2. Biografia
Dorothea Margaretta Nutzhorn, nasceu em
1895, na cidade de Hoboken, New Jersey, nos
EUA, ela foi vítima de paralisia infantil, o
que a deixou manca pelo resto da vida. Mais
de uma vez, Dorothea afirmou que isto a
deixou mais sensível em relação ao so"imento
alheio, aspecto fundamental no seu trabalho.
Encorajada pelo fotógrafo Arnold Genthe,
que lhe deu a primeira câmara, Dorothea
começou como autodidata e mais tarde estudou
fotografia na Columbia University.
Profissionalmente, começou como
fotofinalizadora, passou a fotografar como
"eelancer, e finalmente montou seu próprio
estúdio em 1919, em Berkeley, na Califórnia.
3. Biografia
Depois de mais de uma década fazendo retratos de estúdio, Dorothea não mais resistiu ao
"chamado das ruas" e começou a documentar o povo de San Francisco. Isto a levou para o
Centro de Reabilitação Rural da Califórnia e depois para Farm Security Administration
(FSA), onde juntamente com seu futuro marido, Paul Taylor, fotografou as ondas de migrantes
rurais vítimas das péssimas condições econômicas da época.
As fotos de Dorothea Lange diferenciavam-se basicamente pela sua postura de honestidade sem
artifícios. Eram homens e mulheres pobres e desempregados, na maior parte das vezes sem
esperanças, mas continuava sempre presente a dignidade, até mesmo um certo orgulho interior,
que se revelava sem pudor para as lentes de Dorothea, mostrando inequívoca empatia entre
fotógrafo e fotografado. Até hoje suas imagens são consideradas fiel retrato dos EUA pós-
depressão.
4. Farm Security Administration
Orgão criado em 1935, pelo presidente americano
Franklin Roosevelt, para ajudar a população de
áreas rurais que foram afetadas pela Grande
Depressão de 1929. A FSA existiu até 1949 e,
para documentar a vida das famílias e cidades,
teve uma divisão fotográfica onde se formaram
alguns profissionais que se tornariam clássicos,
como Walker Evans, Carl Mydans, Gordon
Parks e a própria Dorothea Lange. O acervo da
FSA é considerado um dos mais importantes
registros da vida americana do começo do século
XX.
5. Tipos de imagens ela fazia
Foto documental da grande
depressão da década de 30
Mais conhecida por tirar
fotos de trabalhodores
migrantes em condições
precárias nos EUA
Ela capturava o físico
emocional e aparência das
pessoas.
6. Mãe Migrante
Dorothea Lange denunciou as condições de vida nas
zonas rurais dos EUA, de uma forma inflexivelmente
direta, documentou a pobreza amarga dos trabalhadores
migrantes e das suas famílias. Uma das fotografias mais
famosas do projeto FSA é Mãe Migrante, o retrato de
uma trabalhadora que migrou da Califórnia com os seus
três filhos. Esta imagem, extremamente concentrada e
rigorosamente composta, fez de Dorothea Lange um
ícone da fotografia socialmente comprometida.
7. Sobre Mãe Migrante
"Eu vi aquela mãe faminta e desesperada e foi como se
me puxasse por um ímã. Eu não me lembro como eu
expliquei a minha presença ou a minha câmera, mas eu
me lembro que ela não me perguntou nada. Eu fiz cinco
fotos, trabalhando cada vez mais perto da mesma
direção. Eu não perguntei seu nome ou sua história. Ela
me disse sua idade, 32 anos. Ela disse que vendeu o as
rodas de seu carro para comprar comida. Estava
sentada naquela cabana com os filhos reunidos em torno
dela, e pareciam pensar que minhas fotos poderiam
ajudá-la, então ela iria me ajudar. Houve alguma
reciprocidade nesse processo. "
9. Trechos da entrevista com Richard K. Dorothea
Lange Doud em NY em 22 de maio de 1964
Eu era jovem e me perguntava como eu ia me manter neste
mundo. As mulheres costumavam trabalhar como professoras
"para ter algo para viver", mas eu acho que é uma atitude
desagradável em uma pessoa jovem, e eu não gostei. Um dia
eu decidi que ia ser um fotógrafa. Nunca tive uma câmera
mas eu só sabia que era o que eu queria, talvez eu tenha sido
uma dessas sortudas que sabem o que quer ser, sem questioná-
la, porque até então eu não sabia nada sobre fotografia.
10. Entrevista
Algo que eu sempre acreditei
é na importância visual das
fotos que as pessoas comuns
vêem, mas não reconhecem.
Há excelentes fotografias que
descansam nas gavetas, fotos
de membros da família que
nunca foram analisados sob
uma perspectiva diferente do
pessoal.
11. Entrevista
Não perturbo,modifico ou tento
corrigi-lo, apenas quero representar
como parte de seu ambiente, e suas
raízes nele e, acima de tudo tentar
mostrá-lo como tendo uma
determinada posição, passados ou
presentes.
12. Refugiados da seca de Polk
Novembro de 1936. "refugiados da seca de Polk, Missouri.
Aguardando a abertura de colheita de laranja temporada
em Portervi)e, Califórnia. "
13. Fazendeiro de Independence
Maio de 1939. "Entre Tulare e Fresno em EUA 99.
Fazendeiro de Independence, Kansas, na estrada de chopping
algodão tempo. Ele e sua família foram na Califórnia por seis
14. Refugiados de Abilene
Agosto de 1936. Seca refugiados de Abilene, no Texas, após as colheitas da
Califórnia como trabalhadores migrantes. Disse o pai: "As melhores pessoas no
mundo vive no Texas, mas eu simplesmente não consigo fazer nada lá. Vários
anos de seca.
15. Dorothea Lange (1895-1965).
Seu trabalho rendeu-lhe uma bolsa Gu*enheim em 1941, mas a Segunda Guerra Mundial
trouxe uma ruptura e um redirecionamento nas fotos de Dorothea. Trabalhando para a
War Relocation Agency e para o Office of War Information, entre 1942 e 1945 passou a
documentar os nipo-americanos forçados a viver em campos de concentração na Califórnia.
Uma fase não menos importante de sua obra, mas convenientemente "esquecida" por muitos
de seus compatriotas.
Problemas de saúde mantiveram Dorothea afastada das câmaras depois da guerra, e só
voltou à ativa no meio dos anos cinqüenta, quando entrou para a equipe da prestigiada
revista Life. Até sua morte em 1965, viajou pelo mundo na companhia do marido,
fotografando principalmente a América do Sul, a Ásia e o Oriente Médio
16. Dados do trabalho
Universidade do V do Itajaí
ale
Disciplina: Fotografia Documental
Professor: Marcelo Juchem
Alunos: Aline Silveira - Thiago Guedert - Vinicius
Rodrigues