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• Os órgãos que chamamos de rins possuem o formato de um feijão, e
estão localizados na região lombar, ao lado da nossa coluna: um à
esquerda, outro à direita.
• Eles possuem coloração vermelho-escura e pesam aproximadamente
150 gramas cada.
• Os rins são órgãos incríveis. Eles desempenham uma quantidade
enorme de tarefas que, direta ou indiretamente, nos mantém vivos.
Apesar de relativamente pequenos, esses importantes órgãos
desempenham quatro funções principais:
• Filtram o sangue do corpo: Parece difícil de acreditar, mas esses pequenos órgãos filtram
todo o sangue do nosso corpo aproximadamente 288 vezes por dia! Todas as impurezas
que são coletadas no processo (ureia, amônia, resíduos de drogas e outros) são misturadas
com água, enviadas para a bexiga e eliminadas na nossa urina.
• Equilibram e fazem a manutenção de elementos necessários para a saúde do nosso
corpo: Além de filtrar o nosso sangue das impurezas, os rins regulam a quantidade de
substâncias benéficas (como cálcio, sódio, potássio, magnésio, fósforo, etc.) para o nosso
corpo, garantindo que nada esteja em excesso. Eles retiram os excessos dessas substâncias
e jogam fora pelo xixi, garantindo que tudo esteja em perfeito equilíbrio. Além disso, os
rins são responsáveis por regular o nível de ácido-base (pH) do nosso sangue, mantendo
ele sempre constante.
• Ajudam no controle da pressão arterial: Os rins também regulam o volume e a pressão do
nosso sangue. Caso os órgãos sintam que os líquidos estão passando em um ritmo não
satisfatório, os rins podem reter e até eliminar água ou aumentar a produção de sangue,
estabilizando o fluxo.
• Regulam a formação do sangue e dos ossos: Além de tudo já descrito neste capítulo, os
rins também funcionam como produtores de hormônios para o nosso corpo! Eles
produzem substâncias muito importantes para o nosso corpo: eritropoietina, que participa
na formação de glóbulos vermelhos para o nosso sangue; vitamina D, que ajuda na
absorção de cálcio para fortalecimento dos ossos; e a renina, que ajuda a regular a pressão
arterial.
GLÂNDULA ANDRENAL
• As adrenais são duas glândulas pequenas, localizadas acima dos rins (esquerdo
e direito) que medem apenas 5 cm cada uma delas.
• A medula adrenal é a região central da glândula e secreta os hormônios
chamados de catecolaminas. Já o córtex adrenal é subdividido em 3 zonas,
cada uma com características anatômicas específicas.
• A zona glomerulosa, mais externa, contém um retículo endoplasmático liso em
quantidade abundante e secreta um hormônio mineralocorticóide conhecido
como aldosterona.
• A zona fasciculada vem logo a seguir, possui quantidades abundantes de
gotículas lipídicas e produz o glicocorticóide cortisol.
• E, por fim, a zona reticular, que desenvolve-se na vida pós-natal, produz os
esteróides androgênicos, além de glicocorticóides.
HORMÔNIOS DAS ADRENAIS
CATECOLAMINAS:
• As catecolaminas são hormônios derivados do aminoácido tirosina. A liberação
representa uma resposta direta à estimulação nervosa simpática da medula
suprarrenal.
• A liberação das catecolaminas são fundamentais na resposta de estresse a uma
agressão física ou psicológica, como perda grave de sangue, diminuição do nível de
glicemia, lesão traumática, intervenção traumática, cirúrgica ou experiência
desagradável.
• Seus efeitos fisiológicos consistem em alerta, dilatação das pupilas, piloereção,
sudorese, dilatação brônquica, taquicardia, inibição da atividade do músculo liso e
constrição dos esfincteres no trato gastrintestinal.
GLICOCORTICÓIDES:
• O principal glicocorticóide é o cortisol. A síntese dos glicocorticóides é estimulada pelo
ACTH ( hormônio adrenocorticotrópico) hipofisário, que se encontra regulado pelo
CRH hipotalâmico, estando relacionados por retro alimentação negativa com
glicocorticóide.
• O cortisol tem efeito anti-inflamatório, antialérgico e possui importante efeito
metabólico sobre os glicídios (gliconeogênese), lipídios (lipólise) e proteínas
(catabolismo).
HORMÔNIOS DAS ADRENAIS
ANDROGÊNIOS:
• São produzidos na zona reticular e é controlada pelo ACTH através do eixo hipófise-
hipotálamo. São representados pela dehidroepiandrosterona (DHEA) e a
androstenediona, os estrógenos e a progesterona.
• Os androgênios são convertidos em androstenediona e a seguir em androgênios ou
estrogênios potentes nos tecidos periféricos.
• Os conhecimentos atuais indicam que a presença de baixos níveis de DHEA está
associada à doença cardiovascular nos homens e ao risco aumentado de cânceres de
mama e de ovário em mulheres na pré-menopausa. Por outro lado, os níveis elevados de
DHEA podem aumentar o risco de câncer de mama após a menopausa.
