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31 Portugal Business on the Way31 Portugal Business on the Way
Mercado–Alvo
Target Market
Costa do Marfim, Gana e Senegal
32Portugal Business on the Way
Será África uma terra de oportunidades como
muitos apregoam? Depende das áreas, da estraté-
gia estabelecida e da paciência para as aproveitar.
Isso mesmo defendem muitos gestores que têm
feito deste continente o destino dos seus produ-
tos ou serviços. Este será, com certeza, o caso
dos produtores de fruta portuguesa, nomeada-
mente de maçã, pêssego, citrinos e uva de mesa,
que já podem exportar para a Costa do Marfim.
Segundo a Secretaria de Estado da Agricul-
tura e Alimentação, “este passo é resultado do
fortíssimo investimento na internacionalização
por parte deste Governo”, que destaca que as
exportações portuguesas de hortofrutícolas to-
tais cresceram 15%, em 2017, face a 2016, num
montante global de 1,5 mil milhões de euros.
O mercado da Costa do Marfim em concreto
representa um elevado potencial para os produ-
tores e empresas de fruticultura nacional, com
cerca de 24 milhões de consumidores, e eleva
para 45 o número de mercados abertos em países
Is Africa a land of opportunities, as so many
people say? Well, that depends on the regions,
the strategy you adopt and your patience for
taking advantage of the opportunities which do
arise. This is what you’ll hear from many a busi-
nessman who has taken to exporting goods and
services to this continent. This applies to many
Portuguese fruit producers, namely of apples,
peaches, citrus fruits and grapes, who can now
export to the Ivory Coast.
According to the Secretary of State for Agri-
culture and Food, “this step is the result of a
very strong investment in internationalisation
on the part of this Government”. Portuguese
exports of fruit and vegetables grew 15% in
2017 when compared to 2016, for a total of 1.5
billion euros.
The Ivory Coast in particular, with around
24 million consumers, has great potential for
Portuguese fruit and vegetable producers and
companies. It is the 45th new market to have
Costa do Marfim, Gana e Senegal
O eixo africano onde há oportunidades
Ivory Coast, Ghana and Senegal. An African axis of opportunity
áfrica é o continente onde a população jovem é um elemento de forte atração para as empresas portuguesas.
Foto:Vystekimages/Shutterstock.com
33 Portugal Business on the Way
terceiros por este Governo. Estes mercados abrangem 150
produtos (110 de origem animal e 40 de origem vegetal).
Refira-se que as exportações do sector agroalimentar, onde
se incluem as frutas e legumes, registaram um crescimento
total de 8% em 2017, atingindo 6,6 mil milhões de euros.
Mas há outros sectores bastante ativos que podem ter
a Costa do Marfim como alvo. De acordo com dados da
Deloitte, as exportações de Portugal para este mercado to-
talizaram, em 2016, perto de 40 milhões de euros, com o
sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal e cimento no topo
das vendas, ao somar 12,3 milhões de euros.
Em 2016, eram 190 as empresas portuguesas a exportar
produtos para a Costa do Marfim, mais 41 do que no ano
anterior. Neste mesmo período, este mercado representava
uma quota de 0,08% nas exportações portuguesas.
O principal fornecedor da Costa do Marfim, em 2015,
era a Nigéria com uma quota de 15,2%, enquanto os Países
Baixos figuravam como principal cliente, com uma quota
de 12,1%. Os principais produtos exportados deste país,
em 2016, foram o cacau e suas preparações (55,3%) e os
importados, os combustíveis e óleos, minerais e outros
(12,8%).
Relativamente à transparência nos negócios, este país
ocupa o 108.º lugar, no ranking do Corruption Perceptions
Index e a 142.ª posição na facilidade dos negócios (Doing
Business Report 2017).
Já a vizinha República do Gana, dotada de muitos recur-
sos naturais, comprou a Portugal mais de 36,6 milhões de
euros, também com o sal, enxofre, terras e pedras, gesso,
cal e cimento no topo dos produtos, totalizando 18,4 mi-
lhões de euros.
O sector da agricultura pesa 25% no Produto Interno
Bruto (PIB) e representa mais de 50% da força laboral nes-
te país com 27,4 milhões de habitantes, enquanto os servi-
ços pesam cerca de 50% do PIB.
A produção de ouro e de cacau, além das remessas en-
viadas por emigrantes do estrangeiro, são as principais
fontes de receita deste país. Mas também há petróleo, cuja
produção se iniciou em 2010, com objetivos definidos nos
700 milhões de barris.
Em tempos a revista Time considerou o Gana “a nova es-
trela de África”, muito graças à taxa de crescimento do PIB,
que segundo dados da Deloitte, deverá crescer 8,86%, em
2018, depois de evoluções modestas em anos anteriores.
Em 2015, 212 empresas portuguesas exportavam para
o Gana, contra 170 no ano anterior. Este país, como clien-
te de Portugal estava na 79.ª posição, com uma quota de
0,03%. Mas o país do Lago Volta, o maior lago artificial do
mundo em superfície, tem como principal cliente a África
do Sul com uma quota de 22,4% e como fornecedor a
China (17,8%).
been opened up by this government. These markets ac-
count for 150 products (110 of animal origin and 40 of
vegetable origin). Exports from the food agriculture sec-
tor, which includes fruit and vegetables, underwent 8%
growth in 2017, grossing 6.6 billion euros.
But there are other sectors which are also quite active
and which could export to the Ivory Coast. According to
figures gathered by Deloitte, Portuguese exports to this
market totalled close to 40 million euros in 2016, with
salt, sulphur, earth and stone, plaster, lime and cement
topping the sales at 12.3 million euros.
In 2016 there were 190 Portuguese companies export-
ing products to the Ivory Coast, 41 more than the previous
year. In this same period this market represented 0.08%
of Portuguese exports.
The Ivory Coast’s main supplier in 2015 was Nigeria,
with a share of 15.2%, whereas the Netherlands were the
main client, with 12.1%. The Ivory Coast’s main exports
in 2016 were cocoa and cocoa preparations (55.3%) and
its main imports were fuel and oils, minerals and others
(12.8%).
Regarding business transparency, the country occu-
pies 108th place in the Corruption Perceptions Index and
142nd in ease of doing business, according to the Doing
Business Report of 2017.
Neighbouring Ghana, which is endowed with many
natural resources, purchased over 36.6 million euros
worth of products from Portugal, with salt, sulphur, earth
and stone, plaster, lime and cement again topping the list,
for a total of 18.4 million euros.
The agriculture sector accounts for 25% of the Gross
Domestic Product (GDP) and represents over 50% of the
labour force in this country which has a population of 27.4
million, whereas services account for around 50% of GDP.
Production of gold and cocoa, as well as remittances
sent from abroad by emigrants, are the country’s main
source of income. But there is also oil, the production of
which began in 2010, with a set goal of 700 million bar-
rels.
Time magazine at one point considered Ghana “the new
star of Africa”, thanks to its GDP growth rate, which ac-
cording to Deloitte is expected to increase by 8.86% in
2018, following more modest increments in past years.
In 2015 there were 212 Portuguese companies export-
ing to Ghana, up from 170 the year before. The country
ranked 79th as Portugal’s client, with a share of 0.03%.
But the country which boasts lake Volta, the world’slargest
artificial lake in terms of surface, exports mostly to South
Africa, which accounts for a quota of 22.4%, and gets
most of its supplies from China (17.8%).
Ghana ranks 114th in the Global Competitiveness In-
34Portugal Business on the Way
Em termos de competitividade (Global Competitiveness
Index), o Gana surge na 114.ª posição, na facilidade de ne-
gócios (Doing Business Report 2017) no 108.º posto, e na
transparência (Corruption Perceptions Index 2016) ligei-
ramente mais acima (70.º lugar).
Mais para norte, no mesmo continente, o Senegal é cada
vez mais business friendly. Tudo porque, desde há vários anos,
o país de 15,4 milhões de habitantes tem implementado vá-
rias reformas para melhorar o clima de negócios, facilitar
o trabalho dos empreendedores e atrair novos investidores.
Resultado: o Senegal consta no Top 5 dos países mais refor-
madores da África subsaariana, e ocupa a 64.ª posição em
termos de transparência no Corruption Perceptions Index
2016. Isto apesar de nos índices da competitividade (Global
Competitiveness Index 2016-17) e na facilidade de negó-
cios (Doing Business Report 2017) ocupar as posições 112.ª
e 147.ª, respetivamente.
Várias são as fontes, nomeadamente a APIX, Agência de
Investimentos e Grandes Obras, que destacam que o Sene-
gal vive uma verdadeira dinâmica, sendo um país bom para
fazer negócios. “Podemos fazer todas as medidas e proce-
dimentos ligados à criação de uma empresa, pagamento de
impostos ou obtenção de um alvará de construção na Inter-
net, em plataformas seguras, sem ser preciso deslocarmo-
-nos", destaca Mountaga Sy, diretor desta entidade.
Mas há outras medidas que simplificam consideravel-
mente a vida das empresas e dos investidores, como é o
caso da queda dos preços da energia, a criação de zonas eco-
nómicas especiais, bem como pacotes de incentivos fiscais.
Outra das medidas é o Tribunal do Comércio de Dacar,
uma ferramenta recém-criada que visa melhorar o clima de
negócios do Senegal. Aí, todas as decisões são tomadas em
90 dias, havendo uma fase de conciliação obrigatória em
todos os processos.
