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A Importância dos Elementos de
   Euclides para a Geometria



              Alunos: Jessé Pereira
                       Lia Daris
                      Lohro Couto
A GEOMETRIA ANTES DE EUCLIDES
A geometria nasceu no Egito antigo como ciência empírica, um
conjunto de métodos de mensuração necessários para reconstituir os
limites das propriedades em seguida às inundações anuais do Nilo.
Os gregos viram que os conhecimentos geométricos não poderiam
depender da experiência ou da evidência sensorial, pois uma e outra
nunca nos permitiriam entrar em contato com pontos, retas e planos,
meras abstrações. Esses conhecimentos dependeriam de
demonstrações. Sabiam, porém, que era impossível demonstrar
tudo, pois isso provocaria uma regressão ao infinito, com cada
afirmação sendo sempre remetida a afirmações anteriores. Para
evitar isso, era preciso buscar o que Aristóteles chamou de primeiros
princípios, que, sendo evidentes, dispensariam as provas. A partir
dessa âncora, a lógica nos conduziria a conhecimentos válidos,
constituindo-se       assim      uma       ciência     demonstrativa.
A matemática grega pré-euclidiana apresenta um
desenvolvimento rápido, inspirado e acrítico (depois de Tales
de Mileto); em seguida, um estágio de crítica e de dúvidas e,
finalmente, uma disposição e polimento cuidadosos das
várias                                                partes.
Coube a Euclides realizar o ideal de sistematizar os
conhecimentos que outros povos haviam adquirido de forma
desordenada através do tempo, dar ordem a lógica a esses
conhecimentos, estudando a fundo as propriedades das
figuras geométricas, as áreas e os volumes.
A OBRA E SEU DIFERENCIAL

Elaborada por Euclides, a obra é considerada um marco,
conhecida por seus sucessores como “elementador”, Foi
composto em 300 A.C. aproximadamente e foi copiado
repetidas vezes inserindo erros e variações inevitáveis, e
alguns editores, notadamente Teon de Alexandria no fim do
quarto século, tentaram melhorar o original.
A obra possui 13 volumes, é pioneira no modelo axiomático, ou
seja, os axiomas ou postulados e os teoremas que antes eram
expostos sem a necessidade de demonstração e agrupados ao
acaso, nesta obra, seguem uma ordem lógica perfeita onde
cada teorema gerado é fruto dos axiomas ou postulados e os
teoremas que vieram antes dele, seguindo uma demonstração
rigorosa.
Vale salientar que embora o uso do modelo axiomático seja
utilizado nessa obra, Euclides em alguns momentos e de forma
involuntária, não se utiliza das demonstrações para afirmar
seus postulados e definições, além disso, admitiu resultados
intuitivos, sem demonstração.
OS ELEMENTOS
    A grosso modo, podemos sintetizar assim o conteúdo dos treze livros:

   Livro I: Definições, axiomas e postulados; os três casos de congruência
    de triângulo; teoria das paralelas; relações entre áreas de
    paralelogramos, triângulos e quadrados. A proposição quarenta e sete
    (penúltima) é o conhecidíssimo Teorema de Pitágoras. Acredita-se que
    a maioria do conteúdo deste Livro é devido aos pitagóricos.
   Livro II: Trata o que usualmente se designa por álgebra geométrica ou
    geometria das áreas. Num total de 14 proposições.
   Livro III: Consiste em trinta e nove proposições contendo muitos dos
    teoremas conhecidos sobre ângulos, círculos, cordas, secantes e
    tangentes.
   Livro IV: Construção de alguns polígonos regulares, bem como a sua
    inscrição e circunscrição num círculo.
   Livro V: Teoria das Proporções de Eudoxo.
   Livro VI: Aplicação dos resultados do Livro V à geometria plana.
   Livros VII, VIII e IX: Livros consagrados à Teoria de Números.
   Livro X: Versa sobre as grandezas irracionais. É o Livro mais extenso
    deste conjunto de treze Livros.
