XIV CBE - Palestra 4 - Suani Coelho - 25 outubro 2012
1. Novas Perspectivas dos
Biocombustíveis no País
Suani Coelho
Colaboradores: Cristiane Cortez; Renata Grisoli; Vanessa Pecora
CENBIO/IEE/USP
Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2012
2. 1. BIOCOMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS – Biocombustiveis para
Aviação - Tecnologias de segunda geração
2. GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
- cogeração no setor sucroalcooleiro
- aproveitamento de resíduos urbanos e rurais
5. Tecnologia de Segunda Geração para
produção de biocombustíveis
Primeira geração – biocombustíveis a partir
de açúcares ou óleos, facilmente extraídos
pela tecnologia convencional.
Segunda geração – biocombustíveis feitos a
partir de biomassa lignocelulósica (culturas ou
resíduos).
7. Mandatos de mistura
• Renewable Fuels Standard (RFS) – EUA: mistura obrigatória de etanol celulósico
a partir de 2010
- 60,6 bilhões de litros por ano, em 2022
Fonte: U.S. Renewable Fuels Standard
8. Política européia
• Diretiva 2009/28/EC - Parlamento Europeu, 2009
• 20% de energias renováveis no consumo total de energia
• 10% de energia renovável no setor de transporte até 2020
• Não há uma quota específica para o uso de biocombustíveis
de segunda geração renováveis - padrões de sustentabilidade
exigidos e maior potencial de mitigação dos GEE
9. Tecnologias de segunda
geração
• Rota termoquímica
- Gás de síntese, síntese catalítica ou
fermentação
• Rota bioquímica
- Pré-tratamento, hidrólise, fermentação
10. Rota Termoquímica
• Conversão BTL (biomass-to-liquids)
• Gaseificação: Biomassa com umidade reduzida
submetidas a um tratamento térmico severo na
presença de uma quantidade controlada de ar
(ou apenas oxigênio)
• Gás de síntese: CO+ H2
• Processo Fischer-Tropsch (FT)
11. Unidades - FT
(1) A CHOREN, em Freiberg, Alemanha - fechou
em fevereiro/2012 por problemas financeiros
(o processo de gaseificação: Carbo-V). Foi
adquirida pela gigante Linde mas ficará
fechada por alguns anos.
(2) O projeto Chrisgas da planta de Värnamo, na
Suécia – operações finalizadas em 2010.
Segundo eles pela falta de incentivos
monetários por parte do governo.
Problemas na gaseificação de biomassa em
grande escala – limpeza do gás –
alimentação do gás
12. Rota Bioquímica
Pré- Tratamento
– Processo Físico
– Processo Químico
– Processo Biológico
– Processo Combinado
Hidrólise
– Ácida (diluída ou concentrada)
– Enzimática
Fermentação
13. Rota Bioquímica
• Desafios:
• Forte ligações lignocelulósicas – pré-tratamento
• Celulose não é hidrolisada por enzimas convencionais –
requer aplicação de enzimas específicas
• Novos microorganismos para fermentar os açúcares
(xiloses) das hemiceluloses
15. Projeto CENBIO
Potential for Sustainable
Production of 2nd-Generation
Biofuels
Levantar informações brasileiras
sobre os biocombustíveis de
primeira geração, além da
disponibilidade de matérias-primas
para produção de biocombustíveis
de segunda geração, a fim de
subsidiar o relatório publicado em
2010, que trata da situação dos
principais países emergentes e em
desenvolvimento.
