Neto a evolucao das tecnicas e tecnologias da comunicacao social
Neto a comunicação na 2ª metade do séc. xx
1. A Comunicação na 2ª metade do séc. XX:
convergência e utopia socio-técnica
“A forma material que a informação digital representa
será susceptível de transportar e tratar a informação qualitativa
sem alterar o seu sentido?”
2. Três territórios reunidos sob a designação
Comunicação:
Media tradicionais:
Valorização qualitativa da informação enquanto sentido
Formação específica
Cultura da argumentação
Técnica representada como instrumento de revelação
Telecomunicações:
Transmissão eficiente e eficaz da informação enquanto dados em movimento
Formação específica
Cultura da evidência
Técnica representada como infra-estrutura
Informática:
Tratamento da informação enquanto formato manipulável
Formação específica
Cultura da evidência
Técnica representada como mecanismo de tomada de decisão
3. Convergência e Integração
Dimensões de convergência:
pela base: o digital enquanto matéria-prima
pelo topo: a ideologia da Comunicação enquanto princípio orientador
O digitalismo enquanto combinação de quatro ferramentas:
uma técnica: electrónica, ou redução da informação a algo mensurável, passível
de cálculo
um método: tratamento lógico automático de informação
uma representação do mundo: sistema de agentes comunicantes
um desafio: alargamento das economias baseadas na informação como valor
Integração progressiva:
Homogeneização
Das subjectividades à objectividade: o avanço da Cultura da evidência, em
detrimento da Cultura da argumentação
Inversão da subordinação do cálculo à linguagem
4. A Comunicação pós-1980: descontinuidades
Argumentação de descontinuidade social:
novas práticas comunicativas e de construção de sentido.
novos figurinos de organização social
nova Economia
novas formas de exercício de poder
Implicações:
sub-valorização das premissas técnico-ideológicas, que condicionam a
análise
entendimento universalizante de fenómenos não-universais, lidos pelo
prisma do objecto, e não do(s) sujeito(s)
5. A Comunicação pós-1980: continuidades
A incontornável continuidade social
em termos políticos, a soma das “novas” práticas não corresponde
necessariamente à superação do capitalismo de mercado
a continuidade – e não a ruptura – constitui traço distintivo do final do séc.XX
em termos técnicos, a tecnologia não pode ser situada do sistema social
deve ser vista como um produto em processos constantes de adaptação
social
em termos sociais, muito do debate sobre a mudança tecnológica a confunde
com a mudança social; mas
nenhuma mudança social e cultural ocorre com a mesma velocidade do
desenvolvimento técnico
na maioria dos casos apenas as áreas já tecnicizadas adoptaram estas
técnicas
o acesso às TICs não é universal
em termos comunicacionais, a intensificação potencial da regularidade com que
a comunicação pode ser estabelecida não elimina o problema colocado
pela partilha do conteúdo a comunicar
pelas especificidades dos próprios interlocutores