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Dossiê: “O papel do Psicólogo no contexto
atual de relações humanas”
Mirthis Czubka
Josinara Alencar
Monice Ferreira
Natália Quinquiolo
ORGANIZADORAS
FICHA CATALOGRÁFICA
SUMÁRIO
Apresentação........................................................................................................................................05
A eficácia da grupoterapia cognitivo comportamental em casos de abuso sexual infantojuvenil
intrafamiliar..........................................................................................................................................06
SILVA, Ana Elisa; AYRES, Natália Takeuchi
Sexualidade na terceira idade: uma realidade esquecida....................................................................09
JESUS, Luiz Guilherme da Silva Santos; SILVA, Karina Moreira; VICENTE, Sonaira Lamosa; AMARAL, Patrícia
Pereira
Psicoeducação para todos.....................................................................................................................12
PLADO, Estevam Souza; MACHADO, Fernando de Aguiar; SIMIÃO, Luiz Carlos Soares; QUINQUIOLO, Natália
Carvalho Rosas
O psicólogo como agente de garantia de direitos à saúde mental da pessoa em situação de
cárcere...................................................................................................................................................15
ROCHA, Paulo Eugenio; SILVA, Ana Elisa; AYRES, Natália Takeuchi
A importância dos projetos de prevenção contra o bullying nas escolas.............................................18
SOUZA, Bruna Ferreira; CESAR, Jéssica Bueno Rocha Medeiros; AMARAL, Patrícia Pereira
A atuação do psicólogo escolar abrangendo a educação não violenta dentro da tríade: criança, escola
e família no retorno às aulas presenciais..............................................................................................21
SANTOS, Ana Paula R.; BARBOSA, Gleysse Kellen do P.; SILVA, Thainá E. da; LUZ, Sandra M. Oliveira;
QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas
A saúde mental dos profissionais de saúde na linha de frente à pandemia e o papel do
psicólogo...............................................................................................................................................24
COBRA, Carolina; MONTEIRO, Mariah; NEVES, Marcus; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas
O psicólogo organizacional na contemporaneidade: uma análise sobre a atuação em tempos de
covid-19.................................................................................................................................................27
SOUSA, Ana Carolina de Lima; MARTINS, Júlia de Souza; BOTERO, Syamala Martins; UCHOA, Yasmim Leme;
FERREIRA, Monice Kattar Giovanni
Transtorno de deficit de atenção e hiperatividade tdah: desdobramentos no paciente
adulto................................................................................................................................................... 30
ZANAROTTI, Viviane Canazzo; AMARAL, Patrícia Pereira
Teoria de campo de kurt lewin: aplicação na liderança organizacional...............................................33
OLIVEIRA, Danilo de; MEIRA, Lara Soares; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni
A importância do psicólogo na estratégica saúde da família................................................................36
MIÚDO, Nancy; SANTOS, Daísa; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas
Importância da educação sexual e o papel do psicólogo......................................................................39
MARTINS, Hannah Bodas; NEPOMUCENO, Danielle Prado
O luto da liberdade: uma proposta de reflexão ao processo de luto dos apenados no sistema
carcerário..............................................................................................................................................42
ROCHA, Paulo Eugenio; SANTOS, Maiara; AYRES, Natália Takeuchi
Representações sociais: como as mulheres representam a permanência em um relacionamento
abusivo..................................................................................................................................................45
COLOMBO, Janaína; CUNHA, Kamilla, FRANÇA, Sullen, MARINHO, Juliana NEPOMUCENO, Danielle Prado
As consequências psicológicas da pandemia da covid 19 nos profissionais da saúde no
brasil......................................................................................................................................................48
SILVA, Jorge Luís da; PACHECO, Enderson Gomes; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni
Tristeza e gestação: a atuação do psicólogo perinatal na prevenção da depressão
puerperal...............................................................................................................................................51
ROCHA, Paulo Eugenio; FREITAS, Bruna; AYRES, Natália Takeuchi
A violência doméstica contra a mulher em tempos de pandemia......................................................54
MEIKO, Debora; MORAIS, Cristiane; PROGRESSO, Jacqueline; AMARAL, Patrícia Pereira
Psicogerontologia: Intervenções Do Psicólogo em instituições de longa Permanência.....................57
Machado Tamires; Marini, Nathalia; AMARAL, Patrícia Pereira
APRESENTAÇÃO
O ebook editado em 2021 pelo Curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Taubaté, tem
o objetivo de oferecer um panorama da área da Psicologia, publicando artigos produzidos por docentes
e discentes. E também, a promoção e divulgação do conhecimento científico frente a problemáticas
contemporâneas do comportamento humano e da promoção da saúde, possibilitando o
desenvolvimento da Psicologia como ciência e prática profissional.
Trata-se de um conteúdo com publicações de artigos vinculados dentre algumas áreas
temáticas, como: Ciências do Comportamento; Psicologia Clínica, Psicologia da Saúde e Saúde Mental,
Psicologia Social; considerando sua diversidade de áreas e abordagens teórico-metodológicas. Os
artigos publicados condizem na categoria revisão da literatura e artigos teóricos, com a finalidade de
contribuir para a produção, divulgação e utilização do conhecimento produzido cientificamente no
âmbito da Psicologia. E também, fontes de leituras e pesquisas são indicadas em cada um dos artigos
que se faz presente, possibilitando para que o leitor adentre e aprofunde conhecimentos nos seus
campos e delineamentos desejados.
Nesse processo de sistematização e produção de conhecimentos, merece destaque que o
conteúdo proposto lança efeitos de extrema importância para o discente no decorrer de sua trajetória
acadêmica, bem como para com o desenvolvimento da sociedade gerando evolução e melhorias na
qualidade de vida. Além de possibilitar um olhar plural e multidisciplinar para com as temáticas que
são abordadas no presente ebook.
Desejo então aos leitores: uma leitura produtiva, despertando boas reflexões e aguçando os
sentidos para novas pesquisas!
Mirthis Czubka
6
A EFICÁCIA DA GRUPOTERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL EM CASOS
DE ABUSO SEXUAL INFANTOJUVENIL INTRAFAMILIAR
SILVA, Ana Elisa1; AYRES, Natália Takeuchi2
Palavras-chave: Violência Sexual Infantil. Grupoterapia. Cognitivo Comportamental.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
A violência sexual intrafamiliar infantojuvenil é um problema de saúde pública mundial que
vem ganhando maior visibilidade nas últimas décadas e, atualmente, perante o isolamento social
ocasionado pela pandemia do COVID-19, onde crianças e adolescentes estão mais vulneráveis ao seu
agressor.
Os grupos terapêuticos têm bons resultados nos tratamentos de vítimas, assim como, a terapia
cognitivo comportamental (TCC), que traz eficácia na redução dos sintomas de transtornos e traumas.
2 BASE TEÓRICA
A violência sexual infantil (VSI) é definida como qualquer contato ou exposição entre criança
ou adolescente com uma ou mais pessoas em estágios mais avançados do desenvolvimento físico ou
cognitivo, e que são estimuladas ou usadas para estimular sexualmente seu agressor. Tal violência
pode ocorrer através de contato físico ou da exposição a pornografias, voyerismo, exibicionismo e
assédio. (Azevedo & Guerra, 1989; Thomas, Eckenrode & Garbarino, 1997)
Segundo Habigzang, et al. (2008) a VSI “é um fenômeno complexo que envolve aspectos
psicológicos, sociais e jurídicos[...] que pode ocasionar sérias alterações cognitivas, comportamentais
e emocionais para a vítima”. Ainda para Habigzang (2008), o tratamento precoce com terapia cognitivo
comportamental nos transtornos desenvolvidos a partir do trauma, como estresse pós-traumático
(TEPT) e ansiedade, têm maior facilidade em auxiliar a reestruturação cognitiva por incluir no
tratamento técnicas para atingir sintomas específicos causados pelo trauma.
Para pesquisadores da área, o formato de grupo tem resultados mais significativos em crianças
e adolescentes vítimas de abuso (Celano, Hazzard, Campbell e Lang, 2002). Isto se deve pelos fatores
terapêuticos que são espontaneamente inseridos no grupo, como a universalidade, altruísmo,
1 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: psi.anaelisa@outlook.com
2
Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail:
natalia.ayres@anhanguera.com
7
instilação de esperança e apoio mútuo, auxiliando os membros a entenderem que são eles os agentes
de mudança. (Berchelli, 2002)
3 OBJETIVO
Identificar a eficácia da terapia cognitivo comportamental no formato grupal para o
acolhimento e tratamento de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual intrafamiliar e contribuir
para a comunidade acadêmica e os profissionais que trabalham com este público.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2002 a 2008.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da pesquisa realizada sobre os grupos em terapia cognitivo comportamental para
vítimas de abuso sexual infantojuvenil intrafamiliar, identificou-se que dentro dessa forma de terapia
as vítimas conseguem relatar o abuso, seus medos e dificuldades, enquanto que, através de dinâmicas,
psicoeducação e palestras, os psicólogos buscam trazer ao consciente das vítimas as crenças de
desvalor, desamparo e desamor, os motivos pelo qual elas se culpam e tem dificuldades em confiar,
resistência em se socializar, comportamentos disfuncionais no ambiente escolar e familiar. Sobretudo,
a experiência de grupo traz às vítimas um olhar atento para suas crenças, emoções e comportamentos
disfuncionais que antes não existiam. Assim, a criança e o adolescente entendem o que faz ou não
parte deles, percebendo seu modelo cognitivo e que seus pensamentos automáticos são provenientes
do trauma. (Habigzang, et al., 2008)
Durante o estudo, observou-se que a grupoterapia auxilia nas consequências do trauma, como
na ansiedade, estresse e TEPT, e facilita a reestruturação cognitiva de crenças disfuncionais e
isolamento social desencadeados pelo abuso sexual às vítimas. O modelo de grupo proporciona
melhoras em um período de tempo menor devido às técnicas da terapia cognitivo comportamental e
da identificação entre os membros do grupo, a qual propicia uma relação de confiança e um local de
segurança.
8
REFERÊNCIAS
Azevedo MA, Guerra VNA. Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. São Paulo: Iglu; 1989
Bechelli LPC, Santos MA. Psicoterapia de grupo e considerações sobre o paciente como agente da
própria mudança. Rev Latino-am Enfermagem, 2002. 10(3):383-91.
Celano, M. Hazzard, A. Campbell, S. K. & Lang, C. B. Attribution retraining with sexually abused children:
Review of techniques. 2002, Child Maltreatment, 7(1), 64-75.
Habigzang, Luísa Fernanda et al. Avaliação psicológica em casos de abuso sexual na infância e
adolescência. Psicologia: Reflexão e Crítica. 2008, v. 21, n. 2. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/prc/a/7pNTLhMQStyTMvjbZCVwCVL/?lang=pt. Acesso em: 15 de Setembro
de 2021
Habigzang, Luísa Fernanda et al. Grupoterapia cognitivo-comportamental para meninas vítimas de
abuso sexual: descrição de um modelo de intervenção. Psicologia Clínica. 2006, v. 18, n. 2, pp. 163-
182. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pc/a/cQypknCRxFZmJWpkKzpbtGR/?lang=pt. Acesso em:
18 de Setembro de 2021
9
SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE: UMA REALIDADE ESQUECIDA
JESUS, Luiz Guilherme da Silva Santos 3; SILVA, Karina Moreira4; VICENTE, Sonaira Lamosa5;
AMARAL, Patrícia Pereira 5
Palavras-chave: Psicológico. Sexualidade. Terceira idade.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
O envelhecimento da população brasileira tem aumentado gradativamente nas últimas duas
décadas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017 a população
de 60 anos atingiu 30,2 milhões de pessoas e as estimativas para o ano de 2050 são de 66,5 milhões
(IBGE, 2017). O evidente aumento da expectativa de vida do brasileiro vem acompanhado de diversas
questões como por exemplo, atingir a velhice de forma saudável e articular seus próprios desejos.
Nessa perspectiva, o tema da sexualidade surge como parte integral do idoso nessa nova fase
de mudanças e descobertas. A sexualidade é muito maior do que apenas a relação sexual, por essa
razão, observa-se as possibilidades de gerar reflexões sobre a sexualidade na terceira idade e
desmitificar o preconceito envolta do assunto.
2 BASE TEÓRICA
A sexualidade é uma dimensão biológica produzida e influenciada pelo contexto que o
indivíduo se encontra (CARVALHO, RODRIGUES, MEDRADO, 2005). Deve ser compreendida de forma
singular a qualquer indivíduo sendo construída progressivamente desde a infância. De acordo com os
autores Rozendo e Alves (2015), a sexualidade não está exclusivamente relacionada ao aparelho
genital, a sexualidade é um conjunto de sentimentos físicos e simbólicos que envolvem respeito, afeto,
aceitação e prazer.
Com a chegada na terceira idade, o sujeito pode apresentar certas dificuldades na aceitação
de sua sexualidade, isso pode ser afetado tanto pela falta da informação quanto pela relação que a
sexualidade é vinculada aos conceitos de procriação e genitalidade (ROZENDO, ALVES, 2015). O
estereótipo que as pessoas idosas são assexuadas ou perdem o estímulo sexual só reforçam os
estigmas e induzem um sentimento de culpa pelo desejo sexual.
3
Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: luizguilherme.totustuus@gmail.com
4
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: karina_05moreira@hotmail.com
5
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: sonaira.lamosa@hotmail.com
5
Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: patrícia.p.amaral@kroton.com.br
10
Os principais aspectos psicológicos relacionados a mulher nessa fase são sobre a
reprodução/maternidade e a do homem é sobre a sua virilidade. O envelhecimento nesse ponto,
proporciona momentos para rever e refletir sobre os papeis exigidos dentro da sociedade e o
preconceito sobre o idoso que ao envelhecer perde sua utilidade (GUIMARÃES, 2016).
A maioria dos idosos sentem a necessidade de falar sobre o assunto, mas a sociedade ainda
trata de maneira bastante preconceituosa o tema. E o tabu torna-se ainda mais presente quando
aborda as relações homoafetivas (ROZENDO, ALVES, 2015). O tema sexualidade pode gerar
desconforto entre as pessoas, mas não deixa de ser pertinente sua discussão e sapiência para a
população.
Os tabus e estigmas são desafios constantes para a terceira idade que busca qualidade de vida
e liberdade. Nos dias atuais, a temática do envelhecimento traz um cunho negativo até mesmo
pejorativo tendo em vista a supervalorização do jovem e em contrapartida, as principais definições do
idoso estão relacionadas as doenças e a incapacidade (GUIMARÃES, 2016).
Torna-se necessária uma ampliação da visão de sexualidade e tais experiências, compreendo
que o idoso ainda sente desejo sexual e não pode se sentir constrangido por conta do julgamento da
sociedade. Bem como repensar que a sexualidade é um aspecto natural, saudável e que integra o ser
humano.
3 OBJETIVO
Discorrer sobre a sexualidade no período da terceira idade com ênfase na psicologia.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2003 e 2016.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
No percurso dessa pesquisa observou-se que essa temática ainda é pouco explorada em níveis
acadêmicos e tão pouco respeitada pela sociedade. Nota-se a necessidade de estimular o
conhecimento e meios de reflexão além de, abordar o assunto na formação de futuros profissionais.
Destaca-se que por ser um assunto multifatorial, o psicólogo é fundamental para auxiliar no bem-estar,
na autoestima e na qualidade de vida do idoso. Auxiliando no processo de aceitação, proporcionando
ao idoso a possibilidade de uma realização pessoal e fisiologicamente possível.
11
REFERÊNCIAS
CARVALHO, A. M.; RODRIGUES, C. S.; MEDRADO, K. S. Oficinas em Sexualidade Humana com
Adolescentes. Minas Gerais: Estudos de Psicologia, 2005. Disponível em:
https://pdfs.semanticscholar.org/a963/ce6b471c7ecbd63a24203cda258aa4ec1c99.pdf?_ga=2.23268
286.582177630.1631659752-101142909.1631659752. Acesso em: 14 set 2021.
GUIMARAES, H. C. Sexualidade na Terceira Idade. São Paulo: Revista Portal de Divulgação, 2016.
Disponível em: www.portalenvelhecimento.com/revista-nova. Acesso em: 09 set 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. População Idosa. Disponível em:
https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/. Acesso em: 14 set 2021.
ROZENDO, A. S.; ALVES, J. M. Sexualidade na Terceira Idade: Tabus e Realidade. São Paulo: Revista
Kairós Gerontologia, 2015. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/26210/18869. Acesso em: 14 set 2021.
12
PSICOEDUCAÇÃO PARA TODOS
PLADO, Estevam Souza1; MACHADO, Fernando de Aguiar2; SIMIÃO, Luiz Carlos Soares3;
QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas4
Palavras-chave: Psicoeducação; Assistência; Auxílio; Cuidado; Importância.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
O conceito de psicoeducação em sua origem era “ampliar o conhecimento do paciente/familiar
sobre seu problema a fim de aumentar a compreensão da sua condição, auxiliar na tomada de decisões
com base em informações confiáveis e promover maior adesão ao tratamento”, segundo Bégin et al.
(2012 apud OLIVEIRA e DIAS, 2018, p. 245). Hoje, sua aplicabilidade ainda é mais direcionada aos
consultórios do que aberta ao público em geral, sendo ambos os direcionamentos muitos importantes,
mas esse trabalho busca sensibilizar os leitores a respeito da importância da continuidade e
intensificação da divulgação dos conhecimentos pertinentes a psicoeducação para todos cidadãos,
pois tal iniciativa pode ser a grande aliada da saúde mental na realidade contemporânea. Levando em
consideração todo o sofrimento causado pela pandemia do vírus SARS-CoV-2, a oportunidade de
acesso a informações provenientes da psicoeducação às pessoas de todas as classes sociais para
manutenção do bem-estar pessoal e coletivo, é de grande importância.
2 BASE TEÓRICA
A expressão psicoeducação passa a ser usada “na década de 80, referindo-se à transmissão de
informações sobre os transtornos mentais para familiares e pacientes psicóticos” (OLIVEIRA e DIAS,
2018, p. 245). Já nos anos 90 passa a ser aplicada de acordo com Bonsack et al. (2015 apud OLIVEIRA
e DIAS, 2018, p. 245) “a outros grupos que apresentavam outros transtornos mentais como transtorno
do humor bipolar, transtorno do estresse pós-trauma, etc.” Hoje está vinculada ao fornecimento de
“informações relevantes aos pacientes sobre o transtorno (diagnóstico, etiologia, funcionamento), o
tratamento e o prognóstico, quanto à busca por esclarecimento de dúvidas e correções de informações
distorcidas” (OLIVEIRA e DIAS, 2018, p. 245). Além de ser de vital importância para orientação dos
cuidadores, como informa Cardoso (2011 apud SILVA et al., 2018, p. 55):
___________________________________
1
Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: estevamplado@gmail.com
2
Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: fernando141096@yahoo.com
3
Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: si.miao@hotmail.com
⁴ Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: natalia.quinquiolo@gmail.com
13
As intervenções psicoeducativas visam dotar os cuidadores de conhecimentos e
capacidades para cuidar e a sua implementação tem vindo a demostrando uma
diminuição da sobrecarga emocional, física, um aumento substancial do
conhecimento da doença e de estratégias para lidar com a sintomatologia.
Como é possível observar a psicoeducação encontra-se em constante evolução desde os anos
de 1980, principalmente direcionada a pacientes e cuidadores. Por conseguinte, o repertório dessas
experiências em consultório fornece o embasamento para a continuidade e intensificação da
psicoeducação aplicada em ações públicas para o público em geral.
3 OBJETIVO
Ressaltar a importância de intervenções públicas em psicoeducação aos cidadãos em geral.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizadas as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2004 e 2020.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa que serviu de base para essa produção possibilitou a observação de características
a respeito da psicoeducação, facilitando assim a visualização de uma possível aplicação para o objetivo
proposto. Afinal, a psicoeducação apesar de ter iniciado somente com o objetivo de melhorar a vida
dos pacientes e cuidadores, tem se introduzido gradualmente nos meios de comunicações informais
(YouTube, Facebook, entre outras plataformas) através de profissionais engajados em divulgar seus
trabalhos, mas também levar esse tipo de educação para o público em geral.
Os autores dessa produção acadêmica consideram de vital importância a divulgação de
informações pertinentes a psicoeducação ao público em geral, ou seja, aos cidadãos não
diagnosticados com transtornos psicológicos, mas que podem preveni-los munindo-os de tais
informações. Ações que podem ser encabeçadas tanto pelo setor público como pelo setor privado,
podendo esse até receber incentivo fiscal. Portanto, o que se encontra em grande volume é um
trabalho de psicoeducação que evolui exponencialmente a cada dia voltado a tratamentos de sujeitos
já diagnosticados com transtornos psicológicos e seus cuidadores. Por fim, os autores esperam que a
psicoeducação para todos seja considerada fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade
saudável de forma integral.
14
REFERÊNCIAS
Oliveira, C. T., & Dias, A. C. G. (2018). Psicoeducação do Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade: o que, como e para quem informar. Temas em Psicologia, 26(1),243-261.
doi:10.9788/TP2018.1-10Pt. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/tpsy/a/xzQBtH8GV9Qf74kx7nynjxS/?lang=pt . Acesso em: 21 de set. 2021.
Silva, M., Sá, L., & Sousa, L. (2018). Eficácia dos programas psicoeducacionais na sobrecarga nos
familiares cuidadores de pessoas com demência: Revisão integrativa. Revista Portuguesa de
Enfermagem de Saúde Mental (19), 54-60.
doi: 10.19131/rpesm.0202. Disponível em:
https://pdfs.semanticscholar.org/44d1/020fbc3122346586e7fe1569ea6193f5e8d0.pdf Acesso em: 21
de set. 2021.
15
O PSICÓLOGO COMO AGENTE DE GARANTIA DE DIREITOS À SAÚDE MENTAL
DA PESSOA EM SITUAÇÃO DE CÁRCERE
ROCHA, Paulo Eugenio6; SILVA, Ana Elisa7; AYRES, Natália Takeuchi3
Palavras-chave: Psicologia no Cárcere. Direitos Humanos. Pessoa Privada de Liberdade.
1 INTRODUÇÃO
O interesse desta pesquisa nasceu da vivência dos autores como estagiários de psicologia em
uma penitenciária feminina localizada no interior de São Paulo, Brasil. A vivência de uma atuação
supervisionada, somado ao convívio diário com psicólogos experientes e Pessoas Privadas de
Liberdade (PPLs), despertou nos autores um desejo de compreenderem melhor como se deu o início
da atuação da Psicologia no sistema prisional, quais os marcadores históricos deste período, bem
como o reconhecimento da importância da inserção do profissional de psicologia no sistema prisional
e sua atuação enquanto agente de garantia dos direitos à saúde mental para as pessoas que se
encontram em situação de privação de liberdade. Compreender e divulgar tais pontos ajudará a
desmistificar a atuação do psicólogo no cárcere bem como dará uma nova visão sobre sua atuação.