MINERALOCORTICÓIDES:
• A aldosterona age na regulação da homeostase dos eletrólitos no líquido extracelular,
principalmente sódio (Na) e potássio (K). São reguladas predominantemente pela
angiotensina II e pelo K+ extracelular, bem como em menor grau, pelo ACTH.
• O principal estímulo fisiológico para a liberação de aldosterona consiste em uma redução
do volume sanguíneo intravascular. Quando secretada, a aldosterona é responsável
aumentar a síntese dos canais de sódio na membrana apical, a síntese e a atividade da
ATPase na membrana basolateral e o aumento da reabsorção de sódio leva a um
aumento da reabsorção de água.
PRINCIPAIS CAUSAS DOS PROBLEMAS NOS RINS
1. Hipertensão arterial: A pressão arterial alta é uma condição sem cura que causa
problemas de saúde em várias partes do corpo, inclusive nos rins. De acordo
com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a pressão arterial alta é
responsável por aproximadamente 35% dos casos de doenças renais crônicas do
país. A hipertensão prejudica a atividade dos rins e, uma vez que os rins
também trabalham no controle da pressão, isso acarreta numa bola de neve: a
pressão alta atrapalha o funcionamento dos rins; e eles, não funcionando bem,
diminuem o controle da pressão. Isso acaba aumentando ainda mais a pressão e
piorando ainda mais as funções dos rins.
2. Diabetes: A Nefropatia Diabética (ND) leva à perda de proteínas na urina e
tende a piorar com o passar do tempo, levando o paciente a Insuficiência Renal
Crônica (IRC).
3. Idade: A idade também aumenta a chance de desenvolvimento de problemas
nos rins. Segundo a SBN, os rins perdem, em média, 1% das suas funções
anualmente após a pessoa atingir os 40 anos. Aproximadamente 31% dos
brasileiros que sofrem insuficiência renal possuem mais de 65 anos.
PRINCIPAIS CAUSAS DOS PROBLEMAS NOS RINS
4. Tabagismo: O cigarro oferece riscos astronômicos à saúde de todo o corpo,
inclusive para os rins. Além de aumentar a pressão arterial e aumentar o risco
de desenvolvimento de hipertensão.
5. Fatores congênitos e hereditários: Sim, algumas doenças e insuficiências renais
estão conectadas com o histórico familiar. A doença nos rins que está associada
a fatores hereditários é a doença renal policística. Outro problema que também
pode ser desencadeado de forma congênita é a de formação de cálculos renais.
QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS DE DOENÇAS RENAIS?
1. Mudanças na urina: Espuma, alteração de cor e até presença de sangue na urina são sintomas
presentes em pessoas com problemas renais. Além disso, fazer xixi mais vezes por dia do que o
comum pode ser um sintoma, ainda mais se a urina estiver com uma cor clara, quase
transparente. O mesmo vale para urinar menos do que o de costume e o líquido apresentar uma
coloração escura. Levantar durante a noite para ir ao banheiro e ter dificuldade para urinar
podem ser sintomas de uma pessoa com problemas nos rins.
1. Dores nas costas: Um dos sintomas mais comuns de sobrecarga e mal funcionamento dos rins é
a presença de dores frequentes na parte inferior das costas, logo abaixo das costelas. Além de
ser mais fácil de perceber, ele é um dos primeiros sintomas que uma pessoa com problemas nos
rins presencia.
2. Inchaço no corpo: Quando os rins não conseguem trabalhar corretamente, todo o excesso de
líquido que seria removido do corpo por eles fica acumulado, causando inchaço nas mãos, pés,
pernas e no rosto. O inchaço costuma ser um sintoma apenas em casos onde o dano nos rins já é
muito avançado, tendo que ser tratado imediatamente. O inchaço pode ser ocasionado por
perda de proteínas pela urina, termo chamado proteinúria.
3. Fraqueza e cansaço: Os rins produzem o hormônio eritropoietina (produção de hemácias).
Quando os rins não estão funcionando bem, a produção das hemácias cai, diminuindo a
oxigenação interna e fazendo com que a pessoa se sinta fraca e cansada depressa (anemia).
PRINCIPAIS DOENÇAS QUE
AFETAM O SISTEMA URINÁRIO
• De acordo com uma pesquisa feita em 2016 pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% da população
mundial sofre de algum tipo de doença renal.
• O Brasil segue a mesma média do planeta: a Sociedade
Brasileira de Nefrologia estima que um a cada dez
brasileiros possui alguma doença nos rins.
• As complicações aparecem em todas as idades, porém são
mais comuns em pessoas acima dos 50 anos.
