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VISÃO CELULAR E PRÁTICA DE CÉLULAS
1. As células estão na Bíblia.
Uma igreja em células está baseada no fato de que Deus nos moldou para viver em
comunidade. Definição de comunidade: vida em ligação e conexão com outros. Pessoas que
prestam contas uns aos outros. Pessoas que se tornam responsáveis uns pelos outros.
Deus é triuno - por que é uma trindade? Se Deus fosse uma pessoa, haveria poder... Se Deus
fosse duas pessoas, haveria amor... Mas Deus é três, e com a trindade, agora há comunidade. O
próprio Deus existe em forma de comunidade! Isto deveria nos falar claramente a respeito da
importância deste tipo de vida. Isto também nos mostra que comunidade começa com três.
A família “os pais e o bebê somam três!” Deus assim designou a família para que ela sempre
criasse comunidade. Em cada família haveria responsabilidade e prestação de contas entre os
membros da família.
A estrutura de Israel - Deus ordenou a Moisés que formasse a estrutura dessa nação em
torno de grupos de dez, cinquenta, cem e mil. Esses números eram de Deus, assim selecionados
porque representam o modo como os grupos se inter-relacionam. o bloco básico da construção da
vida é a “família”, que possui em média 10 pessoas.
Os grupos de cinco famílias formam comunidades de cinquenta. Esses grupos de cinco
deveriam ser supervisionados por uma pessoa. O próximo agrupamento deveria ser de “centenas”
(plural). Podemos entender que represente um agrupamento de quatro ou cinco comunidades a um
supervisor. Finalmente, esses agrupamentos de “centenas” deveriam formar grupos de “milhares”. .
. O último tamanho para a estruturação do povo de israel. com uma estimativa conservadora de 1,5
milhão de israelitas, isto significa que ali havia 150.000 células, ou famílias. Havia 30.000 grupos de
cinquenta, 6.000 agrupamentos de “centenas” e, de acordo com êxodo 24:9, setenta anciãos (ou
líderes) que estariam acima dos “milhares”.
A estrutura dos discípulos - Jesus escolheu viver em uma comunidade especial de 12
homens. Sua presença a fez um grupo de 13. Portanto, Jesus escolheu uma comunidade de 12
homens para treiná-los. Observe que havia um “sub-grupo” de três homens entre os discípulos:
Pedro, Tiago e João. Entre os 12, Jesus escolheu estes três para juntarem-se a ele em ocasiões
especiais.
A estrutura da igreja - assim como Jesus foi batizado no rio Jordão para iniciar o seu
ministério público, assim também a igreja foi batizada no seu espírito em pentecostes para iniciar o
seu ministério. No entanto, um ingrediente deveria estar presente antes que as línguas de fogo
pudessem vir. Eles deveriam ter se tornado uma verdadeira comunidade. Isto levou 10 dias.
Durante esse período, 120 pessoas viviam sem uma agenda em um salão superior. Eles eram a
agenda! Eles deveriam tornar-se próximos uns dos outros. Por 10 dias eles se rearranjaram em
subgrupos e passaram a conhecerem-se uns aos outros. Finalmente, eles estavam em comum
acordo, e a igreja foi formada.
A primeira coisa que eles fizeram foi dividir-se em grupos “de casa em casa”.
Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e
tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração (At. 2:46)
E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar
Jesus, o cristo (at. 5:42).
Depois de saírem da prisão Paulo e silhas se dirigiram para a casa de lídia que era
o lugar onde os irmãos se reuniam (at. 16:40).
Falando aos presbíteros de Éfeso, Paulo diz que ele próprio jamais havia deixado de ensinar
publicamente e também de casa em casa (atos 20:20). Em romanos 16:5 e I coríntios 16:19 Paulo
faz uma saudação a igreja que se reunia na casa de Aquila e Priscila. Em colossenses 4:15 Paulo
saúda a ninfa e à igreja que ela hospedava em sua casa. E finalmente, em Filemon 1:2, ficamos
sabendo de uma igreja que se reunia na casa de um certo irmão Arquipo.
As células são “agrupa-mentos” de pessoas pequenos o suficiente para edificar uns aos
outros, cada um servindo de canal para os dons do espírito. Elas são a base para a edificação da
Igreja. Elas se ajuntam em unidades maiores, ou “redes”, para a obra de cristo, que habita no meio
delas. A manifestação da graça de Deus flui entre os membros do corpo.
As células não são apenas uma estratégia que escolhemos, dentre as muitas disponíveis. Elas
fazem parte de uma visão de como a Igreja deveria ser. Não consideramos as células uma doutrina,
mas elas estabelecem uma visão e definem o nosso modelo de igreja. Em nossa igreja, as células
não são mais um dentre os muitos departamentos em atividade; elas são a própria vida da Igreja.
Um membro que se recusa a participar de uma célula está se excluindo da vida do Corpo. Não
somos uma igreja em célula por modismo, mas por convicções claras e firmes. Vamos enumerar
algumas razões por que somos uma igreja em células.
1.1 Por que células?
a. Porque a igreja deve crescer e se multiplicar. Assim como as células biológicas se juntam para
formar o corpo humano, as células da igreja se juntam para formar o Corpo de Cristo.
b. Porque queremos ser uma comunidade terapêutica e transformadora. Esta é a vocação da Igreja:
ser um lugar onde há vida, libertação, cura e aconchego.
c. Porque, para um crente crescer saudável, ele precisa de ouvir e de falar. A fé vem pelo ouvir a
Palavra, mas, para crescer, precisamos também compartilhar o que ouvimos.
d. Porque a Igreja deve ser um edifício e não um amontoado de pedras. Um grupo de crentes pode
se reunir aos domingos e ainda assim não ser um edifício. Pedras isoladas e amontoadas aos
domingos não constituem um edifício.
e. Por que a Igreja deve ser um Corpo ou organismo. Para ser um corpo os membros precisam estar
ligados e também precisam estar funcionando.
f. Porque a igreja precisa ser uma família. De um modo geral, as pessoas estão carentes de amor e
aceitação. Por isso, precisamos ser a resposta de Deus para os seus anseios!
g. Porque não há uma maneira melhor de se fazer discípulos. Ninguém jamais escalou o monte
Everest sozinho, mas, a cada ano, pequenas equipes o fazem, atingindo as maiores alturas!
h. Simplesmente porque podemos ganhar a nossa geração, com células que se multiplicam uma vez
por ano. As células são uma estratégia leve, ágil e feroz.
i. Porque nós cremos na restauração da Igreja. Ministros profissionais e templos fechados não
podem produzir a Igreja do Novo Testamento. As células são um manifesto de restauração
j. Porque as células são uma estratégia bíblica. Durante os três primeiros séculos, a igreja não tinha
templos. Ela se reunia basicamente nos lares e usava lugares neutros como sinagogas e anfiteatros
apenas para evangelizar. A igreja era uma igreja nos lares.
2. O que é uma célula?
Uma célula é um grupo de 5 a 15 pessoas, que se reúne semanalmente, para aprender como
ser uma família, adorar o Senhor, edificar a vida espiritual uns dos outros, orar uns pelos outros e
levar pessoas ao Evangelho. Cada célula deve ter no mínimo cinco pessoas e não deverá ultrapassar
o limite de 15.
Onde se reúne a célula?
O melhor é que a célula se reúna em uma casa, mas ela pode se reunir também em
empresas (na hora do almoço), em escolas, em salões de festas (de condomínios) e em qualquer
lugar onde haja um mínimo de silêncio e privacidade.
2.1 Por que uma célula não deve ter mais que quinze pessoas?
As avaliações a respeito do maior tamanho que uma célula pode ter giram em torno de 15
pessoas. É uma questão de intimidade entre as pessoas, de linhas de comunicação. Ultrapassado o
número de 15 pessoas, não há mais a oportunidade das pessoas conhecerem-se intimamente.
Temos também outras razões práticas: Não há tempo suficiente numa reunião para mais de
15 pessoas receberem ministração e compartilharem no grupo. É muito difícil para um líder, mesmo
com um auxiliar, apascentar mais de 15 pessoas. As casas, normalmente, não comportam mais do
que 15 pessoas numa sala, para uma reunião. Cuidado! Isso pode não ser uma célula.
a. Grupo de oração: Normalmente esse tipo de grupo é composto de pessoas que têm a
seguinte atitude: “- O que esse grupo pode fazer por mim?”
b. Grupo de estudo bíblico: O problema deste tipo de grupo é que ele não estimula o
compartilhar de necessidades e nem a verdadeira comunhão; pelo contrário, tende a se
tornar um grupo restrito e fechado, onde o incrédulo não é bem-vindo.
c. Grupo de discipulado: Este tipo de grupo procura um crescimento espiritual num ambiente
fechado e exclusivista.
d. Grupo de cura interior: É um tipo de grupo que usa técnicas da psicologia para buscar cura
para os seus traumas emocionais. Todos eles são estéreis, melancólicos e introspectivos.
e. Grupo de apoio: Grupos assimsão semelhantes a alcoólicos anônimos: as pessoas se reúnem
para falar de seus problemas, vez após vez, semana após semana.
f. Ponto de pregação: Grupos assim têm como deficiência básica o fato de não compartilharem
a realidade da vida do Corpo. As pessoas vêm e vão e o grupo é só um ajuntamento.