O sector bancário também sofreu melhorias, designa-
damente a criação de um sistema de partilha de dados, que
permite garantir os investimentos e baixar o custo dos cré-
ditos. Se a tudo isto se juntar a estabilidade política, o re-
sultado é a atração de cada vez mais investidores estrangei-
ros, mas também senegaleses que estão a regressar ao país.
O Senegal compra sobretudo combustíveis e óleos mi-
nerais (19,8%), sendo Portugal um dos principais fornece-
dores, apesar de ter totalizado uns modestos 6,5 milhões
de euros. O principal fornecedor deste mercado é a França
(15,9%), seguido da China (10,3%). Portugal surge na 31.ª
posição (2016). No mesmo ano, segundo dados da Deloit-
te, as exportações para o Senegal totalizavam uma quota de
0,06% no total do nosso país, valores modestos que podem
mudar assim as empresas portuguesas encontrem pontos
de interesse. As condições estão reunidas, é só definir uma
estratégia e a AEP – Associação Empresarial de Portugal cá
está para a apoiar.
dex and 108th in terms of ease of doing business, accord-
ing to the Doing Business Report of 2017. Things are a lit-
tle better in terms of transparency, where it occupies the
70th place in the Corruption Perceptions Index of 2016.
Further North, on the same continent, Senegal is in-
creasingly business friendly. All because over the past
several years this country of 15.4 million people has been
implementing reforms aimed at improving the business
climate, making life easier for entrepreneurs and attract-
ing new investors. The result is that Senegal is in the Top
5 of most reforming countries in sub-Saharan Africa and
ranks 64th in terms of transparency on the Corruption
Perceptions Index of 2016. This is despite the fact that
it places 112th and 147th respectively in terms of com-
petitiveness and ease of doing business, according to the
Global Competitiveness Index 2016-2017 and the Doing
Business Report of 2017.
Several sources, among which APIX – the Senegalese
Agency for Investment and Major Works – highlight the
fact that Senegal is going through a very dynamic phase,
making it a great country to do business in. “You can carry
out all the steps and procedures required to create a com-
pany, pay taxes or obtain a construction license online,
through safe platforms, without needing to leave your of-
fice”, explains Mountaga Sy, who heads this organisation.
But there are other measures which make life signif-
icantly easier for companies and investors, such as the
drop in energy prices and the creation of special economic
zones, as well as tax incentive packages.
Among those measures is the Trade Court of Dakar, a
new tool which was created to improve the business cli-
mate of Senegal. All cases are decided within 90 days, and
there is a mandatory conciliation phase.
The banking sector also underwent important im-
provements, namely the creation of a shared data system,
which allows investors to lower the cost of credit. If you
add to all this the state’s political stability, the end result
is a country which is increasingly attractive to foreign in-
vestment, but also the fact that many Senegalese have been
returning to their country.
Senegal mainly purchases fuel and mineral oils (19.8%),
with Portugal as one of its main suppliers, despite a rather
modest total of 6.5 million euros. The main supplier to
this market in 2016 was France, with 15.9%, followed by
China with 10.3%. Portugal ranked 31st. That same year,
according to data supplied by Deloitte, exports to Sene-
gal represented 0.06% for our country, a rather modest
amount, which could be boosted as soon as Portuguese
companies find points of interest. The conditions are all
there, all that is required is the definition of a strategy, and
the Portuguese Business Association is here to help.
produção de cacau no gana.
35 Portugal Business on the Way35 Portugal Business on the Way
36Portugal Business on the Way
Enquadramento e previsões macroeconómicas até 2020:
Portugal vs. Costa do Marfim
Costa do Marfim, Gana e Senegal.
PORTUGAL COSTA DO MARFIM
Investimento total (% do PIB)
2015
10
14,50
12,25
16,75
19
2016 2017 2018 2019 2020 2015
16
19
15,50
20,50
22
2016 2017 2018 2019 2020
18,15
21,91
15,47
18,54
Investimento total (% do PIB)
PORTUGAL
5
7
6
8
9
COSTA DO MARFIM
2016 2017 2018 2019 20202015
PIB (Preços Constantes, variação em percentagem)
0
1,30
0,65
1,95
2,60
2016 2017 2018 2019 20202015
8,94
6,88
1,59 1,50
PIB (Preços Constantes, variação em percentagem)
Despesa Pública
5
7
6
8
9
COSTA DO MARFIM
2016 2017 2018 2019 20202015
eços Constantes, variação em percentagem)
8,94
6,88
,50
0,55
1,65
1,10
0
2,20
(%)
2016 2017 2018 2019 20202015
PORTUGAL COSTA DO MARFIM
1,24
2,00
0,51
2,20
Inflação (média de preços do consumidor)
COSTA DO MARFIM
2019 2020
PORTUGAL
0
12,5
25
50
37,5
2016 2017 2018
taxa de desemprego
2015
23,85
23,09
48,32
43,94
PORTUGAL
2
6
4
0
8
(%)
COSTA DO MARFIM
2016 2017 2018 2019 20202015
Exportações de bens, mercadorias e serviçosExportações de bens, mercadorias e serviços
6,39
6,87
6,76 4,06
Exportações de bens, mercadorias e serviços...
10
5
0
15
20
(%)
Importações de bens, mercadorias e serviços
PORTUGAL COSTA DO MARFIM
2016 2017 2018 2019 20202015
19,69
4,3
8,12
10,93
... e Importações
37 Portugal Business on the Way37 Portugal Business on the Way
Relações bilaterais entre Costa do Marfim e Portugal entre 2014 e 2016
Principais famílias de produtos (em milhares de euros)
Costa do Marfim (importações
de Portugal, k€)
Quota de Portugal
na Costa do Marfim (%)
Quota da Costa do Marfim nas
exportações de Portugal (%)
2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016
Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento 7 479 11 903 12 325 5,53% 6,84% 7,48% 2,09% 3,38% 4,61%
Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de
papel ou de cartão
3 066 5 638 5 025 2,73% 4,64% 4,19% 0,18% 0,32% 0,28%
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas,
aparelhos e instrumentos mecânicos; suas partes
5 669 5 181 4 872 0,77% 0,59% 0,62% 0,18% 0,16% 0,15%
Ferro e aço 1 825 2 978 3 059 1,24% 1,52% 1,72% 0,15% 0,27% 0,29%
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas
partes; aparelhos de gravação ou de reprodução
de som, aparelhos de gravação ou de reprodução
de...
1 275 1 575 2 241 0,34% 0,38% 0,42% 0,03% 0,04% 0,05%
Vidro e suas obras 2 566 2 124 2 004 8,74% 6,44% 6,60% 0,52% 0,40% 0,35%
Produtos farmacêuticos 1 980 2 357 1 958 0,68% 0,90% 0,63% 0,24% 0,28% 0,18%
Obras de ferro fundido, ferro ou aço 1 010 1 243 1 669 0,39% 0,31% 0,84% 0,07% 0,09% 0,12%
Plástico e suas obras 612 1 081 1 396 0,19% 0,27% 0,39% 0,02% 0,04% 0,05%
Produtos de cerâmica 261 845 801 0,70% 1,99% 1,79% 0,04% 0,13% 0,11%
Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões,
almofadas e semelhantes
220 687 561 0,34% 0,92% 0,57% 0,01% 0,04% 0,03%
Matérias albuminóides; amidos e féculas
modificados; colas; enzimas 26 363 551 0,36% 4,10% 6,83% 0,03% 0,39% 0,63%
Madeira e suas obras; carvão de madeira 141 61 436 1,67% 1,08% 5,50% 0,02% 0,01% 0,07%
Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus
derivados; pigmentos e outras matérias
corantes…
195 195 412 0,65% 0,52% 1,08% 0,11% 0,11% 0,25%
Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros
veículos terrestres, suas partes e acessórios
1 080 759 347 0,22% 0,13% 0,07% 0,02% 0,01% 0,01%
Alumínio e suas obras
820 907 326 2,64% 1,61% 0,75% 0,16% 0,17% 0,06%
Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica
ou de matérias semelhantes
132 93 185 1,13% 0,50% 1,03% 0,03% 0,02% 0,04%
Carnes e miudezas comestíveis 78 200 150 0,11% 0,26% 0,23% 0,04% 0,09% 0,06%
Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres 172 169 149 0,27% 0,25% 0,20% 0,01% 0,02% 0,01%
Total 30 152 40 512 39 723 0,36% 0,47% 0,52% 0,06% 0,08% 0,08%
Fonte: Tabela – ITC e cálculos Deloitte.
38Portugal Business on the Way
Enquadramento e previsões macroeconómicas até 2020:
Portugal vs. Gana
Costa do Marfim, Gana e Senegal.
PORTUGAL GANA
Investimento total (% do PIB)
2015
10
14,50
12,25
16,75
19
2016 2017 2018 2019 2020 2015
13
15
14
16
17
2016 2017 2018 2019 2020
16,71
17
15,47
18,54
Investimento total (% do PIB)
PORTUGAL
0
4,5
2,25
6,75
9
GANA
2016 2017 2018 2019 20202015
PIB (Preços Constantes, variação em percentagem)
0
1,30
0,65
1,95
2,60
2016 2017 2018 2019 20202015
3,84
5,111,59 1,50
PIB (Preços Constantes, variação em percentagem)
Despesa Pública
0
4,5
2,25
6,75
9
GANA
2016 2017 2018 2019 20202015
reços Constantes, variação em percentagem)
0
3,84
5,111,50
4,5
13,5
9
0
18
(%)
2016 2017 2018 2019 20202015
PORTUGAL GANA
17,15
6
0,51
2,20
Inflação (média de preços do consumidor)
GANA
2019 2020
PORTUGAL
0
12,5
25
50
37,5
2016 2017 2018
taxa de desemprego
2015
22,13
24,96
48,32
43,94
PORTUGAL
-2
14
6
-10
22
(%)
GANA
2016 2017 2018 2019 20202015
Exportações de bens, mercadorias e serviçosExportações de bens, mercadorias e serviços
6,39
1,71
-8,40
4,06
Exportações de bens, mercadorias e serviços...
