1. Análise dos esforços sofridos por um chassi
tubular utilizando métodos computacionais e
experimentais
2. INTRODUÇÃO
• O presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento
de um chassi tubular para um conceito urbano de eficiência
energética.
• Nesta fase do trabalho, serão apresentados por meios
matemáticos e computacionais os processos de
determinação das forças que agem sobre a estrutura e os
reflexos das mesmas no chassi.
3. 1. O método de elementos finitos
Segundo Bathe (2014), O método de elementos
finitos é utilizado para resolver problemas físicos em
análises e projetos de engenharia, onde o problema físico
geralmente envolve uma estrutura ou um componente
estrutural submetido a certos carregamentos.
4. 1.2 Solidworks Simulation
Segundo Solidworks (2013), o SolidWorks
Simulation é uma ferramenta de análise de projeto
baseada na técnica numérica de elementos finitos, ou
FEA.
Malha tetraédrica e triangular, Autor
5. Desenvolvimento
• A partir da revisão bibliográfica, é montado um primeiro
modelo do chassi, a partir deste modelo, serão feitas as
análises dos esforços que agem sobre ele;
• Serão analisados os esforços torcionais, esforços
flexionais e por fim, os esforços de colisão e
capotamento;
• O chassi sofrerá alterações durante as análises a fim
de melhorar sua geometria.
6. 2. Modelo inicial
Dimensão be bi he hi re ri Momento de inércia Peso 1m (g) Peso/momento de inércia
25x25x1,25 25 25 22,5 22,5 11194,66 897 0,080127489
40x25x1,20 25 22,6 40 37,6 33220,27 1148 0,034557215
40x15x1,20 15 12,6 40 37,6 24184,75 958 0,039611739
19x1,25 9,5 8,25 2758,75 551 0,199728138
30x1,25 15 13,75 11687,01 892 0,076324056
Dados do aço Docol 980 DP, Docol High Strenght Steel
Relação dos momentos de inércia e peso dos perfis, Autor
9. 3. Análise de rigidez torcional
Definindo a velocidade e o raio de curva crítico,
tem-se a aceleração centrífuga (ay):
𝑎 𝑦 =
𝑣²
𝑅
𝑎 𝑦 =
8,33²
6
𝑎 𝑦 = 11,56 𝑚/𝑠²
10. 3 Análise de rigidez torcional
Segundo Wallentowitz (2004), em posse da
aceleração centrífuga é possível calcular as forças
centrífugas que agem nos eixos frontal (Bf) e traseiro (Br)
do veículo:
𝐹 𝑐𝑓, 𝐵𝑓 = 𝑚𝐵𝑓 ∗ 𝑎𝑦 ∗
𝑙 𝑟
𝑙
𝐹 𝑐𝑓, 𝐵𝑟 = 𝑚𝐵𝑟 ∗ 𝑎𝑦 ∗
𝑙 𝑓
𝑙
𝐹 𝑐𝑓, 𝐵𝑓 = 476,85 𝑁 𝐹 𝑐𝑓, 𝐵𝑟 = 476,85 𝑁
11. 3 Análise de rigidez torcional
Wallentowitz (2004) também fornece a fórmula para
o cálculo do carregamento vertical nos eixos:
∆G 𝑊𝑟 =
2∗ℎ
𝑆𝑟
∗ 𝐹𝑐𝑓, 𝐵𝑟
∆G 𝑊𝑓 =
2∗ℎ
𝑆𝑠
∗ 𝐹𝑐𝑓, 𝐵𝑓
∆G 𝑊𝑟 = 448,8 𝑁
∆G 𝑊𝑓 = 363,31 𝑁
GWfo = 991 N
GWfi = 623 N
GWro = 1034 N
GWro = 584,92 N
12. 3 Análise de rigidez torcional
Disposição das forças para a análise, Autor
13. 3 Análise de rigidez torcional
Com a execução da análise, é possível observar a
deformação do modelo e obter os dados necessários para
o calculo da rigidez torcional:
Deslocamento na direção y do ponto de aplicação da força, Autor
14. 3 Análise de rigidez torcional
Modelo deformado após aplicação da força, Autor
16. 3 Análise de rigidez torcional
O torque aplicado no eixo x do chassi pode ser
calculado e é possível portanto obter o dado da rigidez
torcional do chassi:
𝑇 = 𝐹 ∗ (
𝑆𝑓
2
)
𝑇 = 272,525 𝑁𝑚
𝜏 =
𝑇
𝜃
𝜏 = 39,67 𝑁𝑚/𝑑𝑒𝑔
17. 3 Análise de rigidez torcional
• Foi verificado que apesar do baixo peso de apenas
11,1 Kg, a rigidez torcional do chassi é baixa nesta
configuração, comportamento esperado de um chassi
do tipo escada;
• Foi estipulado um peso máximo de
aproximadamente 15 Kg e foram testadas diversas
modificações no chassi.
