das áreas urbanas do município de Matinhas-PB, onde segundo Malavasi et al. (2000), nas regiões Norte/Nordeste a ocorrência de C. capitata encontra-se praticamente restrita às áreas urbanas. Constatou-se um número igual de indivíduos em relação às armadilhas caça-moscas nas propriedades. Segundo Bragança et al. (1998) ambientes naturais apresentam maior estabilidade e heterogeneidade na vegetação, expressando elevada riqueza de espécies e maior equitabilidade na distribuição dos indivíduos das diferentes espécies.
  • 29. Tabela 2. Número de indivíduos de moscas-das-frutas dos gêneros Anastrepha e Ceratitis obtidas em armadilhas caça-moscas e em frutos de pomares domésticos, no município de Matinhas - PB, no período de agosto/2014 a julho/2015. Espécies Armadilhas Caça- Mosca Sítio Socorro Sítio Vitor Anastrepha spp. 75 77 Ceratitis capitata 3 1 Total 78 78 Espécies Frutos Sítio Socorro Sítio Vitor Anastrepha spp. 3 0 Ceratitis capitata 0 0 Total 3 0 5.2. Hospedeiros de moscas-das-frutas As espécies botânicas identificadas como hospedeiras de moscas- das-frutas são pertencentes às famílias Myrtaceae, Anacardiaceae e Rutaceae. Em todas as espécies analisadas foram encontradas moscas-das- frutas. O gênero Anastrepha ocorreu em todos os hospedeiros avaliados, isso pode ter ocorrido, de acordo com Zucchi (2007) devido a larvas de Anastrepha no Brasil, se desenvolvem em espécies de hospedeiros de 35 famílias de plantas, sendo que a maior diversidade dessas espécies ocorre nos hospedeiros das famílias Myrtaceae, Sapotaceae, Anacardiaceae e Passifloraceae. Entretanto a espécie C. capitata ocorreu apenas na espécie Myrtaceae e Rutaceae, onde de acordo com Alves, (2010), C. capitata vem infestando principalmente frutos oriundos dessas e de outras famílias como a Rosaceae. Ocorreu uma preferência da Anastrepha pela família Rutaceae, em armadilhas caça-mosca, contabilizando-se 69 indivíduos, seguido por Myrtaceae com 57 indivíduos e Anacardiaceae apresentando 28 (Tabela
  • 30. 3). De acordo com Malavasi & Morgante (1980) os hospedeiros exóticos são mais infestados por C. capitata, enquanto que os nativos são mais infestados pelas espécies de Anastrepha, entretanto é importante enfatizar que os valores dos índices de captura das moscas-das-frutas podem variar quando se referem a uma mesma espécie de planta hospedeira, dentre esses fatores destacam-se a fase de amadurecimento do fruto, variação da época e/ou do local de coleta, variação sazonal, diversidade hospedeira e disponibilidade de frutos por longo período (MALAVASI; MORGANTE, 1980; BRESSAN; TELES, 1991). Zucchi (2000) relata que espécies do gênero Anastrepha apresenta preferência alimentar por frutos da família Anacardiaceae, porém verifica- se na presente pesquisa que não ocorreu essa variação de infestação, por isso fica claro a relação com a época de frutificação da planta, uma vez que os pomares são afetados por populações invasoras de moscas-das-frutas originárias de outros hospedeiros (como áreas silvestres ou comerciais) e que se multiplicam rapidamente (SOUZA FILHO, 1999). Puzzi e Orlando (1965) relataram que os fatores bióticos como diversidade de hospedeiros e estágio de maturação dos frutos são os fatores mais relevantes para a densidade populacional dos tefritídeos, relacionando-se assim com os valores obtidos neste experimento.
