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DESMISTIFICANDO A
CRIAÇÃO DE SLIDES
ACADÊMICOS:
O PASSO A PASSO
FRANCISCO DE ASSIS
DA COSTA SILVA
FRANCISCO DE ASSIS DA COSTA SILVA
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DESMISTIFICANDO A ELABORAÇÃO
DE SLIDES ACADÊMICOS:
O PASSO A PASSO
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Termos da licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BR.
Capa: Adaptada da imagem original de Dorothe (2021).
Catalogação na fonte: Renata Santana CRB 15/689 - PB
S586d Silva, Francisco de Assis da Costa
Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo
[recurso eletrônico] / Francisco de Assis da Costa Silva – Patos - PB: Edição
do autor, 2020.
Dados eletrônicos (1 arquivo: 7,5 MB)
Livro eletrônico.
Inclui bibliografia.
ISBN e-book: 978-65-00-20959-4.
1. 1. Criação de slides. 2. Elaboração de slides. 3. Software de apresentação.
2. 4. Apresentação de slides. I. Título
CDD 004
CDU 004

Disponível em: https://pixabay.com/pt/illustrations/capa-do-livro-vintage-5954318/.
Com especial reconhecimento, externamos os nossos
agradecimentos a duas mulheres incríveis: Prof.ª Dra. e
advogada Sônia Correia Assis da Nóbrega e a universitária
recém-aprovada Maria Regina Costa da Silva. Duas gerações,
dois mundos, duas cabeças e duas histórias de vidas marcantes.
O que têm em comum: a mais pura essência da
representatividade feminina em sua mais nobre forma de ser.
Muito obrigado pela força, pelo incentivo, pela revisão, pelas
sugestões e por terem paciência nessa dura tarefa.
“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se
cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.”
Leonardo Da Vinci.
8 INTRODUÇÃO
11
1 PROGRAMAS PARA CRIAÇÃO DE
SLIDES
12 1.1 PowerPoint
16 1.2 Impress
17 1.3 Apresentações Google
19 1.4 Keynote
20 1.5 Prezi
22 1.6 Outros programas
23
2 O PLANEJAMENTO E O TEMPO DE
APRESENTAÇÃO
25 2.1 O tempo de apresentação
27 2.2 Ensaiar é fundamental
30 3 O SLIDE MESTRE
34 3.1 Plano de fundo (Background)
36 3.1.1 Plano de fundo claro
39 3.1.2 Plano de fundo escuro
40 3.1.3 Plano de fundo com texturas
41 3.1.4 Plano de fundo com marca d´água
42 3.2 Estilo de fonte
44 3.3 Numeração automática de slides
50 4 O SLIDE DE APRESENTAÇÃO
52 4.1 Algumas observações relevantes
55 5 O ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO
60 5.1 Algumas observações relevantes
63 6 ESTRUTURANDO A APRESENTAÇÃO
63 6.1 O título do slide
65 6.2 O uso de textos nos slides
65 6.2.1 Slides com muito texto
67 6.2.2 Disposição de texto em tópicos e subtópicos
70 6.2.3 Slides apenas com palavras-chave
71 6.2.4 Quantidade de palavras por linha e linhas por slide
72 6.2.5 Tamanho da fonte
74 6.2.6 Pontuação
75 6.2.7 Espaçamento
77 6.2.8 Alinhamento
79 6.2.9 Destacar palavras ou textos
79 6.3 Ilustrações e tabelas
83 6.3.1 Imagens
88 6.3.2 Gráficos x Tabelas
90 6.4 Animações
96 6.5 Transição de slides
97 6.6 Vídeos e áudios
99 6.7 Citações
102 6.8 Referências
103 6.9 Erros de digitação, ortográficos e gramaticais
103 6.10 Obrigado!
109 7 RECOMENDAÇÕES GERAIS
114 REFERÊNCIAS
117 Slides de referência
8
Com a tecnologia disseminando-se mais e mais na área educacional, é de se
esperar que o uso de software de apresentação para a criação e apresentação de
trabalhos acadêmicos dos mais diversos tipos seja uma atividade frequente e intensiva.
Esse tipo de programa torna essas ações mais simples, eficientes e agradáveis. É um
processo irreversível e parece que estamos cada dia mais dependentes dessa situação.
Os programas de apresentação oferecem cada vez mais recursos interessantes,
atrativos e sofisticados para trabalhar com slides. E, diante de tantas possibilidades,
vemo-nos gradativamente aguçados e interessados em utilizá-los. Desse modo,
tornaram-se extremamente úteis e relevantes desde o ensino fundamental até o ensino
superior em todos os níveis de formação acadêmica. Isso sem enumerar o uso em
outras áreas como no mundo corporativo. Tudo isso ratifica a importância desse tipo
de software no tocante à criação e elaboração de apresentações de modo geral.
No âmbito universitário, as aulas, os seminários, as palestras, as reuniões
técnicas, os workshops, as defesas de trabalhos de conclusão de curso, de dissertações
de mestrado e de teses de doutorado são atividades que utilizam softwares de
apresentação. Dessa maneira, podemos classificá-las em duas categorias: as que são ou
as que não são partes de um sistema de avaliação. As apresentações preparadas pelo
professor para as atividades em sala de aula, assim como as voltadas para palestras e
workshops, por exemplo, não são passíveis de um procedimento avaliativo. Portanto,
geralmente os autores têm uma maior flexibilidade para estruturar a apresentação e,
muitas vezes, não são consideradas de boa qualidade, já que, por algumas razões, não
foi possível criar uma apresentação convincente, seja por falta de tempo, de um bom
domínio da ferramenta que se utilizou ou mesmo por falta de conhecimento de como
elaborar uma apresentação aprazível.
9
Em contrapartida, existem as apresentações consideradas mais formais, tais
como as desenvolvidas para as defesas de trabalhos de conclusão de curso,
dissertações de mestrado e teses de doutorado. Em comum, todas têm a característica
de serem integrantes de um processo avaliativo. Para mais, existe todo um
procedimento envolvido e requer uma maior preocupação na estruturação da
exposição. Ainda que os dois tipos de apresentações especificados tenham muito em
comum estruturalmente, a essência, as preocupações e os objetivos são bem diferentes.
Um dos grandes entraves em todo esse processo de criação de slides é porque
diferentemente da parte escrita dos trabalhos acadêmicos que são normatizados
através da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), não existe nenhuma
norma que rege a elaboração das apresentações.
Independentemente de não existir nenhuma normativa definida para as
apresentações, há consenso geral e predomina também o bom senso sobre
determinadas situações. Mas a verdade é que, embora tão frequente e essencial no
entorno acadêmico, percebe-se uma grande dificuldade dos discentes tanto no
manuseio dos programas como na elaboração e criação dos slides. Ademais, parece
existir uma certa resistência sobre esse contexto, o que é de se estranhar, considerando
essa necessidade ao longo da vida acadêmica, bem como até mesmo da profissional.
Em princípio, a preparação de slides parece uma tarefa difícil ou complicada,
sobretudo para quem não tem conhecimento e domínio sobre os softwares de
apresentação. É uma tarefa desafiadora e como qualquer outra atividade, exige-se
compromisso e dedicação.
A preparação dessa obra faz parte das observações sentidas na prática docente
ao longo de muitos anos de atividades nas disciplinas de Informática e Pesquisa
Aplicada. O contato com os discentes trouxe à tona uma realidade evidente de
dificuldade em todo esse contexto de trabalhar com slides. Soma-se a essa constatação
a resistência de aprender e trabalhar com os programas de apresentação, embora a
tecnologia esteja tão correntemente inserida em seus universos. A partir daí, então,
surgiu a necessidade e a ideia de elaborar um material que ajudasse e abordasse essas
questões, bem como servisse de orientação.
O principal objetivo desse livro é, por conseguinte, apresentar, compartilhar e
divulgar uma série de dicas, orientações, estratégias e observações consideradas
extremamente úteis e que vão ajudar no trabalho de elaboração, criação e apresentação
de slides. É uma espécie de guia que serve de base e orientação em todo esse processo.
A ideia é auxiliar e direcionar o discente para que toda essa atividade se torne uma
tarefa interessante, eficaz, agradável e também menos complexa e estressante. E o
resultado final pode fazer uma significativa diferença por toda a extensão do ciclo
10
acadêmico. Essa produção está pensada inicialmente para os alunos de graduação,
mas, seguramente, também servirá de alguma forma para os outros níveis, seja do
ensino não universitário ou até mesmo para os de pós-graduação.
Esperamos imensamente com esse trabalho, colaborar para que se possam
produzir slides cada vez melhores e eficientes. Além do mais, que o processo de
preparação, criação e apresentação de slides se torne uma experiência menos
traumática e mais aprazível, assertiva e objetiva na trajetória universitária. Sem mais
delongas, esperamos que desfrute desse livro e tenha muito êxito nas próximas
aventuras pelo peculiar mundo das apresentações.
11
Uma pergunta recorrente sobre o tema das apresentações é: Qual o melhor
programa para preparar uma apresentação? Não entraremos no mérito dessa questão,
pois isso é extremamente complexo. Há muitas controvérsias e questionamentos
quando se compararam determinados softwares. Dessa maneira, mereceria um
capítulo à parte para se discutir. A ideia aqui não é determinar o melhor, mas divulgar
alguns dos mais populares e utilizados aplicativos voltados para a área de
apresentação disponíveis no mercado de software e outros ainda um pouco
desconhecidos.
Destarte, estaremos fugindo de clichês dominantes sobre esse tema, que
prevalecem e induzem a pensar que somente existe o clássico e longevo programa da
Microsoft, o PowerPoint, como software de apresentação. Quando pensamos em
preparar uma apresentação, naturalmente nos vem à cabeça o nome PowerPoint,
mesmo para aqueles que não conhecem ou sabem manuseá-lo. Esse domínio ou quase
senso comum pela opção PowerPoint é consequência direta de que a grande e absoluta
maioria de usuários teve acesso ao entorno computacional através dos produtos da
empresa Microsoft, líder mundial na produção de software.
Não adentraremos em detalhes sobre vantagens e desvantagens, prós e contras
ou ensinaremos a usar qualquer programa. O propósito é propagandear alguns outros
conhecidos softwares e apontar algumas de suas características. Assim sendo, os
usuários de computadores saberão que há outras alternativas, alguns também de
excelente qualidade para prepararem uma exposição. Podem ser aplicativos mais
simples ou complexos; tradicionais que requerem instalação no computador ou apenas
disponíveis on-line, ou seja, sem necessidade de baixar e instalar no computador;
gratuitos ou que exigem algum tipo de pagamento para poder usá-los. Encontramos
disponíveis no mercado de software uma variedade de programas que atendem aos
12
mais diversos tipos de usuários e necessidades e com uma vasta gama de material
sobre esses softwares disponível na Internet.
Uma observação procedente que fazemos é que no momento da necessidade de
iniciar uma preparação, o programa mais indicado é aquele que o usuário possui mais
familiaridade com a ferramenta. Não adianta de última hora sair migrando ou se
encucando com comentários de que o melhor seria aquele ou outro programa. O ideal
é usar o que dispõe, o que ofereça algumas funcionalidades e que atenda, de alguma
forma, às suas necessidades para elaborar a apresentação. Mas se a questão é que
carece preparar uma super ultra exposição, então a coisa ganha outra dimensão e
prepare o bolso.
Mas se futuramente decidir se aventurar e conhecer mais sobre esse mercado,
seja bem-vindo a um seleto e interessante mundo na área de softwares de
apresentação. E a Internet está à sua inteira disposição para ser navegada e explorada
sobre o tema. Um detalhe considerável é que antes de decidir migrar totalmente para
um determinado software, lembre-se de que isso demandará tempo para aprender a
trabalhar com o programa e paciência para se situar na nova aplicação. Encontramos
muito material disponível na Internet para consulta. No início, é normal se questionar
se valerá a pena. Com o tempo, descobrirá que tudo foi somente uma questão de
adaptação, até porque as novas versões de programas são sempre pensadas para
tornar as ferramentas mais fáceis e interativas.
1.1 PowerPoint
O mais popular, conhecido e utilizado software de apresentação é, sem
nenhuma dúvida, o PowerPoint. Trata-se de uma das aplicações do pacote Office, que
é uma suíte de aplicativos de escritório da empresa Microsoft.
O programa é considerado um dos mais completos no mercado de software de
apresentação. Além de muito afamado, de fato, é uma excelente opção na hora de
preparar uma apresentação. Exibe uma interface interativa bastante intuitiva e um
leque de recursos muito interessantes para a criação de apresentações sofisticadas e
elaboradas.
Para computadores pessoais, a última versão do PowerPoint foi lançada através
do pacote Office 2019 e está disponível tanto para o ambiente Windows da Microsoft
como para o macOS da Apple.
13
Figura 1 – Tela principal do Microsoft PowerPoint 2016.
Fonte: Captura de tela do Microsoft PowerPoint 2016.
Um detalhe super importante e, muitas vezes desconhecido do grande público,
é que esse pacote de software é um software proprietário. Esse tipo de software tem a
característica de que o usuário geralmente tem de pagar por uma licença de uso para
poder instalá-lo e utilizá-lo em seu computador, pelo menos em vias normais e legais.
Além disso, esse tipo de software, também chamado de software não livre, é aquele
que “seu uso, redistribuição ou modificação é proibido, ou requer que você peça
permissão, ou é restrito de tal forma que você não possa efetivamente fazê-lo
livremente.” (FSF, 2019, on-line).
Ademais, o custo pago pela licença, muitas vezes, é caro para o grande público
e por isso este tipo de software geralmente é objeto de «cópia não autorizada de
software1» ou mais comumente chamada de pirataria de software. A utilização de
cópias não autorizadas de software é um fenômeno mundial que afeta tanto os países
pobres quanto os das regiões mais ricas do planeta.
1
Usamos a expressão «cópia não autorizada de software» em concordância com a sugestão de Stallman (2004),
que recomenda usar expressões neutras como "cópia proibida" ou "cópia não autorizada" de software ao invés
de pirataria, se acha que a cópia ilegal não é o mesmo que sequestrar e assassinar.
14
Portanto, se tem esse programa instalado em seu computador e não pagou pela
licença de uso, está usando uma cópia não autorizada de software e, sendo assim, está
infringindo a lei. Moral da história: é um fora da Lei.
Ademais dessa forma tradicional, o programa é vendido como parte integrante
do Microsoft 3652, antigo Office 365, que é uma versão on-line por assinatura do
conjunto de aplicativos do Microsoft Office. Em outras palavras, também tem de pagar
para utilizar essa modalidade. Nesse caso, está disponível para ser usado tanto em
computadores pessoais quanto em dispositivos móveis, smartphones ou tablets, com
sistemas Windows, macOS, iOS e Android. Um comparativo entre essas duas versões
do Microsoft Office, a tradicional e a on-line, pode ser encontrado no próprio site da
empresa Microsoft3.
Mas se não deseja ou não está em condições de pagar pelo uso de uma licença
de software tampouco por um serviço de assinatura, a Microsoft oferece uma versão
gratuita do Office, o Office Online, que pode ser acessada nos computadores pessoais
por um navegador da Web. A única exigência é que para se ter acesso, o usuário tem
de possuir ou criar uma conta do serviço de e-mail da Microsoft, por exemplo,
@outlook ou @hotmail. Para usuários de dispositivos móveis, há a versão gratuita
denominada Office Mobile, a qual está disponível para ambientes iOS e Android.
Evidentemente, essas versões on-line, embora muito similares às outras, não
propiciam ao usuário todos os recursos existentes nas versões pagas, que são
completas. Ainda assim, são recursos suficientes para a preparação de determinadas
apresentações. Mas deixando claro, para não criar falsas expectativas, dependendo da
necessidade, menos elaboradas e sofisticadas.
2
Mais informações em: https://www.microsoft.com/pt-br/microsoft-365/what-is-microsoft-365.
3
Mais informações em: https://support.microsoft.com/pt-br/office/qual-%c3%a9-a-diferen%c3%a7a-entre-o-
microsoft-365-e-o-office-2019-ed447ebf-6060-46f9-9e90-a239bd27eb96?ui=pt-br&rs=pt-br&ad=br.
15
Figura 2 – Tela principal do Microsoft PowerPoint on-line.
Fonte: Captura de tela do Microsoft PowerPoint on-line.
Frente ao exposto, quiçá a pergunta que não queira calar: vale a pena pagar pelo
pacote Office da Microsoft? Vai depender, incontestavelmente, de uma série de
considerações, mas será o seu bolso que lhe melhor responderá essa questão. Por outro
lado, se é daqueles que usam uma cópia não autorizada de software, a questão passa
a ser: continuará usando esse tipo de cópia de software e sendo um fora da Lei?
Evidentemente que esperamos que não!
Uma curiosidade intrigante é que existe outro produto on-line da Microsoft
destinado à categoria de programas de apresentação de slides, o Microsoft Sway4.
Ainda desconhecido do grande público, também integra a família de produtos do
Office. É bastante similar ao PowerPoint.
4
Mais informações em: https://sway.office.com/.
16
1.2 Impress
Outro programa bastante usado na área de software de apresentação em
computadores pessoais é o Impress, que integra o pacote de aplicações LibreOffice5.
Esse pacote é software livre e distribuído gratuitamente, através do site do projeto.
Figura 3 – Tela principal do Impress.
Fonte: Captura de tela do Impress.
Um software, para ser considerado livre, deve ser distribuído de tal modo que
o usuário tenha a liberdade de instalá-lo, utilizá-lo, copiá-lo, estudá-lo, modificá-lo,
adaptá-lo, aperfeiçoá-lo e redistribuí-lo com ou sem modificações, cobrando ou
gratuitamente. Também é requisito obrigatório que o código fonte do programa esteja
disponível (STALLMAN, 2004). Os programas livres, normalmente, são distribuídos
gratuitamente e, por conseguinte, ao contrário dos proprietários, não exigem o
pagamento de uma licença de uso de software.
A importância desses programas reside, sobretudo, em romper o monopólio
que tinha o software não livre, especialmente o proprietário, em determinadas áreas
5
Mais informações em: https://pt-br.libreoffice.org/.
17
consideradas estratégicas para a disseminação das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC).
O Impress apresenta uma interface amigável, simples e conhecida do grande
público, especialmente para os usuários que já trabalharam com o PowerPoint em
versões anteriores. É considerado uma das melhores alternativas frente ao PowerPoint.
Pense nisso antes de usar cópias não autorizadas de software. Um detalhe importante
sobre o pacote LibreOffice é que existem versões desse conjunto de aplicações para
plataformas Linux, Windows e macOS.
1.3 Apresentações Google
O Apresentações Google6, mais conhecido como Google Slides, é um programa
on-line da empresa Google destinado à apresentação de slides. Ao longo dos anos, tem
se tornado cada vez mais popular entre os usuários de computadores e dispositivos
móveis.
Figura 4 – Tela principal do Apresentações Google.
Fonte: Captura de tela do Apresentações Google.
6
Mais informações em: https://www.google.com/intl/pt-BR/slides/about.
18
Para uso individual, o programa é completamente gratuito e a única exigência
para se ter acesso à ferramenta é que se tenha uma conta eletrônica do Google. Além
dessa opção, o programa também compõe o conjunto de produtos que formam o
Google Workspace, anteriormente conhecido como G Suite, que é um pacote de
serviços da empresa Google à disposição do mundo empresarial. Nesse caso,
necessita-se adquirir um plano de assinatura mensal para ter acesso a todos os
serviços. Naturalmente, como ocorrem com outros softwares, existem diferenças,
embora não sejam tão significativas, entre as duas versões do programa. Encontram-
se funcionalidades adicionais à versão paga, sobretudo relacionadas à integração de
serviços entre as aplicações que compõe o Google Workspace.
O programa pode ser acessado em computadores pessoais com sistemas
Windows, macOS ou Chrome OS e acesso à Internet através dos mais conhecidos e
usados navegadores web: Google Chrome, Mozilla Firefox, Microsoft Edge, Safari,
entre outros. Também pode ser utilizado em dispositivos móveis com sistemas
Android e iOS. Em tal caso, basta fazer o download gratuitamente do aplicativo.
A interface do programa, do mesmo modo que as funcionalidades, são muito
semelhantes às do PowerPoint, conforme se pode ver na imagem Figura 3,
anteriormente exposta. E é justamente nesse ponto que a familiaridade com o
programa da Microsoft contribui para a aceitação e consolidação desse software. O
programa vem cada vez mais ganhando espaço no mundo das apresentações,
considerando a praticidade de toda ferramenta on-line, que pode ser operada desde
qualquer lugar. Além disso, é considerado interessante e articulado, sobretudo no
aspecto de trabalho colaborativo. De outro ponto de vista, o PowerPoint, nas versões
pagas, é considerado mais completo e oferece mais recursos que facilitam a criação de
apresentações mais elaboradas e sofisticadas.
As semelhanças entre os dois programas, Apresentações Google e PowerPoint,
na versão on-line, são evidentes e isso só reforça a contenda para abocanhar um
importante, crescente e essencial nicho do mercado tecnológico, que atinge desde o
usuário convencional até o empresarial. Como pudemos observar, essa disputa
Microsoft PowerPoint X Google Apresentações é recheada de detalhes e promete cada
vez mais uma competição frenética e acirrada entre dois gigantes da tecnologia
mundial. E quem sai ganhando com isso somos nós, usuários, que acabamos tendo
serviços de qualidade gratuitamente. No entanto, esta qualidade gratuita seja muito
relativa, considerando uma série de aspectos que existem por trás de toda essa
benevolência. Como isso, não é objeto de discussão, pelo menos nesse momento,
paramos por aqui e que faça uso da melhor forma possível de todos esses serviços.
19
1.4 Keynote
Outra ferramenta disponível no mercado para trabalhar com slides é o Keynote
da Apple. O programa integra o conjunto de aplicativos do iWork da empresa.
Indubitavelmente, é uma alternativa aos programas do Microsoft Office.
Figura 5 – Tela principal do Keynote on-line.
Fonte: Captura de tela do Keynote on-line.
Esse programa é distribuído gratuitamente em todos os computadores pessoais
e dispositivos móveis da linha Apple. Também pode ser acessado on-line7, bastando
para isso ter uma conta Apple (ID Apple). Em tal caso, segundo o próprio site de
suporte da Apple8, os sistemas operacionais compatíveis para acessar o programa são:
OS X 10.9 ou posterior e Windows 7 ou posterior. Quanto aos navegadores
compatíveis, são: Safari 9.1.3 ou posterior no sistema macOS, Google Chrome nos
sistemas macOS ou Windows e Microsoft Edge no ambiente Windows. E ainda
adverte: talvez não funcione com outros navegadores.
A versão on-line do programa oferece menos recursos que a outra versão
disponibilizada para os sistemas da Apple. Contudo, de maneira geral, é considerado
7
Mais informações em: https://www.icloud.com/keynote.
8
Mais informações em: https://support.apple.com/pt-br/HT201484.
20
um bom programa, possui uma interface elaborada e intuitiva e oferece recursos
importantes na hora de criar slides.