2 BASE TEÓRICA
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), promulgada pela ONU em 1948,
empenhou-se em estabelecer universalmente os direitos básicos e inalienáveis da pessoa humana
(ONU, 2020), direitos estes que abrangem saúde, segurança, educação, entre outros. Inspirado pelos
dispositivos contidos na DUDH, e pelo processo de redemocratização que o Brasil se encontrava à
época, é então instituída a Constituição da República Federativa do Brasil, em 1988, que trouxe em
seu texto a saúde (física e psicológica) como Direito de todas as pessoas em território brasileiro, e a
estabeleceu como um dever a ser garantido pelo Estado, junto com a dignidade, liberdade e igualdade
a todos (BRASIL, 1988).
Para a Justiça brasileira, Pessoas em Privação de Liberdade (PPL) continuam a gozar dos
mesmos direitos à saúde que obtinham antes de terem sido encarceradas. Tais direitos passaram a ser
amparados pela Lei de Execução Penal – LEP (Lei 7.210, 1984) que reafirma a saúde como uma
obrigação do Estado. A partir desta nova visão, e como tentativa de assegurar a saúde mental das PPL,
6
Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: procha3@hotmail.com.
7 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: psi.anaelisa@outlook.com.
3
Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: natalia.ayres@anhanguera.com
16
em 2003 foi instituído, a partir dos princípios do SUS, o Plano Nacional de Saúde no Sistema
Penitenciário (PNSSP), que passou a definir que na equipe de saúde das Unidades Prisionais haja ao
menos um psicólogo para cada 500 presos.
Apesar de a Psicologia já estar oficialmente inserida no sistema prisional brasileiro como forma
de instrumentalizar o princípio da individualização das penas, na Lei de Execuções Penais de 1984, sua
atuação estava vinculada somente a confecção da Avaliação Criminológica, somente no ano de 2003
o psicólogo passou a ter um papel mais voltado à promoção de saúde (NASCIMENTO; BANDEIRA,
2018).
3 OBJETIVOS
Compreender como se dá a atuação do psicólogo no contexto prisional e situá-lo como agente
de garantia de direitos humanos dentro do cárcere.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2017 e 2021.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da pesquisa exploratória realizada sobre a atuação do Psicólogo(a) no sistema
prisional, foi possível compreender que a função do psicólogo neste contexto vai muito além da
Avaliação Criminológica. Atualmente o profissional de psicologia atua também na reeducação do PPL,
com o objetivo de proporcionar condições de reinserção do mesmo na sociedade, trabalhando
questões de ordem subjetiva e na atenção aos transtornos mentais leves. Diariamente atendem
demandas que chegam até eles através de pedidos das próprias pessoas privadas de liberdade ou por
encaminhamento de outras áreas do sistema (HINTZ, 2017).
Mesmo atuando também na reeducação do PPL, com o objetivo de proporcionar condições de
reinserção do mesmo na sociedade, ainda é solicitado do profissional de psicologia uma grande
demanda de avaliação criminológica e documentos técnicos. Isso acaba por impactar negativamente
a qualidade do serviço prestado pelo profissional para com as PPL. Diante do alto número de
encarceramentos, o número escasso de profissionais acaba por ser mais um complicador para a
atuação da Psicologia como ciência e profissão dentro destes espaços. Ainda assim o Psicólogo segue
lutando dentro das instituições criminais para garantir às PPLs a manutenção do direito à saúde
mental, e fora dos muros, continuam a batalha para a desestigmatização dessas pessoas.
17
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.
BRASIL, [Lei de n°7210, de 11 de julho de 1984]. Lei de Execução Penal. Brasília, DF. Presidência da
República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 12
de set. 2021.
HINTZ, Losane Zimmermann. Pensando a Atuação do Psicólogo no Sistema Prisional. 2017. 40 f. TCC
(Graduação) - Curso de Psicologia, DHE – Departamento de Humanidades e Educação, Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí, Santa Rosa, 2017. Disponível em:
https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/handle/123456789/5074. Acesso em: 14 set. 2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasília-Df). Secretaria de Atenção À Saúde (org.). Plano Nacional de Saúde
no Sistema Penitenciário. 2. ed. Brasília: MS, 2005. 64 p. (B). Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_nacional_saude_sistema_penitenciario_2ed. pdf.
Acesso em: 20 set. 2021.
NASCIMENTO, Lucas Gonzaga do; BANDEIRA, Maria Márcia Badaró. Saúde Penitenciária, Promoção de
Saúde e Redução de Danos do Encarceramento: desafios para a prática do psicólogo no sistema
prisional. Psicologia: Ciência e Profissão, [S.L.], v. 38, n. 2, p. 102-116, 2018. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/1982-3703000212064. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pcp/a/rzBgK7y7GJzqQy98JxLPsGP/?lang=pt. Acesso em: 19 set. 2021.
ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948.
18
A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS DE PREVENÇÃO CONTRA O BULLYING NAS
ESCOLAS
SOUZA, Bruna Ferreira18; CESAR, Jéssica Bueno Rocha Medeiros29; AMARAL, Patrícia Pereira310
Palavras-chave: Prevenção. Bullying. Escola.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
O mundo foi palco de diversos entraves ao longo da história humana, onde ocorreram guerras
e conflitos por diversos motivos, seja na busca por alimento, divisão de território, pode acontecer em
grupos ou individualmente. Nos tempos atuais, é comum notícias sobre violência urbana, seja por
conta da criminalidade ou mesmo planejada contra um grupo minoritário.
Sabendo que a violência pode estar presente em todos os locais e ser direcionada para
qualquer pessoa, é possível identificá-la também em escolas, sendo nomeada como bullying. Pode ser
vista tanto na forma de agressão explícita quanto implícita e tem potencial para prejudicar a vida do
indivíduo de diversas formas. Considerando a existência do bullying e a potencialidade destrutiva, se
faz necessário a implementação de ações preventivas para lidar com as demandas.
2 BASE TEÓRICA
A palavra bullying é de origem inglesa, bully significa uso da superioridade física para intimidar
alguém. Até 1980, atos de violência escolar eram resolvidos na escola, enquanto atualmente podem
ser feitos registro em delegacia, mas de acordo Arroyo (2007), “ainda permanece uma cultura de
isolamento das instituições escolares, um distanciamento dos problemas e embates mais
contemporâneos”. A partir de 1990 que no Brasil, o bullying passou a ser um elemento discutido.
As características do bullying são de envolvimento direto ou indireto, como toda humilhação,
falta de respeito, abuso de poder, ofensa, descriminação, apelidos, beliscar, ferir, chutar, bater, irritar,
ridicularizar, isolar, perseguir, difamar, abusar, violentar e assediar. Podendo se classificar em
agressão: física, verbal, sexual e psicológico de forma intencional. É importante considerar também
que, segundo as autoras Toro, Neves e Rezende (2010, p. 5), “O bullying não envolve apenas a vítima
e o agressor, mas também os sujeitos que testemunham”, podendo atingir diversos núcleos.
1 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: brunafesou@gmail.com
2
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: jessica.bueno.medeiros@hotmail.com
3
Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: patricia.p.amaral@kroton.com.br
19
O bullying pode ser resultado de violência intrafamiliar, quando a criança é exposta
diariamente a violência verbal ou física dentro de casa ou até educada de forma rigorosa e punitiva.
Desigualdade social e crises das relações sociais também pode ser a causa. Vale pena lembrar que
como todo ato de violência, o bullying também tem seu ciclo repetitivo de atos.
O maior número de casos é causado por meninos com envolvimento direto, agressões verbais
e físicas. Já em meninas, se envolvem de forma indireta, utilizando métodos como a exclusão, boatos
maldosos e apelidos que segundo Moura, Cruz e Quevedo (2011), “A utilização de apelidos, muitas
vezes pejorativos ou que se refiram a determinada característica física ou fragilidade das vítimas”.
Considerando as informações apresentadas, o psicólogo escolar se torna um forte aliado para
lidar com o tema, com a realização de uma análise da instituição em que está inserido e identificação
das demandas, o profissional pode atuar de diversas formas, podendo criar espaços de reflexão, escuta
e discussão de acordo com a demanda (FREIRE E AIRES, 2012).
É possível a elaboração de dinâmicas entre a equipe para fortalecimento de vínculos entre os
profissionais, assim como a capacitação dos mesmos, tanto para estar atento para a situação quanto
para intervir se necessário. Além do planejamento de palestras para os alunos e conversas com os pais
e responsáveis sobre a importância de se identificar e intervir os casos de bullying o mais breve possível
(FREIRE E AIRES, 2012).
3 OBJETIVO
Estudar a importância da realização de projetos de prevenção ao bullying no âmbito escolar.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2007 e 2018.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
O resultado apresentado na pesquisa deixa claro as características do que são considerados
atos de bullying nas escolas, principalmente nas salas de aulas onde ocorre a ação, não se ausentado
das demais áreas que contém o ambiente escolar, essas agressões que também tem consequências,
atingindo o corpo educacional.
A presença do Psicólogo escolar é fundamental para a escola cumpra seu papel de educador
didático, onde a criança possa se desenvolver sadiamente suas opiniões políticas, funções sociais,
desenvolvendo vínculos e um aprendizado qualidade. Além de atender as demandas dos demais
profissionais que compõe a equipe multiprofissional de uma instituição de ensino.
20
REFERÊNCIAS
ARROYO, Miguel González. Quando a violência infanto-juvenil indaga a pedagogia. Educação e
Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, p.787-807, out., 2007. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302007000300008&script=sci_arttext&tlng=pt.
Acesso em: 08 abr. 2021.
FREIRE, Alane Novais; AIRES, Januária Silva. A contribuição da psicologia escolar na prevenção e no
enfrentamento do Bullying. Psicol. Esc. Educ., São Paulo, vol.16, n.1, p.55-60, 2012. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pee/a/tvZ37DSGCbZNvQxnshq3DCs/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 11
set. 2021.
MOURA, Danilo Rolim de; CRUZ, Ana Catarina Nova; QUEVEDO, Luciana de Ávila. Prevalência e
características de escolares vítimas de bullying. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, vol.87, n. 1, 2011.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572011000100004.
Acesso em: 29 mar. 2021.
TORO, Giovana Vidotto Roman; NEVES, Anamaria Silva; REZENDE, Paula Cristina Medeiros. Bullying, o
exercício da violência no contexto escolar: reflexões sobre um sintoma social. Psico. teor. prat., São
Paulo vol.12, n.1, p.123-137, 2010. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872010000100011. Acesso em:
03 mar. 2021.
21
A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR ABRANGENDO A EDUCAÇÃO NÃO
VIOLENTA DENTRO DA TRÍADE: CRIANÇA, ESCOLA E FAMÍLIA NO RETORNO ÀS
AULAS PRESENCIAIS
SANTOS, Ana Paula R.¹; BARBOSA, Gleysse Kellen do P.2; SILVA, Thainá E. da³; LUZ, Sandra
M. Oliveira4; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas5
Palavras-chave: Psicólogo escolar. Educação não violenta. Escola. Família.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
A contemporaneidade das relações após e ainda durante o tempo em que vivemos
atualmente, em 2021, é condição sine qua non falar das relações humanas no que versa a tríade
família, escola e aluno. Ao falar sobre a educação neste novo contexto a figura do psicólogo(a) vai
abranger um mediar destas relações, que nesta ocasião é assumido quando uma criança é inserida no
ambiente escolar, especificamente, na faixa etária entre 6 a 8 anos e a partir das experiências
adquiridas nestes novos ambientes é que a individualidade da mesma, que aqui vamos assim
representar, será formada.
Diante do contexto atual, o impacto da não experiencia do primeiro contato, pode ser
ocasionado pelo rompimento na formação da base educacional e de sua relação com o meio, e isso,
pode ser minimamente impactado, pela atuação e interferência do Psicólogo no ambiente escolar,
transformando a comunicação e as relações entre a tríade escola, aluno e família, compreendendo
esse retorno de maneira mais flexível, humanizada e acolhedora, através da educação não violenta,
pautada na CNV – Comunicação não violenta.
2 BASE TEÓRICA
Segundo Rosenberg (2003) o papel crucial na linguagem humana é falar e ouvir, isso vai levar
a ligação com o outro a níveis mais empáticos, mais respeitosos e mais humanos. Denomina-se essa
abordagem como Comunicação Não-Violenta, usando o termo “não-violência” na mesma acepção que
Gandhi — referindo-se ao estado compassivo natural. Nesse sentido, o psicólogo escolar tem um papel
facilitador e orientador diante dessa tríade família, escola e criança; para que o acolhimento da mesma
seja positivo.
.
1
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: apaulareis.psico@gmail.com
2
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: barbosagleysse@gmail.com
3
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: thaina.edu@hotmail.com
4
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: saanluz.oliveira@gmail.com
5
Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: natalia.quinquiolo@gmail.com
22
O momento inoportuno trouxe um crescente debate a respeito da necessidade de transmutar
os métodos educativos consolidados no senso comum e apesar dos desafios nas práticas de
intervenção, o profissional pode conduzir a alternativas, contribuindo para uma melhor reinserção da
criança no ambiente escolar pós distanciamento social.
No início de maio de 2020, 186 países ou regiões fecharam escolas, total ou parcialmente, para
conter a disseminação da SARS-CoV-2, atingindo cerca de 70% dos alunos (UNESCO, 2020); tal fator
suscita a reflexão acerca da eficiência do processo educativo e socialização em diversos recortes sociais
durante a suspensão das atividades presenciais escolares.
Com base em alguns estudos em diversos países, notaram-se que nos longos períodos de
férias, a queda no rendimento escolar posterior é um fenômeno comum, reconhecido como Summer
Learning Loss ou Summer Slide. Obviamente, os intervalos destas, com duração predefinida, diferem
do período de incerteza gerado pela pandemia da SARS-CoV-2 (OLIVEIRA; GOMES; BARCELLOS, 2020).
Destacam-se também alguns pontos fundamentais aos quais deve-se estar atento frente ao regresso
escolar, sendo eles a percepção das expectativas da criança diante do retorno à escola, a verificação
da existência de prejuízos no processo educacional pós egressos e a compreensão dos medos
associados a mudanças na vida escolar e social (AMÂNCIO e CASTRO, 2018).
Todavia, a habilidade dos familiares tende a ser limitada, principalmente a respeito da
aplicação de conteúdo específico e de estímulos que deveriam ocorrer na primeira infância, havendo
uma curta janela temporal para sua realização. Em paralelo, analisa-se também que a violência
intrafamiliar de maneira física, verbal ou qualquer outro tipo de humilhação, foi agravada no período
de distanciamento social (FORÚM BRASILEIRO DE SAÚDE PÚBLICA, 2020), e isso interfere no clima
familiar e compromete a saúde física e psicológica da criança. Como alternativa, a educação não
violenta, associada aos pilares da CNV, difunde interações adequadas. Com esse procedimento
educacional há mais esperanças de processos de pacificação em nossa cultura através da educação, já
que a mesmas se retroalimentam (DAHÁS, MARQUES e BOLSONI-SILVA, 2020).
3 OBJETIVOS
Promover reflexão acerca da inserção e/ou reinserção de crianças de 6 a 8 anos no ambiente
escolar pós pandêmico.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2000 e
2021.
23
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreende-se a importância da relação do psicólogo com esta tríade, a fim de que a
comunicação se torne mais acessível e como consequência, a facilitação para o regresso e/ou ingresso
da criança em sala de aula, que aborde a educação não-violenta em toda laboração.
REFERÊNCIAS
BRASIL. FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Violência doméstica durante pandemia de
COVID-19. 2020. Disponível em: http://forumseguranca.org.br/publicacoes_posts/violencia-
domestica-durante-pandemia-de-covid-19/. Acesso em: 22 set. 2021
DAHÁS, Liane Jorge de Souza; MARQUES, João Miguel; BOLSONI-SILVA., Alessandra. Por uma educação
não violenta. Caderno de Artigos | ECA 30 Anos | CFP [s. l], p. 23-26, 2020.
OLIVEIRA, João Batista Araújo e; GOMES, Matheus; BARCELLOS, Thais. A Covid-19 e a volta às aulas:
ouvindo as evidências. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, [S.L.], v. 28, n. 108, p. 555-
578, set. 2020. FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0104-
40362020002802885. Acesso em: 21 set. 2021
ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos
pessoais e profissionais. 2. ed. São Paulo: Editora Ágora, 2006. 360 p.
UNESCO. COVID-19 Impact on education. Disponível em:
httpsw://en.unesco.org/covid19/educationresponse Acesso em: 20 setembro 2021.
AMÂNCIO, Monique Gonçalves; CASTRO, Everson Ney Huttner. Reinserção Escolar na Ótica do
Educando que Esteve em Atendimento Escolar Domiciliar. Revista Saberes Pedagógicos. v. 2, n. 1, p.
127-143, jan/jun. 2018. Disponível em: http://periodicos.unesc.net/pedag/article/view/3719/3450
Acesso em: 18 setembro 2021.
24
A SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA LINHA DE FRENTE À
PANDEMIA E O PAPEL DO PSICÓLOGO
COBRA, Carolina111; MONTEIRO, Mariah212; NEVES, Marcus3; QUINQUIOLO, Natália Carvalho
Rosas⁴
Palavras-chave: COVID-19. Saúde Mental. Pandemia. Profissionais De Saúde.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
Em 2019 o mundo foi assolado por uma grave pandemia, em que os profissionais de saúde
ficaram na linha de frente do combate à COVID-19. O medo do contágio, a insegurança perante os
procedimentos, a ansiedade, o estresse, o isolamento social, o temor à morte, a sobrecarga de
trabalho e a escassez de recursos resultaram em eventos traumáticos para esses profissionais.
Segundo pesquisas realizadas, houve um aumento significativo em casos de insônia, depressão,
transtornos de ansiedade e altos níveis de estresse entre esses indivíduos (BOHLKEN et al., 2020). A
discussão acerca dessas implicações é de grande valor para que esses trabalhadores sejam amparados
e direcionados a tratamentos adequados, visando a qualidade de vida e a melhoria da saúde mental.
2 BASE TEÓRICA
A pandemia trouxe diversas transformações, mudamos a forma de como nos relacionamos
com as pessoas, como trabalhamos, estudamos, compramos nossos alimentos, cuidamos da nossa
saúde, principalmente da nossa saúde mental. Portanto, um grupo essencial de profissionais foram
expostos à variadas situações na linha de frente e no combate diário ao vírus. Conforme Schmidt et al.
(2020, v. 37), “psicólogos podem contribuir para promoção da saúde mental e prevenção de impactos
psicológicos negativos a profissionais da saúde, ao oferecer a eles suporte e orientação sobre como
manejar algumas situações”. Saber lidar com os sentimentos e emoções em um momento de crise é
primordial nessa pandemia.
Enquanto alguns profissionais de saúde formam mecanismos de enfrentamento para lidar com
eventos danosos e desafiadores, outros apresentam adoecimento psíquico (MOREIRA, 2020, p. 158).
Em meio à pandemia, alguns enfermeiros também passaram por uma sensação de perda de controle
que gerou um alto nível de angústia (BARBOSA et al., 2020).
1
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: carolinarollo@gmail.com
2
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: mari_2909002@outlook.com
25
À vista disso, os psicólogos são requisitados para exercer técnicas adequadas de comunicação,
psicoterapia e resolução de problemas neste caso emergencial (BARROS-DELBEN, 2020). A importância
do trabalho do psicólogo é tanta que seu auxílio abrange desde leves casos de sofrimento psíquico a
prevenção do suicídio. São por múltiplos motivos que um profissional da saúde necessita de uma
assistência psicológica no atual cenário, dado que seu ambiente está passando por inúmeras
transformações, incertezas, perturbações e sua subjetividade está todos esses episódios, por isso há
necessidade de um processo de adaptação à realidade.
3 OBJETIVOS
Compreender o papel do psicólogo junto aos profissionais de saúde diante da pandemia do Covid-19.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2020 e 2021.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa demonstrou o quanto os profissionais de saúde foram afetados e o quanto é
necessário um acompanhamento e acolhimento profissional dos psicólogos para a redução dos danos
causados pela pandemia. É necessário um trabalho em conjunto para que se possa administrar todas
as mudanças, dificuldades e traumas enfrentados, afim de que esses profissionais se fortaleçam e
consigam administrar suas emoções.
26
REFERÊNCIAS
BARBOSA, D. J.; PEREIRA GOMES, M.; BARBOSA ASSUMPÇÃO DE SOUZA, F.; TOSOLI GOMES, A. M.
Fatores de estresse nos profissionais de enfermagem no combate à pandemia da COVID-19: síntese de
evidências. Comunicação em Ciências da Saúde, [S. l.], v. 31, n. Suppl1, p. 31–47, 2020. DOI:
10.51723/ccs.v31iSuppl 1.651. Disponível em:
http://www.escs.edu.br/revistaccs/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/651.
Acesso em: 21 set. 2021.
BARROS-DELBEN, P.; CRUZ, R. M.; TREVISAN, . K. R. R.; GAI, M. J. P.; CARVALHO, R. V. C. de; CARLOTTO,
P. A. C.; ALVES, R. B.; SILVESTRE, D.; RENNER, C. O.; SILVA, A. G. da; MALLOY-DINIZ, L. F. Saúde mental
em situação de emergência: Covid-19 . Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 18–28,
2020. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/38. Acesso em: 21 set. 2021.
BOHLKEN, J; SCHÖMIG, F; LEMKE, M.R; PUMBERGER, M; RIEDEL-HELLER, S.G. COVID-19 - Pandemie:
Belastungen des medizinischen Personals. Psychiatr Prax, 47, 2020. p. 190–197. Disponível em:
https://doi.org/10.1055/a-1159-5551.
MORAIS, C. P. T. de et al. Impacto da pandemia na saúde mental dos profissionais de saúde que
trabalham na linha de frente da Covid-19 e o papel da psicoterapia. Curitiba: Brazilian Journal Of
Development, 2021. p. 1-9. Disponível em:
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/22693/18189. Acesso em: 17 set.
2021.
MOREIRA, A. S.; LUCCA, S. R. de. Apoio psicossocial e saúde mental dos profissionais de enfermagem
no combate ao COVID-19. Enferm. foco (Brasília), p. 155-161, 2020. Disponível em
[http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/3590/819].
SCHMIDT, B., CREPALDI, M.A., BOLZE, S.D.A., NEIVA-SILVA, L., DEMENECH, L.M. Saúde mental e
intervenções psicológicas diante da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Estudos de Psicologia
(Campinas) v. 37. 2020. https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200063.