3. Como é uma célula?
A célula não é um grupo de oração, ainda que a oração seja um dos seus ingrediente básico.
Não é um grupo de discipulado, ainda que o discipulado aconteça espontaneamente. Não é um
grupo de estudo bíblico, ainda que a edificação seja forte nas reuniões. Não é um grupo de cura
interior, ainda que seja um lugar de restauração. Não é um ponto de pregação, ainda que o objetivo
básico da célula seja a multiplicação. A célula é um pouco de cada um desses grupos.
Nesse contexto, célula é simplesmente uma miniatura da igreja, reunindo-se nas casas. Não
existe algo tal como um ministério de células; as células são o lugar onde os ministérios fluem. A
célula é muito maior que a sua reunião. Se a célula só existe no dia da reunião, então não é uma
célula, mas apenas um culto caseiro.
A célula acontece a semana toda: no supermercado, no shopping, na caminhada, no lazer,
nas casas. Sempre que os irmãos se encontram, a célula acontece. A primeira característica da
célula é ser comunidade, e não uma reunião. A célula não é um lugar onde, a cada semana,
comparece um grupo diferente de pessoas. A reunião de célula não tem como objetivo o
evangelismo, mas o visitante será sempre bem-vindo. A célula visa à multiplicação, enquanto a
reunião propriamente dita está voltada para edificação.
Uma célula possui endereço e dia certo de reunião.
A nossa experiência, tem demonstrado, que um lugar de reunião definido produz no grupo
um senso de identidade, constância e segurança. A célula se reúne regularmente. Não basta ter um
lugar de reunião; é preciso que o grupo se reúna numa base regular, semanalmente. Nenhum
relacionamento sólido e gratificante pode ser construído sem convivência. É a convivência que vai
produzir vínculos de amizade e de aceitação.
A célula é homogênea. Quando participamos de um grupo que possui as mesmas
características gerais peculiares a nós, nos sentimos muito mais à vontade para compartilhar. Em
nossa igreja, as células são padronizadas por faixa etária. Assim, temos redes de células de crianças,
adolescentes, jovens e casais.
4. Os objetivos das células
Uma célula é mais do que a sua reunião semanal. Não queremos apenas ter cultos nos lares;
nós queremos edificar células. Um culto caseiro é uma reunião realizada numa casa, onde os
presentes não estão necessariamente vinculados e, às vezes, nem mesmo se conhecem. A célula,
por outro lado, é um grupo de irmãos que estão ligados e vinculados entre si buscando uma vida de
comunidade e almejam multiplicar-se pelo menos uma vez por ano. A célula é maior que a sua
reunião e vai muito além dela.
a. Comunhão
A igreja é um corpo vivo. Nela os vínculos são criados, gerando comunhão e edificando o
Corpo. Esses vínculos propiciam a circulação da vida. Como o sangue que para o nosso corpo realiza
pelo menos 5 funções a vida de Deus faz na igreja também. As funções do sangue:
 Retira as impurezas
 Mata os germes
 Alimenta as células
 Traz energia
 Mantém a temperatura
b. Ensino
O ensino ministrado deve ser fruto de revelação. O líder não precisa saber muito, mas aquilo
que ele falar, por mais simples que seja, deve vir do coração, fruto da luz de Deus no espírito.
Devemos ensinar de forma correta, com revelação.
c. Multiplicação
Multiplicação é fruto de ganhar e consolidar. Todo novo convertido é como uma criança e
como tal necessita de alguns cuidados básicos. Tal qual uma criança, um novo convertido necessita
de cinco coisas:
 Alimento
 Proteção
 Ensino
 Disciplina
 Amor
d. Serviço
A melhor maneira de mostrar o amor que temos uns para com os outros é servindo uns aos
outros. Nossos dons devem ser desenvolvidos sendo praticados na célula. Só há comunhão se
houver disposição de tirar os escudos, remover atitudes de individualismo para se misturar no
grupo. A célula não deve ser um saco de batatas, mas um purê.
A Célula é um lugar onde vamos adicionar tesouros espirituais na vida dos irmãos. A
edificação virá através de uma dieta saudável de falar e ouvir. Portanto a aplicação da Palavra é
fundamental. A Célula é um lugar onde devemos levar as cargas uns dos outros (Gálatas 6:2,5).
Portanto devemos dividir o que temos para suprir as necessidades dos irmãos:
 Bens: Ajudar nas necessidade materiais
 Tempo: Ajudar uma irmão gestante ou acompanhar um enfermo no hospital
 Dons: Ensinar algo que sabemos, como uma habilidade profissional (informática) ou
ministrar os dons do Espírito.
A célula deve objetivar através do cuidado, o crescimento de cada irmão, tendo em vista a sua
reprodução. Se a célula perder o foco da multiplicação ela morrerá. A multiplicação como objetivo,
é um dos grandes diferenciais entre o modelo que praticamos e outros modelos de célula. Nossas
células não visam apenas evangelizar. Nossas células não visam apenas comunhão. Nossas células
não visam apenas fazer um estudo de aprofundamento bíblico.
5. O que é multiplicação?
Multiplicação é o processo pelo qual uma célula se divide em duas, quando atinge o número
de 15 membros. Todavia, jamais dizemos que uma célula se dividiu; sempre dizemos que ela se
multiplicou. Multiplicar é positivo, enquanto que dividir, nesse contexto, é negativo. Multiplicar-se é
o alvo primário de cada célula.
5.1 Como é feita a multiplicação?
Na multiplicação da célula, o líder mais experiente sai com a metade dos membros para
formar outro grupo. O líder mais novo fica com a outra metade na célula que já está funcionando. A
distribuição dos membros entre os grupos é feita pelo líder, com o auxílio do seu discipulador, que
deve acompanhar todo o processo.
O alvo de cada célula é multiplicar-se pelo menos uma vez ao ano. células, porém, nunca se
multiplicarão se não houver um líder. por isso antes de multiplicar a célula nós multiplicamos
líderes. O alvo do líder de célula deve ser treinar novos líderes. O alvo é treinar lideres.
As células não são o alvo final. Células surgem e desaparecem, começam e terminam. A
menos que os membros do grupo se transformem em líderes de células os frutos não serão
duradouros. O crescimento da Igreja está baseado na formação de líderes. A prioridade máxima de
um líder de célula é identificar novos líderes em potencial e iniciar o processo de discipulado.
O objetivo prioritário dos líderes de células não é sustentar e cuidar da célula. Seu trabalho
principal é encontrar, treinar e enviar novos líderes. A célula não é uma estratégia de organização,
mas de liderança. Nosso alvo não é ter membros, mas ter discípulos. Cada discípulo deve ser
treinado para ser um ministro e ser enviado para sua família, escola e trabalho. Além disso cada
discípulo/ministro deve ser treinado para liderar uma célula. Nosso alvo é a conquista da cidade. A
estratégia para atingirmos esse alvo é transformar cada membro em líderes de célula. Não
multiplicamos células, multiplicamos líderes.
Porque às vezes, um membro de célula demora tanto para se tornar um líder?
a. Foco em atividades e tarefas - O foco do nosso trabalho são as pessoas e não as atividades.
O tempo dos membros é escasso, por isso precisamos focar nosso trabalho em pessoas e
não em atividades.
b. Foco na freqüência e não no discipulado - Alguns líderes se contentam em ter uma reunião
de célula cheia, mas uma reunião cheia não atinge o alvo completamente. Precisamos levar
cada membro a se tornar um líder de célula.
c. Mentalidade de Escola - No treinamento escolar formamos professores e não líderes.
Líderes somente são treinados por um outro líder. Liderar é muito mais que realizar uma
tarefa na Igreja. Líderes lideram pessoas. Um líder que realiza uma tarefa, mas não lidera
ninguém não está cumprindo o propósito.
d. Falta de revelação do sacerdócio dos crentes - Não temos cargos, temos encargos. Não
ostentamos títulos, temos funções. Cada membro deve ser treinado para ser um ministro
enviado para ministrar em sua casa, escola ou trabalho.
