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Brasil e o Multilateralismo
contemporâneo na área ambiental



         Prof. Giorgio Romano

         02 de maio de 2012

                                1
                                    1
Direito Público Internacional

Em questão: implementação nacional das regras
internacionais

ONU: > 30.000 tratados internacionais

   Soberania nacional x integração global




                                                2
Constituição 1988
Artigo 5 – parágrafo 2º Direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
dos princípios por ela dotados ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Art 49 – É da competência exclusiva do Congresso
Nacional:...resolver definitivamente sobre tratados, acordos
ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

Art 84 - Competência Presidente: ...celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;

                                                                3
Tratado – Protocolo- Convenção

                   Negociação




    Promulgação                   Assinatura




     Ratificação
                                  Mensagem
        pelo
                                 ao Congresso
     Preisdente



                    Aprovação
                   parlamentar
                                                4
Governança internacional/global
Pós-guerra fria: conceito de governança internacional/ global

•   Promoção e aceitação de um modo inclusive e consensual
    de ordenamento das relações internacionais.

•   Engloba dinâmica do sistema dos Estados nacionais/
    Organizações Internacionais (OI), regimes internacionais e
    atores não estatais.

•   Surge conceito de bens públicos globais (global public
    goods)

                                                                 5
Regimes Internacionais
Conceito para o estudo das negociações multilaterais em
campos específicos.

Keohane: os Regimes Internacionais são padrões
institucionalizados de cooperação. Os atores continuam
movidas somente por interesses próprios.

   Indagar como normas e regras internacionais afetam o
    Comportamento dos atores: noção de reciprocidade ao
    longo do tempo, que tem a ver com construção de
    confiança e credibilidade;
   rejeitar uma visão puramente legalista pela qual o DPI
    poderia funcionar independentemente das condições
    políticas.
                                                             6
Regimes Internacionais
Def. “instituições (criações sociais) que reúnem diversos
     atores (públicos e privados) com expectativas convergentes
     (interesse em encontrar uma solução a um problema
     específico) e para isso procuram negociar em encontros
     multilaterais.”

Porque estados soberanos cooperam em Regimes Internacionais?

 Funcionalismo: atores racionais calculam vantagens do
diálogo/ concessões e compromissos recíprocos.
 Construtivismo (cognitivista): Estados compartilham
valores, idéias, conhecimento. Consciência que os problemas em
jogo não são só nacionais.
                                                             7
Multilateralismo formal

           Sistema
             ONU
Sistema
Bretton                    GATT/OMC
Woods

          Multilaralismo




                                      8
Governança internacional/global
   Não se concretizou crença idealista quanto à
    interdependência de um mundo liberal pós-Guerra Fria
    (debate sobre multilateralismo limitada à questões
    relacionadas ao desempenho e à efetividade das
    organizações internacionais)

   Debate aberto às dimensões normativas):
    1) reconhecimento assimetrias de poder e ganhos relativos
    2) risco de aprofundamento das desigualdades e
    fortalecimento das estruturas hierárquicas do ordenamento
    internacional.


                                                                9
Multilateralismo frouxo / messy
        Multilateralism.– Richard Haas
Diante da inoperância do “multilateralismo clássico” surge
novo padrão do multilateralismo
 multilateralismo elitista: arranjos exclusivos, tipo G20,
    Major Economies Fórum para tratar de Energia e Clima
    criado pelos EUA em 2009;
 multilateralismo regionalista: proliferação de arranjos
    comerciais bilaterais e regionais;
 multilateralismo funcional – principais atores com a
    regulação em determinada área assumem condução do
    processo (ex. Kyoto, TPI);
 multilateralismo informal (G20 financeiro, Acordos de
    Basiléia) não precisa de ratificação pelos parlamentos:
    regulamentação por meio de implementação de medidas e
    normas consensuadas.                                    10
Estratégia Brasil na arena multilateral
Estratégia brasileira:
 Apresentar-se como mediadora entre grandes potências e
     os demais membros do sistema.
 Pleiteando reconhecimento equivalente ao das grandes
     potências (desde o empenho para tentar obter assento
     permanente na Liga das Nações).

