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Universidade Save
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
Curso: Medicina Veterinária
Anatomia Animal II
Anatomia do Sistema Digestivo
Chissico, Fernando
Setembro, 2021
• SISTEMA DIGESTIVO (TGI- APPARATUS DIGESTORIUS)
Sistema Digestivo
• É um tubo que inicia na boca e termina no ânus
Funções:
• Preensão;
• Mastigação;
• Digestão;
• Absorção de nutrientes;
• Eliminação de resíduos.
Glândulas Anexas ao Sistema Digestivo
• O TGI é constituído por glandulas e a comunicação é através
dos ductos excretores que desembocam ao TGI;
• Fazem parte do TGI as seguintes glândulas :
• Glândulas salivares;
• Fígado;
• Pâncreas;
• Baço
Diferenças Anatómicas do Sistema Digestivo Segundo o tipo
de Alimentação
• Os órgãos digestivos dos herbívoros tem grandes
reservatórios alimentares (Pre-estomago dos ruminantes,
intestino cego e o colon no cavalo);
• Os órgãos digestivos dos carnívoros e omnívoros tem
pequenos reservatórios, receberem alimentos menos
volumosos e mais nutritivos e tem passagem rapida pelo TGI
ESTRUTURA GERAL DO TGI
A parede do tubo digestivo compõe-se de
1- MUCOSA
Submucosa
Muscularis mucosae
2- TUNICA MUSCULARIS
Stratum circulare
Stratum longitudinale
3- SEROSA (somente nas cavidades torácica, abdominal e
pélvica).
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
• estende-se desde a boca até a entrada da faringe
DELIMITAÇÃO
• Rostralamente -Lábios superior e inferior
• Lateralmente - Bochechas
• Dorsalmente -Palato duro (P.rostral) e mole (p.Cranial)
• Ventralmente -fundo bucal e lingual Língua
• Caudalmente -isthmus faucium que comunica com a faringe
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
VESTIBULO DA BOCA- VESTIBULUM ORIS
É o espaço entre o arca dentária superior e inferior, os lábios e as
bochechas.
Divide-se em:
• Vestibulum labiale e Vestibulum buccale,
CAVIDADE BUCAL PROPRIAMENTE - CAVUM ORIS
PROPRIUM
-Constituído por:
• rima oris, labium maxillare et mandibulare e commisusurae
labiale dextra et sinistra, angulus oris. dita.
Nos bovinos - o lábio superior e
as narinas forma (planum
nasolabiale);
Pequenos ruminantes e
carnívoros, em cima do lábio
superior há um sulco (planum
nasale);
Nos suínos - o lábio maxilar e a
ponta do nariz formam a tromba
(rostrum).
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
BOCHECHAS- BUCCAE
• Unidas a margem alveolar da mandíbula e da maxilla o ângulo
bucal até a fossa pterigomandibular.
• Nos ruminantes contém papilas (papillae buccales)
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
PALATO DURO-PALATUM DURUM
• Forma o tecto da cavidade bucal e o fundo da cavidade nasal.
PALATO MOLE- PALATUM MOLE
• Começa na margem caudal do palato duro, demarcando a
porção dorsal e caudal da cavidade bucal
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
PALATO DURO-PALATUM DURUM
• Forma o tecto da cavidade bucal e o fundo da cavidade nasal.
•
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
PALATO DURO E MOLE -PALATUM DURUM E MOLE
LÍNGUA- GLOSSA
É um órgão musculoso, coberto por mucosa e apresenta
• Base ou raíz basis/radix linguae
• Corpo (corpus linguae)
• um vertice (apex linguae).
• Ventralmente - unida ao assoalho da cavidade bucal pelo
frênulo da língua (frenulum linguae).;
• Dorsalmente -(dorsum linguae) é livre e em repouso contacta
directamente com o palato.
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
LÍNGUA- GLOSSA
A superficie da lingua é rugosa e coberta por papilas linguais
• Papillae filiformes-Situam-se nas superficies dorsal e lateral da
lingua. Têm função mecânica
• Papillae fungiformes - espalhadas entre as papillas filliformes,
nas faces dorsal e lateral da lingual. Têm formato redondo e côr
clara. Função gustativa
• Papillae foliatae -situam-se lateralmente ao nível da raíz da
lingua. Têm a superficie sulcada. Não existem nos ruminantes.
No cão são pequenas e no gato são rudimentares. Função
gustativa
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
.
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
LÍNGUA- GLOSSA
• Papillae vallatae- situadas na raíz da lingua. São de cor clara. O
cavalo e o porco tem 2, os carnivoros 2 a 3 em cada lado, os
ruminantes 8 a 25. dos lados destas papilas também se encontram
os orgãos do apetite.
CONSTITUIÇÃO DA LINGUA
tem fibras musculares que estendem-se em todas as três dimensões
• Musculi longitudinalis linguae superficialis et profundus;
• Musculi transversus linguae;
• Musculi perpendicularis (verticalis) linguae
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
DENTE
• Fixados nos alvéolos da mandíbula e maxila
Função:captura, mastigação, ataque
Tipo e função:
• Incisivos (apreensão)
• Caninos (dilaceradores)
• Pré-molares(corte)
• Molares (trituração)
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
DENTE
Cada dente é composto por։
coroa (corona dentis) que se projecta para além do alvéolo e
apresenta։
• Face mastigadora - facies masticatoria (facies oclusalis)
• Face de contacto - facies contactus
• Face lingual - facies lingualis
• Face vestibular-facies vestibularis
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
COMPOSIÇÃO DO DENTE
O dente é composto por três substâncias duras a saber։
Dentina – Dentium, é semelhante ao tecido ósseo, mas
mais duro. Tem cor amarelada.
Vidrina (esmalte) – Enamelum, é o tecido mais duro do
corpo do dente. Envolve a dentina na porção livre do dente.
É composta por cristais e fosfato de calico.