6. Formas de multiplicação
a. A multiplicação por tempo decorrido - Uma célula não deveria demorar mais do que um ano
para se multiplicar. Se um grupo após um ano ou mais, ainda não se multiplicou, é necessário
multiplicá-lo assim mesmo, ainda que não tenha atingido o número de 15 pessoas. Esse é o caso
onde todos os membros já são crentes maduros e estão aptos a iniciarem uma nova célula.
b. A multiplicação em mais de dois grupos - Esta situação ocorre quando uma célula cresce de
maneira explosiva. Num mês estava com 12 pessoas, e no mês seguinte mais 15 pessoas foram
acrescentadas ao grupo. Assim, depois de consolidar os novos convertidos, é possível multiplicar
essa célula em três ou mais.
c. A criação de uma “célula embrião” – ou grupo pioneiro - São células que se iniciam do zero. Não
são fruto de uma multiplicação. Existem muitos irmãos com o dom de evangelista dentro da igreja.
Tais irmãos possuem a habilidade especial de começar um grupo do zero. Essa estratégia deve ser
usada somente por líderes com o dom de evangelista.
6.1 A multiplicação pela Micro-célula
A multiplicação através das micro-células é um modelo completamente novo. Nela o líder
em treinamento é gradualmente envolvido no trabalho até que se sinta capacitado para assumir a
sua própria célula.Para que cada membro possa se tornar um líder ele precisa ser treinado pelo
líder da célula.
Cada líder de célula deve constituir um ou mais líderes em treinamento na sua célula. Esses
líderes em treinamento serão seus discípulos e cooperadores na célula. O líder de célula deve,
então, se encontrar semanalmente com seus discípulos (os líderes em treinamento). Esse encontro
poderá acontecer um pouco antes ou um pouco depois da reunião da célula.
Assim que a célula atingir 10 pessoas ela se multiplicará em duas micro-células de 5.
Entretanto não haverá separação, essas micro-células continuarão se reunindo na mesma casa e
durante esse período se chamarão micro-células.
A multiplicação poderá ser por 2 ou 3 micro-células, dependendo da quantidade de
membros e de líderes em treinamento na célula. Todas as micro-células farão o louvor juntas e se
separarão no momento da palavra e da aplicação. Assim cada líder em treinamento estará com a
sua micro-célula, mas na mesma casa.
O alvo é que cada micro-célula se fortaleça durante esse tempo, e cada líder em treinamento
esteja completamente seguro para sair com o seu grupo. Na medida em que todas as micro-células
atingirem um número mínimo de 7 pessoas, elas se separarão e começarão a se reunir em outras
casas como novas células. Consideraçoes para se fazer antes da multiplicação:
 Relacionamentos - Na hora de distribuir as pessoas entre as duas novas células, o primeiro
critério a ser considerado são os relacionamentos e vínculos pessoais dentro da célula.
 Localização geográfica - O segundo critério a ser seguido é a localização geográfica . As
pessoas mais próximas da casa do anfitrião deveriam ficar na célula que se reunirá ali.
 Maturidade dos membros - Quando não existem diferenças de vínculos entre os irmãos, os
relacionamentos são igualmente significativo para todos, assim a localização geográfica já
não e importante porque os grupos são muito próximos.
6.2 Quando a multiplicação não é feita no tempo certo:
 A reunião já não é produtiva - Quando o numero de pessoas ultrapassa o limite de 15, a
célula se desvirtua e torna-se simplesmente um culto no lar.
 Os membros se tornam turistas no grupo - Quando a célula fica muito grande começa a
acontecer uma rotatividade entre os membros
 A intimidade diminui - Numa célula muito grande as pessoas perdem a liberdade de abrir o
coração e o líder não tem como fazer um apascentamento efetivo.
 O anfitrião pode ficar desanimado - Um anfitrião pode ficar frustrado com os problemas de
uma célula gigante e se fechar para receber a célula no futuro.
 A célula pode morrer.
7. Fatores de multiplicação
O tempo devocional do Líder da célula - Você só pode dar aquilo que você tem! (At 3:6). Se o líder
não prepara a reunião, não se coloca diante de Deus para receber vida, ele não pode transmitir essa
vida. A célula é um lugar onde as pessoas vão receber de Deus, mas se o líder não esteve diante de
Deus ele não tem nada para passar para os irmãos. Ele somente faz uma reunião, mas não edifica os
irmãos.
A intercessão do Líder pelos membros - O líder deve ter revelação do seu papel diante de Deus e dos
irmãos. Isso faz parte do gerar! Use a criatividade para levar os irmãos a orar. Faça tudo que está ao
seu alcance para levar os irmãos a orarem. (Fotografia, tapete de oração, disco de oração, caixinha
de pedidos de oração).
O tempo que o líder gasta com Deus em seu preparo para a reunião da célula - O líder deve ter
discernimento do tempo e do modo (Ec 8:5) ao ministrar para os irmãos. Precisamos saber, em
Deus, o que os irmãos precisam receber para crescer. Preparar o louvor antecipadamente e não
somente cantar uma música.
A organização prática da célula - O líder deve preparar o ambiente para receber os irmãos:
 Chegar mais cedo na reunião
 Receber os irmãos na porta
 Preparar antecipadamente o lanche
 Colocar as cadeiras na melhor disposição
 Escrever os avisos
 Colocar o quadro ou banner dos alvos
 Estabelecer alvos da célula
O líder deve estabelecer alvos para a célula:
 Encontro
 Consolidação
 Batismo
 Lideres em treinamento
 Curso de Crescimento Cristão
 Curso de Treinamento de líderes
 Data da multiplicação da célula.
 Conhecer os estágios da célula
Se o líder não conhece o estágio atual da célula ele não sabe como agir com os irmãos e corre o
risco de perder os seus membros.
Conhecer a data da multiplicação - A multiplicação tem um aspecto divino e um aspecto humano. O
aspecto divino requer oração, jejum, clamor, mas o aspecto humano envolve a disposição do líder
para trabalhar. A multiplicação é um caminho! Esse caminho deve ser claro.
Treinamento dos líderes em treinamento - É uma questão de decisão. O líder que não consegue
levantar lideres em treinamento não está conseguindo passar o DNA da liderança. A visão de células
é uma visão de liderança. Não multiplicamos células, geramos líderes. Cada um gera segundo a sua
espécie. O líder de célula ensina fazendo junto com ele. Primeiro o líder em treinamento vê, depois
ele faz junto e depois faz sozinho.
Lideres não nascem sozinhos, mas são gerados, eles são formados através do discipulado.
Treinamento de liderança - A célula que não envia ninguém para o CCC está fadada a não se
multiplicar. O líder não pode se esquivar da sua responsabilidade. Ele deve ligar, ir atrás, visitar,
levar cartas e fazer antecipadamente as suas matrículas.
Estímulo para se convidar amigos - Se a média de freqüência de uma célula é muito baixa essa
célula não vai romper. Se você quer ganhar 10 pessoas, convide 100 pessoas. Crie algo para que os
membros tragam amigos (semana do mais amado, dia do amigo, eventos ponte, testemunhos do
Encontro)
Eventos de Comunhão - Os eventos de comunhão são chave para fazer a célula crescer. Uma célula
que ainda não virou uma família, uma turma, ainda não é uma célula. Quando o líder da célula não
investe em comunhão, quando for necessário desafiar ou confrontar ele terá dificuldades pois será
visto somente como um chefe.
Nível de cuidado pastoral - Célula que tem 12 membros, mas uma freqüência de 06 significa que é
um culto no lar. Provavelmente o líder não liga e não acompanha os membros. O nível de
acompanhamento é baixo. A célula não se tornará uma família, um time, uma equipe.
Atitude do líder - A atitude de um líder determina o tipo de líder que ele é. Há coisas que não
dependem de jejum e oração, mas da atitude de um líder. Se um membro faltou a reunião o líder
não deve apenas orar por ele, mas deve ligar, visitar e saber o motivo por que ele não foi à reunião.
Nada acontece por si só! A obra de Deus é uma lavoura. (1 Co 3:9)
Evangelismo do grupo (evento-ponte) - O líder deve criar estratégias para mobilizar o evangelismo
(saindo da toca, impacto, as quatro leis espirituais...)
Quantos enviou para o Encontro - Para sabermos que tipo de líder e discipulador temos na rede
temos que saber quantas pessoas ele enviou ao encontro. O encontro deve ser valorizado,
preparado antecipadamente e mobilizado.
A reunião de célula - Alguns lembretes para reunião da célula:
 Coloque as cadeiras em forma de círculo
 Apresente os visitantes, quando houver
 Use uma forma de “quebra-gelo”
 Testemunhe alguns motivos de louvor
 Facilite a conversa no momento do compartilhamento
 Compartilhe a “visão do grupo”
 Ore pelas pessoas necessitadas
 Faça um apelo para salvação
 Termine com um lanche
 Como acontece a realização de uma célula
 Quebra-gelo
 Louvor e adoração
 Ensino da Palavra
 Aplicação da palavra
 Oração pelas necessidades
 Comunhão ou lanche
a. O “quebra-gelo” deve ser apropriado para o grupo. Não muito infantil, nem ameaçador.