    Característica pendular da diplomacia multilateral
    brasileira: entre posição de princípios na defesa de uma
    ordem internacional menos desigual
                               X
    posições pragmáticas de aceitação da hierarquia do
    sistema internacional
                                                               11
Estratégia Brasil


Risco: dissonância/ tensão entre
 objetivos particulares -voltados para sua inserção
    individual/ pragmatismo/ aceitação status quo - e
 promoção do universalismo no acesso aos espaços
    decisórios/ princípios/ questionamento status quo

Dilema Brasil: trade-off entre solidariedade à articulação
com os países do Sul e defesa interesses próprios




                                                             12
MULTILATERALISMO NA ÁREA
AMBIENTAL

DE ESTADO VETO PARA ESTADO
PROMOTOR




                             13
Multilateralismo na área ambiental
Meio ambiente ganha peso na PEB a partir de 1992
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (RIO 92)

   reconhecimento ser o país mais rico em diversidade
    biológica (15-20% do total mundial)
   capacidade e vontade de aumentar inserção
    internacional
   mudança gradual de postura Estado veto para Estado
    promotor



                                                         14
Multilateralismo na área ambiental


Princípios da estratégia de inserção internacional
do Brasil:

      direito ao desenvolvimento soberania
      responsabilidades comuns, porém diferenciadas
      cooperação internacional
      solução pacífico de conflitos


                                                     15
Multilateralismo na área ambiental
   Características do Brasil

       signatário quase todos os acordos ambientais multilaterais
       mas, internalização lenta
       envolvimento vários órgãos (MCT, MMA, MRE, mas
        também Saúde e Agricultura)
       ativa articulação em grupos e fóruns:
        1) Grulac (Grupo de Países da ALC da ONU)
        2) G77/China
        3) Megadiversos Afins (Like-Mindes Megadiverse
        Countries- LMMC) – países ricos em biodiversidade
        4) G20
        5) BRIC, IBAS, BASIC entre outros
                                                                16
Regimes Internacionais Ambientais
Características gerais Regimes Ambientais:

   Condução da negociação pela ONU (Programa das
    Nações Unidas para o Meio Ambiente/ PNUMA e o
    Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/
    PNUD);
   meio ambiente relacionado com questões comerciais,
    tecnológicas, segurança alimentar, energia, entre outros;
   liderança principalmente da União Européia
   soft norms: regras de caráter moral/ético/político, porem
    fracas de ponto de vista jurídico (nenhuma sanção);
   envolvimento setores não-estatais.


                                                                17
Mudanças climáticas e o Brasil

Permanece reivindicação aos países desenvolvidos por parte
do G77/China:

   recursos novos e adicionais
   transferência de tecnologia para a solução dos
    problemas tratados no âmbito do regime

Problema: taxa de emissões cresceu cerca 3% ao ano e
desde 2000 aumentaram 20%. Grandes emissores do século
XXI fora do Anexo I (China, EUA, Índia, Indonésia,
Brasil)

                                                             18
Governança ambiental

Governança ambiental: conjunto de Regimes Internacionais
contemporâneos.

    Mudanças climáticas

    Diversidade biológica

    Recursos genéticos

    Biossegurança

    Florestas
                                                           19
Matriz energético Brazis x Mundo
Fonte de Energia                   Brasil   Mundo

Não renovável                      54%      87%
Petróleo; gás natural;
carvão mineral, urânio.



Renovável                          46%      13%
Hidroelétrica; madeira e carvão
vegetal; etanol , solar, eólica.

                                                    20
Mudanças climáticas e o Brasil


•   Custos de mitigação baixos devido à matriz energética.
    => redução significativa
    desmatamento custo muito pouco.