19. 3 Análise de rigidez torcional
Modelo escolhido, Autor
20. 4 Análise de flexão
• Análise estática, com o peso distribuído e o veículo em
repouso;
• Análise dinâmica, após o veículo cair de uma altura de
30cm.
21. 4 Análise de flexão
Força (N)
45
100
300
555
Distribuição das forças na estrutura, Autor
22. 4 Análise de flexão
Deformação máxima Estática: 0,785 mm
Fator de segurança: 17
Deformação máxima Dinâmica: 2,3 mm
Fator de segurança: 5,8
Modelo deformado após aplicação da força, Autor
23. 5 Análise de capotamento e colisão
• Carga de 500 Kg, ou 5000 N aplicados na lateral do
veículo em caso de capotamento;
• Carga de 165 Kg ou 1650 N aplicados na parte superior
da rollbar em caso de capotamento;
• Carga de 1665 N na parte lateral do chassi em caso de
colisão lateral de outro veículo de 185Kg a uma
velocidade de 30,6 Km/h.
24. 5 Análise de capotamento e colisão
Modelo deformado após aplicação da força de capotamento, Autor
25. 5 Análise de capotamento e colisão
Modelo deformado após aplicação da força na rollbar, Autor
Deformação máxima: 1,319 mm
Fator de segurança: 14
26. 5 Análise de capotamento e colisão
Modelo deformado após aplicação da força de colisão lateral, Autor
Fator de segurança: 1,6
27. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Com o presente trabalho foi possível determinar os
principais esforços que agem sobre um chassi e
desenvolver uma estrutura resistente, com baixa massa e
segura.
• Como os métodos de análise em FEA não
substituem os métodos experimentais, é de grande
importância a realização destes estudos no futuro.
28. BIBLIOGRAFIA
BATHE, Kaus-Jürgen. Finite elements procedures. 2. ed. Estados Unidos: K. J.
Bathe, 2014. 1043 p. v. 1.
BEER, F. JOHNSTON, E. R. Resistência dos Materiais, ed Macron Books,
1997.
BROWN, Jason C.; SERPENTO, Stan T. Motor Vehicle Structures: Concepts
and fundamentals. 1. ed. Oxford: Butterworth Heinemann, 2002. 285 p. v. 1.
CROLLA, David A. Automotive Engineering: Powertrain, chassis system and
vehicle body. 1. ed. Oxford: Butterworth Heinemann, 2009. 835 p. v. 1.
GENTA, Giancarlo; MORELLO, Lorenzo. The automotive chassis: System
design. 1. ed. Italia: Springer, 2008. 828 p. v. 2.
29. BIBLIOGRAFIA
HAPPIAN-SMITH, Julian. An introduction to modern vehicle design. 1. ed.
Oxford: Butterworth Heinemann, 2002. 600 p. v. 1.
HEIBING, Bernd; ERSOY, Metin. Chassis Handbook: Fundamentals, driving
dynamics, components, mechatronics, perspectives. 1. ed. Alemanha: Vieweg
Teubner, 2011. 591 p. v. 1.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 8ª ed. PEARSON, 2005.
MELCONIAN, Sarkis. Mecânica técnica e resistência dos materiais. 17. ed.
Brasil: Érica, 1999. 360 p. v. 1.
WALLENTOWITZ, Henning. Lateral vehicle dynamics: Steering, axle design. 4.
ed. Alemanha: Aachen, 2004. 174 p. v. 2.