3
0
-3
-6
6
9
(%)
Importações de bens, mercadorias e serviços
PORTUGAL GANA
2016 2017 2018 2019 20202015
8,12
-1,2
4,3
5,18
... e Importações
39 Portugal Business on the Way39 Portugal Business on the Way
Relações bilaterais entre Gana e Portugal entre 2014* e 2016
Principais famílias de produtos (em milhares de euros)
Gana (importações
de Portugal, k€)
Quota de Portugal
no Gana (%)
Quota do Gana nas
exportações de Portugal (%)
2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016
Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento — — 18 430 — — 4,40% — — 6,89%
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e
instrumentos mecânicos; suas partes
— — 3 760 — — 0,27% — — 0,12%
Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel
ou de cartão
— — 2 815 — — 0,91% — — 0,16%
Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos
terrestres, suas partes e acessórios
— — 2 536 — — 0,16% — — 0,05%
Obras de ferro fundido, ferro ou aço — — 1 438 — — 0,31% — — 0,10%
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas
partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de
som, aparelhos de gravação ou de reprodução de...
— — 1 354 — — 0,15% — — 0,03%
Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus
derivados; pigmentos e outras matérias corantes…
— — 810 — — 1,82% — — 0,50%
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da
sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais
— — 801 — — 0,45% — — 0,03%
Produtos de cerâmica — — 729 — — 0,63% — — 0,10%
Plástico e suas obras — — 681 — — 0,19% — — 0,03%
Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões,
almofadas e semelhantes
— — 574 — — 0,48% — — 0,03%
Alumínio e suas obras — — 408 — — 0,37% — — 0,07%
Produtos diversos das indústrias químicas — — 338 — — 0,15% — — 0,09%
Madeira e suas obras; carvão de madeira — — 237 — — 0,90% — — 0,04%
Instrumentos e aparelhos de ótica, de fotografia,
de cinematografia, de medida, de controlo ou de
precisão; instrumentos e aparelhos
— — 198 — — 0,05% — — 0,03%
Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres — — 169 — — 0,28% — — 0,02%
Cereais — — 165 — — 0,04% — — 0,26%
Partes de veículos para vias férreas ou semelhantes — — 132 — — 0,51% — — 2,18%
Obras diversas de metais comuns — — 116 — — 0,08% — — 0,04%
Total — — 36 627 — — 0,36% — — 0,07%
Fonte: Tabela – ITC e cálculos Deloitte,
* Não existem dados de comércio para o ano de 2014 e 2015
40Portugal Business on the Way
Enquadramento e previsões macroeconómicas até 2020:
Portugal vs. Senegal
Costa do Marfim, Gana e Senegal.
PORTUGAL SENEGAL
Investimento total (% do PIB)
2015
10
14,50
12,25
16,75
19
2016 2017 2018 2019 2020 2015
25
27
26
28
29
2016 2017 2018 2019 2020
25,23
28,13
15,47
18,54
Investimento total (% do PIB)
PORTUGAL
6,3
6,7
6,5
6,9
7,1
SENEGAL
2016 2017 2018 2019 20202015
PIB (Preços Constantes, variação em percentagem)
0
1,30
0,65
1,95
2,60
2016 2017 2018 2019 20202015
6,46
7,05
1,59 1,50
PIB (Preços Constantes, variação em percentagem)
6,3
6,7
6,5
6,9
7,1
SENEGAL
2016 2017 2018 2019 20202015
os Constantes, variação em percentagem)
6,46
7,05
0,75
2,25
1,5
0
3
(%)
2016 2017 2018 2019 20202015
PORTUGAL SENEGAL
0,13
2,17
0,51
2,20
Inflação (média de preços do consumidor)
PORTUGAL
6,67
0
3,33
-6,67
10
(%)
SENEGAL
2016 2017 2018 2019 20202015
Exportações de bens, mercadorias e serviçosExportações de bens, mercadorias e serviços
-3,33
6,39
6,92
-3,7
4,06
Exportações de bens, mercadorias e serviços...
0
-4,5
-9
4,5
9
(%)
Importações de bens, mercadorias e serviços
PORTUGAL SENEGAL
2016 2017 2018 2019 20202015
8,12
-5,2
4,3
7,63
... e Importações
Despesa Pública
SENEGAL
2019 2020
PORTUGAL
0
12,5
25
50
37,5
2016 2017 2018
taxa de desemprego
2015
29,03
29,86
48,32
43,94
41 Portugal Business on the Way41 Portugal Business on the Way
Relações bilaterais entre Senegal e Portugal entre 2014 e 2016
Principais famílias de produtos (em milhares de euros)
Senegal (importações
de Portugal, k€)
Quota de Portugal
no Senegal (%)
Quota do Senegal nas
exportações de Portugal (%)
2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016
Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos
da sua destilação; matérias betuminosas; ceras
minerais…
7 557 9 228 6 598 0,52% 0,78% 0,67% 0,19% 0,24% 0,21%
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas,
aparelhos e instrumentos mecânicos; suas partes
9 863 6 614 3 534 2,45% 1,23% 0,63% 0,31% 0,20% 0,11%
Tabacos e seus sucedâneos manufaturados 3 786 3 075 2 834 7,26% 5,23% 7,49% 0,67% 0,43% 0,43%
Ferro e aço 1 438 3 429 1 759 1,05% 2,07% 1,13% 0,12% 0,31% 0,16%
Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento 15 6 1 747 0,04% 0,01% 2,82% 0,00% 0,00% 0,65%
Plástico e suas obras 812 669 1 494 0,55% 0,43% 0,98% 0,03% 0,03% 0,06%
Obras de ferro fundido, ferro ou aço 2 398 1 300 1 429 2,45% 1,31% 1,24% 0,17% 0,09% 0,10%
Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros
veículos terrestres, suas partes e acessórios
6 369 6 391 1 286 2,15% 1,87% 0,31% 0,13% 0,12% 0,02%
Preparados alimentares diversos 1 104 1 362 866 2,09% 2,35% 1,60% 0,73% 0,88% 0,49%
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas
partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de
som, aparelhos de gravação ou de reprodução de...
1 267 2 149 726 0,50% 0,65% 0,23% 0,03% 0,05% 0,02%
Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de
papel ou de cartão
2 590 1 551 706 3,48% 1,94% 0,91% 0,15% 0,09% 0,04%
Madeira e suas obras; carvão de madeira 170 86 682 0,39% 0,21% 1,62% 0,02% 0,01% 0,11%
Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica
ou de matérias semelhantes
519 432 609 5,59% 4,51% 7,61% 0,12% 0,09% 0,13%
Produtos de cerâmica 430 587 598 1,28% 1,95% 1,61% 0,07% 0,09% 0,09%
Alumínio e suas obras 663 264 539 2,83% 1,05% 1,98% 0,13% 0,05% 0,10%
Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões,
almofadas e semelhantes
1 108 583 386 2,51% 1,42% 0,92% 0,07% 0,03% 0,02%
Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres
279 1 188 265 1,08% 3,98% 0,91% 0,02% 0,11% 0,03%
Preparações alimentícias de cereais, farinhas,
amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria
20 226 258 0,02% 0,24% 0,22% 0,01% 0,07% 0,08%
Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus
derivados; pigmentos e outras matérias
corantes…
81 141 253 0,61% 0,89% 1,55% 0,05% 0,08% 0,16%
Total 43 978 42 746 27 703 0,90% 0,85% 0,56% 0,09% 0,09% 0,06%
Fonte: Tabela – ITC e cálculos Deloitte.
42Portugal Business on the Way
Mais de 67 milhões de habitantes é quanto vale o conjun-
to dos três mercados Gana, Costa do Marfim e Senegal.
Um número que constitui um apelo interessante para as
empresas portuguesas que desejam entrar em qualquer
um destes países com os seus produtos ou serviços. Com a
ajuda da Associação Empresarial de Portugal (AEP) várias
têm sido as empresas nacionais, dos mais variados secto-
res, a colocar estes mercados na sua mira exportadora.
Tudo começa com visitas aos países, sendo exemplo disso
a missão multissectorial que a AEP está a preparar à Cos-
ta do Marfim e ao Gana, para o último trimestre do ano
(entre 4 e 10 de novembro de 2018). À semelhança, aliás,
de uma outra, realizada em julho de 2017 também no âm-
bito do programa PORTUGAL2020 e COMPETE2020,
Programa Operacional da Competitividade e Internacio-
nalização, Eixo II – Projetos Conjuntos, e com o objetivo
de facultar às empresas portuguesas o estabelecimento de
contactos com empresas locais e entidades institucionais,
através de reuniões previamente agendadas.
Nesta nova missão, as empresas nacionais terão a possi-
bilidade de, no terreno, compreender as necessidades mais
emergentes destes mercados e perceber as potencialidades
que os mesmos proporcionam nos vários sectores de ati-
vidade.
Se dúvidas houvesse, caro empresário, para o conven-
cer a embarcar nesta missão, destaco alguns aspetos que
considero importantes. Desde logo a Costa do Marfim e o
Gana são, atualmente, duas das economias africanas com
maior crescimento e potencial.