•   Política Nacional sobre Mudança do Clima
    (Lei12.187,29/12/2009): metas de combate ao
    desmatamento assumidas pouco antes da COP 15 como
    tipo de “compromisso voluntário” (voluntário pq Brasil
    não faz parte do Anexo I do Protocolo de Kyoto)



                                                             21
Mudanças climáticas e o Brasil
     representou mudança postura política extraordinária.
Brasil se recusava a assumir metas obrigatórias de
mitigação com base no princípio das responsabilidades
comuns, porém diferenciadas (referência a responsabilidade
histórica dos países desenvolvidos).

Obs Brasil único país em desenvolvimento com excelente
    sistema de monitoramento do desflorestamento por
    satélite (INPE – Instituto Nacional de Pesquisas
    Espaciais/ MCT).



                                                             22
Brasil campeão redução emissões GEE
• 2005-2009 queda de 25% em comparação período 2001-2004:

 Média Anual          Média Anual          Média Anual
 2001-2004            2005-2009            2009-2010



• No other case of emission reductions of such magnitude.
  20,000km2           12,000km2             7,200 km2




                                                            23
Metas 2020

Mudança uso da terra                  -24,7%
(desmatamento)
Agricultura                          -4,9%-6,1%
Industria                            -0,3%-0,4%
Energia (incl                        -6,1%-7,7%
transporte)

    •2005 Government Report:           2,2GtCO2 Equivalent
    •Projection business as usual:     3,2 in 2020
    •Target set in 12/2009:            2,0 in 2020     24
Evolução desmatamento




                        25
Fonte de GEE no Brasil
                          2005               2020
                                  (Plano Nacional Mudanças
                                          climáticas)
Energia (incl.            17%                 27%
transporte)
Atividades industriais    4%                7%

Agricultura              10,2%              23%

Mudança uso de terra     68,1%              43%
(desmatamento)
Tratamento lixo           0,6%               -
                                                     26
Total bruto véiculos em circulação

80

70

60

50

40

30

20
     2000   2002   2004   2006      2008          2012

                                                                      27
                                 Source: Ministério dos Transportes
Projeção evolução carros
60

55                        56

50

45

40             40

35

30      29
25

20
     2009              2020

                                                 28
                               Source: Anfavea
Estimativas produção gasolina x etanol
             (in 1000 m3)
           2011     2015     2020


Gasolina   24,688   18,174   21,677


Etanol     23,715   42,268   64,643



                              Source: EPE
                                            29
Evolução produção açucar
                                                                                                        Evolution Sugar can production

                                       700
Produção de cana-de-açucar, Ton 10^6




                                       600
                                                                                                                                                                                                                                                              73%f lex
                                                                                                                                                                                                                                     Primeiro f lex
                                                                                                                                           Carro de 1.000cc
                                                                                                                                           Aument a export ação de açucar

                                       500                                                                                                                                        Carro de 1.000cc
                                                                                                                                                                                  Aument a export ação de açucar
                                                                                                                                  Fim do Proálcool
                                                                                                                                  Desabast eciment o

                                                                                                                                                                                                                0,1%de carro a et anol
                                       400
                                                                                                  Iní cio da desregulament ação




                                       300                                                                                   Cont ra choque do pet róleo
                                                                                                                             96%de carro a et anol


                                                                                                                                                    30%de carro a et anol
                                       200                                                                     Segundo choque do pet róleo

                                                                                                                Iní cio do Proálcool

                                                                            Primeiro choque do pet róleo
                                       100
                                         Aqueciment o do mercado int ernacional de açucar



                                         0
                                              1948/49

                                                        1951/52

                                                                  1954/55

                                                                              1957/58

                                                                                        1960/61

                                                                                                     1963/64

                                                                                                                   1966/67

                                                                                                                                1969/70

                                                                                                                                          1972/73

                                                                                                                                                    1975/76

                                                                                                                                                              1978/79

                                                                                                                                                                        1981/82

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                                                                                                                                                                                            1987/88