27
O PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL NA CONTEMPORANEIDADE: UMA ANÁLISE
SOBRE A ATUAÇÃO EM TEMPOS DE COVID-19
SOUSA, Ana Carolina de Lima113; MARTINS, Júlia de Souza214; BOTERO, Syamala Martins315;
UCHOA, Yasmim Leme416; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni517
Palavras-chave: Qualidade de vida no trabalho. Psicólogo Organizacional. Mudanças na organização.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
O trabalho é essencial para a vida dos indivíduos, contribuindo para sua subsistência, à
sociedade e sua adaptação ao mundo. Atualmente, a dinâmica do comportamento dos profissionais e
organizações foram afetadas e, por isto, foi preciso rapidamente desenvolver medidas e estratégias
laborais para minimizar os impactos causados pelo novo coronavírus (COVID -19), fazendo-se
necessário tornar o ambiente de trabalho um espaço onde a relação trabalhador-empregador seja
positiva para ambos os lados.
2 BASE TEÓRICA
Ao longo da pesquisa, observou-se que a qualidade de vida nas organizações foi drasticamente
afetada pela pandemia e seus efeitos, tais como aumento de ansiedade, estresse, comportamentos
desadaptativos, sofrimento emocional e respostas defensivas (GOULART JUNIOR, CAMPOS, 2021).
Apesar de estratégias de intervenções que o psicólogo pode utilizar, verificou-se a escassez de estudos
abordados pelo viés do profissional nas organizações, sendo rara a sua menção fora da área de Gestão
de Pessoas.
Estudos de Goulart Junior e Campos (2021) demonstram que nesse período de pandemia
adotaram-se medidas de higiene e saúde, além de medidas referentes às mudanças e adaptações nos
processos de trabalho, visando diminuir a contaminação e minimizar prejuízos, mas desconsideraram
o impacto psicológico do processo, apesar da importância de se ponderar os possíveis impactos a longo
prazo nas organizações, na dinâmica social e na vida humana. Desse modo, ao se elaborar um plano
de atuação, é essencial considerar o retorno dos colaboradores e a readaptação destes a atividade
presencial, assim como seu bem-estar biopsicossocial.
1
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: anacarollima98@gmail.com
2 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: juliasm1610@gmail.com
3
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: syamala108@hotmail.com
4
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: yasmim.pedroso22@gmail.com
5
Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail:
monice.ferreira@anhanguera.com
28
Nesse sentido, a pandemia exigiu um agir adaptativo e uma elucidação imediata do psicólogo,
enfatizando o acolhimento e a escuta por meio de grupos de apoio e assistência individual, plantões
psicológicos, estratégias de coping, técnicas de relaxamento e a psicoeducação com colaboradores
para explicar sobre os comportamentos atípicos e as demandas psicológicas, promovendo ações de
desenvolvimento e aumentando o repertório de competências comportamentais como a empatia, a
resiliência e o uso da comunicação corporativa (BENTIVI, 2020).
Destarte, é importante destacar que tais estratégias sejam implementadas também no pós-
pandemia, com intervenções adaptadas a serem desenvolvidas continuamente. Além da identificação
dos fatores de risco, a elaboração de estratégias para veicular informações sobre os sintomas de
estresse, investir em treinamento para promover a saúde mental e, se necessário, o encaminhamento
para outras especialidades, podem contribuir para o bem-estar, considerando as relações de custo e
benefício, tanto para o colaborador quanto para a empresa (CONCEIÇÃO et al., 2020).
A vista disso, as estratégias de intervenções que podem ser desenvolvidas para o pós
pandemia podem ser: os plantões psicológicos virtuais e grupos de acolhimento, a implantação dos
primeiros socorros psicológicos (PSP), com intervenções pontuais para o estresse agudo que tem o
objetivo de reduzir danos emocionais e o sofrimento psicológico causados por situações inesperadas,
causando um desequilíbrio no colaborador, podendo gerar angústia, ansiedade e sintomas de outras
síndromes, como a Síndrome de Burnout (BENTIVI, 2020).
3 OBJETIVO
Aprofundar o conhecimento em relação à compreensão do papel do psicólogo na área
organizacional na atualidade em período pandêmico.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizadas as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos de 2020 e
2021.
5 CONCLUSÃO
Conclui-se que na realidade pandêmica, diante de todas as mudanças sociais e laborais
decorrentes, tornou-se necessária uma maior atenção com os colaboradores e com a área
organizacional como um todo, uma vez que emergiram demandas especialmente de estresse e
sofrimento mental causado pelo isolamento. O papel do psicólogo é buscar o cuidado e manutenção
da saúde mental de todos da organização, visando alcançar o bem-estar biopsicossocial. Neste
contexto, torna-se cada vez mais evidente a importância do psicólogo organizacional.
29
REFERÊNCIAS
BENTIVI, Daiane Rose Cunha (org.). Coleção: O trabalho e as medidas de contenção da COVID-19:
contribuições da Psicologia Organizacional e do Trabalho no contexto da pandemia. Retrato da
Psicologia Brasileira no Cenário da COVID-19. Porto Alegre: Artmed, 2020. Disponível em:
https://www.sbpot.org.br/noticia/retrato-da-psicologia-brasileira-no-cenario-da-covid-19-ebook-do-
volume-3/. Acesso em: 07 set 2021.
CONCEIÇÃO, Jaquelini. et al. (org.). Psicologia organizacional em tempos de pandemia. Mafra: Editora
da Unc, 2020. Disponível em: https://repositorio.unc.br:8443/xmlui/handle/123456789/191. Acesso
em: 07 set. 2021.
GOULART JUNIOR, Edward; CAMPOS, Daniel Corrêa de. (org.). Gestão Estratégica de Pessoas e
Psicologia Organizacional e do Trabalho. Araraquara: Letraria, 2021.
30
TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE TDAH:
DESDOBRAMENTOS NO PACIENTE ADULTO
ZANAROTTI, Viviane Canazzo¹; AMARAL, Patrícia Pereira²
Palavras-chave: TDAH. Déficit. Atenção. Adultos.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é condição que se apresenta desde a
infância e comumente estende-se por toda a vida do paciente; os indivíduos portadores desse
transtorno apresentam como características a desatenção, a impulsividade e/ou a hiperatividade, que
acarretam prejuízos em vários aspectos da vida, tais como social, profissional, familiar, educacional,
financeiro entre outros segundo Castro e Lima (2018). O TDAH não tratado causa grande prejuízo para
o indivíduo e na maior parte das vezes, também para a sociedade, já que é bastante comum à sua
apresentação combinada com comorbidades que muitas vezes se tornam mais pronunciadas que o
próprio TDAH, tais como Depressão, Transtorno Bipolar, Transtorno Opositor Desafiante, entre outros.
O indivíduo que apresenta o TDAH e recebe tratamento adequado costuma apresentar melhora
expressiva dos sintomas clássicos e melhor controle de comorbidades, reduzindo significativamente o
impacto negativo na vida dos pacientes e da sociedade, por isso disseminar o conhecimento sobre o
tema é uma importante ferramenta para mais pacientes venham a ser diagnosticados e possam ter a
oportunidade de acessar aos recursos terapêuticos, com melhoria da qualidade de vida.
2 BASE TEÓRICA
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, conforme o Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição - DSM-5 (APA, 2014) é um padrão persistente de
desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento
do indivíduo, caracterizado por desatenção e/ou hiperatividade e impulsividade, podendo apresentar-
se na forma combinada (hiperativo e desatento), predominantemente desatenta ou
predominantemente hiperativa, em geral com a presença da impulsividade.
.
¹ Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: viviane.zanarotti@gmail.com
³ Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail:
patricia.p.amaral@kroton.com.br
31
Pesquisas sistematizadas indicam que no TDAH, o sintoma da desatenção está mais ligado ao
prejuízo acadêmico, à baixa autoestima, resultados ocupacionais negativos e menor funcionamento
adaptativo geral. Já os sintomas de hiperatividade se relacionam ao fracasso social, comportamentos
agressivos, comportamentos delinquentes, tais como imprudências ao dirigir, acidentes em geral e
ferimentos acidentais. (WILLCUTT et al., 2012 apud FARAONE et al., 2021)
O diagnóstico do TDAH exige avaliação por profissional especializado, com protocolo
composto de entrevistas clínicas, testes e escalas, de forma a poder identificar o transtorno;
salientamos que não existem instrumentos psicológicos, neurológicos, biológicos ou exames de
imagem que possam, por si mesmos, fechar o diagnóstico do TDAH (FARAONE et al., 2021).
Quando diagnosticado o TDAH, o tratamento consiste no uso de medicação específica
(Metilfenidato e Lisdexanfetamina), a ser prescritos por neurologista ou psiquiatra; além disso é
altamente recomendado que a estratégia de tratamento inclua a terapia psicológica, com destaque a
abordagem Cognitivo Comportamental, que demonstrou eficiência nesses casos (CALIMAN, 2014).
3 OBJETIVOS
O presente trabalho objetiva fazer compreender e disseminar informações sobre o TDAH e
suas consequências negativas para os pacientes, propiciando a eles a chance de buscar um especialista.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizadas as
ferramentas de busca Scielo e Google Acadêmico, tendo como base publicações de 2014 em diante.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreendendo os diversos aspectos que envolvem o transtorno e a amplitude dos impactos
negativos na vida do paciente; observa-se que, não raro o portador do TDAH é rotulado como
preguiçoso, incapaz, irresponsável, entre outros adjetivos que acabam marcá-lo e acarretar baixa
autoestima, aumentando as probabilidades de fracasso pessoal e profissional. Outros sintomas são
comuns no transtorno, tais como irritabilidade, agressividade, impulsividade/imprudência, abuso de
substâncias psicoativas entre outras que tendem a levar o paciente à marginalização e prejuízos
pessoais.
O presente estudo permitiu compreender que o TDAH gera impactos significativos na vida do
paciente e demonstrou que em geral, o diagnóstico causa alivio ao indivíduo pois explica sua condição
e oportuniza um recomeço através dos tratamentos disponíveis para redução de sintomas e controle
dos efeitos negativos que o transtorno causará. Apesar da controvérsia entre os teóricos, o uso de
32
medicação combinada com terapia psicológica atualmente se apresenta como a estratégia com os
melhores resultados para o paciente; os dados estatísticos demonstram a eficácia dos medicamentos
na redução dos sintomas do TDAH, o que representa grande suporte ao paciente trazendo melhoria
da qualidade de vida de todos os envolvidos.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA APA. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais DSM - 5. Tradução: Maria Inês Correa Nascimento et al. 5ª edição - Porto Alegre: Artmed,
2014.
CALIMAN, Luciana Vieira; RODRIGUES, Pedro Henrique Pirovani. A experiência do uso de
metilfenidato em adultos diagnosticados com TDAH. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 19, n. 1, p.125-
134, março de 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
73722014000100014&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 22/04/2021.
CASTRO, Carolina Xavier Lima; DE LIMA, Ricardo Franco. Consequências do transtorno do déficit de
atenção e hiperatividade (TDAH) na idade adulta. Revista de Psicopedagogia, São Paulo, v. 35, n. 106,
p. 61-72, 2018 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
84862018000100008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 22/04/2021.
FARAONE, Stephen V. et al. The World Federation of ADHD International Consensus Statement: 208
Evidence-based Conclusions about the Disorder, Neuroscience and Biobehavioral Reviews (2021),
Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S014976342100049X, Acesso em:
13/03/2021.
33
TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN: APLICAÇÃO NA LIDERANÇA
ORGANIZACIONAL
OLIVEIRA, Danilo de118; MEIRA, Lara Soares219; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni320
Palavras-chave: Kurt Lewin. Liderança. Psicologia. Organizacional.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
A liderança exerce um papel fundamental em uma organização, segundo Schette (2005, p.62)
a liderança pode ser entendida como o conjunto de comportamentos característicos de um indivíduo
que procura despertar a maior participação de todos os membros de determinado grupo na
consecução de objetivos, estimulando contatos interpessoais, distribuindo responsabilidades e
determinados métodos, o que demonstra o quão impactante uma liderança devidamente treinada
pode desencadear na equipe, e assim evitar patologias oriundas do exercício laboral, tal como diminuir
os níveis de afastamentos e absenteísmo no trabalho.
Diante disso, utilizando a Teoria de Campo de Kurt Lewin, psicólogo alemão que realizou
estudos sobre grupos e liderança, busca-se aprofundar e relacionar sua teoria dentro do âmbito
organizacional.
2 BASE TEÓRICA
Kurt Lewin foi um Psicólogo alemão que teve como principal foco de estudo os Grupos, mais
especificamente com sua teoria denominada Campo de Força, sendo pioneiro no estudo sobre
dinâmica de grupos. Lewin (1947) afirma que grupos são formados por pessoas que compartilham do
mesmo objetivo, podendo-se entender melhor toda a influência positiva que uma liderança pode
exercer em uma equipe, aumentando a coesão grupal no ambiente organizacional, de forma que os
papéis individuais de cada sujeito operem em conjunto como uma totalidade.
Em seu trabalho, Kurt Lewin (1947) também afirma que há três tipos de perfis de liderança:
autocrático, democrático e liberal, cada qual possuindo suas vantagens e desvantagens, porém,
segundo estudos realizados, o modelo democrático se demonstra mais eficaz no intuito de inspirar a
autonomia e melhorar o desempenho da equipe, por levar em consideração as opiniões e a
participação dos colaboradores nas tomadas de decisões referentes ao trabalho.
1 Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: dan_oliveira13@hotmail.com
2
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: lara-sm@outlook.com
3
Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail:
monice.ferreira@anhanguera.com
34
Já o Psicólogo Organizacional atua visando a aplicação do conhecimento científico da
Psicologia para promover compreensão, intervenção e desenvolvimento dos indivíduos (CFP, 1992).
Dessa forma, a teoria de Kurt Lewin aponta formas de atuação da liderança, com técnicas
desenvolvidas por ele, como a Teoria de Campo, possibilitando que o Psicólogo Organizacional atue,
em conjunto com o líder, promovendo a compreensão e comunicação grupal (BELEZA e SOARES, 2019).
Assim, portanto, a Teoria de Campo de Kurt Lewin propõe a relação entre o sujeito e seu meio
de forma integrada, onde o campo se apresenta de forma situacional e dinâmica (RODRIGUES, 2013).
Essa visão de ser humano integral de Lewin sobre as relações humanas oferece fundamentação teórica
para que se possa estudar as relações entre ambiente e sujeito dentro de uma organização,
juntamente com as formas de liderança proposta pelo autor.
3 OBJETIVO
Aprofundar o conhecimento da Teoria de Campo de Kurt Lewin no âmbito organizacional.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2005 e 2019.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Utilizando-se da Teoria de Campo, no ambiente organizacional, conclui-se que a teoria se
apresenta como uma ferramenta capaz de auxiliar e melhorar o desenvolvimento dos grupos e da
instituição a partir da atuação da liderança.
Devido a pluralidade organizacional, a coesão grupal pode variar de grupo para grupo, levando
em consideração os fatores ambientais e o capital humano existente no âmbito de trabalho, tendo a
heterogeneidade como premissa, entende-se a importância de uma percepção acurada por parte da
liderança em reconhecer, analisar e agir sobre as variáveis existentes, interpretando os dados
coletados e traçando um plano de ação para aumentar a qualidade de vida e, consequentemente, a
produtividade do sujeito no exercício de sua função. Portanto, é notável a aplicação positiva dos
conceitos de Lewin na organização.
35
REFERÊNCIAS
BELEZA, Cinara Maria Feitosa; SOARES, Sônia Maria. A concepção de envelhecimento com base na
teoria de campo de Kurt Lewin e a dinâmica de grupos. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2019, v. 24,
n. 8, p. 3141-3146. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413 81232018248.30192017>. Acesso
em: 17 de nov. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Atribuições profissionais do psicólogo no Brasil. Conselho
Regional de Psicologia. Brasília. 17 de outubro de 1992. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2008/08/atr_prof_psicologo.pdf. Acesso em: 03 de set de 2021.
LEWIN Kurt. Fronteiras em Dinâmicas de Grupo: Conceito, Método e Realidade em Ciências Sociais.
Equilíbrio Social e Mudança Social. Relações Humanas. 1947. 5-41. Disponível em:
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/001872674700100103. Acesso em: 03 set. 2021.
RODRIGUES, Hugo Elídio. Relações entre a teoria de campo de Kurt Lewin e a Gestalt-terapia.
Gestalt-terapia: Fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. 114-144. 2013. São Paulo:
Summus.
SCHETTE, Fatima Rosely. O papel da psicologia no desenvolvimento de líderes organizacionais,
segundo psicólogos e líderes. 2005. 183 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Pontifícia Universidade
Católica de Campinas, Campinas, 2005. Disponível em: http://tede.bibliotecadigital.puc-
campinas.edu.br:8080/jspui/handle/tede/366#preview-link0. Acesso em: 17 de nov. 2021.
36
A IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO NA ESTRATÉGICA SAÚDE DA FAMÍLIA
MIÚDO, Nancy121; SANTOS, Daísa222; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas3
Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família. Psicólogo. Saúde Pública.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
A saúde pública no Brasil, sempre foi tema de grandes discussões, o que, por muitas vezes,
destacou as fragilidades e desafios do sistema. Diante deste cenário, evidencia-se a necessidade de
uma contínua reflexão fundamentada no conceito ampliado de saúde, assim como de maiores
investimentos em políticas públicas de saúde que incentivem e busquem a realização de um
trabalho preventivo na promoção da saúde, que enxergue o ser humano na sua integralidade como
sujeito biopsicossocial.
Nesse sentido, o papel do psicólogo na ESF, torna-se relevante no cuidado e prevenção de
doenças relacionadas à saúde mental e emocional tanto da equipe multiprofissional, como da
comunidade. Isso auxilia no surgimento de um novo paradigma, onde a psicologia deixe de ser vista
como algo elitista e passe a ser, de fato, direito de todos.
2 BASE TEÓRICA
Segundo COSTA e CARBONE (2004, p.8) “a Organização Mundial de Saúde, passou a
conceituar Saúde como sendo um completo estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas
ausência de doença.” Nesse sentido, a ESF, um programa do Ministério da Saúde, que traz
redirecionamento ao modelo assistencial do SUS, torna-se uma estratégia prioritária e de grande
valor na atenção básica da saúde da família (COSTA e CARBONE, 2004).
Para alcançar seus objetivos, que passam pela prestação de assistência integral e contínua,
esse programa conta com equipe multiprofissional capacitada para reconhecer as necessidades
locais de saúde e oferecer ações efetivas com qualidade (MARQUES e OLIVEIRA, 2015).
De acordo com ALMEIDA e SILVA (2019) a atuação do psicólogo, nessa equipe, dá-se nos
cuidados relativos à saúde mental. O atendimento pode acontecer em grupo ou individualmente.
Suas habilidades podem ser usadas, também, na resolução de problemas internos da equipe, além
do atendimento à comunidade.
¹ Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: noc_miudo@hotmail.com
² Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: daisa.duarte@gmail.com
37
Contudo, vale ressaltar que o papel da psicologia na ESF ultrapassa as ações de avaliação,
encaminhamento e tratamento. Ela traz em si o desafio de que sejam criadas novas possibilidades
para que os profissionais possam atuar de forma mais relevante no intento de oferecer aos usuários
e equipe de saúde, serviços mais resolutivos e eficientes. O que poderia resultar numa visão
ampliada, abrangente e coletiva sobre os processos de saúde e doença. Para isso, é preciso que
sejam desenvolvidos continuamente modelos onde a saúde seja promovida, que comtemplem a
todos. A psicologia pode contribuir na criação de espaços que permitam, aos usuários e equipe
tornarem-se atores sociais de seu processo de saúde, no cotidiano de suas vidas (MARQUES E
OLIVEIRA, 2015).
3 OBJETIVOS
Compreender a necessidade de politicas públicas de saúde que valorizem e implementem
a atuação do profissional da psicologia, baseadas no entendimento de que somosseres
biopsicossociais.
4 METODOLOGIA
Este trabalho se caracterizou como uma pesquisa qualitativa, de revisão bibliográfica, para
tanto foram acessadas ferramentas de busca como Scielo e Google Acadêmico, tendo como base
trabalhos publicados entre os anos de 2004 e 2019.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, em face daquilo que foi consultado, percebe-se a importância do profissional de
psicologia no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Muitas patologias podem ser melhor
acompanhadas com a presença desse profissional nas unidades. Além disso, conforme se verificou
nas referências, a saúde compreende um universo muito maior do que a simples “ausência de
doença”, conformando-se no ambiente mais abrangente e holístico. Assim, o psicólogo torna-se
peça fundamental no andamento nos trabalhos de humanização das Unidades.
38
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, N. S. S.; DA SILVA, R. B. O psicólogo na Estratégia Saúde da Família: possibilidades de atuação
e desafios. Revista Mosaico, v. 10, n. 1, 2019. Disponível em:
<http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RM/article/view/1714>. Acesso em: 24
set. 2021
COSTA, E. M. A.; CARBONE, M. H. Saúde da família: uma abordagem interdisciplinar. Rio de Janeiro:
Rubio, 2004. 194 p.
MARQUES, Ana Alice Dalla Valle; OLIVEIRA, Rafael Wolski de. Possíveis contribuições da psicologia na
estratégia de saúde da família: interdisciplinaridade entre fazeres e saberes. In: Estudos
Interdisciplinares em Psicologia, v. 6, n. 2, p. 39-58, 2015. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/eip/v6n2/a04.pdf>. Acesso em: 24 set. 2021.
PIRES, Ana Cláudia Tolentino; BRAGA, Tânia Moron Saes. O psicólogo na saúde pública: formação e
inserção profissional. In: Temas em Psicologia, v. 17, n. 1, p. 151-162, 2009. Disponível em:
<https://www.redalyc.org/pdf/5137/513751433013.pdf>. Acesso em: 24 set. 2021
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IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO SEXUAL E O PAPEL DO PSICÓLOGO
MARTINS, Hannah Bodas1; NEPOMUCENO, Danielle Prado2
Palavras-chave: Educação Sexual; Psicologia Escolar; Sexualidade;
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
Esse trabalho se propõe a refletir sobre a Educação Sexual (ES) ser pouco incluída na grade
curricular das escolas, a necessidade de se ter mais profissionais aptos a trabalhar com o tema e a
relevância da ES para crianças e adolescentes, considerando as transformações que poderão ocorrer
em suas vidas. Sua importância se dá ao quebrar a noção de que sexualidade se baseia apenas numa
visão biológica, ao contribuir no combate de preconceitos e violências e na prevenção de Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST) e gravidez precoce e no dever do psicólogo em auxiliar na
propagação deste conhecimento.