Ambos os países integram a CEDEAO, (organização
regional de integração económica dos países da África
Ocidental), que compreende cerca de 230 milhões de con-
sumidores.
A Costa do Marfim é também membro da UEMOA –
União Económica e Monetária da África Ocidental, uma
Together, the markets of Ghana, the Ivory Coast and Sen-
egal represent over 67 million people. This is an enticing
figure for Portuguese companies who would like to place
their goods or services in either of these countries. With the
help of the Portuguese Business Association (AEP), several
national companies, from a variety of sectors, have placed
these markets in their exporting sights. It all begins with
visits to the countries, such as the multisector trade mis-
sion the AEP is organising for the Ivory Coast and Ghana,
to take place during the last quarter of the year, between
the 4th and the 10th of November, 2018. A similar one
took place in July 2017, also within the framework of the
PORTUGAL2020 and COMPETE2020 Operational Com-
petitiveness and Internationalisation Programme, Axis II –
Joint Ventures, the purpose of which is to help Portuguese
companies make contacts with their local counterparts and
institutions, through previously scheduled meetings.
With this new mission, the national companies will have
the opportunity to become acquainted, on the ground, with
the emerging necessities of these markets and to better un-
derstand their potential for different sectors.
If you are in any doubt about the advantages of taking
part in this mission, let me point out some of the aspects
I consider most important. For starters, the Ivory Coast
and Ghana are, currently, two of Africa’s most promising
and fastest growing economies. Both are members of the
Economic Community of West African States (ECOWAS),
which represents a total of around 230 million consumers.
The Ivory Coast is also a member of the West African
Economic and Monetary Union (UEMOA), a sub-regional
integration initiative, under which custom duties for trade
were eliminated. The member states – Benin, Burkina
Faso, Ivory Coast, Mali, Niger, Senegal and Togo – also
share a common currency, the CFA Franc.
Following several years of political turbulence, the GDP
Testemunho/AEP Internacionalização
Experiencies/AEP Internacionalisation
Tiago Pereira
43 Portugal Business on the Way43 Portugal Business on the Way
iniciativa sub-regional de integração, ao abrigo do qual fo-
ram eliminados os direitos aduaneiros aplicados às trocas
comerciais, partilhando também de uma moeda única,
o Franco CFA, entre os seus membros (Benim, Burkina
Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo).
Depois de vários anos de turbulência política, a Cos-
ta do Marfim apresenta crescimento do PIB e aposta em
sectores como o das infraestruturas, nomeadamente na
melhoria do acesso da população à eletricidade, à água e
à rede rodoviária. O governo lançou, inclusivamente, no
ano passado, um Plano Nacional de Desenvolvimento até
2020, que segundo o primeiro-ministro, Amadou Gon
Coulibaly, está estimado em 60 mil milhões de dólares.
O objetivo é um financiamento do sector público na or-
dem dos 40%, de forma a apoiar tudo o que está ligado às
infraestruturas. E, por outro lado, obter 60% do sector
privado. Há também uma forte aposta no investimento no
capital humano, tudo o que tem a ver com a educação e
a formação profissional, e ainda no sector da saúde. De
destacar que mais de 60% da população marfinense tem
menos de 35 anos de idade.
Ou seja, atualmente, a Costa do Marfim apresenta
múltiplas oportunidades em vários sectores, desde a cons-
trução, maquinaria e ferramentas, turismo, novas tecno-
logias, energias renováveis, bens alimentares, produtos
farmacêuticos e hospitalares, entre outros. E as empresas
portuguesas cá estão para dar resposta. Basta inscreve-
rem-se nesta missão da AEP e aí vamos nós.
Já o Gana, depois de uns anos de profunda crise, fome e
golpes militares, iniciou em 1992 um período de acalmia,
sobretudo depois de eleições e há cerca de uma década,
com a descoberta de grandes reservas oceânicas de petró-
leo na costa. Agora, com o preço do petróleo de novo a
subir e a produção a aumentar, o Gana bem pode vir a ser
uma das economias de crescimento mais rápido este ano,
de acordo com o Banco Mundial, o Banco de Desenvol-
vimento Africano, o Fundo Monetário Internacional e a
Brookings Institution.
A previsão destas instituições aponta para um crescimen-
to para 2018, entre 8,3% e 8,9%, podendo ultrapassar até
a Índia, com seu próspero sector da tecnologia, e a Etiópia,
que ao longo da década mais recente foi uma das economias
of the Ivory Coast has been growing and the government
has invested in sectors such as infrastructure, specifically
the improvement of access to electricity, water and the road
networks. Last year the Government also launched a Na-
tional Development Plan, until 2020, which, according to
Prime-ministerAmadouGonCoulibaly,iswortharound60
billion dollars. The goal is to support infrastructure, with
40% of funding coming from the public sector and 60%
from the private sector. It also includes strong investment in
human resources, through education and professional train-
ing, as well as the health sector. It should be noted that over
60% of the population of the Ivory Coast is under 35.
So, as you can see, the Ivory Coast currently presents
plenty of opportunities in a variety of sectors, from con-
struction, machinery and tools, tourism, new technolo-
gies, renewable energies, food, hospital and pharmaceutical
products, among others. Portuguese companies are ready
to step in. All you need to do is enrol in the AEP trade mis-
sion, and off we go.
As for Ghana, following years of deep crisis, hunger and
military coups, in 1992 a period of calm set in, especially
after elections and, around a decade ago, the discovery of
large oil reserves off the coast. Now, with oil prices and
production rising again, Ghana may well become one of
the fastest growing economies this year, according to the
World Bank, the African Development Bank, the Interna-
tional Monetary Fund and the Brookings Institution.
The forecasts of these institutions point to growth of
around 8.3% and 8.9% for 2018, which could surpass that
of India, with its prosperous technology sector, and Ethio-
pia, which over the past decade was one of the fastest grow-
ing economies in Africa, thanks to expansion of farming
and coffee exports. In January, Ghana’s main stock index
registered the fastest growth in the world, at 19%, accord-
ing to Bloomberg. Cocoa is another important resource
in Ghana, and economists have been at pains to advise the
country to avoid the “natural resources curse”, which has
led other states to focus solely on extraction of oil and other
minerals, thereby compromising the economy.
President Nana Akufo-Addo, elected towards the end
of 2016, when the economy was in a slump, promised to
take that advice to heart and channelled the oil revenues
44Portugal Business on the Way
into teaching, agriculture and industry, basically diversify-
ing the economy.
Finally, Senegal. With the economy showing lower
growth rates than the regional average in 2014, it has man-
aged to grow by 4.5%, with a 5% growth forecast. The
country depends largely on agriculture (peanuts, beans,
cassava, watermelon, corn and rice) and imports hydro-
carbons, having benefited from a steep drop in oil prices.
A recent evaluation by the International Monetary Fund
(IMF) suggested structural reform, an increase in exports
and attraction of foreign investment. To meet this goal, the
Government launched the Emerging Senegal Plan (PSE)
2014-2035, which is based on three pillars: bigger and more
sustainable growth, of around 7% to 8%, based on direct
foreign investment; human development and social protec-
tion and improvement in governance, peace and security.
A vast programme for modernisation of infrastructure,
especially in the capital, was also initiated, and several
large-scale works are underway, such as the airport and an
International Conference Centre in Dakar. The Diamnado
Valley aims to create an industrial and services platform,
with hospitals, universities and headquarters for several
public organisations. The project has a direct employment
creation potential of around 30 thousand to 40 thousand
jobs. At the same time, investments are being made in the
electricity network so as to diminish the cost of electricity,
making companies more competitive. Several reforms are
also being launched in the sectors of business support and
direct foreign investment attractions, aimed at cutting red
tape and making it easier to create companies. This is all
great news for Portuguese companies looking to invest. If
that is what you have in mind, the AEP is here to help. Wel-
come aboard!
africanas de crescimento mais rápido, graças à expansão da
produção agrícola e das exportações de café. Em janeiro, o
principal índice de ações de Gana alcançou o crescimento
mais rápido do mundo, 19%, de acordo com a Bloomberg.
O cacau é a outro recurso importante do Gana, e os
economistas frisam isso, alertando ao mesmo tempo para
que o país evite a chamada “maldição dos recursos natu-
rais”, que levou outros países a focarem-se apenas na ex-
tração de petróleo e outros minerais e com isso compro-
meterem a economia.
O presidente Nana Akufo-Addo, eleito no final de
2016, com a economia em baixa, prometeu ter esse con-
selho em consideração, canalizando o investimento do pe-
tróleo para o ensino, a agricultura e a indústria. No fundo,
diversificando a economia.
Por último, o Senegal. Com uma economia a apresen-
tar taxas de crescimento inferiores à média da região, em
2014, conseguiu crescer 4,5%, prevendo-se que vá aos
5%. País dependente da agricultura (amendoim, feijão,
mandioca, melancia, milho e arroz) é importador de hi-
drocarbonetos, tendo beneficiado da descida acentuada do
preço do petróleo. Numa avaliação recente, o Fundo Mo-
netário Internacional (FMI) sugeriu reformas estruturais,
um aumento das exportações e a atração de investimento
estrangeiro. Para cumprir este desígnio, o governo lançou
o Plano Senegal Emergente (PSE) 2014-2035, que se de-
senvolve em três pilares: crescimento maior e mais susten-
tável, na ordem dos 7% ou 8%, baseado no investimento
direto estrangeiro; desenvolvimento humano e proteção
social e na melhoria da governação, paz e segurança.