Podem ser usados muitas vezes. O“quebra-gelo” não é um jogo. Não espere muito do
“quebra-gelo”; ele é sempre superficial. Mas nunca o despreze. Use-o em cada reunião! Não
prolongue-o por mais de dez minutos. Cuidado para que não pareça triste ou melancólico,
faça um rodízio, deixando um irmão responsável pelo “quebra-gelo” de cada reunião.
Permita sempre um testemunho novo no grupo.
b. O louvor e adoração - Cada célula deve desenvolver um ambiente de adoração. Deus não
apenas habita no meio dos louvores, mas também age poderosamente ali. O líder precisa ter
intensidade no Senhor. As pessoas tendem a ser frias e superficiais. O líder precisa, então,
ser exemplo de espontaneidade, incentivando os irmãos a fazerem o mesmo. Numa reunião,
geralmente, as pessoas passam por três fases distintas em relação a comunhão com Deus. E
isto é ilustrado pelo Tabernáculo de Moisés:
 Átrio - lugar de cânticos de testemunho do que Deus fez por nós
 Lugar santo - cânticos de louvor, de exaltação a Deus por aquilo que Ele é
 Santo dos Santos - cânticos de adoração, exaltação, atitude de quebrantamento e cânticos
espirituais.
O louvor normal em uma reunião segue assim um certo padrão: Envolvimento, Louvor e Adoração.
Faça tudo o mais suavemente possível. Inicie o período de louvor com músicas “leves” e
conhecidas. Não tente atingir o clímax do louvor rapidamente. Não espere por algo extraordinário
para ministrar um cântico espiritual. Saiba quais os cânticos que levam ao clímax e aperfeiçoe-se
neles. Não tente atingir o clímax do louvor rapidamente. Use o coro da músicas para chegar ao
clímax. Procure dirigir o louvor, e não apenas anunciar os cânticos. Providencie uma folha escrita
com os cânticos, em cada reunião. Se não há nenhum músico na célula, use um CD e acompanhe a
reprodução do cântico. Cante em voz alta com um aspecto de confiança. Mantenha o controle do
louvor. Evite exortar o povo para ser mais expressivo. Estimule e dê liberdade para expressões
físicas de louvor. Considere sempre a espécie de reunião que você está dirigindo. Não pregue
sermões entre cada cântico. Não use um mesmo corinho em demasia. Não tenha medo do silêncio.
Não prolongue demasiadamente o louvor.
c. A edificação na palavra - A Palavra que foi ouvida no domingo deve está recheada das
seguintes características:
Paixão - Todo líder de célula precisa cultivar um coração cheio de fogo e paixão pela palavra,
lembre-se não é uma questão de conteúdo, mas de paixão! O conteúdo não precisa ser profundo,
ou uma novidade, mas sim, ser vivo! A ordem bíblica é clara: sede fervorosos de espirito! (Rm.
12.11)
Praticidade - O ensino não tem sentido se não tiver uma aplicação pratica, tenha ideias praticas do
que as pessoas possa fazer durante a semana para viverem o que foi ensinado. Não busque
mudanças dramáticas nas pessoas toda as semana , mas estimule passos simples e pratico.
Humor - A palavra não tem de ser chata, jesus foi desafiado a transformar pedras em paes, mas
muitos tem transformado o pao (a palavra) em pedra. Bom humor não significa contar piadas, mas
fazer comparações interessantes ou contar historias engraçadas, como exemplos práticos.
Cheio de testemunho pessoal - O ensino que não se aplica a mim não pode ser aplicável aos outros.
As pessoas sempre querem saber a respeito da nossa vida. Conte a elas aquilo que lhe possa ser
edificante. Seja transparente e honesto, mas não ultrapasse os limites do bom senso e da discrição.
Envolvente - Uma maneira de manter as pessoas atentas e interessada é fazendo perguntas a elas,
uma outra maneira de manter interesse é levar as pessoas a relatarem experiências pessoais a
respeito do assunto.
Preparação anterior - Prepare-se de antemão, preparo produz confiança e segurança. Não tente
saber tudo ou responder a todas as perguntas, mas tente saber o máximo que você puder.
Ilustração - Jesus sempre empregou palavras e analogias. Conte ilustrações que você ouviu ou leu.
Ilustrações esclarecem, inspiram e motivam.
Inspiração e motivação - O objetivo básico do ensino é inspirar e motivar pessoas. Se você tiver
entusiasmado com a palavra , a célula se motivara a pratica-la.
d. A aplicação da palavra:
 Não pressione ninguém a orar, falar ou compartilhar.
 Não deixe que os irmãos falem de assuntos irrelevantes.
 Estimule o compartilhamento de problemas e lutas pessoais .
 Todo testemunho deve ser para edificar e motivar.
 Nunca permita discussões doutrinárias!
 Não deixe que uma pessoa monopolize todo o tempo.
 Não permita que um irmão exponha a falha de outro!
 Não tente ter todas as respostas!
 Esteja sempre alegre e bem humorado nas reuniões!
 Deixe o Espírito dirigir a reunião.
A melhor forma de conduzir a aplicação da palavra é fazendo perguntas aos membros. As
pessoas estão mais interessadas no que elas têm a dizer do que no que elas têm de ouvir. depois de
ouvir a palavra no domingo prepare-se para o momento da celula, escreva algumas perguntas para
facilitar o compartilhamento do grupo.
Perguntas envolvem o grupo – quando não há envolvimento, não há discipulado. O líder
precisa trabalhar para que cada membro da célula compartilhe algo significativo com os outros a
cada semana.
Perguntas edificam relacionamentos - boas perguntas ajudam os irmãos a se conhecerem e
aprofundarem o relacionamentos.
Perguntas nos ajudam a descobrir as necessidades da célula – as perguntas revelam o grau
de maturidade dos irmãos. Não e possível haver compartilhamento na celula sem elas. Todo líder
de célula precisa ser um especialista na arte de formular perguntas.
Boas perguntas são amplas – nunca faça uma pergunta cuja resposta seja simplesmente sim
ou não.
Boas perguntas estimulam a honestidade – é melhor perguntar o que?, qual? Ou como?,
do que perguntar o por que? Respostas aos por quês são difíceis e quase sempre polemicas. Mas
quando perguntamos o que? Qual? ou como? A resposta é quase sempre pessoal e pratica. É um
estimulo a honestidade.
Boas perguntas produzem novas perguntas – perguntas amplas estimulam as opiniões e as
experiências, além de favorecerem o pensamento e a aprendizagem.
Um dos objetivos da aplicação da palavra é que as pessoas possam abrir dificuldades
pessoais e buscar ajuda no grupo. A tarefa do líder de célula é criar um ambiente no qual as pessoas
possam ser honestas e encontrar ajuda para suas dificuldades.
Estimule um ambiente adequado. Ensine as pessoas a serem sensíveis. Não permita, na
célula, a presença dos “amigos de Jó”. Não permita inconfidências. O visitante na célula como agir?
Não mude a reunião por causa dele, principalmente se há apenas um visitante. Não se apresse em
evangelizá-lo. Deixe que ele estabeleça amizades na célula. Não faça perguntas que o deixem
embaraçado. Não pregue exclusivamente para ele. Todos devem ser apresentados ao visitante.
Forneça a ele as letras das músicas, quando houver. Anote seu nome e telefone, para uma visita
durante a semana. Faça uma pequena explanação do que é uma célula ao visitante e pergunte a ele
se quer receber oração da célula
O líder deve se informar mais sobre o visitante com quem o trouxe.
Dê ao visitante um cartão em nome da célula. A pessoa que trouxe o visitante deve
continuar mantendo contato com ele, convidando-o para a próxima reunião. Como agir durante a
semana? Dê ao visitante um cartão em nome da célula. A pessoa que trouxe o visitante deve
continuar mantendo contato com ele, convidando-o para a próxima reunião. O líder ou alguém
designado deve fazer uma ligação a ele agradecendo sua visita e convidando-o novamente para a
célula. Ore todos os dias pelo visitante!
e. A comunhão - Muitos crentes podem testemunhar que, primeiro se converterem aos
irmãos; depois a Jesus. A comunhão foi a isca com que foram fisgados. A célula não pode ter
uma comunhão tão intimista, que se torna exclusivista. Nem Torna-se tão fechada que um
novo convertido já não é bem vindo para não atrapalhar a comunhão do grupo.
Na célula qualquer ocasião é um pretexto a mais para o grupo se reunir, seja um almoço
juntos, um churrasco, um aniversário ou um jogo da seleção brasileira. As necessidades devem ser
compartilhadas na reunião e todos devem se empenhar em oração e em ação para resolver o
problema do irmão.