2 BASE TEÓRICA
A Educação Sexual (ES) é o processo de transmitir conhecimento sobre sexualidade, a partir da
visão de que esta não é definida apenas por aspectos reprodutivos, mas sim biopsicossociais (MAIA et
al., 2012; UNESCO, 2018; MORAES, 2019; RADES et al., 2020). A sexualidade é, então, uma parte
intrínseca do homem que vai sendo construída conforme seu desenvolvimento, podendo ter
influências externas, e que vai se relacionar com todas as áreas da sua vida, inclusive gênero, trabalho,
lazer, formação e religião (MOURA et al., 2011; RADES et al., 2020). Os Parâmetros Curriculares
Nacionais (1998, p. 67 apud MOURA et al.) propõem que é necessário trabalhar o tema, levando em
conta as emoções e noções dos alunos, e incentivar a reflexões, porém existem muitos preconceitos e
tabus que contribuem para que este não seja aplicado nas escolas (MOURA et al., 2011; MAIA et al.,
2012; RADES et al., 2020). A ES ajudará as crianças e os adolescentes a reconhecer todos os tipos de
violência, mas principalmente a sexual, e diferentes tipos de discriminações, irá falar sobre os pontos
positivos e negativos da relação sexual, incluindo assuntos como Infecções Sexualmente Transmissíveis
(ISTs) e gravidez precoce, além de trazer diversos benefícios para as suas vidas, como início tardio das
atividades sexuais e que estas sejam menos frequentes entre os jovens, menos relações de risco, au-
.
¹ Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: hannahbodas@gmail.com
³ Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail:
danielle.nepomuceno@educadores.net.br
40
mento do uso de preservativos e contraceptivos, e outros (MOURA et al., 2011; MAIA et al., 2012;
UNESCO, 2018; MORAES, 2019; RADES et al., 2020).
O psicólogo tem um papel importante nesse meio, tendo em vista que “a sexualidade tem
relações diretas com personalidade, pensamentos, sentimentos e especialmente com a saúde”
(MOURA et al., 2011), desta forma, o profissional poderá identificar e ter acesso a temáticas polêmicas,
principalmente através da escuta qualificada, realizar palestras, falas, rodas de conversas e outros
projetos, com o intuito de falar sobre sexualidade e outros temas que estejam relacionados (MOURA
et al., 2011; RADES et al., 2020).
3 OBJETIVOS
Compreender o papel do psicólogo na Educação Sexual;
Realizar uma revisão bibliográfica da literatura encontrada entre os anos de 2010 a 2021 sobre
Educação Sexual;
Demonstrar a importância que a ES tem para a sociedade.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2010 a 2021.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Educação Sexual pode melhorar a vida das crianças e dos adolescentes, criando um ambiente
seguro para procurarem ajuda, para refletirem sobre sexualidade, assim como torna-los conscientes
sobre a existência de relacionamentos abusivos e das consequências negativas e positivas que
envolvem o sexo, e, desta forma, estimular o respeito e o fim do preconceito voltados para igualdade
de gênero, orientação sexual, estereótipos e outras formas de intolerância, mas, para isso, precisamos
de profissionais que estejam capacitados, principalmente considerando que esse conhecimento
muitas vezes não é transmitido pelas famílias (MOURA et al., 2011; MAIA et al., 2012; UNESCO, 2018;
MORAES, 2019; RADES et al., 2020).
Nessa visão, o psicólogo poderá auxiliar tanto reconhecendo se esses jovens estão sofrendo
devido a assuntos relacionados ao tema, acolhendo-os e ajudando-os, quanto criando projetos e
estratégias que auxiliem na aplicação da ES, seja para os alunos, que são o foco da Educação Sexual,
seja a profissionais, num intuito de capacitação, ou seja aos pais destes jovens, mostrando a
importância deste projeto na instituição, de forma que estimule uma reflexão nestes indivíduos
(MOURA et al., 2011; RADES et al., 2020).
41
Diante do exposto, podemos perceber que a ES é crucial para a vida dos jovens e que o
psicólogo está diretamente ligado ao assunto e terá um papel fundamental neste processo.
REFERÊNCIAS
MOURA, Ana Flora Müller et al. Possíveis contribuições da psicologia para a educação sexual em
contexto escolar. Revista Psicologia Argumentos, Curitiba, v. 29, n. 67, p. 437-446, out./dez. 2011.
Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/20217.
Acesso em: 22 set. 2021.
MAIA, Ana Cláudia Bortolozzi et al. Educação sexual na escola a partir da psicologia histórico-cultural.
Psicologia em Estudo, 2012, v. 17, n. 1, pp. 151-156. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pe/a/rQ3DZwPrv5mcTgpYVTrWjTq/?lang=pt#ModalArticles. Epub
02 Ago 2012. ISSN 1807-0329. Acesso em: 22 set. 2021.
UNESCO. International technical guidance on sexuality education: An evidence-informed approach.
Education 2030 Agenda, 2018, 2ª edição, p. 1-142. Disponível em:
https://www.unaids.org/en/resources/documents/2018/international-technical-guidance-on-
sexuality-education. Acesso em: 22 set. 2021.
MORAES, Isabela. Educação Sexual: o que é e como funciona em outros países?. Politize!, 14 mar.
2019. Disponível em: https://www.politize.com.br/educacao-sexual-o-que-e-e-como-funciona-em-
outros-paises/. Acesso em 16 nov. 2021.
RADES, Thais Cristina et al. Contribuições da Psicologia para a inserção da educação sexual no
ambiente escolar. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 3, n. 3, p.4455-4460 mai./jun. 2020.
ISSN 2595-6825. Disponível em:
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/9976/8364. Acesso em: 22 set.
2021.
42
O LUTO DA LIBERDADE: UMA PROPOSTA DE REFLEXÃO AO PROCESSO DE
LUTO DOS APENADOS NO SISTEMA CARCERÁRIO
ROCHA, Paulo Eugenio¹; SANTOS, Maiara²23; AYRES, Natália Takeuchi³
Palavras-chave: Luto. Encarceramento. Psicologia no Cárcere.
1 INTRODUÇÃO
A palavra luto é comumente utilizada como sinônimo para descrever o processo em que o
indivíduo, diante da morte de alguém que ama, perde sua homeostase – seu equilíbrio interno. Porém,
o luto pode ser dividido entre dois tipos: o concreto e o simbólico. O primeiro ocorre pela morte
material, enquanto o segundo sugere a perda de algo que tenha forte significado na vida do indivíduo,
sem que haja a morte (ALVES, 2012). O presente trabalho busca instigar a discussão sobre os impactos
do luto simbólico eliciado pela perda da liberdade nos encarcerados pela justiça, sugerindo que
reconhecer suas influências é uma forma de auxiliar psicólogo que atua no âmbito prisional a tornar
ainda mais assertiva suas intervenções neste ambiente.
2 BASE TEÓRICA
Ainda que grande parte das pesquisas científicas a respeito do luto se volte para a perda de
entes queridos, refletindo assim a ideia que o senso comum tem como o único motivo responsável por
eliciar o luto, há na literatura científica teorias que ampliam tal visão, trazendo consigo o conceito do
luto simbólico. Sigmund Freud, pai da Psicanálise, em seu livro Luto e Melancolia (1917), teorizou que,
quando uma pessoa perde algo significativo, algo para o qual era direcionado sua energia libidinal, a
mesma passa a ser dominada por pensamentos e memórias relacionadas ao que perdeu, e só
conseguirá desenvolver um novo relacionamento após ter rompido com aquilo que foi perdido;
transferindo a energia libidinal para outro objeto.
Dotado de conceito abstrato e significado subjetivo, é consenso universal que a liberdade seja
considerada algo de inestimável valor e importância. Caminhando ao lado da palavra justiça, a
liberdade sempre teve seu nome elevado a um significado sagrado. Para defendê-la valia até mesmo
perder a própria vida.
¹ Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: procha3@hotmail.com
² Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: maiara_santos26@hotmail.com.br
³ Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: natalia.ayres@anhanguera.com
43
Estar encarcerado não traz somente a angústia do corpo e da mente no momento presente,
mas também do futuro, pois aqueles que já passaram pelo sistema prisional sob a condição de
detentos estão fadados a carregar este estigma social para o resto de suas vidas. De acordo com Alves
(2020), após adentrar ao cárcere, o indivíduo passa a sofrer com a exclusão social mesmo depois de
findado sua pena. Agora liberto, passará a ser identificado como ente perigoso, tornando-se um
dificultador para ser contratado para empregos formais. A dificuldade em retomar a vida anterior junto
ao estigma carregado, causa danos à identidade social do indivíduo, sugerindo que este pode ser um
fator desencadeante de um luto pela identidade perdida.
3 OBJETIVOS
Inspirar a discussão do luto para além de um simples evento subsequente à morte de uma
pessoa estimada, ampliando a percepção deste processo e propondo uma reflexão a partir da perda
da liberdade por aqueles encarcerados pela justiça.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2011 e 2020.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O psicólogo, assim como diversos outros profissionais, faz parte do grupo de profissionais da
saúde que atuam dentro das prisões no Brasil. De acordo com a Lei de Execução Penal – LEP (Lei Nº
7.210, 1984), a inserção da Psicologia no âmbito prisional seria com o intuito de concretizar o Princípio
da Individualização das Penas. Dentre os objetivos do psicólogo neste contexto está o de tentar
amenizar os sofrimentos e os efeitos degenerantes do encarceramento, buscando formas de promover
um retorno à sociedade que seja menos traumático possível. Estes são objetivos norteadores do
psicólogo que atua neste contexto e que fazem jus ao que se estabelece em seu Código de Ética, assim
como nos princípios de ética médica das Nações Unidas (KARAM, 2011).
Diante da ausência de trabalhos que associem a perda da liberdade com o luto simbólico, o
presente trabalho sugere a necessidade de se investigar como se dá o impacto da perda da liberdade
a partir de uma perspectiva da elaboração do luto nas pessoas privadas de liberdade. Compreender
estes mecanismos poderá trazer uma nova perspectiva para a práxis do psicólogo que atua neste
contexto, assim como proporcionar a estes profissionais desenvolverem novas ferramentas para
atingir os objetivos da sua atividade.
44
REFERÊNCIAS
ALVES, Elaine. A morte do filho idealizado. Revista Mundo da Saúde, [s.l], v.36, n.1, p.90-97, jan-mar.
2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mundo_saude/morte_filho_
idealizado.pdf. Acesso em: 17 set. 2021.
ALVES, Tamires Maria. A manutenção do Encarceramento em massa brasileiro através das suas
estratégias punitivas. Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales. 2020.
BRASIL, [Lei de n°7210, de 11 de julho de 1984]. Lei de Execução Penal. Brasília, DF. Presidência da
República, [2020]. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm> Acesso em:
12 de set. 2021.
BRASIL. Lei n. 10792/2003, de 1º de dezembro de 2003. Altera a Lei no 7.210, de 11 de junho de 1984
- Lei de Execução Penal e o Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal
e dá outras providências. Brasília, 2011. Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.792.htm>. Acesso em: 13 set. 2021.
Freud, S. (2010). Luto e melancolia. In Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 12, pp. 170-194).
São Paulo, SP: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1917).
KARAM, Maria Lucia. Psicologia e sistema prisional. Revista Epos, Rio de Janeiro , v. 2, n. 2, dez. 2011.
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-
700X2011000200006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 set. 2021.
RAMOS, Vera Alexandra Barbosa Ramos. O processo de luto. O Portal dos Psicólogos. 2016. Disponível
em:< https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1021.pdf>. Acesso em 22 de jul. de 2020.
45
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: COMO AS MULHERES REPRESENTAM A
PERMANÊNCIA EM UM RELACIONAMENTO ABUSIVO
COLOMBO, Janaína24
1; CUNHA, Kamilla225, FRANÇA, Sullen326, MARINHO, Juliana427;
NEPOMUCENO, Danielle Prado528
Palavras-chave: Representação Social. Violência Doméstica.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
A violência é considerada um fenômeno abstruso e multifacetado. Em relação a violência
contra a mulher nota-se ser fruto de uma construção cultural, política, religiosa que foi regulada com
base nas diferenças entre os sexos, justificando o domínio do homem sobre a mulher. Sendo assim
uma forma comum de violência contra a mulher é a praticada por pessoas de sua convivência e ocorre
em vários níveis da sociedade, em diferentes tipos de raça e religião (NÓBREGA et al., 2019).
Por essa razão o tema da violência se apresenta como uma reflexão antiga e de grande
veiculação pelos meios de comunicação, influenciando assim no cotidiano das pessoas, por isso ele
tem se tornado objeto de representação social. Importante esclarecer que para um objeto, ou
fenômeno seja considerado uma representação social é necessário que o mesmo tenha relevância,
produza discussão de grupos, gere estranheza e incomodo. Dessa forma este tema justifica-se e
apresenta relevância para a comunidade acadêmica, uma vez que ao compreender como as mulheres
representam a permanência em um relacionamento abusivo, seja possível o fomento de discussões a
respeito desse fenômeno, para que assim ações de proteção e principalmente de rompimento do ciclo
de violência sejam tomadas.
2 BASE TEÓRICA
A Teoria das Representações Sociais (TRS), cunhada por Serge Moscovici, com a publicação de
sua tese de doutorado, intitulada La psychanalyse, son image et son public, baseia-se na existência de
um pensamento social oriundo de experiências, crenças e trocas de informações presentes na vida
1
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: colombojanaina@gmail.com
2
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: kamillavf27@gmail.com
3
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: suellenfernandesfranca@gmail.com
4
Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: carlaoautoeletrica@gmail.com
5
Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail:
danielle.nepomuceno@educadores.net.br
46
cotidiana, foi, portanto, inaugurado por Moscovici (1961) uma nova abordagem epistemológica ao
afirmar, que:
“As representações sociais devem ser vistas como uma maneira específica de compreender e
comunicar o que nós já sabemos. Elas ocupam, com efeito, uma posição curiosa, em algum
ponto entre conceitos, que têm como seu objetivo abstrair sentido do mundo e introduzir nele
ordem e percepções, que reproduzam o mundo de uma forma significativa (MOSCOVICI, 2007,
p. 43).”
Nesse sentido Jodelet (2001), compreende que as Representações Sociais (RS) são fenômenos
complexos e ativos com grande influência na vida social. Por essa perspectiva há de se considerar que
os fenômenos cognitivos, integram o pertencimento social dos indivíduos aos conjuntos afetivos e
normativos, às internalizações das experiências, dos aprendizados, dos exemplos de conduta e de
pensamento, socialmente revelados ou transferidos pela comunicação social. Dessa forma, seu estudo
estabelece uma contribuição crucial para a aproximação entre vida mental individual e coletiva.
Dessa maneira é plausível alegar que as RS concebem como um determinado grupo se ocupa
de um conhecimento produzindo-o e reestruturando-o em um conhecimento novo (CHAMON;
CHAMON, 2007).
A partir dos conceitos apresentados acima, é possível considerar que o nascimento de uma
representação social está diretamente relacionada a um contexto social, ou seja, a forma como a
informação chega até o indivíduo, a maneira como é focalizada, fará com que surjam condutas e
discursos coerentes a respeito de um determinado objeto e assim será possível construir um conjunto
de saberes com o objetivo de auxiliar um determinado grupo a compreender o mundo a sua volta
(MORAES, 2007).
Isso posto nota-se que o estudo da RS é um importante recurso metodológico para
conhecimento dos fenômenos do dia a dia, que por venturam venham a adquirir destaque entre os
grupos.
3 OBJETIVOS
- Identificar as Representações Sociais da mulher acerca da permanência em um relacionamento após
episódio de violência doméstica.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2015 e 2020.
47
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi comum nas produções a ideia de que a violência doméstica se encontra sob diferentes
cenários e formas, o artigo produzido por Nóbrega et al. (2019), traz aspectos representativos da
violência relacionados a superioridade masculina, vergonha em expor o ato de violência e preocupação
com a segurança dos filhos, por conta desses elementos a mulher é levada ao ocultamento da
agressão, mantendo-se assim na relação e tornando-se prisioneira de si mesma.
Foi possível constatar que as representações sociais sob essas circunstâncias estão
relacionadas a uma construção histórica e social e perpassa por uma complexa teia que envolve
vulnerabilidade, ocultamento, vergonha, desconhecimento que se vive um relacionamento agressivo,
dependência financeira, sofrimento físico e psíquico. Entende-se, que os achados indicam relevância
para estudos futuros que não apenas denunciem a problemática, mas que também se dediquem a
compreender os motivos para sua manutenção.
REFERÊNCIAS
CHAMON, E. M. Q.; CHAMON, M. A. Representação social e risco: uma abordagem psicosocial. In
GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. 200 p
GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre iniciação à pesquisa cientifica. – 4. ed. – Campinas, SP:
Editora Alínea, 2007.
JODELET, D. Representações sociais: um domínio em expansão. In D. Jodelet (Ed.), As representações
sociais (pp. 17-44). Rio de Janeiro: UERJ, 2001
MORAES, P. M. As representações sociais de funcionários sobre o risco em uma refinaria de petróleo.
São Paulo: UNITAU, 2007. 223 p. Dissertação – Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional,
Universidade de Taubaté, Taubaté, 2007.
MOSCOVICI, S. O fenômeno das representações sociais. In S. Moscovici (Ed.), Representações sociais:
investigações em psicologia social (pp. 29-109). Petrópolis: Vozes, 2003
NOBREGA, V. K. de M. et al . Renúncia, violência e denúncia: representações sociais do homem
agressor sob a ótica da mulher agredida. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 24, n. 7, p. 2659-
2666, July 2019 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232019000702659&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20/09/2021.
48
AS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DA PANDEMIA DA COVID 19 NOS
PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO BRASIL
SILVA, Jorge Luís da¹; PACHECO, Enderson Gomes²; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni³
Palavras-chaves: Covid 19. Pandemia. Saúde Mental. Psicologia.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
Neste momento atual em que a humanidade se encontra, enfrentando uma nova pandemia é
de grande valia compreender o contexto psíquico que permeia os profissionais da saúde, suas
angústias e buscar subsídios que contribuam com o desenvolvimento de estratégias para a construção
de um caminhar em direção a sanidade mental.
2 BASE TEÓRICA
Com início na cidade de Wuhan, na china em dezembro de 2019, a SARS COV-19, ou Covid 19
Brasil (2021), é uma doença sistêmica, transmitida por via respiratória e que já acometeu mais de 218
milhões de pessoas e mais de 4,54 milhões de mortos em todo o mundo, segundo levantamento de
Gama (2021).
A pesquisa da Dra. Maria Helena Machado (2021, apud LEONEL, 2021), sobre as condições de
trabalho do profissional de saúde, aponta que passados quase 2 anos do início da pandemia da Covid
19, nos deparamos com profissionais frustrados, exaustos, sem esperança de melhorias de condições
de trabalhos e que se encontram marcados pela dor e sofrimento psíquico, tristeza e com fortes sinais
de esgotamento físico e mental. Estes profissionais trabalham em ambientes onde nem sempre
contam com condições adequadas de trabalho, de forma extenuante, com sobrecarga de
responsabilidades de metas a cumprir os levando ao absenteísmo. Além disso o medo da
contaminação e da morte iminente acompanham seu dia a dia.
Segundo Bezerra et. al (2020), um dos impactos encontrados em estudo sobre o
enfrentamento da pandemia por profissionais da saúde está relacionado com: perda de pacientes
internados, falta de equipamentos adequados, sobrecarga de trabalho entre outros.
Outro agravo identificado é a síndrome de Burnout, que se caracteriza com exaustão emocio-
¹ Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: jorgenfermeiro@yahoo.com.br.
² Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: endersonsccp77@gmail.com.
³ Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail:
monice.ferreira@anhanguera.com
49
nal relacionada à sucessiva exposição a situações de estresse levando a uma despersonalização e
diminuição da realização pessoal e profissional, como apontado por Borges et. al (2020). Tudo isso leva
a um sofrimento tanto psíquico quanto físico e se refletem de forma constante tanto no âmbito
profissional quanto no âmbito familiar destes trabalhadores.
Ainda, conforme descrito em outro estudo realizado pela faculdade de medicina e pelo
hospital universitário de Brasília e publicado pela Casa Civil (2020), 25% dos médicos residentes
afirmaram já ter cogitado trocar de especialidade devido à pandemia. E, ainda, 91,7% confessaram não
ter esperança de melhoras nos próximos meses.
Também, de acordo com Barreto (2020), revela que 78% dos profissionais de saúde tiveram
sinais de Síndrome de Burnout no período da pandemia. A prevalência foi de 79% entre médicos, 74%
entre enfermeiros e 64% entre técnicos de enfermagem.
3 OBJETIVOS
Levantar as consequências psicológicas e mentais dos profissionais de saúde que atuam no
enfrentamento da pandemia da covid 19.
4 METODOLOGIA
Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas
de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos de 2020 e
2021. Dentre 32 bibliografias analisadas foram escolhidos 7 estudos, sendo que estes foram
selecionados por se apresentarem mais adequados ao objetivo da pesquisa.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, foi possível verificar que os profissionais da saúde têm passado por momentos
geradores de estresse e esgotamento mental, portanto é necessário um olhar mais atento a estes
profissionais disponibilizando um trabalho psicológico que os preparem para resiliência e manutenção
da saúde mental. Através da oportunidade de conhecer as estatísticas e relatos dos profissionais
quanto suas expectativas e angústias, esperamos contribuir futuramente com a elaboração de
ferramentas e instrumentos que proporcionem meios de atender a demanda psicológica destes
profissionais e colaborar com meios para alcançarem descanso e construir uma sanidade mental
adequada e de qualidade.
50
REFERÊNCIAS
BARRETO, C. Síndrome de Burnout afeta 78% dos profissionais da saúde. PEBMED (portal de saúde)
2020. Disponível em:
https://portalhospitaisbrasil.com.br/sindrome-de-burnout-afeta-78-dos-profissionais-da-saude/.
Acesso em: 07 set. 2021.
BEZERRA, G. D. et al. O impacto da pandemia por covid-19 na saúde mental dos profissionais da
saúde: revisão integrativa. Ceará: Revista Enfermagem Atual. Edição especial covid-19, 2020.
Disponível em: file:///C:/Users/USER/Downloads/758-Texto%20do%20artigo-3635-1-10-
20200904.pdf. Acesso em: 25 ago. 2021.
BORGES, F. E. S. et al. Fatores de risco para a síndrome de Burnout em profissionais da saúde durante
a pandemia de covid-19. Rio de Janeiro: Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 95, n. 33, 2020.
Disponível em: file:///C:/Users/USER/Downloads/835-Texto%20do%20artigo-4517-1-10-
20210115.pdf. Acesso em: 25 ago. 2021.