Cimento- cementum (substantia ossea), envolve a raíz e
nalguns herbívoros, também envolve a coroa do dente.
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
COMPOSIÇÃO DO DENTE
Classificação quanto a forma
• polifiodontes (dentes polyphyodontes)
• Diphyodontes
• Monophyodontes
Classificação quanto a duração :
• Brachiodontes
• Hypselodontes,
BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
FÓRMULAS DENTÁRIAS
Dentadura de leite dentadura permanente
3i 1c 3p Garanhão égua
3i 1c 3p 3I 1C 3P 3M 3I 0C 3P 3M
3I 1C 3P 3M 3I 0C 3P 3M
Dentadura de leite dentadura permanente
0i 0c 3p 0I 0C 3P 3M
4i 0c 3p 4I 0C 3P 3M
RUMINANTES
PORCO.
O porco tem 44 dentes permanentes
Dentadura de leite dentadura permanente
3i 1c 3p 3I 1C 4P 3M
3i 1c 3p 3I 1C 4P 3M
CÃO
O cão tem 42 dentes permanents
Dentadura de leite dentadura permanente
3i 1c 3p 3I 1C 4P 2M
3i 1c 3p 3I 1C 4P 3M
GATO
Dentadura de leite dentadura permanente
3i 1c 3p 3I 1C 3P 1M
3i 1c 2p 3I 1C 2P 1M
FARINGE- PHARYNX
É um órgão musculomembranoso em forma de funil que liga a
cavidade oral com o esófago e a cavidade nasal com a laringe.
Apresenta faces dorsal, rostral, caudal e vias laterais.
A faringe apresenta 7 aberturas:
• 1 ISTHMUS FAUCIUM.
• 2 CHOANAE
• 2 OSTIUM PHARYNGEUM TUBAE AUDITIVAE;
• 1 ADITUS OESOPHAGEUS
• 1 ADITUS LARYNGIS.
ESÓFAGO- OESOPAHGUS
É um órgão musculomembranoso que liga a cavidade faríngica com
o estômago .
• Parte cervical
• Parte torácica
• Parte abdominal
• A parede do esófago é constituída por musculatura e adventícia
que nas porções torácica e abdominal é chamada serosa.
• A musculatura tem importância na condução dos alimentos e no
impedimento do refluxo gástrico.
ESTÔMAGO (GASTER)
É um órgão dilatado do tracto gastrointestinal situado entre o
esófago e o intestino delgado.
Função:
• armazenar e digerir os alimentos.
O tipo de estômago :
Quanto a alimentação pode dividir-se em:
- ESTÔMAGO UNICAMERAL: constituído por um único
compartimento (equino, suíno e carnívoro);
- ESTÔMAGO MULTICAMERAL - Constituído por 4
compartimentos (rúmen, retículo e omaso e abomaso)
Quanto a natureza e o revestimento da mucosa pode
ser:
• - ESTÔMAGO SIMPLES (GLANDULAR): carnívoros
• -ESTÔMAGO COMPOSTO: Nos equinos, suínos e
ruminantes (GLANDULAR - na primeira parte do
estômago desde a cárdia; e AGLANDULAR - na
restante porção do estômago).
ESTÔMAGO (GASTER)
ESTÔMAGO (GASTER)
• FACE PARIETAL (facies parietalis), convexa e dirigida craniodorsalmente;
• FACE VISCERAL (facies visceralis), convexa e dirigida caudoventralmente;
• CURVATURA MAIOR (curvatura major)
• CURVATURA MENOR (curvatura minor)
• EXTREMIDADE ESQUERDA, tem o formato de um saco cego, situa-se
ventralmente ao pilar esquerdo do diafragma, na superfície mais dorsal do orgão.
• PARTE PILORICA (pars pilorica), continua-se com o duodeno. Próximo do
piloro há uma constrição denominada ANTRO PILÓRICO (antrum piloricum)
• OSTIO CARDIACO (orifício esofágico), na extremidade esquerda da curvatura
menor.
• FUNDO DO ESTÔMAGO (fundus ventriculi)
EQUINO
EQUINO
FIXAÇÃO DO ESTÔMAGO
• LIG. GASTROFRÊNICO (lig. Gastrophrenicum), une a
curvatura maior desde a cardia até a extremidade
esquerda com o pilar do diafragma.
• OMENTO MENOR (omentum minor)
• LIG. HEPATOGÁSTRICO (lig. Hepatogastricum), LIG.
HEPATODUODENAL (lig. Hepatoduodenale).
• LIG. GASTRO-ESPLÊNICO (lig. gastrolienale),
OMENTO MAIOR (omentum major),
• PREGA GASTROPANCREATICA (plica
gastropancreatica)
ESTRUTURA DO ESTÔMAGO
MUCOSA, dividida em duas partes:
• parte proventricular é aglandular; termina no MARGO PLICATUS.
• partir da MARGO PLICATUS, a mucosa é glandular e subdividida
em três zonas de acordo com o tipo de glândulas:
• Região das glândulas da cardia
• Região das glândulas do fundo
• Região das glândulas do piloro
• SUBMUCOSA une as túnicas mucosa e muscular. É rica em vasos
sanguíneos e nervos.
• TUNICA MUSCULAR, composta por três camadas:
• LONGITUDINAL externa,
• CIRCULAR média
• OBLIQUA interna;
• SEROSA que é o revestimento do órgão e adere firmemente a
túnicas muscular, excepto nas curvaturas.
ESTRUTURA DO ESTÔMAGO
RUMINANTES
• Grande reservatório de alimentos. Ocupa quase três quartos da
cavidade abdominal, situando-se maioritariamente na metade
esquerda. Consiste de quatro compartimentos:
• Rúmen;
• Retículo;
• Omaso;
• Abomaso.