   Livros XI, XII e XIII: Sobre geometria tridimensional
O 5º POSTULADO DE EUCLIDES
O quinto postulado do livro I, é mais famoso dos postulados de Euclides
e aquele que tem dado mais dores de cabeça aos matemáticos.
Equivalente ao “axioma das paralelas”, de acordo com o qual, por um
ponto exterior a uma reta, apenas passa uma outra reta paralela à
dada, desde cedo que este postulado foi objeto de polêmica por não
possuir o mesmo grau de “evidência” que os restantes.
 Já na antigüidade vários matemáticos acreditavam que ele pudesse ser
demonstrado com base nos outros postulados e tentaram fazer tal
demonstração. Essas tentativas foram retomadas nos tempos
modernos, então por volta de 1830 já havia sérias suspeitas de que o
postulado das paralelas não pudesse ser demonstrado a partir dos
outros. Suspeitava-se que ele fosse independente dos outros quatro, e
que se pudesse desenvolver uma geometria a partir de negações do
postulado das paralelas, ao lado dos outros postulados de Euclides.
Foi necessário esperar até ao século XIX para que Karl Friedrich
    Gauss, Janos Bolyai, Bernard Diemann e Nicolai Ivanovich Lobachevski
    conseguissem demonstrar que se trata efectivamente de um
    axioma, necessário e independente dos outros. Supuseram que o
    postulado de Euclides não era verdadeiro e substituíram-no por outros
    axiomas:
    Por um ponto exterior a uma recta, podemos traçar uma infinidade de
    paralelas a esta recta (geometria deLobachevski);
   Por um ponto exterior a uma recta não podemos traçar nenhuma
    paralela a esta recta (geometria de Riemann).
    Todos se deram então conta de que, substituindo o axioma das
    paralelas, era possível construir duas geometrias diferentes da
    geometria euclidiana, igualmente coerentes e que não conduziam a
    nenhuma contradição.
Apesar de serem dificilmente concebíveis, estas duas novas
    geometrias foram a pouco e pouco reconhecidas como alternativas
    legítimas. Chegou-se mesmo a demonstrar que, se qualquer das duas
    pudesse apresentar alguma contradição, a própria geometria euclidiana
    seria também contraditória. Desde então, encontramo-nos perante três
    sistemas geométricos diferentes:
      A geometria euclidiana, por vezes também chamada parabólica;
      A geometria de Lobachevski, também chamada hiperbólica;
      A geometria do Riemann, também chamada elíptica ou esférica.
    As duas últimas recebem o nome de geometrias não euclidianas. Estas
    novas geometrias permitiram às ciências exatas do século XX uma
    série de avanços, entre os quais a elaboração da Teoria da Relatividade
    de Einstein (1879 - 1955). O que permitiu provar que essas teorias, ao
    contrário do que muitos afirmavam, tinham realmente aplicações
    práticas.
INFLUENCIADOS POR EUCLIDES


 A obra de Euclides também influenciou cientistas posteriores a ele,
Nicolaus Copernicus, Johannes Kepler, Galileu Galilei e Sir Isaac
Newton. Os matemáticos e filósofos: Bertrand Russel, Alfred North
Whitehead e Baruch Spinoza, tentaram criar seus próprios
“elementos” fundamentais de suas respectivas disciplinas, adotando
as estruturas dedutivas axiomáticas introduzidas pela obra de
Euclides.
CONCLUSÃO

Podemos evidenciar também que Euclides compilou todo conhecimento
geométrico existente em sua época de uma forma axiomática, lógica e
até didática. Utilizou-se de conhecimentos pré-existentes já
demonstrados adequando-os a uma linha lógica de pensamentos
matemáticos, mas também demonstrou vários teoremas visando uma
maior consistência lógica. Com efeito, hoje, não apresentam a
geometria como um mero agrupamento de dados desconexos, mas
antes como um sistema lógico.
De fato, o trabalho executado por Euclides nos apresenta uma visão
Platônica e Aristotélica. Ele era mais Platônico quando formulava
proposições cujos encadeamentos mentais eram suficientes para
evidenciar a verdade e era mais Aristotélico quando, por necessidade
ou por sistema, construía diagramas que tornavam a verdade (mais)
acessível.