Brasil. Casa Civil. Saúde Mental: pesquisa analisa impacto psicológico do enfretamento à covid-19
em profissionais da saúde. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em:
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2020/julho/saude-mental-pesquisa-analisa-
impacto-psicologico-do-enfrentamento-a-covid-19-em-profissionais-da-saude. Acesso em: 26 ago.
2021.
Brasil. Ministério da Saúde. O que é a covid-19? Brasília, DF: Presidência da República, [2020].
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/o-que-e-o-coronavirus. Acesso em: 26
ago. 2021.
GAMA, C. Casos global Covid 19. São Paulo: Agência CMA, 2020. Disponível em:
https://www.agenciacma.com.br/casos-globais-de-covid-19-passam-de-2186-milhoes-diz-johns-
hopkins/. Acesso em: 07 set. 2021.
LEONEL F. Pesquisa analisa o impacto da pandemia entre profissionais de saúde. Rio de Janeiro:
Fundação Oswaldo Cruz, 2021. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/pesquisa-analisa-o-
impacto-da-pandemia-entre-profissionais-de-saude. Acesso em: 25 ago.
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FINAL DEFINITIVO Ebook Dossiê Científico – O papel do psicólogo no contexto atual e nas relações humanas.pdf

  • 1. As imagens utilizadas foram retiradas do site Freepik Dossiê: “O papel do Psicólogo no contexto atual de relações humanas” Mirthis Czubka Josinara Alencar Monice Ferreira Natália Quinquiolo ORGANIZADORAS
  • 3. SUMÁRIO Apresentação........................................................................................................................................05 A eficácia da grupoterapia cognitivo comportamental em casos de abuso sexual infantojuvenil intrafamiliar..........................................................................................................................................06 SILVA, Ana Elisa; AYRES, Natália Takeuchi Sexualidade na terceira idade: uma realidade esquecida....................................................................09 JESUS, Luiz Guilherme da Silva Santos; SILVA, Karina Moreira; VICENTE, Sonaira Lamosa; AMARAL, Patrícia Pereira Psicoeducação para todos.....................................................................................................................12 PLADO, Estevam Souza; MACHADO, Fernando de Aguiar; SIMIÃO, Luiz Carlos Soares; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas O psicólogo como agente de garantia de direitos à saúde mental da pessoa em situação de cárcere...................................................................................................................................................15 ROCHA, Paulo Eugenio; SILVA, Ana Elisa; AYRES, Natália Takeuchi A importância dos projetos de prevenção contra o bullying nas escolas.............................................18 SOUZA, Bruna Ferreira; CESAR, Jéssica Bueno Rocha Medeiros; AMARAL, Patrícia Pereira A atuação do psicólogo escolar abrangendo a educação não violenta dentro da tríade: criança, escola e família no retorno às aulas presenciais..............................................................................................21 SANTOS, Ana Paula R.; BARBOSA, Gleysse Kellen do P.; SILVA, Thainá E. da; LUZ, Sandra M. Oliveira; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas A saúde mental dos profissionais de saúde na linha de frente à pandemia e o papel do psicólogo...............................................................................................................................................24 COBRA, Carolina; MONTEIRO, Mariah; NEVES, Marcus; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas O psicólogo organizacional na contemporaneidade: uma análise sobre a atuação em tempos de covid-19.................................................................................................................................................27 SOUSA, Ana Carolina de Lima; MARTINS, Júlia de Souza; BOTERO, Syamala Martins; UCHOA, Yasmim Leme; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni Transtorno de deficit de atenção e hiperatividade tdah: desdobramentos no paciente adulto................................................................................................................................................... 30 ZANAROTTI, Viviane Canazzo; AMARAL, Patrícia Pereira Teoria de campo de kurt lewin: aplicação na liderança organizacional...............................................33 OLIVEIRA, Danilo de; MEIRA, Lara Soares; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni A importância do psicólogo na estratégica saúde da família................................................................36 MIÚDO, Nancy; SANTOS, Daísa; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas
  • 4. Importância da educação sexual e o papel do psicólogo......................................................................39 MARTINS, Hannah Bodas; NEPOMUCENO, Danielle Prado O luto da liberdade: uma proposta de reflexão ao processo de luto dos apenados no sistema carcerário..............................................................................................................................................42 ROCHA, Paulo Eugenio; SANTOS, Maiara; AYRES, Natália Takeuchi Representações sociais: como as mulheres representam a permanência em um relacionamento abusivo..................................................................................................................................................45 COLOMBO, Janaína; CUNHA, Kamilla, FRANÇA, Sullen, MARINHO, Juliana NEPOMUCENO, Danielle Prado As consequências psicológicas da pandemia da covid 19 nos profissionais da saúde no brasil......................................................................................................................................................48 SILVA, Jorge Luís da; PACHECO, Enderson Gomes; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni Tristeza e gestação: a atuação do psicólogo perinatal na prevenção da depressão puerperal...............................................................................................................................................51 ROCHA, Paulo Eugenio; FREITAS, Bruna; AYRES, Natália Takeuchi A violência doméstica contra a mulher em tempos de pandemia......................................................54 MEIKO, Debora; MORAIS, Cristiane; PROGRESSO, Jacqueline; AMARAL, Patrícia Pereira Psicogerontologia: Intervenções Do Psicólogo em instituições de longa Permanência.....................57 Machado Tamires; Marini, Nathalia; AMARAL, Patrícia Pereira
  • 5. APRESENTAÇÃO O ebook editado em 2021 pelo Curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Taubaté, tem o objetivo de oferecer um panorama da área da Psicologia, publicando artigos produzidos por docentes e discentes. E também, a promoção e divulgação do conhecimento científico frente a problemáticas contemporâneas do comportamento humano e da promoção da saúde, possibilitando o desenvolvimento da Psicologia como ciência e prática profissional. Trata-se de um conteúdo com publicações de artigos vinculados dentre algumas áreas temáticas, como: Ciências do Comportamento; Psicologia Clínica, Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Psicologia Social; considerando sua diversidade de áreas e abordagens teórico-metodológicas. Os artigos publicados condizem na categoria revisão da literatura e artigos teóricos, com a finalidade de contribuir para a produção, divulgação e utilização do conhecimento produzido cientificamente no âmbito da Psicologia. E também, fontes de leituras e pesquisas são indicadas em cada um dos artigos que se faz presente, possibilitando para que o leitor adentre e aprofunde conhecimentos nos seus campos e delineamentos desejados. Nesse processo de sistematização e produção de conhecimentos, merece destaque que o conteúdo proposto lança efeitos de extrema importância para o discente no decorrer de sua trajetória acadêmica, bem como para com o desenvolvimento da sociedade gerando evolução e melhorias na qualidade de vida. Além de possibilitar um olhar plural e multidisciplinar para com as temáticas que são abordadas no presente ebook. Desejo então aos leitores: uma leitura produtiva, despertando boas reflexões e aguçando os sentidos para novas pesquisas! Mirthis Czubka
  • 6. 6 A EFICÁCIA DA GRUPOTERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL EM CASOS DE ABUSO SEXUAL INFANTOJUVENIL INTRAFAMILIAR SILVA, Ana Elisa1; AYRES, Natália Takeuchi2 Palavras-chave: Violência Sexual Infantil. Grupoterapia. Cognitivo Comportamental. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA A violência sexual intrafamiliar infantojuvenil é um problema de saúde pública mundial que vem ganhando maior visibilidade nas últimas décadas e, atualmente, perante o isolamento social ocasionado pela pandemia do COVID-19, onde crianças e adolescentes estão mais vulneráveis ao seu agressor. Os grupos terapêuticos têm bons resultados nos tratamentos de vítimas, assim como, a terapia cognitivo comportamental (TCC), que traz eficácia na redução dos sintomas de transtornos e traumas. 2 BASE TEÓRICA A violência sexual infantil (VSI) é definida como qualquer contato ou exposição entre criança ou adolescente com uma ou mais pessoas em estágios mais avançados do desenvolvimento físico ou cognitivo, e que são estimuladas ou usadas para estimular sexualmente seu agressor. Tal violência pode ocorrer através de contato físico ou da exposição a pornografias, voyerismo, exibicionismo e assédio. (Azevedo & Guerra, 1989; Thomas, Eckenrode & Garbarino, 1997) Segundo Habigzang, et al. (2008) a VSI “é um fenômeno complexo que envolve aspectos psicológicos, sociais e jurídicos[...] que pode ocasionar sérias alterações cognitivas, comportamentais e emocionais para a vítima”. Ainda para Habigzang (2008), o tratamento precoce com terapia cognitivo comportamental nos transtornos desenvolvidos a partir do trauma, como estresse pós-traumático (TEPT) e ansiedade, têm maior facilidade em auxiliar a reestruturação cognitiva por incluir no tratamento técnicas para atingir sintomas específicos causados pelo trauma. Para pesquisadores da área, o formato de grupo tem resultados mais significativos em crianças e adolescentes vítimas de abuso (Celano, Hazzard, Campbell e Lang, 2002). Isto se deve pelos fatores terapêuticos que são espontaneamente inseridos no grupo, como a universalidade, altruísmo, 1 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: psi.anaelisa@outlook.com 2 Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: natalia.ayres@anhanguera.com
  • 7. 7 instilação de esperança e apoio mútuo, auxiliando os membros a entenderem que são eles os agentes de mudança. (Berchelli, 2002) 3 OBJETIVO Identificar a eficácia da terapia cognitivo comportamental no formato grupal para o acolhimento e tratamento de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual intrafamiliar e contribuir para a comunidade acadêmica e os profissionais que trabalham com este público. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2002 a 2008. 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS Através da pesquisa realizada sobre os grupos em terapia cognitivo comportamental para vítimas de abuso sexual infantojuvenil intrafamiliar, identificou-se que dentro dessa forma de terapia as vítimas conseguem relatar o abuso, seus medos e dificuldades, enquanto que, através de dinâmicas, psicoeducação e palestras, os psicólogos buscam trazer ao consciente das vítimas as crenças de desvalor, desamparo e desamor, os motivos pelo qual elas se culpam e tem dificuldades em confiar, resistência em se socializar, comportamentos disfuncionais no ambiente escolar e familiar. Sobretudo, a experiência de grupo traz às vítimas um olhar atento para suas crenças, emoções e comportamentos disfuncionais que antes não existiam. Assim, a criança e o adolescente entendem o que faz ou não parte deles, percebendo seu modelo cognitivo e que seus pensamentos automáticos são provenientes do trauma. (Habigzang, et al., 2008) Durante o estudo, observou-se que a grupoterapia auxilia nas consequências do trauma, como na ansiedade, estresse e TEPT, e facilita a reestruturação cognitiva de crenças disfuncionais e isolamento social desencadeados pelo abuso sexual às vítimas. O modelo de grupo proporciona melhoras em um período de tempo menor devido às técnicas da terapia cognitivo comportamental e da identificação entre os membros do grupo, a qual propicia uma relação de confiança e um local de segurança.
  • 8. 8 REFERÊNCIAS Azevedo MA, Guerra VNA. Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. São Paulo: Iglu; 1989 Bechelli LPC, Santos MA. Psicoterapia de grupo e considerações sobre o paciente como agente da própria mudança. Rev Latino-am Enfermagem, 2002. 10(3):383-91. Celano, M. Hazzard, A. Campbell, S. K. & Lang, C. B. Attribution retraining with sexually abused children: Review of techniques. 2002, Child Maltreatment, 7(1), 64-75. Habigzang, Luísa Fernanda et al. Avaliação psicológica em casos de abuso sexual na infância e adolescência. Psicologia: Reflexão e Crítica. 2008, v. 21, n. 2. Disponível em: https://www.scielo.br/j/prc/a/7pNTLhMQStyTMvjbZCVwCVL/?lang=pt. Acesso em: 15 de Setembro de 2021 Habigzang, Luísa Fernanda et al. Grupoterapia cognitivo-comportamental para meninas vítimas de abuso sexual: descrição de um modelo de intervenção. Psicologia Clínica. 2006, v. 18, n. 2, pp. 163- 182. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pc/a/cQypknCRxFZmJWpkKzpbtGR/?lang=pt. Acesso em: 18 de Setembro de 2021
  • 9. 9 SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE: UMA REALIDADE ESQUECIDA JESUS, Luiz Guilherme da Silva Santos 3; SILVA, Karina Moreira4; VICENTE, Sonaira Lamosa5; AMARAL, Patrícia Pereira 5 Palavras-chave: Psicológico. Sexualidade. Terceira idade. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA O envelhecimento da população brasileira tem aumentado gradativamente nas últimas duas décadas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017 a população de 60 anos atingiu 30,2 milhões de pessoas e as estimativas para o ano de 2050 são de 66,5 milhões (IBGE, 2017). O evidente aumento da expectativa de vida do brasileiro vem acompanhado de diversas questões como por exemplo, atingir a velhice de forma saudável e articular seus próprios desejos. Nessa perspectiva, o tema da sexualidade surge como parte integral do idoso nessa nova fase de mudanças e descobertas. A sexualidade é muito maior do que apenas a relação sexual, por essa razão, observa-se as possibilidades de gerar reflexões sobre a sexualidade na terceira idade e desmitificar o preconceito envolta do assunto. 2 BASE TEÓRICA A sexualidade é uma dimensão biológica produzida e influenciada pelo contexto que o indivíduo se encontra (CARVALHO, RODRIGUES, MEDRADO, 2005). Deve ser compreendida de forma singular a qualquer indivíduo sendo construída progressivamente desde a infância. De acordo com os autores Rozendo e Alves (2015), a sexualidade não está exclusivamente relacionada ao aparelho genital, a sexualidade é um conjunto de sentimentos físicos e simbólicos que envolvem respeito, afeto, aceitação e prazer. Com a chegada na terceira idade, o sujeito pode apresentar certas dificuldades na aceitação de sua sexualidade, isso pode ser afetado tanto pela falta da informação quanto pela relação que a sexualidade é vinculada aos conceitos de procriação e genitalidade (ROZENDO, ALVES, 2015). O estereótipo que as pessoas idosas são assexuadas ou perdem o estímulo sexual só reforçam os estigmas e induzem um sentimento de culpa pelo desejo sexual. 3 Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: luizguilherme.totustuus@gmail.com 4 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: karina_05moreira@hotmail.com 5 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: sonaira.lamosa@hotmail.com 5 Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: patrícia.p.amaral@kroton.com.br
  • 10. 10 Os principais aspectos psicológicos relacionados a mulher nessa fase são sobre a reprodução/maternidade e a do homem é sobre a sua virilidade. O envelhecimento nesse ponto, proporciona momentos para rever e refletir sobre os papeis exigidos dentro da sociedade e o preconceito sobre o idoso que ao envelhecer perde sua utilidade (GUIMARÃES, 2016). A maioria dos idosos sentem a necessidade de falar sobre o assunto, mas a sociedade ainda trata de maneira bastante preconceituosa o tema. E o tabu torna-se ainda mais presente quando aborda as relações homoafetivas (ROZENDO, ALVES, 2015). O tema sexualidade pode gerar desconforto entre as pessoas, mas não deixa de ser pertinente sua discussão e sapiência para a população. Os tabus e estigmas são desafios constantes para a terceira idade que busca qualidade de vida e liberdade. Nos dias atuais, a temática do envelhecimento traz um cunho negativo até mesmo pejorativo tendo em vista a supervalorização do jovem e em contrapartida, as principais definições do idoso estão relacionadas as doenças e a incapacidade (GUIMARÃES, 2016). Torna-se necessária uma ampliação da visão de sexualidade e tais experiências, compreendo que o idoso ainda sente desejo sexual e não pode se sentir constrangido por conta do julgamento da sociedade. Bem como repensar que a sexualidade é um aspecto natural, saudável e que integra o ser humano. 3 OBJETIVO Discorrer sobre a sexualidade no período da terceira idade com ênfase na psicologia. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2003 e 2016. 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS No percurso dessa pesquisa observou-se que essa temática ainda é pouco explorada em níveis acadêmicos e tão pouco respeitada pela sociedade. Nota-se a necessidade de estimular o conhecimento e meios de reflexão além de, abordar o assunto na formação de futuros profissionais. Destaca-se que por ser um assunto multifatorial, o psicólogo é fundamental para auxiliar no bem-estar, na autoestima e na qualidade de vida do idoso. Auxiliando no processo de aceitação, proporcionando ao idoso a possibilidade de uma realização pessoal e fisiologicamente possível.
  • 11. 11 REFERÊNCIAS CARVALHO, A. M.; RODRIGUES, C. S.; MEDRADO, K. S. Oficinas em Sexualidade Humana com Adolescentes. Minas Gerais: Estudos de Psicologia, 2005. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/a963/ce6b471c7ecbd63a24203cda258aa4ec1c99.pdf?_ga=2.23268 286.582177630.1631659752-101142909.1631659752. Acesso em: 14 set 2021. GUIMARAES, H. C. Sexualidade na Terceira Idade. São Paulo: Revista Portal de Divulgação, 2016. Disponível em: www.portalenvelhecimento.com/revista-nova. Acesso em: 09 set 2021. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. População Idosa. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/. Acesso em: 14 set 2021. ROZENDO, A. S.; ALVES, J. M. Sexualidade na Terceira Idade: Tabus e Realidade. São Paulo: Revista Kairós Gerontologia, 2015. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/26210/18869. Acesso em: 14 set 2021.
  • 12. 12 PSICOEDUCAÇÃO PARA TODOS PLADO, Estevam Souza1; MACHADO, Fernando de Aguiar2; SIMIÃO, Luiz Carlos Soares3; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas4 Palavras-chave: Psicoeducação; Assistência; Auxílio; Cuidado; Importância. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA O conceito de psicoeducação em sua origem era “ampliar o conhecimento do paciente/familiar sobre seu problema a fim de aumentar a compreensão da sua condição, auxiliar na tomada de decisões com base em informações confiáveis e promover maior adesão ao tratamento”, segundo Bégin et al. (2012 apud OLIVEIRA e DIAS, 2018, p. 245). Hoje, sua aplicabilidade ainda é mais direcionada aos consultórios do que aberta ao público em geral, sendo ambos os direcionamentos muitos importantes, mas esse trabalho busca sensibilizar os leitores a respeito da importância da continuidade e intensificação da divulgação dos conhecimentos pertinentes a psicoeducação para todos cidadãos, pois tal iniciativa pode ser a grande aliada da saúde mental na realidade contemporânea. Levando em consideração todo o sofrimento causado pela pandemia do vírus SARS-CoV-2, a oportunidade de acesso a informações provenientes da psicoeducação às pessoas de todas as classes sociais para manutenção do bem-estar pessoal e coletivo, é de grande importância. 2 BASE TEÓRICA A expressão psicoeducação passa a ser usada “na década de 80, referindo-se à transmissão de informações sobre os transtornos mentais para familiares e pacientes psicóticos” (OLIVEIRA e DIAS, 2018, p. 245). Já nos anos 90 passa a ser aplicada de acordo com Bonsack et al. (2015 apud OLIVEIRA e DIAS, 2018, p. 245) “a outros grupos que apresentavam outros transtornos mentais como transtorno do humor bipolar, transtorno do estresse pós-trauma, etc.” Hoje está vinculada ao fornecimento de “informações relevantes aos pacientes sobre o transtorno (diagnóstico, etiologia, funcionamento), o tratamento e o prognóstico, quanto à busca por esclarecimento de dúvidas e correções de informações distorcidas” (OLIVEIRA e DIAS, 2018, p. 245). Além de ser de vital importância para orientação dos cuidadores, como informa Cardoso (2011 apud SILVA et al., 2018, p. 55): ___________________________________ 1 Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: estevamplado@gmail.com 2 Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: fernando141096@yahoo.com 3 Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: si.miao@hotmail.com ⁴ Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: natalia.quinquiolo@gmail.com
  • 13. 13 As intervenções psicoeducativas visam dotar os cuidadores de conhecimentos e capacidades para cuidar e a sua implementação tem vindo a demostrando uma diminuição da sobrecarga emocional, física, um aumento substancial do conhecimento da doença e de estratégias para lidar com a sintomatologia. Como é possível observar a psicoeducação encontra-se em constante evolução desde os anos de 1980, principalmente direcionada a pacientes e cuidadores. Por conseguinte, o repertório dessas experiências em consultório fornece o embasamento para a continuidade e intensificação da psicoeducação aplicada em ações públicas para o público em geral. 3 OBJETIVO Ressaltar a importância de intervenções públicas em psicoeducação aos cidadãos em geral. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizadas as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2004 e 2020. 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa que serviu de base para essa produção possibilitou a observação de características a respeito da psicoeducação, facilitando assim a visualização de uma possível aplicação para o objetivo proposto. Afinal, a psicoeducação apesar de ter iniciado somente com o objetivo de melhorar a vida dos pacientes e cuidadores, tem se introduzido gradualmente nos meios de comunicações informais (YouTube, Facebook, entre outras plataformas) através de profissionais engajados em divulgar seus trabalhos, mas também levar esse tipo de educação para o público em geral. Os autores dessa produção acadêmica consideram de vital importância a divulgação de informações pertinentes a psicoeducação ao público em geral, ou seja, aos cidadãos não diagnosticados com transtornos psicológicos, mas que podem preveni-los munindo-os de tais informações. Ações que podem ser encabeçadas tanto pelo setor público como pelo setor privado, podendo esse até receber incentivo fiscal. Portanto, o que se encontra em grande volume é um trabalho de psicoeducação que evolui exponencialmente a cada dia voltado a tratamentos de sujeitos já diagnosticados com transtornos psicológicos e seus cuidadores. Por fim, os autores esperam que a psicoeducação para todos seja considerada fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade saudável de forma integral.
  • 14. 14 REFERÊNCIAS Oliveira, C. T., & Dias, A. C. G. (2018). Psicoeducação do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: o que, como e para quem informar. Temas em Psicologia, 26(1),243-261. doi:10.9788/TP2018.1-10Pt. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tpsy/a/xzQBtH8GV9Qf74kx7nynjxS/?lang=pt . Acesso em: 21 de set. 2021. Silva, M., Sá, L., & Sousa, L. (2018). Eficácia dos programas psicoeducacionais na sobrecarga nos familiares cuidadores de pessoas com demência: Revisão integrativa. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental (19), 54-60. doi: 10.19131/rpesm.0202. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/44d1/020fbc3122346586e7fe1569ea6193f5e8d0.pdf Acesso em: 21 de set. 2021.