Esse programa ainda é desconhecido do grande público de usuários de
computadores pessoais porque durante anos esteve apenas, exclusivamente,
disponível para computadores com sistema macOS e para dispositivos móveis com
sistema iOS, ambos sistemas operacionais desenvolvidos pela Apple. À vista disso,
acabou sendo usado unicamente por um grupo seleto de usuários de produtos da
Apple.
1.5 Prezi
Outra opção para a criação de slides disponível no mercado de software é o
Prezi9 da Empresa de mesmo nome Prezi Inc. Trata-se também de um programa on-
line para a criação e o trabalho com slides, mas com a característica de que pode ser
usado igualmente sem Internet, ou seja, off-line. É um programa que tem se tornado
gradativamente mais conhecido, pois é muito utilizado em palestras e conferências.
Figura 6 – Tela do Prezi.
Fonte: Captura de tela do Prezi.
9
Mais informações em: www.prezi.com.
21
O acesso ao software se dá através de um cadastro que o usuário pode efetivar
no próprio site do programa. Existe tanto a versão gratuita como a paga.
Notoriamente, esta oferece outros recursos além dos que já existem na versão gratuita.
Em ambas as versões, o acesso é feito diretamente no site, usando computadores
pessoais com sistemas Windows e macOS através de qualquer um dos navegadores
web mais populares, pois o programa é compatível com a maioria deles. Há também
versão para dispositivos móveis com sistemas Android e iOS.
É uma interessante opção frente aos outros softwares de apresentação
anteriormente expostos, considerando que apresenta uma interface gráfica, estrutura
e metodologia de trabalho diferentes desses programas, que são em geral muito
parecidos. Uma das características marcantes do Prezi é a possibilidade de preparar
apresentações não lineares.
O PowerPoint funciona de forma linear, ou seja, o usuário cria sua
apresentação slide após slide. Cada slide tem um lugar fixo e não é
possível ver o todo de sua ideia. Temos, portanto, de forma
metaforizada, uma ideia de sucessão de fatos, mas não
necessariamente de interligação dos mesmos. Claro que sabemos que
essas interligações podem ser feitas por quem é responsável pelo
processo formativo, [...]. Já as apresentações não lineares do Prezi
permitem que o docente interligue as ideias em sua apresentação,
mostrando o quadro geral e focando em pontos específicos. Além
disso, é possível mudar completamente a ordem, de acordo com a
reação e/ou participação das pessoas envolvidas no momento da
interação. Portanto, o PowerPoint e o Prezi possuem níveis diferentes
e graduados de interação (D’ÁGUA; SILVA, 2016, p. 162).
Outro interessante recurso do programa é a possibilidade de permitir a
execução de zoom sobre imagens ou textos. Dessa forma, pode-se aproximar ou afastar
o elemento selecionado, evidenciando assim aspectos relevantes que se deseja
enfatizar de forma mais consistente. Essa funcionalidade tornou-se tão destacável que
a Microsoft decidiu incorporar a partir de 2016 esse recurso no PowerPoint.
22
1.6 Outros programas
Se pensa que a lista é só isso, está muito enganado. Existem inúmeros
aplicativos disponíveis no mercado para a elaboração de slides. A ideia não é ser
exaustivo, mas apresentar rapidamente alguns desses programas. Sem entrar em
detalhes, listamos a seguir outras ferramentas capazes de proporcionar um agradável
e interessante trabalho na preparação de slides. Maiores informações sobre esses
softwares podem ser encontradas na Internet, particularmente nos sites oficiais.
Outros conhecidos, em ordem alfabética, são: Adobe Spark, authorSTREAM,
Canva, CustomShow, Deckset, Emaze, FlowVella, Focuoftwaressky, Genially
(também conhecido como Genial.ly), Haiku Deck, WPS Office, Knovio, Ludus,
Piktochart, PowToon, PresentiaFX, RawShorts, Slidebean, SlideDog, SlideRocket,
Slides, Swipe, Visme, WPS Presentation e Zoho Show.
23
Uma boa apresentação começa necessariamente com um bom planejamento da
configuração dos slides. Nessa etapa, é sumamente pertinente estruturar e esboçar os
tópicos que serão abordados. Para isso, obviamente, o trabalho acadêmico - o Trabalho
de Conclusão de Curso (TCC), a dissertação de mestrado, a tese de doutorado ou
mesmo o conteúdo de um artigo ou seminário - servirá de base para a preparação do
material a ser apresentado. Essa etapa é de vital importância para uma apresentação
de sucesso. Essa preocupação é ainda maior quando relacionada a uma avaliação para
um processo seletivo, por exemplo, para o cargo de professor.
Nessa fase, começam-se a definir, selecionar, priorizar, organizar e roteirizar as
informações imprescindíveis e interessantes para a apresentação. Desse modo, evita
desorientar-se na distribuição das informações nos slides. Ao enfatizar e se concentrar
em determinados assuntos, corre-se o risco de não sobrar mais espaço para outros;
alguns, inclusive, mais atrativos para o contexto da apresentação. Obviamente, uma
considerável parte do conteúdo do trabalho acadêmico não comporá os slides, pois o
objetivo de uma apresentação não é reproduzir todos os tópicos do trabalho
acadêmico, mas sim sintetizá-los e destacar os aspectos mais significativos para
compreender e reforçar o interesse pela temática. Por isso, é comum, por exemplo,
perceber em determinadas apresentações que o autor procura deter-se mais nos
resultados e na conclusão.
A disposição e a relação e conexão entre as informações, fortalecendo uma linha
de raciocínio, são fundamentais para que se tenha uma apresentação clara e objetiva
sobre o que se deseja realmente transmitir. O cuidado aqui é não sair copiando e
colando partes do conteúdo do trabalho acadêmico e embaralhar-se totalmente num
amontoado de informações não essenciais, que acabam poluindo e dificultando na
24
hora da apresentação. Portanto, evite o excesso e, sobretudo, a embromação.
Geralmente não funciona. O segredo, então, é ser prático e sem rodeios.
Ao contrário do que se faz e pensa, destinar um tempo para a estruturação,
organização e preparação de slides acaba sendo uma fase importante e crucial para o
sucesso de uma apresentação. Costumo comentar com os alunos que o estresse que se
passa por deixar para preparar a apresentação de última hora não compensa o tempo
desperdiçado ao de não se dedicar à elaboração dos slides.
Apresentamos a seguir um diagrama com um passo a passo para ajudar na
organização de uma apresentação. Embora apresente alguns pontos que achamos não
necessários e em linhas gerais não recomendamos, como a elaboração de slides com as
referências, é uma ótima orientação no planejamento da exposição.
Figura 7 – Diagrama para a estruturação de uma apresentação.
Fonte: REATEGUI, 2020, p. 122.
25
Para exemplificar essa preocupação com a organização dos slides,
reproduzimos parte de uma matéria publicada na revista Superinteressante
relacionada a esse tema.
Flórida, 2003. Após dois anos de problemas e adiamentos, o ônibus
espacial Columbia finalmente é lançado com sucesso. Exceto por um
detalhe quase imperceptível. Durante o lançamento, um pequeno
pedaço de espuma se solta e acerta a asa esquerda do ônibus espacial.
Preocupada, a Nasa monta um esquema de emergência para decidir
rapidamente o que fazer. Os engenheiros estudam profundamente o
caso, trocam centenas de e-mails e produzem um relatório a respeito.
São 3 arquivos de PowerPoint, com as piores características que uma
apresentação pode ter. Em vez de um texto lógico e ordenado, com
começo, meio e fim, as ideias são picotadas num labirinto de bullets,
gráficos e setinhas – cada slide tem nada menos do que 6 níveis de
tópicos e subtópicos. As informações importantes (provas de que o
Columbia corre perigo) estão lá, mas organizadas de forma
contraditória. Como não conseguem chegar a uma conclusão, os
diretores da Nasa resolvem não fazer nada. Doze dias depois, o ônibus
espacial se desintegra ao entrar na atmosfera terrestre, matando os 7
astronautas a bordo. A comissão formada para investigar o caso
aponta 3 causas para a tragédia. Danos na asa do Columbia, erros da
Nasa e as benditas apresentações – isso porque, para fazer as ideias
caber nos slides, os engenheiros usaram abreviações que mudaram
ou enfraqueceram o sentido de algumas informações. “O uso
endêmico do PowerPoint ilustra bem os problemas de comunicação
da Nasa”, concluiu a investigação do governo dos EUA.
(GARATTONI, 2009, p. 68, grifo nosso).
2.1 O tempo de apresentação
Ao final do planejamento, o autor terá uma ideia aproximada de quantos slides
necessitará para a apresentação do conteúdo do seu trabalho. A partir desse ponto, é
começar a elaborá-los. Mas a dúvida sempre recai sobre a seguinte indagação: Precisa-
se de quantos slides para a apresentação? Isso, depende, consideravelmente, do tempo
que o autor terá para apresentá-los. Essa situação depende do tipo de trabalho
acadêmico que será objeto da apresentação e pode, inclusive, variar de instituição para
instituição. Portanto, outra questão chave em todo esse processo é o tempo que será
disponibilizado para a apresentação.
26
O item tempo é, de fato, um importante elemento de preocupação e atenção.
Sem embargo, infelizmente, não existe uma regra a ser seguida que funcione para
todas as situações. Não existe um número ideal de slides a ser elaborados para uma
determinada quantidade de tempo. Tudo depende do que se pretende expor e como
foram organizados os slides. Assim sendo, a observação que fazemos é que é relevante
que se tente cumprir o tempo estabelecido e previamente informado para a
apresentação. Não se deve extrapolá-lo, mas tampouco negligenciar e utilizá-lo
indevidamente. A ideia é aproveitá-lo suficientemente bem para consolidar a
apresentação.
Para a relação tempo/slide, encontramos na Internet uma tendência que
recomenda a famosa regrinha de que, para cada slide, destina-se, em média, um
minuto de apresentação. Há quem sugira uma relação entre 1 a 2 minutos por slide e
até mesmo uma média de 3 minutos/slide. De fato, “uma preocupação frequente é
definir quantos slides colocar na sua apresentação. Esse número depende da fluência
e do modo que o apresentador os utiliza. Uma média inicial é prever um slide por
minuto, desde que os slides ilustrem conceitos e não contenham longos textos.”
(ROMANI; TRAINA, 2009, p. 31). Mas, como comentado no parágrafo anterior, isso
não é preceito. Ao longo de oito anos atuando na disciplina Pesquisa Aplicada,
pudemos observar que, para a defesa de projeto de monografia em que os alunos
dispõem de 20 minutos para apresentá-lo, tivemos alunos que apresentaram de 10 a
35 slides. Não entraremos aqui no mérito das apresentações, mas de qualquer forma,
em ambos os casos, as apresentações foram convincentes.
À vista disso, o tempo de apresentação é informado para que se possa organizar
e evitar justamente que se perca na quantidade de slides a ser preparado. Assim sendo,
evitam-se apresentações que em determinado momento sentimos uma sensação de
maratona, que tem de acabar o mais rápido possível, ou de marcha fúnebre, pois
precisa-se aproveitar ao máximo esses últimos momentos. Tudo isso torna a
apresentação cansativa, monótona e desinteressante. Esse tempo está determinado nas
regras de funcionamento dos mais diversos cursos e instituições de ensino superior. O
tempo médio, por exemplo, destinado a uma exposição de TCC é de aproximadamente
20 minutos. Já para o mestrado, é em torno de 30 a 40 minutos e para o doutorado, ao
redor de 40 a 50 minutos. O que acontece se ultrapassar o tempo? Isso dependerá da
banca e da situação. Dessa maneira, recomendamos que isso não ocorra. Evite
apresentações longas, que, naturalmente, podem se tornar entediantes.
Efetivamente,
27
É necessário adequar a apresentação para aproveitar bem os recursos
e programar-se para cumprir o tempo corretamente. Descumprir o
limite de tempo pode comprometer a apresentação, que pode ter que
ser interrompida ou finalizada atropeladamente. É obrigação do
apresentador se organizar para cumprir o tempo determinado, seja ele
de 5, 10, 60 minutos ou mais, uma vez que a audiência também se
planeja para assisti-la no tempo planejado. (ROMANI; TRAINA, 2009,
p. 27).
É considerável ressaltar que o fator tempo que estamos comentando em todo
momento está diretamente relacionado tão somente ao de exposição do trabalho. Não
confundir, por exemplo, com o tempo destinado às indagações, aos questionamentos,
às discussões ou aos debates em outras situações tal como o concedido para que se
responda às inquirições dos membros de uma banca de defesa de um trabalho
acadêmico.
2.2 Ensaiar é fundamental
Finalizada a etapa de elaboração dos slides, inicia-se a fase de atenção com a
apresentação oral em si. Além de averiguar o tempo realmente necessário para fazer a
apresentação, os ensaios servem como termômetro para sondar as possíveis dúvidas e
erros, estudar e revisar os pontos mais relevantes e que necessitam ser melhor
explorados e adquirir confiança, tranquilidade e domínio do conteúdo a ser explanado.
Sem embrago, independentemente do tempo disponibilizado para a apresentação dos
slides, a recomendação mais legítima é ensaiar, ensaiar, ensaiar e ensaiar para o ato da
exposição. Uma recomendação infalível: jamais tente decorar a sua apresentação,
afinal de contas não se está fazendo um teste para um canal televisivo.
Inegavelmente,
o mais importante para se saber se a apresentação ocupará o tempo
que lhe foi dado é ensaiá-la. Ou seja, apresente antes para você mesmo,
mas falando em voz alta e de preferência com um espelho à sua frente.
Não adianta mentalizar a fala, pois isso nos engana com relação ao
tempo, dicção e postura.
Infelizmente, é muito comum as pessoas acharem que para se
prepararem para uma apresentação basta olhar a sequência e imaginar
o que falar. Essa abordagem leva a se errar ao medir o tempo e muitas
28
vezes também a se perder no que falar. (ROMANI; TRAINA, 2009, p.
31).
O que geralmente se esquece ou sente dificuldade no ensaio, existe
naturalmente uma grande possibilidade de também acontecer na apresentação. E,
diante disso, só mesmo a ajuda divina. Por conseguinte, atravanca-se a exposição,
serve-se de famosos vícios de linguagem e fica-se com a famosa cara do «ééééééé» ou
«aí, aí, aí». E aí?
Esse também é o momento dos últimos ajustes na apresentação, já que,
diferentemente da parte escrita do trabalho, os slides não são submetidos previamente
aos membros da banca. Também é a oportunidade de testar e sentir a apresentação,
verificar se os recursos usados estão funcionando e detectar possíveis dificuldades que
poderão surgir no ato da apresentação. Assim como os slides devem estar impecáveis
na hora da exposição, a apresentação deverá ser extremamente convincente. E isso se
consegue com muito, mas muito ensaio. Aqui vale a máxima da expressão popular: «a
pressa é inimiga da perfeição», assim como também o improviso. Vivem em eterna
crise e nunca se acertam. A prática, por sua vez, tem uma relação muito estreita e
amorosa, quase conjugal, com a perfeição.
O processo de ensaio, muitas vezes, é cansativo e monótono, mas deve
acontecer. Comece lendo a sua apresentação. Em seguida, passe a fazer ensaios, vários,
sozinho. Em seguida, se conseguir, obviamente, busque algum membro da família ou
amigo para assistir a uma demonstração. Outra opção bastante utilizada hoje em dia,
fruto do desenfreado avanço tecnológico cada vez mais presente em nossas vidas, é
gravar os ensaios. E, nesse caso, prepare-se para talvez se assustar com o que está
prestes a assistir. Mas não desista, pois conseguirá!
É significativo tentar encontrar e ajustar em todos esses ensaios um tempo
médio de apresentação quase ou similar ao disponibilizado para a apresentação. Mas
lembre-se de que, muitas vezes, esse tempo dos ensaios pode ser muito diferente do
tempo real em que será feita a exposição do trabalho. E isso ocorre, ocasionalmente,
quando não se realiza essa etapa de ensaios com cuidado e atenção.
Na prática,
Uma apresentação de sucesso transmite a ideia do trabalho de forma
clara, concisa, objetiva e dentro do prazo. Quem consegue explorar os
recursos disponíveis nos softwares de apresentações pode valorizar
ainda mais o trabalho. Preparar uma boa apresentação é tarefa
trabalhosa e pode-se levar muito tempo para deixá-la interessante.
29
Mas, certamente, o esforço despendido vale a pena! (ROMANI;
TRAINA, 2009, p. 27).
A apresentação pode ser um diferencial na avaliação final. E como todo
trabalho, como o próprio nome já determina, exigirá esforço, atenção, preparação,
dedicação e muito, mas muito trabalho. Isso se quiser e acreditar que sempre poderá
fazer melhor. Portanto, não desperdice a oportunidade de conquistar o seu espaço.
30
Um recurso extremamente importante, interessante e essencial na elaboração
dos slides é o uso do slide mestre. Desconhecido de um grande número de usuários,
esse slide serve de base para toda a apresentação. Possui a característica de
uniformizar, padronizar e personalizar os slides de forma que o usuário não tenha de
se preocupar com determinados detalhes ao longo do trabalho como por exemplo,
alguns recursos de formatação - estilo de fonte, cor e tamanho da fonte, espaçamentos
e alinhamentos – e também plano de fundo, numeração automática dos slides, entre
outros. É uma espécie de slide principal.
Na verdade, trata-se de “um slide com um conjunto específico de características
que atuam como um modelo e é usado como o ponto inicial para criar outros slides.
Estas características incluem plano de fundo de slides, objetos no plano de fundo, a
formatação de qualquer texto usado, e quaisquer gráficos de plano de fundo.”
(SCHOFIELD et al., 2016, p. 22).
É fundamental que o primeiro passo na criação dos slides seja configurar o slide
mestre. A partir daí, o processo de elaboração é muito mais simples e ágil, pois toda a
formatação aplicada ao slide mestre servirá automaticamente como padrão para os
slides que serão criados por toda a extensão da apresentação. Isso é primordial para a
uniformidade dos slides e consequentemente da apresentação. A padronização de
uma exposição é tão necessária que a presença desse recurso de slide mestre vem
reforçar esse contexto. Mas vale destacar que existem situações em que a alteração
deve ocorrer especificamente em um determinado slide e não no conjunto. Assim
sendo, não é necessário alterar a configuração do slide mestre.
Ao não acionar o slide mestre, o processo de formatação é manual e pode
retardar a finalização do trabalho. Certamente, o tempo que gastará em todo esse
31
processo manual poderia ser melhor aproveitado se dedicasse a entender, aprender e
usar o slide mestre.
Pode-se configurar um slide mestre para a capa, também chamado de slide de
apresentação, e outro para os demais slides que compõem a apresentação. Esses
modelos podem ser exportados para outras apresentações. O usuário pode, por
exemplo, criar seu próprio padrão e personalizar as suas apresentações. Desse modo,
cada vez que iniciar a criação de uma apresentação poderá utilizar o modelo
personalizado.
A função do slide mestre no Impress do LibreOffice está localizada na Barra de
menu Exibir. A seguir, exibimos a localização para ativar esse recurso bem como a
janela de configuração do slide mestre, mostradas nas Figuras 8 e 9, respectivamente.
Figura 8 – Barra de menu Exibir/opção Slide mestre do Impress.
Fonte: Captura de tela do Impress.
32
Figura 9 – Tela de configuração do slide mestre do Impress.
Fonte: Captura de tela do Impress.
No PowerPoint da Microsoft, o slide mestre é encontrado na guia Exibir, no
grupo Modos de exibição mestres. Nas Figuras a seguir, 10 e 11, respectivamente,
exibimos a localização para ativar esse recurso bem como a janela de configuração do
slide mestre.
33
Figura 10 – Guia Exibir/grupo Modos de exibição mestres/opção Slide mestre do
PowerPoint.
Fonte: Captura de tela do Microsoft PowerPoint 2016.
Figura 11 – Tela de configuração do slide mestre do PowerPoint.
Fonte: Captura de tela do Microsoft PowerPoint 2016.
34
Três dos elementos principais que devem ser configurados essencialmente no
slide mestre são: o plano de fundo, o estilo de fonte a ser utilizado no decorrer da
apresentação e a numeração automática dos slides.
3.1 Plano de fundo (Background)
Um ponto chave e determinante na elaboração de uma apresentação é que
modelo de design ou plano de fundo, também conhecido como background, usar na
elaboração dos slides. Ainda que essa decisão possa ser tomada em qualquer fase do
projeto de criação dos slides, é interessante estabelecer o quanto antes, pois isso pode
afetar o resultado final da apresentação.
A seleção do design ou plano fundo de tela é importante porque servirá de base
para toda a apresentação. Essa uniformidade é interessante para não confundir a
plateia e transmite um aspecto de organização e profissionalismo. Esse detalhe
consegue fazer uma diferença significativa no contexto da apresentação. Alguns
cuidados e detalhes, ao escolher determinado modelo ou plano de fundo, são capazes
de produzir resultados excelentes. O ideal é que tal modelo seja configurado
diretamente no slide mestre.
Pode-se optar por um design de slide preexistente ou um tema predefinido
disponível no programa, produzir o seu próprio modelo de slide, formatar e usar um
plano de fundo de cor única, importar um modelo de apresentação ou buscar um
modelo, gratuito ou mesmo de pagamento à disposição na Internet. Ao eleger essa
última opção, observe que há uma expressiva quantidade de modelos na rede,
sobretudo, pensados para o ambiente corporativo. Atente que esses modelos
incorporam outros elementos não interessantes para apresentações voltadas para o
mundo acadêmico.
Para criar uma apresentação interessante, não precisa ser um especialista no
programa objeto da tarefa mas deve-se saber utilizar alguns recursos da ferramenta
necessários para gerar uma boa apresentação. Produzir seu próprio modelo, além de
personalizar a sua apresentação, é uma oportunidade de fugir dos designs já tão
conhecidos e usados por usuários de determinados programas. Seja audacioso e
criativo. Isso será um diferencial.
O background não precisa ser o elemento principal do slide, quer dizer, é
apenas um elemento complementar para todo o conteúdo. Assim sendo, não tem de
ser chamativo para não comprometer a apresentação e dificultar a visualização das
35
informações nos slides. É importante selecionar corretamente a cor da fonte que será
usada para apresentar o conteúdo dos slides. Essa cor precisa contrastar com a do
plano de fundo usado. Dessa maneira, facilitará a visibilidade do conteúdo do slide
tanto para o autor como para a plateia. Aqui também há a preocupação com a
uniformidade das cores ao longo de todos os outros slides.
Um detalhe relevante na hora de decidir sobre o plano de fundo está
relacionado à iluminação e ao tamanho do ambiente em que será apresentado o
trabalho. Por isso, é importante o contraste das cores dos elementos que compõem o
slide com a cor do plano de fundo. Entender e aplicar corretamente o jogo das cores
nesse contexto amiúde é um desafio. Assim sendo, na dúvida, opte pela tradicional e
costumeira combinação, inclusive sugerida por Lane (2010), consultor de
apresentações, especializado em teoria de comunicação visualmente interativa: cor da
fonte da letra bege clara ou branca deve-se usar plano de fundo escuro. Para a fonte
preta ou muito escura, use plano de fundo claro. Desse modo, o resultado final é que
os slides terão uma aparência mais profissional.