Outra consequência dos Elementos de Euclides foi, devido ao 5º
    postulado, a Geometria Não-Euclidiana, que é dividida em duas:
    Geometria de Lobachevski (a hiperbólica) e -Geometria de Riemann
    (a                elíptica              ou               esférica).
    Nos deixando assim nos tempos atuais diante de três tipos de
    Geometrias:
      A geometria euclidiana, por vezes também chamada parabólica;
      A geometria de Lobachevski, também chamada hiperbólica;
      A geometria do Riemann, também chamada elíptica ou esférica
BIBLIOGRAFIA
   www.ime.usp.br/~leo/imatica/historia/euclides.html
   www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/euclides/elementoseuclid
    es.htm
   www.ime.unicamp.br/~eliane/ma241/trabalhos/euclides.pdf
   www.prof2000.pt/users/amma/af18/t1/t1.htm
   www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/v
    eiculos_de_comunicacao/RPM/RPM45/RPM45_01.PDF
   http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/euclides/postulado
    euclides.htm

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  • 1. A Importância dos Elementos de Euclides para a Geometria Alunos: Jessé Pereira Lia Daris Lohro Couto
  • 2. A GEOMETRIA ANTES DE EUCLIDES A geometria nasceu no Egito antigo como ciência empírica, um conjunto de métodos de mensuração necessários para reconstituir os limites das propriedades em seguida às inundações anuais do Nilo. Os gregos viram que os conhecimentos geométricos não poderiam depender da experiência ou da evidência sensorial, pois uma e outra nunca nos permitiriam entrar em contato com pontos, retas e planos, meras abstrações. Esses conhecimentos dependeriam de demonstrações. Sabiam, porém, que era impossível demonstrar tudo, pois isso provocaria uma regressão ao infinito, com cada afirmação sendo sempre remetida a afirmações anteriores. Para evitar isso, era preciso buscar o que Aristóteles chamou de primeiros princípios, que, sendo evidentes, dispensariam as provas. A partir dessa âncora, a lógica nos conduziria a conhecimentos válidos, constituindo-se assim uma ciência demonstrativa.
  • 3. A matemática grega pré-euclidiana apresenta um desenvolvimento rápido, inspirado e acrítico (depois de Tales de Mileto); em seguida, um estágio de crítica e de dúvidas e, finalmente, uma disposição e polimento cuidadosos das várias partes. Coube a Euclides realizar o ideal de sistematizar os conhecimentos que outros povos haviam adquirido de forma desordenada através do tempo, dar ordem a lógica a esses conhecimentos, estudando a fundo as propriedades das figuras geométricas, as áreas e os volumes.
  • 4. A OBRA E SEU DIFERENCIAL Elaborada por Euclides, a obra é considerada um marco, conhecida por seus sucessores como “elementador”, Foi composto em 300 A.C. aproximadamente e foi copiado repetidas vezes inserindo erros e variações inevitáveis, e alguns editores, notadamente Teon de Alexandria no fim do quarto século, tentaram melhorar o original. A obra possui 13 volumes, é pioneira no modelo axiomático, ou seja, os axiomas ou postulados e os teoremas que antes eram expostos sem a necessidade de demonstração e agrupados ao acaso, nesta obra, seguem uma ordem lógica perfeita onde cada teorema gerado é fruto dos axiomas ou postulados e os teoremas que vieram antes dele, seguindo uma demonstração rigorosa. Vale salientar que embora o uso do modelo axiomático seja utilizado nessa obra, Euclides em alguns momentos e de forma involuntária, não se utiliza das demonstrações para afirmar seus postulados e definições, além disso, admitiu resultados intuitivos, sem demonstração.