RUMINANTES
RUMINANTES
RÚMEN (RUMEN)
Apresenta:
 FACE PARIETAL ou ESQUERDA (facies parietalis ou sinistra),
convexa, relacionada com o diafragma, a parede esquerda do
abdómen e ao baço;
 FACE VISCERAL ou DIREITA (facies visceralis ou dextra),
irregular e relaciona-se com o omaso, abomaso, intestino e fígado.
 As faces são marcadas pelos sulcos
• RÚMEN (RUMEN)
• SULCOS LONGITUDINAIS DIREITO e ESQUERDO (sulcus longitudinalis
dexter et sinister)
• SACOS DORSAL e VENTRAL DO RÚMEN (saccus ruminis dorsalis et
ventralis)
• Do lado direito descrevem-se dois sulcos;
• SULCO LONGITUDINAL DIREITO, localizado ventralmente, e que se estende
do SULCO CRANIAL do RÚMEN ao SULCO CAUDAL do RÚMEN.
• SULCO ACESSÓRIO DIREITO, localizado dorsalmente, que descreve uma
curva convexa, indo-se unir ao sulco longitudinal direito, e deste modo formando
uma área elíptica denominada ilha do rúmen- INSULA RUMINIS.
• RÚMEN (RUMEN)
• EXTREMIDADE CRANIAL, que é dividida ventralmente pelo
SULCO CRANIAL DO RÚMEN (sulcus ruminis cranialis) em
dois sacos: SACO CRANIAL OU ATRIO DO RUMEN
(ATRIUM RUMINIS) que se continua caudalmente com o SACO
DORSAL DO RÚMEN (saccus ruminis dorsalis), e cranialmente
com o retículo.
• SULCO RUMINORETICULAR (sulcus ruminoreticularis), que
é a linha externa de demarcação entre o saco cranial e o retículo.
RÚMEN (RUMEN)
EXTREMIDADE CAUDAL, que é dividida ։
• SACOS CEGOS CAUDODORSAL (saccus cecus caudodorssalis)
• SACOS CEGOS CAUDOVENTRAL (et saccus cecus
caudoventralis) pelo SULCO CAUDAL que liga os sulcos
longitudinais. Os sacos cegos são separados do resto do rúmen
pelos SULCOS CORONÁRIOS DORSAL e VENTRAL.
RUMINANTES
Internamente, na extremidade cranial o rúmen liga-
se ao retículo pelo
• OSTIO RUMINORETICULAR (ostium ruminoreticulare), limitado pela
PREGA RUMINORETICULAR (plica ruminoreticularis), OSTIO
CARDIACO (ostium cardiacum) denominado ÁTRIO DO ESTÔMAGO.
• ÁTRIO DO RÚMEN (atrium ruminis), é a parte do rúmen caudal á prega
ruminoreticular. O átrio é limitado caudoventralmente pelo PILAR
CRANIAL (pila cranialis)
• As extremidades direita e esquerda do pila cranial estendem-se caudalmente
como
• PILARES LONGITUDINAIS (pila longitudinalis).
• PILAR LONGITUDINAL DIREITO (pila longitudinalis dextra),
• PILAR LONGITUDINAL ESQUERDO (pila longitudinalis sinistra),
• PILAR CAUDAL (pila caudalis)
RETÍCULO
• FACE DIAFRAGMÁTICA (facies diaphragmatica),
• FACE VISCERAL (facies visceralis),
• CURVATURA MENOR (curvatura minor),
• CURVATURA MAIOR (curvatura major),
• Alberga o OSTIO RETICULO-OMASICO (ostium
reticuloomasicum
Internamente descreve-se
• SULCO RETICULAR (sulcus reticuli),
• LÁBIOS ESQUERDO e LÁBIO DIREITO (labium dexter et
sinister)
• FUNDO DO SULCO DO RETÍCULO (fundus sulci reticuli)
OMASO
Situa-se principalmente á direita do plano mediano.
Nele descrevem-se:
• FACE PARIETAL (DIREITA);
• FACE VISCERAL (ESQUERDA);
• CURVATURA DORSAL;
• BASE (basis omasi);
• COLO DO OMASO (collum omasi), é estreito e curto;
• Omaso (pila omasi) OSTIO OMASO-ABOMASICO.
• Pregas longitudinais, LÂMINAS DO OMASO. As lâminas do
omaso iniciam na curvatura dorsal e dos lados. Elas podem ser
ALTAS, MÉDIAS, BAIXAS e MUITO BAIXAS.
• RECESSOS INTERLAMINARES;
• SULCO DO OMASO (SULCUS OMASI), forma um canal,
CANALIS OMASI, com as bordas livres das lâminas. O sulco
estende-se até ao OSTIO OASO-ABOMASICO (OSTIUM
OMASOABOMASALE).
ABOMASO
É o estômago verdadeiro.
Descreve-se:
• FACE PARIETAL (FACIES PARIETALIS)
• FACE VISCERAL
• CURVATURA MAIOR
• CURVATURA MENOR
• FUNDO,
• CORPO
• PARTE PILORICA une-se ao duodeno pela abertura,
piloro.
OMENTO
OMENTO MENOR
• estende-se desde o lado
ventral do esófago ao
longo do sulco reticular até
a face parietal do omaso e
curvatura menor do
abomaso.
• Fixa-se ao duodeno pelo
ligamento hepatoduodenal
e ao fígado na sua face
visceral.
OMENTO MAIOR
• Cobre todo o intestino
excepto o duodeno
descendente.
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Anatomia do Sistema Digestivo

  • 1. Universidade Save Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Curso: Medicina Veterinária Anatomia Animal II Anatomia do Sistema Digestivo Chissico, Fernando Setembro, 2021
  • 2. • SISTEMA DIGESTIVO (TGI- APPARATUS DIGESTORIUS) Sistema Digestivo • É um tubo que inicia na boca e termina no ânus Funções: • Preensão; • Mastigação; • Digestão; • Absorção de nutrientes; • Eliminação de resíduos.