www.iea.org/papers/2010/second_generation_biofuels.pdf
16. Projeto CENBIO
Potential for Sustainable Production of 2nd-
Generation Biofuels
Disponibilidade de biomassa no Brasil
•Cana-de-açúcar (bagaço, palha e pontas)
•Resíduos agrícolas (de soja, milho, arroz,
amendoim e coco)
•Resíduos de madeira
Maior utilização: deixados no campo ou para
cogeração
IEA, 2010
17. Projeto CENBIO
Levantamento georreferenciado de resíduos
da cana-de-açúcar em potencial no país,
visando à sua utilização para produção de
álcool combustível através da tecnologia de
hidrólise enzimática
• Levantar o potencial de biomassa
residual da cultura de cana-de-
açúcar (considerando apenas
resíduos de palhas/pontas e
bagaço da cana-de-açúcar)
• Elaborar mapas
georreferenciados do potencial
de resíduos (safra 2007/2008)
18. Custos de produção do etanol
celulósico
• Custo matéria-prima
- 45% a 65% do custo de produção
• Custo capital
- Escala comercial
• Custo de operação e manutenção
- Pré-tratamento e hidrólise
20. Desafios da segunda geração
•Matéria-prima (transporte)
•Tecnologia (enzimas)
•Custo de produção elevado
21. Iniciativas etanol lignocelulósico no
Brasil
Início Iniciativa Financiador/ Responsável
Fundação de Tecnologia
1981 Iniciativa com eucalipto
industrial (FTI) - Lorena/SP
Patenteamento: Dedini Hidrólise Rápida (DHR)/ planta
1987 demonstração Dedini - Piracicaba/SP
REDE BIOETANOL - Produção de Etanol via Hidrólise Ministério de Ciência e
2006 Enzimática da Biomassa da Cana-de Açúcar Tecnologia
2004 Unidade experimental/ planta semi industrial (2010) CENPES/ Petrobras
2008 Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) FAPESP
Projeto CANEBIOFUEL ( Seventh Research Framework
Novozymes, CTC e UFPR
2009 Programme of the European Commission – FP7)
Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol Ministério de Ciência e
2009 (CTBE) Tecnologia
22. Plantas com tecnologias de 2ª
geração
IEA Bioenergy TASK 39: Status of 2nd generation biofuels demonstration
facilities:
http://biofuels.abc-energy.at/demoplants/projects/mapindex
http://www.biofuels-platform.ch/en/search/engine.php
• Plantas piloto: 18 em operação
• Plantas em demonstração: 7 em operação
• Plantas comerciais: 1 em operação
23. 1. BIOCOMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS – BIOCOMBUSTIVEIS
PARA AVIAÇÃO - TECNOLOGIAS DE SEGUNDA GERAÇÃO
2. GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
- COGERAÇÃO NO SETOR SUCRO-ALCOOLEIRO
- APROVEITAMENTO DE RESIDUOS URBANOS E
RURAIS
24. Tecnologias eficientes para geração de
eletricidade a partir de biomassa (1/2)
• Tecnologias comercialmente disponíveis:
– Ciclos a vapor de grande escala – setores de cana-
de-açúcar, papel/celulose e madeira
• Caldeiras a biomassa de alta pressão
• Caldeiras de leito fluidizado
• Turbinas a vapor de contrapressão
• Turbinas a vapor de condensação de extração
– Turbinas a vapor de pequena escala – pequenas
comunidades (200 kW-1 MW)
25. Cogeração de grande porte –
setor sucro alcooleiro - São
Paulo
Fonte: CENBIO (Usina Santa Adélia
São Paulo – Brasil)
30. Micro-turbinas a vapor (<1,5 MW)
Projeto Enermad – CENBIO – 200 kW
Município de Breves – Ilha de Marajó – Pará/Brasil
31. Tecnologias eficientes para geração de
eletricidade a partir de
biomassa (2/2)
• Tecnologias em desenvolvimento/plantas piloto
– Gaseificadores de biomassa em grande escala/sistemas de turbina a
gás
• Dificuldades com alimentação de biomassa e
• Sistema de limpeza de gás para turbinas a gás
• Todas as usinas existentes fechadas
– Gaseificadores/motores de biomassa em pequena escala
• Em desenvolvimento
• Necessidade de maior P&D
• Algumas plantas piloto em comunidades isoladas – não completamente
comercializados
– Óleos vegetais in natura em motores adaptados – precisa de P&D