  • 15. 15 O PSICÓLOGO COMO AGENTE DE GARANTIA DE DIREITOS À SAÚDE MENTAL DA PESSOA EM SITUAÇÃO DE CÁRCERE ROCHA, Paulo Eugenio6; SILVA, Ana Elisa7; AYRES, Natália Takeuchi3 Palavras-chave: Psicologia no Cárcere. Direitos Humanos. Pessoa Privada de Liberdade. 1 INTRODUÇÃO O interesse desta pesquisa nasceu da vivência dos autores como estagiários de psicologia em uma penitenciária feminina localizada no interior de São Paulo, Brasil. A vivência de uma atuação supervisionada, somado ao convívio diário com psicólogos experientes e Pessoas Privadas de Liberdade (PPLs), despertou nos autores um desejo de compreenderem melhor como se deu o início da atuação da Psicologia no sistema prisional, quais os marcadores históricos deste período, bem como o reconhecimento da importância da inserção do profissional de psicologia no sistema prisional e sua atuação enquanto agente de garantia dos direitos à saúde mental para as pessoas que se encontram em situação de privação de liberdade. Compreender e divulgar tais pontos ajudará a desmistificar a atuação do psicólogo no cárcere bem como dará uma nova visão sobre sua atuação. 2 BASE TEÓRICA A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), promulgada pela ONU em 1948, empenhou-se em estabelecer universalmente os direitos básicos e inalienáveis da pessoa humana (ONU, 2020), direitos estes que abrangem saúde, segurança, educação, entre outros. Inspirado pelos dispositivos contidos na DUDH, e pelo processo de redemocratização que o Brasil se encontrava à época, é então instituída a Constituição da República Federativa do Brasil, em 1988, que trouxe em seu texto a saúde (física e psicológica) como Direito de todas as pessoas em território brasileiro, e a estabeleceu como um dever a ser garantido pelo Estado, junto com a dignidade, liberdade e igualdade a todos (BRASIL, 1988). Para a Justiça brasileira, Pessoas em Privação de Liberdade (PPL) continuam a gozar dos mesmos direitos à saúde que obtinham antes de terem sido encarceradas. Tais direitos passaram a ser amparados pela Lei de Execução Penal – LEP (Lei 7.210, 1984) que reafirma a saúde como uma obrigação do Estado. A partir desta nova visão, e como tentativa de assegurar a saúde mental das PPL, 6 Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: procha3@hotmail.com. 7 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: psi.anaelisa@outlook.com. 3 Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: natalia.ayres@anhanguera.com
  • 16. 16 em 2003 foi instituído, a partir dos princípios do SUS, o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP), que passou a definir que na equipe de saúde das Unidades Prisionais haja ao menos um psicólogo para cada 500 presos. Apesar de a Psicologia já estar oficialmente inserida no sistema prisional brasileiro como forma de instrumentalizar o princípio da individualização das penas, na Lei de Execuções Penais de 1984, sua atuação estava vinculada somente a confecção da Avaliação Criminológica, somente no ano de 2003 o psicólogo passou a ter um papel mais voltado à promoção de saúde (NASCIMENTO; BANDEIRA, 2018). 3 OBJETIVOS Compreender como se dá a atuação do psicólogo no contexto prisional e situá-lo como agente de garantia de direitos humanos dentro do cárcere. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2017 e 2021. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da pesquisa exploratória realizada sobre a atuação do Psicólogo(a) no sistema prisional, foi possível compreender que a função do psicólogo neste contexto vai muito além da Avaliação Criminológica. Atualmente o profissional de psicologia atua também na reeducação do PPL, com o objetivo de proporcionar condições de reinserção do mesmo na sociedade, trabalhando questões de ordem subjetiva e na atenção aos transtornos mentais leves. Diariamente atendem demandas que chegam até eles através de pedidos das próprias pessoas privadas de liberdade ou por encaminhamento de outras áreas do sistema (HINTZ, 2017). Mesmo atuando também na reeducação do PPL, com o objetivo de proporcionar condições de reinserção do mesmo na sociedade, ainda é solicitado do profissional de psicologia uma grande demanda de avaliação criminológica e documentos técnicos. Isso acaba por impactar negativamente a qualidade do serviço prestado pelo profissional para com as PPL. Diante do alto número de encarceramentos, o número escasso de profissionais acaba por ser mais um complicador para a atuação da Psicologia como ciência e profissão dentro destes espaços. Ainda assim o Psicólogo segue lutando dentro das instituições criminais para garantir às PPLs a manutenção do direito à saúde mental, e fora dos muros, continuam a batalha para a desestigmatização dessas pessoas.
  • 17. 17 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. BRASIL, [Lei de n°7210, de 11 de julho de 1984]. Lei de Execução Penal. Brasília, DF. Presidência da República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 12 de set. 2021. HINTZ, Losane Zimmermann. Pensando a Atuação do Psicólogo no Sistema Prisional. 2017. 40 f. TCC (Graduação) - Curso de Psicologia, DHE – Departamento de Humanidades e Educação, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí, Santa Rosa, 2017. Disponível em: https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/handle/123456789/5074. Acesso em: 14 set. 2021. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasília-Df). Secretaria de Atenção À Saúde (org.). Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário. 2. ed. Brasília: MS, 2005. 64 p. (B). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_nacional_saude_sistema_penitenciario_2ed. pdf. Acesso em: 20 set. 2021. NASCIMENTO, Lucas Gonzaga do; BANDEIRA, Maria Márcia Badaró. Saúde Penitenciária, Promoção de Saúde e Redução de Danos do Encarceramento: desafios para a prática do psicólogo no sistema prisional. Psicologia: Ciência e Profissão, [S.L.], v. 38, n. 2, p. 102-116, 2018. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1982-3703000212064. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/rzBgK7y7GJzqQy98JxLPsGP/?lang=pt. Acesso em: 19 set. 2021. ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948.
  • 18. 18 A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS DE PREVENÇÃO CONTRA O BULLYING NAS ESCOLAS SOUZA, Bruna Ferreira18; CESAR, Jéssica Bueno Rocha Medeiros29; AMARAL, Patrícia Pereira310 Palavras-chave: Prevenção. Bullying. Escola. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA O mundo foi palco de diversos entraves ao longo da história humana, onde ocorreram guerras e conflitos por diversos motivos, seja na busca por alimento, divisão de território, pode acontecer em grupos ou individualmente. Nos tempos atuais, é comum notícias sobre violência urbana, seja por conta da criminalidade ou mesmo planejada contra um grupo minoritário. Sabendo que a violência pode estar presente em todos os locais e ser direcionada para qualquer pessoa, é possível identificá-la também em escolas, sendo nomeada como bullying. Pode ser vista tanto na forma de agressão explícita quanto implícita e tem potencial para prejudicar a vida do indivíduo de diversas formas. Considerando a existência do bullying e a potencialidade destrutiva, se faz necessário a implementação de ações preventivas para lidar com as demandas. 2 BASE TEÓRICA A palavra bullying é de origem inglesa, bully significa uso da superioridade física para intimidar alguém. Até 1980, atos de violência escolar eram resolvidos na escola, enquanto atualmente podem ser feitos registro em delegacia, mas de acordo Arroyo (2007), “ainda permanece uma cultura de isolamento das instituições escolares, um distanciamento dos problemas e embates mais contemporâneos”. A partir de 1990 que no Brasil, o bullying passou a ser um elemento discutido. As características do bullying são de envolvimento direto ou indireto, como toda humilhação, falta de respeito, abuso de poder, ofensa, descriminação, apelidos, beliscar, ferir, chutar, bater, irritar, ridicularizar, isolar, perseguir, difamar, abusar, violentar e assediar. Podendo se classificar em agressão: física, verbal, sexual e psicológico de forma intencional. É importante considerar também que, segundo as autoras Toro, Neves e Rezende (2010, p. 5), “O bullying não envolve apenas a vítima e o agressor, mas também os sujeitos que testemunham”, podendo atingir diversos núcleos. 1 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: brunafesou@gmail.com 2 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: jessica.bueno.medeiros@hotmail.com 3 Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: patricia.p.amaral@kroton.com.br
  • 19. 19 O bullying pode ser resultado de violência intrafamiliar, quando a criança é exposta diariamente a violência verbal ou física dentro de casa ou até educada de forma rigorosa e punitiva. Desigualdade social e crises das relações sociais também pode ser a causa. Vale pena lembrar que como todo ato de violência, o bullying também tem seu ciclo repetitivo de atos. O maior número de casos é causado por meninos com envolvimento direto, agressões verbais e físicas. Já em meninas, se envolvem de forma indireta, utilizando métodos como a exclusão, boatos maldosos e apelidos que segundo Moura, Cruz e Quevedo (2011), “A utilização de apelidos, muitas vezes pejorativos ou que se refiram a determinada característica física ou fragilidade das vítimas”. Considerando as informações apresentadas, o psicólogo escolar se torna um forte aliado para lidar com o tema, com a realização de uma análise da instituição em que está inserido e identificação das demandas, o profissional pode atuar de diversas formas, podendo criar espaços de reflexão, escuta e discussão de acordo com a demanda (FREIRE E AIRES, 2012). É possível a elaboração de dinâmicas entre a equipe para fortalecimento de vínculos entre os profissionais, assim como a capacitação dos mesmos, tanto para estar atento para a situação quanto para intervir se necessário. Além do planejamento de palestras para os alunos e conversas com os pais e responsáveis sobre a importância de se identificar e intervir os casos de bullying o mais breve possível (FREIRE E AIRES, 2012). 3 OBJETIVO Estudar a importância da realização de projetos de prevenção ao bullying no âmbito escolar. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2007 e 2018. 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS O resultado apresentado na pesquisa deixa claro as características do que são considerados atos de bullying nas escolas, principalmente nas salas de aulas onde ocorre a ação, não se ausentado das demais áreas que contém o ambiente escolar, essas agressões que também tem consequências, atingindo o corpo educacional. A presença do Psicólogo escolar é fundamental para a escola cumpra seu papel de educador didático, onde a criança possa se desenvolver sadiamente suas opiniões políticas, funções sociais, desenvolvendo vínculos e um aprendizado qualidade. Além de atender as demandas dos demais profissionais que compõe a equipe multiprofissional de uma instituição de ensino.
  • 20. 20 REFERÊNCIAS ARROYO, Miguel González. Quando a violência infanto-juvenil indaga a pedagogia. Educação e Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, p.787-807, out., 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302007000300008&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 08 abr. 2021. FREIRE, Alane Novais; AIRES, Januária Silva. A contribuição da psicologia escolar na prevenção e no enfrentamento do Bullying. Psicol. Esc. Educ., São Paulo, vol.16, n.1, p.55-60, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/tvZ37DSGCbZNvQxnshq3DCs/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 11 set. 2021. MOURA, Danilo Rolim de; CRUZ, Ana Catarina Nova; QUEVEDO, Luciana de Ávila. Prevalência e características de escolares vítimas de bullying. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, vol.87, n. 1, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572011000100004. Acesso em: 29 mar. 2021. TORO, Giovana Vidotto Roman; NEVES, Anamaria Silva; REZENDE, Paula Cristina Medeiros. Bullying, o exercício da violência no contexto escolar: reflexões sobre um sintoma social. Psico. teor. prat., São Paulo vol.12, n.1, p.123-137, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872010000100011. Acesso em: 03 mar. 2021.
  • 21. 21 A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR ABRANGENDO A EDUCAÇÃO NÃO VIOLENTA DENTRO DA TRÍADE: CRIANÇA, ESCOLA E FAMÍLIA NO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS SANTOS, Ana Paula R.¹; BARBOSA, Gleysse Kellen do P.2; SILVA, Thainá E. da³; LUZ, Sandra M. Oliveira4; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas5 Palavras-chave: Psicólogo escolar. Educação não violenta. Escola. Família. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA A contemporaneidade das relações após e ainda durante o tempo em que vivemos atualmente, em 2021, é condição sine qua non falar das relações humanas no que versa a tríade família, escola e aluno. Ao falar sobre a educação neste novo contexto a figura do psicólogo(a) vai abranger um mediar destas relações, que nesta ocasião é assumido quando uma criança é inserida no ambiente escolar, especificamente, na faixa etária entre 6 a 8 anos e a partir das experiências adquiridas nestes novos ambientes é que a individualidade da mesma, que aqui vamos assim representar, será formada. Diante do contexto atual, o impacto da não experiencia do primeiro contato, pode ser ocasionado pelo rompimento na formação da base educacional e de sua relação com o meio, e isso, pode ser minimamente impactado, pela atuação e interferência do Psicólogo no ambiente escolar, transformando a comunicação e as relações entre a tríade escola, aluno e família, compreendendo esse retorno de maneira mais flexível, humanizada e acolhedora, através da educação não violenta, pautada na CNV – Comunicação não violenta. 2 BASE TEÓRICA Segundo Rosenberg (2003) o papel crucial na linguagem humana é falar e ouvir, isso vai levar a ligação com o outro a níveis mais empáticos, mais respeitosos e mais humanos. Denomina-se essa abordagem como Comunicação Não-Violenta, usando o termo “não-violência” na mesma acepção que Gandhi — referindo-se ao estado compassivo natural. Nesse sentido, o psicólogo escolar tem um papel facilitador e orientador diante dessa tríade família, escola e criança; para que o acolhimento da mesma seja positivo. . 1 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: apaulareis.psico@gmail.com 2 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: barbosagleysse@gmail.com 3 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: thaina.edu@hotmail.com 4 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: saanluz.oliveira@gmail.com 5 Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: natalia.quinquiolo@gmail.com
  • 22. 22 O momento inoportuno trouxe um crescente debate a respeito da necessidade de transmutar os métodos educativos consolidados no senso comum e apesar dos desafios nas práticas de intervenção, o profissional pode conduzir a alternativas, contribuindo para uma melhor reinserção da criança no ambiente escolar pós distanciamento social. No início de maio de 2020, 186 países ou regiões fecharam escolas, total ou parcialmente, para conter a disseminação da SARS-CoV-2, atingindo cerca de 70% dos alunos (UNESCO, 2020); tal fator suscita a reflexão acerca da eficiência do processo educativo e socialização em diversos recortes sociais durante a suspensão das atividades presenciais escolares. Com base em alguns estudos em diversos países, notaram-se que nos longos períodos de férias, a queda no rendimento escolar posterior é um fenômeno comum, reconhecido como Summer Learning Loss ou Summer Slide. Obviamente, os intervalos destas, com duração predefinida, diferem do período de incerteza gerado pela pandemia da SARS-CoV-2 (OLIVEIRA; GOMES; BARCELLOS, 2020). Destacam-se também alguns pontos fundamentais aos quais deve-se estar atento frente ao regresso escolar, sendo eles a percepção das expectativas da criança diante do retorno à escola, a verificação da existência de prejuízos no processo educacional pós egressos e a compreensão dos medos associados a mudanças na vida escolar e social (AMÂNCIO e CASTRO, 2018). Todavia, a habilidade dos familiares tende a ser limitada, principalmente a respeito da aplicação de conteúdo específico e de estímulos que deveriam ocorrer na primeira infância, havendo uma curta janela temporal para sua realização. Em paralelo, analisa-se também que a violência intrafamiliar de maneira física, verbal ou qualquer outro tipo de humilhação, foi agravada no período de distanciamento social (FORÚM BRASILEIRO DE SAÚDE PÚBLICA, 2020), e isso interfere no clima familiar e compromete a saúde física e psicológica da criança. Como alternativa, a educação não violenta, associada aos pilares da CNV, difunde interações adequadas. Com esse procedimento educacional há mais esperanças de processos de pacificação em nossa cultura através da educação, já que a mesmas se retroalimentam (DAHÁS, MARQUES e BOLSONI-SILVA, 2020). 3 OBJETIVOS Promover reflexão acerca da inserção e/ou reinserção de crianças de 6 a 8 anos no ambiente escolar pós pandêmico. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2000 e 2021.
  • 23. 23 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS Compreende-se a importância da relação do psicólogo com esta tríade, a fim de que a comunicação se torne mais acessível e como consequência, a facilitação para o regresso e/ou ingresso da criança em sala de aula, que aborde a educação não-violenta em toda laboração. REFERÊNCIAS BRASIL. FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Violência doméstica durante pandemia de COVID-19. 2020. Disponível em: http://forumseguranca.org.br/publicacoes_posts/violencia- domestica-durante-pandemia-de-covid-19/. Acesso em: 22 set. 2021 DAHÁS, Liane Jorge de Souza; MARQUES, João Miguel; BOLSONI-SILVA., Alessandra. Por uma educação não violenta. Caderno de Artigos | ECA 30 Anos | CFP [s. l], p. 23-26, 2020. OLIVEIRA, João Batista Araújo e; GOMES, Matheus; BARCELLOS, Thais. A Covid-19 e a volta às aulas: ouvindo as evidências. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, [S.L.], v. 28, n. 108, p. 555- 578, set. 2020. FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0104- 40362020002802885. Acesso em: 21 set. 2021 ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. 2. ed. São Paulo: Editora Ágora, 2006. 360 p. UNESCO. COVID-19 Impact on education. Disponível em: httpsw://en.unesco.org/covid19/educationresponse Acesso em: 20 setembro 2021. AMÂNCIO, Monique Gonçalves; CASTRO, Everson Ney Huttner. Reinserção Escolar na Ótica do Educando que Esteve em Atendimento Escolar Domiciliar. Revista Saberes Pedagógicos. v. 2, n. 1, p. 127-143, jan/jun. 2018. Disponível em: http://periodicos.unesc.net/pedag/article/view/3719/3450 Acesso em: 18 setembro 2021.
  • 24. 24 A SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA LINHA DE FRENTE À PANDEMIA E O PAPEL DO PSICÓLOGO COBRA, Carolina111; MONTEIRO, Mariah212; NEVES, Marcus3; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas⁴ Palavras-chave: COVID-19. Saúde Mental. Pandemia. Profissionais De Saúde. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA Em 2019 o mundo foi assolado por uma grave pandemia, em que os profissionais de saúde ficaram na linha de frente do combate à COVID-19. O medo do contágio, a insegurança perante os procedimentos, a ansiedade, o estresse, o isolamento social, o temor à morte, a sobrecarga de trabalho e a escassez de recursos resultaram em eventos traumáticos para esses profissionais. Segundo pesquisas realizadas, houve um aumento significativo em casos de insônia, depressão, transtornos de ansiedade e altos níveis de estresse entre esses indivíduos (BOHLKEN et al., 2020). A discussão acerca dessas implicações é de grande valor para que esses trabalhadores sejam amparados e direcionados a tratamentos adequados, visando a qualidade de vida e a melhoria da saúde mental. 2 BASE TEÓRICA A pandemia trouxe diversas transformações, mudamos a forma de como nos relacionamos com as pessoas, como trabalhamos, estudamos, compramos nossos alimentos, cuidamos da nossa saúde, principalmente da nossa saúde mental. Portanto, um grupo essencial de profissionais foram expostos à variadas situações na linha de frente e no combate diário ao vírus. Conforme Schmidt et al. (2020, v. 37), “psicólogos podem contribuir para promoção da saúde mental e prevenção de impactos psicológicos negativos a profissionais da saúde, ao oferecer a eles suporte e orientação sobre como manejar algumas situações”. Saber lidar com os sentimentos e emoções em um momento de crise é primordial nessa pandemia. Enquanto alguns profissionais de saúde formam mecanismos de enfrentamento para lidar com eventos danosos e desafiadores, outros apresentam adoecimento psíquico (MOREIRA, 2020, p. 158). Em meio à pandemia, alguns enfermeiros também passaram por uma sensação de perda de controle que gerou um alto nível de angústia (BARBOSA et al., 2020). 1 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: carolinarollo@gmail.com 2 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: mari_2909002@outlook.com
  • 25. 25 À vista disso, os psicólogos são requisitados para exercer técnicas adequadas de comunicação, psicoterapia e resolução de problemas neste caso emergencial (BARROS-DELBEN, 2020). A importância do trabalho do psicólogo é tanta que seu auxílio abrange desde leves casos de sofrimento psíquico a prevenção do suicídio. São por múltiplos motivos que um profissional da saúde necessita de uma assistência psicológica no atual cenário, dado que seu ambiente está passando por inúmeras transformações, incertezas, perturbações e sua subjetividade está todos esses episódios, por isso há necessidade de um processo de adaptação à realidade. 3 OBJETIVOS Compreender o papel do psicólogo junto aos profissionais de saúde diante da pandemia do Covid-19. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2020 e 2021. 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa demonstrou o quanto os profissionais de saúde foram afetados e o quanto é necessário um acompanhamento e acolhimento profissional dos psicólogos para a redução dos danos causados pela pandemia. É necessário um trabalho em conjunto para que se possa administrar todas as mudanças, dificuldades e traumas enfrentados, afim de que esses profissionais se fortaleçam e consigam administrar suas emoções.
  • 26. 26 REFERÊNCIAS BARBOSA, D. J.; PEREIRA GOMES, M.; BARBOSA ASSUMPÇÃO DE SOUZA, F.; TOSOLI GOMES, A. M. Fatores de estresse nos profissionais de enfermagem no combate à pandemia da COVID-19: síntese de evidências. Comunicação em Ciências da Saúde, [S. l.], v. 31, n. Suppl1, p. 31–47, 2020. DOI: 10.51723/ccs.v31iSuppl 1.651. Disponível em: http://www.escs.edu.br/revistaccs/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/651. Acesso em: 21 set. 2021. BARROS-DELBEN, P.; CRUZ, R. M.; TREVISAN, . K. R. R.; GAI, M. J. P.; CARVALHO, R. V. C. de; CARLOTTO, P. A. C.; ALVES, R. B.; SILVESTRE, D.; RENNER, C. O.; SILVA, A. G. da; MALLOY-DINIZ, L. F. Saúde mental em situação de emergência: Covid-19 . Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 18–28, 2020. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/38. Acesso em: 21 set. 2021. BOHLKEN, J; SCHÖMIG, F; LEMKE, M.R; PUMBERGER, M; RIEDEL-HELLER, S.G. COVID-19 - Pandemie: Belastungen des medizinischen Personals. Psychiatr Prax, 47, 2020. p. 190–197. Disponível em: https://doi.org/10.1055/a-1159-5551. MORAIS, C. P. T. de et al. Impacto da pandemia na saúde mental dos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente da Covid-19 e o papel da psicoterapia. Curitiba: Brazilian Journal Of Development, 2021. p. 1-9. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/22693/18189. Acesso em: 17 set. 2021. MOREIRA, A. S.; LUCCA, S. R. de. Apoio psicossocial e saúde mental dos profissionais de enfermagem no combate ao COVID-19. Enferm. foco (Brasília), p. 155-161, 2020. Disponível em [http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/3590/819]. SCHMIDT, B., CREPALDI, M.A., BOLZE, S.D.A., NEIVA-SILVA, L., DEMENECH, L.M. Saúde mental e intervenções psicológicas diante da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Estudos de Psicologia (Campinas) v. 37. 2020. https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200063.