Não obstante, existem combinações desastrosas que precisam
irremediavelmente ser evitadas. Nesse sentido, ainda de acordo com a opinião de Lane
(2010, on-line),
Submeter seu público a uma combinação de azuis e vermelhos
brilhantes é uma prática horrível e, infelizmente, isso acontece com
muita frequência. O mesmo acontece quando se misturam as cores
vermelha e verde.
O esquema de cores vermelho e verde também resvala o problema do
daltonismo, que afeta, aproximadamente, 7% dos homens e 1% das
mulheres. A incapacidade de diferenciar entre as cores vermelha e
verde é a forma mais comum de daltonismo. Por exemplo, suponha
que você inclua texto verde em um fundo vermelho, [...]. Se o
sombreamento da cor do texto (a quantidade de escuridão) contrasta
mal com o sombreamento da cor do fundo, alguns leitores não serão
capazes de ler o texto de forma alguma. Para evitar esses problemas,
essas duas cores nunca devem ser misturadas, especialmente, ao
combinar texto e plano de fundo (tradução nossa).
36
3.1.1 Plano de fundo claro
O plano de fundo branco é, sem nenhuma dúvida, um dos mais utilizados nas
apresentações. Isso reforça que as cores claras, especialmente a branca, são realmente
interessantes na hora de priorizar o plano de fundo a ser usado na apresentação.
Existem diversas combinações possíveis que podem ser usadas, mas a opção
plano de fundo branco com a fonte de letra preta é, seguramente, uma das melhores e
mais usadas. É o curinga perfeito quando se está em dúvida pela seleção de cores. Essa
conjunção, por exemplo, é ideal para ambientes não muito espaçosos, pois facilita a
visualização da projeção, sobretudo de quem está mais distante do apresentador.
Apresentamos a seguir alguns modelos apropriados com plano de fundo
branco com a fonte de letra preta. É importante aclarar que os slides que utilizaremos
nos exemplos são baseados, na sua grande maioria, nos modelos apresentados pelos
alunos. Quando necessário, serão dados os devidos créditos.
Slide 2
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37
Alguns designs não são indicados porque o elemento gráfico ocupa uma
significativa área do slide, diminuindo o espaço destinado à informação. Vejamos os
exemplos a seguir.
Slide 3
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38
Outros por terem realmente um layout desinteressante. Vejamos alguns.
Aqui observamos homenagens ao período de alfabetização e letreiros de beira de
estrada. Mas a apresentação não é para esses momentos nostálgicos. Por conseguinte,
descarte esses modelos.
Outra observação que fazemos ao usar o plano de fundo branco numa
apresentação é que sobre o fundo exista algum elemento gráfico para melhor destacar
os elementos que compõem a apresentação. Por exemplo, jamais apareça com uma
apresentação com o background exclusivamente branco.
Esse design é extremamente enfadonho, monótono e cansativo. Para mais, passa
a impressão de que desconhece os recursos disponíveis no programa que usou para a
elaboração da exposição, não se preocupou ou não teve tempo de preparar a
apresentação ou mesmo que é relapso, o que, geralmente, quando acontece, é verdade.
Slide 8
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3.1.2 Plano de fundo escuro
Uma opção adicional é associar texto com a cor da fonte clara ou branca com
plano de fundo escuro. Aqui, destaca-se o tão questionável, odiado e antipatizado
fundo totalmente preto com o texto na cor branca. Essa relação de amor e ódio com
essa combinação é crítica. Entretanto, é uma associação perfeita, funcional, sofisticada
e considerada um pouco mais formal. Nessa situação, não necessita de nenhum
elemento gráfico para ser adicionado, já que a própria cor do plano de fundo já é
destacável.
Mas tenha cautela ao preferir usar esse design. O plano de fundo deve ter uma
tonalidade escura e não qualquer outra variação. Vejamos alguns modelos
desinteressantes.
Slide 9 Slide 10
40
O azul aconselhável é o azul-escuro e não essa variação. Com esse azul, não se
chegará ao céu. Consciente dessa situação e de que os slides não estão bons, já está se
antecipando em fazer uma própria mensagem de condolências com plano de fundo
cinza fúnebre.
Evite também modelos com elementos gráficos dispersos nos slides,
independentemente do plano de fundo. Assim sendo, esses elementos tampouco são
indicados porque o elemento gráfico limita ou ocupa uma significativa área do slide,
diminuindo o espaço destinado à informação. Não se deve invadir a área gráfica de
um modelo de slide.
3.1.3 Plano de fundo com texturas
Algumas críticas relacionadas ao uso de plano de fundo com texturas seguem a
linha de que “a utilização de texturas de fundo dificulta a leitura e torna imprevisível
a legibilidade do texto no momento da projeção, considerando que, muitas vezes,
Slide 11
ti idades práticas
presentação do hard are do
microcomputador.
so dos programas inux ducacional,
i re ffice riter , ompris, geograph ,
ux ath, o illa irefox e jogos.
Slide 12
Slide 13 Slide 14
41
desconhecemos a qualidade/definição do projetor onde faremos nossa apresentação,
a tela de projeção, etc;” R I, 2020, p. 112 .
Mesmo entendendo a problemática, podemos dizer que temos encontrado um
plano de fundo com textura nas apresentações e a experiência tem sido algo bastante
positiva. Esse modelo, apresentamos a seguir.
3.1.4 Plano de fundo com marca d´água
utra ponderação alorosa é que jamais use marca d’água nos slides. Isso pode
dificultar a visualização e leitura do conteúdo dos slides, o que seria desastroso.
Ademais, torna-se cansativo para a plateia. Essa situação é distinta, por exemplo, do
que ocorre no mundo corporativo, onde usar o logotipo da empresa como marca
d’água é uma prática comum e questão de personali ação. O importante não é a beleza
do slide, já que é apenas um complemento para facilitar a exposição. Seja objetivo! A
simplicidade nesse caso é extremamente recomendável. Aqui vale a máxima da
famosa frase atribuída a Leonardo da Vinci: «A simplicidade é a máxima sofisticação».
Ademais, caso use uma imagem que não seja do arquivo pessoal, deve-se
obrigatoriamente fazer a devida citação para evitar problemas de direitos autorais.
Esse tema será abordado posteriormente no capítulo 6 em maiores detalhes.
Slide 15
42
Para demonstrar a pro lemática do uso de marca d’água nos slides, decidimos
exibir dois exemplos a seguir, Slides 1610 e 1711, que reforçam a argumentação da
temática em discussão. Os modelos mostrados não foram utilizados pelos alunos. As
imagens originais não continham informações sobre as respectivas fontes e, por isso,
não as usamos. Desse modo, decidimos buscar imagens parecidas e com o mesmo
conteúdo para exemplificar os modelos apresentados pelos discentes. As imagens
expostas foram modificadas das originais extraídas do site Pixabay12, que é um banco
de imagens gratuito e livre. Apesar de no site mencionar: «Atribuição não requerida»,
aproveitamos para comentar a necessidade de sempre atribuir os respectivos créditos.
Entendemos que, por uma questão de respeito e de direitos autorais, é preciso
continuamente citar os autores das imagens.
3.2 Estilo de fonte
Uma boa apresentação começa também pela escolha de uma fonte agradável
para representar e visualizar as informações que serão expostas. Assim como existe o
cuidado em relação a que fonte se deve usar para facilitar a leitura do trabalho escrito,
a mesma preocupação se aplica na hora de definir que fonte utilizar para a elaboração
dos slides. A fonte selecionada tem de garantir uma boa visibilidade das informações
projetadas e, consequentemente, facilitar a leitura por parte da plateia. É fundamental
que a fonte a ser usada em todos os slides deva ser configurada diretamente no slide
mestre.
10
Fonte: Adaptada da imagem original de Miroslaw Kolaczynski (2018). Disponível em:
https://pixabay.com/pt/photos/gato-felino-animal-de-estima%C3%A7%C3%A3o-3504008/. Acesso em: 31
mar. 2021.
11
Fonte: Adaptada da imagem original de Jean-Pierre Duretz (2012). Disponível em:
https://pixabay.com/pt/photos/cavalos-natureza-gr%C3%A1tis-animal-2031089/. Acesso em: 31 mar. 2021.
12
Mais informações em: https://pixabay.com/pt/.
Slide 16 Slide 17
43
Similarmente, servindo-se do mesmo critério usado para a parte escrita do
trabalho, a fonte selecionada será a única utilizada em toda a extensão dos slides. A
ideia é mesmo padronizar a fonte para todos os slides que compõem a apresentação.
Há quem defenda colocar tipografias distintas para o título e o conteúdo dos slides. É
adequado “utili ar uma única fonte na apresentação, tal e duas para diferenciar
títulos de outros textos.” R I, 2020, p. 112). Mas não aconselhamos. Não se
devem mesclar fontes diferentes numa mesma apresentação, assim como acontece
num trabalho escrito. Isso reforça a ideia de organização e integração entre as partes
dos slides.
Com relação à tipografia das fontes, existe o modelo de fonte com serifa,
tam ém conhecida como serifada, que é “aquela com pequenos traços e
prolongamentos nas hastes, que facilita a legibilidade, como ocorre em fontes como a
Times New Roman, comumente utili ada em tra alhos acadêmicos.” SI N ;
OLIVEIRA; BRAGA, 2020, p. 282). Algumas das mais conhecidas fontes com serifa são:
Times New Roman, Garamond, Liberation Serif, Georgia, Century e Courier New.
São usadas, especialmente, para textos impressos como: teses, dissertações,
artigos científicos, trabalhos acadêmicos, livros, revistas e jornais. Em contrapartida,
não são atraentes para serem exibidas em projeções de tela.
De outra forma, existem as fontes sem serifa, também designadas de Sans-Serif
em francês, ou seja, sem os pequenos traços nas hastes. Algumas das mais conhecidas
fontes sem serifa são: Arial, Calibri, Liberation Sans, Tahoma, Verdana e Helvetica. São
recomendadas e bem aceitas para projeções em telas porque facilitam a visualização
das informações. São muito populares e usadas na Internet.
Se praticamente existe um consenso de que para a parte escrita de um trabalho
acadêmico a fonte mais recomendável é a Times New Roman, o mesmo acontece para
a fonte a ser usada na elaboração de slides. Nesse caso, a indicada é a Arial. Mas nada
impede que se faça a opção por outra fonte, desde que seja sem serifa.
Vejamos a seguir um exemplo utilizando estilos de fontes com e sem serifa. Os
slides apresentados têm a mesma estrutura, o mesmo tamanho de fonte e o mesmo
conteúdo. Diferem somente no estilo de fonte. O Slide 18 utiliza a fonte Arial, sem
serifa, e o 1913, a fonte Times New Roman, com serifa.
13
Slides adaptados da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega.
44
Vale evidenciar que existem muitas outras fontes disponíveis nas ferramentas
que, dependendo da situação, podem ser usadas nas apresentações. Algumas,
inclusive, consideradas muito sofisticadas. Mas muito cuidado ao usar esse tipo de
fonte numa apresentação. Alguns problemas relacionados a esses tipos considerados
sofisticados é que, diferentemente, dos tipos mais tradicionais de tipografia, podem
não estar disponíveis no computador que será usado na apresentação e lhe causar
problemas de configuração da fonte. O resultado pode não ser o esperado. Além do
mais, esse tipo de fonte costuma ter aspectos extravagantes ou excesso de detalhes que
podem dificultar a visualização das informações projetadas.
Não se preocupe com a aparência, sofisticação ou elegância que transmite a
fonte, mas sim com a clareza e funcionalidade. Nesse caso, pode optar seguramente
pelos estilos tradicionais e comuns. Na dúvida, opte sempre pela simplicidade. E o
estilo Arial atende a todos esses requisitos.
3.3 Numeração automática de slides
Uma informação que precisa aparecer nos slides, obrigatoriamente, diz respeito
à numeração. Todos os slides devem ser numerados, exceto o slide de apresentação,
muitas vezes também chamado de capa da apresentação. Esse slide é contado para
efeito de totalização do número de slides, mas não é numerado. A ideia de usar a
numeração de slides é a mesma do sumário da parte escrita do trabalho. É uma forma
de facilitar o acesso à informação mais rapidamente.
Slide 19
Slide 18
45
A numeração é importante para administrar o tempo e determinar a percepção
do ritmo da apresentação: dependendo da quantidade de slides que falta para encerrar
a exposição, precisa-se acelerar ou moderar para se ajustar ao tempo, para guiar as
perguntas do pessoal da banca ou da plateia, referindo-se diretamente ao número do
slide que deseja maiores esclarecimentos ou explicações, para os espectadores
atrasados, já que evidencia o quanto da apresentação já se perdeu e, em algumas
ocasiões, servem de alerta para que os próximos a apresentarem comecem a se
preparar psicologicamente. Para os mais espontâneos, somente mais uma
apresentação. Para os dramáticos de carteirinha, o início de uma tortura e a preparação
para o embate.
A numeração dos slides tem de ser feita de forma automática. Esse processo
necessita ser configurado diretamente no slide mestre para que o padrão seja aplicado
em todos os slides diretamente. O formato mais utilizado de numeração é o de «X/Y»,
quer dizer, X é o slide atual e mostrado na tela e Y, o total de slides da apresentação.
Outro formato usado é «slide X de Y». Outros preferem apenas o formato X, que é a
exibição apenas do número do slide sem mostrar o total de slides. Considerando os
recursos existentes nas ferramentas, esse modelo deve ser descartado. Inserir a
numeração automática nos slides é uma atividade fácil e disponível em todos os
softwares de apresentação. Mas, para funcionar adequadamente, precisa estar ajustada
no slide mestre. Vejamos os exemplos.
Slide 20 Slide 21
46
Para se usar o formato X/Y de forma automática, existem alguns detalhes que
devemos aclarar. O Impress do LibreOffice faz isso automaticamente através do slide
mestre, inserindo dois campos: «Número do slide/Total de slides». Apenas separe os
dois campos com uma barra (/).
Slide 22
47
Figura 12 – Localização dos campos Número do slide/Total de slides no Impress do
LibreOffice.
Fonte: Captura de tela do Impress.
No PowerPoint, esse processo também deve ser feito no slide mestre, mas o
programa não oferece a possibilidade de inserir o número total de slides
automaticamente como no Impress. Assim, essa informação precisa ser colocada
manualmente.
48
Figura 13 – Configuração da numeração no slide mestre no PowerPoint da Microsoft.
Fonte: Captura de tela do Microsoft PowerPoint 2016.
No exemplo apresentado, o campo «nº» corresponde ao número do slide sendo
exibido na tela e /25 é o que se precisa adicionar manualmente. Assim sendo, a
apresentação teria 25 slides no total. Uma preocupação existente é que, caso haja
mudança no total de slides, essa informação tem de ser atualizada no slide mestre e a
numeração ser reinserida para aparecer a nova quantidade de slides. Por isso, é
aconselhável que esse processo de numeração somente ocorra no final da elaboração
da apresentação. Essa precaução não existe no Impress, pois, como todo o processo é
automático e realizado através de campos, uma vez que haja mudança no número total
de slides, o programa automaticamente realiza a atualização.
Mas não se preocupe com tantos detalhes. Todo esse processo apresentado para
esses dois programas é facilmente encontrado em sites e vídeos disponíveis na
Internet, que ensinam o passo a passo de como inserir a numeração de slides através
do slide mestre.
Por outro lado, jamais faça esse processo manual e individualmente para cada
slide. Geralmente quando não se sabe usar o slide mestre, a opção mais prática é inserir
a numeração através de uma caixa de texto. Isso não é aconselhável porque algumas
vezes a caixa se desloca na passagem de um slide para outro e fica perceptível que não
se está usando o processo automático. Além de que, muitas vezes, altera-se a
quantidade de slides da apresentação e isso exigirá a atualização em cada slide, o que
49
tem de ser feito manualmente. Pior ainda quando se esquece de atualizar um dos slides
e aparece na apresentação algo do tipo: 27/26, o que é um erro inadmissível.
A fonte a ser usada na numeração é a mesma utilizada para toda a apresentação
e configurada também no slide mestre. O tamanho recomendado para a exibição da
numeração é de 18 a 20 e deve, preferencialmente, estar em negrito. A numeração dos
slides normalmente aparece na margem direita inferior do slide, mas, dependendo do
modelo de design selecionado, pode também ser exibido em outras partes dos slides.
Vejamos alguns exemplos.
Slide 23
20
Slide 24 Slide 25
50
Para começar...
O primeiro slide, obrigatoriamente, deve ser o slide de apresentação, também
reportado em algumas situações como capa. Esse slide é como se fosse o seu cartão de
apresentação. Por conseguinte, já tem que transmitir um pouco do que será a sua
exposição. Um slide bem organizado, estruturado, objetivo e aprazível despertará a
curiosidade e o interesse da plateia. Além do mais, se na nossa cultura popular «a
primeira impressão é a que fica», no provérbio norte-americano, «você nunca tem uma
segunda chance de causar uma primeira impressão14» (DOYLE; MIEDER; SHAPIRO,
2012).
A abertura de sua apresentação é um momento importante no qual
você tem toda a atenção do público. Se souber utilizar este momento
adequadamente, você poderá manter a atenção dos ouvintes por toda
sua exposição oral.
O primeiro slide da apresentação, aqui chamado de capa, traz suas
credenciais e é o slide que normalmente fica exposto até que você inicie
efetivamente sua fala. (REATEGUI, 2020, 104).
O slide de apresentação precisa conter um cabeçalho institucional com o nome
da instituição e departamento, entre outras informações institucionais, o título da
apresentação, o nome do discente e, em alguns casos, do orientador e do coorientador.
Também se coloca, geralmente, a cidade e a data da apresentação.
14
You never get a second chance to make a first impression.
51
Naturalmente, ao iniciar a criação dos slides, o programa já disponibiliza como
primeiro layout de slide o de apresentação para começar a inserir as informações.
Usando o slide mestre, pode-se transformar esse slide de apresentação no padrão para
todas as outras apresentações.
O formato do slide de apresentação é livre e vale a criatividade do autor para
organizar, estruturar e apresentar as informações da melhor forma possível, de forma
que fique agradável e interessante na hora da apresentação. Apresentamos a seguir
alguns modelos básicos, simples, interessantes e criativos que ilustram o formato do
slide de apresentação
No Slide 26 percebe-se que o cabeçalho institucional está centralizado no slide.
Já no 27, com o aparecimento do logotipo da instituição, recomendamos que o
cabeçalho seja alinhado à esquerda, passando a ideia de que é uma única estrutura.
Mas podemos ousar e ser mais criativos, conforme se observa nos modelos de
Slides 2815 e 2916 a seguir.
15
Slide extraído da apresentação de Gloria Londoño Monroy.
16
Slide extraído da apresentação de Mariella Adrián García.
Slide 27
Slide 26
52
É importante esclarecer que estamos exemplificando modelos de estruturas de
organização do slide de apresentação. Nos exemplos acima, Slides 28 e 29, não
sugerimos a configuração do roteiro de apresentação juntamente com as informações
pertinentes ao slide de apresentação. Por se tratarem de assuntos distintos,
aconselhamos apresentá-los em slides também diferentes, ou seja, um slide para a capa
e outro separado e único para o roteiro, que seria o slide seguinte ao de apresentação.
4.1 Algumas observações relevantes
•Recomendamos o título do trabalho em maiúsculas e negrito. No caso de o título
ocupar mais de três linhas sugerimos a escrita normal da língua portuguesa, ou seja,
apenas a primeira letra maiúscula e as demais minúsculas.
•A contagem dos slides da apresentação, para efeito de numeração, começa a partir
do primeiro, mas este jamais será numerado.
•Nas situações em que aparece a identificação do orientador, o nome do aluno vem
sempre acima. Lembre-se: o trabalho foi executado pelo aluno sob a orientação do
professor.
•Segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a escrita correta é
coorientador e não mais co-orientador.
•A redução da palavra Professor é apenas Prof. e não Prof.º. Para Professora, existe
alguma controvérsia. Encontramos algumas citações e recomendações em manuais
de redação disponíveis na rede como: Profª., Profª, Prof.ª e Profa. No entanto,
segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP)17, a forma correta
17
Mais informações em: https://www.academia.org.br/nossa-lingua/reducoes.
Slide 29
Slide 28
53
é Prof.ª ou prof.ª. Já para a palavra Doutora: D.ra, Dr.a e Dra. Portanto, para citar uma
professora doutora, recomendamos usar a redução Prof.ª Dra. Contudo, a mais
amplamente utilizada no meio acadêmico é: Profa. Dra., embora essa opção não
conste no VOLP.
•Na escrita da data, os nomes dos meses devem ser escritos em minúscula. Por
exemplo, o correto é maio e não Maio. Já na língua inglesa, esses precisam ser sempre
escritos iniciando em maiúsculas: May e não may.
•Em alguns modelos disponibilizados ao alunado como roteiro, os professores
colocam a palavra Aluno(a). Na elaboração final do trabalho, o discente repete a
estrutura e acaba, muitas vezes, sendo motivo de chacota: «Professor, ele deixou
assim porque tem dúvidas sobre a sua identidade de gênero». Não entrando na
discussão de designação de gênero, é oportuno explicitar apenas a opção: Aluno,
Aluna ou mesmo usar uma palavra mais neutral como discente. Alguns chegam a
usar graduando.
Apresentamos a seguir um modelo de slide, Slide 3018, contendo um resumo
das orientações repassadas anteriormente.
O estilo de fonte usado no slide acima foi Arial. Os respectivos tamanhos da
fonte para cada uma das partes do slide podem ser conferidos no slide a seguir. Vale
destacar que não são tamanhos padrões. Para o modelo adotado, esses tamanhos são
plenamente adequados.
18
Slide extraído do trabalho acadêmico de Andréa Thais Lopes Ferreira.
Slide 30
54
Vale ressaltar que os modelos de slides apresentados no decorrer do livro são
apenas para ilustrar os comentários descritos nos capítulos. Portanto, podem não estar
devidamente adequados aos padrões que esperamos para o produto final do trabalho.
Slide 31
24
32
28
18
55
O segundo slide é o do roteiro da apresentação. A partir desse slide, a
apresentação ganha um formalismo porque a estrutura e a formatação utilizadas nesse
slide servirão de base para todos os demais, visando à uniformidade da exposição. Em
vista disso, esse slide definirá o padrão a ser seguido com relação à formatação tanto
do título como do conteúdo dos slides, às estruturas, ao estilo de fonte, à cor e ao
tamanho da fonte, aos espaçamentos, aos alinhamentos, ao background, à numeração
dos slides, entre outros. À vista disso, é indispensável utilizar o slide mestre para
produzir essa padronização.