  • 3. Glândulas Anexas ao Sistema Digestivo • O TGI é constituído por glandulas e a comunicação é através dos ductos excretores que desembocam ao TGI; • Fazem parte do TGI as seguintes glândulas : • Glândulas salivares; • Fígado; • Pâncreas; • Baço
  • 4. Diferenças Anatómicas do Sistema Digestivo Segundo o tipo de Alimentação • Os órgãos digestivos dos herbívoros tem grandes reservatórios alimentares (Pre-estomago dos ruminantes, intestino cego e o colon no cavalo); • Os órgãos digestivos dos carnívoros e omnívoros tem pequenos reservatórios, receberem alimentos menos volumosos e mais nutritivos e tem passagem rapida pelo TGI
  • 5. ESTRUTURA GERAL DO TGI A parede do tubo digestivo compõe-se de 1- MUCOSA Submucosa Muscularis mucosae 2- TUNICA MUSCULARIS Stratum circulare Stratum longitudinale 3- SEROSA (somente nas cavidades torácica, abdominal e pélvica).
  • 6. BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS) • estende-se desde a boca até a entrada da faringe DELIMITAÇÃO • Rostralamente -Lábios superior e inferior • Lateralmente - Bochechas • Dorsalmente -Palato duro (P.rostral) e mole (p.Cranial) • Ventralmente -fundo bucal e lingual Língua • Caudalmente -isthmus faucium que comunica com a faringe
  • 7. BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS) VESTIBULO DA BOCA- VESTIBULUM ORIS É o espaço entre o arca dentária superior e inferior, os lábios e as bochechas. Divide-se em: • Vestibulum labiale e Vestibulum buccale, CAVIDADE BUCAL PROPRIAMENTE - CAVUM ORIS PROPRIUM -Constituído por: • rima oris, labium maxillare et mandibulare e commisusurae labiale dextra et sinistra, angulus oris. dita.
  • 8. Nos bovinos - o lábio superior e as narinas forma (planum nasolabiale); Pequenos ruminantes e carnívoros, em cima do lábio superior há um sulco (planum nasale); Nos suínos - o lábio maxilar e a ponta do nariz formam a tromba (rostrum). BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS) BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
  • 9. BOCHECHAS- BUCCAE • Unidas a margem alveolar da mandíbula e da maxilla o ângulo bucal até a fossa pterigomandibular. • Nos ruminantes contém papilas (papillae buccales) BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS) PALATO DURO-PALATUM DURUM • Forma o tecto da cavidade bucal e o fundo da cavidade nasal. PALATO MOLE- PALATUM MOLE • Começa na margem caudal do palato duro, demarcando a porção dorsal e caudal da cavidade bucal
  • 10. BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS) PALATO DURO-PALATUM DURUM • Forma o tecto da cavidade bucal e o fundo da cavidade nasal. •
  • 11. BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS) PALATO DURO E MOLE -PALATUM DURUM E MOLE
  • 12. LÍNGUA- GLOSSA É um órgão musculoso, coberto por mucosa e apresenta • Base ou raíz basis/radix linguae • Corpo (corpus linguae) • um vertice (apex linguae). • Ventralmente - unida ao assoalho da cavidade bucal pelo frênulo da língua (frenulum linguae).; • Dorsalmente -(dorsum linguae) é livre e em repouso contacta directamente com o palato. BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
  • 13. LÍNGUA- GLOSSA A superficie da lingua é rugosa e coberta por papilas linguais • Papillae filiformes-Situam-se nas superficies dorsal e lateral da lingua. Têm função mecânica • Papillae fungiformes - espalhadas entre as papillas filliformes, nas faces dorsal e lateral da lingual. Têm formato redondo e côr clara. Função gustativa • Papillae foliatae -situam-se lateralmente ao nível da raíz da lingua. Têm a superficie sulcada. Não existem nos ruminantes. No cão são pequenas e no gato são rudimentares. Função gustativa BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
  • 14. . BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
  • 15. LÍNGUA- GLOSSA • Papillae vallatae- situadas na raíz da lingua. São de cor clara. O cavalo e o porco tem 2, os carnivoros 2 a 3 em cada lado, os ruminantes 8 a 25. dos lados destas papilas também se encontram os orgãos do apetite. CONSTITUIÇÃO DA LINGUA tem fibras musculares que estendem-se em todas as três dimensões • Musculi longitudinalis linguae superficialis et profundus; • Musculi transversus linguae; • Musculi perpendicularis (verticalis) linguae BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
  • 16. BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS) DENTE • Fixados nos alvéolos da mandíbula e maxila Função:captura, mastigação, ataque Tipo e função: • Incisivos (apreensão) • Caninos (dilaceradores) • Pré-molares(corte) • Molares (trituração)
  • 17. BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS) DENTE Cada dente é composto por։ coroa (corona dentis) que se projecta para além do alvéolo e apresenta։ • Face mastigadora - facies masticatoria (facies oclusalis) • Face de contacto - facies contactus • Face lingual - facies lingualis • Face vestibular-facies vestibularis
  • 18. BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS) COMPOSIÇÃO DO DENTE O dente é composto por três substâncias duras a saber։ Dentina – Dentium, é semelhante ao tecido ósseo, mas mais duro. Tem cor amarelada. Vidrina (esmalte) – Enamelum, é o tecido mais duro do corpo do dente. Envolve a dentina na porção livre do dente. É composta por cristais e fosfato de calico. Cimento- cementum (substantia ossea), envolve a raíz e nalguns herbívoros, também envolve a coroa do dente.