CÁLCULO RENAL (PEDRA NOS RINS)
• O cálculo renal, conhecido como pedras nos rins, é uma condição onde pequenos cristais
(produzidos pelo acúmulo de minerais, como o cálcio e o ácido úrico, que não são
eliminados pela urina) são formadas dentro dos rins e acabam obstruindo o ureter, que é
o canal que transporta a urina até a bexiga.
• Os cálculos renais podem causar dores extremas, comparadas por alguns com as dores
do parto.
• As pedras costumam ser pequenas e podem ser eliminadas pela urina sem complicações,
quando tratadas com medicamentos. Existem alguns casos onde as pedras formadas são
grandes demais, tendo que ser cirurgicamente partidas em pedaços menores para que
então sejam eliminadas pela urina.
• Quando não bebemos água o suficiente, aumentamos as chances de desenvolvermos
pedras nos rins. Por isso é muito importante que se beba entre dois e três litros de água
diariamente.
PIELONEFRITE (INFECÇÃO RENAL)
• A infecção renal geralmente é causada por uma inflamação na bexiga (cistite)
que acaba subindo o sistema urinário, alcançando um ou ambos os rins.
• Dores renais, febre, dificuldade para urinar ou vontade frequente de ir ao
banheiro são sintomas.
• O tratamento por ser feito com antibióticos em casos mais leves e pode
acarretar em internação hospitalar em casos mais avançados.
• Mulheres devem ter cuidado dobrado com a pielonefrite, pois a uretra
feminina é menor que a masculina, aumentando as chances de infecções no
sistema urinário.
DOENÇA RENAL POLICÍSTICA (CISTOS RENAIS)
• Cistos nos rins ocorrem de forma hereditária e pela idade. A sua característica
principal é a formação de bolhinhas dentro dos rins.
• Em pequenas quantidades e quando é simples, não apresentam um problema
sério, podendo ser apenas acompanhadas por especialistas. Em grandes
quantidades, pode ter o diagnóstico de doença renal policística, doença
hereditária que pode causar insuficiência renal e necessidade de transplante de
rim. Quando o cisto é complexo ou sólido deve imediatamente ser avaliado por
um urologista.
TUMORES OS RINS
• Uma das doenças renais mais raras, os tumores nos rins podem ocorrer
pela alta frequência de cistos nos órgãos. Podem ser benignos ou malignos,
mas possuem grande chance de cura se tratados no início do
desenvolvimento.
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
• Insuficiência renal aguda, também conhecida como lesão renal aguda, é a perda
das funções dos rins de uma hora para outra.
• A lesão aguda é rápida: pode se desenvolver em poucas horas e, mais tardar, em
apenas alguns dias. A insuficiência renal aguda pode ser letal e deve ser tratada
no momento que for identificada, pois a situação é reversível.
• De acordo com o Sociedade Brasileira de Nefrologia, esse tipo de insuficiência é
comum em pessoas que já estejam hospitalizadas por outros motivos. Esses
motivos não precisam necessariamente estar ligados aos rins. Os problemas que
mais comumente podem ocasionar uma lesão renal são:
• Hemorragia;
• Desidratação grave;
• Queimaduras severas;
• Infarto;
• Infecções generalizadas;
• Complicações causadas pelo Lúpus;
• Uso excessivo de medicamentos e outras drogas;
• Bloqueio da passagem da urina pelo corpo por outros problemas, como
câncer de bexiga, câncer de próstata, coágulos de sangue no trato urinário,
aumento na próstata, etc.
DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC)
• A DRC consiste na perda constante e irreversível das funções dos rins. É
considerada crônica qualquer tipo de lesão renal que tenha seu quadro piorado
ou mantido durante três meses sem sinalizar melhora.
• Em fases mais avançadas a doença renal crônica é chamada de IRC (Insuficiência
Renal Crônica).
• Os rins operam com muita dificuldade as suas funções, resultando na falência
renal. A DRC acontece em pessoas que desenvolvem complicações renais ou que
possuem outras condições que podem acarretar em lesões, como:
• Hipertensão: responsável por 35% dos casos de DRC do país, a pressão
alta pode causar lesões e piorar o funcionamento dos rins.
• Diabetes: O excesso de açúcar pode causar a DRC.
• Idade avançada: aproximadamente 31% dos brasileiros com problemas
renais possuem mais de 65 anos. Pessoas que tiveram hábitos ruins ao
longo da vida, como beber e fumar, têm ainda mais chances de
apresentar a doença renal crônica.
• Obstrução dos canais urinários: A urina, que é produzida pelos rins, é
cheia de impurezas e substâncias que estão em excesso no nosso corpo.
Se essas impurezas não são eliminadas do corpo (por alguma obstrução
dos canais) os rins começam a não conseguir filtrar tudo e podem não
dar conta de fazer suas funções, o que pode acarretar em uma DRC.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA DOENÇA RENAL
CRÔNICA
• Creatinina Sérica e o RFG - CÁLCULO PELA FÓRMULA CKD-EPI
(2021)
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA DOENÇA RENAL CRÔNICA
• Clearence (depuração) de creatinina
- Teste utilizado para avaliação da taxa de filtração glomerular, sendo mais sensível que a determinação sérica
isolada.