32. Sistemas de biomassa em pequena escala – Projeto Conjunto Brasil-Índia –
gaseificador de biomassa para fornecimento energético em vilas remotas –
cascas de cupuaçu
• 700 pessoas - 180 residências;
• Área plantada com cupuaçu:
100 ha;
• Energia para atividades
econômicas
• Antes da usina de
gaseificação – Frutos de
cupuaçu vendidos in
natura (pouco valor
agregado)
• Após a usina de
gaseificação– produção de
polpa congelada de
cupuaçu (maior valor
agregado)
Vila amazônica - • Gaseificador de
biomassa instalado no
Aquidabam IPT/USP para adaptação e
testes
33. 1. BIOCOMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS – TECNOLOGIAS DE
SEGUNDA GERAÇÃO
2. GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
- COGERAÇÃO NO SETOR SUCRO-ALCOOLEIRO
- APROVEITAMENTO DE RESIDUOS URBANOS E
RURAIS
34. PNRS – Politica Nacional de Residuos
Solidos
X
reutilização
reciclagem
compostagem
recuperação
aproveitamento energético
37. BIOGÁS
Biogás a partir de Tratamento de Esgoto
Biogás a partir de Aterros
Sanitários
Biogás a partir de Resíduos Rurais
38. Aterro Sanitário
Tecnologias de Conversão de biogas
) ona/
3
Estrutura do sistema de captação de biogás
m onat e med oãz a V
(
Flare Motor ciclo Otto Microturbina
39. Geração de Energia em Aterro Sanitário – São Paulo
ATERRO BANDEIRANTES
Potência instalada: 20 MW
Aterro encerrado em maio de 2007 ATERRO SÃO JOÃO
Previsão de geração de biogás: + 25 Potência instalada: 22 MW
anos após o encerramento das atividades
Aterro encerrado em outubro de 2007
Previsão de geração de biogás: + 15 anos
após o encerramento das atividades
40. Tecnologias de pequena escala para
Conversão de Biogás
Tecnologias avançadas: Microturbina a Biogás –
Biogás de Tratamento de Esgoto na Estação de
Tratamento de Esgoto da SABESP, São Paulo Eletricidade a partir de Biogás – Esgoto do
Conjunto Residencial da USP - SP
Microturbina a Gás
Biodigestor modelo RAFA:
Reator Anaeróbio de Fluxo
Ascendente
Motor Ciclo Otto
Motor e sistema de controle
41. Biogás a partir de Tratamento de Esgoto
PEQUENA ESCALA – TECNOLOGIA
ADAPTADA
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO
OURO VERDE DA SANEPAR
FOZ DO IGUAÇU – PARANÁ / BRASIL GRANDE ESCALA – TECNOLOGIA AVANÇADA
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA
COPASA
MINAS GERAIS / BRASIL
Potência instalada: 2,4 MW
Tecnologia de conversão energética : microturbina a biogás
Energia térmica: aquecimento de biodigestores
Potência instalada: 30 kW
Tecnologia de conversão energética: motor ciclo Otto adaptado
42. Tratamento de Dejetos Animais
Granja Colombari – Foz do
Iguaçu – Paraná / Brasil
30 kW instalados – Contrato
com a COPEL
Metodologia para estimar a redução
de GEE a partir de biodigestão de
resíduos animais
Fotos:
CENBIO, 2011
43. Tecnologia Aplicada à Utilização
Veicular
Sistema de purificação do biogás: retirada de
umidade, H2S e CO2
Retirada de CO2 até que a porcentagem de
metano fique próxima à do gás natural
Porcentagem mínima de metano no gás natural
para uso veicular deve ser de 86% e máxima de
CO2 de 5%
Processo químico: absorção de CO2 em água
Pressões elevadas nas colunas de absorção (600 a
1200 kPa)
Saída do sistema: ~ 95% de metano e de 1 a 3%
de CO2
44. Tecnologia Aplicada à
Utilização Veicular
Vantagens Desvantagens
- Utilização do biogás para alimentar a frota do - Não há tecnologias nacionais comprovadamente
aterro, reduzindo os gastos com outros eficientes para esta finalidade e com custo
combustíveis competitivo em relação aos combustíveis
convencionais
- Substituição de combustíveis fósseis (diesel, por
exemplo) por combustível renovável e de baixo - Baixa escala de produção e elevados custos de
impacto ambiental, pois reduz as emissões de implantação
particulados, NOx, entre outros.