                                                                                                                                                                                                      1990/91

                                                                                                                                                                                                                 1993/94

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                                                                                                                                                              harvest

                                                                                                                                                                                                                                                                                  30
Três pilares

                        Social


    Econômico
                                         Ambiente


                      Desenvolvi
                        mento
                      sustentável


Exemplo: políticas anti-crise2008/2009              31
O Debate
• Risco: de que a dimensão da sustentabilidade do
  desenvolvimento seja diluída, na Conferência, em uma agenda
  excessivamente abrangente, que resulte na perda de foco
  dos esforços de coordenação internacional na área da mudança
  climática e do meio ambiente.

• Evitar: alinhamento automático com outras economias em
  desenvolvimento, mas pelo papel indispensável de facilitador
  de consensos, no qual ninguém poderá tomar o lugar do Brasil.



                                                             32

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Brasil e o multilateralismo ambiental

  • 1. Brasil e o Multilateralismo contemporâneo na área ambiental Prof. Giorgio Romano 02 de maio de 2012 1 1
  • 2. Direito Público Internacional Em questão: implementação nacional das regras internacionais ONU: > 30.000 tratados internacionais  Soberania nacional x integração global 2
  • 3. Constituição 1988 Artigo 5 – parágrafo 2º Direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela dotados ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Art 49 – É da competência exclusiva do Congresso Nacional:...resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Art 84 - Competência Presidente: ...celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; 3
  • 4. Tratado – Protocolo- Convenção Negociação Promulgação Assinatura Ratificação Mensagem pelo ao Congresso Preisdente Aprovação parlamentar 4
  • 5. Governança internacional/global Pós-guerra fria: conceito de governança internacional/ global • Promoção e aceitação de um modo inclusive e consensual de ordenamento das relações internacionais. • Engloba dinâmica do sistema dos Estados nacionais/ Organizações Internacionais (OI), regimes internacionais e atores não estatais. • Surge conceito de bens públicos globais (global public goods) 5
  • 6. Regimes Internacionais Conceito para o estudo das negociações multilaterais em campos específicos. Keohane: os Regimes Internacionais são padrões institucionalizados de cooperação. Os atores continuam movidas somente por interesses próprios.  Indagar como normas e regras internacionais afetam o Comportamento dos atores: noção de reciprocidade ao longo do tempo, que tem a ver com construção de confiança e credibilidade;  rejeitar uma visão puramente legalista pela qual o DPI poderia funcionar independentemente das condições políticas. 6
  • 7. Regimes Internacionais Def. “instituições (criações sociais) que reúnem diversos atores (públicos e privados) com expectativas convergentes (interesse em encontrar uma solução a um problema específico) e para isso procuram negociar em encontros multilaterais.” Porque estados soberanos cooperam em Regimes Internacionais?  Funcionalismo: atores racionais calculam vantagens do diálogo/ concessões e compromissos recíprocos.  Construtivismo (cognitivista): Estados compartilham valores, idéias, conhecimento. Consciência que os problemas em jogo não são só nacionais. 7