O roteiro da apresentação deve vir necessariamente em apenas um slide, já que,
conforme as estruturas dos trabalhos acadêmicos, seja TCC, dissertação de mestrado,
tese de doutorado ou mesmo atividade de alguma disciplina, no geral, o esqueleto é
algo como: Introdução, Revisão de literatura, Material e métodos, Análise de
resultados e Conclusão. Logo, “o ideal é que você use este início da apresentação para
convencer a plateia sobre o interesse de seu estudo, de maneira breve e contundente.”
(REATEGUI, 2020, p. 105).
Os Slides 32 e 3319,a seguir, apresentam modelos básicos e clássicos de um
roteiro de apresentação.
19
Slide adaptado do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
56
A diferença entre os modelos consiste na forma de organização e apresentação
da revisão de literatura. No caso do Slide 32, todos os slides correspondentes ao tema
da revisão de literatura terão como título: REVISÃO DE LITERATURA, conforme se
pode visualizar a seguir nos Slides de 34 a 3620.
20
Slides adaptados do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
Slide 32 Slide 33
Slide 35
Slide 34
Slide 36
57
Com relação ao Slide 33, observa-se que existe um subtópico no tópico de
revisão de literatura. Nesse caso, os slides referentes à revisão não terão como título
REVISÃO DE LITERATURA, mas os nomes dos subtópicos abordados na revisão,
conforme se pode observar a seguir nos Slides de 37 a 3921. Essa orientação é
interessante porque na apresentação do slide do roteiro os temas tratados na revisão
estarão expostos no próprio slide. Por outro lado, aproveitar-se-á melhor o espaço dos
slides relacionados à revisão, já que os títulos dos slides serão os assuntos principais
do tema. Além disso, ganha-se em objetividade na elaboração e apresentação dos
slides.
Em conformidade com o exposto no capítulo anterior, alguns modelos incluem
o próprio roteiro no slide de apresentação. Veja abaixo o Slide 4022 como modelo dessa
exemplificação.
21
Slides adaptados do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
22
Slide extraído da apresentação de Gloria Londoño Monroy.
Slide 38
Slide 37
Slide 39
58
Embora não muito utilizado em nosso meio acadêmico, na hipótese de que essa
seja a opção do orientador, pode-se até discutir e argumentar em contra, mas deve-se
acatar e aquiescer. Afinal de contas, é esse personagem enigmático, equilibrado,
coerente e determinado quem tem a palavra final. Assunto vencido, consumado e
encerrado. Fica para a próxima.
Um recurso cada vez mais usado e que ajuda a potenciar a sua apresentação é
o uso da repetição do slide de roteiro antes de cada tópico do roteiro como forma de
situar os desatentos ou mesmo os retardatários durante a sua apresentação. À vista
disso, reproduz-se o slide de roteiro antes da exibição de cada tópico, destacando-se o
tópico a ser exibido e esmaecendo os demais. Um exemplo dessa situação é
apresentado nos Slides de 41 a 43.
Slide 40
Slide 42
Slide 41
59
Outra opção para esse contexto é criar uma barra de menu contendo palavras
chaves do roteiro, que se torna padrão em todos os slides e destacar em cada situação
a caixa de menu correspondente ao assunto em destaque. Observe esse cenário nos
Slides 44 e 4523.
Outra possibilidade para esse enquadramento é repetir o slide de roteiro e
destacar o assunto a ser abordado através de um recurso de forma com animação. No
caso a seguir, Slides de 46 a 48, o círculo duplo apresenta uma animação do tipo
volante no momento da apresentação do slide.
23
Slides extraídos da apresentação de Gloria Londoño Monroy.
Slide 43
Slide 45
Slide 44
60
5.1 Algumas observações relevantes
•A partir do slide de roteiro, obrigatoriamente, a numeração deverá aparecer em todos
os slides, ou seja, esse slide corresponderá ao número 2. Lembre-se de que o primeiro,
o slide de apresentação, é contado para efeito de numeração, mas jamais numerado.
•Jamais utilize mais do que um slide para o roteiro. É desnecessário! Em linhas gerais,
podemos considerar o conteúdo do slide de roteiro como sendo os capítulos de um
trabalho acadêmico.
•Na hora da explanação, seja objetivo na explicação do roteiro. Não é o momento de
detalhar absolutamente nada, apenas apresentar uma ideia geral do trabalho.
Portanto, não desperdice muito tempo. A não ser que, deliberadamente, essa seja a
intenção quando não se prepara realmente uma boa apresentação.
Slide 47
Slide 46
Slide 48
61
•Apresente todos os tópicos do roteiro de apresentação automaticamente de uma vez
ao invés de separados. Não é o caso de deixar transparecer que um elemento surpresa
possa aparecer.
•O título do slide de roteiro deve ser apenas ROTEIRO ou ROTEIRO DE
APRESENTAÇÃO. Evite ÍNDICE e jamais use SUMÁRIO. Pior ainda, quando se
coloca a numeração correspondente ao slide, como se fosse realmente um sumário.
Isso é aplicado exclusivamente à parte escrita do trabalho. Exemplos disso, são
apresentados nos Slides 49 e 50.
•Um erro crucial que vale ser mencionado é usar apenas letras maiúsculas para todo
o conteúdo do roteiro de apresentação. Veja o Slide 51.
O uso de letras maiúsculas em todo o conteúdo de um texto ou mensagem passa
a impressão de que o autor está zangado e gritando, ao invés de parecer destacar algo
Slide 51
Slide 49 Slide 50
62
como alguns pensam ou pretendem, além, obviamente, de dificultar a leitura, que
chega a ser irritante em alguns momentos. A mesma teoria se aplica aos slides.
Mas se esse é o seu caso, angustiado com toda a pressão do trabalho, ainda não
é chegado o momento de externar ou expor o seu sentimento. Não precisa gritar, pois
a apresentação está apenas começando. Lembre-se de que ainda irá fazer uso da
garganta e da voz no decorrer da apresentação.
63
O conteúdo de um slide pode ser texto, imagem, gráfico, tabela, diagrama, entre
outros, ou a combinação de um ou mais desses elementos, conforme discutiremos a
seguir.
Apontando um pouco mais de detalhes,
Basicamente, podemos afirmar que um slide é estruturado por três
elementos gráficos:
-Textos (textos curtos, frases, palavras-chave etc.).
-Imagens (fotos, ilustrações, gráficos etc.).
-Formas (marcadores, símbolos, caixas em diversos formatos
(retângulos, círculos etc.), linhas (fragmentada, contínua, pontilhada
etc.), sombras, transparências, etc.).
Vídeos, sons e recursos animados ou interativos não estão sendo
considerados como elementos gráficos, mas sim como
elementos/recursos audiovisuais. (OLIVEIRA, 2020, p. 9, grifo do
autor).
6.1 O título do slide
A preocupação com a formatação do título do slide de roteiro de apresentação,
como comentado anteriormente no capítulo 5, é pertinente porque todos os demais
títulos dos slides deverão ter o mesmo formato. Esse título precisa ser objetivo, claro e
não muito extenso. Pode aparecer apenas com a primeira ou com todas as letras em
maiúsculas; com ou sem negrito; à esquerda, centralizado ou à direita; com um
64
determinado estilo e tamanho de fonte; cor da fonte dependendo do plano de fundo;
e o conteúdo ser extremamente fiel ao que estava no slide de roteiro.
Um pormenor relevante é que a estrutura dos títulos necessita ser uniforme, ou
seja, o formato atribuído ao primeiro slide de título e conteúdo, no caso o do roteiro,
servirá de base e tem de ser estendido para todos os demais slides da apresentação.
Por exemplo, ao decidir usar o título ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO todo em letras
maiúsculas, em negrito, alinhado à esquerda, com a fonte Arial, tamanho 36, cor da
fonte preta, determinada altura e posição na parte superior do slide, todos os títulos
dos outros slides aparecerão nesse formato. Por conseguinte, necessita reter esse
padrão de estrutura, formatação e aparência ao longo de toda a apresentação. Isso
reforça a ideia de organização e facilita uma melhor leitura da apresentação por parte
da plateia. À vista disso, é indispensável comentar, mais uma vez, a necessidade de
utilizar o slide mestre para produzir essa uniformidade. Vejamos os slides a seguir
com um padrão de formatação de título de slide.
A presença de título nos slides algumas vezes é controvérsia. Existem os
defensores de que não se deve colocá-lo em todos os slides. Os mais radicais
recomendam usar apenas no primeiro. Outros, mais serenos, que não necessita repetir
o título naqueles casos referentes ao assunto com muitos slides. Por exemplo, uma
apresentação com dez slides com o título RESULTADOS. Diante disso, recomenda-se
usar apenas nos dois primeiros e deixar os outros sem título. Pensamos completamente
diferente e defendemos absolutamente o contrário.
Um slide jamais aparecerá sem um título. Isso precisa ser evitado, pois pode
comprometer a estética do slide. O título é uma forma de ser transparente e situar a
plateia durante a apresentação. Por exemplo, uma pessoa que chega atrasada à
Slide 52 Slide 53
65
apresentação, não sabe em que ponto ou qual a essência do slide que está sendo
exibido, caso não haja um título no slide. Vejamos exemplos.
Um erro muito comum relacionado aos títulos dos slides é que, durante a
exposição, há uma tendência de que o apresentador leia o título do slide sempre que
há uma transição de um assunto para outro. Isso não deve acontecer. Com o título no
slide, fica explícito quando se começa um novo assunto.
6.2 O uso de textos nos slides
É chegada a hora de começar a preparar os slides com o conteúdo da
apresentação propriamente dita. E, assim sendo, surgem as dúvidas de sempre: Por
onde começar? Quantas linhas e palavras por slide? Posso mesclar texto e imagem?
Devo usar todo o espaço destinado ao conteúdo do slide ou melhor dividir o conteúdo
em dois slides? etc.
6.2.1 Slides com muito texto
Uma das situações mais comum envolve o uso de slides apenas com texto. Mas
muito texto! E isso não tem que ocorrer ou pelo menos deve ser evitado. São muitos os
autores (OLIVEIRA, 2020; REATEGUI, 2020; ROMANI; TRAINA, 2009) que
preconizam que o excesso de texto nos slides estorva a apresentação. Isso porque
“Além de comprometer o visual da apresentação, tornando-o sem graça e cansativo,
Slide 54 Slide 55
66
você, orador, será obrigado a disputar a atenção da plateia, pois ao usar uma
quantidade grande de informações, seu público certamente tentará lê-las e
automaticamente não prestará atenção em sua fala.” (OLIVEIRA, 2020, p. 9).
Há quem defenda que o excesso de informações nos slides pode, por exemplo,
permitir que o espectador possa ter mais facilidade de entender o assunto, bem como
tempo para fazer as devidas anotações. Isso pode realmente acontecer numa palestra,
num curso ou numa aula, mas não numa apresentação de trabalho acadêmico. Existe
um tempo a ser cumprido e isso pode prejudicar o andamento dos slides bem como a
própria apresentação.
No entanto, existem situações em que isso pode ocorrer. Slides com textos
longos “só são bem-vindos se forem parte ativa da apresentação oral, como por
exemplo, em uma apresentação sobre literatura, onde é imprescindível a leitura de
trechos de obras, juntamente com a plateia, com a finalidade de provocar reflexões e
explicações sobre o tema.” (OLIVEIRA, 2020, p. 9).
Destarte, jamais sobrecarregue os seus slides com texto. Isso pode, literalmente,
sacrificar e deteriorar a sua apresentação. Lembre-se de que não é necessário colocar
nos slides tudo o que está contido no trabalho escrito, tampouco na íntegra o que
precisa falar ou explicar sobre o assunto. A própria estrutura de um slide já determina
que isso não tem que suceder. Além do mais, muitos dos detalhes estão contidos na
parte escrita do trabalho. Veja alguns exemplos.
Esses tipos de slides são exatamente o que não pode jamais acontecer. O excesso
de texto ou frases muito longas em um slide remete a uma poluição, de fato, literal,
sobrecarrega a apresentação e deve ser evitado. Isso muitas vezes ocorre pela
facilidade de copiar/colar os trechos do trabalho acadêmico no slide numa tentativa
Slide 56 Slide 57
67
de se evitar esquecer alguma coisa que é considerado importante na hora da
apresentação. Mas isso culmina transformando a apresentação em um ato entediante,
cansativo, desmotivante, enfadonho, angustiante, monótono e desinteressante e,
consequentemente, pouco atrativo. Ao contrário, transmite a impressão de algo
complexo e desorganizado.
O impacto desse cenário é que passa a impressão ou desconfiança de que a
grande quantidade de informação no slide é provocada pelo despreparo e
desconhecimento sobre o assunto, insegurança ou falta de tempo para se preparar.
Desse modo, preferiu arriscar-se com esse formato. Também pode caracterizar que não
teve tempo para se dedicar na elaboração dos slides, não sabe usar apropriadamente
os recursos existentes no programa, não teve a preocupação de pelo menos tentar
elaborar algo um pouco mais interessante, não estava interessado pela apresentação
ou que, de fato, é relapso. Em síntese, seus slides não merecem a atenção!
Ainda sobre o excesso de texto nos slides, o que temos observado ao longo de
todos esses anos é que o apresentador acaba sendo intimidado pela overdose de
palavras constantes nos slides. Desse modo, na incerteza de que se poderá lembrar de
todo o conteúdo ali exposto, acaba sendo naturalmente direcionado à tentação de ler
o contido nos slides. E é tudo o que, absolutamente, não pode acontecer. Jamais!
Ao optar pela decisão de ler, a impressão que passará é a de que é inseguro, não
se preparou adequadamente, não tem domínio do assunto ou não ensaiou o suficiente.
Tanto é assim que na reportagem da Revista Superinteressante sobre a ciência do slide
perfeito, uma das dez dicas dos maiores especialistas em PowerPoint sobre o assunto
foi a de que “Não repita para o público, em hipótese nenhuma, as frases que estão
escritas nos slides. Isso fará com que você seja ignorado.” (GARATTONI, 2009, p. 71).
Por outro lado, tampouco ignore os slides. Não faça de conta que não estão ali
ou que está cansado deles, já que teve tanto trabalho. E, por isso, fica todo o tempo de
costas. Esse não é o momento de externar essa crise de relacionamento. Os slides têm
a missão de guiar, orientar e facilitar a condução da apresentação. Por conseguinte,
devem ser apreciados e observados durante toda a apresentação.
6.2.2 Disposição de texto em tópicos e subtópicos
Ao preferir usar textos nos slides, seja por qual razão, reduza ao máximo a
quantidade, use frases pequenas e objetivas e organize as informações nos slides. O
ideal é utilizar o mínimo de texto possível. Uma das principais razões para decidir pelo
68
uso de textos é a circunstância de não se ter conhecimentos necessários para manusear
adequadamente os recursos disponíveis nos programas para preparar a apresentação.
Outras razões são:
Apesar da recomendação de uso de imagens para ilustrar sua fala, em
algumas situações isto pode não funcionar:
• quando você precisa apresentar uma citação direta;
• quando você necessita trazer um conceito formal definido por
determinado autor;
• quando o tópico em questão não for facilmente representável por
imagens.
Nestes casos, podemos recorrer aos recursos textuais, lembrando que
textos breves ajudarão o público a acompanhar sua fala sem
necessariamente aumentar a carga cognitiva irrelevante. O uso de
sequências de tópicos revelados um a também pode ajudar na
apresentação de cada ideia sem aumentar demasiadamente a carga
cognitiva irrelevante. (REATEGUI, 2020, p. 111).
Exemplificando melhor o contexto,
A dica é sempre usar texto corrido o mínimo possível. O texto deve ser
direto e curto - não precisa formar frases completas. A Figura a seguir
apresenta o mesmo conteúdo de duas formas: texto corrido e estrutura
de tópicos. No slide a esquerda, a audiência pode tentar ler o texto e
não conseguir prestar atenção ao que está sendo dito, desanimando e
perdendo o interesse. Já o slide a direita força a audiência a
acompanhar o que você estará falando.
Fonte: ROMANI; TRAINA, 2009, p. 29.
69
No cenário de optar realmente pela composição de apenas texto nos seus slides,
a forma ideal de distribuir as informações é organizá-las em estruturas de tópicos e
subtópicos para melhor representá-las. Tanto os tópicos quanto os subtópicos devem
conter frases com os elementos principais que servirão de base para a argumentação
do discurso e curtas, preferencialmente, com não mais que duas linhas, o que significa
que não se deva extrapolar esse número, mas forçosamente tentar não exceder.
Dessa maneira, as informações nos slides ficarão mais organizadas, seguirão
uma ordem coerente e lógica, que servirá de guia durante a apresentação, e conterão a
essência do que é mais interessante abordar sobre os assuntos. Seja conciso e
pragmático. O propósito é destacar as ideias principais e não os argumentos e
explicações, que serão complementados durante a exposição. Vejamos os Slides 5824 e
59.
Os tópicos e subtópicos serão identificados por marcadores distintos e poderão
ter o mesmo tamanho de fonte, ou a fonte do tópico será um pouco maior, mas não
mais que dois pontos, da do subtópico. Assim, “é importante criar uma boa estrutura
visual para o material apresentado, diferenciando títulos, subtítulos e textos por meio
de tamanhos/tipos de fonte marcadamente distintos.” (REATEGUI, 2020, p. 112).
Ademais, o subtópico é recuado com relação ao tópico, ficando o seu marcador abaixo
da primeira letra da primeira palavra do tópico correspondente, de forma a
caracterizar a estrutura. Outro detalhe significativo é utilizar apenas um nível de
subtópico. Dessa forma, além de esteticamente mais agradável, também facilita o
entendimento da plateia e a explanação do apresentador.
24
Slide modificado do trabalho acadêmico de Guilherme Santos Souza.
Slide 59
Slide 58
70
Os marcadores usados para reforçar a distinção de tópico e subtópico serão
padrão em todos os slides. Na verdade, “deve-se manter consistência na formatação
de elementos similares (títulos, subtítulos, marcadores, ...) ao longo de toda a
apresentação.” (REATEGUI, 2020, p. 112). É pertinente, preferencialmente, não usar
marcadores numéricos para não confundir com números ou com uma lista numerada.
Tampouco usar marcadores que tenham um símbolo já associado a algum significado.
Por exemplo, , que está associado à exclusão. Veja o exemplo do Slide 60.
Para não ter problemas com os formatos adotados, pode-se usar o slide mestre
para estandardizar os marcadores e os tamanhos das fontes dos tópicos e subtópicos,
assim como o recuo dos subtópicos.
Evite usar nos slides expressões como, por exemplo, na opinião de, segundo
fulano, de acordo com beltrano, desde o ponto de vista de sicrano e outras que
caracterizam uma citação, seja direta ou indireta. Priorize a citação indireta. Muito
provavelmente sentirá a necessidade de usar uma citação direta, como é o caso de citar
determinados parágrafos de uma lei, necessários para aclarar a explanação. Não é
proibida a citação direta, conforme discutimos anteriormente, apenas se tenta evitar o
excesso de texto nos tópicos.
6.2.3 Slides apenas com palavras-chave
Já foi aventado que não é recomendável o uso excessivo de textos nos slides.
Também que o uso de texto precisa ser usado com prudência. Outro formato que tem
de ser terminantemente preterido é o uso apenas de palavras-chave. Isso cria um certo
aspecto de adivinha: o que vou falar? Ou nos moldes das telenovelas brasileiras: cenas
Slide 60
Estrutura de tópico:
➢ Marcador;
Tamanho: 28.
Estrutura de subtópico:
✓ Marcador;
Tamanho: 26;
Recuado.
71
do próximo capítulo. Enfim, nem muito nem tão pouco. Veja os exemplos dos Slides
61 e 62.
A preocupação com esse tipo de estrutura reside na situação de que o
apresentador pode esquecer de comentar alguns aspectos relevantes para a
apresentação. De resto, pode se perder no tempo da apresentação, uma vez que ao não
se lembrar do que necessita comentar, acaba improvisando e pode prolongar mais do
que o necessário em determinada abordagem, excedendo ou prejudicando o tempo
disponível para a apresentação.
6.2.4 Quantidade de palavras por linha e linhas por slide
Diante do exposto, surge a pergunta: existe limite de linhas por slide? São várias
propostas que encontramos na Internet para responder a essa questão. Há opção de
limitar a apenas cinco linhas por slide; outras ficam entre seis e dez linhas por slide.
Em situações extremas, recomenda-se usar 12 linhas.
Quando o assunto é especificamente a quantidade de palavras por linhas,
consultando, mais uma vez a Internet, encontramos sugestões das famosas regrinhas,
que variam do 6 x 6: 6 linhas x 6 palavras, ou seja, um limite de seis linhas dispostas
nos slides e em cada linha não mais que seis palavras. Também há quem sugere a regra
do 7 x 7: sete linhas por sete palavras, 5 x 7: cinco linhas por sete palavras, 6 x 7: seis
linhas por sete palavras, 7 x 8: sete linhas por oito palavras e, em casos mais extremos,
7 x 10: sete linhas por dez palavras.
Slide 61 Slide 62
72
Claramente são sugestões para orientar no sentido de melhor organizar
esteticamente a apresentação. Mas existem uma série de detalhes por trás de todas
essas recomendações, seja pela fonte tipográfica usada, tamanho dessa fonte,
espaçamento e tamanho do slide, entre outros. Portanto, indubitavelmente, o bom
senso e a melhor distribuição determinarão a quantidade de linhas e palavras nos
slides.
Independentemente da quantidade de linhas e palavras no slide, tente
aproveitar o máximo possível a área destinada ao conteúdo, mas atente ao padrão que
está seguindo. Nada de diminuir tamanho de fonte, ajustar, apertar, mudar estrutura,
suprimir palavras ou abreviar palavras, enfim, para caber tudo no mesmo slide. Se não
couber as informações num slide e ficar faltando, por exemplo, apenas uma linha de
conteúdo, o correto é criar um novo slide, repetir o título e inserir o conteúdo da linha
nesse slide. Muito melhor que abarrotar tudo num único slide. Não se paga ainda pela
quantidade de slides numa apresentação realizada nas instituições públicas de ensino
superior. Talvez em breve! Veja o exemplo dessa situação nos Slides 63 e 6425.
6.2.5 Tamanho da fonte
Um cuidado especial ao usar apenas texto nos slides está relacionado ao
tamanho da fonte a ser usada para o conjunto de informações presentes no slide. Essa
atenção é marcante porque também tem implicação direta no produto final da
apresentação.
25
Slides adaptados da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega.
Slide 63 Slide 64
73
Consultando a Internet sobre o assunto, não existe um entendimento sobre os
tamanhos a serem usados. Isso é difícil de ser determinado porque envolve algumas
questões. Por exemplo, o estilo de fonte a ser usado, a escolha do tamanho do slide, o
tamanho do ambiente onde acontecerá a exposição, entre outras. Quanto maior o
espaço físico onde ocorrerá a apresentação, maior também será o tamanho da fonte a
ser usada nos slides para que todos os presentes no local possam visualizá-los
adequadamente de qualquer local.