Em cada reunião, deve sempre haver um tempo de comunhão descontraída entre os irmãos.
Este momento pode ser antes ou depois da reunião. O ideal é que sempre haja algum tipo de
lanche. Os membros do grupo devem se revezar no preparo desse lanche. O líder deve evitar uma
atmosfera de clube particular. Isto vai realmente constranger o novo convertido e o visitante. Ele
deve ser inclusivo e abraçar todos os membros do grupo.

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  • 1. VISÃO CELULAR E PRÁTICA DE CÉLULAS 1. As células estão na Bíblia. Uma igreja em células está baseada no fato de que Deus nos moldou para viver em comunidade. Definição de comunidade: vida em ligação e conexão com outros. Pessoas que prestam contas uns aos outros. Pessoas que se tornam responsáveis uns pelos outros. Deus é triuno - por que é uma trindade? Se Deus fosse uma pessoa, haveria poder... Se Deus fosse duas pessoas, haveria amor... Mas Deus é três, e com a trindade, agora há comunidade. O próprio Deus existe em forma de comunidade! Isto deveria nos falar claramente a respeito da importância deste tipo de vida. Isto também nos mostra que comunidade começa com três. A família “os pais e o bebê somam três!” Deus assim designou a família para que ela sempre criasse comunidade. Em cada família haveria responsabilidade e prestação de contas entre os membros da família. A estrutura de Israel - Deus ordenou a Moisés que formasse a estrutura dessa nação em torno de grupos de dez, cinquenta, cem e mil. Esses números eram de Deus, assim selecionados porque representam o modo como os grupos se inter-relacionam. o bloco básico da construção da vida é a “família”, que possui em média 10 pessoas. Os grupos de cinco famílias formam comunidades de cinquenta. Esses grupos de cinco deveriam ser supervisionados por uma pessoa. O próximo agrupamento deveria ser de “centenas” (plural). Podemos entender que represente um agrupamento de quatro ou cinco comunidades a um supervisor. Finalmente, esses agrupamentos de “centenas” deveriam formar grupos de “milhares”. . . O último tamanho para a estruturação do povo de israel. com uma estimativa conservadora de 1,5 milhão de israelitas, isto significa que ali havia 150.000 células, ou famílias. Havia 30.000 grupos de cinquenta, 6.000 agrupamentos de “centenas” e, de acordo com êxodo 24:9, setenta anciãos (ou líderes) que estariam acima dos “milhares”. A estrutura dos discípulos - Jesus escolheu viver em uma comunidade especial de 12 homens. Sua presença a fez um grupo de 13. Portanto, Jesus escolheu uma comunidade de 12 homens para treiná-los. Observe que havia um “sub-grupo” de três homens entre os discípulos: Pedro, Tiago e João. Entre os 12, Jesus escolheu estes três para juntarem-se a ele em ocasiões especiais. A estrutura da igreja - assim como Jesus foi batizado no rio Jordão para iniciar o seu ministério público, assim também a igreja foi batizada no seu espírito em pentecostes para iniciar o seu ministério. No entanto, um ingrediente deveria estar presente antes que as línguas de fogo pudessem vir. Eles deveriam ter se tornado uma verdadeira comunidade. Isto levou 10 dias. Durante esse período, 120 pessoas viviam sem uma agenda em um salão superior. Eles eram a agenda! Eles deveriam tornar-se próximos uns dos outros. Por 10 dias eles se rearranjaram em subgrupos e passaram a conhecerem-se uns aos outros. Finalmente, eles estavam em comum acordo, e a igreja foi formada. A primeira coisa que eles fizeram foi dividir-se em grupos “de casa em casa”. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração (At. 2:46) E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o cristo (at. 5:42).
  • 2. Depois de saírem da prisão Paulo e silhas se dirigiram para a casa de lídia que era o lugar onde os irmãos se reuniam (at. 16:40). Falando aos presbíteros de Éfeso, Paulo diz que ele próprio jamais havia deixado de ensinar publicamente e também de casa em casa (atos 20:20). Em romanos 16:5 e I coríntios 16:19 Paulo faz uma saudação a igreja que se reunia na casa de Aquila e Priscila. Em colossenses 4:15 Paulo saúda a ninfa e à igreja que ela hospedava em sua casa. E finalmente, em Filemon 1:2, ficamos sabendo de uma igreja que se reunia na casa de um certo irmão Arquipo. As células são “agrupa-mentos” de pessoas pequenos o suficiente para edificar uns aos outros, cada um servindo de canal para os dons do espírito. Elas são a base para a edificação da Igreja. Elas se ajuntam em unidades maiores, ou “redes”, para a obra de cristo, que habita no meio delas. A manifestação da graça de Deus flui entre os membros do corpo. As células não são apenas uma estratégia que escolhemos, dentre as muitas disponíveis. Elas fazem parte de uma visão de como a Igreja deveria ser. Não consideramos as células uma doutrina, mas elas estabelecem uma visão e definem o nosso modelo de igreja. Em nossa igreja, as células não são mais um dentre os muitos departamentos em atividade; elas são a própria vida da Igreja. Um membro que se recusa a participar de uma célula está se excluindo da vida do Corpo. Não somos uma igreja em célula por modismo, mas por convicções claras e firmes. Vamos enumerar algumas razões por que somos uma igreja em células. 1.1 Por que células? a. Porque a igreja deve crescer e se multiplicar. Assim como as células biológicas se juntam para formar o corpo humano, as células da igreja se juntam para formar o Corpo de Cristo. b. Porque queremos ser uma comunidade terapêutica e transformadora. Esta é a vocação da Igreja: ser um lugar onde há vida, libertação, cura e aconchego. c. Porque, para um crente crescer saudável, ele precisa de ouvir e de falar. A fé vem pelo ouvir a Palavra, mas, para crescer, precisamos também compartilhar o que ouvimos. d. Porque a Igreja deve ser um edifício e não um amontoado de pedras. Um grupo de crentes pode se reunir aos domingos e ainda assim não ser um edifício. Pedras isoladas e amontoadas aos domingos não constituem um edifício. e. Por que a Igreja deve ser um Corpo ou organismo. Para ser um corpo os membros precisam estar ligados e também precisam estar funcionando. f. Porque a igreja precisa ser uma família. De um modo geral, as pessoas estão carentes de amor e aceitação. Por isso, precisamos ser a resposta de Deus para os seus anseios! g. Porque não há uma maneira melhor de se fazer discípulos. Ninguém jamais escalou o monte Everest sozinho, mas, a cada ano, pequenas equipes o fazem, atingindo as maiores alturas! h. Simplesmente porque podemos ganhar a nossa geração, com células que se multiplicam uma vez por ano. As células são uma estratégia leve, ágil e feroz. i. Porque nós cremos na restauração da Igreja. Ministros profissionais e templos fechados não podem produzir a Igreja do Novo Testamento. As células são um manifesto de restauração
  • 3. j. Porque as células são uma estratégia bíblica. Durante os três primeiros séculos, a igreja não tinha templos. Ela se reunia basicamente nos lares e usava lugares neutros como sinagogas e anfiteatros apenas para evangelizar. A igreja era uma igreja nos lares. 2. O que é uma célula? Uma célula é um grupo de 5 a 15 pessoas, que se reúne semanalmente, para aprender como ser uma família, adorar o Senhor, edificar a vida espiritual uns dos outros, orar uns pelos outros e levar pessoas ao Evangelho. Cada célula deve ter no mínimo cinco pessoas e não deverá ultrapassar o limite de 15. Onde se reúne a célula? O melhor é que a célula se reúna em uma casa, mas ela pode se reunir também em empresas (na hora do almoço), em escolas, em salões de festas (de condomínios) e em qualquer lugar onde haja um mínimo de silêncio e privacidade. 2.1 Por que uma célula não deve ter mais que quinze pessoas? As avaliações a respeito do maior tamanho que uma célula pode ter giram em torno de 15 pessoas. É uma questão de intimidade entre as pessoas, de linhas de comunicação. Ultrapassado o número de 15 pessoas, não há mais a oportunidade das pessoas conhecerem-se intimamente. Temos também outras razões práticas: Não há tempo suficiente numa reunião para mais de 15 pessoas receberem ministração e compartilharem no grupo. É muito difícil para um líder, mesmo com um auxiliar, apascentar mais de 15 pessoas. As casas, normalmente, não comportam mais do que 15 pessoas numa sala, para uma reunião. Cuidado! Isso pode não ser uma célula. a. Grupo de oração: Normalmente esse tipo de grupo é composto de pessoas que têm a seguinte atitude: “- O que esse grupo pode fazer por mim?” b. Grupo de estudo bíblico: O problema deste tipo de grupo é que ele não estimula o compartilhar de necessidades e nem a verdadeira comunhão; pelo contrário, tende a se tornar um grupo restrito e fechado, onde o incrédulo não é bem-vindo. c. Grupo de discipulado: Este tipo de grupo procura um crescimento espiritual num ambiente fechado e exclusivista. d. Grupo de cura interior: É um tipo de grupo que usa técnicas da psicologia para buscar cura para os seus traumas emocionais. Todos eles são estéreis, melancólicos e introspectivos. e. Grupo de apoio: Grupos assimsão semelhantes a alcoólicos anônimos: as pessoas se reúnem para falar de seus problemas, vez após vez, semana após semana. f. Ponto de pregação: Grupos assim têm como deficiência básica o fato de não compartilharem a realidade da vida do Corpo. As pessoas vêm e vão e o grupo é só um ajuntamento. 3. Como é uma célula?