  • 8. Multilateralismo formal Sistema ONU Sistema Bretton GATT/OMC Woods Multilaralismo 8
  • 9. Governança internacional/global  Não se concretizou crença idealista quanto à interdependência de um mundo liberal pós-Guerra Fria (debate sobre multilateralismo limitada à questões relacionadas ao desempenho e à efetividade das organizações internacionais)  Debate aberto às dimensões normativas): 1) reconhecimento assimetrias de poder e ganhos relativos 2) risco de aprofundamento das desigualdades e fortalecimento das estruturas hierárquicas do ordenamento internacional. 9
  • 10. Multilateralismo frouxo / messy Multilateralism.– Richard Haas Diante da inoperância do “multilateralismo clássico” surge novo padrão do multilateralismo  multilateralismo elitista: arranjos exclusivos, tipo G20, Major Economies Fórum para tratar de Energia e Clima criado pelos EUA em 2009;  multilateralismo regionalista: proliferação de arranjos comerciais bilaterais e regionais;  multilateralismo funcional – principais atores com a regulação em determinada área assumem condução do processo (ex. Kyoto, TPI);  multilateralismo informal (G20 financeiro, Acordos de Basiléia) não precisa de ratificação pelos parlamentos: regulamentação por meio de implementação de medidas e normas consensuadas. 10
  • 11. Estratégia Brasil na arena multilateral Estratégia brasileira:  Apresentar-se como mediadora entre grandes potências e os demais membros do sistema.  Pleiteando reconhecimento equivalente ao das grandes potências (desde o empenho para tentar obter assento permanente na Liga das Nações). Característica pendular da diplomacia multilateral brasileira: entre posição de princípios na defesa de uma ordem internacional menos desigual X posições pragmáticas de aceitação da hierarquia do sistema internacional 11
  • 12. Estratégia Brasil Risco: dissonância/ tensão entre  objetivos particulares -voltados para sua inserção individual/ pragmatismo/ aceitação status quo - e  promoção do universalismo no acesso aos espaços decisórios/ princípios/ questionamento status quo Dilema Brasil: trade-off entre solidariedade à articulação com os países do Sul e defesa interesses próprios 12
  • 13. MULTILATERALISMO NA ÁREA AMBIENTAL DE ESTADO VETO PARA ESTADO PROMOTOR 13
  • 14. Multilateralismo na área ambiental Meio ambiente ganha peso na PEB a partir de 1992 Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO 92)  reconhecimento ser o país mais rico em diversidade biológica (15-20% do total mundial)  capacidade e vontade de aumentar inserção internacional  mudança gradual de postura Estado veto para Estado promotor 14
  • 15. Multilateralismo na área ambiental Princípios da estratégia de inserção internacional do Brasil:  direito ao desenvolvimento soberania  responsabilidades comuns, porém diferenciadas  cooperação internacional  solução pacífico de conflitos 15
  • 16. Multilateralismo na área ambiental Características do Brasil  signatário quase todos os acordos ambientais multilaterais  mas, internalização lenta  envolvimento vários órgãos (MCT, MMA, MRE, mas também Saúde e Agricultura)  ativa articulação em grupos e fóruns: 1) Grulac (Grupo de Países da ALC da ONU) 2) G77/China 3) Megadiversos Afins (Like-Mindes Megadiverse Countries- LMMC) – países ricos em biodiversidade 4) G20 5) BRIC, IBAS, BASIC entre outros 16
  • 17. Regimes Internacionais Ambientais Características gerais Regimes Ambientais:  Condução da negociação pela ONU (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente/ PNUMA e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/ PNUD);  meio ambiente relacionado com questões comerciais, tecnológicas, segurança alimentar, energia, entre outros;  liderança principalmente da União Européia  soft norms: regras de caráter moral/ético/político, porem fracas de ponto de vista jurídico (nenhuma sanção);  envolvimento setores não-estatais. 17