- No clearence de creatinina valores séricos e urinários são medidos e a depuração é calculada e corrigida tendo
em vista a superfície corporal.
- Clearence elevado pode ser encontrado após exercícios, na gravidez e no diabete melito.
- A variação intra-individual desse teste pode chegar a 15%. Armazenamento da urina por muito tempo, em
altas temperaturas pode causar conversão da creatina a creatinina, acarretando aumentos espúrios.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA DOENÇA RENAL CRÔNICA
• Cistatina C
- A Cistatina C é uma proteína cuja concentração sérica depende quase que
exclusivamente da capacidade de filtração glomerular. Sua concentração
independe da massa muscular, do sexo ou da alimentação.
- Diversos estudos clínicos atestam a maior sensibilidade e especificidade da
cistatina C, em comparação com a creatinina sérica, na detecção de alterações
discretas da função glomerular.
- É importante citar que elevações da cistatina C, sem correlação com diminuição da
taxa de filtração glomerular, foram descritas em pacientes com mieloma múltiplo,
tumores malignos, cirrose hepática e alguns hipertensos e diabéticos com
proteinúria.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA DOENÇA RENAL CRÔNICA
• Microalbuminúria
- É o nome dado à detecção de pequenas quantidades de proteínas na urina (30 a 300
mg/24 horas) que tem importância no diagnóstico e na evolução da nefropatia
diabética, por indicar lesão potencialmente reversível.
- Em geral, prediz em 1 a 5 anos o aparecimento de proteinúria franca. Tratamento
clínico rigoroso pode retardar o aparecimento e a progressão da microalbuminúria.
- Excreção elevada pode ser encontrada em grávidas, após exercícios físicos, em
quadros inflamatórios e infecciosos, na infecção urinária, na presença de hematúria e
proteinúria postural benigna.
- Pode ser realizado em amostra recente (corrigido pela creatinina) e em urinas
coletados em 12 ou 24 horas. Variações individuais de até 30% podem ocorrer.
- Na presença de proteinúria franca, valores de microalbuminúria podem ser
falsamente baixos devido à ocorrência de "efeito gancho".
BORA TREINAR
1. Relacione corretamente os órgãos do sistema urinário com a função
desempenhada.
I. Rim
II. Bexiga urinária
III. Ureter
IV. Uretra
a. Responsável por receber e armazenar temporariamente a urina;
b. Responsável por conduzir a urina da bexiga para fora do corpo;
c. Responsável por filtrar as impurezas do sangue;
d. Responsável por conduzir a urina dos rins para bexiga.
2. A urina é um líquido que tem a função de excretar substâncias do nosso corpo.
Sua composição é 95% água e 5% de resíduos dissolvidos, como ureia, amônia,
ácido úrico e sais minerais.
A sequência correta que indica as etapas de formação de urina no organismo é:
a. Solubilização, Filtração, Reabsorção e Eliminação.
b. Secreção, Solubilização, Filtração e Excreção.
c. Filtração, Reabsorção, Secreção e Excreção.
d. Eliminação, Concentração, Filtração e Excreção.
3. Sobre o sistema urinário feminino e masculino é correto afirmar que:
a. O sistema urinário feminino e masculino são idênticos.
b. O sistema urinário feminino e masculino diferem na quantidade de vias urinárias.
c. O sistema urinário feminino e masculino diferem no tamanho da uretra.
d. O sistema urinário feminino e masculino apresentam as mesmas funções.
4. Indique qual das alternativas a seguir NÃO apresenta uma função do sistema
urinário.
a. Filtração do sangue para remoção de impurezas.
b. Condução, armazenamento e excreção da urina.
c. Manutenção da concentração de água e sais minerais no organismo.
d. Regulação da quantidade de sangue que circula no corpo.
5. A condução da urina para o meio externo pode ser explicada por:
a. Movimentos peristálticos que levam a urina dos rins até à uretra para que seja
eliminada.
b. Presença de receptores na bexiga que indicam quando um volume máximo de urina
é atingido e abre-se passagem para que o fluido seja direcionado para excreção pela
uretra.
c. Excesso de sangue nos órgãos do sistema urinário, que sinaliza a liberação de urina
pelo ureter.
d. Elevação da concentração de plasma nas vias urinárias do sistema urinário.
6. (Enem/2015) Durante uma expedição, um grupo de estudantes perdeu-se de seu
guia. Ao longo do dia em que esse grupo estava perdido, sem água e debaixo de
sol, os estudantes passaram a sentir cada vez mais sede. Consequentemente, o
sistema excretor desses indivíduos teve um acréscimo em um dos seus processos
funcionais. Nessa situação o sistema excretor dos estudantes
a. aumentou a filtração glomerular.
b. produziu maior volume de urina.
c. produziu urina com menos ureia.
d. produziu urina com maior concentração de sais.
e. reduziu a reabsorção de glicose e aminoácidos.

