SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
Baixar para ler offline
ARTE ROMANA
ARTE ROMANA
ARTES VISUAIS
JULIANA INSUA
CONTEXTO HISTÓRICO
Entre os gregos ao sul e os etruscos ao norte da
atual Itália havia aldeias habitadas pelos latinos,
entre elas Roma. A expansão dos latinos a partir
de Roma foi o início do que conhecemos como
Império Romano.
A origem de Roma é cercada de lendas e mitos.
Fundada em 753 a.C. - Rômulo foi o primeiro
governante.
ARTE
A arte romana estava cercada de influência da arte
grega e etrusca.
Entre as principais influências estão: retratos nas
esculturas, pintura mural, uso de arco e abóbodas
nas construções arquitetônicas.
ESCULTURA
Figurativas e naturalistas - históricas e decorativas
Retratos, bustos, altos-relevos - função de propagar
a imagem do imperador e da elite romana.
As imagens em baixo-relevo representavam as
histórias de lutas e conquistas
Os romanos tinham o costume de produzir bustos de
seus familiares, com a intenção de guardar a
imagem daquela pessoa.
Cabeça produzida separado do corpo
Decoração e propaganda
TEMAS
Deuses gregos (nomeados segundo a mitologia
Romana)
Retratos e bustos - preservar a imagem da nobreza e
dos políticos
Coluna de Trajano. Fórum
de Trajano, Roma, Itália.
Busto de César. Século I d.C. Museu
Arqueológico de Nápoles.
Augusto de Prima Porta, 200 d.C.
PINTURA
Função decorativa
Paredes de tumbas, templos e residências
Imagens geométricas e reproduções de pedras
Com o tempo essas representações foram
evoluindo para paisagens e imagens mais
figurativas.
Pinturas ornamentais - cópias de figuras
humanas - retratos e fatos históricos -
paisagens
Tapeçarias e Mosaicos
Pintor-decorador e arquiteto - Rascunho no
papel quadriculado
PARIETARIUS - pintura de moldura.
IMAGINARIUS - cenas e paisagens.
TÉCNICAS
Estuque ( mistura de cal, areia e pó de
mármore - formando uma massa), Afresco
(superfície fresca) e Encáustica - cores
diluídas em cera quente.
Pintura mural em uma
residência em Pompeia
(cidade soterrada pelo
vulcão Vesúvio no ano 79
d.C).
Afresco em Pompeia. Museu
Arqueológico Nacional, Itália.
ARQUITETURA
A construção civil romana foi
desenvolvida para atender à
expansão política do império:
aquedutos e estradas eram meios
efetivos de poder romano nos
territórios conquistados.
Influência Etrusca - Arcos, abóbodas
e cúpulas - ampliaram os espaços.
Construções pensadas com
funcionalidade / agregar grandes
públicos.
O Coliseu, Roma. 72-80 d.C.
PANTEÃO
PANTEÃO
Título: Panteão Agripa
Autor: Marco Vispânio Agripa e
Imperador Adriano.
Data: 27 a.C - 120 d.C
Período/ Movimento: Roma Antiga
Técnica: Arquitetura Romana
Local: Roma, Itália
Ficha Técnica
Marco Vispânio Agripa
Marco Vispânio Agripa
(63-12 a.C.)
(63-12 a.C.)
Oficial de Júlio César.
General Romano, braço direito do
imperador Augusto (r. 27 a.C.-14 d.C).
Militar, engenheiro, arquiteto e
administrador.
Eleito três vezes consul romano.
Durante a sua gestão, foi responsável por
várias construções (Panteão, Câmara
Quadrada, Teatro Romano de Mérida,
Termas de Agripa)
Morreu em uma viagem, vítima de uma
inflamação reumatológica.
Imperador Adriano
Imperador Adriano
(76 - 138)
(76 - 138)
Sobrinho do imperador Trajano, que o
adotou, sendo o seu sucessor.
Terceiro imperador romano, governou
entre 117 - 138 d.C.
Viajava por suas províncias,
colecionando diversas obras de arte, no
espaço que mandou construir em Tivoli
(perto de Roma).
Morreu em 10 de Julho de 138 d.C e foi
sepultado no “Mausoléu de Adriano, que
hoje é chamado de “Castelo de Sant’
Angelo”, em Roma.
CONTEXTO
Templo Romano - Todos os deuses
OBRA
Construída em 27 a.C por Marco Agripa, um
santuário retangular.
Destruído por um incêndio em 80 d.C
Reconstruído 4 décadas depois, pelo Imperador
Adriano, que leva a fama da construção, com
suposição de projeto feito por Apolodoro de
Damasco.
A ideia de Adriano era abrigar todos os deuses
romanos e os deuses estrangeiros.
Em 608, após o fim do Império, o rei bizantino Flávio
Focas entregou o Panteão ao papa Bonifácio IV
(550-615), que o consagrou igreja cristã dedicada a
Santa Maria e a Todos os Santos.
Inscrição "M.AGRIPPA.L.F.COS.TERTIUM.FECIT",
que significa: "Construído por Marco Agripa,
filho de Lúcio, pela terceira vez cônsul".
Apesar de ser dedicado aos vários deuses, uma
única escultura já poderia representar mais de
uma entidade.
O prédio não tinha eventos públicos e o seu uso
estava restrito a algumas poucas autoridades.
Adriano fez do Panteão um tribunal, que usou
para vários julgamentos.