  • 4. A célula não é um grupo de oração, ainda que a oração seja um dos seus ingrediente básico. Não é um grupo de discipulado, ainda que o discipulado aconteça espontaneamente. Não é um grupo de estudo bíblico, ainda que a edificação seja forte nas reuniões. Não é um grupo de cura interior, ainda que seja um lugar de restauração. Não é um ponto de pregação, ainda que o objetivo básico da célula seja a multiplicação. A célula é um pouco de cada um desses grupos. Nesse contexto, célula é simplesmente uma miniatura da igreja, reunindo-se nas casas. Não existe algo tal como um ministério de células; as células são o lugar onde os ministérios fluem. A célula é muito maior que a sua reunião. Se a célula só existe no dia da reunião, então não é uma célula, mas apenas um culto caseiro. A célula acontece a semana toda: no supermercado, no shopping, na caminhada, no lazer, nas casas. Sempre que os irmãos se encontram, a célula acontece. A primeira característica da célula é ser comunidade, e não uma reunião. A célula não é um lugar onde, a cada semana, comparece um grupo diferente de pessoas. A reunião de célula não tem como objetivo o evangelismo, mas o visitante será sempre bem-vindo. A célula visa à multiplicação, enquanto a reunião propriamente dita está voltada para edificação. Uma célula possui endereço e dia certo de reunião. A nossa experiência, tem demonstrado, que um lugar de reunião definido produz no grupo um senso de identidade, constância e segurança. A célula se reúne regularmente. Não basta ter um lugar de reunião; é preciso que o grupo se reúna numa base regular, semanalmente. Nenhum relacionamento sólido e gratificante pode ser construído sem convivência. É a convivência que vai produzir vínculos de amizade e de aceitação. A célula é homogênea. Quando participamos de um grupo que possui as mesmas características gerais peculiares a nós, nos sentimos muito mais à vontade para compartilhar. Em nossa igreja, as células são padronizadas por faixa etária. Assim, temos redes de células de crianças, adolescentes, jovens e casais. 4. Os objetivos das células Uma célula é mais do que a sua reunião semanal. Não queremos apenas ter cultos nos lares; nós queremos edificar células. Um culto caseiro é uma reunião realizada numa casa, onde os presentes não estão necessariamente vinculados e, às vezes, nem mesmo se conhecem. A célula, por outro lado, é um grupo de irmãos que estão ligados e vinculados entre si buscando uma vida de comunidade e almejam multiplicar-se pelo menos uma vez por ano. A célula é maior que a sua reunião e vai muito além dela. a. Comunhão A igreja é um corpo vivo. Nela os vínculos são criados, gerando comunhão e edificando o Corpo. Esses vínculos propiciam a circulação da vida. Como o sangue que para o nosso corpo realiza pelo menos 5 funções a vida de Deus faz na igreja também. As funções do sangue:  Retira as impurezas  Mata os germes  Alimenta as células  Traz energia  Mantém a temperatura b. Ensino
  • 5. O ensino ministrado deve ser fruto de revelação. O líder não precisa saber muito, mas aquilo que ele falar, por mais simples que seja, deve vir do coração, fruto da luz de Deus no espírito. Devemos ensinar de forma correta, com revelação. c. Multiplicação Multiplicação é fruto de ganhar e consolidar. Todo novo convertido é como uma criança e como tal necessita de alguns cuidados básicos. Tal qual uma criança, um novo convertido necessita de cinco coisas:  Alimento  Proteção  Ensino  Disciplina  Amor d. Serviço A melhor maneira de mostrar o amor que temos uns para com os outros é servindo uns aos outros. Nossos dons devem ser desenvolvidos sendo praticados na célula. Só há comunhão se houver disposição de tirar os escudos, remover atitudes de individualismo para se misturar no grupo. A célula não deve ser um saco de batatas, mas um purê. A Célula é um lugar onde vamos adicionar tesouros espirituais na vida dos irmãos. A edificação virá através de uma dieta saudável de falar e ouvir. Portanto a aplicação da Palavra é fundamental. A Célula é um lugar onde devemos levar as cargas uns dos outros (Gálatas 6:2,5). Portanto devemos dividir o que temos para suprir as necessidades dos irmãos:  Bens: Ajudar nas necessidade materiais  Tempo: Ajudar uma irmão gestante ou acompanhar um enfermo no hospital  Dons: Ensinar algo que sabemos, como uma habilidade profissional (informática) ou ministrar os dons do Espírito. A célula deve objetivar através do cuidado, o crescimento de cada irmão, tendo em vista a sua reprodução. Se a célula perder o foco da multiplicação ela morrerá. A multiplicação como objetivo, é um dos grandes diferenciais entre o modelo que praticamos e outros modelos de célula. Nossas células não visam apenas evangelizar. Nossas células não visam apenas comunhão. Nossas células não visam apenas fazer um estudo de aprofundamento bíblico. 5. O que é multiplicação? Multiplicação é o processo pelo qual uma célula se divide em duas, quando atinge o número de 15 membros. Todavia, jamais dizemos que uma célula se dividiu; sempre dizemos que ela se multiplicou. Multiplicar é positivo, enquanto que dividir, nesse contexto, é negativo. Multiplicar-se é o alvo primário de cada célula. 5.1 Como é feita a multiplicação? Na multiplicação da célula, o líder mais experiente sai com a metade dos membros para formar outro grupo. O líder mais novo fica com a outra metade na célula que já está funcionando. A
  • 6. distribuição dos membros entre os grupos é feita pelo líder, com o auxílio do seu discipulador, que deve acompanhar todo o processo. O alvo de cada célula é multiplicar-se pelo menos uma vez ao ano. células, porém, nunca se multiplicarão se não houver um líder. por isso antes de multiplicar a célula nós multiplicamos líderes. O alvo do líder de célula deve ser treinar novos líderes. O alvo é treinar lideres. As células não são o alvo final. Células surgem e desaparecem, começam e terminam. A menos que os membros do grupo se transformem em líderes de células os frutos não serão duradouros. O crescimento da Igreja está baseado na formação de líderes. A prioridade máxima de um líder de célula é identificar novos líderes em potencial e iniciar o processo de discipulado. O objetivo prioritário dos líderes de células não é sustentar e cuidar da célula. Seu trabalho principal é encontrar, treinar e enviar novos líderes. A célula não é uma estratégia de organização, mas de liderança. Nosso alvo não é ter membros, mas ter discípulos. Cada discípulo deve ser treinado para ser um ministro e ser enviado para sua família, escola e trabalho. Além disso cada discípulo/ministro deve ser treinado para liderar uma célula. Nosso alvo é a conquista da cidade. A estratégia para atingirmos esse alvo é transformar cada membro em líderes de célula. Não multiplicamos células, multiplicamos líderes. Porque às vezes, um membro de célula demora tanto para se tornar um líder? a. Foco em atividades e tarefas - O foco do nosso trabalho são as pessoas e não as atividades. O tempo dos membros é escasso, por isso precisamos focar nosso trabalho em pessoas e não em atividades. b. Foco na freqüência e não no discipulado - Alguns líderes se contentam em ter uma reunião de célula cheia, mas uma reunião cheia não atinge o alvo completamente. Precisamos levar cada membro a se tornar um líder de célula. c. Mentalidade de Escola - No treinamento escolar formamos professores e não líderes. Líderes somente são treinados por um outro líder. Liderar é muito mais que realizar uma tarefa na Igreja. Líderes lideram pessoas. Um líder que realiza uma tarefa, mas não lidera ninguém não está cumprindo o propósito. d. Falta de revelação do sacerdócio dos crentes - Não temos cargos, temos encargos. Não ostentamos títulos, temos funções. Cada membro deve ser treinado para ser um ministro enviado para ministrar em sua casa, escola ou trabalho. 6. Formas de multiplicação a. A multiplicação por tempo decorrido - Uma célula não deveria demorar mais do que um ano para se multiplicar. Se um grupo após um ano ou mais, ainda não se multiplicou, é necessário multiplicá-lo assim mesmo, ainda que não tenha atingido o número de 15 pessoas. Esse é o caso onde todos os membros já são crentes maduros e estão aptos a iniciarem uma nova célula. b. A multiplicação em mais de dois grupos - Esta situação ocorre quando uma célula cresce de maneira explosiva. Num mês estava com 12 pessoas, e no mês seguinte mais 15 pessoas foram acrescentadas ao grupo. Assim, depois de consolidar os novos convertidos, é possível multiplicar essa célula em três ou mais. c. A criação de uma “célula embrião” – ou grupo pioneiro - São células que se iniciam do zero. Não são fruto de uma multiplicação. Existem muitos irmãos com o dom de evangelista dentro da igreja. Tais irmãos possuem a habilidade especial de começar um grupo do zero. Essa estratégia deve ser usada somente por líderes com o dom de evangelista. 6.1 A multiplicação pela Micro-célula A multiplicação através das micro-células é um modelo completamente novo. Nela o líder em treinamento é gradualmente envolvido no trabalho até que se sinta capacitado para assumir a