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  • 1.
  • 2. • Os órgãos que chamamos de rins possuem o formato de um feijão, e estão localizados na região lombar, ao lado da nossa coluna: um à esquerda, outro à direita. • Eles possuem coloração vermelho-escura e pesam aproximadamente 150 gramas cada. • Os rins são órgãos incríveis. Eles desempenham uma quantidade enorme de tarefas que, direta ou indiretamente, nos mantém vivos. Apesar de relativamente pequenos, esses importantes órgãos desempenham quatro funções principais:
  • 3. • Filtram o sangue do corpo: Parece difícil de acreditar, mas esses pequenos órgãos filtram todo o sangue do nosso corpo aproximadamente 288 vezes por dia! Todas as impurezas que são coletadas no processo (ureia, amônia, resíduos de drogas e outros) são misturadas com água, enviadas para a bexiga e eliminadas na nossa urina. • Equilibram e fazem a manutenção de elementos necessários para a saúde do nosso corpo: Além de filtrar o nosso sangue das impurezas, os rins regulam a quantidade de substâncias benéficas (como cálcio, sódio, potássio, magnésio, fósforo, etc.) para o nosso corpo, garantindo que nada esteja em excesso. Eles retiram os excessos dessas substâncias e jogam fora pelo xixi, garantindo que tudo esteja em perfeito equilíbrio. Além disso, os rins são responsáveis por regular o nível de ácido-base (pH) do nosso sangue, mantendo ele sempre constante. • Ajudam no controle da pressão arterial: Os rins também regulam o volume e a pressão do nosso sangue. Caso os órgãos sintam que os líquidos estão passando em um ritmo não satisfatório, os rins podem reter e até eliminar água ou aumentar a produção de sangue, estabilizando o fluxo. • Regulam a formação do sangue e dos ossos: Além de tudo já descrito neste capítulo, os rins também funcionam como produtores de hormônios para o nosso corpo! Eles produzem substâncias muito importantes para o nosso corpo: eritropoietina, que participa na formação de glóbulos vermelhos para o nosso sangue; vitamina D, que ajuda na absorção de cálcio para fortalecimento dos ossos; e a renina, que ajuda a regular a pressão arterial.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
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  • 30.
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  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53. GLÂNDULA ANDRENAL • As adrenais são duas glândulas pequenas, localizadas acima dos rins (esquerdo e direito) que medem apenas 5 cm cada uma delas. • A medula adrenal é a região central da glândula e secreta os hormônios chamados de catecolaminas. Já o córtex adrenal é subdividido em 3 zonas, cada uma com características anatômicas específicas. • A zona glomerulosa, mais externa, contém um retículo endoplasmático liso em quantidade abundante e secreta um hormônio mineralocorticóide conhecido como aldosterona. • A zona fasciculada vem logo a seguir, possui quantidades abundantes de gotículas lipídicas e produz o glicocorticóide cortisol. • E, por fim, a zona reticular, que desenvolve-se na vida pós-natal, produz os esteróides androgênicos, além de glicocorticóides.
  • 54.
  • 55. HORMÔNIOS DAS ADRENAIS CATECOLAMINAS: • As catecolaminas são hormônios derivados do aminoácido tirosina. A liberação representa uma resposta direta à estimulação nervosa simpática da medula suprarrenal. • A liberação das catecolaminas são fundamentais na resposta de estresse a uma agressão física ou psicológica, como perda grave de sangue, diminuição do nível de glicemia, lesão traumática, intervenção traumática, cirúrgica ou experiência desagradável. • Seus efeitos fisiológicos consistem em alerta, dilatação das pupilas, piloereção, sudorese, dilatação brônquica, taquicardia, inibição da atividade do músculo liso e constrição dos esfincteres no trato gastrintestinal. GLICOCORTICÓIDES: • O principal glicocorticóide é o cortisol. A síntese dos glicocorticóides é estimulada pelo ACTH ( hormônio adrenocorticotrópico) hipofisário, que se encontra regulado pelo CRH hipotalâmico, estando relacionados por retro alimentação negativa com glicocorticóide. • O cortisol tem efeito anti-inflamatório, antialérgico e possui importante efeito metabólico sobre os glicídios (gliconeogênese), lipídios (lipólise) e proteínas (catabolismo).