Hoje, o templo abriga alguns túmulos de
personalidades, apesar de que na época que foi
construída isso foi inconcebível. Entre as
personalidades estão os pintores Annibale
Carracci (1560-1609) e Rafael Sanzio (1483-
1520).
Rotunda: “edifício ou divisão em edifício de
planta circular ou oval e coberto por cúpula”
Frontão: “empena triangular formando o final da
inclinação da cobertura sobre um pórtico (a
área, com cobertura apoiada em colunas,
conduz à entrada de um edifício) [...] O frontão
era o coroamento da fachada do templo grego”
Bloco intermediário: no Panteão é a ligação
entre o pórtico e a rotunda
Oculus: “(Latim: “olho”) [...] qualquer um dos
vários elementos estruturais que lembram um
olho. [...] A abertura redonda no topo de alguns
domos, ou cúpulas, também é um oculus”
CARACTERÍSTICAS A fachada é derivada dos templos gregos , com
colunas segundo a ordem coríntia.
Sustentação do domo (estrutura circular): Para
construir essa cúpula, foi preciso um suporte estável
para as molduras de madeira sobre as quais o
concreto foi colocado. Quando concreto é
endurecido, os suportes são removidos. Foram
propostas várias hipóteses sobre como essas
estruturas temporárias foram mantidas ao longo do
tempo (ARCHEOROMA, 2020). Mas conforme
Charles River Editors (2020), não se sabe exatamente
como a estrutura do Panteão foi construída.
A altura da cúpula é igual ao diâmetro da base, o
que confere um perfeito equilíbrio.
A abertura circular no centro (óculo), projeta uma
sombra redonda (móvel), nas paredes do edifício.
Um total de 16 colunas sustentam o entablamento e o
frontão em frente à rotunda do Panteão.
O óculo, feito em homenagem ao deus sol, tem 9
metros de diâmetro. Como o círculo fica a 43m
do chão, os romanos acreditavam que a água da
chuva evaporaria antes de chegar ao solo, o que
foi um erro.
Em frente ao Panteão, há uma grande porta
dupla de bronze, com 7,53 metros de altura e
4,90 metros largura.
Os degraus de acesso externo ao oculus do
Panteão acompanham a curvatura da cúpula.
No interior da cúpula do Panteão existe um
conjunto de recuos ou painéis afundados, no
interior de sua cúpula. São 5 anéis de 28, ou
seja, 140 desses recuos que se tornam
progressivamente menores à medida que se
aproximam do oculus.
Cimento hidráulico (misturas de ingredientes que
sofriam reação química quando eram misturados com
água e formavam um material resistente e duro)
A argamassa usada pelos romanos para o concreto era
obtida pela combinação, em proporções
cuidadosamente controladas, de pozolana (finas cinzas
vulcânicas), cal e água.
O chão é feito de granitos coloridos, mármores e
pórfiro, no formato de quadrados e círculos em
quadrados.
as pilastras de flanco são de mármore laranja-
amarelado (giallo antico, amarelo antigo) da Numídia,
região da atual Tunísia ocidental e Argélia oriental. Os
outros dois nichos, e as colunas da abside, são de
mármore multicolorido, com um esbranquiçado principal
e grandes marcas em vermelho e roxo-avermelhado,
pavonazzetto (ou mármore de pavão), da Ásia Central
Menor (atual região da Turquia).
MATERIAIS
Nas capelas e em outros lugares, muito se perdeu,
inclusive havendo substituições das pedras
originais por bolinhas coloridas feitas em gesso
pintado. A razoável quantidade de revestimento
original que ainda resta deixa claro que as cores
branco, verde e cinza-verde aumentaram em
relação às outras cores.
As colunas externas originais eram de granito
egípcio cinza; as de dentro de granito egípcio em
tom avermelhado. Todas possuem êntase, uma sutil
diminuição de diâmetro à medida que aumentam.
Todas são monólitos e a base é de mármore
branco
Essa variedade de mármores (“panteão de
mármores”), vinda de várias partes do mundo,
fornece um lembrete visual do alcance do domínio
imperial romano.
CURIOSIDADE
Nos desenhos de Lúcio Costa para o Plano Piloto, é
possível reparar uma semelhança com a cúpula do
Panteão.
No volume, correspondente ao plenário, a cúpula
imaginada que serviria como espaço dedicado ao
Legislativo: a Câmara e o Senado - O Congresso
Nacional.
O projeto então passou a contar com duas
cúpulas, ambas desafiando as leis da física.
Niemeyer reinventou a cúpula.
O Panteão, Roma. 118-25 d.C.
O oculus da cúpula do Panteão
O oculus visto do topo do Panteão
Porta dupla de bronze
Degraus de acesso da cúpula
Design original do piso do Panteão
Colunas externas do Panteão
Colunas internas do Panteão
Construção do Panteão (concepção de Jones e realização de Grover)Fonte: Marder; Jones, 2015
OBRIGADA!
OBRIGADA!