  • 19. BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS) COMPOSIÇÃO DO DENTE
  • 20. Classificação quanto a forma • polifiodontes (dentes polyphyodontes) • Diphyodontes • Monophyodontes Classificação quanto a duração : • Brachiodontes • Hypselodontes, BOCA- CAVIDADE BUCAL (CAVUM ORIS)
  • 21. FÓRMULAS DENTÁRIAS Dentadura de leite dentadura permanente 3i 1c 3p Garanhão égua 3i 1c 3p 3I 1C 3P 3M 3I 0C 3P 3M 3I 1C 3P 3M 3I 0C 3P 3M Dentadura de leite dentadura permanente 0i 0c 3p 0I 0C 3P 3M 4i 0c 3p 4I 0C 3P 3M RUMINANTES
  • 22. PORCO. O porco tem 44 dentes permanentes Dentadura de leite dentadura permanente 3i 1c 3p 3I 1C 4P 3M 3i 1c 3p 3I 1C 4P 3M CÃO O cão tem 42 dentes permanents Dentadura de leite dentadura permanente 3i 1c 3p 3I 1C 4P 2M 3i 1c 3p 3I 1C 4P 3M GATO Dentadura de leite dentadura permanente 3i 1c 3p 3I 1C 3P 1M 3i 1c 2p 3I 1C 2P 1M
  • 23. FARINGE- PHARYNX É um órgão musculomembranoso em forma de funil que liga a cavidade oral com o esófago e a cavidade nasal com a laringe. Apresenta faces dorsal, rostral, caudal e vias laterais. A faringe apresenta 7 aberturas: • 1 ISTHMUS FAUCIUM. • 2 CHOANAE • 2 OSTIUM PHARYNGEUM TUBAE AUDITIVAE; • 1 ADITUS OESOPHAGEUS • 1 ADITUS LARYNGIS.
  • 24. ESÓFAGO- OESOPAHGUS É um órgão musculomembranoso que liga a cavidade faríngica com o estômago . • Parte cervical • Parte torácica • Parte abdominal • A parede do esófago é constituída por musculatura e adventícia que nas porções torácica e abdominal é chamada serosa. • A musculatura tem importância na condução dos alimentos e no impedimento do refluxo gástrico.
  • 25. ESTÔMAGO (GASTER) É um órgão dilatado do tracto gastrointestinal situado entre o esófago e o intestino delgado. Função: • armazenar e digerir os alimentos. O tipo de estômago : Quanto a alimentação pode dividir-se em: - ESTÔMAGO UNICAMERAL: constituído por um único compartimento (equino, suíno e carnívoro); - ESTÔMAGO MULTICAMERAL - Constituído por 4 compartimentos (rúmen, retículo e omaso e abomaso)
  • 26. Quanto a natureza e o revestimento da mucosa pode ser: • - ESTÔMAGO SIMPLES (GLANDULAR): carnívoros • -ESTÔMAGO COMPOSTO: Nos equinos, suínos e ruminantes (GLANDULAR - na primeira parte do estômago desde a cárdia; e AGLANDULAR - na restante porção do estômago). ESTÔMAGO (GASTER)
  • 28. • FACE PARIETAL (facies parietalis), convexa e dirigida craniodorsalmente; • FACE VISCERAL (facies visceralis), convexa e dirigida caudoventralmente; • CURVATURA MAIOR (curvatura major) • CURVATURA MENOR (curvatura minor) • EXTREMIDADE ESQUERDA, tem o formato de um saco cego, situa-se ventralmente ao pilar esquerdo do diafragma, na superfície mais dorsal do orgão. • PARTE PILORICA (pars pilorica), continua-se com o duodeno. Próximo do piloro há uma constrição denominada ANTRO PILÓRICO (antrum piloricum) • OSTIO CARDIACO (orifício esofágico), na extremidade esquerda da curvatura menor. • FUNDO DO ESTÔMAGO (fundus ventriculi) EQUINO
  • 30. FIXAÇÃO DO ESTÔMAGO • LIG. GASTROFRÊNICO (lig. Gastrophrenicum), une a curvatura maior desde a cardia até a extremidade esquerda com o pilar do diafragma. • OMENTO MENOR (omentum minor) • LIG. HEPATOGÁSTRICO (lig. Hepatogastricum), LIG. HEPATODUODENAL (lig. Hepatoduodenale). • LIG. GASTRO-ESPLÊNICO (lig. gastrolienale), OMENTO MAIOR (omentum major), • PREGA GASTROPANCREATICA (plica gastropancreatica)
  • 31. ESTRUTURA DO ESTÔMAGO MUCOSA, dividida em duas partes: • parte proventricular é aglandular; termina no MARGO PLICATUS. • partir da MARGO PLICATUS, a mucosa é glandular e subdividida em três zonas de acordo com o tipo de glândulas: • Região das glândulas da cardia • Região das glândulas do fundo • Região das glândulas do piloro
  • 32.
  • 33. • SUBMUCOSA une as túnicas mucosa e muscular. É rica em vasos sanguíneos e nervos. • TUNICA MUSCULAR, composta por três camadas: • LONGITUDINAL externa, • CIRCULAR média • OBLIQUA interna; • SEROSA que é o revestimento do órgão e adere firmemente a túnicas muscular, excepto nas curvaturas. ESTRUTURA DO ESTÔMAGO
  • 34.
  • 35. RUMINANTES • Grande reservatório de alimentos. Ocupa quase três quartos da cavidade abdominal, situando-se maioritariamente na metade esquerda. Consiste de quatro compartimentos: • Rúmen; • Retículo; • Omaso; • Abomaso.
  • 38. RÚMEN (RUMEN) Apresenta:  FACE PARIETAL ou ESQUERDA (facies parietalis ou sinistra), convexa, relacionada com o diafragma, a parede esquerda do abdómen e ao baço;  FACE VISCERAL ou DIREITA (facies visceralis ou dextra), irregular e relaciona-se com o omaso, abomaso, intestino e fígado.  As faces são marcadas pelos sulcos
  • 39. • RÚMEN (RUMEN) • SULCOS LONGITUDINAIS DIREITO e ESQUERDO (sulcus longitudinalis dexter et sinister) • SACOS DORSAL e VENTRAL DO RÚMEN (saccus ruminis dorsalis et ventralis) • Do lado direito descrevem-se dois sulcos; • SULCO LONGITUDINAL DIREITO, localizado ventralmente, e que se estende do SULCO CRANIAL do RÚMEN ao SULCO CAUDAL do RÚMEN. • SULCO ACESSÓRIO DIREITO, localizado dorsalmente, que descreve uma curva convexa, indo-se unir ao sulco longitudinal direito, e deste modo formando uma área elíptica denominada ilha do rúmen- INSULA RUMINIS.