- Incerteza quanto à eficiência deste alternativa
- Existem equipamentos importados que garantam
eficiência elevada, mas os mesmos nunca foram
testados no Brasil e necessitam de adaptações
para as características do biogás nacional
45. BIOGÁS A PARTIR DE
ATERROS/ESGOTO/MEIO RURAL
• Grande escala – aterros vendendo
eletricidade para a rede
• Tecnologia
– Motores: bem conhecidos
– Turbinas a gás para biogás: poucos fabricantes
• Sistemas de conversão de biogás não
fabricados no Brasil
• Sistema de limpeza de biogás para alimentar o
motor – a ser aperfeiçoado
50
46. BIOGÁS A PARTIR DE
ATERROS/ESGOTO/MEIO RURAL
Gargalos
• Tecnologia – motores não fabricados no Brasil
(apenas motores adaptados)
• Turbinas a gás – importadas – poucos exemplos no
lugar
• Limpeza de gás – a ser aperfeiçoada
• Conservadorismo – stakeholders (rural)
2012 – Agência Nacional de
Energia Elétrica - ANEEL -
Incentivos para utilidades – 51
Projetos de P&D em biogás
47. Tratamento Mecânico Biológico
Forma integrada de tratar RSU que pode englobar, entre outros
processos, a triagem, separação, trituração, secagem, digestão
anaeróbia, compostagem e aproveitamento energético.
Os resíduos inorgânicos recicláveis ou reutilizáveis (papéis, vidros,
materiais ferrosos, alumínio, etc.) são comercializados; a fração
orgânica passível de decomposição é submetida à compostagem ou
digestão anaeróbia e os rejeitos encaminhados para aterros
sanitários.
48. Biodigestão - Vantagens
• Produção de composto e de elevada quantidade de metano (potencial de
geração de energia térmica ou elétrica).
• Possibilidade da coleta de todo o biogás gerado (em aterros, o índice de
recuperação é de 60 a 70%).
• Reduzida taxa de geração de lodo.
• Retirada da fração orgânica dos RSU causadora dos odores desagradáveis e de
lixiviados de alta carga orgânica nos aterros sanitários.
• Minimização da emissão de GEE.
49. Biodigestão
Desvantagens
• Aplicável apenas a resíduos orgânicos (requer separação prévia).
• Necessidade da trituração prévia da fração orgânica dos RSU.
• A eficiência do processo é afetada pela variação da alimentação (quer seja RSU ou RSU
/ lodo): composição, procedência, sazonalidade, gravimetria, umidade.
• Possibilidade de ocorrer obstruções nas tubulações.
• Aplicável a tratamento de lodos de ETEs, mas o produto final (composto orgânico) fica
com aplicação reduzida (RESOLUÇÃO CONAMA nº 375, de 29 de agosto de 2006).
Dificuldades
• Ainda não utilizada no Brasil, apresenta altos custos para a implementação.
• Preconceito da sociedade em relação à qualidade do composto proveniente de RSU.
• Dificuldade na comercialização do composto gerado (mercado x qualidade e disposições
legais).
50. Gaseificação
Combustão parcial de um sólido com ar (oxigênio) em quantidade inferior ao que
seria necessário para queima completa do combustível.
Processo associado à conversão de combustíveis sólidos em gasosos de média ou
baixa capacidade calorífica (reações termoquímicas endotérmicas, com vapor e ar
ou oxigênio (custo elevado), em quantidades inferiores à estequiométrica).
Principais componentes da mistura de gás formada pelo processo de resíduos
sólidos: CO, CO2, H2
Equipamentos de conversão energética:
-grupos moto-geradors (baixas potências até cerca de 600 - 1000 kW)
-em turbinas a gás (acima de 1 MW) ou ainda queimado conjuntamente a outros
combustíveis em caldeiras.
Dificuldades – limpeza dos gases principalmente para turbinas a gás – NÃO HÁ
PLANTAS EM OPERAÇÃO DE GRANDE PORTE (TODAS DESATIVADAS)
Sistema de pequeno porte em operação
51. Gaseificação de biomassa no Brasil –
CENBIO/USP
Projeto GASEIFAMAZ
Importação de sistema de gaseificação
de 20 kW - Indian Institute of Science
(IISc);
Testes no IPT: O&M, limpeza de
gases, adaptações à realidade
amazônica;
Transferência do sistema para Sistema de
gaseificação em
comunidade Vila de Aquidabam, funcionamento na
Manacapuru – AM comunidade
Projeto GASEIBRAS
Construção do gaseificador – IPT/SP
Sistema de
gaseificação instalado
no IPT
54. Incineração - Vantagens
• Tecnologias seguras e confiáveis, comercialmente
disponíveis (fora BR).