Ainda sobre esse tema, encontramos na Internet sugestões de tamanho da fonte
para os títulos dos slides que variam desde 28 até 50. Já para o texto, o tamanho
recomendado oscila entre 20 a 36. De acordo com a nossa experiência ao longo dos
anos, sugerimos os tamanhos de 30 a 32 para os títulos e de 26 a 28 para o conteúdo
dos slides com apenas textos. Esses tamanhos não comprometem a visualização dos
slides, mesmo em lugares de tamanho mediano, que são, geralmente, os destinados às
apresentações no âmbito acadêmico.
Ainda que não exista um consenso sobre que tamanhos de fontes usar no slide,
é concordância absoluta de que tamanho da fonte muito pequeno, evidentemente, não
é recomendável, ou melhor, não deve ser usado para os slides que contêm apenas
textos. Isso, jamais!
Slide 65
32
28
18
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  • 1. DESMISTIFICANDO A CRIAÇÃO DE SLIDES ACADÊMICOS: O PASSO A PASSO FRANCISCO DE ASSIS DA COSTA SILVA
  • 2. FRANCISCO DE ASSIS DA COSTA SILVA Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a pa DESMISTIFICANDO A ELABORAÇÃO DE SLIDES ACADÊMICOS: O PASSO A PASSO Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a pa
  • 3. DIREITOS AUTORAIS Essa obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0) Você tem o direito de: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. De acordo com os termos seguintes: Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado. NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais. CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original. Termos da licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BR. Capa: Adaptada da imagem original de Dorothe (2021). Catalogação na fonte: Renata Santana CRB 15/689 - PB S586d Silva, Francisco de Assis da Costa Desmistificando a elaboração de slides acadêmicos: o passo a passo [recurso eletrônico] / Francisco de Assis da Costa Silva – Patos - PB: Edição do autor, 2020. Dados eletrônicos (1 arquivo: 7,5 MB) Livro eletrônico. Inclui bibliografia. ISBN e-book: 978-65-00-20959-4. 1. 1. Criação de slides. 2. Elaboração de slides. 3. Software de apresentação. 2. 4. Apresentação de slides. I. Título CDD 004 CDU 004  Disponível em: https://pixabay.com/pt/illustrations/capa-do-livro-vintage-5954318/.
  • 4. Com especial reconhecimento, externamos os nossos agradecimentos a duas mulheres incríveis: Prof.ª Dra. e advogada Sônia Correia Assis da Nóbrega e a universitária recém-aprovada Maria Regina Costa da Silva. Duas gerações, dois mundos, duas cabeças e duas histórias de vidas marcantes. O que têm em comum: a mais pura essência da representatividade feminina em sua mais nobre forma de ser. Muito obrigado pela força, pelo incentivo, pela revisão, pelas sugestões e por terem paciência nessa dura tarefa.
  • 5. “Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.” Leonardo Da Vinci.
  • 6. 8 INTRODUÇÃO 11 1 PROGRAMAS PARA CRIAÇÃO DE SLIDES 12 1.1 PowerPoint 16 1.2 Impress 17 1.3 Apresentações Google 19 1.4 Keynote 20 1.5 Prezi 22 1.6 Outros programas 23 2 O PLANEJAMENTO E O TEMPO DE APRESENTAÇÃO 25 2.1 O tempo de apresentação 27 2.2 Ensaiar é fundamental 30 3 O SLIDE MESTRE 34 3.1 Plano de fundo (Background) 36 3.1.1 Plano de fundo claro 39 3.1.2 Plano de fundo escuro 40 3.1.3 Plano de fundo com texturas 41 3.1.4 Plano de fundo com marca d´água 42 3.2 Estilo de fonte
  • 7. 44 3.3 Numeração automática de slides 50 4 O SLIDE DE APRESENTAÇÃO 52 4.1 Algumas observações relevantes 55 5 O ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO 60 5.1 Algumas observações relevantes 63 6 ESTRUTURANDO A APRESENTAÇÃO 63 6.1 O título do slide 65 6.2 O uso de textos nos slides 65 6.2.1 Slides com muito texto 67 6.2.2 Disposição de texto em tópicos e subtópicos 70 6.2.3 Slides apenas com palavras-chave 71 6.2.4 Quantidade de palavras por linha e linhas por slide 72 6.2.5 Tamanho da fonte 74 6.2.6 Pontuação 75 6.2.7 Espaçamento 77 6.2.8 Alinhamento 79 6.2.9 Destacar palavras ou textos 79 6.3 Ilustrações e tabelas 83 6.3.1 Imagens 88 6.3.2 Gráficos x Tabelas 90 6.4 Animações 96 6.5 Transição de slides 97 6.6 Vídeos e áudios 99 6.7 Citações 102 6.8 Referências 103 6.9 Erros de digitação, ortográficos e gramaticais 103 6.10 Obrigado! 109 7 RECOMENDAÇÕES GERAIS 114 REFERÊNCIAS 117 Slides de referência
  • 8. 8 Com a tecnologia disseminando-se mais e mais na área educacional, é de se esperar que o uso de software de apresentação para a criação e apresentação de trabalhos acadêmicos dos mais diversos tipos seja uma atividade frequente e intensiva. Esse tipo de programa torna essas ações mais simples, eficientes e agradáveis. É um processo irreversível e parece que estamos cada dia mais dependentes dessa situação. Os programas de apresentação oferecem cada vez mais recursos interessantes, atrativos e sofisticados para trabalhar com slides. E, diante de tantas possibilidades, vemo-nos gradativamente aguçados e interessados em utilizá-los. Desse modo, tornaram-se extremamente úteis e relevantes desde o ensino fundamental até o ensino superior em todos os níveis de formação acadêmica. Isso sem enumerar o uso em outras áreas como no mundo corporativo. Tudo isso ratifica a importância desse tipo de software no tocante à criação e elaboração de apresentações de modo geral. No âmbito universitário, as aulas, os seminários, as palestras, as reuniões técnicas, os workshops, as defesas de trabalhos de conclusão de curso, de dissertações de mestrado e de teses de doutorado são atividades que utilizam softwares de apresentação. Dessa maneira, podemos classificá-las em duas categorias: as que são ou as que não são partes de um sistema de avaliação. As apresentações preparadas pelo professor para as atividades em sala de aula, assim como as voltadas para palestras e workshops, por exemplo, não são passíveis de um procedimento avaliativo. Portanto, geralmente os autores têm uma maior flexibilidade para estruturar a apresentação e, muitas vezes, não são consideradas de boa qualidade, já que, por algumas razões, não foi possível criar uma apresentação convincente, seja por falta de tempo, de um bom domínio da ferramenta que se utilizou ou mesmo por falta de conhecimento de como elaborar uma apresentação aprazível.
  • 9. 9 Em contrapartida, existem as apresentações consideradas mais formais, tais como as desenvolvidas para as defesas de trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Em comum, todas têm a característica de serem integrantes de um processo avaliativo. Para mais, existe todo um procedimento envolvido e requer uma maior preocupação na estruturação da exposição. Ainda que os dois tipos de apresentações especificados tenham muito em comum estruturalmente, a essência, as preocupações e os objetivos são bem diferentes. Um dos grandes entraves em todo esse processo de criação de slides é porque diferentemente da parte escrita dos trabalhos acadêmicos que são normatizados através da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), não existe nenhuma norma que rege a elaboração das apresentações. Independentemente de não existir nenhuma normativa definida para as apresentações, há consenso geral e predomina também o bom senso sobre determinadas situações. Mas a verdade é que, embora tão frequente e essencial no entorno acadêmico, percebe-se uma grande dificuldade dos discentes tanto no manuseio dos programas como na elaboração e criação dos slides. Ademais, parece existir uma certa resistência sobre esse contexto, o que é de se estranhar, considerando essa necessidade ao longo da vida acadêmica, bem como até mesmo da profissional. Em princípio, a preparação de slides parece uma tarefa difícil ou complicada, sobretudo para quem não tem conhecimento e domínio sobre os softwares de apresentação. É uma tarefa desafiadora e como qualquer outra atividade, exige-se compromisso e dedicação. A preparação dessa obra faz parte das observações sentidas na prática docente ao longo de muitos anos de atividades nas disciplinas de Informática e Pesquisa Aplicada. O contato com os discentes trouxe à tona uma realidade evidente de dificuldade em todo esse contexto de trabalhar com slides. Soma-se a essa constatação a resistência de aprender e trabalhar com os programas de apresentação, embora a tecnologia esteja tão correntemente inserida em seus universos. A partir daí, então, surgiu a necessidade e a ideia de elaborar um material que ajudasse e abordasse essas questões, bem como servisse de orientação. O principal objetivo desse livro é, por conseguinte, apresentar, compartilhar e divulgar uma série de dicas, orientações, estratégias e observações consideradas extremamente úteis e que vão ajudar no trabalho de elaboração, criação e apresentação de slides. É uma espécie de guia que serve de base e orientação em todo esse processo. A ideia é auxiliar e direcionar o discente para que toda essa atividade se torne uma tarefa interessante, eficaz, agradável e também menos complexa e estressante. E o resultado final pode fazer uma significativa diferença por toda a extensão do ciclo
  • 10. 10 acadêmico. Essa produção está pensada inicialmente para os alunos de graduação, mas, seguramente, também servirá de alguma forma para os outros níveis, seja do ensino não universitário ou até mesmo para os de pós-graduação. Esperamos imensamente com esse trabalho, colaborar para que se possam produzir slides cada vez melhores e eficientes. Além do mais, que o processo de preparação, criação e apresentação de slides se torne uma experiência menos traumática e mais aprazível, assertiva e objetiva na trajetória universitária. Sem mais delongas, esperamos que desfrute desse livro e tenha muito êxito nas próximas aventuras pelo peculiar mundo das apresentações.
  • 11. 11 Uma pergunta recorrente sobre o tema das apresentações é: Qual o melhor programa para preparar uma apresentação? Não entraremos no mérito dessa questão, pois isso é extremamente complexo. Há muitas controvérsias e questionamentos quando se compararam determinados softwares. Dessa maneira, mereceria um capítulo à parte para se discutir. A ideia aqui não é determinar o melhor, mas divulgar alguns dos mais populares e utilizados aplicativos voltados para a área de apresentação disponíveis no mercado de software e outros ainda um pouco desconhecidos. Destarte, estaremos fugindo de clichês dominantes sobre esse tema, que prevalecem e induzem a pensar que somente existe o clássico e longevo programa da Microsoft, o PowerPoint, como software de apresentação. Quando pensamos em preparar uma apresentação, naturalmente nos vem à cabeça o nome PowerPoint, mesmo para aqueles que não conhecem ou sabem manuseá-lo. Esse domínio ou quase senso comum pela opção PowerPoint é consequência direta de que a grande e absoluta maioria de usuários teve acesso ao entorno computacional através dos produtos da empresa Microsoft, líder mundial na produção de software. Não adentraremos em detalhes sobre vantagens e desvantagens, prós e contras ou ensinaremos a usar qualquer programa. O propósito é propagandear alguns outros conhecidos softwares e apontar algumas de suas características. Assim sendo, os usuários de computadores saberão que há outras alternativas, alguns também de excelente qualidade para prepararem uma exposição. Podem ser aplicativos mais simples ou complexos; tradicionais que requerem instalação no computador ou apenas disponíveis on-line, ou seja, sem necessidade de baixar e instalar no computador; gratuitos ou que exigem algum tipo de pagamento para poder usá-los. Encontramos disponíveis no mercado de software uma variedade de programas que atendem aos
  • 12. 12 mais diversos tipos de usuários e necessidades e com uma vasta gama de material sobre esses softwares disponível na Internet. Uma observação procedente que fazemos é que no momento da necessidade de iniciar uma preparação, o programa mais indicado é aquele que o usuário possui mais familiaridade com a ferramenta. Não adianta de última hora sair migrando ou se encucando com comentários de que o melhor seria aquele ou outro programa. O ideal é usar o que dispõe, o que ofereça algumas funcionalidades e que atenda, de alguma forma, às suas necessidades para elaborar a apresentação. Mas se a questão é que carece preparar uma super ultra exposição, então a coisa ganha outra dimensão e prepare o bolso. Mas se futuramente decidir se aventurar e conhecer mais sobre esse mercado, seja bem-vindo a um seleto e interessante mundo na área de softwares de apresentação. E a Internet está à sua inteira disposição para ser navegada e explorada sobre o tema. Um detalhe considerável é que antes de decidir migrar totalmente para um determinado software, lembre-se de que isso demandará tempo para aprender a trabalhar com o programa e paciência para se situar na nova aplicação. Encontramos muito material disponível na Internet para consulta. No início, é normal se questionar se valerá a pena. Com o tempo, descobrirá que tudo foi somente uma questão de adaptação, até porque as novas versões de programas são sempre pensadas para tornar as ferramentas mais fáceis e interativas. 1.1 PowerPoint O mais popular, conhecido e utilizado software de apresentação é, sem nenhuma dúvida, o PowerPoint. Trata-se de uma das aplicações do pacote Office, que é uma suíte de aplicativos de escritório da empresa Microsoft. O programa é considerado um dos mais completos no mercado de software de apresentação. Além de muito afamado, de fato, é uma excelente opção na hora de preparar uma apresentação. Exibe uma interface interativa bastante intuitiva e um leque de recursos muito interessantes para a criação de apresentações sofisticadas e elaboradas. Para computadores pessoais, a última versão do PowerPoint foi lançada através do pacote Office 2019 e está disponível tanto para o ambiente Windows da Microsoft como para o macOS da Apple.
  • 13. 13 Figura 1 – Tela principal do Microsoft PowerPoint 2016. Fonte: Captura de tela do Microsoft PowerPoint 2016. Um detalhe super importante e, muitas vezes desconhecido do grande público, é que esse pacote de software é um software proprietário. Esse tipo de software tem a característica de que o usuário geralmente tem de pagar por uma licença de uso para poder instalá-lo e utilizá-lo em seu computador, pelo menos em vias normais e legais. Além disso, esse tipo de software, também chamado de software não livre, é aquele que “seu uso, redistribuição ou modificação é proibido, ou requer que você peça permissão, ou é restrito de tal forma que você não possa efetivamente fazê-lo livremente.” (FSF, 2019, on-line). Ademais, o custo pago pela licença, muitas vezes, é caro para o grande público e por isso este tipo de software geralmente é objeto de «cópia não autorizada de software1» ou mais comumente chamada de pirataria de software. A utilização de cópias não autorizadas de software é um fenômeno mundial que afeta tanto os países pobres quanto os das regiões mais ricas do planeta. 1 Usamos a expressão «cópia não autorizada de software» em concordância com a sugestão de Stallman (2004), que recomenda usar expressões neutras como "cópia proibida" ou "cópia não autorizada" de software ao invés de pirataria, se acha que a cópia ilegal não é o mesmo que sequestrar e assassinar.
  • 14. 14 Portanto, se tem esse programa instalado em seu computador e não pagou pela licença de uso, está usando uma cópia não autorizada de software e, sendo assim, está infringindo a lei. Moral da história: é um fora da Lei. Ademais dessa forma tradicional, o programa é vendido como parte integrante do Microsoft 3652, antigo Office 365, que é uma versão on-line por assinatura do conjunto de aplicativos do Microsoft Office. Em outras palavras, também tem de pagar para utilizar essa modalidade. Nesse caso, está disponível para ser usado tanto em computadores pessoais quanto em dispositivos móveis, smartphones ou tablets, com sistemas Windows, macOS, iOS e Android. Um comparativo entre essas duas versões do Microsoft Office, a tradicional e a on-line, pode ser encontrado no próprio site da empresa Microsoft3. Mas se não deseja ou não está em condições de pagar pelo uso de uma licença de software tampouco por um serviço de assinatura, a Microsoft oferece uma versão gratuita do Office, o Office Online, que pode ser acessada nos computadores pessoais por um navegador da Web. A única exigência é que para se ter acesso, o usuário tem de possuir ou criar uma conta do serviço de e-mail da Microsoft, por exemplo, @outlook ou @hotmail. Para usuários de dispositivos móveis, há a versão gratuita denominada Office Mobile, a qual está disponível para ambientes iOS e Android. Evidentemente, essas versões on-line, embora muito similares às outras, não propiciam ao usuário todos os recursos existentes nas versões pagas, que são completas. Ainda assim, são recursos suficientes para a preparação de determinadas apresentações. Mas deixando claro, para não criar falsas expectativas, dependendo da necessidade, menos elaboradas e sofisticadas. 2 Mais informações em: https://www.microsoft.com/pt-br/microsoft-365/what-is-microsoft-365. 3 Mais informações em: https://support.microsoft.com/pt-br/office/qual-%c3%a9-a-diferen%c3%a7a-entre-o- microsoft-365-e-o-office-2019-ed447ebf-6060-46f9-9e90-a239bd27eb96?ui=pt-br&rs=pt-br&ad=br.
  • 15. 15 Figura 2 – Tela principal do Microsoft PowerPoint on-line. Fonte: Captura de tela do Microsoft PowerPoint on-line. Frente ao exposto, quiçá a pergunta que não queira calar: vale a pena pagar pelo pacote Office da Microsoft? Vai depender, incontestavelmente, de uma série de considerações, mas será o seu bolso que lhe melhor responderá essa questão. Por outro lado, se é daqueles que usam uma cópia não autorizada de software, a questão passa a ser: continuará usando esse tipo de cópia de software e sendo um fora da Lei? Evidentemente que esperamos que não! Uma curiosidade intrigante é que existe outro produto on-line da Microsoft destinado à categoria de programas de apresentação de slides, o Microsoft Sway4. Ainda desconhecido do grande público, também integra a família de produtos do Office. É bastante similar ao PowerPoint. 4 Mais informações em: https://sway.office.com/.
  • 16. 16 1.2 Impress Outro programa bastante usado na área de software de apresentação em computadores pessoais é o Impress, que integra o pacote de aplicações LibreOffice5. Esse pacote é software livre e distribuído gratuitamente, através do site do projeto. Figura 3 – Tela principal do Impress. Fonte: Captura de tela do Impress. Um software, para ser considerado livre, deve ser distribuído de tal modo que o usuário tenha a liberdade de instalá-lo, utilizá-lo, copiá-lo, estudá-lo, modificá-lo, adaptá-lo, aperfeiçoá-lo e redistribuí-lo com ou sem modificações, cobrando ou gratuitamente. Também é requisito obrigatório que o código fonte do programa esteja disponível (STALLMAN, 2004). Os programas livres, normalmente, são distribuídos gratuitamente e, por conseguinte, ao contrário dos proprietários, não exigem o pagamento de uma licença de uso de software. A importância desses programas reside, sobretudo, em romper o monopólio que tinha o software não livre, especialmente o proprietário, em determinadas áreas 5 Mais informações em: https://pt-br.libreoffice.org/.
  • 17. 17 consideradas estratégicas para a disseminação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). O Impress apresenta uma interface amigável, simples e conhecida do grande público, especialmente para os usuários que já trabalharam com o PowerPoint em versões anteriores. É considerado uma das melhores alternativas frente ao PowerPoint. Pense nisso antes de usar cópias não autorizadas de software. Um detalhe importante sobre o pacote LibreOffice é que existem versões desse conjunto de aplicações para plataformas Linux, Windows e macOS. 1.3 Apresentações Google O Apresentações Google6, mais conhecido como Google Slides, é um programa on-line da empresa Google destinado à apresentação de slides. Ao longo dos anos, tem se tornado cada vez mais popular entre os usuários de computadores e dispositivos móveis. Figura 4 – Tela principal do Apresentações Google. Fonte: Captura de tela do Apresentações Google. 6 Mais informações em: https://www.google.com/intl/pt-BR/slides/about.
  • 18. 18 Para uso individual, o programa é completamente gratuito e a única exigência para se ter acesso à ferramenta é que se tenha uma conta eletrônica do Google. Além dessa opção, o programa também compõe o conjunto de produtos que formam o Google Workspace, anteriormente conhecido como G Suite, que é um pacote de serviços da empresa Google à disposição do mundo empresarial. Nesse caso, necessita-se adquirir um plano de assinatura mensal para ter acesso a todos os serviços. Naturalmente, como ocorrem com outros softwares, existem diferenças, embora não sejam tão significativas, entre as duas versões do programa. Encontram- se funcionalidades adicionais à versão paga, sobretudo relacionadas à integração de serviços entre as aplicações que compõe o Google Workspace. O programa pode ser acessado em computadores pessoais com sistemas Windows, macOS ou Chrome OS e acesso à Internet através dos mais conhecidos e usados navegadores web: Google Chrome, Mozilla Firefox, Microsoft Edge, Safari, entre outros. Também pode ser utilizado em dispositivos móveis com sistemas Android e iOS. Em tal caso, basta fazer o download gratuitamente do aplicativo. A interface do programa, do mesmo modo que as funcionalidades, são muito semelhantes às do PowerPoint, conforme se pode ver na imagem Figura 3, anteriormente exposta. E é justamente nesse ponto que a familiaridade com o programa da Microsoft contribui para a aceitação e consolidação desse software. O programa vem cada vez mais ganhando espaço no mundo das apresentações, considerando a praticidade de toda ferramenta on-line, que pode ser operada desde qualquer lugar. Além disso, é considerado interessante e articulado, sobretudo no aspecto de trabalho colaborativo. De outro ponto de vista, o PowerPoint, nas versões pagas, é considerado mais completo e oferece mais recursos que facilitam a criação de apresentações mais elaboradas e sofisticadas. As semelhanças entre os dois programas, Apresentações Google e PowerPoint, na versão on-line, são evidentes e isso só reforça a contenda para abocanhar um importante, crescente e essencial nicho do mercado tecnológico, que atinge desde o usuário convencional até o empresarial. Como pudemos observar, essa disputa Microsoft PowerPoint X Google Apresentações é recheada de detalhes e promete cada vez mais uma competição frenética e acirrada entre dois gigantes da tecnologia mundial. E quem sai ganhando com isso somos nós, usuários, que acabamos tendo serviços de qualidade gratuitamente. No entanto, esta qualidade gratuita seja muito relativa, considerando uma série de aspectos que existem por trás de toda essa benevolência. Como isso, não é objeto de discussão, pelo menos nesse momento, paramos por aqui e que faça uso da melhor forma possível de todos esses serviços.
  • 19. 19 1.4 Keynote Outra ferramenta disponível no mercado para trabalhar com slides é o Keynote da Apple. O programa integra o conjunto de aplicativos do iWork da empresa. Indubitavelmente, é uma alternativa aos programas do Microsoft Office. Figura 5 – Tela principal do Keynote on-line. Fonte: Captura de tela do Keynote on-line. Esse programa é distribuído gratuitamente em todos os computadores pessoais e dispositivos móveis da linha Apple. Também pode ser acessado on-line7, bastando para isso ter uma conta Apple (ID Apple). Em tal caso, segundo o próprio site de suporte da Apple8, os sistemas operacionais compatíveis para acessar o programa são: OS X 10.9 ou posterior e Windows 7 ou posterior. Quanto aos navegadores compatíveis, são: Safari 9.1.3 ou posterior no sistema macOS, Google Chrome nos sistemas macOS ou Windows e Microsoft Edge no ambiente Windows. E ainda adverte: talvez não funcione com outros navegadores. A versão on-line do programa oferece menos recursos que a outra versão disponibilizada para os sistemas da Apple. Contudo, de maneira geral, é considerado 7 Mais informações em: https://www.icloud.com/keynote. 8 Mais informações em: https://support.apple.com/pt-br/HT201484.