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Arte Romana (3).pdf (20)

A arte romana
A arte romana A arte romana
A arte romana
 
Arte romana
Arte romanaArte romana
Arte romana
 
A arte em roma
A arte em romaA arte em roma
A arte em roma
 
Arte romana
Arte romanaArte romana
Arte romana
 
Roma
RomaRoma
Roma
 
Roma
RomaRoma
Roma
 
4 arte romana 2020
4 arte romana 20204 arte romana 2020
4 arte romana 2020
 
A arquitectura romana
A arquitectura romanaA arquitectura romana
A arquitectura romana
 
Arte Romana
Arte RomanaArte Romana
Arte Romana
 
Arte em roma
Arte em romaArte em roma
Arte em roma
 
Roma
RomaRoma
Roma
 
Arquitetura romana ii
Arquitetura romana iiArquitetura romana ii
Arquitetura romana ii
 
arte romana.pdf
arte romana.pdfarte romana.pdf
arte romana.pdf
 
Arte romana 2019
Arte romana 2019Arte romana 2019
Arte romana 2019
 
Arte na Roma Antiga
Arte na Roma AntigaArte na Roma Antiga
Arte na Roma Antiga
 
Arte romana a arte romana desenvolveu
Arte romana a arte romana desenvolveuArte romana a arte romana desenvolveu
Arte romana a arte romana desenvolveu
 
Prehistoria grécia roma egito
Prehistoria grécia roma egitoPrehistoria grécia roma egito
Prehistoria grécia roma egito
 