• Instalação da URE próxima aos pontos de geração
(incluindo áreas urbanizadas), com redução dos
custos e emissão de poluentes no transporte.
• Minimização das áreas necessárias.
• Diminuição da pressão por ocupação das poucas
áreas ainda livres, frequentemente com cobertura
vegetal
• Redução do volume do lixo (85 a 95%) e redução
da massa (60 a 70%).
• Possibilidade de obtenção de energia elétrica e
térmica, passíveis de serem comercializadas.
• Produção de energia em grande escala (garantia
de segurança no fornecimento de energia).
• Recuperação de materiais valiosos tais como
metais ferrosos e não ferrosos.
• Controle de emissões atmosféricas.
• Ausência do risco de contaminação dos lençóis
freáticos e passivos ambientais minimizados.
• Processamento de RSU in natura (não requer pré- Fonte: CECCONI,2010 – Brescia - Italia
tratamento).
55. Incineração - Desvantagens
• Tecnologia ainda não disponível comercialmente no Brasil.
• Alto custo de investimento.
• Necessidade de equipamentos sofisticados para controle de emissões (fator
determinante no elevado custo de investimento).
• Possibilidade de tratar lodos de ETEs, mas com menor eficiência energética.
56. Incineração - Barreiras
• Forte rejeição da sociedade civil (falta
de informação)
– Receio com relação à toxicidade dos gases
de exaustão: falta informação sobre a
existência de tecnologias adequadas para
limpeza dos gases;
– Preocupações relativas aos impactos na
reciclagem (desemprego de catadores):
falta informação sobre a necessidade
obrigatória de reciclagem antes do
processo de incineração.
• Investimentos iniciais elevados.
• Custo de geração elevado.
• Falta de políticas públicas de incentivo
às tecnologias para geração de energia
elétrica a partir de RSU.
57. URE VALORSUL – BOBADELLA, LISBOA –
PORTUGAL
Fonte: visita CENBIO, Junho 2012
EMISSÕES
ATMOSFÉRICAS
RESULTADOS DA MONITORIZAÇÃO EM DESCONTÍNUO 2011
Emissões de Dioxinas e Furanos Emissões de Cd+Tl
0.10 0.05
Valor limite Valor limite
0.09
0.08 0.04
0.07
0.03
mg/Nm 3
0.06
ng/Nm 3
0.05
0.04 0.02
0.03
0.01
0.02
0.01
0.00 0.00
FF1 FF2 FF3 FF1 FF2 FF3
Emissões de Hg Emissões de Sb+As+Pb+Cr+Co+Cu+Mn+Ni+V
0.05 0.50
Valor limite
Valor limite 0.45
0.04 0.40
0.35
0.03 0.30
mg/Nm3
mg/Nm3
0.25
0.02 0.20
0.15
0.01 0.10
0.05
0.00 0.00
FF1 FF2 FF3 FF1 FF2 FF3
Legenda:
1ºsem 11 2ºsem 11
58. RSU – Projeto Parceria
São Paulo – Baviera (Alemanha)
SMA/SP
SMA, Saúde Pública e Defesa do Consumidor (Baviera)
• 1ª Fase (2004)
Capacitação na incineração de resíduos sólidos.
• 2ª Fase (2006):
Inclusão de municípios: São Bernardo do Campo, Embu, Barueri e Santos
e outras instituições públicas e privadas (SABESP, EMAE, LIMPURB,
CIESP/FIESP, ABES).
• 3ª Fase (2009)
SMA/SP, CETESB e Secretaria Estadual de Energia
Resolução Nº 079, 4 Nov 2009
Condições gerais para operação e licenciamento de tratamento térmico de RSU
Estudo de Caso para um município de SP – viabilidade econômica de uma planta
de incineração
59. Res. SMA 79 (04/11/2009)
LE para URE (t mín de 850 oC)
Baseados na Baviera
MP, SOx, NOx, HCl, HF, HCT, CO, As, Cd, Pb, Co, Cu, Cr, Mn, Hg, Ni, Tl,
V e seus compostos, dioxinas e furanos.
Primeira verificação do cumprimento aos limites de emissão deverá
ser realizada no mínimo na capacidade de plena carga e proceder à
expedição da LO.