  • 7. sua própria célula.Para que cada membro possa se tornar um líder ele precisa ser treinado pelo líder da célula. Cada líder de célula deve constituir um ou mais líderes em treinamento na sua célula. Esses líderes em treinamento serão seus discípulos e cooperadores na célula. O líder de célula deve, então, se encontrar semanalmente com seus discípulos (os líderes em treinamento). Esse encontro poderá acontecer um pouco antes ou um pouco depois da reunião da célula. Assim que a célula atingir 10 pessoas ela se multiplicará em duas micro-células de 5. Entretanto não haverá separação, essas micro-células continuarão se reunindo na mesma casa e durante esse período se chamarão micro-células. A multiplicação poderá ser por 2 ou 3 micro-células, dependendo da quantidade de membros e de líderes em treinamento na célula. Todas as micro-células farão o louvor juntas e se separarão no momento da palavra e da aplicação. Assim cada líder em treinamento estará com a sua micro-célula, mas na mesma casa. O alvo é que cada micro-célula se fortaleça durante esse tempo, e cada líder em treinamento esteja completamente seguro para sair com o seu grupo. Na medida em que todas as micro-células atingirem um número mínimo de 7 pessoas, elas se separarão e começarão a se reunir em outras casas como novas células. Consideraçoes para se fazer antes da multiplicação:  Relacionamentos - Na hora de distribuir as pessoas entre as duas novas células, o primeiro critério a ser considerado são os relacionamentos e vínculos pessoais dentro da célula.  Localização geográfica - O segundo critério a ser seguido é a localização geográfica . As pessoas mais próximas da casa do anfitrião deveriam ficar na célula que se reunirá ali.  Maturidade dos membros - Quando não existem diferenças de vínculos entre os irmãos, os relacionamentos são igualmente significativo para todos, assim a localização geográfica já não e importante porque os grupos são muito próximos. 6.2 Quando a multiplicação não é feita no tempo certo:  A reunião já não é produtiva - Quando o numero de pessoas ultrapassa o limite de 15, a célula se desvirtua e torna-se simplesmente um culto no lar.  Os membros se tornam turistas no grupo - Quando a célula fica muito grande começa a acontecer uma rotatividade entre os membros  A intimidade diminui - Numa célula muito grande as pessoas perdem a liberdade de abrir o coração e o líder não tem como fazer um apascentamento efetivo.  O anfitrião pode ficar desanimado - Um anfitrião pode ficar frustrado com os problemas de uma célula gigante e se fechar para receber a célula no futuro.  A célula pode morrer. 7. Fatores de multiplicação O tempo devocional do Líder da célula - Você só pode dar aquilo que você tem! (At 3:6). Se o líder não prepara a reunião, não se coloca diante de Deus para receber vida, ele não pode transmitir essa vida. A célula é um lugar onde as pessoas vão receber de Deus, mas se o líder não esteve diante de Deus ele não tem nada para passar para os irmãos. Ele somente faz uma reunião, mas não edifica os irmãos.
  • 8. A intercessão do Líder pelos membros - O líder deve ter revelação do seu papel diante de Deus e dos irmãos. Isso faz parte do gerar! Use a criatividade para levar os irmãos a orar. Faça tudo que está ao seu alcance para levar os irmãos a orarem. (Fotografia, tapete de oração, disco de oração, caixinha de pedidos de oração). O tempo que o líder gasta com Deus em seu preparo para a reunião da célula - O líder deve ter discernimento do tempo e do modo (Ec 8:5) ao ministrar para os irmãos. Precisamos saber, em Deus, o que os irmãos precisam receber para crescer. Preparar o louvor antecipadamente e não somente cantar uma música. A organização prática da célula - O líder deve preparar o ambiente para receber os irmãos:  Chegar mais cedo na reunião  Receber os irmãos na porta  Preparar antecipadamente o lanche  Colocar as cadeiras na melhor disposição  Escrever os avisos  Colocar o quadro ou banner dos alvos  Estabelecer alvos da célula O líder deve estabelecer alvos para a célula:  Encontro  Consolidação  Batismo  Lideres em treinamento  Curso de Crescimento Cristão  Curso de Treinamento de líderes  Data da multiplicação da célula.  Conhecer os estágios da célula Se o líder não conhece o estágio atual da célula ele não sabe como agir com os irmãos e corre o risco de perder os seus membros. Conhecer a data da multiplicação - A multiplicação tem um aspecto divino e um aspecto humano. O aspecto divino requer oração, jejum, clamor, mas o aspecto humano envolve a disposição do líder para trabalhar. A multiplicação é um caminho! Esse caminho deve ser claro. Treinamento dos líderes em treinamento - É uma questão de decisão. O líder que não consegue levantar lideres em treinamento não está conseguindo passar o DNA da liderança. A visão de células é uma visão de liderança. Não multiplicamos células, geramos líderes. Cada um gera segundo a sua espécie. O líder de célula ensina fazendo junto com ele. Primeiro o líder em treinamento vê, depois ele faz junto e depois faz sozinho. Lideres não nascem sozinhos, mas são gerados, eles são formados através do discipulado. Treinamento de liderança - A célula que não envia ninguém para o CCC está fadada a não se multiplicar. O líder não pode se esquivar da sua responsabilidade. Ele deve ligar, ir atrás, visitar, levar cartas e fazer antecipadamente as suas matrículas. Estímulo para se convidar amigos - Se a média de freqüência de uma célula é muito baixa essa célula não vai romper. Se você quer ganhar 10 pessoas, convide 100 pessoas. Crie algo para que os
  • 9. membros tragam amigos (semana do mais amado, dia do amigo, eventos ponte, testemunhos do Encontro) Eventos de Comunhão - Os eventos de comunhão são chave para fazer a célula crescer. Uma célula que ainda não virou uma família, uma turma, ainda não é uma célula. Quando o líder da célula não investe em comunhão, quando for necessário desafiar ou confrontar ele terá dificuldades pois será visto somente como um chefe. Nível de cuidado pastoral - Célula que tem 12 membros, mas uma freqüência de 06 significa que é um culto no lar. Provavelmente o líder não liga e não acompanha os membros. O nível de acompanhamento é baixo. A célula não se tornará uma família, um time, uma equipe. Atitude do líder - A atitude de um líder determina o tipo de líder que ele é. Há coisas que não dependem de jejum e oração, mas da atitude de um líder. Se um membro faltou a reunião o líder não deve apenas orar por ele, mas deve ligar, visitar e saber o motivo por que ele não foi à reunião. Nada acontece por si só! A obra de Deus é uma lavoura. (1 Co 3:9) Evangelismo do grupo (evento-ponte) - O líder deve criar estratégias para mobilizar o evangelismo (saindo da toca, impacto, as quatro leis espirituais...) Quantos enviou para o Encontro - Para sabermos que tipo de líder e discipulador temos na rede temos que saber quantas pessoas ele enviou ao encontro. O encontro deve ser valorizado, preparado antecipadamente e mobilizado. A reunião de célula - Alguns lembretes para reunião da célula:  Coloque as cadeiras em forma de círculo  Apresente os visitantes, quando houver  Use uma forma de “quebra-gelo”  Testemunhe alguns motivos de louvor  Facilite a conversa no momento do compartilhamento  Compartilhe a “visão do grupo”  Ore pelas pessoas necessitadas  Faça um apelo para salvação  Termine com um lanche  Como acontece a realização de uma célula  Quebra-gelo  Louvor e adoração  Ensino da Palavra  Aplicação da palavra  Oração pelas necessidades  Comunhão ou lanche a. O “quebra-gelo” deve ser apropriado para o grupo. Não muito infantil, nem ameaçador. Podem ser usados muitas vezes. O“quebra-gelo” não é um jogo. Não espere muito do “quebra-gelo”; ele é sempre superficial. Mas nunca o despreze. Use-o em cada reunião! Não prolongue-o por mais de dez minutos. Cuidado para que não pareça triste ou melancólico, faça um rodízio, deixando um irmão responsável pelo “quebra-gelo” de cada reunião. Permita sempre um testemunho novo no grupo.