Foi ainda lançado um vasto programa de modernização
das infraestruturas, nomeadamente na capital, havendo
diversas grandes obras. É o caso do aeroporto e o Centro
Internacional de Conferências de Dacar. Já o Diamniado
Valley visa criar uma plataforma industrial e de serviços,
com hospitais, universidades e as sedes de várias institui-
ções públicas. O projeto tem o potencial para criar entre
30 mil e 40 mil empregos diretos. Paralelamente, estão
a ser feitos investimentos na rede elétrica, de forma a di-
minuir os custos da eletricidade e, deste modo, tornar as
empresas mais competitivas. Também na área do apoio às
empresas e à captação de investimento direto estrangeiro,
estão a ser lançadas diversas reformas visando a desburo-
cratização e a descida do custo de criação de empresas.
Ótimas notícias para as empresas portuguesas que quei-
ram investir. Se essa for a sua missão, a AEP cá está para o
ajudar. Seja bem-vindo.

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Oportunidades em mercados africanos: Costa do Marfim, Gana e Senegal

  • 1. 31 Portugal Business on the Way31 Portugal Business on the Way Mercado–Alvo Target Market Costa do Marfim, Gana e Senegal
  • 2. 32Portugal Business on the Way Será África uma terra de oportunidades como muitos apregoam? Depende das áreas, da estraté- gia estabelecida e da paciência para as aproveitar. Isso mesmo defendem muitos gestores que têm feito deste continente o destino dos seus produ- tos ou serviços. Este será, com certeza, o caso dos produtores de fruta portuguesa, nomeada- mente de maçã, pêssego, citrinos e uva de mesa, que já podem exportar para a Costa do Marfim. Segundo a Secretaria de Estado da Agricul- tura e Alimentação, “este passo é resultado do fortíssimo investimento na internacionalização por parte deste Governo”, que destaca que as exportações portuguesas de hortofrutícolas to- tais cresceram 15%, em 2017, face a 2016, num montante global de 1,5 mil milhões de euros. O mercado da Costa do Marfim em concreto representa um elevado potencial para os produ- tores e empresas de fruticultura nacional, com cerca de 24 milhões de consumidores, e eleva para 45 o número de mercados abertos em países Is Africa a land of opportunities, as so many people say? Well, that depends on the regions, the strategy you adopt and your patience for taking advantage of the opportunities which do arise. This is what you’ll hear from many a busi- nessman who has taken to exporting goods and services to this continent. This applies to many Portuguese fruit producers, namely of apples, peaches, citrus fruits and grapes, who can now export to the Ivory Coast. According to the Secretary of State for Agri- culture and Food, “this step is the result of a very strong investment in internationalisation on the part of this Government”. Portuguese exports of fruit and vegetables grew 15% in 2017 when compared to 2016, for a total of 1.5 billion euros. The Ivory Coast in particular, with around 24 million consumers, has great potential for Portuguese fruit and vegetable producers and companies. It is the 45th new market to have Costa do Marfim, Gana e Senegal O eixo africano onde há oportunidades Ivory Coast, Ghana and Senegal. An African axis of opportunity áfrica é o continente onde a população jovem é um elemento de forte atração para as empresas portuguesas. Foto:Vystekimages/Shutterstock.com
  • 3. 33 Portugal Business on the Way terceiros por este Governo. Estes mercados abrangem 150 produtos (110 de origem animal e 40 de origem vegetal). Refira-se que as exportações do sector agroalimentar, onde se incluem as frutas e legumes, registaram um crescimento total de 8% em 2017, atingindo 6,6 mil milhões de euros. Mas há outros sectores bastante ativos que podem ter a Costa do Marfim como alvo. De acordo com dados da Deloitte, as exportações de Portugal para este mercado to- talizaram, em 2016, perto de 40 milhões de euros, com o sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal e cimento no topo das vendas, ao somar 12,3 milhões de euros. Em 2016, eram 190 as empresas portuguesas a exportar produtos para a Costa do Marfim, mais 41 do que no ano anterior. Neste mesmo período, este mercado representava uma quota de 0,08% nas exportações portuguesas. O principal fornecedor da Costa do Marfim, em 2015, era a Nigéria com uma quota de 15,2%, enquanto os Países Baixos figuravam como principal cliente, com uma quota de 12,1%. Os principais produtos exportados deste país, em 2016, foram o cacau e suas preparações (55,3%) e os importados, os combustíveis e óleos, minerais e outros (12,8%). Relativamente à transparência nos negócios, este país ocupa o 108.º lugar, no ranking do Corruption Perceptions Index e a 142.ª posição na facilidade dos negócios (Doing Business Report 2017). Já a vizinha República do Gana, dotada de muitos recur- sos naturais, comprou a Portugal mais de 36,6 milhões de euros, também com o sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal e cimento no topo dos produtos, totalizando 18,4 mi- lhões de euros. O sector da agricultura pesa 25% no Produto Interno Bruto (PIB) e representa mais de 50% da força laboral nes- te país com 27,4 milhões de habitantes, enquanto os servi- ços pesam cerca de 50% do PIB. A produção de ouro e de cacau, além das remessas en- viadas por emigrantes do estrangeiro, são as principais fontes de receita deste país. Mas também há petróleo, cuja produção se iniciou em 2010, com objetivos definidos nos 700 milhões de barris. Em tempos a revista Time considerou o Gana “a nova es- trela de África”, muito graças à taxa de crescimento do PIB, que segundo dados da Deloitte, deverá crescer 8,86%, em 2018, depois de evoluções modestas em anos anteriores. Em 2015, 212 empresas portuguesas exportavam para o Gana, contra 170 no ano anterior. Este país, como clien- te de Portugal estava na 79.ª posição, com uma quota de 0,03%. Mas o país do Lago Volta, o maior lago artificial do mundo em superfície, tem como principal cliente a África do Sul com uma quota de 22,4% e como fornecedor a China (17,8%). been opened up by this government. These markets ac- count for 150 products (110 of animal origin and 40 of vegetable origin). Exports from the food agriculture sec- tor, which includes fruit and vegetables, underwent 8% growth in 2017, grossing 6.6 billion euros. But there are other sectors which are also quite active and which could export to the Ivory Coast. According to figures gathered by Deloitte, Portuguese exports to this market totalled close to 40 million euros in 2016, with salt, sulphur, earth and stone, plaster, lime and cement topping the sales at 12.3 million euros. In 2016 there were 190 Portuguese companies export- ing products to the Ivory Coast, 41 more than the previous year. In this same period this market represented 0.08% of Portuguese exports. The Ivory Coast’s main supplier in 2015 was Nigeria, with a share of 15.2%, whereas the Netherlands were the main client, with 12.1%. The Ivory Coast’s main exports in 2016 were cocoa and cocoa preparations (55.3%) and its main imports were fuel and oils, minerals and others (12.8%). Regarding business transparency, the country occu- pies 108th place in the Corruption Perceptions Index and 142nd in ease of doing business, according to the Doing Business Report of 2017. Neighbouring Ghana, which is endowed with many natural resources, purchased over 36.6 million euros worth of products from Portugal, with salt, sulphur, earth and stone, plaster, lime and cement again topping the list, for a total of 18.4 million euros. The agriculture sector accounts for 25% of the Gross Domestic Product (GDP) and represents over 50% of the labour force in this country which has a population of 27.4 million, whereas services account for around 50% of GDP. Production of gold and cocoa, as well as remittances sent from abroad by emigrants, are the country’s main source of income. But there is also oil, the production of which began in 2010, with a set goal of 700 million bar- rels. Time magazine at one point considered Ghana “the new star of Africa”, thanks to its GDP growth rate, which ac- cording to Deloitte is expected to increase by 8.86% in 2018, following more modest increments in past years. In 2015 there were 212 Portuguese companies export- ing to Ghana, up from 170 the year before. The country ranked 79th as Portugal’s client, with a share of 0.03%. But the country which boasts lake Volta, the world’slargest artificial lake in terms of surface, exports mostly to South Africa, which accounts for a quota of 22.4%, and gets most of its supplies from China (17.8%). Ghana ranks 114th in the Global Competitiveness In-