Arte Romana
Arte RomanaArte Romana
Arte Romana
 
Arte Romana
Arte RomanaArte Romana
Arte Romana
 
A arte em roma
A arte em romaA arte em roma
A arte em roma
 

Arte Romana (3).pdf

  • 1. ARTE ROMANA ARTE ROMANA ARTES VISUAIS JULIANA INSUA
  • 2. CONTEXTO HISTÓRICO Entre os gregos ao sul e os etruscos ao norte da atual Itália havia aldeias habitadas pelos latinos, entre elas Roma. A expansão dos latinos a partir de Roma foi o início do que conhecemos como Império Romano. A origem de Roma é cercada de lendas e mitos. Fundada em 753 a.C. - Rômulo foi o primeiro governante. ARTE A arte romana estava cercada de influência da arte grega e etrusca. Entre as principais influências estão: retratos nas esculturas, pintura mural, uso de arco e abóbodas nas construções arquitetônicas. ESCULTURA Figurativas e naturalistas - históricas e decorativas Retratos, bustos, altos-relevos - função de propagar a imagem do imperador e da elite romana. As imagens em baixo-relevo representavam as histórias de lutas e conquistas Os romanos tinham o costume de produzir bustos de seus familiares, com a intenção de guardar a imagem daquela pessoa. Cabeça produzida separado do corpo Decoração e propaganda TEMAS Deuses gregos (nomeados segundo a mitologia Romana) Retratos e bustos - preservar a imagem da nobreza e dos políticos
  • 3. Coluna de Trajano. Fórum de Trajano, Roma, Itália.
  • 4. Busto de César. Século I d.C. Museu Arqueológico de Nápoles.
  • 5. Augusto de Prima Porta, 200 d.C.
  • 6. PINTURA Função decorativa Paredes de tumbas, templos e residências Imagens geométricas e reproduções de pedras Com o tempo essas representações foram evoluindo para paisagens e imagens mais figurativas. Pinturas ornamentais - cópias de figuras humanas - retratos e fatos históricos - paisagens Tapeçarias e Mosaicos Pintor-decorador e arquiteto - Rascunho no papel quadriculado PARIETARIUS - pintura de moldura. IMAGINARIUS - cenas e paisagens. TÉCNICAS Estuque ( mistura de cal, areia e pó de mármore - formando uma massa), Afresco (superfície fresca) e Encáustica - cores diluídas em cera quente.
  • 7. Pintura mural em uma residência em Pompeia (cidade soterrada pelo vulcão Vesúvio no ano 79 d.C).
  • 8. Afresco em Pompeia. Museu Arqueológico Nacional, Itália.
  • 9. ARQUITETURA A construção civil romana foi desenvolvida para atender à expansão política do império: aquedutos e estradas eram meios efetivos de poder romano nos territórios conquistados. Influência Etrusca - Arcos, abóbodas e cúpulas - ampliaram os espaços. Construções pensadas com funcionalidade / agregar grandes públicos.
  • 10. O Coliseu, Roma. 72-80 d.C.
  • 12. Título: Panteão Agripa Autor: Marco Vispânio Agripa e Imperador Adriano. Data: 27 a.C - 120 d.C Período/ Movimento: Roma Antiga Técnica: Arquitetura Romana Local: Roma, Itália Ficha Técnica
  • 13. Marco Vispânio Agripa Marco Vispânio Agripa (63-12 a.C.) (63-12 a.C.) Oficial de Júlio César. General Romano, braço direito do imperador Augusto (r. 27 a.C.-14 d.C). Militar, engenheiro, arquiteto e administrador. Eleito três vezes consul romano. Durante a sua gestão, foi responsável por várias construções (Panteão, Câmara Quadrada, Teatro Romano de Mérida, Termas de Agripa) Morreu em uma viagem, vítima de uma inflamação reumatológica.
  • 14. Imperador Adriano Imperador Adriano (76 - 138) (76 - 138) Sobrinho do imperador Trajano, que o adotou, sendo o seu sucessor. Terceiro imperador romano, governou entre 117 - 138 d.C. Viajava por suas províncias, colecionando diversas obras de arte, no espaço que mandou construir em Tivoli (perto de Roma). Morreu em 10 de Julho de 138 d.C e foi sepultado no “Mausoléu de Adriano, que hoje é chamado de “Castelo de Sant’ Angelo”, em Roma.
  • 15. CONTEXTO Templo Romano - Todos os deuses OBRA Construída em 27 a.C por Marco Agripa, um santuário retangular. Destruído por um incêndio em 80 d.C Reconstruído 4 décadas depois, pelo Imperador Adriano, que leva a fama da construção, com suposição de projeto feito por Apolodoro de Damasco. A ideia de Adriano era abrigar todos os deuses romanos e os deuses estrangeiros. Em 608, após o fim do Império, o rei bizantino Flávio Focas entregou o Panteão ao papa Bonifácio IV (550-615), que o consagrou igreja cristã dedicada a Santa Maria e a Todos os Santos. Inscrição "M.AGRIPPA.L.F.COS.TERTIUM.FECIT", que significa: "Construído por Marco Agripa, filho de Lúcio, pela terceira vez cônsul". Apesar de ser dedicado aos vários deuses, uma única escultura já poderia representar mais de uma entidade. O prédio não tinha eventos públicos e o seu uso estava restrito a algumas poucas autoridades. Adriano fez do Panteão um tribunal, que usou para vários julgamentos. Hoje, o templo abriga alguns túmulos de personalidades, apesar de que na época que foi construída isso foi inconcebível. Entre as personalidades estão os pintores Annibale Carracci (1560-1609) e Rafael Sanzio (1483- 1520).