  • 10. b. O louvor e adoração - Cada célula deve desenvolver um ambiente de adoração. Deus não apenas habita no meio dos louvores, mas também age poderosamente ali. O líder precisa ter intensidade no Senhor. As pessoas tendem a ser frias e superficiais. O líder precisa, então, ser exemplo de espontaneidade, incentivando os irmãos a fazerem o mesmo. Numa reunião, geralmente, as pessoas passam por três fases distintas em relação a comunhão com Deus. E isto é ilustrado pelo Tabernáculo de Moisés:  Átrio - lugar de cânticos de testemunho do que Deus fez por nós  Lugar santo - cânticos de louvor, de exaltação a Deus por aquilo que Ele é  Santo dos Santos - cânticos de adoração, exaltação, atitude de quebrantamento e cânticos espirituais. O louvor normal em uma reunião segue assim um certo padrão: Envolvimento, Louvor e Adoração. Faça tudo o mais suavemente possível. Inicie o período de louvor com músicas “leves” e conhecidas. Não tente atingir o clímax do louvor rapidamente. Não espere por algo extraordinário para ministrar um cântico espiritual. Saiba quais os cânticos que levam ao clímax e aperfeiçoe-se neles. Não tente atingir o clímax do louvor rapidamente. Use o coro da músicas para chegar ao clímax. Procure dirigir o louvor, e não apenas anunciar os cânticos. Providencie uma folha escrita com os cânticos, em cada reunião. Se não há nenhum músico na célula, use um CD e acompanhe a reprodução do cântico. Cante em voz alta com um aspecto de confiança. Mantenha o controle do louvor. Evite exortar o povo para ser mais expressivo. Estimule e dê liberdade para expressões físicas de louvor. Considere sempre a espécie de reunião que você está dirigindo. Não pregue sermões entre cada cântico. Não use um mesmo corinho em demasia. Não tenha medo do silêncio. Não prolongue demasiadamente o louvor. c. A edificação na palavra - A Palavra que foi ouvida no domingo deve está recheada das seguintes características: Paixão - Todo líder de célula precisa cultivar um coração cheio de fogo e paixão pela palavra, lembre-se não é uma questão de conteúdo, mas de paixão! O conteúdo não precisa ser profundo, ou uma novidade, mas sim, ser vivo! A ordem bíblica é clara: sede fervorosos de espirito! (Rm. 12.11) Praticidade - O ensino não tem sentido se não tiver uma aplicação pratica, tenha ideias praticas do que as pessoas possa fazer durante a semana para viverem o que foi ensinado. Não busque mudanças dramáticas nas pessoas toda as semana , mas estimule passos simples e pratico. Humor - A palavra não tem de ser chata, jesus foi desafiado a transformar pedras em paes, mas muitos tem transformado o pao (a palavra) em pedra. Bom humor não significa contar piadas, mas fazer comparações interessantes ou contar historias engraçadas, como exemplos práticos. Cheio de testemunho pessoal - O ensino que não se aplica a mim não pode ser aplicável aos outros. As pessoas sempre querem saber a respeito da nossa vida. Conte a elas aquilo que lhe possa ser edificante. Seja transparente e honesto, mas não ultrapasse os limites do bom senso e da discrição. Envolvente - Uma maneira de manter as pessoas atentas e interessada é fazendo perguntas a elas, uma outra maneira de manter interesse é levar as pessoas a relatarem experiências pessoais a respeito do assunto. Preparação anterior - Prepare-se de antemão, preparo produz confiança e segurança. Não tente saber tudo ou responder a todas as perguntas, mas tente saber o máximo que você puder.
  • 11. Ilustração - Jesus sempre empregou palavras e analogias. Conte ilustrações que você ouviu ou leu. Ilustrações esclarecem, inspiram e motivam. Inspiração e motivação - O objetivo básico do ensino é inspirar e motivar pessoas. Se você tiver entusiasmado com a palavra , a célula se motivara a pratica-la. d. A aplicação da palavra:  Não pressione ninguém a orar, falar ou compartilhar.  Não deixe que os irmãos falem de assuntos irrelevantes.  Estimule o compartilhamento de problemas e lutas pessoais .  Todo testemunho deve ser para edificar e motivar.  Nunca permita discussões doutrinárias!  Não deixe que uma pessoa monopolize todo o tempo.  Não permita que um irmão exponha a falha de outro!  Não tente ter todas as respostas!  Esteja sempre alegre e bem humorado nas reuniões!  Deixe o Espírito dirigir a reunião. A melhor forma de conduzir a aplicação da palavra é fazendo perguntas aos membros. As pessoas estão mais interessadas no que elas têm a dizer do que no que elas têm de ouvir. depois de ouvir a palavra no domingo prepare-se para o momento da celula, escreva algumas perguntas para facilitar o compartilhamento do grupo. Perguntas envolvem o grupo – quando não há envolvimento, não há discipulado. O líder precisa trabalhar para que cada membro da célula compartilhe algo significativo com os outros a cada semana. Perguntas edificam relacionamentos - boas perguntas ajudam os irmãos a se conhecerem e aprofundarem o relacionamentos. Perguntas nos ajudam a descobrir as necessidades da célula – as perguntas revelam o grau de maturidade dos irmãos. Não e possível haver compartilhamento na celula sem elas. Todo líder de célula precisa ser um especialista na arte de formular perguntas. Boas perguntas são amplas – nunca faça uma pergunta cuja resposta seja simplesmente sim ou não. Boas perguntas estimulam a honestidade – é melhor perguntar o que?, qual? Ou como?, do que perguntar o por que? Respostas aos por quês são difíceis e quase sempre polemicas. Mas quando perguntamos o que? Qual? ou como? A resposta é quase sempre pessoal e pratica. É um estimulo a honestidade. Boas perguntas produzem novas perguntas – perguntas amplas estimulam as opiniões e as experiências, além de favorecerem o pensamento e a aprendizagem. Um dos objetivos da aplicação da palavra é que as pessoas possam abrir dificuldades pessoais e buscar ajuda no grupo. A tarefa do líder de célula é criar um ambiente no qual as pessoas possam ser honestas e encontrar ajuda para suas dificuldades. Estimule um ambiente adequado. Ensine as pessoas a serem sensíveis. Não permita, na célula, a presença dos “amigos de Jó”. Não permita inconfidências. O visitante na célula como agir? Não mude a reunião por causa dele, principalmente se há apenas um visitante. Não se apresse em evangelizá-lo. Deixe que ele estabeleça amizades na célula. Não faça perguntas que o deixem embaraçado. Não pregue exclusivamente para ele. Todos devem ser apresentados ao visitante. Forneça a ele as letras das músicas, quando houver. Anote seu nome e telefone, para uma visita
  • 12. durante a semana. Faça uma pequena explanação do que é uma célula ao visitante e pergunte a ele se quer receber oração da célula O líder deve se informar mais sobre o visitante com quem o trouxe. Dê ao visitante um cartão em nome da célula. A pessoa que trouxe o visitante deve continuar mantendo contato com ele, convidando-o para a próxima reunião. Como agir durante a semana? Dê ao visitante um cartão em nome da célula. A pessoa que trouxe o visitante deve continuar mantendo contato com ele, convidando-o para a próxima reunião. O líder ou alguém designado deve fazer uma ligação a ele agradecendo sua visita e convidando-o novamente para a célula. Ore todos os dias pelo visitante! e. A comunhão - Muitos crentes podem testemunhar que, primeiro se converterem aos irmãos; depois a Jesus. A comunhão foi a isca com que foram fisgados. A célula não pode ter uma comunhão tão intimista, que se torna exclusivista. Nem Torna-se tão fechada que um novo convertido já não é bem vindo para não atrapalhar a comunhão do grupo. Na célula qualquer ocasião é um pretexto a mais para o grupo se reunir, seja um almoço juntos, um churrasco, um aniversário ou um jogo da seleção brasileira. As necessidades devem ser compartilhadas na reunião e todos devem se empenhar em oração e em ação para resolver o problema do irmão. Em cada reunião, deve sempre haver um tempo de comunhão descontraída entre os irmãos. Este momento pode ser antes ou depois da reunião. O ideal é que sempre haja algum tipo de lanche. Os membros do grupo devem se revezar no preparo desse lanche. O líder deve evitar uma atmosfera de clube particular. Isto vai realmente constranger o novo convertido e o visitante. Ele deve ser inclusivo e abraçar todos os membros do grupo.