  • 31. Tabela 3. Número de adultos de moscas-das-frutas obtidas em armadilhas caça-moscas e frutos oletados em diferentes hospedeiros, no período de agosto/2014 a julho/2015, Matinhas PB. Espécie Família Nome Científico Nome Comum Número de Adultos Procedência Anastrepha spp Myrtaceae Psidium guajava Goiaba 54 N Anacardiacea Mangífera indica Manga 29 E Rutaceae Citrus sinensis Laranja 69 E Total 152 Ceratitis capitata Myrtaceae Psidium guajava Goiaba 3 N Rutaceae Citrus sinensis Laranja 1 E Total 4 Espécie Família Nome Científico Nome Comum Número de Adultos Procedência Anastrepha spp. Myrtaceae Psidium guajava Goiaba 3 N Total 3 E (exótico), N (natural) 5.3. Avaliação de atrativos alimentares na captura de mosca- das-frutas No período de amostragem, considerando todas as coletas realizadas, observou-se que em relação ao número de moscas capturadas, houve diferença entre os tipos de atrativos utilizados nas armadilhas para obtenção dos adultos e seus respectivos locais de coletas. O suco de fruta 30% + 10% de açúcar cristal foi o atrativo que capturou maior número de indivíduos 64 no total, seguido pelo açúcar cristal 10% com 40 indivíduos em contrapartida a proteína hidrolisada 5% que é um atrativo específico de moscas-das-frutas capturou 36 indivíduos e
  • 32. o melaço foi o atrativo que capturou o menor número registrando apenas 16 exemplares de moscas (Tabela 4). Mendonça et al. (2003) e Camargo et al. (2007) encontraram resultados semelhantes, onde o suco da fruta foi superior ao melaço de cana-de-açúcar, diferentemente da pesquisa realizada por Moraes et al. (1988), que constataram que os atrativos mais eficientes para Anastrepha spp. foram o melaço de açúcar (7%), enquanto o suco e açúcar cristal (4%) não apresentaram boa atratividade na captura dessa praga. Lemos et al., (2002) em sua pesquisa realizada em um pomar de goiaba na região de Itapecuru-Mirim (MA), diz que suco da fruta (30%) e a solução de açúcar cristal (10%) são substâncias atrativas eficientes para o monitoramento das mosca-das-frutas, como também foi observado na presente pesquisa. Uma boa atratividade para a proteína pode estar relacionada com a necessidade dos adultos em ingerirem aminoácidos para a produção de óvulos (Zucoloto et al., 2000), sendo que as fêmeas que ingerirem proteínas são mais receptivas a cópula (Cangussu & Zucoloto, 1997). De acordo com Raga et al., (2006), atrativos alimentares à base de proteína hidrolisada atraem moscas fêmeas e os machos de C. capitata e Anastrepha spp. com eficácia. Os atrativos alimentares não evidenciaram diferença entre eles, devido as médias não diferirem estatisticamente entre si. Apesar da proteína hidrolisada 5% possuir uma qualidade nutricional superior, ficou evidenciado que o atrativo suco da fruta 30% + 10% de açúcar cristal foi superior em relação aos outros atrativos na captura de moscas das frutas de ambos os gêneros (Anastrepha spp. e C. capitata) (Tabela 5). A captura de Anastrepha spp. ocorreu em todos os atrativos avaliados (Figura 4). O atrativo suco da fruta 30% + 10% de açúcar cristal apresentou uma captura predominante de moscas desse gênero, durante quase todos os meses de coleta, sendo superada apenas pela proteína
  • 33. hidrolisada 5% nos meses de dez/14 e jan/14 e pelo açúcar cristal 10% no mês de jun/15, apresentando o seu pico de indivíduos capturados no mês de julho com 23 moscas. A vista dos fatos mencionados o suco da fruta se mostrou um atrativo eficiente para a captura de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha spp, esse resultado pode ter sito influenciado pela frutose, presente no suco da fruta, onde foi constatado por Nigget al., (2007), que esse nutriente é um importante complemento da dieta de machos e fêmeas de Anastrepha suspensa (Loew). A quantidade de indivíduos de C. capitata capturados nos atrativos alimentares foi baixa (Figura 5), apresentando a captura em apenas três meses, abril/14, maio/14 e julho/14, contabilizando-se três indivíduos coletados pelo atrativo suco da fruta 30% + 10% de açúcar cristal e um pela proteína hidrolisada 5%, permanecendo ausente durante todos os outros meses. Esse resultado também foi constatado por Jahnke, (2014) que em seu levantamento em pomares de pessegueiro utilizando os atrativos proteína hidrolisada a 5% e suco de uva a 25%, capturou 234 indivíduos de Anastrepha fraterculus e somente dois de C. capitata. O índice MAD (moscas/armadilhas/dia), apresentou poucas variações durante o período de coleta, exceto pelos meses de setembro/14 e julho/15, período que foram registrados os maiores índices apresentando 0,17 e 0,38 respectivamente e os menores índices foram verificados nos meses de agosto/14 e março/15 ambos com o índice igual a 0. O número de indivíduos do gênero Anastrepha spp. (Figura 6) foi muito superior ao do gênero Ceratitis (Figura 7) durante todo o período de monitoramento e em todos os atrativos utilizados, sendo destacado o atrativo Suco da Fruta 30% + 10% de açúcar cristal por ter obtido os maiores índices de captura.