  • 40. • RÚMEN (RUMEN) • EXTREMIDADE CRANIAL, que é dividida ventralmente pelo SULCO CRANIAL DO RÚMEN (sulcus ruminis cranialis) em dois sacos: SACO CRANIAL OU ATRIO DO RUMEN (ATRIUM RUMINIS) que se continua caudalmente com o SACO DORSAL DO RÚMEN (saccus ruminis dorsalis), e cranialmente com o retículo. • SULCO RUMINORETICULAR (sulcus ruminoreticularis), que é a linha externa de demarcação entre o saco cranial e o retículo.
  • 41. RÚMEN (RUMEN) EXTREMIDADE CAUDAL, que é dividida ։ • SACOS CEGOS CAUDODORSAL (saccus cecus caudodorssalis) • SACOS CEGOS CAUDOVENTRAL (et saccus cecus caudoventralis) pelo SULCO CAUDAL que liga os sulcos longitudinais. Os sacos cegos são separados do resto do rúmen pelos SULCOS CORONÁRIOS DORSAL e VENTRAL.
  • 43. Internamente, na extremidade cranial o rúmen liga- se ao retículo pelo • OSTIO RUMINORETICULAR (ostium ruminoreticulare), limitado pela PREGA RUMINORETICULAR (plica ruminoreticularis), OSTIO CARDIACO (ostium cardiacum) denominado ÁTRIO DO ESTÔMAGO. • ÁTRIO DO RÚMEN (atrium ruminis), é a parte do rúmen caudal á prega ruminoreticular. O átrio é limitado caudoventralmente pelo PILAR CRANIAL (pila cranialis) • As extremidades direita e esquerda do pila cranial estendem-se caudalmente como • PILARES LONGITUDINAIS (pila longitudinalis). • PILAR LONGITUDINAL DIREITO (pila longitudinalis dextra), • PILAR LONGITUDINAL ESQUERDO (pila longitudinalis sinistra), • PILAR CAUDAL (pila caudalis)
  • 44. RETÍCULO • FACE DIAFRAGMÁTICA (facies diaphragmatica), • FACE VISCERAL (facies visceralis), • CURVATURA MENOR (curvatura minor), • CURVATURA MAIOR (curvatura major), • Alberga o OSTIO RETICULO-OMASICO (ostium reticuloomasicum Internamente descreve-se • SULCO RETICULAR (sulcus reticuli), • LÁBIOS ESQUERDO e LÁBIO DIREITO (labium dexter et sinister) • FUNDO DO SULCO DO RETÍCULO (fundus sulci reticuli)
  • 45. OMASO Situa-se principalmente á direita do plano mediano. Nele descrevem-se: • FACE PARIETAL (DIREITA); • FACE VISCERAL (ESQUERDA); • CURVATURA DORSAL; • BASE (basis omasi); • COLO DO OMASO (collum omasi), é estreito e curto; • Omaso (pila omasi) OSTIO OMASO-ABOMASICO.
  • 46. • Pregas longitudinais, LÂMINAS DO OMASO. As lâminas do omaso iniciam na curvatura dorsal e dos lados. Elas podem ser ALTAS, MÉDIAS, BAIXAS e MUITO BAIXAS. • RECESSOS INTERLAMINARES; • SULCO DO OMASO (SULCUS OMASI), forma um canal, CANALIS OMASI, com as bordas livres das lâminas. O sulco estende-se até ao OSTIO OASO-ABOMASICO (OSTIUM OMASOABOMASALE).
  • 47. ABOMASO É o estômago verdadeiro. Descreve-se: • FACE PARIETAL (FACIES PARIETALIS) • FACE VISCERAL • CURVATURA MAIOR • CURVATURA MENOR • FUNDO, • CORPO • PARTE PILORICA une-se ao duodeno pela abertura, piloro.
  • 48. OMENTO OMENTO MENOR • estende-se desde o lado ventral do esófago ao longo do sulco reticular até a face parietal do omaso e curvatura menor do abomaso. • Fixa-se ao duodeno pelo ligamento hepatoduodenal e ao fígado na sua face visceral. OMENTO MAIOR • Cobre todo o intestino excepto o duodeno descendente. • Divide-se em duas: • PARTE SUPERFICIAL; • PARTE PROFUNDA;

Notas do Editor

  1. SISTEMA DIGESTIVO (TGI- APPARATUS DIGESTORIUS)   Os orgãos do sistema digestivo formam um tubo que atravessa o corpo. Estes órgãos responsabilizam-se pela nutrição do corpo. As suas funções incluem a preensão, digestão e absorção dos alimentos e posteriormente a eliminação dos seus restos. Ao longo do tubo digestivo desembocam glândulas anexas ao TGI, constituindo deste modo parte deste sistema. Essas glândulas são as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas, que independemente de poderem ser removidas do tubo digestivo mantêm a comunicação com ele através dos ductos excretores.   Nos animais domésticos existem diferenças anatómicas em certas regiões do sistema digestivo. De acordo com o tipo de alimentos, desenvolvem-se no sistema digestivo dois tipos de orgãos¨ Os orgãos digestivos dos herbívoros, os quais no seu TGI existem grandes reservatórios de alimentos, para utilização posterior, o pré-estômago dos ruminantes, o intestino cego e o colon no cavalo. Os orgãos digestivos dos carnívoros e suínos que por receberem alimentos menos volumosos e mais nutritivos, não necessitam de reservatorios e a sua passagem pelo TGI é mais rápida.