  • 20. 20 um bom programa, possui uma interface elaborada e intuitiva e oferece recursos importantes na hora de criar slides. Esse programa ainda é desconhecido do grande público de usuários de computadores pessoais porque durante anos esteve apenas, exclusivamente, disponível para computadores com sistema macOS e para dispositivos móveis com sistema iOS, ambos sistemas operacionais desenvolvidos pela Apple. À vista disso, acabou sendo usado unicamente por um grupo seleto de usuários de produtos da Apple. 1.5 Prezi Outra opção para a criação de slides disponível no mercado de software é o Prezi9 da Empresa de mesmo nome Prezi Inc. Trata-se também de um programa on- line para a criação e o trabalho com slides, mas com a característica de que pode ser usado igualmente sem Internet, ou seja, off-line. É um programa que tem se tornado gradativamente mais conhecido, pois é muito utilizado em palestras e conferências. Figura 6 – Tela do Prezi. Fonte: Captura de tela do Prezi. 9 Mais informações em: www.prezi.com.
  • 21. 21 O acesso ao software se dá através de um cadastro que o usuário pode efetivar no próprio site do programa. Existe tanto a versão gratuita como a paga. Notoriamente, esta oferece outros recursos além dos que já existem na versão gratuita. Em ambas as versões, o acesso é feito diretamente no site, usando computadores pessoais com sistemas Windows e macOS através de qualquer um dos navegadores web mais populares, pois o programa é compatível com a maioria deles. Há também versão para dispositivos móveis com sistemas Android e iOS. É uma interessante opção frente aos outros softwares de apresentação anteriormente expostos, considerando que apresenta uma interface gráfica, estrutura e metodologia de trabalho diferentes desses programas, que são em geral muito parecidos. Uma das características marcantes do Prezi é a possibilidade de preparar apresentações não lineares. O PowerPoint funciona de forma linear, ou seja, o usuário cria sua apresentação slide após slide. Cada slide tem um lugar fixo e não é possível ver o todo de sua ideia. Temos, portanto, de forma metaforizada, uma ideia de sucessão de fatos, mas não necessariamente de interligação dos mesmos. Claro que sabemos que essas interligações podem ser feitas por quem é responsável pelo processo formativo, [...]. Já as apresentações não lineares do Prezi permitem que o docente interligue as ideias em sua apresentação, mostrando o quadro geral e focando em pontos específicos. Além disso, é possível mudar completamente a ordem, de acordo com a reação e/ou participação das pessoas envolvidas no momento da interação. Portanto, o PowerPoint e o Prezi possuem níveis diferentes e graduados de interação (D’ÁGUA; SILVA, 2016, p. 162). Outro interessante recurso do programa é a possibilidade de permitir a execução de zoom sobre imagens ou textos. Dessa forma, pode-se aproximar ou afastar o elemento selecionado, evidenciando assim aspectos relevantes que se deseja enfatizar de forma mais consistente. Essa funcionalidade tornou-se tão destacável que a Microsoft decidiu incorporar a partir de 2016 esse recurso no PowerPoint.
  • 22. 22 1.6 Outros programas Se pensa que a lista é só isso, está muito enganado. Existem inúmeros aplicativos disponíveis no mercado para a elaboração de slides. A ideia não é ser exaustivo, mas apresentar rapidamente alguns desses programas. Sem entrar em detalhes, listamos a seguir outras ferramentas capazes de proporcionar um agradável e interessante trabalho na preparação de slides. Maiores informações sobre esses softwares podem ser encontradas na Internet, particularmente nos sites oficiais. Outros conhecidos, em ordem alfabética, são: Adobe Spark, authorSTREAM, Canva, CustomShow, Deckset, Emaze, FlowVella, Focuoftwaressky, Genially (também conhecido como Genial.ly), Haiku Deck, WPS Office, Knovio, Ludus, Piktochart, PowToon, PresentiaFX, RawShorts, Slidebean, SlideDog, SlideRocket, Slides, Swipe, Visme, WPS Presentation e Zoho Show.
  • 23. 23 Uma boa apresentação começa necessariamente com um bom planejamento da configuração dos slides. Nessa etapa, é sumamente pertinente estruturar e esboçar os tópicos que serão abordados. Para isso, obviamente, o trabalho acadêmico - o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), a dissertação de mestrado, a tese de doutorado ou mesmo o conteúdo de um artigo ou seminário - servirá de base para a preparação do material a ser apresentado. Essa etapa é de vital importância para uma apresentação de sucesso. Essa preocupação é ainda maior quando relacionada a uma avaliação para um processo seletivo, por exemplo, para o cargo de professor. Nessa fase, começam-se a definir, selecionar, priorizar, organizar e roteirizar as informações imprescindíveis e interessantes para a apresentação. Desse modo, evita desorientar-se na distribuição das informações nos slides. Ao enfatizar e se concentrar em determinados assuntos, corre-se o risco de não sobrar mais espaço para outros; alguns, inclusive, mais atrativos para o contexto da apresentação. Obviamente, uma considerável parte do conteúdo do trabalho acadêmico não comporá os slides, pois o objetivo de uma apresentação não é reproduzir todos os tópicos do trabalho acadêmico, mas sim sintetizá-los e destacar os aspectos mais significativos para compreender e reforçar o interesse pela temática. Por isso, é comum, por exemplo, perceber em determinadas apresentações que o autor procura deter-se mais nos resultados e na conclusão. A disposição e a relação e conexão entre as informações, fortalecendo uma linha de raciocínio, são fundamentais para que se tenha uma apresentação clara e objetiva sobre o que se deseja realmente transmitir. O cuidado aqui é não sair copiando e colando partes do conteúdo do trabalho acadêmico e embaralhar-se totalmente num amontoado de informações não essenciais, que acabam poluindo e dificultando na
  • 24. 24 hora da apresentação. Portanto, evite o excesso e, sobretudo, a embromação. Geralmente não funciona. O segredo, então, é ser prático e sem rodeios. Ao contrário do que se faz e pensa, destinar um tempo para a estruturação, organização e preparação de slides acaba sendo uma fase importante e crucial para o sucesso de uma apresentação. Costumo comentar com os alunos que o estresse que se passa por deixar para preparar a apresentação de última hora não compensa o tempo desperdiçado ao de não se dedicar à elaboração dos slides. Apresentamos a seguir um diagrama com um passo a passo para ajudar na organização de uma apresentação. Embora apresente alguns pontos que achamos não necessários e em linhas gerais não recomendamos, como a elaboração de slides com as referências, é uma ótima orientação no planejamento da exposição. Figura 7 – Diagrama para a estruturação de uma apresentação. Fonte: REATEGUI, 2020, p. 122.
  • 25. 25 Para exemplificar essa preocupação com a organização dos slides, reproduzimos parte de uma matéria publicada na revista Superinteressante relacionada a esse tema. Flórida, 2003. Após dois anos de problemas e adiamentos, o ônibus espacial Columbia finalmente é lançado com sucesso. Exceto por um detalhe quase imperceptível. Durante o lançamento, um pequeno pedaço de espuma se solta e acerta a asa esquerda do ônibus espacial. Preocupada, a Nasa monta um esquema de emergência para decidir rapidamente o que fazer. Os engenheiros estudam profundamente o caso, trocam centenas de e-mails e produzem um relatório a respeito. São 3 arquivos de PowerPoint, com as piores características que uma apresentação pode ter. Em vez de um texto lógico e ordenado, com começo, meio e fim, as ideias são picotadas num labirinto de bullets, gráficos e setinhas – cada slide tem nada menos do que 6 níveis de tópicos e subtópicos. As informações importantes (provas de que o Columbia corre perigo) estão lá, mas organizadas de forma contraditória. Como não conseguem chegar a uma conclusão, os diretores da Nasa resolvem não fazer nada. Doze dias depois, o ônibus espacial se desintegra ao entrar na atmosfera terrestre, matando os 7 astronautas a bordo. A comissão formada para investigar o caso aponta 3 causas para a tragédia. Danos na asa do Columbia, erros da Nasa e as benditas apresentações – isso porque, para fazer as ideias caber nos slides, os engenheiros usaram abreviações que mudaram ou enfraqueceram o sentido de algumas informações. “O uso endêmico do PowerPoint ilustra bem os problemas de comunicação da Nasa”, concluiu a investigação do governo dos EUA. (GARATTONI, 2009, p. 68, grifo nosso). 2.1 O tempo de apresentação Ao final do planejamento, o autor terá uma ideia aproximada de quantos slides necessitará para a apresentação do conteúdo do seu trabalho. A partir desse ponto, é começar a elaborá-los. Mas a dúvida sempre recai sobre a seguinte indagação: Precisa- se de quantos slides para a apresentação? Isso, depende, consideravelmente, do tempo que o autor terá para apresentá-los. Essa situação depende do tipo de trabalho acadêmico que será objeto da apresentação e pode, inclusive, variar de instituição para instituição. Portanto, outra questão chave em todo esse processo é o tempo que será disponibilizado para a apresentação.
  • 26. 26 O item tempo é, de fato, um importante elemento de preocupação e atenção. Sem embargo, infelizmente, não existe uma regra a ser seguida que funcione para todas as situações. Não existe um número ideal de slides a ser elaborados para uma determinada quantidade de tempo. Tudo depende do que se pretende expor e como foram organizados os slides. Assim sendo, a observação que fazemos é que é relevante que se tente cumprir o tempo estabelecido e previamente informado para a apresentação. Não se deve extrapolá-lo, mas tampouco negligenciar e utilizá-lo indevidamente. A ideia é aproveitá-lo suficientemente bem para consolidar a apresentação. Para a relação tempo/slide, encontramos na Internet uma tendência que recomenda a famosa regrinha de que, para cada slide, destina-se, em média, um minuto de apresentação. Há quem sugira uma relação entre 1 a 2 minutos por slide e até mesmo uma média de 3 minutos/slide. De fato, “uma preocupação frequente é definir quantos slides colocar na sua apresentação. Esse número depende da fluência e do modo que o apresentador os utiliza. Uma média inicial é prever um slide por minuto, desde que os slides ilustrem conceitos e não contenham longos textos.” (ROMANI; TRAINA, 2009, p. 31). Mas, como comentado no parágrafo anterior, isso não é preceito. Ao longo de oito anos atuando na disciplina Pesquisa Aplicada, pudemos observar que, para a defesa de projeto de monografia em que os alunos dispõem de 20 minutos para apresentá-lo, tivemos alunos que apresentaram de 10 a 35 slides. Não entraremos aqui no mérito das apresentações, mas de qualquer forma, em ambos os casos, as apresentações foram convincentes. À vista disso, o tempo de apresentação é informado para que se possa organizar e evitar justamente que se perca na quantidade de slides a ser preparado. Assim sendo, evitam-se apresentações que em determinado momento sentimos uma sensação de maratona, que tem de acabar o mais rápido possível, ou de marcha fúnebre, pois precisa-se aproveitar ao máximo esses últimos momentos. Tudo isso torna a apresentação cansativa, monótona e desinteressante. Esse tempo está determinado nas regras de funcionamento dos mais diversos cursos e instituições de ensino superior. O tempo médio, por exemplo, destinado a uma exposição de TCC é de aproximadamente 20 minutos. Já para o mestrado, é em torno de 30 a 40 minutos e para o doutorado, ao redor de 40 a 50 minutos. O que acontece se ultrapassar o tempo? Isso dependerá da banca e da situação. Dessa maneira, recomendamos que isso não ocorra. Evite apresentações longas, que, naturalmente, podem se tornar entediantes. Efetivamente,
  • 27. 27 É necessário adequar a apresentação para aproveitar bem os recursos e programar-se para cumprir o tempo corretamente. Descumprir o limite de tempo pode comprometer a apresentação, que pode ter que ser interrompida ou finalizada atropeladamente. É obrigação do apresentador se organizar para cumprir o tempo determinado, seja ele de 5, 10, 60 minutos ou mais, uma vez que a audiência também se planeja para assisti-la no tempo planejado. (ROMANI; TRAINA, 2009, p. 27). É considerável ressaltar que o fator tempo que estamos comentando em todo momento está diretamente relacionado tão somente ao de exposição do trabalho. Não confundir, por exemplo, com o tempo destinado às indagações, aos questionamentos, às discussões ou aos debates em outras situações tal como o concedido para que se responda às inquirições dos membros de uma banca de defesa de um trabalho acadêmico. 2.2 Ensaiar é fundamental Finalizada a etapa de elaboração dos slides, inicia-se a fase de atenção com a apresentação oral em si. Além de averiguar o tempo realmente necessário para fazer a apresentação, os ensaios servem como termômetro para sondar as possíveis dúvidas e erros, estudar e revisar os pontos mais relevantes e que necessitam ser melhor explorados e adquirir confiança, tranquilidade e domínio do conteúdo a ser explanado. Sem embrago, independentemente do tempo disponibilizado para a apresentação dos slides, a recomendação mais legítima é ensaiar, ensaiar, ensaiar e ensaiar para o ato da exposição. Uma recomendação infalível: jamais tente decorar a sua apresentação, afinal de contas não se está fazendo um teste para um canal televisivo. Inegavelmente, o mais importante para se saber se a apresentação ocupará o tempo que lhe foi dado é ensaiá-la. Ou seja, apresente antes para você mesmo, mas falando em voz alta e de preferência com um espelho à sua frente. Não adianta mentalizar a fala, pois isso nos engana com relação ao tempo, dicção e postura. Infelizmente, é muito comum as pessoas acharem que para se prepararem para uma apresentação basta olhar a sequência e imaginar o que falar. Essa abordagem leva a se errar ao medir o tempo e muitas
  • 28. 28 vezes também a se perder no que falar. (ROMANI; TRAINA, 2009, p. 31). O que geralmente se esquece ou sente dificuldade no ensaio, existe naturalmente uma grande possibilidade de também acontecer na apresentação. E, diante disso, só mesmo a ajuda divina. Por conseguinte, atravanca-se a exposição, serve-se de famosos vícios de linguagem e fica-se com a famosa cara do «ééééééé» ou «aí, aí, aí». E aí? Esse também é o momento dos últimos ajustes na apresentação, já que, diferentemente da parte escrita do trabalho, os slides não são submetidos previamente aos membros da banca. Também é a oportunidade de testar e sentir a apresentação, verificar se os recursos usados estão funcionando e detectar possíveis dificuldades que poderão surgir no ato da apresentação. Assim como os slides devem estar impecáveis na hora da exposição, a apresentação deverá ser extremamente convincente. E isso se consegue com muito, mas muito ensaio. Aqui vale a máxima da expressão popular: «a pressa é inimiga da perfeição», assim como também o improviso. Vivem em eterna crise e nunca se acertam. A prática, por sua vez, tem uma relação muito estreita e amorosa, quase conjugal, com a perfeição. O processo de ensaio, muitas vezes, é cansativo e monótono, mas deve acontecer. Comece lendo a sua apresentação. Em seguida, passe a fazer ensaios, vários, sozinho. Em seguida, se conseguir, obviamente, busque algum membro da família ou amigo para assistir a uma demonstração. Outra opção bastante utilizada hoje em dia, fruto do desenfreado avanço tecnológico cada vez mais presente em nossas vidas, é gravar os ensaios. E, nesse caso, prepare-se para talvez se assustar com o que está prestes a assistir. Mas não desista, pois conseguirá! É significativo tentar encontrar e ajustar em todos esses ensaios um tempo médio de apresentação quase ou similar ao disponibilizado para a apresentação. Mas lembre-se de que, muitas vezes, esse tempo dos ensaios pode ser muito diferente do tempo real em que será feita a exposição do trabalho. E isso ocorre, ocasionalmente, quando não se realiza essa etapa de ensaios com cuidado e atenção. Na prática, Uma apresentação de sucesso transmite a ideia do trabalho de forma clara, concisa, objetiva e dentro do prazo. Quem consegue explorar os recursos disponíveis nos softwares de apresentações pode valorizar ainda mais o trabalho. Preparar uma boa apresentação é tarefa trabalhosa e pode-se levar muito tempo para deixá-la interessante.
  • 29. 29 Mas, certamente, o esforço despendido vale a pena! (ROMANI; TRAINA, 2009, p. 27). A apresentação pode ser um diferencial na avaliação final. E como todo trabalho, como o próprio nome já determina, exigirá esforço, atenção, preparação, dedicação e muito, mas muito trabalho. Isso se quiser e acreditar que sempre poderá fazer melhor. Portanto, não desperdice a oportunidade de conquistar o seu espaço.
  • 30. 30 Um recurso extremamente importante, interessante e essencial na elaboração dos slides é o uso do slide mestre. Desconhecido de um grande número de usuários, esse slide serve de base para toda a apresentação. Possui a característica de uniformizar, padronizar e personalizar os slides de forma que o usuário não tenha de se preocupar com determinados detalhes ao longo do trabalho como por exemplo, alguns recursos de formatação - estilo de fonte, cor e tamanho da fonte, espaçamentos e alinhamentos – e também plano de fundo, numeração automática dos slides, entre outros. É uma espécie de slide principal. Na verdade, trata-se de “um slide com um conjunto específico de características que atuam como um modelo e é usado como o ponto inicial para criar outros slides. Estas características incluem plano de fundo de slides, objetos no plano de fundo, a formatação de qualquer texto usado, e quaisquer gráficos de plano de fundo.” (SCHOFIELD et al., 2016, p. 22). É fundamental que o primeiro passo na criação dos slides seja configurar o slide mestre. A partir daí, o processo de elaboração é muito mais simples e ágil, pois toda a formatação aplicada ao slide mestre servirá automaticamente como padrão para os slides que serão criados por toda a extensão da apresentação. Isso é primordial para a uniformidade dos slides e consequentemente da apresentação. A padronização de uma exposição é tão necessária que a presença desse recurso de slide mestre vem reforçar esse contexto. Mas vale destacar que existem situações em que a alteração deve ocorrer especificamente em um determinado slide e não no conjunto. Assim sendo, não é necessário alterar a configuração do slide mestre. Ao não acionar o slide mestre, o processo de formatação é manual e pode retardar a finalização do trabalho. Certamente, o tempo que gastará em todo esse
  • 31. 31 processo manual poderia ser melhor aproveitado se dedicasse a entender, aprender e usar o slide mestre. Pode-se configurar um slide mestre para a capa, também chamado de slide de apresentação, e outro para os demais slides que compõem a apresentação. Esses modelos podem ser exportados para outras apresentações. O usuário pode, por exemplo, criar seu próprio padrão e personalizar as suas apresentações. Desse modo, cada vez que iniciar a criação de uma apresentação poderá utilizar o modelo personalizado. A função do slide mestre no Impress do LibreOffice está localizada na Barra de menu Exibir. A seguir, exibimos a localização para ativar esse recurso bem como a janela de configuração do slide mestre, mostradas nas Figuras 8 e 9, respectivamente. Figura 8 – Barra de menu Exibir/opção Slide mestre do Impress. Fonte: Captura de tela do Impress.
  • 32. 32 Figura 9 – Tela de configuração do slide mestre do Impress. Fonte: Captura de tela do Impress. No PowerPoint da Microsoft, o slide mestre é encontrado na guia Exibir, no grupo Modos de exibição mestres. Nas Figuras a seguir, 10 e 11, respectivamente, exibimos a localização para ativar esse recurso bem como a janela de configuração do slide mestre.
  • 33. 33 Figura 10 – Guia Exibir/grupo Modos de exibição mestres/opção Slide mestre do PowerPoint. Fonte: Captura de tela do Microsoft PowerPoint 2016. Figura 11 – Tela de configuração do slide mestre do PowerPoint. Fonte: Captura de tela do Microsoft PowerPoint 2016.
  • 34. 34 Três dos elementos principais que devem ser configurados essencialmente no slide mestre são: o plano de fundo, o estilo de fonte a ser utilizado no decorrer da apresentação e a numeração automática dos slides. 3.1 Plano de fundo (Background) Um ponto chave e determinante na elaboração de uma apresentação é que modelo de design ou plano de fundo, também conhecido como background, usar na elaboração dos slides. Ainda que essa decisão possa ser tomada em qualquer fase do projeto de criação dos slides, é interessante estabelecer o quanto antes, pois isso pode afetar o resultado final da apresentação. A seleção do design ou plano fundo de tela é importante porque servirá de base para toda a apresentação. Essa uniformidade é interessante para não confundir a plateia e transmite um aspecto de organização e profissionalismo. Esse detalhe consegue fazer uma diferença significativa no contexto da apresentação. Alguns cuidados e detalhes, ao escolher determinado modelo ou plano de fundo, são capazes de produzir resultados excelentes. O ideal é que tal modelo seja configurado diretamente no slide mestre. Pode-se optar por um design de slide preexistente ou um tema predefinido disponível no programa, produzir o seu próprio modelo de slide, formatar e usar um plano de fundo de cor única, importar um modelo de apresentação ou buscar um modelo, gratuito ou mesmo de pagamento à disposição na Internet. Ao eleger essa última opção, observe que há uma expressiva quantidade de modelos na rede, sobretudo, pensados para o ambiente corporativo. Atente que esses modelos incorporam outros elementos não interessantes para apresentações voltadas para o mundo acadêmico. Para criar uma apresentação interessante, não precisa ser um especialista no programa objeto da tarefa mas deve-se saber utilizar alguns recursos da ferramenta necessários para gerar uma boa apresentação. Produzir seu próprio modelo, além de personalizar a sua apresentação, é uma oportunidade de fugir dos designs já tão conhecidos e usados por usuários de determinados programas. Seja audacioso e criativo. Isso será um diferencial. O background não precisa ser o elemento principal do slide, quer dizer, é apenas um elemento complementar para todo o conteúdo. Assim sendo, não tem de ser chamativo para não comprometer a apresentação e dificultar a visualização das
  • 35. 35 informações nos slides. É importante selecionar corretamente a cor da fonte que será usada para apresentar o conteúdo dos slides. Essa cor precisa contrastar com a do plano de fundo usado. Dessa maneira, facilitará a visibilidade do conteúdo do slide tanto para o autor como para a plateia. Aqui também há a preocupação com a uniformidade das cores ao longo de todos os outros slides. Um detalhe relevante na hora de decidir sobre o plano de fundo está relacionado à iluminação e ao tamanho do ambiente em que será apresentado o trabalho. Por isso, é importante o contraste das cores dos elementos que compõem o slide com a cor do plano de fundo. Entender e aplicar corretamente o jogo das cores nesse contexto amiúde é um desafio. Assim sendo, na dúvida, opte pela tradicional e costumeira combinação, inclusive sugerida por Lane (2010), consultor de apresentações, especializado em teoria de comunicação visualmente interativa: cor da fonte da letra bege clara ou branca deve-se usar plano de fundo escuro. Para a fonte preta ou muito escura, use plano de fundo claro. Desse modo, o resultado final é que os slides terão uma aparência mais profissional. Não obstante, existem combinações desastrosas que precisam irremediavelmente ser evitadas. Nesse sentido, ainda de acordo com a opinião de Lane (2010, on-line), Submeter seu público a uma combinação de azuis e vermelhos brilhantes é uma prática horrível e, infelizmente, isso acontece com muita frequência. O mesmo acontece quando se misturam as cores vermelha e verde. O esquema de cores vermelho e verde também resvala o problema do daltonismo, que afeta, aproximadamente, 7% dos homens e 1% das mulheres. A incapacidade de diferenciar entre as cores vermelha e verde é a forma mais comum de daltonismo. Por exemplo, suponha que você inclua texto verde em um fundo vermelho, [...]. Se o sombreamento da cor do texto (a quantidade de escuridão) contrasta mal com o sombreamento da cor do fundo, alguns leitores não serão capazes de ler o texto de forma alguma. Para evitar esses problemas, essas duas cores nunca devem ser misturadas, especialmente, ao combinar texto e plano de fundo (tradução nossa).