  • 4. 34Portugal Business on the Way Em termos de competitividade (Global Competitiveness Index), o Gana surge na 114.ª posição, na facilidade de ne- gócios (Doing Business Report 2017) no 108.º posto, e na transparência (Corruption Perceptions Index 2016) ligei- ramente mais acima (70.º lugar). Mais para norte, no mesmo continente, o Senegal é cada vez mais business friendly. Tudo porque, desde há vários anos, o país de 15,4 milhões de habitantes tem implementado vá- rias reformas para melhorar o clima de negócios, facilitar o trabalho dos empreendedores e atrair novos investidores. Resultado: o Senegal consta no Top 5 dos países mais refor- madores da África subsaariana, e ocupa a 64.ª posição em termos de transparência no Corruption Perceptions Index 2016. Isto apesar de nos índices da competitividade (Global Competitiveness Index 2016-17) e na facilidade de negó- cios (Doing Business Report 2017) ocupar as posições 112.ª e 147.ª, respetivamente. Várias são as fontes, nomeadamente a APIX, Agência de Investimentos e Grandes Obras, que destacam que o Sene- gal vive uma verdadeira dinâmica, sendo um país bom para fazer negócios. “Podemos fazer todas as medidas e proce- dimentos ligados à criação de uma empresa, pagamento de impostos ou obtenção de um alvará de construção na Inter- net, em plataformas seguras, sem ser preciso deslocarmo- -nos", destaca Mountaga Sy, diretor desta entidade. Mas há outras medidas que simplificam consideravel- mente a vida das empresas e dos investidores, como é o caso da queda dos preços da energia, a criação de zonas eco- nómicas especiais, bem como pacotes de incentivos fiscais. Outra das medidas é o Tribunal do Comércio de Dacar, uma ferramenta recém-criada que visa melhorar o clima de negócios do Senegal. Aí, todas as decisões são tomadas em 90 dias, havendo uma fase de conciliação obrigatória em todos os processos. O sector bancário também sofreu melhorias, designa- damente a criação de um sistema de partilha de dados, que permite garantir os investimentos e baixar o custo dos cré- ditos. Se a tudo isto se juntar a estabilidade política, o re- sultado é a atração de cada vez mais investidores estrangei- ros, mas também senegaleses que estão a regressar ao país. O Senegal compra sobretudo combustíveis e óleos mi- nerais (19,8%), sendo Portugal um dos principais fornece- dores, apesar de ter totalizado uns modestos 6,5 milhões de euros. O principal fornecedor deste mercado é a França (15,9%), seguido da China (10,3%). Portugal surge na 31.ª posição (2016). No mesmo ano, segundo dados da Deloit- te, as exportações para o Senegal totalizavam uma quota de 0,06% no total do nosso país, valores modestos que podem mudar assim as empresas portuguesas encontrem pontos de interesse. As condições estão reunidas, é só definir uma estratégia e a AEP – Associação Empresarial de Portugal cá está para a apoiar. dex and 108th in terms of ease of doing business, accord- ing to the Doing Business Report of 2017. Things are a lit- tle better in terms of transparency, where it occupies the 70th place in the Corruption Perceptions Index of 2016. Further North, on the same continent, Senegal is in- creasingly business friendly. All because over the past several years this country of 15.4 million people has been implementing reforms aimed at improving the business climate, making life easier for entrepreneurs and attract- ing new investors. The result is that Senegal is in the Top 5 of most reforming countries in sub-Saharan Africa and ranks 64th in terms of transparency on the Corruption Perceptions Index of 2016. This is despite the fact that it places 112th and 147th respectively in terms of com- petitiveness and ease of doing business, according to the Global Competitiveness Index 2016-2017 and the Doing Business Report of 2017. Several sources, among which APIX – the Senegalese Agency for Investment and Major Works – highlight the fact that Senegal is going through a very dynamic phase, making it a great country to do business in. “You can carry out all the steps and procedures required to create a com- pany, pay taxes or obtain a construction license online, through safe platforms, without needing to leave your of- fice”, explains Mountaga Sy, who heads this organisation. But there are other measures which make life signif- icantly easier for companies and investors, such as the drop in energy prices and the creation of special economic zones, as well as tax incentive packages. Among those measures is the Trade Court of Dakar, a new tool which was created to improve the business cli- mate of Senegal. All cases are decided within 90 days, and there is a mandatory conciliation phase. The banking sector also underwent important im- provements, namely the creation of a shared data system, which allows investors to lower the cost of credit. If you add to all this the state’s political stability, the end result is a country which is increasingly attractive to foreign in- vestment, but also the fact that many Senegalese have been returning to their country. Senegal mainly purchases fuel and mineral oils (19.8%), with Portugal as one of its main suppliers, despite a rather modest total of 6.5 million euros. The main supplier to this market in 2016 was France, with 15.9%, followed by China with 10.3%. Portugal ranked 31st. That same year, according to data supplied by Deloitte, exports to Sene- gal represented 0.06% for our country, a rather modest amount, which could be boosted as soon as Portuguese companies find points of interest. The conditions are all there, all that is required is the definition of a strategy, and the Portuguese Business Association is here to help. produção de cacau no gana.
  • 5. 35 Portugal Business on the Way35 Portugal Business on the Way
  • 6. 36Portugal Business on the Way Enquadramento e previsões macroeconómicas até 2020: Portugal vs. Costa do Marfim Costa do Marfim, Gana e Senegal. PORTUGAL COSTA DO MARFIM Investimento total (% do PIB) 2015 10 14,50 12,25 16,75 19 2016 2017 2018 2019 2020 2015 16 19 15,50 20,50 22 2016 2017 2018 2019 2020 18,15 21,91 15,47 18,54 Investimento total (% do PIB) PORTUGAL 5 7 6 8 9 COSTA DO MARFIM 2016 2017 2018 2019 20202015 PIB (Preços Constantes, variação em percentagem) 0 1,30 0,65 1,95 2,60 2016 2017 2018 2019 20202015 8,94 6,88 1,59 1,50 PIB (Preços Constantes, variação em percentagem) Despesa Pública 5 7 6 8 9 COSTA DO MARFIM 2016 2017 2018 2019 20202015 eços Constantes, variação em percentagem) 8,94 6,88 ,50 0,55 1,65 1,10 0 2,20 (%) 2016 2017 2018 2019 20202015 PORTUGAL COSTA DO MARFIM 1,24 2,00 0,51 2,20 Inflação (média de preços do consumidor) COSTA DO MARFIM 2019 2020 PORTUGAL 0 12,5 25 50 37,5 2016 2017 2018 taxa de desemprego 2015 23,85 23,09 48,32 43,94 PORTUGAL 2 6 4 0 8 (%) COSTA DO MARFIM 2016 2017 2018 2019 20202015 Exportações de bens, mercadorias e serviçosExportações de bens, mercadorias e serviços 6,39 6,87 6,76 4,06 Exportações de bens, mercadorias e serviços... 10 5 0 15 20 (%) Importações de bens, mercadorias e serviços PORTUGAL COSTA DO MARFIM 2016 2017 2018 2019 20202015 19,69 4,3 8,12 10,93 ... e Importações
  • 7. 37 Portugal Business on the Way37 Portugal Business on the Way Relações bilaterais entre Costa do Marfim e Portugal entre 2014 e 2016 Principais famílias de produtos (em milhares de euros) Costa do Marfim (importações de Portugal, k€) Quota de Portugal na Costa do Marfim (%) Quota da Costa do Marfim nas exportações de Portugal (%) 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento 7 479 11 903 12 325 5,53% 6,84% 7,48% 2,09% 3,38% 4,61% Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão 3 066 5 638 5 025 2,73% 4,64% 4,19% 0,18% 0,32% 0,28% Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos; suas partes 5 669 5 181 4 872 0,77% 0,59% 0,62% 0,18% 0,16% 0,15% Ferro e aço 1 825 2 978 3 059 1,24% 1,52% 1,72% 0,15% 0,27% 0,29% Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de... 1 275 1 575 2 241 0,34% 0,38% 0,42% 0,03% 0,04% 0,05% Vidro e suas obras 2 566 2 124 2 004 8,74% 6,44% 6,60% 0,52% 0,40% 0,35% Produtos farmacêuticos 1 980 2 357 1 958 0,68% 0,90% 0,63% 0,24% 0,28% 0,18% Obras de ferro fundido, ferro ou aço 1 010 1 243 1 669 0,39% 0,31% 0,84% 0,07% 0,09% 0,12% Plástico e suas obras 612 1 081 1 396 0,19% 0,27% 0,39% 0,02% 0,04% 0,05% Produtos de cerâmica 261 845 801 0,70% 1,99% 1,79% 0,04% 0,13% 0,11% Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões, almofadas e semelhantes 220 687 561 0,34% 0,92% 0,57% 0,01% 0,04% 0,03% Matérias albuminóides; amidos e féculas modificados; colas; enzimas 26 363 551 0,36% 4,10% 6,83% 0,03% 0,39% 0,63% Madeira e suas obras; carvão de madeira 141 61 436 1,67% 1,08% 5,50% 0,02% 0,01% 0,07% Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados; pigmentos e outras matérias corantes… 195 195 412 0,65% 0,52% 1,08% 0,11% 0,11% 0,25% Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios 1 080 759 347 0,22% 0,13% 0,07% 0,02% 0,01% 0,01% Alumínio e suas obras 820 907 326 2,64% 1,61% 0,75% 0,16% 0,17% 0,06% Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias semelhantes 132 93 185 1,13% 0,50% 1,03% 0,03% 0,02% 0,04% Carnes e miudezas comestíveis 78 200 150 0,11% 0,26% 0,23% 0,04% 0,09% 0,06% Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres 172 169 149 0,27% 0,25% 0,20% 0,01% 0,02% 0,01% Total 30 152 40 512 39 723 0,36% 0,47% 0,52% 0,06% 0,08% 0,08% Fonte: Tabela – ITC e cálculos Deloitte.
