3. Dorothea Margaretta Nutzhorn, filha de imigrantes
alemães, nasceu em 26 de maio de 1895, na cidade de
Hoboken, New Jersey, nos Estados Unidos. Trabalhou com
o fotógrafo Arnold Genthe e, encorajada por ele, que lhe
deu a primeira máquina fotográfica, começou como
autodidata. Mais tarde estudou fotografia na Columbia
University, tendo como professor o fotógrafo Clarence H.
White. Em 1918 muda-se para São Francisco, onde monta
seu próprio estúdio fotográfico. Nos anos 30, a serviço da
Farm Security Administration (FSA), percorre o Sul e
Oeste do país, recolhendo imagens que documentam o
impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses. A
pobreza, o trabalho infantil e a exploração da mão de obra
são outros temas que podem ser vistos em suas
fotografias. Mais tarde, após a entrada dos EUA na
Segunda Guerra Mundial, Dorothea foi contratada pelo
Office of War Information (OWI) para fotografar a
comunidade japonesa forçada a viver em campos de
concentração na Califórnia.
Dorothea contraiu poliomielite aos sete anos de idade, o que lhe causou, por toda a vida,
uma deficiência numa perna. Afirmava que seu próprio sofrimento tê-la-ia tornado mais
sensível à dor alheia, aspecto fundamental no seu trabalho. Quando tinha 12 anos seu pai
abandona a família, fato que a marcou profundamente e que motivou a substituição do
sobrenome paterno pelo materno, passando a assinar Dorothea Lange.
É autora da fotografia “Migrant Mother”, de 1936, uma das mais reproduzidas na história
da Fotografia, tendo aparecido em mais de dez mil publicações.
Em 11 de Outubro de 1965, alguns dias antes da inauguração, no Museu de Arte Moderna
de Nova York, da exposição que retratava sua obra, Dorothea Lange morre em São