  • 36. 36 3.1.1 Plano de fundo claro O plano de fundo branco é, sem nenhuma dúvida, um dos mais utilizados nas apresentações. Isso reforça que as cores claras, especialmente a branca, são realmente interessantes na hora de priorizar o plano de fundo a ser usado na apresentação. Existem diversas combinações possíveis que podem ser usadas, mas a opção plano de fundo branco com a fonte de letra preta é, seguramente, uma das melhores e mais usadas. É o curinga perfeito quando se está em dúvida pela seleção de cores. Essa conjunção, por exemplo, é ideal para ambientes não muito espaçosos, pois facilita a visualização da projeção, sobretudo de quem está mais distante do apresentador. Apresentamos a seguir alguns modelos apropriados com plano de fundo branco com a fonte de letra preta. É importante aclarar que os slides que utilizaremos nos exemplos são baseados, na sua grande maioria, nos modelos apresentados pelos alunos. Quando necessário, serão dados os devidos créditos. Slide 2 Slide 1
  • 37. 37 Alguns designs não são indicados porque o elemento gráfico ocupa uma significativa área do slide, diminuindo o espaço destinado à informação. Vejamos os exemplos a seguir. Slide 3 Slide 4 Slide 5
  • 38. 38 Outros por terem realmente um layout desinteressante. Vejamos alguns. Aqui observamos homenagens ao período de alfabetização e letreiros de beira de estrada. Mas a apresentação não é para esses momentos nostálgicos. Por conseguinte, descarte esses modelos. Outra observação que fazemos ao usar o plano de fundo branco numa apresentação é que sobre o fundo exista algum elemento gráfico para melhor destacar os elementos que compõem a apresentação. Por exemplo, jamais apareça com uma apresentação com o background exclusivamente branco. Esse design é extremamente enfadonho, monótono e cansativo. Para mais, passa a impressão de que desconhece os recursos disponíveis no programa que usou para a elaboração da exposição, não se preocupou ou não teve tempo de preparar a apresentação ou mesmo que é relapso, o que, geralmente, quando acontece, é verdade. Slide 8 Slide 6 Slide 7
  • 39. 39 3.1.2 Plano de fundo escuro Uma opção adicional é associar texto com a cor da fonte clara ou branca com plano de fundo escuro. Aqui, destaca-se o tão questionável, odiado e antipatizado fundo totalmente preto com o texto na cor branca. Essa relação de amor e ódio com essa combinação é crítica. Entretanto, é uma associação perfeita, funcional, sofisticada e considerada um pouco mais formal. Nessa situação, não necessita de nenhum elemento gráfico para ser adicionado, já que a própria cor do plano de fundo já é destacável. Mas tenha cautela ao preferir usar esse design. O plano de fundo deve ter uma tonalidade escura e não qualquer outra variação. Vejamos alguns modelos desinteressantes. Slide 9 Slide 10
  • 40. 40 O azul aconselhável é o azul-escuro e não essa variação. Com esse azul, não se chegará ao céu. Consciente dessa situação e de que os slides não estão bons, já está se antecipando em fazer uma própria mensagem de condolências com plano de fundo cinza fúnebre. Evite também modelos com elementos gráficos dispersos nos slides, independentemente do plano de fundo. Assim sendo, esses elementos tampouco são indicados porque o elemento gráfico limita ou ocupa uma significativa área do slide, diminuindo o espaço destinado à informação. Não se deve invadir a área gráfica de um modelo de slide. 3.1.3 Plano de fundo com texturas Algumas críticas relacionadas ao uso de plano de fundo com texturas seguem a linha de que “a utilização de texturas de fundo dificulta a leitura e torna imprevisível a legibilidade do texto no momento da projeção, considerando que, muitas vezes, Slide 11 ti idades práticas presentação do hard are do microcomputador. so dos programas inux ducacional, i re ffice riter , ompris, geograph , ux ath, o illa irefox e jogos. Slide 12 Slide 13 Slide 14
  • 41. 41 desconhecemos a qualidade/definição do projetor onde faremos nossa apresentação, a tela de projeção, etc;” R I, 2020, p. 112 . Mesmo entendendo a problemática, podemos dizer que temos encontrado um plano de fundo com textura nas apresentações e a experiência tem sido algo bastante positiva. Esse modelo, apresentamos a seguir. 3.1.4 Plano de fundo com marca d´água utra ponderação alorosa é que jamais use marca d’água nos slides. Isso pode dificultar a visualização e leitura do conteúdo dos slides, o que seria desastroso. Ademais, torna-se cansativo para a plateia. Essa situação é distinta, por exemplo, do que ocorre no mundo corporativo, onde usar o logotipo da empresa como marca d’água é uma prática comum e questão de personali ação. O importante não é a beleza do slide, já que é apenas um complemento para facilitar a exposição. Seja objetivo! A simplicidade nesse caso é extremamente recomendável. Aqui vale a máxima da famosa frase atribuída a Leonardo da Vinci: «A simplicidade é a máxima sofisticação». Ademais, caso use uma imagem que não seja do arquivo pessoal, deve-se obrigatoriamente fazer a devida citação para evitar problemas de direitos autorais. Esse tema será abordado posteriormente no capítulo 6 em maiores detalhes. Slide 15
  • 42. 42 Para demonstrar a pro lemática do uso de marca d’água nos slides, decidimos exibir dois exemplos a seguir, Slides 1610 e 1711, que reforçam a argumentação da temática em discussão. Os modelos mostrados não foram utilizados pelos alunos. As imagens originais não continham informações sobre as respectivas fontes e, por isso, não as usamos. Desse modo, decidimos buscar imagens parecidas e com o mesmo conteúdo para exemplificar os modelos apresentados pelos discentes. As imagens expostas foram modificadas das originais extraídas do site Pixabay12, que é um banco de imagens gratuito e livre. Apesar de no site mencionar: «Atribuição não requerida», aproveitamos para comentar a necessidade de sempre atribuir os respectivos créditos. Entendemos que, por uma questão de respeito e de direitos autorais, é preciso continuamente citar os autores das imagens. 3.2 Estilo de fonte Uma boa apresentação começa também pela escolha de uma fonte agradável para representar e visualizar as informações que serão expostas. Assim como existe o cuidado em relação a que fonte se deve usar para facilitar a leitura do trabalho escrito, a mesma preocupação se aplica na hora de definir que fonte utilizar para a elaboração dos slides. A fonte selecionada tem de garantir uma boa visibilidade das informações projetadas e, consequentemente, facilitar a leitura por parte da plateia. É fundamental que a fonte a ser usada em todos os slides deva ser configurada diretamente no slide mestre. 10 Fonte: Adaptada da imagem original de Miroslaw Kolaczynski (2018). Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/gato-felino-animal-de-estima%C3%A7%C3%A3o-3504008/. Acesso em: 31 mar. 2021. 11 Fonte: Adaptada da imagem original de Jean-Pierre Duretz (2012). Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/cavalos-natureza-gr%C3%A1tis-animal-2031089/. Acesso em: 31 mar. 2021. 12 Mais informações em: https://pixabay.com/pt/. Slide 16 Slide 17
  • 43. 43 Similarmente, servindo-se do mesmo critério usado para a parte escrita do trabalho, a fonte selecionada será a única utilizada em toda a extensão dos slides. A ideia é mesmo padronizar a fonte para todos os slides que compõem a apresentação. Há quem defenda colocar tipografias distintas para o título e o conteúdo dos slides. É adequado “utili ar uma única fonte na apresentação, tal e duas para diferenciar títulos de outros textos.” R I, 2020, p. 112). Mas não aconselhamos. Não se devem mesclar fontes diferentes numa mesma apresentação, assim como acontece num trabalho escrito. Isso reforça a ideia de organização e integração entre as partes dos slides. Com relação à tipografia das fontes, existe o modelo de fonte com serifa, tam ém conhecida como serifada, que é “aquela com pequenos traços e prolongamentos nas hastes, que facilita a legibilidade, como ocorre em fontes como a Times New Roman, comumente utili ada em tra alhos acadêmicos.” SI N ; OLIVEIRA; BRAGA, 2020, p. 282). Algumas das mais conhecidas fontes com serifa são: Times New Roman, Garamond, Liberation Serif, Georgia, Century e Courier New. São usadas, especialmente, para textos impressos como: teses, dissertações, artigos científicos, trabalhos acadêmicos, livros, revistas e jornais. Em contrapartida, não são atraentes para serem exibidas em projeções de tela. De outra forma, existem as fontes sem serifa, também designadas de Sans-Serif em francês, ou seja, sem os pequenos traços nas hastes. Algumas das mais conhecidas fontes sem serifa são: Arial, Calibri, Liberation Sans, Tahoma, Verdana e Helvetica. São recomendadas e bem aceitas para projeções em telas porque facilitam a visualização das informações. São muito populares e usadas na Internet. Se praticamente existe um consenso de que para a parte escrita de um trabalho acadêmico a fonte mais recomendável é a Times New Roman, o mesmo acontece para a fonte a ser usada na elaboração de slides. Nesse caso, a indicada é a Arial. Mas nada impede que se faça a opção por outra fonte, desde que seja sem serifa. Vejamos a seguir um exemplo utilizando estilos de fontes com e sem serifa. Os slides apresentados têm a mesma estrutura, o mesmo tamanho de fonte e o mesmo conteúdo. Diferem somente no estilo de fonte. O Slide 18 utiliza a fonte Arial, sem serifa, e o 1913, a fonte Times New Roman, com serifa. 13 Slides adaptados da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega.
  • 44. 44 Vale evidenciar que existem muitas outras fontes disponíveis nas ferramentas que, dependendo da situação, podem ser usadas nas apresentações. Algumas, inclusive, consideradas muito sofisticadas. Mas muito cuidado ao usar esse tipo de fonte numa apresentação. Alguns problemas relacionados a esses tipos considerados sofisticados é que, diferentemente, dos tipos mais tradicionais de tipografia, podem não estar disponíveis no computador que será usado na apresentação e lhe causar problemas de configuração da fonte. O resultado pode não ser o esperado. Além do mais, esse tipo de fonte costuma ter aspectos extravagantes ou excesso de detalhes que podem dificultar a visualização das informações projetadas. Não se preocupe com a aparência, sofisticação ou elegância que transmite a fonte, mas sim com a clareza e funcionalidade. Nesse caso, pode optar seguramente pelos estilos tradicionais e comuns. Na dúvida, opte sempre pela simplicidade. E o estilo Arial atende a todos esses requisitos. 3.3 Numeração automática de slides Uma informação que precisa aparecer nos slides, obrigatoriamente, diz respeito à numeração. Todos os slides devem ser numerados, exceto o slide de apresentação, muitas vezes também chamado de capa da apresentação. Esse slide é contado para efeito de totalização do número de slides, mas não é numerado. A ideia de usar a numeração de slides é a mesma do sumário da parte escrita do trabalho. É uma forma de facilitar o acesso à informação mais rapidamente. Slide 19 Slide 18
  • 45. 45 A numeração é importante para administrar o tempo e determinar a percepção do ritmo da apresentação: dependendo da quantidade de slides que falta para encerrar a exposição, precisa-se acelerar ou moderar para se ajustar ao tempo, para guiar as perguntas do pessoal da banca ou da plateia, referindo-se diretamente ao número do slide que deseja maiores esclarecimentos ou explicações, para os espectadores atrasados, já que evidencia o quanto da apresentação já se perdeu e, em algumas ocasiões, servem de alerta para que os próximos a apresentarem comecem a se preparar psicologicamente. Para os mais espontâneos, somente mais uma apresentação. Para os dramáticos de carteirinha, o início de uma tortura e a preparação para o embate. A numeração dos slides tem de ser feita de forma automática. Esse processo necessita ser configurado diretamente no slide mestre para que o padrão seja aplicado em todos os slides diretamente. O formato mais utilizado de numeração é o de «X/Y», quer dizer, X é o slide atual e mostrado na tela e Y, o total de slides da apresentação. Outro formato usado é «slide X de Y». Outros preferem apenas o formato X, que é a exibição apenas do número do slide sem mostrar o total de slides. Considerando os recursos existentes nas ferramentas, esse modelo deve ser descartado. Inserir a numeração automática nos slides é uma atividade fácil e disponível em todos os softwares de apresentação. Mas, para funcionar adequadamente, precisa estar ajustada no slide mestre. Vejamos os exemplos. Slide 20 Slide 21
  • 46. 46 Para se usar o formato X/Y de forma automática, existem alguns detalhes que devemos aclarar. O Impress do LibreOffice faz isso automaticamente através do slide mestre, inserindo dois campos: «Número do slide/Total de slides». Apenas separe os dois campos com uma barra (/). Slide 22
  • 47. 47 Figura 12 – Localização dos campos Número do slide/Total de slides no Impress do LibreOffice. Fonte: Captura de tela do Impress. No PowerPoint, esse processo também deve ser feito no slide mestre, mas o programa não oferece a possibilidade de inserir o número total de slides automaticamente como no Impress. Assim, essa informação precisa ser colocada manualmente.
  • 48. 48 Figura 13 – Configuração da numeração no slide mestre no PowerPoint da Microsoft. Fonte: Captura de tela do Microsoft PowerPoint 2016. No exemplo apresentado, o campo «nº» corresponde ao número do slide sendo exibido na tela e /25 é o que se precisa adicionar manualmente. Assim sendo, a apresentação teria 25 slides no total. Uma preocupação existente é que, caso haja mudança no total de slides, essa informação tem de ser atualizada no slide mestre e a numeração ser reinserida para aparecer a nova quantidade de slides. Por isso, é aconselhável que esse processo de numeração somente ocorra no final da elaboração da apresentação. Essa precaução não existe no Impress, pois, como todo o processo é automático e realizado através de campos, uma vez que haja mudança no número total de slides, o programa automaticamente realiza a atualização. Mas não se preocupe com tantos detalhes. Todo esse processo apresentado para esses dois programas é facilmente encontrado em sites e vídeos disponíveis na Internet, que ensinam o passo a passo de como inserir a numeração de slides através do slide mestre. Por outro lado, jamais faça esse processo manual e individualmente para cada slide. Geralmente quando não se sabe usar o slide mestre, a opção mais prática é inserir a numeração através de uma caixa de texto. Isso não é aconselhável porque algumas vezes a caixa se desloca na passagem de um slide para outro e fica perceptível que não se está usando o processo automático. Além de que, muitas vezes, altera-se a quantidade de slides da apresentação e isso exigirá a atualização em cada slide, o que
  • 49. 49 tem de ser feito manualmente. Pior ainda quando se esquece de atualizar um dos slides e aparece na apresentação algo do tipo: 27/26, o que é um erro inadmissível. A fonte a ser usada na numeração é a mesma utilizada para toda a apresentação e configurada também no slide mestre. O tamanho recomendado para a exibição da numeração é de 18 a 20 e deve, preferencialmente, estar em negrito. A numeração dos slides normalmente aparece na margem direita inferior do slide, mas, dependendo do modelo de design selecionado, pode também ser exibido em outras partes dos slides. Vejamos alguns exemplos. Slide 23 20 Slide 24 Slide 25
  • 50. 50 Para começar... O primeiro slide, obrigatoriamente, deve ser o slide de apresentação, também reportado em algumas situações como capa. Esse slide é como se fosse o seu cartão de apresentação. Por conseguinte, já tem que transmitir um pouco do que será a sua exposição. Um slide bem organizado, estruturado, objetivo e aprazível despertará a curiosidade e o interesse da plateia. Além do mais, se na nossa cultura popular «a primeira impressão é a que fica», no provérbio norte-americano, «você nunca tem uma segunda chance de causar uma primeira impressão14» (DOYLE; MIEDER; SHAPIRO, 2012). A abertura de sua apresentação é um momento importante no qual você tem toda a atenção do público. Se souber utilizar este momento adequadamente, você poderá manter a atenção dos ouvintes por toda sua exposição oral. O primeiro slide da apresentação, aqui chamado de capa, traz suas credenciais e é o slide que normalmente fica exposto até que você inicie efetivamente sua fala. (REATEGUI, 2020, 104). O slide de apresentação precisa conter um cabeçalho institucional com o nome da instituição e departamento, entre outras informações institucionais, o título da apresentação, o nome do discente e, em alguns casos, do orientador e do coorientador. Também se coloca, geralmente, a cidade e a data da apresentação. 14 You never get a second chance to make a first impression.
  • 51. 51 Naturalmente, ao iniciar a criação dos slides, o programa já disponibiliza como primeiro layout de slide o de apresentação para começar a inserir as informações. Usando o slide mestre, pode-se transformar esse slide de apresentação no padrão para todas as outras apresentações. O formato do slide de apresentação é livre e vale a criatividade do autor para organizar, estruturar e apresentar as informações da melhor forma possível, de forma que fique agradável e interessante na hora da apresentação. Apresentamos a seguir alguns modelos básicos, simples, interessantes e criativos que ilustram o formato do slide de apresentação No Slide 26 percebe-se que o cabeçalho institucional está centralizado no slide. Já no 27, com o aparecimento do logotipo da instituição, recomendamos que o cabeçalho seja alinhado à esquerda, passando a ideia de que é uma única estrutura. Mas podemos ousar e ser mais criativos, conforme se observa nos modelos de Slides 2815 e 2916 a seguir. 15 Slide extraído da apresentação de Gloria Londoño Monroy. 16 Slide extraído da apresentação de Mariella Adrián García. Slide 27 Slide 26
  • 52. 52 É importante esclarecer que estamos exemplificando modelos de estruturas de organização do slide de apresentação. Nos exemplos acima, Slides 28 e 29, não sugerimos a configuração do roteiro de apresentação juntamente com as informações pertinentes ao slide de apresentação. Por se tratarem de assuntos distintos, aconselhamos apresentá-los em slides também diferentes, ou seja, um slide para a capa e outro separado e único para o roteiro, que seria o slide seguinte ao de apresentação. 4.1 Algumas observações relevantes •Recomendamos o título do trabalho em maiúsculas e negrito. No caso de o título ocupar mais de três linhas sugerimos a escrita normal da língua portuguesa, ou seja, apenas a primeira letra maiúscula e as demais minúsculas. •A contagem dos slides da apresentação, para efeito de numeração, começa a partir do primeiro, mas este jamais será numerado. •Nas situações em que aparece a identificação do orientador, o nome do aluno vem sempre acima. Lembre-se: o trabalho foi executado pelo aluno sob a orientação do professor. •Segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a escrita correta é coorientador e não mais co-orientador. •A redução da palavra Professor é apenas Prof. e não Prof.º. Para Professora, existe alguma controvérsia. Encontramos algumas citações e recomendações em manuais de redação disponíveis na rede como: Profª., Profª, Prof.ª e Profa. No entanto, segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP)17, a forma correta 17 Mais informações em: https://www.academia.org.br/nossa-lingua/reducoes. Slide 29 Slide 28
  • 53. 53 é Prof.ª ou prof.ª. Já para a palavra Doutora: D.ra, Dr.a e Dra. Portanto, para citar uma professora doutora, recomendamos usar a redução Prof.ª Dra. Contudo, a mais amplamente utilizada no meio acadêmico é: Profa. Dra., embora essa opção não conste no VOLP. •Na escrita da data, os nomes dos meses devem ser escritos em minúscula. Por exemplo, o correto é maio e não Maio. Já na língua inglesa, esses precisam ser sempre escritos iniciando em maiúsculas: May e não may. •Em alguns modelos disponibilizados ao alunado como roteiro, os professores colocam a palavra Aluno(a). Na elaboração final do trabalho, o discente repete a estrutura e acaba, muitas vezes, sendo motivo de chacota: «Professor, ele deixou assim porque tem dúvidas sobre a sua identidade de gênero». Não entrando na discussão de designação de gênero, é oportuno explicitar apenas a opção: Aluno, Aluna ou mesmo usar uma palavra mais neutral como discente. Alguns chegam a usar graduando. Apresentamos a seguir um modelo de slide, Slide 3018, contendo um resumo das orientações repassadas anteriormente. O estilo de fonte usado no slide acima foi Arial. Os respectivos tamanhos da fonte para cada uma das partes do slide podem ser conferidos no slide a seguir. Vale destacar que não são tamanhos padrões. Para o modelo adotado, esses tamanhos são plenamente adequados. 18 Slide extraído do trabalho acadêmico de Andréa Thais Lopes Ferreira. Slide 30
  • 54. 54 Vale ressaltar que os modelos de slides apresentados no decorrer do livro são apenas para ilustrar os comentários descritos nos capítulos. Portanto, podem não estar devidamente adequados aos padrões que esperamos para o produto final do trabalho. Slide 31 24 32 28 18
  • 55. 55 O segundo slide é o do roteiro da apresentação. A partir desse slide, a apresentação ganha um formalismo porque a estrutura e a formatação utilizadas nesse slide servirão de base para todos os demais, visando à uniformidade da exposição. Em vista disso, esse slide definirá o padrão a ser seguido com relação à formatação tanto do título como do conteúdo dos slides, às estruturas, ao estilo de fonte, à cor e ao tamanho da fonte, aos espaçamentos, aos alinhamentos, ao background, à numeração dos slides, entre outros. À vista disso, é indispensável utilizar o slide mestre para produzir essa padronização. O roteiro da apresentação deve vir necessariamente em apenas um slide, já que, conforme as estruturas dos trabalhos acadêmicos, seja TCC, dissertação de mestrado, tese de doutorado ou mesmo atividade de alguma disciplina, no geral, o esqueleto é algo como: Introdução, Revisão de literatura, Material e métodos, Análise de resultados e Conclusão. Logo, “o ideal é que você use este início da apresentação para convencer a plateia sobre o interesse de seu estudo, de maneira breve e contundente.” (REATEGUI, 2020, p. 105). Os Slides 32 e 3319,a seguir, apresentam modelos básicos e clássicos de um roteiro de apresentação. 19 Slide adaptado do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha.