  • 8. 38Portugal Business on the Way Enquadramento e previsões macroeconómicas até 2020: Portugal vs. Gana Costa do Marfim, Gana e Senegal. PORTUGAL GANA Investimento total (% do PIB) 2015 10 14,50 12,25 16,75 19 2016 2017 2018 2019 2020 2015 13 15 14 16 17 2016 2017 2018 2019 2020 16,71 17 15,47 18,54 Investimento total (% do PIB) PORTUGAL 0 4,5 2,25 6,75 9 GANA 2016 2017 2018 2019 20202015 PIB (Preços Constantes, variação em percentagem) 0 1,30 0,65 1,95 2,60 2016 2017 2018 2019 20202015 3,84 5,111,59 1,50 PIB (Preços Constantes, variação em percentagem) Despesa Pública 0 4,5 2,25 6,75 9 GANA 2016 2017 2018 2019 20202015 reços Constantes, variação em percentagem) 0 3,84 5,111,50 4,5 13,5 9 0 18 (%) 2016 2017 2018 2019 20202015 PORTUGAL GANA 17,15 6 0,51 2,20 Inflação (média de preços do consumidor) GANA 2019 2020 PORTUGAL 0 12,5 25 50 37,5 2016 2017 2018 taxa de desemprego 2015 22,13 24,96 48,32 43,94 PORTUGAL -2 14 6 -10 22 (%) GANA 2016 2017 2018 2019 20202015 Exportações de bens, mercadorias e serviçosExportações de bens, mercadorias e serviços 6,39 1,71 -8,40 4,06 Exportações de bens, mercadorias e serviços... 3 0 -3 -6 6 9 (%) Importações de bens, mercadorias e serviços PORTUGAL GANA 2016 2017 2018 2019 20202015 8,12 -1,2 4,3 5,18 ... e Importações
  • 9. 39 Portugal Business on the Way39 Portugal Business on the Way Relações bilaterais entre Gana e Portugal entre 2014* e 2016 Principais famílias de produtos (em milhares de euros) Gana (importações de Portugal, k€) Quota de Portugal no Gana (%) Quota do Gana nas exportações de Portugal (%) 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento — — 18 430 — — 4,40% — — 6,89% Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos; suas partes — — 3 760 — — 0,27% — — 0,12% Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão — — 2 815 — — 0,91% — — 0,16% Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios — — 2 536 — — 0,16% — — 0,05% Obras de ferro fundido, ferro ou aço — — 1 438 — — 0,31% — — 0,10% Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de... — — 1 354 — — 0,15% — — 0,03% Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados; pigmentos e outras matérias corantes… — — 810 — — 1,82% — — 0,50% Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais — — 801 — — 0,45% — — 0,03% Produtos de cerâmica — — 729 — — 0,63% — — 0,10% Plástico e suas obras — — 681 — — 0,19% — — 0,03% Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões, almofadas e semelhantes — — 574 — — 0,48% — — 0,03% Alumínio e suas obras — — 408 — — 0,37% — — 0,07% Produtos diversos das indústrias químicas — — 338 — — 0,15% — — 0,09% Madeira e suas obras; carvão de madeira — — 237 — — 0,90% — — 0,04% Instrumentos e aparelhos de ótica, de fotografia, de cinematografia, de medida, de controlo ou de precisão; instrumentos e aparelhos — — 198 — — 0,05% — — 0,03% Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres — — 169 — — 0,28% — — 0,02% Cereais — — 165 — — 0,04% — — 0,26% Partes de veículos para vias férreas ou semelhantes — — 132 — — 0,51% — — 2,18% Obras diversas de metais comuns — — 116 — — 0,08% — — 0,04% Total — — 36 627 — — 0,36% — — 0,07% Fonte: Tabela – ITC e cálculos Deloitte, * Não existem dados de comércio para o ano de 2014 e 2015
  • 10. 40Portugal Business on the Way Enquadramento e previsões macroeconómicas até 2020: Portugal vs. Senegal Costa do Marfim, Gana e Senegal. PORTUGAL SENEGAL Investimento total (% do PIB) 2015 10 14,50 12,25 16,75 19 2016 2017 2018 2019 2020 2015 25 27 26 28 29 2016 2017 2018 2019 2020 25,23 28,13 15,47 18,54 Investimento total (% do PIB) PORTUGAL 6,3 6,7 6,5 6,9 7,1 SENEGAL 2016 2017 2018 2019 20202015 PIB (Preços Constantes, variação em percentagem) 0 1,30 0,65 1,95 2,60 2016 2017 2018 2019 20202015 6,46 7,05 1,59 1,50 PIB (Preços Constantes, variação em percentagem) 6,3 6,7 6,5 6,9 7,1 SENEGAL 2016 2017 2018 2019 20202015 os Constantes, variação em percentagem) 6,46 7,05 0,75 2,25 1,5 0 3 (%) 2016 2017 2018 2019 20202015 PORTUGAL SENEGAL 0,13 2,17 0,51 2,20 Inflação (média de preços do consumidor) PORTUGAL 6,67 0 3,33 -6,67 10 (%) SENEGAL 2016 2017 2018 2019 20202015 Exportações de bens, mercadorias e serviçosExportações de bens, mercadorias e serviços -3,33 6,39 6,92 -3,7 4,06 Exportações de bens, mercadorias e serviços... 0 -4,5 -9 4,5 9 (%) Importações de bens, mercadorias e serviços PORTUGAL SENEGAL 2016 2017 2018 2019 20202015 8,12 -5,2 4,3 7,63 ... e Importações Despesa Pública SENEGAL 2019 2020 PORTUGAL 0 12,5 25 50 37,5 2016 2017 2018 taxa de desemprego 2015 29,03 29,86 48,32 43,94
  • 11. 41 Portugal Business on the Way41 Portugal Business on the Way Relações bilaterais entre Senegal e Portugal entre 2014 e 2016 Principais famílias de produtos (em milhares de euros) Senegal (importações de Portugal, k€) Quota de Portugal no Senegal (%) Quota do Senegal nas exportações de Portugal (%) 2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016 Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais… 7 557 9 228 6 598 0,52% 0,78% 0,67% 0,19% 0,24% 0,21% Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos; suas partes 9 863 6 614 3 534 2,45% 1,23% 0,63% 0,31% 0,20% 0,11% Tabacos e seus sucedâneos manufaturados 3 786 3 075 2 834 7,26% 5,23% 7,49% 0,67% 0,43% 0,43% Ferro e aço 1 438 3 429 1 759 1,05% 2,07% 1,13% 0,12% 0,31% 0,16% Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento 15 6 1 747 0,04% 0,01% 2,82% 0,00% 0,00% 0,65% Plástico e suas obras 812 669 1 494 0,55% 0,43% 0,98% 0,03% 0,03% 0,06% Obras de ferro fundido, ferro ou aço 2 398 1 300 1 429 2,45% 1,31% 1,24% 0,17% 0,09% 0,10% Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios 6 369 6 391 1 286 2,15% 1,87% 0,31% 0,13% 0,12% 0,02% Preparados alimentares diversos 1 104 1 362 866 2,09% 2,35% 1,60% 0,73% 0,88% 0,49% Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de... 1 267 2 149 726 0,50% 0,65% 0,23% 0,03% 0,05% 0,02% Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão 2 590 1 551 706 3,48% 1,94% 0,91% 0,15% 0,09% 0,04% Madeira e suas obras; carvão de madeira 170 86 682 0,39% 0,21% 1,62% 0,02% 0,01% 0,11% Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias semelhantes 519 432 609 5,59% 4,51% 7,61% 0,12% 0,09% 0,13% Produtos de cerâmica 430 587 598 1,28% 1,95% 1,61% 0,07% 0,09% 0,09% Alumínio e suas obras 663 264 539 2,83% 1,05% 1,98% 0,13% 0,05% 0,10% Móveis; mobiliário médico-cirúrgico; colchões, almofadas e semelhantes 1 108 583 386 2,51% 1,42% 0,92% 0,07% 0,03% 0,02% Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres 279 1 188 265 1,08% 3,98% 0,91% 0,02% 0,11% 0,03% Preparações alimentícias de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria 20 226 258 0,02% 0,24% 0,22% 0,01% 0,07% 0,08% Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados; pigmentos e outras matérias corantes… 81 141 253 0,61% 0,89% 1,55% 0,05% 0,08% 0,16% Total 43 978 42 746 27 703 0,90% 0,85% 0,56% 0,09% 0,09% 0,06% Fonte: Tabela – ITC e cálculos Deloitte.
