1. A convivência
(relato de pais a um filho que se amigou ao vício)
De repente é o telefone, que nunca para de tocar.
De outra feita, o cigarro que nunca para de ser fumado.
Depois, a grosseria que nunca para de ser feita.
Após, a cortesia, que nunca é feita.
O que sobra, então?
Sobra a esperança de que um dia as coisas melhorarão.
Sobra a esperança de uma reconciliação.
Sobra a expectativa de novos tempos.
Para os que ficam, eu e a mãe, falta o amor filial.
Para os que ficam, falta o filho ao lado.
Para os que ficam, falta o carinho teu.
Para os que ficam, há um imenso vazio.
Para você que vai, vão-se as esperanças de uma reconciliação.
Para você que vai, vão-se os ódios e as raivas.
Para você que vai, vão-se as frustrações de não ser atendido a tempo e a hora.
Para você que vai, vai prá onde?
Para nós, resta o consolo de sabermos que todo o tempo contigo estivemos.
Para nós, resta a esperança de que DEUS ilumine o teu caminho de volta.
Para nós, que sempre estivemos aqui, resta aguardar....
Para nós que te pusemos no mundo, que Deus te ilumine.
Escolhido fostes para ficar ao nosso lado.
Tens de nós um pouco de cada coisa.
Tens um coração que ainda não se abriu para a verdadeira Luz.
Contes com a gente na sua volta a este LAR.
Sempre estaremos te esperando.
Venha em PAZ.
AFANP