  • 56. HORMÔNIOS DAS ADRENAIS ANDROGÊNIOS: • São produzidos na zona reticular e é controlada pelo ACTH através do eixo hipófise- hipotálamo. São representados pela dehidroepiandrosterona (DHEA) e a androstenediona, os estrógenos e a progesterona. • Os androgênios são convertidos em androstenediona e a seguir em androgênios ou estrogênios potentes nos tecidos periféricos. • Os conhecimentos atuais indicam que a presença de baixos níveis de DHEA está associada à doença cardiovascular nos homens e ao risco aumentado de cânceres de mama e de ovário em mulheres na pré-menopausa. Por outro lado, os níveis elevados de DHEA podem aumentar o risco de câncer de mama após a menopausa. MINERALOCORTICÓIDES: • A aldosterona age na regulação da homeostase dos eletrólitos no líquido extracelular, principalmente sódio (Na) e potássio (K). São reguladas predominantemente pela angiotensina II e pelo K+ extracelular, bem como em menor grau, pelo ACTH. • O principal estímulo fisiológico para a liberação de aldosterona consiste em uma redução do volume sanguíneo intravascular. Quando secretada, a aldosterona é responsável aumentar a síntese dos canais de sódio na membrana apical, a síntese e a atividade da ATPase na membrana basolateral e o aumento da reabsorção de sódio leva a um aumento da reabsorção de água.
  • 57.
  • 58. PRINCIPAIS CAUSAS DOS PROBLEMAS NOS RINS 1. Hipertensão arterial: A pressão arterial alta é uma condição sem cura que causa problemas de saúde em várias partes do corpo, inclusive nos rins. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a pressão arterial alta é responsável por aproximadamente 35% dos casos de doenças renais crônicas do país. A hipertensão prejudica a atividade dos rins e, uma vez que os rins também trabalham no controle da pressão, isso acarreta numa bola de neve: a pressão alta atrapalha o funcionamento dos rins; e eles, não funcionando bem, diminuem o controle da pressão. Isso acaba aumentando ainda mais a pressão e piorando ainda mais as funções dos rins. 2. Diabetes: A Nefropatia Diabética (ND) leva à perda de proteínas na urina e tende a piorar com o passar do tempo, levando o paciente a Insuficiência Renal Crônica (IRC). 3. Idade: A idade também aumenta a chance de desenvolvimento de problemas nos rins. Segundo a SBN, os rins perdem, em média, 1% das suas funções anualmente após a pessoa atingir os 40 anos. Aproximadamente 31% dos brasileiros que sofrem insuficiência renal possuem mais de 65 anos.
  • 59. PRINCIPAIS CAUSAS DOS PROBLEMAS NOS RINS 4. Tabagismo: O cigarro oferece riscos astronômicos à saúde de todo o corpo, inclusive para os rins. Além de aumentar a pressão arterial e aumentar o risco de desenvolvimento de hipertensão. 5. Fatores congênitos e hereditários: Sim, algumas doenças e insuficiências renais estão conectadas com o histórico familiar. A doença nos rins que está associada a fatores hereditários é a doença renal policística. Outro problema que também pode ser desencadeado de forma congênita é a de formação de cálculos renais.
  • 60. QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS DE DOENÇAS RENAIS? 1. Mudanças na urina: Espuma, alteração de cor e até presença de sangue na urina são sintomas presentes em pessoas com problemas renais. Além disso, fazer xixi mais vezes por dia do que o comum pode ser um sintoma, ainda mais se a urina estiver com uma cor clara, quase transparente. O mesmo vale para urinar menos do que o de costume e o líquido apresentar uma coloração escura. Levantar durante a noite para ir ao banheiro e ter dificuldade para urinar podem ser sintomas de uma pessoa com problemas nos rins. 1. Dores nas costas: Um dos sintomas mais comuns de sobrecarga e mal funcionamento dos rins é a presença de dores frequentes na parte inferior das costas, logo abaixo das costelas. Além de ser mais fácil de perceber, ele é um dos primeiros sintomas que uma pessoa com problemas nos rins presencia. 2. Inchaço no corpo: Quando os rins não conseguem trabalhar corretamente, todo o excesso de líquido que seria removido do corpo por eles fica acumulado, causando inchaço nas mãos, pés, pernas e no rosto. O inchaço costuma ser um sintoma apenas em casos onde o dano nos rins já é muito avançado, tendo que ser tratado imediatamente. O inchaço pode ser ocasionado por perda de proteínas pela urina, termo chamado proteinúria. 3. Fraqueza e cansaço: Os rins produzem o hormônio eritropoietina (produção de hemácias). Quando os rins não estão funcionando bem, a produção das hemácias cai, diminuindo a oxigenação interna e fazendo com que a pessoa se sinta fraca e cansada depressa (anemia).
  • 61. PRINCIPAIS DOENÇAS QUE AFETAM O SISTEMA URINÁRIO
  • 62. • De acordo com uma pesquisa feita em 2016 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% da população mundial sofre de algum tipo de doença renal. • O Brasil segue a mesma média do planeta: a Sociedade Brasileira de Nefrologia estima que um a cada dez brasileiros possui alguma doença nos rins. • As complicações aparecem em todas as idades, porém são mais comuns em pessoas acima dos 50 anos.