  • 12. 42Portugal Business on the Way Mais de 67 milhões de habitantes é quanto vale o conjun- to dos três mercados Gana, Costa do Marfim e Senegal. Um número que constitui um apelo interessante para as empresas portuguesas que desejam entrar em qualquer um destes países com os seus produtos ou serviços. Com a ajuda da Associação Empresarial de Portugal (AEP) várias têm sido as empresas nacionais, dos mais variados secto- res, a colocar estes mercados na sua mira exportadora. Tudo começa com visitas aos países, sendo exemplo disso a missão multissectorial que a AEP está a preparar à Cos- ta do Marfim e ao Gana, para o último trimestre do ano (entre 4 e 10 de novembro de 2018). À semelhança, aliás, de uma outra, realizada em julho de 2017 também no âm- bito do programa PORTUGAL2020 e COMPETE2020, Programa Operacional da Competitividade e Internacio- nalização, Eixo II – Projetos Conjuntos, e com o objetivo de facultar às empresas portuguesas o estabelecimento de contactos com empresas locais e entidades institucionais, através de reuniões previamente agendadas. Nesta nova missão, as empresas nacionais terão a possi- bilidade de, no terreno, compreender as necessidades mais emergentes destes mercados e perceber as potencialidades que os mesmos proporcionam nos vários sectores de ati- vidade. Se dúvidas houvesse, caro empresário, para o conven- cer a embarcar nesta missão, destaco alguns aspetos que considero importantes. Desde logo a Costa do Marfim e o Gana são, atualmente, duas das economias africanas com maior crescimento e potencial. Ambos os países integram a CEDEAO, (organização regional de integração económica dos países da África Ocidental), que compreende cerca de 230 milhões de con- sumidores. A Costa do Marfim é também membro da UEMOA – União Económica e Monetária da África Ocidental, uma Together, the markets of Ghana, the Ivory Coast and Sen- egal represent over 67 million people. This is an enticing figure for Portuguese companies who would like to place their goods or services in either of these countries. With the help of the Portuguese Business Association (AEP), several national companies, from a variety of sectors, have placed these markets in their exporting sights. It all begins with visits to the countries, such as the multisector trade mis- sion the AEP is organising for the Ivory Coast and Ghana, to take place during the last quarter of the year, between the 4th and the 10th of November, 2018. A similar one took place in July 2017, also within the framework of the PORTUGAL2020 and COMPETE2020 Operational Com- petitiveness and Internationalisation Programme, Axis II – Joint Ventures, the purpose of which is to help Portuguese companies make contacts with their local counterparts and institutions, through previously scheduled meetings. With this new mission, the national companies will have the opportunity to become acquainted, on the ground, with the emerging necessities of these markets and to better un- derstand their potential for different sectors. If you are in any doubt about the advantages of taking part in this mission, let me point out some of the aspects I consider most important. For starters, the Ivory Coast and Ghana are, currently, two of Africa’s most promising and fastest growing economies. Both are members of the Economic Community of West African States (ECOWAS), which represents a total of around 230 million consumers. The Ivory Coast is also a member of the West African Economic and Monetary Union (UEMOA), a sub-regional integration initiative, under which custom duties for trade were eliminated. The member states – Benin, Burkina Faso, Ivory Coast, Mali, Niger, Senegal and Togo – also share a common currency, the CFA Franc. Following several years of political turbulence, the GDP Testemunho/AEP Internacionalização Experiencies/AEP Internacionalisation Tiago Pereira
  • 13. 43 Portugal Business on the Way43 Portugal Business on the Way iniciativa sub-regional de integração, ao abrigo do qual fo- ram eliminados os direitos aduaneiros aplicados às trocas comerciais, partilhando também de uma moeda única, o Franco CFA, entre os seus membros (Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo). Depois de vários anos de turbulência política, a Cos- ta do Marfim apresenta crescimento do PIB e aposta em sectores como o das infraestruturas, nomeadamente na melhoria do acesso da população à eletricidade, à água e à rede rodoviária. O governo lançou, inclusivamente, no ano passado, um Plano Nacional de Desenvolvimento até 2020, que segundo o primeiro-ministro, Amadou Gon Coulibaly, está estimado em 60 mil milhões de dólares. O objetivo é um financiamento do sector público na or- dem dos 40%, de forma a apoiar tudo o que está ligado às infraestruturas. E, por outro lado, obter 60% do sector privado. Há também uma forte aposta no investimento no capital humano, tudo o que tem a ver com a educação e a formação profissional, e ainda no sector da saúde. De destacar que mais de 60% da população marfinense tem menos de 35 anos de idade. Ou seja, atualmente, a Costa do Marfim apresenta múltiplas oportunidades em vários sectores, desde a cons- trução, maquinaria e ferramentas, turismo, novas tecno- logias, energias renováveis, bens alimentares, produtos farmacêuticos e hospitalares, entre outros. E as empresas portuguesas cá estão para dar resposta. Basta inscreve- rem-se nesta missão da AEP e aí vamos nós. Já o Gana, depois de uns anos de profunda crise, fome e golpes militares, iniciou em 1992 um período de acalmia, sobretudo depois de eleições e há cerca de uma década, com a descoberta de grandes reservas oceânicas de petró- leo na costa. Agora, com o preço do petróleo de novo a subir e a produção a aumentar, o Gana bem pode vir a ser uma das economias de crescimento mais rápido este ano, de acordo com o Banco Mundial, o Banco de Desenvol- vimento Africano, o Fundo Monetário Internacional e a Brookings Institution. A previsão destas instituições aponta para um crescimen- to para 2018, entre 8,3% e 8,9%, podendo ultrapassar até a Índia, com seu próspero sector da tecnologia, e a Etiópia, que ao longo da década mais recente foi uma das economias of the Ivory Coast has been growing and the government has invested in sectors such as infrastructure, specifically the improvement of access to electricity, water and the road networks. Last year the Government also launched a Na- tional Development Plan, until 2020, which, according to Prime-ministerAmadouGonCoulibaly,iswortharound60 billion dollars. The goal is to support infrastructure, with 40% of funding coming from the public sector and 60% from the private sector. It also includes strong investment in human resources, through education and professional train- ing, as well as the health sector. It should be noted that over 60% of the population of the Ivory Coast is under 35. So, as you can see, the Ivory Coast currently presents plenty of opportunities in a variety of sectors, from con- struction, machinery and tools, tourism, new technolo- gies, renewable energies, food, hospital and pharmaceutical products, among others. Portuguese companies are ready to step in. All you need to do is enrol in the AEP trade mis- sion, and off we go. As for Ghana, following years of deep crisis, hunger and military coups, in 1992 a period of calm set in, especially after elections and, around a decade ago, the discovery of large oil reserves off the coast. Now, with oil prices and production rising again, Ghana may well become one of the fastest growing economies this year, according to the World Bank, the African Development Bank, the Interna- tional Monetary Fund and the Brookings Institution. The forecasts of these institutions point to growth of around 8.3% and 8.9% for 2018, which could surpass that of India, with its prosperous technology sector, and Ethio- pia, which over the past decade was one of the fastest grow- ing economies in Africa, thanks to expansion of farming and coffee exports. In January, Ghana’s main stock index registered the fastest growth in the world, at 19%, accord- ing to Bloomberg. Cocoa is another important resource in Ghana, and economists have been at pains to advise the country to avoid the “natural resources curse”, which has led other states to focus solely on extraction of oil and other minerals, thereby compromising the economy. President Nana Akufo-Addo, elected towards the end of 2016, when the economy was in a slump, promised to take that advice to heart and channelled the oil revenues
  • 14. 44Portugal Business on the Way into teaching, agriculture and industry, basically diversify- ing the economy. Finally, Senegal. With the economy showing lower growth rates than the regional average in 2014, it has man- aged to grow by 4.5%, with a 5% growth forecast. The country depends largely on agriculture (peanuts, beans, cassava, watermelon, corn and rice) and imports hydro- carbons, having benefited from a steep drop in oil prices. A recent evaluation by the International Monetary Fund (IMF) suggested structural reform, an increase in exports and attraction of foreign investment. To meet this goal, the Government launched the Emerging Senegal Plan (PSE) 2014-2035, which is based on three pillars: bigger and more sustainable growth, of around 7% to 8%, based on direct foreign investment; human development and social protec- tion and improvement in governance, peace and security. A vast programme for modernisation of infrastructure, especially in the capital, was also initiated, and several large-scale works are underway, such as the airport and an International Conference Centre in Dakar. The Diamnado Valley aims to create an industrial and services platform, with hospitals, universities and headquarters for several public organisations. The project has a direct employment creation potential of around 30 thousand to 40 thousand jobs. At the same time, investments are being made in the electricity network so as to diminish the cost of electricity, making companies more competitive. Several reforms are also being launched in the sectors of business support and direct foreign investment attractions, aimed at cutting red tape and making it easier to create companies. This is all great news for Portuguese companies looking to invest. If that is what you have in mind, the AEP is here to help. Wel- come aboard! africanas de crescimento mais rápido, graças à expansão da produção agrícola e das exportações de café. Em janeiro, o principal índice de ações de Gana alcançou o crescimento mais rápido do mundo, 19%, de acordo com a Bloomberg. O cacau é a outro recurso importante do Gana, e os economistas frisam isso, alertando ao mesmo tempo para que o país evite a chamada “maldição dos recursos natu- rais”, que levou outros países a focarem-se apenas na ex- tração de petróleo e outros minerais e com isso compro- meterem a economia. O presidente Nana Akufo-Addo, eleito no final de 2016, com a economia em baixa, prometeu ter esse con- selho em consideração, canalizando o investimento do pe- tróleo para o ensino, a agricultura e a indústria. No fundo, diversificando a economia. Por último, o Senegal. Com uma economia a apresen- tar taxas de crescimento inferiores à média da região, em 2014, conseguiu crescer 4,5%, prevendo-se que vá aos 5%. País dependente da agricultura (amendoim, feijão, mandioca, melancia, milho e arroz) é importador de hi- drocarbonetos, tendo beneficiado da descida acentuada do preço do petróleo. Numa avaliação recente, o Fundo Mo- netário Internacional (FMI) sugeriu reformas estruturais, um aumento das exportações e a atração de investimento estrangeiro. Para cumprir este desígnio, o governo lançou o Plano Senegal Emergente (PSE) 2014-2035, que se de- senvolve em três pilares: crescimento maior e mais susten- tável, na ordem dos 7% ou 8%, baseado no investimento direto estrangeiro; desenvolvimento humano e proteção social e na melhoria da governação, paz e segurança. Foi ainda lançado um vasto programa de modernização das infraestruturas, nomeadamente na capital, havendo diversas grandes obras. É o caso do aeroporto e o Centro Internacional de Conferências de Dacar. Já o Diamniado Valley visa criar uma plataforma industrial e de serviços, com hospitais, universidades e as sedes de várias institui- ções públicas. O projeto tem o potencial para criar entre 30 mil e 40 mil empregos diretos. Paralelamente, estão a ser feitos investimentos na rede elétrica, de forma a di- minuir os custos da eletricidade e, deste modo, tornar as empresas mais competitivas. Também na área do apoio às empresas e à captação de investimento direto estrangeiro, estão a ser lançadas diversas reformas visando a desburo- cratização e a descida do custo de criação de empresas. Ótimas notícias para as empresas portuguesas que quei- ram investir. Se essa for a sua missão, a AEP cá está para o ajudar. Seja bem-vindo.