  • 18. Mudanças climáticas e o Brasil Permanece reivindicação aos países desenvolvidos por parte do G77/China:  recursos novos e adicionais  transferência de tecnologia para a solução dos problemas tratados no âmbito do regime Problema: taxa de emissões cresceu cerca 3% ao ano e desde 2000 aumentaram 20%. Grandes emissores do século XXI fora do Anexo I (China, EUA, Índia, Indonésia, Brasil) 18
  • 19. Governança ambiental Governança ambiental: conjunto de Regimes Internacionais contemporâneos.  Mudanças climáticas  Diversidade biológica  Recursos genéticos  Biossegurança  Florestas 19
  • 20. Matriz energético Brazis x Mundo Fonte de Energia Brasil Mundo Não renovável 54% 87% Petróleo; gás natural; carvão mineral, urânio. Renovável 46% 13% Hidroelétrica; madeira e carvão vegetal; etanol , solar, eólica. 20
  • 21. Mudanças climáticas e o Brasil • Custos de mitigação baixos devido à matriz energética. => redução significativa desmatamento custo muito pouco. • Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei12.187,29/12/2009): metas de combate ao desmatamento assumidas pouco antes da COP 15 como tipo de “compromisso voluntário” (voluntário pq Brasil não faz parte do Anexo I do Protocolo de Kyoto) 21
  • 22. Mudanças climáticas e o Brasil representou mudança postura política extraordinária. Brasil se recusava a assumir metas obrigatórias de mitigação com base no princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas (referência a responsabilidade histórica dos países desenvolvidos). Obs Brasil único país em desenvolvimento com excelente sistema de monitoramento do desflorestamento por satélite (INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/ MCT). 22
  • 23. Brasil campeão redução emissões GEE • 2005-2009 queda de 25% em comparação período 2001-2004: Média Anual Média Anual Média Anual 2001-2004 2005-2009 2009-2010 • No other case of emission reductions of such magnitude. 20,000km2 12,000km2 7,200 km2 23
  • 24. Metas 2020 Mudança uso da terra -24,7% (desmatamento) Agricultura -4,9%-6,1% Industria -0,3%-0,4% Energia (incl -6,1%-7,7% transporte) •2005 Government Report: 2,2GtCO2 Equivalent •Projection business as usual: 3,2 in 2020 •Target set in 12/2009: 2,0 in 2020 24
  • 26. Fonte de GEE no Brasil 2005 2020 (Plano Nacional Mudanças climáticas) Energia (incl. 17% 27% transporte) Atividades industriais 4% 7% Agricultura 10,2% 23% Mudança uso de terra 68,1% 43% (desmatamento) Tratamento lixo 0,6% - 26
  • 27. Total bruto véiculos em circulação 80 70 60 50 40 30 20 2000 2002 2004 2006 2008 2012 27 Source: Ministério dos Transportes
  • 28. Projeção evolução carros 60 55 56 50 45 40 40 35 30 29 25 20 2009 2020 28 Source: Anfavea
  • 29. Estimativas produção gasolina x etanol (in 1000 m3) 2011 2015 2020 Gasolina 24,688 18,174 21,677 Etanol 23,715 42,268 64,643 Source: EPE 29
  • 30. Evolução produção açucar Evolution Sugar can production 700 Produção de cana-de-açucar, Ton 10^6 600 73%f lex Primeiro f lex Carro de 1.000cc Aument a export ação de açucar 500 Carro de 1.000cc Aument a export ação de açucar Fim do Proálcool Desabast eciment o 0,1%de carro a et anol 400 Iní cio da desregulament ação 300 Cont ra choque do pet róleo 96%de carro a et anol 30%de carro a et anol 200 Segundo choque do pet róleo Iní cio do Proálcool Primeiro choque do pet róleo 100 Aqueciment o do mercado int ernacional de açucar 0 1948/49 1951/52 1954/55 1957/58 1960/61 1963/64 1966/67 1969/70 1972/73 1975/76 1978/79 1981/82 1984/85 1987/88 1990/91 1993/94 1996/97 1999/00 2002/03 2005/06 2008/09 2011/12 harvest 30
  • 31. Três pilares Social Econômico Ambiente Desenvolvi mento sustentável Exemplo: políticas anti-crise2008/2009 31
  • 32. O Debate • Risco: de que a dimensão da sustentabilidade do desenvolvimento seja diluída, na Conferência, em uma agenda excessivamente abrangente, que resulte na perda de foco dos esforços de coordenação internacional na área da mudança climática e do meio ambiente. • Evitar: alinhamento automático com outras economias em desenvolvimento, mas pelo papel indispensável de facilitador de consensos, no qual ninguém poderá tomar o lugar do Brasil. 32