  • 56. 56 A diferença entre os modelos consiste na forma de organização e apresentação da revisão de literatura. No caso do Slide 32, todos os slides correspondentes ao tema da revisão de literatura terão como título: REVISÃO DE LITERATURA, conforme se pode visualizar a seguir nos Slides de 34 a 3620. 20 Slides adaptados do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha. Slide 32 Slide 33 Slide 35 Slide 34 Slide 36
  • 57. 57 Com relação ao Slide 33, observa-se que existe um subtópico no tópico de revisão de literatura. Nesse caso, os slides referentes à revisão não terão como título REVISÃO DE LITERATURA, mas os nomes dos subtópicos abordados na revisão, conforme se pode observar a seguir nos Slides de 37 a 3921. Essa orientação é interessante porque na apresentação do slide do roteiro os temas tratados na revisão estarão expostos no próprio slide. Por outro lado, aproveitar-se-á melhor o espaço dos slides relacionados à revisão, já que os títulos dos slides serão os assuntos principais do tema. Além disso, ganha-se em objetividade na elaboração e apresentação dos slides. Em conformidade com o exposto no capítulo anterior, alguns modelos incluem o próprio roteiro no slide de apresentação. Veja abaixo o Slide 4022 como modelo dessa exemplificação. 21 Slides adaptados do trabalho acadêmico de Allyson Ramon da Cunha. 22 Slide extraído da apresentação de Gloria Londoño Monroy. Slide 38 Slide 37 Slide 39
  • 58. 58 Embora não muito utilizado em nosso meio acadêmico, na hipótese de que essa seja a opção do orientador, pode-se até discutir e argumentar em contra, mas deve-se acatar e aquiescer. Afinal de contas, é esse personagem enigmático, equilibrado, coerente e determinado quem tem a palavra final. Assunto vencido, consumado e encerrado. Fica para a próxima. Um recurso cada vez mais usado e que ajuda a potenciar a sua apresentação é o uso da repetição do slide de roteiro antes de cada tópico do roteiro como forma de situar os desatentos ou mesmo os retardatários durante a sua apresentação. À vista disso, reproduz-se o slide de roteiro antes da exibição de cada tópico, destacando-se o tópico a ser exibido e esmaecendo os demais. Um exemplo dessa situação é apresentado nos Slides de 41 a 43. Slide 40 Slide 42 Slide 41
  • 59. 59 Outra opção para esse contexto é criar uma barra de menu contendo palavras chaves do roteiro, que se torna padrão em todos os slides e destacar em cada situação a caixa de menu correspondente ao assunto em destaque. Observe esse cenário nos Slides 44 e 4523. Outra possibilidade para esse enquadramento é repetir o slide de roteiro e destacar o assunto a ser abordado através de um recurso de forma com animação. No caso a seguir, Slides de 46 a 48, o círculo duplo apresenta uma animação do tipo volante no momento da apresentação do slide. 23 Slides extraídos da apresentação de Gloria Londoño Monroy. Slide 43 Slide 45 Slide 44
  • 60. 60 5.1 Algumas observações relevantes •A partir do slide de roteiro, obrigatoriamente, a numeração deverá aparecer em todos os slides, ou seja, esse slide corresponderá ao número 2. Lembre-se de que o primeiro, o slide de apresentação, é contado para efeito de numeração, mas jamais numerado. •Jamais utilize mais do que um slide para o roteiro. É desnecessário! Em linhas gerais, podemos considerar o conteúdo do slide de roteiro como sendo os capítulos de um trabalho acadêmico. •Na hora da explanação, seja objetivo na explicação do roteiro. Não é o momento de detalhar absolutamente nada, apenas apresentar uma ideia geral do trabalho. Portanto, não desperdice muito tempo. A não ser que, deliberadamente, essa seja a intenção quando não se prepara realmente uma boa apresentação. Slide 47 Slide 46 Slide 48
  • 61. 61 •Apresente todos os tópicos do roteiro de apresentação automaticamente de uma vez ao invés de separados. Não é o caso de deixar transparecer que um elemento surpresa possa aparecer. •O título do slide de roteiro deve ser apenas ROTEIRO ou ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO. Evite ÍNDICE e jamais use SUMÁRIO. Pior ainda, quando se coloca a numeração correspondente ao slide, como se fosse realmente um sumário. Isso é aplicado exclusivamente à parte escrita do trabalho. Exemplos disso, são apresentados nos Slides 49 e 50. •Um erro crucial que vale ser mencionado é usar apenas letras maiúsculas para todo o conteúdo do roteiro de apresentação. Veja o Slide 51. O uso de letras maiúsculas em todo o conteúdo de um texto ou mensagem passa a impressão de que o autor está zangado e gritando, ao invés de parecer destacar algo Slide 51 Slide 49 Slide 50
  • 62. 62 como alguns pensam ou pretendem, além, obviamente, de dificultar a leitura, que chega a ser irritante em alguns momentos. A mesma teoria se aplica aos slides. Mas se esse é o seu caso, angustiado com toda a pressão do trabalho, ainda não é chegado o momento de externar ou expor o seu sentimento. Não precisa gritar, pois a apresentação está apenas começando. Lembre-se de que ainda irá fazer uso da garganta e da voz no decorrer da apresentação.
  • 63. 63 O conteúdo de um slide pode ser texto, imagem, gráfico, tabela, diagrama, entre outros, ou a combinação de um ou mais desses elementos, conforme discutiremos a seguir. Apontando um pouco mais de detalhes, Basicamente, podemos afirmar que um slide é estruturado por três elementos gráficos: -Textos (textos curtos, frases, palavras-chave etc.). -Imagens (fotos, ilustrações, gráficos etc.). -Formas (marcadores, símbolos, caixas em diversos formatos (retângulos, círculos etc.), linhas (fragmentada, contínua, pontilhada etc.), sombras, transparências, etc.). Vídeos, sons e recursos animados ou interativos não estão sendo considerados como elementos gráficos, mas sim como elementos/recursos audiovisuais. (OLIVEIRA, 2020, p. 9, grifo do autor). 6.1 O título do slide A preocupação com a formatação do título do slide de roteiro de apresentação, como comentado anteriormente no capítulo 5, é pertinente porque todos os demais títulos dos slides deverão ter o mesmo formato. Esse título precisa ser objetivo, claro e não muito extenso. Pode aparecer apenas com a primeira ou com todas as letras em maiúsculas; com ou sem negrito; à esquerda, centralizado ou à direita; com um
  • 64. 64 determinado estilo e tamanho de fonte; cor da fonte dependendo do plano de fundo; e o conteúdo ser extremamente fiel ao que estava no slide de roteiro. Um pormenor relevante é que a estrutura dos títulos necessita ser uniforme, ou seja, o formato atribuído ao primeiro slide de título e conteúdo, no caso o do roteiro, servirá de base e tem de ser estendido para todos os demais slides da apresentação. Por exemplo, ao decidir usar o título ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO todo em letras maiúsculas, em negrito, alinhado à esquerda, com a fonte Arial, tamanho 36, cor da fonte preta, determinada altura e posição na parte superior do slide, todos os títulos dos outros slides aparecerão nesse formato. Por conseguinte, necessita reter esse padrão de estrutura, formatação e aparência ao longo de toda a apresentação. Isso reforça a ideia de organização e facilita uma melhor leitura da apresentação por parte da plateia. À vista disso, é indispensável comentar, mais uma vez, a necessidade de utilizar o slide mestre para produzir essa uniformidade. Vejamos os slides a seguir com um padrão de formatação de título de slide. A presença de título nos slides algumas vezes é controvérsia. Existem os defensores de que não se deve colocá-lo em todos os slides. Os mais radicais recomendam usar apenas no primeiro. Outros, mais serenos, que não necessita repetir o título naqueles casos referentes ao assunto com muitos slides. Por exemplo, uma apresentação com dez slides com o título RESULTADOS. Diante disso, recomenda-se usar apenas nos dois primeiros e deixar os outros sem título. Pensamos completamente diferente e defendemos absolutamente o contrário. Um slide jamais aparecerá sem um título. Isso precisa ser evitado, pois pode comprometer a estética do slide. O título é uma forma de ser transparente e situar a plateia durante a apresentação. Por exemplo, uma pessoa que chega atrasada à Slide 52 Slide 53
  • 65. 65 apresentação, não sabe em que ponto ou qual a essência do slide que está sendo exibido, caso não haja um título no slide. Vejamos exemplos. Um erro muito comum relacionado aos títulos dos slides é que, durante a exposição, há uma tendência de que o apresentador leia o título do slide sempre que há uma transição de um assunto para outro. Isso não deve acontecer. Com o título no slide, fica explícito quando se começa um novo assunto. 6.2 O uso de textos nos slides É chegada a hora de começar a preparar os slides com o conteúdo da apresentação propriamente dita. E, assim sendo, surgem as dúvidas de sempre: Por onde começar? Quantas linhas e palavras por slide? Posso mesclar texto e imagem? Devo usar todo o espaço destinado ao conteúdo do slide ou melhor dividir o conteúdo em dois slides? etc. 6.2.1 Slides com muito texto Uma das situações mais comum envolve o uso de slides apenas com texto. Mas muito texto! E isso não tem que ocorrer ou pelo menos deve ser evitado. São muitos os autores (OLIVEIRA, 2020; REATEGUI, 2020; ROMANI; TRAINA, 2009) que preconizam que o excesso de texto nos slides estorva a apresentação. Isso porque “Além de comprometer o visual da apresentação, tornando-o sem graça e cansativo, Slide 54 Slide 55
  • 66. 66 você, orador, será obrigado a disputar a atenção da plateia, pois ao usar uma quantidade grande de informações, seu público certamente tentará lê-las e automaticamente não prestará atenção em sua fala.” (OLIVEIRA, 2020, p. 9). Há quem defenda que o excesso de informações nos slides pode, por exemplo, permitir que o espectador possa ter mais facilidade de entender o assunto, bem como tempo para fazer as devidas anotações. Isso pode realmente acontecer numa palestra, num curso ou numa aula, mas não numa apresentação de trabalho acadêmico. Existe um tempo a ser cumprido e isso pode prejudicar o andamento dos slides bem como a própria apresentação. No entanto, existem situações em que isso pode ocorrer. Slides com textos longos “só são bem-vindos se forem parte ativa da apresentação oral, como por exemplo, em uma apresentação sobre literatura, onde é imprescindível a leitura de trechos de obras, juntamente com a plateia, com a finalidade de provocar reflexões e explicações sobre o tema.” (OLIVEIRA, 2020, p. 9). Destarte, jamais sobrecarregue os seus slides com texto. Isso pode, literalmente, sacrificar e deteriorar a sua apresentação. Lembre-se de que não é necessário colocar nos slides tudo o que está contido no trabalho escrito, tampouco na íntegra o que precisa falar ou explicar sobre o assunto. A própria estrutura de um slide já determina que isso não tem que suceder. Além do mais, muitos dos detalhes estão contidos na parte escrita do trabalho. Veja alguns exemplos. Esses tipos de slides são exatamente o que não pode jamais acontecer. O excesso de texto ou frases muito longas em um slide remete a uma poluição, de fato, literal, sobrecarrega a apresentação e deve ser evitado. Isso muitas vezes ocorre pela facilidade de copiar/colar os trechos do trabalho acadêmico no slide numa tentativa Slide 56 Slide 57
  • 67. 67 de se evitar esquecer alguma coisa que é considerado importante na hora da apresentação. Mas isso culmina transformando a apresentação em um ato entediante, cansativo, desmotivante, enfadonho, angustiante, monótono e desinteressante e, consequentemente, pouco atrativo. Ao contrário, transmite a impressão de algo complexo e desorganizado. O impacto desse cenário é que passa a impressão ou desconfiança de que a grande quantidade de informação no slide é provocada pelo despreparo e desconhecimento sobre o assunto, insegurança ou falta de tempo para se preparar. Desse modo, preferiu arriscar-se com esse formato. Também pode caracterizar que não teve tempo para se dedicar na elaboração dos slides, não sabe usar apropriadamente os recursos existentes no programa, não teve a preocupação de pelo menos tentar elaborar algo um pouco mais interessante, não estava interessado pela apresentação ou que, de fato, é relapso. Em síntese, seus slides não merecem a atenção! Ainda sobre o excesso de texto nos slides, o que temos observado ao longo de todos esses anos é que o apresentador acaba sendo intimidado pela overdose de palavras constantes nos slides. Desse modo, na incerteza de que se poderá lembrar de todo o conteúdo ali exposto, acaba sendo naturalmente direcionado à tentação de ler o contido nos slides. E é tudo o que, absolutamente, não pode acontecer. Jamais! Ao optar pela decisão de ler, a impressão que passará é a de que é inseguro, não se preparou adequadamente, não tem domínio do assunto ou não ensaiou o suficiente. Tanto é assim que na reportagem da Revista Superinteressante sobre a ciência do slide perfeito, uma das dez dicas dos maiores especialistas em PowerPoint sobre o assunto foi a de que “Não repita para o público, em hipótese nenhuma, as frases que estão escritas nos slides. Isso fará com que você seja ignorado.” (GARATTONI, 2009, p. 71). Por outro lado, tampouco ignore os slides. Não faça de conta que não estão ali ou que está cansado deles, já que teve tanto trabalho. E, por isso, fica todo o tempo de costas. Esse não é o momento de externar essa crise de relacionamento. Os slides têm a missão de guiar, orientar e facilitar a condução da apresentação. Por conseguinte, devem ser apreciados e observados durante toda a apresentação. 6.2.2 Disposição de texto em tópicos e subtópicos Ao preferir usar textos nos slides, seja por qual razão, reduza ao máximo a quantidade, use frases pequenas e objetivas e organize as informações nos slides. O ideal é utilizar o mínimo de texto possível. Uma das principais razões para decidir pelo
  • 68. 68 uso de textos é a circunstância de não se ter conhecimentos necessários para manusear adequadamente os recursos disponíveis nos programas para preparar a apresentação. Outras razões são: Apesar da recomendação de uso de imagens para ilustrar sua fala, em algumas situações isto pode não funcionar: • quando você precisa apresentar uma citação direta; • quando você necessita trazer um conceito formal definido por determinado autor; • quando o tópico em questão não for facilmente representável por imagens. Nestes casos, podemos recorrer aos recursos textuais, lembrando que textos breves ajudarão o público a acompanhar sua fala sem necessariamente aumentar a carga cognitiva irrelevante. O uso de sequências de tópicos revelados um a também pode ajudar na apresentação de cada ideia sem aumentar demasiadamente a carga cognitiva irrelevante. (REATEGUI, 2020, p. 111). Exemplificando melhor o contexto, A dica é sempre usar texto corrido o mínimo possível. O texto deve ser direto e curto - não precisa formar frases completas. A Figura a seguir apresenta o mesmo conteúdo de duas formas: texto corrido e estrutura de tópicos. No slide a esquerda, a audiência pode tentar ler o texto e não conseguir prestar atenção ao que está sendo dito, desanimando e perdendo o interesse. Já o slide a direita força a audiência a acompanhar o que você estará falando. Fonte: ROMANI; TRAINA, 2009, p. 29.
  • 69. 69 No cenário de optar realmente pela composição de apenas texto nos seus slides, a forma ideal de distribuir as informações é organizá-las em estruturas de tópicos e subtópicos para melhor representá-las. Tanto os tópicos quanto os subtópicos devem conter frases com os elementos principais que servirão de base para a argumentação do discurso e curtas, preferencialmente, com não mais que duas linhas, o que significa que não se deva extrapolar esse número, mas forçosamente tentar não exceder. Dessa maneira, as informações nos slides ficarão mais organizadas, seguirão uma ordem coerente e lógica, que servirá de guia durante a apresentação, e conterão a essência do que é mais interessante abordar sobre os assuntos. Seja conciso e pragmático. O propósito é destacar as ideias principais e não os argumentos e explicações, que serão complementados durante a exposição. Vejamos os Slides 5824 e 59. Os tópicos e subtópicos serão identificados por marcadores distintos e poderão ter o mesmo tamanho de fonte, ou a fonte do tópico será um pouco maior, mas não mais que dois pontos, da do subtópico. Assim, “é importante criar uma boa estrutura visual para o material apresentado, diferenciando títulos, subtítulos e textos por meio de tamanhos/tipos de fonte marcadamente distintos.” (REATEGUI, 2020, p. 112). Ademais, o subtópico é recuado com relação ao tópico, ficando o seu marcador abaixo da primeira letra da primeira palavra do tópico correspondente, de forma a caracterizar a estrutura. Outro detalhe significativo é utilizar apenas um nível de subtópico. Dessa forma, além de esteticamente mais agradável, também facilita o entendimento da plateia e a explanação do apresentador. 24 Slide modificado do trabalho acadêmico de Guilherme Santos Souza. Slide 59 Slide 58
  • 70. 70 Os marcadores usados para reforçar a distinção de tópico e subtópico serão padrão em todos os slides. Na verdade, “deve-se manter consistência na formatação de elementos similares (títulos, subtítulos, marcadores, ...) ao longo de toda a apresentação.” (REATEGUI, 2020, p. 112). É pertinente, preferencialmente, não usar marcadores numéricos para não confundir com números ou com uma lista numerada. Tampouco usar marcadores que tenham um símbolo já associado a algum significado. Por exemplo, , que está associado à exclusão. Veja o exemplo do Slide 60. Para não ter problemas com os formatos adotados, pode-se usar o slide mestre para estandardizar os marcadores e os tamanhos das fontes dos tópicos e subtópicos, assim como o recuo dos subtópicos. Evite usar nos slides expressões como, por exemplo, na opinião de, segundo fulano, de acordo com beltrano, desde o ponto de vista de sicrano e outras que caracterizam uma citação, seja direta ou indireta. Priorize a citação indireta. Muito provavelmente sentirá a necessidade de usar uma citação direta, como é o caso de citar determinados parágrafos de uma lei, necessários para aclarar a explanação. Não é proibida a citação direta, conforme discutimos anteriormente, apenas se tenta evitar o excesso de texto nos tópicos. 6.2.3 Slides apenas com palavras-chave Já foi aventado que não é recomendável o uso excessivo de textos nos slides. Também que o uso de texto precisa ser usado com prudência. Outro formato que tem de ser terminantemente preterido é o uso apenas de palavras-chave. Isso cria um certo aspecto de adivinha: o que vou falar? Ou nos moldes das telenovelas brasileiras: cenas Slide 60 Estrutura de tópico: ➢ Marcador; Tamanho: 28. Estrutura de subtópico: ✓ Marcador; Tamanho: 26; Recuado.
  • 71. 71 do próximo capítulo. Enfim, nem muito nem tão pouco. Veja os exemplos dos Slides 61 e 62. A preocupação com esse tipo de estrutura reside na situação de que o apresentador pode esquecer de comentar alguns aspectos relevantes para a apresentação. De resto, pode se perder no tempo da apresentação, uma vez que ao não se lembrar do que necessita comentar, acaba improvisando e pode prolongar mais do que o necessário em determinada abordagem, excedendo ou prejudicando o tempo disponível para a apresentação. 6.2.4 Quantidade de palavras por linha e linhas por slide Diante do exposto, surge a pergunta: existe limite de linhas por slide? São várias propostas que encontramos na Internet para responder a essa questão. Há opção de limitar a apenas cinco linhas por slide; outras ficam entre seis e dez linhas por slide. Em situações extremas, recomenda-se usar 12 linhas. Quando o assunto é especificamente a quantidade de palavras por linhas, consultando, mais uma vez a Internet, encontramos sugestões das famosas regrinhas, que variam do 6 x 6: 6 linhas x 6 palavras, ou seja, um limite de seis linhas dispostas nos slides e em cada linha não mais que seis palavras. Também há quem sugere a regra do 7 x 7: sete linhas por sete palavras, 5 x 7: cinco linhas por sete palavras, 6 x 7: seis linhas por sete palavras, 7 x 8: sete linhas por oito palavras e, em casos mais extremos, 7 x 10: sete linhas por dez palavras. Slide 61 Slide 62
  • 72. 72 Claramente são sugestões para orientar no sentido de melhor organizar esteticamente a apresentação. Mas existem uma série de detalhes por trás de todas essas recomendações, seja pela fonte tipográfica usada, tamanho dessa fonte, espaçamento e tamanho do slide, entre outros. Portanto, indubitavelmente, o bom senso e a melhor distribuição determinarão a quantidade de linhas e palavras nos slides. Independentemente da quantidade de linhas e palavras no slide, tente aproveitar o máximo possível a área destinada ao conteúdo, mas atente ao padrão que está seguindo. Nada de diminuir tamanho de fonte, ajustar, apertar, mudar estrutura, suprimir palavras ou abreviar palavras, enfim, para caber tudo no mesmo slide. Se não couber as informações num slide e ficar faltando, por exemplo, apenas uma linha de conteúdo, o correto é criar um novo slide, repetir o título e inserir o conteúdo da linha nesse slide. Muito melhor que abarrotar tudo num único slide. Não se paga ainda pela quantidade de slides numa apresentação realizada nas instituições públicas de ensino superior. Talvez em breve! Veja o exemplo dessa situação nos Slides 63 e 6425. 6.2.5 Tamanho da fonte Um cuidado especial ao usar apenas texto nos slides está relacionado ao tamanho da fonte a ser usada para o conjunto de informações presentes no slide. Essa atenção é marcante porque também tem implicação direta no produto final da apresentação. 25 Slides adaptados da apresentação de Sônia Correia Assis da Nóbrega. Slide 63 Slide 64
  • 73. 73 Consultando a Internet sobre o assunto, não existe um entendimento sobre os tamanhos a serem usados. Isso é difícil de ser determinado porque envolve algumas questões. Por exemplo, o estilo de fonte a ser usado, a escolha do tamanho do slide, o tamanho do ambiente onde acontecerá a exposição, entre outras. Quanto maior o espaço físico onde ocorrerá a apresentação, maior também será o tamanho da fonte a ser usada nos slides para que todos os presentes no local possam visualizá-los adequadamente de qualquer local. Ainda sobre esse tema, encontramos na Internet sugestões de tamanho da fonte para os títulos dos slides que variam desde 28 até 50. Já para o texto, o tamanho recomendado oscila entre 20 a 36. De acordo com a nossa experiência ao longo dos anos, sugerimos os tamanhos de 30 a 32 para os títulos e de 26 a 28 para o conteúdo dos slides com apenas textos. Esses tamanhos não comprometem a visualização dos slides, mesmo em lugares de tamanho mediano, que são, geralmente, os destinados às apresentações no âmbito acadêmico. Ainda que não exista um consenso sobre que tamanhos de fontes usar no slide, é concordância absoluta de que tamanho da fonte muito pequeno, evidentemente, não é recomendável, ou melhor, não deve ser usado para os slides que contêm apenas textos. Isso, jamais! Slide 65 32 28 18