  • 27. 27 O PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL NA CONTEMPORANEIDADE: UMA ANÁLISE SOBRE A ATUAÇÃO EM TEMPOS DE COVID-19 SOUSA, Ana Carolina de Lima113; MARTINS, Júlia de Souza214; BOTERO, Syamala Martins315; UCHOA, Yasmim Leme416; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni517 Palavras-chave: Qualidade de vida no trabalho. Psicólogo Organizacional. Mudanças na organização. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA O trabalho é essencial para a vida dos indivíduos, contribuindo para sua subsistência, à sociedade e sua adaptação ao mundo. Atualmente, a dinâmica do comportamento dos profissionais e organizações foram afetadas e, por isto, foi preciso rapidamente desenvolver medidas e estratégias laborais para minimizar os impactos causados pelo novo coronavírus (COVID -19), fazendo-se necessário tornar o ambiente de trabalho um espaço onde a relação trabalhador-empregador seja positiva para ambos os lados. 2 BASE TEÓRICA Ao longo da pesquisa, observou-se que a qualidade de vida nas organizações foi drasticamente afetada pela pandemia e seus efeitos, tais como aumento de ansiedade, estresse, comportamentos desadaptativos, sofrimento emocional e respostas defensivas (GOULART JUNIOR, CAMPOS, 2021). Apesar de estratégias de intervenções que o psicólogo pode utilizar, verificou-se a escassez de estudos abordados pelo viés do profissional nas organizações, sendo rara a sua menção fora da área de Gestão de Pessoas. Estudos de Goulart Junior e Campos (2021) demonstram que nesse período de pandemia adotaram-se medidas de higiene e saúde, além de medidas referentes às mudanças e adaptações nos processos de trabalho, visando diminuir a contaminação e minimizar prejuízos, mas desconsideraram o impacto psicológico do processo, apesar da importância de se ponderar os possíveis impactos a longo prazo nas organizações, na dinâmica social e na vida humana. Desse modo, ao se elaborar um plano de atuação, é essencial considerar o retorno dos colaboradores e a readaptação destes a atividade presencial, assim como seu bem-estar biopsicossocial. 1 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: anacarollima98@gmail.com 2 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: juliasm1610@gmail.com 3 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: syamala108@hotmail.com 4 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: yasmim.pedroso22@gmail.com 5 Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: monice.ferreira@anhanguera.com
  • 28. 28 Nesse sentido, a pandemia exigiu um agir adaptativo e uma elucidação imediata do psicólogo, enfatizando o acolhimento e a escuta por meio de grupos de apoio e assistência individual, plantões psicológicos, estratégias de coping, técnicas de relaxamento e a psicoeducação com colaboradores para explicar sobre os comportamentos atípicos e as demandas psicológicas, promovendo ações de desenvolvimento e aumentando o repertório de competências comportamentais como a empatia, a resiliência e o uso da comunicação corporativa (BENTIVI, 2020). Destarte, é importante destacar que tais estratégias sejam implementadas também no pós- pandemia, com intervenções adaptadas a serem desenvolvidas continuamente. Além da identificação dos fatores de risco, a elaboração de estratégias para veicular informações sobre os sintomas de estresse, investir em treinamento para promover a saúde mental e, se necessário, o encaminhamento para outras especialidades, podem contribuir para o bem-estar, considerando as relações de custo e benefício, tanto para o colaborador quanto para a empresa (CONCEIÇÃO et al., 2020). A vista disso, as estratégias de intervenções que podem ser desenvolvidas para o pós pandemia podem ser: os plantões psicológicos virtuais e grupos de acolhimento, a implantação dos primeiros socorros psicológicos (PSP), com intervenções pontuais para o estresse agudo que tem o objetivo de reduzir danos emocionais e o sofrimento psicológico causados por situações inesperadas, causando um desequilíbrio no colaborador, podendo gerar angústia, ansiedade e sintomas de outras síndromes, como a Síndrome de Burnout (BENTIVI, 2020). 3 OBJETIVO Aprofundar o conhecimento em relação à compreensão do papel do psicólogo na área organizacional na atualidade em período pandêmico. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizadas as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos de 2020 e 2021. 5 CONCLUSÃO Conclui-se que na realidade pandêmica, diante de todas as mudanças sociais e laborais decorrentes, tornou-se necessária uma maior atenção com os colaboradores e com a área organizacional como um todo, uma vez que emergiram demandas especialmente de estresse e sofrimento mental causado pelo isolamento. O papel do psicólogo é buscar o cuidado e manutenção da saúde mental de todos da organização, visando alcançar o bem-estar biopsicossocial. Neste contexto, torna-se cada vez mais evidente a importância do psicólogo organizacional.
  • 29. 29 REFERÊNCIAS BENTIVI, Daiane Rose Cunha (org.). Coleção: O trabalho e as medidas de contenção da COVID-19: contribuições da Psicologia Organizacional e do Trabalho no contexto da pandemia. Retrato da Psicologia Brasileira no Cenário da COVID-19. Porto Alegre: Artmed, 2020. Disponível em: https://www.sbpot.org.br/noticia/retrato-da-psicologia-brasileira-no-cenario-da-covid-19-ebook-do- volume-3/. Acesso em: 07 set 2021. CONCEIÇÃO, Jaquelini. et al. (org.). Psicologia organizacional em tempos de pandemia. Mafra: Editora da Unc, 2020. Disponível em: https://repositorio.unc.br:8443/xmlui/handle/123456789/191. Acesso em: 07 set. 2021. GOULART JUNIOR, Edward; CAMPOS, Daniel Corrêa de. (org.). Gestão Estratégica de Pessoas e Psicologia Organizacional e do Trabalho. Araraquara: Letraria, 2021.
  • 30. 30 TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE TDAH: DESDOBRAMENTOS NO PACIENTE ADULTO ZANAROTTI, Viviane Canazzo¹; AMARAL, Patrícia Pereira² Palavras-chave: TDAH. Déficit. Atenção. Adultos. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é condição que se apresenta desde a infância e comumente estende-se por toda a vida do paciente; os indivíduos portadores desse transtorno apresentam como características a desatenção, a impulsividade e/ou a hiperatividade, que acarretam prejuízos em vários aspectos da vida, tais como social, profissional, familiar, educacional, financeiro entre outros segundo Castro e Lima (2018). O TDAH não tratado causa grande prejuízo para o indivíduo e na maior parte das vezes, também para a sociedade, já que é bastante comum à sua apresentação combinada com comorbidades que muitas vezes se tornam mais pronunciadas que o próprio TDAH, tais como Depressão, Transtorno Bipolar, Transtorno Opositor Desafiante, entre outros. O indivíduo que apresenta o TDAH e recebe tratamento adequado costuma apresentar melhora expressiva dos sintomas clássicos e melhor controle de comorbidades, reduzindo significativamente o impacto negativo na vida dos pacientes e da sociedade, por isso disseminar o conhecimento sobre o tema é uma importante ferramenta para mais pacientes venham a ser diagnosticados e possam ter a oportunidade de acessar aos recursos terapêuticos, com melhoria da qualidade de vida. 2 BASE TEÓRICA O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição - DSM-5 (APA, 2014) é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento do indivíduo, caracterizado por desatenção e/ou hiperatividade e impulsividade, podendo apresentar- se na forma combinada (hiperativo e desatento), predominantemente desatenta ou predominantemente hiperativa, em geral com a presença da impulsividade. . ¹ Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: viviane.zanarotti@gmail.com ³ Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: patricia.p.amaral@kroton.com.br
  • 31. 31 Pesquisas sistematizadas indicam que no TDAH, o sintoma da desatenção está mais ligado ao prejuízo acadêmico, à baixa autoestima, resultados ocupacionais negativos e menor funcionamento adaptativo geral. Já os sintomas de hiperatividade se relacionam ao fracasso social, comportamentos agressivos, comportamentos delinquentes, tais como imprudências ao dirigir, acidentes em geral e ferimentos acidentais. (WILLCUTT et al., 2012 apud FARAONE et al., 2021) O diagnóstico do TDAH exige avaliação por profissional especializado, com protocolo composto de entrevistas clínicas, testes e escalas, de forma a poder identificar o transtorno; salientamos que não existem instrumentos psicológicos, neurológicos, biológicos ou exames de imagem que possam, por si mesmos, fechar o diagnóstico do TDAH (FARAONE et al., 2021). Quando diagnosticado o TDAH, o tratamento consiste no uso de medicação específica (Metilfenidato e Lisdexanfetamina), a ser prescritos por neurologista ou psiquiatra; além disso é altamente recomendado que a estratégia de tratamento inclua a terapia psicológica, com destaque a abordagem Cognitivo Comportamental, que demonstrou eficiência nesses casos (CALIMAN, 2014). 3 OBJETIVOS O presente trabalho objetiva fazer compreender e disseminar informações sobre o TDAH e suas consequências negativas para os pacientes, propiciando a eles a chance de buscar um especialista. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizadas as ferramentas de busca Scielo e Google Acadêmico, tendo como base publicações de 2014 em diante. 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS Compreendendo os diversos aspectos que envolvem o transtorno e a amplitude dos impactos negativos na vida do paciente; observa-se que, não raro o portador do TDAH é rotulado como preguiçoso, incapaz, irresponsável, entre outros adjetivos que acabam marcá-lo e acarretar baixa autoestima, aumentando as probabilidades de fracasso pessoal e profissional. Outros sintomas são comuns no transtorno, tais como irritabilidade, agressividade, impulsividade/imprudência, abuso de substâncias psicoativas entre outras que tendem a levar o paciente à marginalização e prejuízos pessoais. O presente estudo permitiu compreender que o TDAH gera impactos significativos na vida do paciente e demonstrou que em geral, o diagnóstico causa alivio ao indivíduo pois explica sua condição e oportuniza um recomeço através dos tratamentos disponíveis para redução de sintomas e controle dos efeitos negativos que o transtorno causará. Apesar da controvérsia entre os teóricos, o uso de
  • 32. 32 medicação combinada com terapia psicológica atualmente se apresenta como a estratégia com os melhores resultados para o paciente; os dados estatísticos demonstram a eficácia dos medicamentos na redução dos sintomas do TDAH, o que representa grande suporte ao paciente trazendo melhoria da qualidade de vida de todos os envolvidos. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA APA. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM - 5. Tradução: Maria Inês Correa Nascimento et al. 5ª edição - Porto Alegre: Artmed, 2014. CALIMAN, Luciana Vieira; RODRIGUES, Pedro Henrique Pirovani. A experiência do uso de metilfenidato em adultos diagnosticados com TDAH. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 19, n. 1, p.125- 134, março de 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 73722014000100014&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 22/04/2021. CASTRO, Carolina Xavier Lima; DE LIMA, Ricardo Franco. Consequências do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) na idade adulta. Revista de Psicopedagogia, São Paulo, v. 35, n. 106, p. 61-72, 2018 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 84862018000100008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 22/04/2021. FARAONE, Stephen V. et al. The World Federation of ADHD International Consensus Statement: 208 Evidence-based Conclusions about the Disorder, Neuroscience and Biobehavioral Reviews (2021), Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S014976342100049X, Acesso em: 13/03/2021.
  • 33. 33 TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN: APLICAÇÃO NA LIDERANÇA ORGANIZACIONAL OLIVEIRA, Danilo de118; MEIRA, Lara Soares219; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni320 Palavras-chave: Kurt Lewin. Liderança. Psicologia. Organizacional. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA A liderança exerce um papel fundamental em uma organização, segundo Schette (2005, p.62) a liderança pode ser entendida como o conjunto de comportamentos característicos de um indivíduo que procura despertar a maior participação de todos os membros de determinado grupo na consecução de objetivos, estimulando contatos interpessoais, distribuindo responsabilidades e determinados métodos, o que demonstra o quão impactante uma liderança devidamente treinada pode desencadear na equipe, e assim evitar patologias oriundas do exercício laboral, tal como diminuir os níveis de afastamentos e absenteísmo no trabalho. Diante disso, utilizando a Teoria de Campo de Kurt Lewin, psicólogo alemão que realizou estudos sobre grupos e liderança, busca-se aprofundar e relacionar sua teoria dentro do âmbito organizacional. 2 BASE TEÓRICA Kurt Lewin foi um Psicólogo alemão que teve como principal foco de estudo os Grupos, mais especificamente com sua teoria denominada Campo de Força, sendo pioneiro no estudo sobre dinâmica de grupos. Lewin (1947) afirma que grupos são formados por pessoas que compartilham do mesmo objetivo, podendo-se entender melhor toda a influência positiva que uma liderança pode exercer em uma equipe, aumentando a coesão grupal no ambiente organizacional, de forma que os papéis individuais de cada sujeito operem em conjunto como uma totalidade. Em seu trabalho, Kurt Lewin (1947) também afirma que há três tipos de perfis de liderança: autocrático, democrático e liberal, cada qual possuindo suas vantagens e desvantagens, porém, segundo estudos realizados, o modelo democrático se demonstra mais eficaz no intuito de inspirar a autonomia e melhorar o desempenho da equipe, por levar em consideração as opiniões e a participação dos colaboradores nas tomadas de decisões referentes ao trabalho. 1 Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: dan_oliveira13@hotmail.com 2 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: lara-sm@outlook.com 3 Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: monice.ferreira@anhanguera.com
  • 34. 34 Já o Psicólogo Organizacional atua visando a aplicação do conhecimento científico da Psicologia para promover compreensão, intervenção e desenvolvimento dos indivíduos (CFP, 1992). Dessa forma, a teoria de Kurt Lewin aponta formas de atuação da liderança, com técnicas desenvolvidas por ele, como a Teoria de Campo, possibilitando que o Psicólogo Organizacional atue, em conjunto com o líder, promovendo a compreensão e comunicação grupal (BELEZA e SOARES, 2019). Assim, portanto, a Teoria de Campo de Kurt Lewin propõe a relação entre o sujeito e seu meio de forma integrada, onde o campo se apresenta de forma situacional e dinâmica (RODRIGUES, 2013). Essa visão de ser humano integral de Lewin sobre as relações humanas oferece fundamentação teórica para que se possa estudar as relações entre ambiente e sujeito dentro de uma organização, juntamente com as formas de liderança proposta pelo autor. 3 OBJETIVO Aprofundar o conhecimento da Teoria de Campo de Kurt Lewin no âmbito organizacional. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2005 e 2019. 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS Utilizando-se da Teoria de Campo, no ambiente organizacional, conclui-se que a teoria se apresenta como uma ferramenta capaz de auxiliar e melhorar o desenvolvimento dos grupos e da instituição a partir da atuação da liderança. Devido a pluralidade organizacional, a coesão grupal pode variar de grupo para grupo, levando em consideração os fatores ambientais e o capital humano existente no âmbito de trabalho, tendo a heterogeneidade como premissa, entende-se a importância de uma percepção acurada por parte da liderança em reconhecer, analisar e agir sobre as variáveis existentes, interpretando os dados coletados e traçando um plano de ação para aumentar a qualidade de vida e, consequentemente, a produtividade do sujeito no exercício de sua função. Portanto, é notável a aplicação positiva dos conceitos de Lewin na organização.
  • 35. 35 REFERÊNCIAS BELEZA, Cinara Maria Feitosa; SOARES, Sônia Maria. A concepção de envelhecimento com base na teoria de campo de Kurt Lewin e a dinâmica de grupos. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2019, v. 24, n. 8, p. 3141-3146. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413 81232018248.30192017>. Acesso em: 17 de nov. 2021. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Atribuições profissionais do psicólogo no Brasil. Conselho Regional de Psicologia. Brasília. 17 de outubro de 1992. Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp- content/uploads/2008/08/atr_prof_psicologo.pdf. Acesso em: 03 de set de 2021. LEWIN Kurt. Fronteiras em Dinâmicas de Grupo: Conceito, Método e Realidade em Ciências Sociais. Equilíbrio Social e Mudança Social. Relações Humanas. 1947. 5-41. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/001872674700100103. Acesso em: 03 set. 2021. RODRIGUES, Hugo Elídio. Relações entre a teoria de campo de Kurt Lewin e a Gestalt-terapia. Gestalt-terapia: Fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. 114-144. 2013. São Paulo: Summus. SCHETTE, Fatima Rosely. O papel da psicologia no desenvolvimento de líderes organizacionais, segundo psicólogos e líderes. 2005. 183 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2005. Disponível em: http://tede.bibliotecadigital.puc- campinas.edu.br:8080/jspui/handle/tede/366#preview-link0. Acesso em: 17 de nov. 2021.
  • 36. 36 A IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO NA ESTRATÉGICA SAÚDE DA FAMÍLIA MIÚDO, Nancy121; SANTOS, Daísa222; QUINQUIOLO, Natália Carvalho Rosas3 Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família. Psicólogo. Saúde Pública. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA A saúde pública no Brasil, sempre foi tema de grandes discussões, o que, por muitas vezes, destacou as fragilidades e desafios do sistema. Diante deste cenário, evidencia-se a necessidade de uma contínua reflexão fundamentada no conceito ampliado de saúde, assim como de maiores investimentos em políticas públicas de saúde que incentivem e busquem a realização de um trabalho preventivo na promoção da saúde, que enxergue o ser humano na sua integralidade como sujeito biopsicossocial. Nesse sentido, o papel do psicólogo na ESF, torna-se relevante no cuidado e prevenção de doenças relacionadas à saúde mental e emocional tanto da equipe multiprofissional, como da comunidade. Isso auxilia no surgimento de um novo paradigma, onde a psicologia deixe de ser vista como algo elitista e passe a ser, de fato, direito de todos. 2 BASE TEÓRICA Segundo COSTA e CARBONE (2004, p.8) “a Organização Mundial de Saúde, passou a conceituar Saúde como sendo um completo estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença.” Nesse sentido, a ESF, um programa do Ministério da Saúde, que traz redirecionamento ao modelo assistencial do SUS, torna-se uma estratégia prioritária e de grande valor na atenção básica da saúde da família (COSTA e CARBONE, 2004). Para alcançar seus objetivos, que passam pela prestação de assistência integral e contínua, esse programa conta com equipe multiprofissional capacitada para reconhecer as necessidades locais de saúde e oferecer ações efetivas com qualidade (MARQUES e OLIVEIRA, 2015). De acordo com ALMEIDA e SILVA (2019) a atuação do psicólogo, nessa equipe, dá-se nos cuidados relativos à saúde mental. O atendimento pode acontecer em grupo ou individualmente. Suas habilidades podem ser usadas, também, na resolução de problemas internos da equipe, além do atendimento à comunidade. ¹ Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: noc_miudo@hotmail.com ² Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: daisa.duarte@gmail.com
  • 37. 37 Contudo, vale ressaltar que o papel da psicologia na ESF ultrapassa as ações de avaliação, encaminhamento e tratamento. Ela traz em si o desafio de que sejam criadas novas possibilidades para que os profissionais possam atuar de forma mais relevante no intento de oferecer aos usuários e equipe de saúde, serviços mais resolutivos e eficientes. O que poderia resultar numa visão ampliada, abrangente e coletiva sobre os processos de saúde e doença. Para isso, é preciso que sejam desenvolvidos continuamente modelos onde a saúde seja promovida, que comtemplem a todos. A psicologia pode contribuir na criação de espaços que permitam, aos usuários e equipe tornarem-se atores sociais de seu processo de saúde, no cotidiano de suas vidas (MARQUES E OLIVEIRA, 2015). 3 OBJETIVOS Compreender a necessidade de politicas públicas de saúde que valorizem e implementem a atuação do profissional da psicologia, baseadas no entendimento de que somosseres biopsicossociais. 4 METODOLOGIA Este trabalho se caracterizou como uma pesquisa qualitativa, de revisão bibliográfica, para tanto foram acessadas ferramentas de busca como Scielo e Google Acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos de 2004 e 2019. 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS Por fim, em face daquilo que foi consultado, percebe-se a importância do profissional de psicologia no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Muitas patologias podem ser melhor acompanhadas com a presença desse profissional nas unidades. Além disso, conforme se verificou nas referências, a saúde compreende um universo muito maior do que a simples “ausência de doença”, conformando-se no ambiente mais abrangente e holístico. Assim, o psicólogo torna-se peça fundamental no andamento nos trabalhos de humanização das Unidades.