  2. SISTEMA DIGESTIVO (TGI- APPARATUS DIGESTORIUS)   Ao longo do tubo digestivo desembocam glândulas anexas ao TGI, constituindo deste modo parte deste sistema. Essas glândulas são as glândulas salivares, o fígado e o pancreas, que independemente de poderem ser removidas do tubo digestivo mantêm a comunicação com ele através dos ductos excretores.   Nos animais domésticos existem diferenças anatómicas em certas regiões do sistema digestivo. De acordo com o tipo de alimentos, desenvolvem-se no sistema digestivo dois tipos de orgãos¨ Os orgãos digestivos dos herbívoros, os quais no seu TGI existem grandes reservatórios de alimentos, para utilização posterior, o pré-estômago dos ruminantes, o intestino cego e o colon no cavalo. Os orgãos digestivos dos carnívoros e suínos que por receberem alimentos menos volumosos e mais nutritivos, não necessitam de reservatorios e a sua passagem pelo TGI é mais rápida.
  3. Nos animais domésticos existem diferenças anatómicas em certas regiões do sistema digestivo. De acordo com o tipo de alimentos, desenvolvem-se no sistema digestivo dois tipos de orgãos¨ Os orgãos digestivos dos herbívoros, os quais no seu TGI existem grandes reservatórios de alimentos, para utilização posterior, o pré-estômago dos ruminantes, o intestino cego e o colon no cavalo. Os orgãos digestivos dos carnívoros e suínos que por receberem alimentos menos volumosos e mais nutritivos, não necessitam de reservatorios e a sua passagem pelo TGI é mais rápida.
  4. A forma da boca está directamente relacionada com o modo enatureza dos alimentos que os animais consommé. Os herbívoros têm a boca relativamente pequena se comparada com os carnívoros e os omnívoros, os quais têm de fixar ou pegar grandes pedaços de alimentos
  5. Vestibulum labiale, entre os dentes e os lábios Vestibulum buccale, entre os dentes e as bochechas orifício de entrada, rima oris, lábios (labium maxillare et mandibulare) que se unem e formam (commisusurae labiale dextra et sinistra), (angulus oris). dita
  6. Os lábios do cavalo e dos pequenos ruminantes são móveis, enquanto que os lábios dos outros animais têm menos liberdade de movimentos. Nos bovinos o lábio superior em conjunto com as narinas forma o focinho (planum nasolabiale), normalmente sulcado e de côr variavel. A superficie do planum nasolabiale apresenta glândulas cujas secreções ajudma a manter o focinho dos animais húmido (importância clinica). Nos pequenos ruminantes e nos carnívoros, em cima do labio superior ha um sulco (planum nasale). Nos suinos o labio maxilar converge com a ponta do nariz e forma a tromba (rostrum).
  7. . A mucosa das bochechas continua com a gengiva- a parte da mucosa oral que está intimamente ligada ao periósteo dos processos alveolares. Nos ruminantes, nas porções sem dentes (incisivos), a mucosa fortifica-se e forma pulvinus dentalis, que ajudam na mastigação. Nos ruminantes contém papilas (papillae buccales) de formato cónico, cujos extremos livres estão orientados caudalmente.
  8. . A mucosa das bochechas continua com a gengiva- a parte da mucosa oral que está intimamente ligada ao periósteo dos processos alveolares. Nos ruminantes, nas porções sem dentes (incisivos), a mucosa fortifica-se e forma pulvinus dentalis, que ajudam na mastigação. Nos ruminantes contém papilas (papillae buccales) de formato cónico, cujos extremos livres estão orientados caudalmente.
  9. . A mucosa das bochechas continua com a gengiva- a parte da mucosa oral que está intimamente ligada ao periósteo dos processos alveolares. Nos ruminantes, nas porções sem dentes (incisivos), a mucosa fortifica-se e forma pulvinus dentalis, que ajudam na mastigação. Nos ruminantes contém papilas (papillae buccales) de formato cónico, cujos extremos livres estão orientados caudalmente.
  10.  Função: gustação, auxilia na mastigação e deglutição dos alimentos
  11. A lingua é maioritariamente constituída por musculo estríado. As fibras msculares estendem-se em todas as três dimensões. Fibras musculares longitudinais, formam o complexo MUSCULI LONGITUDINALIS LINGUAE SUPERFICIALIS ET PROFUNDUS; As fibras transversais formam um complexo transversal, MUSCULI TRANSVERSUS LINGUAE; As fibras verticais formam o complexo MUSCULI PERPENDICULARIS (VERTICALIS) LINGUAE.
  12. A lingua é maioritariamente constituída por musculo estríado. As fibras msculares estendem-se em todas as três dimensões. Fibras musculares longitudinais, formam o complexo MUSCULI LONGITUDINALIS LINGUAE SUPERFICIALIS ET PROFUNDUS; As fibras transversais formam um complexo transversal, MUSCULI TRANSVERSUS LINGUAE; As fibras verticais formam o complexo MUSCULI PERPENDICULARIS (VERTICALIS) LINGUAE.
  13. A lingua é maioritariamente constituída por musculo estríado. As fibras msculares estendem-se em todas as três dimensões. Fibras musculares longitudinais, formam o complexo MUSCULI LONGITUDINALIS LINGUAE SUPERFICIALIS ET PROFUNDUS; As fibras transversais formam um complexo transversal, MUSCULI TRANSVERSUS LINGUAE; As fibras verticais formam o complexo MUSCULI PERPENDICULARIS (VERTICALIS) LINGUAE.