  • 63. CÁLCULO RENAL (PEDRA NOS RINS) • O cálculo renal, conhecido como pedras nos rins, é uma condição onde pequenos cristais (produzidos pelo acúmulo de minerais, como o cálcio e o ácido úrico, que não são eliminados pela urina) são formadas dentro dos rins e acabam obstruindo o ureter, que é o canal que transporta a urina até a bexiga. • Os cálculos renais podem causar dores extremas, comparadas por alguns com as dores do parto. • As pedras costumam ser pequenas e podem ser eliminadas pela urina sem complicações, quando tratadas com medicamentos. Existem alguns casos onde as pedras formadas são grandes demais, tendo que ser cirurgicamente partidas em pedaços menores para que então sejam eliminadas pela urina. • Quando não bebemos água o suficiente, aumentamos as chances de desenvolvermos pedras nos rins. Por isso é muito importante que se beba entre dois e três litros de água diariamente.
  • 64. PIELONEFRITE (INFECÇÃO RENAL) • A infecção renal geralmente é causada por uma inflamação na bexiga (cistite) que acaba subindo o sistema urinário, alcançando um ou ambos os rins. • Dores renais, febre, dificuldade para urinar ou vontade frequente de ir ao banheiro são sintomas. • O tratamento por ser feito com antibióticos em casos mais leves e pode acarretar em internação hospitalar em casos mais avançados. • Mulheres devem ter cuidado dobrado com a pielonefrite, pois a uretra feminina é menor que a masculina, aumentando as chances de infecções no sistema urinário.
  • 65. DOENÇA RENAL POLICÍSTICA (CISTOS RENAIS) • Cistos nos rins ocorrem de forma hereditária e pela idade. A sua característica principal é a formação de bolhinhas dentro dos rins. • Em pequenas quantidades e quando é simples, não apresentam um problema sério, podendo ser apenas acompanhadas por especialistas. Em grandes quantidades, pode ter o diagnóstico de doença renal policística, doença hereditária que pode causar insuficiência renal e necessidade de transplante de rim. Quando o cisto é complexo ou sólido deve imediatamente ser avaliado por um urologista.
  • 66. TUMORES OS RINS • Uma das doenças renais mais raras, os tumores nos rins podem ocorrer pela alta frequência de cistos nos órgãos. Podem ser benignos ou malignos, mas possuem grande chance de cura se tratados no início do desenvolvimento.
  • 67. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA • Insuficiência renal aguda, também conhecida como lesão renal aguda, é a perda das funções dos rins de uma hora para outra. • A lesão aguda é rápida: pode se desenvolver em poucas horas e, mais tardar, em apenas alguns dias. A insuficiência renal aguda pode ser letal e deve ser tratada no momento que for identificada, pois a situação é reversível. • De acordo com o Sociedade Brasileira de Nefrologia, esse tipo de insuficiência é comum em pessoas que já estejam hospitalizadas por outros motivos. Esses motivos não precisam necessariamente estar ligados aos rins. Os problemas que mais comumente podem ocasionar uma lesão renal são: • Hemorragia; • Desidratação grave; • Queimaduras severas; • Infarto; • Infecções generalizadas; • Complicações causadas pelo Lúpus; • Uso excessivo de medicamentos e outras drogas; • Bloqueio da passagem da urina pelo corpo por outros problemas, como câncer de bexiga, câncer de próstata, coágulos de sangue no trato urinário, aumento na próstata, etc.
  • 68. DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) • A DRC consiste na perda constante e irreversível das funções dos rins. É considerada crônica qualquer tipo de lesão renal que tenha seu quadro piorado ou mantido durante três meses sem sinalizar melhora. • Em fases mais avançadas a doença renal crônica é chamada de IRC (Insuficiência Renal Crônica). • Os rins operam com muita dificuldade as suas funções, resultando na falência renal. A DRC acontece em pessoas que desenvolvem complicações renais ou que possuem outras condições que podem acarretar em lesões, como: • Hipertensão: responsável por 35% dos casos de DRC do país, a pressão alta pode causar lesões e piorar o funcionamento dos rins. • Diabetes: O excesso de açúcar pode causar a DRC. • Idade avançada: aproximadamente 31% dos brasileiros com problemas renais possuem mais de 65 anos. Pessoas que tiveram hábitos ruins ao longo da vida, como beber e fumar, têm ainda mais chances de apresentar a doença renal crônica. • Obstrução dos canais urinários: A urina, que é produzida pelos rins, é cheia de impurezas e substâncias que estão em excesso no nosso corpo. Se essas impurezas não são eliminadas do corpo (por alguma obstrução dos canais) os rins começam a não conseguir filtrar tudo e podem não dar conta de fazer suas funções, o que pode acarretar em uma DRC.