  • 34. Tabela 5. Número médio de Anastrepha spp. e Ceratitis capitata capturadas em armadilhas caça-moscas com diferentes substâncias atrativas entre os meses de agosto 2014 a julho de 2015 na cidade de Matinhas PB. Moscas-das-Frutas (Mês) Substâncias Atrativas Anastrepha spp. Ceratitis capitata Total Proteína Hidrolisada 5% 2.91 a 0.08 a 3.00 a Melaço10% 1.33 a 0.00 a 1.33 a Açúcar Cristal 10% 3.33 a 0.00 a 3.33 a Suco da Fruta 30% + 10% Açúcar Cristal 5.08 a 0.25 a 5.33 a Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade. Tabela 4. Número de indivíduos de moscas-das-frutas dos gêneros Anastrepha spp. e Ceratitis capitata capturadas em diferentes locais, através de armadilhas caça-moscas utilizando diferentes atrativos. Moscas-das-Frutas (Local de Coleta) Substâncias Atrativas Sítio Socorro Sítio Vitor TotalAnastrepha spp. Ceratitis capitata Anastrepha spp. Ceratitis capitata Proteína Hidrolisada 5% 22 1 13 0 36 Melaço 10% 9 0 7 0 16 Açúcar Cristal 10% 13 0 27 0 40 Suco da Fruta 30% + 10% Açúcar Cristal 33 2 28 1 64
  • 35. Figura 4. Número de Anastrepha spp., capturadas em armadilhas Caça-Moscas com diferentes substâncias atrativas durante os meses de agosto de 2014 a julho de 2015 em Matinhas -PB. Figura 5. Número de Ceratitis captata, capturadas em armadilhas Caça-Moscas com diferentes substâncias atrativas durante os meses de agosto de 2014 a julho de 2015 em Matinhas -PB 0 5 10 15 20 25 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 NúmerodeIndivíduo Proteína Hidrolisada 5% Melaço 10% Açúcar Cristal 10% 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 NúmerodeIndivíduo Proteína Hidrolisada 5% Melaço 10% Açúcar Cristal 10% Suco da Fruta 30% + 10% Açúcar Cristal
  • 36. Figura 6. Flutuação de moscas por armadilha por dia (MAD) de Anastrepha spp. (fêmeas + machos), obtidos por diferentes atrativos alimentares em armadilhas Caça-Moscas entre os meses de Agosto 2014 á Julho de 2015 na cidade de Matinhas-PB. Figura 7. Flutuação de moscas por armadilha por dia (MAD) de Ceratitis capitata (fêmeas + machos), obtidos por diferentes atrativos alimentares em armadilhas Caça-Moscas entre os meses de Agosto 2014 á Julho de 2015 na cidade de Matinhas-PB. 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 MAD Proteína Hidrolisada 5% Melaço 10% Açúcar Cristal 10% Suco da Fruta 30% + 10% Açúcar Cristal 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 MAD Proteína Hidrolisada 5% Melaço 10% Açúcar Cristal 10% Suco da Fruta 30% + 10% Açúcar Cristal
  • 37. 5.4. Flutuação populacional de moscas-das-frutas Os estudos de flutuação populacional para o gênero Anastrepha e para a espécie C. capitata foram realizados tendo como base os dados climatológicos de precipitação, umidade e temperatura, durante o período de um ano de coleta (Figura 4). Os picos populacionais de mosca-das-frutas do gênero Anastrepha, foram evidenciados nos meses de setembro/14 e julho/15, já entre os meses de outubro/2014 à março/2015 os índices populacionais permaneceram com viabilidade não muito expressiva e em constante declínio, apresentando ausência de indivíduos no mês de março, isso pode ter ocorrido, devido à pouca disponibilidade de frutos ou por se enquadrar no período de fim de frutificação, por outro lado, esse índice voltou a aumentar durante os meses de abril/15, maio/15, junho/15 e julho/15 que são os meses que mais chovem no brejo paraibano, sendo o mês de julho/15 com maior incidência de moscas-das-frutas desse gênero. No caso da espécie C. capitata a mesma permaneceu ausente durante os primeiros oito meses de coleta, ocorrendo apenas durante os meses de abril/15, maio/15 e julho/15, com poucos indivíduos, mesmo a C. capitata sendo considerada altamente polífaga entre os tefritídeos e apresentar forte associação com hospedeiros exóticos (ARAUJO et al., 2005), como é o caso de alguns hospedeiros presentes no levantamento, houve uma baixa frequência desta espécie onde, de acordo com Santos et al. (2011) este fato, provavelmente foi influenciado pela competição com as espécies de Anastrepha presentes na área. Observou-se que os meses que apresentaram maior ocorrência de moscas-das-frutas, se enquadraram nos meses de maior precipitação, possivelmente esse fator está diretamente ligado ao estado de maturação dos frutos, esse resultado também foi encontrado por Silva (2015), que encontrou maior número de A. fraterculus quando a precipitação foi mais
  • 38. alta e tinha uma maior disponibilidade de frutos. Vale destacar que as populações de moscas-das-frutas tendem a permanecer em um local se os recursos são abundantes (SUGAYAMA; MALAVASI, 2000). Os dados de temperatura mostraram que durante a pesquisa a temperatura permaneceu entre 20,7 °C (agosto) a 24°C (abril), evidenciando assim que não houve muita variação. As mesmas observações são válidas para os dados de umidade relativa do ar, onde seus valores variaram entre 78% (janeiro) a 92% (julho), não demonstrando variações significativas. Fica claro que as diferenças dos aumentos populacionais das espécies de moscas-das-frutas variam de acordo com a época (anos e meses), região ou locais e mostram estarem relacionadas à maturação, disponibilidade de frutos hospedeiros e condições climáticas de cada região, entre outros fatores favoráveis para o estabelecimento de altas populações (RONCHI- TELES; SILVA, 2005). Segundo Sales (2001) dois conjuntos de fatores regulam a vida e a quantidade de moscas-das-frutas são eles os fatores abióticos, que são clima, temperatura, luz, chuva, umidade relativa do ar, vento entre outros e os fatores bióticos, os quais estão principalmente associados às plantas hospedeiras, como presença, quantidade e qualidade dos frutos nos quais as suas larvas se desenvolvem.