  14. A lingua é maioritariamente constituída por musculo estríado. As fibras msculares estendem-se em todas as três dimensões. Fibras musculares longitudinais, formam o complexo MUSCULI LONGITUDINALIS LINGUAE SUPERFICIALIS ET PROFUNDUS; As fibras transversais formam um complexo transversal, MUSCULI TRANSVERSUS LINGUAE; As fibras verticais formam o complexo MUSCULI PERPENDICULARIS (VERTICALIS) LINGUAE.
  15. No interior dos dentes há uma cavidade, cavum dentis, cheia de polpa dental, pulpa dentis, que é muito bem vascularizada e inervada. Na cavidade polpar desemboca um canalículo, o canalis radicis dentis. Os vasos e nervos passam através do foramen apices dentis Na coroa descreve-se: Face mastigadora- facies masticatoria (facies oclusalis) que entra em contacto com o dente da maxilla contraria; Face de contacto- facies contactus, que é a face pela qual dois dentes vizinhos comunicam; Face da lingua- facies lingualis, que está virada para a cavidade bucal e Face vestibular- facies vestibularis, junto aos lábios ou as zonas faciais.
  16. Dentina – Dentium, é o tecido essencial do dente, semelhante ao tecido ósseo, mas mais duro. Tem cor amarelada. Vidrina (esmalte) – Enamelum, é o tecido mais duro do corpo do dente. Envolve a dentina na porção livre do dente. É composta por cristais e fosfato de calico.  Cimento- cementum (substantia ossea), envolve a raíz e nalguns herbívoros, também envolve a coroa do dente. É um tecido do tipo transitório entre o ligamento e o tecido ósseo.
  17. Dentina – Dentium, é o tecido essencial do dente, semelhante ao tecido ósseo, mas mais duro. Tem cor amarelada. Vidrina (esmalte) – Enamelum, é o tecido mais duro do corpo do dente. Envolve a dentina na porção livre do dente. É composta por cristais e fosfato de calico.  Cimento- cementum (substantia ossea), envolve a raíz e nalguns herbívoros, também envolve a coroa do dente. É um tecido do tipo transitório entre o ligamento e o tecido ósseo.
  18. dentes polyphyodontes- os quais depois do desgaste crescem novamente. São os polifiodontes os dentes de todos os animais domésticos, com excepção dos molares, mudam durante toda a vida uma só vez. São os chamados dentes diphyodontes Os dentes que crescem de uma vez para toda a vida e nunca mudam são chamados dentes monophyodontes (ex. na baleia). os dentes dividem-se em dentes brachiodontes que têm crescimento limitado e dentes hypselodontes, os quais os quais após o desgaste permanentemente voltam a crescer
  19. Parte cervical: o esófago situa-se dorsalmente a traqueia e na parte caudal do pescoço gira para o lado esquerdo. Parte torácica: á entrada da abertura torácica cranial, aloja-se na linha media entre a bifurcação dos pulmões, e continua-se dorsalmente sobre a base do coração. Através do hiato oesophageus do diafragma penetra na cavidade abdominal. A parte abdominal é muito curta. Nos ruminantes, o esófago desemboca na pança em forma de funil. Nos outros animais desemboca na cárdia. A parede do esófago é constituída por musculatura e adventícia que nas porções torácica e abdominal é chamada serosa. A musculatura tem uma grande importância na condução dos alimentos e no impedimento do refluxo do conteúdo gástrico.
  20. O estômago do equino é um saco com um formato em “J”, situado na parte dorsal da cavidade abdominal, imediatamente caudal ao diafragma e fígado, mais para o lado esquerdo do plano mediano. Tem uma capacidade que varia entre os 8 a 15 litros. Nele descrevem-se:
  21. O estômago do equino é um saco com um formato em “J”, situado na parte dorsal da cavidade abdominal, imediatamente caudal ao diafragma e fígado, mais para o lado esquerdo do plano mediano. Tem uma capacidade que varia entre os 8 a 15 litros. Nele descrevem-se:
  22. O estômago é mantido em posição pela pressão das vísceras adjacentes e pelas pregas peritoneais seguintes:
  23. Estende-se dorsocranialmente e para a esquerda. Ocupa a maior parte da metade esquerda da cavidade abdominal. O seu eixo maior varia desde a parte ventral do sétimo ou oitavo espaço intercostal até próximo da entrada pélvica.
  24. Estende-se dorsocranialmente e para a esquerda. Ocupa a maior parte da metade esquerda da cavidade abdominal. O seu eixo maior varia desde a parte ventral do sétimo ou oitavo espaço intercostal até próximo da entrada pélvica.
  25. Estende-se dorsocranialmente e para a esquerda. Ocupa a maior parte da metade esquerda da cavidade abdominal. O seu eixo maior varia desde a parte ventral do sétimo ou oitavo espaço intercostal até próximo da entrada pélvica.
  26. Estende-se dorsocranialmente e para a esquerda. Ocupa a maior parte da metade esquerda da cavidade abdominal.
  27. Nos pequenos ruminantes, o sulco coronário ventral esquerdo não é facilmente distinguível, e os sulcos coronários dorsais são muito curtos ou simplesmente estão ausentes.
  28. É o menor dos pré-estômagos. Localiza-se entre entre a sexta e a sétima ou oitava costelas. Tem formato piriforme, e está achatado cranio-caudalmente. Nos pequenos ruminantes é relativamente maior que nos bovinos. Apresenta :
  29. Tem formato elíptico e está comprimido nas suas faces parietal e visceral. Situa-se principalmente á direita do plano mediano. Nele descrevem-se:
  30. Está localizado na região xifóidea e relaciona-se com o retículo, o átrio do rúmen e com o saco ventral do rúmen. CORPO (corpus abomasi), situa-se mais á esquerda do plano mediano e estende-se caudalmente entre o saco ventral do rúmen e o omaso.
  31. PARTE SUPERFICIAL, parte do duodeno descendente, corre ventralmente a parede profunda e ao saco ventral do rúmen indo alojar-se no sulco longitudinal esquerdo do rúmen