  • 69. AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA DOENÇA RENAL CRÔNICA • Creatinina Sérica e o RFG - CÁLCULO PELA FÓRMULA CKD-EPI (2021)
  • 70. AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA DOENÇA RENAL CRÔNICA • Clearence (depuração) de creatinina - Teste utilizado para avaliação da taxa de filtração glomerular, sendo mais sensível que a determinação sérica isolada. - No clearence de creatinina valores séricos e urinários são medidos e a depuração é calculada e corrigida tendo em vista a superfície corporal. - Clearence elevado pode ser encontrado após exercícios, na gravidez e no diabete melito. - A variação intra-individual desse teste pode chegar a 15%. Armazenamento da urina por muito tempo, em altas temperaturas pode causar conversão da creatina a creatinina, acarretando aumentos espúrios.
  • 71. AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA DOENÇA RENAL CRÔNICA • Cistatina C - A Cistatina C é uma proteína cuja concentração sérica depende quase que exclusivamente da capacidade de filtração glomerular. Sua concentração independe da massa muscular, do sexo ou da alimentação. - Diversos estudos clínicos atestam a maior sensibilidade e especificidade da cistatina C, em comparação com a creatinina sérica, na detecção de alterações discretas da função glomerular. - É importante citar que elevações da cistatina C, sem correlação com diminuição da taxa de filtração glomerular, foram descritas em pacientes com mieloma múltiplo, tumores malignos, cirrose hepática e alguns hipertensos e diabéticos com proteinúria.
  • 72. AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA DOENÇA RENAL CRÔNICA • Microalbuminúria - É o nome dado à detecção de pequenas quantidades de proteínas na urina (30 a 300 mg/24 horas) que tem importância no diagnóstico e na evolução da nefropatia diabética, por indicar lesão potencialmente reversível. - Em geral, prediz em 1 a 5 anos o aparecimento de proteinúria franca. Tratamento clínico rigoroso pode retardar o aparecimento e a progressão da microalbuminúria. - Excreção elevada pode ser encontrada em grávidas, após exercícios físicos, em quadros inflamatórios e infecciosos, na infecção urinária, na presença de hematúria e proteinúria postural benigna. - Pode ser realizado em amostra recente (corrigido pela creatinina) e em urinas coletados em 12 ou 24 horas. Variações individuais de até 30% podem ocorrer. - Na presença de proteinúria franca, valores de microalbuminúria podem ser falsamente baixos devido à ocorrência de "efeito gancho".
  • 73. BORA TREINAR 1. Relacione corretamente os órgãos do sistema urinário com a função desempenhada. I. Rim II. Bexiga urinária III. Ureter IV. Uretra a. Responsável por receber e armazenar temporariamente a urina; b. Responsável por conduzir a urina da bexiga para fora do corpo; c. Responsável por filtrar as impurezas do sangue; d. Responsável por conduzir a urina dos rins para bexiga. 2. A urina é um líquido que tem a função de excretar substâncias do nosso corpo. Sua composição é 95% água e 5% de resíduos dissolvidos, como ureia, amônia, ácido úrico e sais minerais. A sequência correta que indica as etapas de formação de urina no organismo é: a. Solubilização, Filtração, Reabsorção e Eliminação. b. Secreção, Solubilização, Filtração e Excreção. c. Filtração, Reabsorção, Secreção e Excreção. d. Eliminação, Concentração, Filtração e Excreção.
  • 74. 3. Sobre o sistema urinário feminino e masculino é correto afirmar que: a. O sistema urinário feminino e masculino são idênticos. b. O sistema urinário feminino e masculino diferem na quantidade de vias urinárias. c. O sistema urinário feminino e masculino diferem no tamanho da uretra. d. O sistema urinário feminino e masculino apresentam as mesmas funções. 4. Indique qual das alternativas a seguir NÃO apresenta uma função do sistema urinário. a. Filtração do sangue para remoção de impurezas. b. Condução, armazenamento e excreção da urina. c. Manutenção da concentração de água e sais minerais no organismo. d. Regulação da quantidade de sangue que circula no corpo. 5. A condução da urina para o meio externo pode ser explicada por: a. Movimentos peristálticos que levam a urina dos rins até à uretra para que seja eliminada. b. Presença de receptores na bexiga que indicam quando um volume máximo de urina é atingido e abre-se passagem para que o fluido seja direcionado para excreção pela uretra. c. Excesso de sangue nos órgãos do sistema urinário, que sinaliza a liberação de urina pelo ureter. d. Elevação da concentração de plasma nas vias urinárias do sistema urinário.
  • 75. 6. (Enem/2015) Durante uma expedição, um grupo de estudantes perdeu-se de seu guia. Ao longo do dia em que esse grupo estava perdido, sem água e debaixo de sol, os estudantes passaram a sentir cada vez mais sede. Consequentemente, o sistema excretor desses indivíduos teve um acréscimo em um dos seus processos funcionais. Nessa situação o sistema excretor dos estudantes a. aumentou a filtração glomerular. b. produziu maior volume de urina. c. produziu urina com menos ureia. d. produziu urina com maior concentração de sais. e. reduziu a reabsorção de glicose e aminoácidos.