  • 39. Figura 8. Flutuação populacional de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha spp. e da espécie Ceratitis capitata obtidas em Armadilhas Caça-Moscas em pomares domésticos, no município de Matinhas - PB e dados de temperatura, umidade e precipitação, no período de agosto/2014 a julho/2015. 0 10 20 30 40 50 60 70 0.0 50.0 100.0 150.0 200.0 250.0 NúmerodeIndivíduo TC,UR%,Preci(mm) Temperatura Precipitação Umidade Anastrepha Ceratitis
  • 40. 6. CONCLUSÕES Nos pomares domésticos da cidade de Matinhas PB foram constatadas a presença de moscas-das-frutas dos Gêneros Anastrepha e Ceratitis; Nas duas propriedades Sítio Socorro e Sítio Vitor constatou-se que há maior ocorrência de Anastrepha spp.; Anastrepha spp. mostraram ter preferência pela espécie hospedeira Citrus sinensis da família Rutaceae, nas análises de armadilhas; Constatou-se que o Suco da Fruta a 30% foi o atrativo que mais capturou moscas-das-frutas; A disponibilidade de fruto foi o fator que determinou os picos populacionais de Anastrepha spp. e Ceratitis Capitata;
  • 41. 7. REFERÊNCIAS AGUIAR MENEZES, E. L. Aspectos ecológicos de populações de parasitoides Braconidae (Hymenoptera) de Anastrephaspp. Schiner, 1868 (Diptera: Tephritidae) no município de Seropédica, RJ. 2000. 133 f. Tese (Doutorado em Fitotecnia) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,Seropédica, 2000. ALUJA, M. Bionomics and management of Anastrepha. Annual Review Entomology, v. 39, 1994.155-178 p. ALVES, V. E. S. Dinâmica populacional de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) antes e após a liberação de Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae) em área de intersecção de pomar cítrico e mata secundária. 2010. Tese (Doutorado) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu, 2010. ARAUJO, E. L., MEDEIROS, M. K., SILVA, V. E., & ZUCCHI, R. A. (2005). Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) no semi-árido do Rio Grande do Norte: plantas hospedeiras e índices de infestação. Neotropical Entomology, 34(6), 889-894. ARAUJO, E.L.; SILVA, R.K.B.; GUIMARÃES, J.A.; SILVA, J.G.; BITTENCOURT, M.A.L. Levantamento e flutuação populacional de moscas-das-frutas (Diptera:Tephritidae) em goiaba Psidium guajava L., no município de Russas (CE). Caatinga, v.21, n.1, p.138-146, 2008. ARAUJO, EL de; ZUCCHI, R. A. Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em goiaba (Psidium guajava L.). Mossoró, RN. Arquivos do Instituto Biológico, v. 70, n. 1, p. 73-77, 2003. AZEVEDO, F. R., GURGEL, L. S., SANTOS, M. L. L., SILVA, F. B., MOURA, M. A. R., & NERE, D. R. (2012). Eficácia de armadilhas e atrativos alimentares alternativos na captura de moscas-da-fruta em pomar de goiaba. Arquivos do Instituto Biológico, 79(3), 343-352. BARBOSA, F. R.; PARANHOS, B. A. J. Artrópodes-praga associados à cultura da mangueira no Brasil e seu contole. MENEZES, EA; BARBOSA, FR Pragas da mangueira: monitoramento, nível de ação e controle. Petrolina: Embrapa Semi-Árido, p. 17-50, 2005. EBRAHIM, A. M. Taxonomic position of order Diptera in Egypt. Egypt. Egypt. Acadamy Journal Biological Science, v. 2, n. 2, p. 125-131, 2009.
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