  • 38. 38 REFERÊNCIAS ALMEIDA, N. S. S.; DA SILVA, R. B. O psicólogo na Estratégia Saúde da Família: possibilidades de atuação e desafios. Revista Mosaico, v. 10, n. 1, 2019. Disponível em: <http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RM/article/view/1714>. Acesso em: 24 set. 2021 COSTA, E. M. A.; CARBONE, M. H. Saúde da família: uma abordagem interdisciplinar. Rio de Janeiro: Rubio, 2004. 194 p. MARQUES, Ana Alice Dalla Valle; OLIVEIRA, Rafael Wolski de. Possíveis contribuições da psicologia na estratégia de saúde da família: interdisciplinaridade entre fazeres e saberes. In: Estudos Interdisciplinares em Psicologia, v. 6, n. 2, p. 39-58, 2015. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/eip/v6n2/a04.pdf>. Acesso em: 24 set. 2021. PIRES, Ana Cláudia Tolentino; BRAGA, Tânia Moron Saes. O psicólogo na saúde pública: formação e inserção profissional. In: Temas em Psicologia, v. 17, n. 1, p. 151-162, 2009. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/5137/513751433013.pdf>. Acesso em: 24 set. 2021
  • 39. 39 IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO SEXUAL E O PAPEL DO PSICÓLOGO MARTINS, Hannah Bodas1; NEPOMUCENO, Danielle Prado2 Palavras-chave: Educação Sexual; Psicologia Escolar; Sexualidade; 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA Esse trabalho se propõe a refletir sobre a Educação Sexual (ES) ser pouco incluída na grade curricular das escolas, a necessidade de se ter mais profissionais aptos a trabalhar com o tema e a relevância da ES para crianças e adolescentes, considerando as transformações que poderão ocorrer em suas vidas. Sua importância se dá ao quebrar a noção de que sexualidade se baseia apenas numa visão biológica, ao contribuir no combate de preconceitos e violências e na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e gravidez precoce e no dever do psicólogo em auxiliar na propagação deste conhecimento. 2 BASE TEÓRICA A Educação Sexual (ES) é o processo de transmitir conhecimento sobre sexualidade, a partir da visão de que esta não é definida apenas por aspectos reprodutivos, mas sim biopsicossociais (MAIA et al., 2012; UNESCO, 2018; MORAES, 2019; RADES et al., 2020). A sexualidade é, então, uma parte intrínseca do homem que vai sendo construída conforme seu desenvolvimento, podendo ter influências externas, e que vai se relacionar com todas as áreas da sua vida, inclusive gênero, trabalho, lazer, formação e religião (MOURA et al., 2011; RADES et al., 2020). Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 67 apud MOURA et al.) propõem que é necessário trabalhar o tema, levando em conta as emoções e noções dos alunos, e incentivar a reflexões, porém existem muitos preconceitos e tabus que contribuem para que este não seja aplicado nas escolas (MOURA et al., 2011; MAIA et al., 2012; RADES et al., 2020). A ES ajudará as crianças e os adolescentes a reconhecer todos os tipos de violência, mas principalmente a sexual, e diferentes tipos de discriminações, irá falar sobre os pontos positivos e negativos da relação sexual, incluindo assuntos como Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e gravidez precoce, além de trazer diversos benefícios para as suas vidas, como início tardio das atividades sexuais e que estas sejam menos frequentes entre os jovens, menos relações de risco, au- . ¹ Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: hannahbodas@gmail.com ³ Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: danielle.nepomuceno@educadores.net.br
  • 40. 40 mento do uso de preservativos e contraceptivos, e outros (MOURA et al., 2011; MAIA et al., 2012; UNESCO, 2018; MORAES, 2019; RADES et al., 2020). O psicólogo tem um papel importante nesse meio, tendo em vista que “a sexualidade tem relações diretas com personalidade, pensamentos, sentimentos e especialmente com a saúde” (MOURA et al., 2011), desta forma, o profissional poderá identificar e ter acesso a temáticas polêmicas, principalmente através da escuta qualificada, realizar palestras, falas, rodas de conversas e outros projetos, com o intuito de falar sobre sexualidade e outros temas que estejam relacionados (MOURA et al., 2011; RADES et al., 2020). 3 OBJETIVOS Compreender o papel do psicólogo na Educação Sexual; Realizar uma revisão bibliográfica da literatura encontrada entre os anos de 2010 a 2021 sobre Educação Sexual; Demonstrar a importância que a ES tem para a sociedade. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2010 a 2021. 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS A Educação Sexual pode melhorar a vida das crianças e dos adolescentes, criando um ambiente seguro para procurarem ajuda, para refletirem sobre sexualidade, assim como torna-los conscientes sobre a existência de relacionamentos abusivos e das consequências negativas e positivas que envolvem o sexo, e, desta forma, estimular o respeito e o fim do preconceito voltados para igualdade de gênero, orientação sexual, estereótipos e outras formas de intolerância, mas, para isso, precisamos de profissionais que estejam capacitados, principalmente considerando que esse conhecimento muitas vezes não é transmitido pelas famílias (MOURA et al., 2011; MAIA et al., 2012; UNESCO, 2018; MORAES, 2019; RADES et al., 2020). Nessa visão, o psicólogo poderá auxiliar tanto reconhecendo se esses jovens estão sofrendo devido a assuntos relacionados ao tema, acolhendo-os e ajudando-os, quanto criando projetos e estratégias que auxiliem na aplicação da ES, seja para os alunos, que são o foco da Educação Sexual, seja a profissionais, num intuito de capacitação, ou seja aos pais destes jovens, mostrando a importância deste projeto na instituição, de forma que estimule uma reflexão nestes indivíduos (MOURA et al., 2011; RADES et al., 2020).
  • 41. 41 Diante do exposto, podemos perceber que a ES é crucial para a vida dos jovens e que o psicólogo está diretamente ligado ao assunto e terá um papel fundamental neste processo. REFERÊNCIAS MOURA, Ana Flora Müller et al. Possíveis contribuições da psicologia para a educação sexual em contexto escolar. Revista Psicologia Argumentos, Curitiba, v. 29, n. 67, p. 437-446, out./dez. 2011. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/20217. Acesso em: 22 set. 2021. MAIA, Ana Cláudia Bortolozzi et al. Educação sexual na escola a partir da psicologia histórico-cultural. Psicologia em Estudo, 2012, v. 17, n. 1, pp. 151-156. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pe/a/rQ3DZwPrv5mcTgpYVTrWjTq/?lang=pt#ModalArticles. Epub 02 Ago 2012. ISSN 1807-0329. Acesso em: 22 set. 2021. UNESCO. International technical guidance on sexuality education: An evidence-informed approach. Education 2030 Agenda, 2018, 2ª edição, p. 1-142. Disponível em: https://www.unaids.org/en/resources/documents/2018/international-technical-guidance-on- sexuality-education. Acesso em: 22 set. 2021. MORAES, Isabela. Educação Sexual: o que é e como funciona em outros países?. Politize!, 14 mar. 2019. Disponível em: https://www.politize.com.br/educacao-sexual-o-que-e-e-como-funciona-em- outros-paises/. Acesso em 16 nov. 2021. RADES, Thais Cristina et al. Contribuições da Psicologia para a inserção da educação sexual no ambiente escolar. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 3, n. 3, p.4455-4460 mai./jun. 2020. ISSN 2595-6825. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/9976/8364. Acesso em: 22 set. 2021.
  • 42. 42 O LUTO DA LIBERDADE: UMA PROPOSTA DE REFLEXÃO AO PROCESSO DE LUTO DOS APENADOS NO SISTEMA CARCERÁRIO ROCHA, Paulo Eugenio¹; SANTOS, Maiara²23; AYRES, Natália Takeuchi³ Palavras-chave: Luto. Encarceramento. Psicologia no Cárcere. 1 INTRODUÇÃO A palavra luto é comumente utilizada como sinônimo para descrever o processo em que o indivíduo, diante da morte de alguém que ama, perde sua homeostase – seu equilíbrio interno. Porém, o luto pode ser dividido entre dois tipos: o concreto e o simbólico. O primeiro ocorre pela morte material, enquanto o segundo sugere a perda de algo que tenha forte significado na vida do indivíduo, sem que haja a morte (ALVES, 2012). O presente trabalho busca instigar a discussão sobre os impactos do luto simbólico eliciado pela perda da liberdade nos encarcerados pela justiça, sugerindo que reconhecer suas influências é uma forma de auxiliar psicólogo que atua no âmbito prisional a tornar ainda mais assertiva suas intervenções neste ambiente. 2 BASE TEÓRICA Ainda que grande parte das pesquisas científicas a respeito do luto se volte para a perda de entes queridos, refletindo assim a ideia que o senso comum tem como o único motivo responsável por eliciar o luto, há na literatura científica teorias que ampliam tal visão, trazendo consigo o conceito do luto simbólico. Sigmund Freud, pai da Psicanálise, em seu livro Luto e Melancolia (1917), teorizou que, quando uma pessoa perde algo significativo, algo para o qual era direcionado sua energia libidinal, a mesma passa a ser dominada por pensamentos e memórias relacionadas ao que perdeu, e só conseguirá desenvolver um novo relacionamento após ter rompido com aquilo que foi perdido; transferindo a energia libidinal para outro objeto. Dotado de conceito abstrato e significado subjetivo, é consenso universal que a liberdade seja considerada algo de inestimável valor e importância. Caminhando ao lado da palavra justiça, a liberdade sempre teve seu nome elevado a um significado sagrado. Para defendê-la valia até mesmo perder a própria vida. ¹ Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: procha3@hotmail.com ² Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: maiara_santos26@hotmail.com.br ³ Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: natalia.ayres@anhanguera.com
  • 43. 43 Estar encarcerado não traz somente a angústia do corpo e da mente no momento presente, mas também do futuro, pois aqueles que já passaram pelo sistema prisional sob a condição de detentos estão fadados a carregar este estigma social para o resto de suas vidas. De acordo com Alves (2020), após adentrar ao cárcere, o indivíduo passa a sofrer com a exclusão social mesmo depois de findado sua pena. Agora liberto, passará a ser identificado como ente perigoso, tornando-se um dificultador para ser contratado para empregos formais. A dificuldade em retomar a vida anterior junto ao estigma carregado, causa danos à identidade social do indivíduo, sugerindo que este pode ser um fator desencadeante de um luto pela identidade perdida. 3 OBJETIVOS Inspirar a discussão do luto para além de um simples evento subsequente à morte de uma pessoa estimada, ampliando a percepção deste processo e propondo uma reflexão a partir da perda da liberdade por aqueles encarcerados pela justiça. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2011 e 2020. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O psicólogo, assim como diversos outros profissionais, faz parte do grupo de profissionais da saúde que atuam dentro das prisões no Brasil. De acordo com a Lei de Execução Penal – LEP (Lei Nº 7.210, 1984), a inserção da Psicologia no âmbito prisional seria com o intuito de concretizar o Princípio da Individualização das Penas. Dentre os objetivos do psicólogo neste contexto está o de tentar amenizar os sofrimentos e os efeitos degenerantes do encarceramento, buscando formas de promover um retorno à sociedade que seja menos traumático possível. Estes são objetivos norteadores do psicólogo que atua neste contexto e que fazem jus ao que se estabelece em seu Código de Ética, assim como nos princípios de ética médica das Nações Unidas (KARAM, 2011). Diante da ausência de trabalhos que associem a perda da liberdade com o luto simbólico, o presente trabalho sugere a necessidade de se investigar como se dá o impacto da perda da liberdade a partir de uma perspectiva da elaboração do luto nas pessoas privadas de liberdade. Compreender estes mecanismos poderá trazer uma nova perspectiva para a práxis do psicólogo que atua neste contexto, assim como proporcionar a estes profissionais desenvolverem novas ferramentas para atingir os objetivos da sua atividade.
  • 44. 44 REFERÊNCIAS ALVES, Elaine. A morte do filho idealizado. Revista Mundo da Saúde, [s.l], v.36, n.1, p.90-97, jan-mar. 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mundo_saude/morte_filho_ idealizado.pdf. Acesso em: 17 set. 2021. ALVES, Tamires Maria. A manutenção do Encarceramento em massa brasileiro através das suas estratégias punitivas. Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales. 2020. BRASIL, [Lei de n°7210, de 11 de julho de 1984]. Lei de Execução Penal. Brasília, DF. Presidência da República, [2020]. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm> Acesso em: 12 de set. 2021. BRASIL. Lei n. 10792/2003, de 1º de dezembro de 2003. Altera a Lei no 7.210, de 11 de junho de 1984 - Lei de Execução Penal e o Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal e dá outras providências. Brasília, 2011. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.792.htm>. Acesso em: 13 set. 2021. Freud, S. (2010). Luto e melancolia. In Obras completas (P. C. de Souza, Trad., Vol. 12, pp. 170-194). São Paulo, SP: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1917). KARAM, Maria Lucia. Psicologia e sistema prisional. Revista Epos, Rio de Janeiro , v. 2, n. 2, dez. 2011. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178- 700X2011000200006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 set. 2021. RAMOS, Vera Alexandra Barbosa Ramos. O processo de luto. O Portal dos Psicólogos. 2016. Disponível em:< https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1021.pdf>. Acesso em 22 de jul. de 2020.
  • 45. 45 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: COMO AS MULHERES REPRESENTAM A PERMANÊNCIA EM UM RELACIONAMENTO ABUSIVO COLOMBO, Janaína24 1; CUNHA, Kamilla225, FRANÇA, Sullen326, MARINHO, Juliana427; NEPOMUCENO, Danielle Prado528 Palavras-chave: Representação Social. Violência Doméstica. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA A violência é considerada um fenômeno abstruso e multifacetado. Em relação a violência contra a mulher nota-se ser fruto de uma construção cultural, política, religiosa que foi regulada com base nas diferenças entre os sexos, justificando o domínio do homem sobre a mulher. Sendo assim uma forma comum de violência contra a mulher é a praticada por pessoas de sua convivência e ocorre em vários níveis da sociedade, em diferentes tipos de raça e religião (NÓBREGA et al., 2019). Por essa razão o tema da violência se apresenta como uma reflexão antiga e de grande veiculação pelos meios de comunicação, influenciando assim no cotidiano das pessoas, por isso ele tem se tornado objeto de representação social. Importante esclarecer que para um objeto, ou fenômeno seja considerado uma representação social é necessário que o mesmo tenha relevância, produza discussão de grupos, gere estranheza e incomodo. Dessa forma este tema justifica-se e apresenta relevância para a comunidade acadêmica, uma vez que ao compreender como as mulheres representam a permanência em um relacionamento abusivo, seja possível o fomento de discussões a respeito desse fenômeno, para que assim ações de proteção e principalmente de rompimento do ciclo de violência sejam tomadas. 2 BASE TEÓRICA A Teoria das Representações Sociais (TRS), cunhada por Serge Moscovici, com a publicação de sua tese de doutorado, intitulada La psychanalyse, son image et son public, baseia-se na existência de um pensamento social oriundo de experiências, crenças e trocas de informações presentes na vida 1 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: colombojanaina@gmail.com 2 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: kamillavf27@gmail.com 3 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: suellenfernandesfranca@gmail.com 4 Aluna do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: carlaoautoeletrica@gmail.com 5 Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: danielle.nepomuceno@educadores.net.br
  • 46. 46 cotidiana, foi, portanto, inaugurado por Moscovici (1961) uma nova abordagem epistemológica ao afirmar, que: “As representações sociais devem ser vistas como uma maneira específica de compreender e comunicar o que nós já sabemos. Elas ocupam, com efeito, uma posição curiosa, em algum ponto entre conceitos, que têm como seu objetivo abstrair sentido do mundo e introduzir nele ordem e percepções, que reproduzam o mundo de uma forma significativa (MOSCOVICI, 2007, p. 43).” Nesse sentido Jodelet (2001), compreende que as Representações Sociais (RS) são fenômenos complexos e ativos com grande influência na vida social. Por essa perspectiva há de se considerar que os fenômenos cognitivos, integram o pertencimento social dos indivíduos aos conjuntos afetivos e normativos, às internalizações das experiências, dos aprendizados, dos exemplos de conduta e de pensamento, socialmente revelados ou transferidos pela comunicação social. Dessa forma, seu estudo estabelece uma contribuição crucial para a aproximação entre vida mental individual e coletiva. Dessa maneira é plausível alegar que as RS concebem como um determinado grupo se ocupa de um conhecimento produzindo-o e reestruturando-o em um conhecimento novo (CHAMON; CHAMON, 2007). A partir dos conceitos apresentados acima, é possível considerar que o nascimento de uma representação social está diretamente relacionada a um contexto social, ou seja, a forma como a informação chega até o indivíduo, a maneira como é focalizada, fará com que surjam condutas e discursos coerentes a respeito de um determinado objeto e assim será possível construir um conjunto de saberes com o objetivo de auxiliar um determinado grupo a compreender o mundo a sua volta (MORAES, 2007). Isso posto nota-se que o estudo da RS é um importante recurso metodológico para conhecimento dos fenômenos do dia a dia, que por venturam venham a adquirir destaque entre os grupos. 3 OBJETIVOS - Identificar as Representações Sociais da mulher acerca da permanência em um relacionamento após episódio de violência doméstica. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos 2015 e 2020.
  • 47. 47 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi comum nas produções a ideia de que a violência doméstica se encontra sob diferentes cenários e formas, o artigo produzido por Nóbrega et al. (2019), traz aspectos representativos da violência relacionados a superioridade masculina, vergonha em expor o ato de violência e preocupação com a segurança dos filhos, por conta desses elementos a mulher é levada ao ocultamento da agressão, mantendo-se assim na relação e tornando-se prisioneira de si mesma. Foi possível constatar que as representações sociais sob essas circunstâncias estão relacionadas a uma construção histórica e social e perpassa por uma complexa teia que envolve vulnerabilidade, ocultamento, vergonha, desconhecimento que se vive um relacionamento agressivo, dependência financeira, sofrimento físico e psíquico. Entende-se, que os achados indicam relevância para estudos futuros que não apenas denunciem a problemática, mas que também se dediquem a compreender os motivos para sua manutenção. REFERÊNCIAS CHAMON, E. M. Q.; CHAMON, M. A. Representação social e risco: uma abordagem psicosocial. In GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. 200 p GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre iniciação à pesquisa cientifica. – 4. ed. – Campinas, SP: Editora Alínea, 2007. JODELET, D. Representações sociais: um domínio em expansão. In D. Jodelet (Ed.), As representações sociais (pp. 17-44). Rio de Janeiro: UERJ, 2001 MORAES, P. M. As representações sociais de funcionários sobre o risco em uma refinaria de petróleo. São Paulo: UNITAU, 2007. 223 p. Dissertação – Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional, Universidade de Taubaté, Taubaté, 2007. MOSCOVICI, S. O fenômeno das representações sociais. In S. Moscovici (Ed.), Representações sociais: investigações em psicologia social (pp. 29-109). Petrópolis: Vozes, 2003 NOBREGA, V. K. de M. et al . Renúncia, violência e denúncia: representações sociais do homem agressor sob a ótica da mulher agredida. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 24, n. 7, p. 2659- 2666, July 2019 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232019000702659&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20/09/2021.
  • 48. 48 AS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DA PANDEMIA DA COVID 19 NOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO BRASIL SILVA, Jorge Luís da¹; PACHECO, Enderson Gomes²; FERREIRA, Monice Kattar Giovanni³ Palavras-chaves: Covid 19. Pandemia. Saúde Mental. Psicologia. 1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA Neste momento atual em que a humanidade se encontra, enfrentando uma nova pandemia é de grande valia compreender o contexto psíquico que permeia os profissionais da saúde, suas angústias e buscar subsídios que contribuam com o desenvolvimento de estratégias para a construção de um caminhar em direção a sanidade mental. 2 BASE TEÓRICA Com início na cidade de Wuhan, na china em dezembro de 2019, a SARS COV-19, ou Covid 19 Brasil (2021), é uma doença sistêmica, transmitida por via respiratória e que já acometeu mais de 218 milhões de pessoas e mais de 4,54 milhões de mortos em todo o mundo, segundo levantamento de Gama (2021). A pesquisa da Dra. Maria Helena Machado (2021, apud LEONEL, 2021), sobre as condições de trabalho do profissional de saúde, aponta que passados quase 2 anos do início da pandemia da Covid 19, nos deparamos com profissionais frustrados, exaustos, sem esperança de melhorias de condições de trabalhos e que se encontram marcados pela dor e sofrimento psíquico, tristeza e com fortes sinais de esgotamento físico e mental. Estes profissionais trabalham em ambientes onde nem sempre contam com condições adequadas de trabalho, de forma extenuante, com sobrecarga de responsabilidades de metas a cumprir os levando ao absenteísmo. Além disso o medo da contaminação e da morte iminente acompanham seu dia a dia. Segundo Bezerra et. al (2020), um dos impactos encontrados em estudo sobre o enfrentamento da pandemia por profissionais da saúde está relacionado com: perda de pacientes internados, falta de equipamentos adequados, sobrecarga de trabalho entre outros. Outro agravo identificado é a síndrome de Burnout, que se caracteriza com exaustão emocio- ¹ Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: jorgenfermeiro@yahoo.com.br. ² Aluno do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: endersonsccp77@gmail.com. ³ Professora do curso de Psicologia. Faculdade Anhanguera de Taubaté. E-mail: monice.ferreira@anhanguera.com
  • 49. 49 nal relacionada à sucessiva exposição a situações de estresse levando a uma despersonalização e diminuição da realização pessoal e profissional, como apontado por Borges et. al (2020). Tudo isso leva a um sofrimento tanto psíquico quanto físico e se refletem de forma constante tanto no âmbito profissional quanto no âmbito familiar destes trabalhadores. Ainda, conforme descrito em outro estudo realizado pela faculdade de medicina e pelo hospital universitário de Brasília e publicado pela Casa Civil (2020), 25% dos médicos residentes afirmaram já ter cogitado trocar de especialidade devido à pandemia. E, ainda, 91,7% confessaram não ter esperança de melhoras nos próximos meses. Também, de acordo com Barreto (2020), revela que 78% dos profissionais de saúde tiveram sinais de Síndrome de Burnout no período da pandemia. A prevalência foi de 79% entre médicos, 74% entre enfermeiros e 64% entre técnicos de enfermagem. 3 OBJETIVOS Levantar as consequências psicológicas e mentais dos profissionais de saúde que atuam no enfrentamento da pandemia da covid 19. 4 METODOLOGIA Esse trabalho se caracterizou como uma revisão bibliográfica, sendo utilizados as ferramentas de busca Scielo e Google acadêmico, tendo como base trabalhos publicados entre os anos de 2020 e 2021. Dentre 32 bibliografias analisadas foram escolhidos 7 estudos, sendo que estes foram selecionados por se apresentarem mais adequados ao objetivo da pesquisa. 5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS Em suma, foi possível verificar que os profissionais da saúde têm passado por momentos geradores de estresse e esgotamento mental, portanto é necessário um olhar mais atento a estes profissionais disponibilizando um trabalho psicológico que os preparem para resiliência e manutenção da saúde mental. Através da oportunidade de conhecer as estatísticas e relatos dos profissionais quanto suas expectativas e angústias, esperamos contribuir futuramente com a elaboração de ferramentas e instrumentos que proporcionem meios de atender a demanda psicológica destes profissionais e colaborar com meios para alcançarem descanso e construir uma sanidade mental adequada e de qualidade.
  • 50. 50 REFERÊNCIAS BARRETO, C. Síndrome de Burnout afeta 78% dos profissionais da saúde. PEBMED (portal de saúde) 2020. Disponível em: https://portalhospitaisbrasil.com.br/sindrome-de-burnout-afeta-78-dos-profissionais-da-saude/. Acesso em: 07 set. 2021. BEZERRA, G. D. et al. O impacto da pandemia por covid-19 na saúde mental dos profissionais da saúde: revisão integrativa. Ceará: Revista Enfermagem Atual. Edição especial covid-19, 2020. Disponível em: file:///C:/Users/USER/Downloads/758-Texto%20do%20artigo-3635-1-10- 20200904.pdf. Acesso em: 25 ago. 2021. BORGES, F. E. S. et al. Fatores de risco para a síndrome de Burnout em profissionais da saúde durante a pandemia de covid-19. Rio de Janeiro: Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 95, n. 33, 2020. Disponível em: file:///C:/Users/USER/Downloads/835-Texto%20do%20artigo-4517-1-10- 20210115.pdf. Acesso em: 25 ago. 2021. Brasil. Casa Civil. Saúde Mental: pesquisa analisa impacto psicológico do enfretamento à covid-19 em profissionais da saúde. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2020/julho/saude-mental-pesquisa-analisa- impacto-psicologico-do-enfrentamento-a-covid-19-em-profissionais-da-saude. Acesso em: 26 ago. 2021. Brasil. Ministério da Saúde. O que é a covid-19? Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/o-que-e-o-coronavirus. Acesso em: 26 ago. 2021. GAMA, C. Casos global Covid 19. São Paulo: Agência CMA, 2020. Disponível em: https://www.agenciacma.com.br/casos-globais-de-covid-19-passam-de-2186-milhoes-diz-johns- hopkins/. Acesso em: 07 set. 2021. LEONEL F. Pesquisa analisa o impacto da pandemia entre profissionais de saúde. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2021. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/pesquisa-analisa-o- impacto-da-pandemia-entre-profissionais-de-saude. Acesso em: 25 ago.