Estabelece diretrizes e condições para a operação e o
licenciamento da atividade de tratamento térmico de
resíduos no estado de SP.
61. URE VALORSUL – BOBADELLA, LISBOA –
PORTUGAL
Fonte: visita CENBIO, Junho 2012
• 174 milhões de euros
(2011)
• 94 milhões de euros
(doação UE)
• Tarifas
– Municípios 20 euros/t
– Particulares 40 euros/t
• Venda de energia
eletrica: 84
euros/MWh (tarifa
“verde”)
62. URE VALORSUL – BOBADELLA, LISBOA –
PORTUGAL
Fonte: visita CENBIO, Junho 2012
VOLUME
DE NEGÓCIOS
VALORES MÉDIOS 2007-2011 [%]
63. Comparação entre tecnologias para
aproveitamento energético de RSU
Tecnologia Vantagens Dificuldades
Aterro Sanitário Tecnologia conhecida/dominada • Dificuldades para encontrar áreas
(motores) disponíveis (motivos ambientais e
sociais)
• Motores – elevadas emissões de NOx
(necessidade de equipamentos “low
NOx”)
• Micro turbinas pouco utilizadas no
Brasil
Incineração Redução no volume de resíduos • Não há planta instalada com potência
sólidos dispostos em aterros inferior a 1 MW no mundo
sanitários • Não há planta instalada no Brasil
• Custos elevados
Tratamento Mecânico Biológico Redução no volume de resíduos • Não há planta instalada no Brasil
sólidos dispostos em aterros • Custos elevados
sanitários
Mercado de recicláveis
Gaseificação Unidades de pequeno porte (<1 • Não há plantas comerciais para
MW) – planta piloto biomassa (experiência de pequeno
porte na India e no Brasil/Amazonia)
• Necessidade de maiores
informações/testes para RSU
64. Geração de eletricidade a
partir de RSU
Quantidade de RSU Potencial de geração de eletricidade
1200 t/d 20 MW (incineração)
60 t/d (municipio de 60 000 pessoas) 1 MW
5 t/d (municipio de 5 000 pessoas) 75 kW aprox (gaseificação)
Incineração – apenas plantas acima de 5 MW
Gaseificação – abaixo de 1 MW
65. Políticas para eletricidade a partir de
Biomassa no Brasil (1/2)
• 2002 – Programa Proinfa (Programa Federal de Incentivo às Fontes
Alternativas de Energia Elétrica) – contrato de 20 anos para
aquisição de eletricidade
• 1000 MW biomassa
• 1000 MW energia eólica
• 1000 MW pequenas usinas hidroelétricas
• Resultados from PROINFA (tarifas de alimentação estabelecidas –
consideradas muito baixas para biomassa)
Total 3300 MW
Wind power 1423 MW
Small hydropower plants 1191 MW
Biomass (only ) 685 MW
Fonte: Eletrobras, Agosto 2005 1.000 MW – 685 MW = 315 MW contratos para as outras
energias renováveis – principalmente para eólica (mais
cara!!)
66. Políticas para eletricidade a partir de
Biomassa no Brasil (2/2)
• Leilões baseados nos menores preços
2006 - R$ 137,44/MWh (usinas termoelétricas – todas as fontes de energia)
5,53% do total
2011 - R$105,12/MWh (apenas energia renovável)
Fonte de energia Projetos Potência Instalada Garantia Física Preço
contratados (MW) (MWmédio) médio(R$/MWh)
Eólica 39 976,5 478,5 105,12
Biomassa 2 100 43,1 103,06 8,25% do total
Hídrica 1 135 90,9 91,20
Total 42 1211,5 612,5 102,18
Não há políticas para bioenergia/biogás – não competitivos
Em discussão agora – leilões para CADA tipo de renovável
67. Alguns Comentários
• Atualmente não há incentivos especiais para
bioenergia como há para a eólica (isenção de
impostos)
• É obrigatório para as instalações investirem 1% da
receita em projetos em energias renováveis e
eficiência energética – Supervisão da Agência
Nacional de Energia Elétrica - ANEEL
• 2012 – chamada especial para projetos em biogás
• A mesma política poderia ser usada para outros
tipos de bioenergia/comunidades remotas