  • 16. Rotunda: “edifício ou divisão em edifício de planta circular ou oval e coberto por cúpula” Frontão: “empena triangular formando o final da inclinação da cobertura sobre um pórtico (a área, com cobertura apoiada em colunas, conduz à entrada de um edifício) [...] O frontão era o coroamento da fachada do templo grego” Bloco intermediário: no Panteão é a ligação entre o pórtico e a rotunda Oculus: “(Latim: “olho”) [...] qualquer um dos vários elementos estruturais que lembram um olho. [...] A abertura redonda no topo de alguns domos, ou cúpulas, também é um oculus” CARACTERÍSTICAS A fachada é derivada dos templos gregos , com colunas segundo a ordem coríntia. Sustentação do domo (estrutura circular): Para construir essa cúpula, foi preciso um suporte estável para as molduras de madeira sobre as quais o concreto foi colocado. Quando concreto é endurecido, os suportes são removidos. Foram propostas várias hipóteses sobre como essas estruturas temporárias foram mantidas ao longo do tempo (ARCHEOROMA, 2020). Mas conforme Charles River Editors (2020), não se sabe exatamente como a estrutura do Panteão foi construída. A altura da cúpula é igual ao diâmetro da base, o que confere um perfeito equilíbrio. A abertura circular no centro (óculo), projeta uma sombra redonda (móvel), nas paredes do edifício. Um total de 16 colunas sustentam o entablamento e o frontão em frente à rotunda do Panteão.
  • 17. O óculo, feito em homenagem ao deus sol, tem 9 metros de diâmetro. Como o círculo fica a 43m do chão, os romanos acreditavam que a água da chuva evaporaria antes de chegar ao solo, o que foi um erro. Em frente ao Panteão, há uma grande porta dupla de bronze, com 7,53 metros de altura e 4,90 metros largura. Os degraus de acesso externo ao oculus do Panteão acompanham a curvatura da cúpula. No interior da cúpula do Panteão existe um conjunto de recuos ou painéis afundados, no interior de sua cúpula. São 5 anéis de 28, ou seja, 140 desses recuos que se tornam progressivamente menores à medida que se aproximam do oculus. Cimento hidráulico (misturas de ingredientes que sofriam reação química quando eram misturados com água e formavam um material resistente e duro) A argamassa usada pelos romanos para o concreto era obtida pela combinação, em proporções cuidadosamente controladas, de pozolana (finas cinzas vulcânicas), cal e água. O chão é feito de granitos coloridos, mármores e pórfiro, no formato de quadrados e círculos em quadrados. as pilastras de flanco são de mármore laranja- amarelado (giallo antico, amarelo antigo) da Numídia, região da atual Tunísia ocidental e Argélia oriental. Os outros dois nichos, e as colunas da abside, são de mármore multicolorido, com um esbranquiçado principal e grandes marcas em vermelho e roxo-avermelhado, pavonazzetto (ou mármore de pavão), da Ásia Central Menor (atual região da Turquia). MATERIAIS
  • 18. Nas capelas e em outros lugares, muito se perdeu, inclusive havendo substituições das pedras originais por bolinhas coloridas feitas em gesso pintado. A razoável quantidade de revestimento original que ainda resta deixa claro que as cores branco, verde e cinza-verde aumentaram em relação às outras cores. As colunas externas originais eram de granito egípcio cinza; as de dentro de granito egípcio em tom avermelhado. Todas possuem êntase, uma sutil diminuição de diâmetro à medida que aumentam. Todas são monólitos e a base é de mármore branco Essa variedade de mármores (“panteão de mármores”), vinda de várias partes do mundo, fornece um lembrete visual do alcance do domínio imperial romano. CURIOSIDADE Nos desenhos de Lúcio Costa para o Plano Piloto, é possível reparar uma semelhança com a cúpula do Panteão. No volume, correspondente ao plenário, a cúpula imaginada que serviria como espaço dedicado ao Legislativo: a Câmara e o Senado - O Congresso Nacional. O projeto então passou a contar com duas cúpulas, ambas desafiando as leis da física. Niemeyer reinventou a cúpula.
  • 19. O Panteão, Roma. 118-25 d.C.
  • 20.
  • 21. O oculus da cúpula do Panteão
  • 22. O oculus visto do topo do Panteão
  • 23. Porta dupla de bronze
  • 24. Degraus de acesso da cúpula
  • 25. Design original do piso do Panteão
  • 26. Colunas externas do Panteão Colunas internas do Panteão
  • 27. Construção do Panteão (concepção de Jones e realização de Grover)Fonte: Marder; Jones, 2015
  • 28.