  • 5. OS ELEMENTOS A grosso modo, podemos sintetizar assim o conteúdo dos treze livros:  Livro I: Definições, axiomas e postulados; os três casos de congruência de triângulo; teoria das paralelas; relações entre áreas de paralelogramos, triângulos e quadrados. A proposição quarenta e sete (penúltima) é o conhecidíssimo Teorema de Pitágoras. Acredita-se que a maioria do conteúdo deste Livro é devido aos pitagóricos.  Livro II: Trata o que usualmente se designa por álgebra geométrica ou geometria das áreas. Num total de 14 proposições.  Livro III: Consiste em trinta e nove proposições contendo muitos dos teoremas conhecidos sobre ângulos, círculos, cordas, secantes e tangentes.
  • 6. Livro IV: Construção de alguns polígonos regulares, bem como a sua inscrição e circunscrição num círculo.  Livro V: Teoria das Proporções de Eudoxo.  Livro VI: Aplicação dos resultados do Livro V à geometria plana.  Livros VII, VIII e IX: Livros consagrados à Teoria de Números.  Livro X: Versa sobre as grandezas irracionais. É o Livro mais extenso deste conjunto de treze Livros.  Livros XI, XII e XIII: Sobre geometria tridimensional
  • 7. O 5º POSTULADO DE EUCLIDES O quinto postulado do livro I, é mais famoso dos postulados de Euclides e aquele que tem dado mais dores de cabeça aos matemáticos. Equivalente ao “axioma das paralelas”, de acordo com o qual, por um ponto exterior a uma reta, apenas passa uma outra reta paralela à dada, desde cedo que este postulado foi objeto de polêmica por não possuir o mesmo grau de “evidência” que os restantes. Já na antigüidade vários matemáticos acreditavam que ele pudesse ser demonstrado com base nos outros postulados e tentaram fazer tal demonstração. Essas tentativas foram retomadas nos tempos modernos, então por volta de 1830 já havia sérias suspeitas de que o postulado das paralelas não pudesse ser demonstrado a partir dos outros. Suspeitava-se que ele fosse independente dos outros quatro, e que se pudesse desenvolver uma geometria a partir de negações do postulado das paralelas, ao lado dos outros postulados de Euclides.
  • 8. Foi necessário esperar até ao século XIX para que Karl Friedrich Gauss, Janos Bolyai, Bernard Diemann e Nicolai Ivanovich Lobachevski conseguissem demonstrar que se trata efectivamente de um axioma, necessário e independente dos outros. Supuseram que o postulado de Euclides não era verdadeiro e substituíram-no por outros axiomas:  Por um ponto exterior a uma recta, podemos traçar uma infinidade de paralelas a esta recta (geometria deLobachevski);  Por um ponto exterior a uma recta não podemos traçar nenhuma paralela a esta recta (geometria de Riemann). Todos se deram então conta de que, substituindo o axioma das paralelas, era possível construir duas geometrias diferentes da geometria euclidiana, igualmente coerentes e que não conduziam a nenhuma contradição.
  • 9. Apesar de serem dificilmente concebíveis, estas duas novas geometrias foram a pouco e pouco reconhecidas como alternativas legítimas. Chegou-se mesmo a demonstrar que, se qualquer das duas pudesse apresentar alguma contradição, a própria geometria euclidiana seria também contraditória. Desde então, encontramo-nos perante três sistemas geométricos diferentes:  A geometria euclidiana, por vezes também chamada parabólica;  A geometria de Lobachevski, também chamada hiperbólica;  A geometria do Riemann, também chamada elíptica ou esférica. As duas últimas recebem o nome de geometrias não euclidianas. Estas novas geometrias permitiram às ciências exatas do século XX uma série de avanços, entre os quais a elaboração da Teoria da Relatividade de Einstein (1879 - 1955). O que permitiu provar que essas teorias, ao contrário do que muitos afirmavam, tinham realmente aplicações práticas.
  • 10. INFLUENCIADOS POR EUCLIDES A obra de Euclides também influenciou cientistas posteriores a ele, Nicolaus Copernicus, Johannes Kepler, Galileu Galilei e Sir Isaac Newton. Os matemáticos e filósofos: Bertrand Russel, Alfred North Whitehead e Baruch Spinoza, tentaram criar seus próprios “elementos” fundamentais de suas respectivas disciplinas, adotando as estruturas dedutivas axiomáticas introduzidas pela obra de Euclides.
  • 11. CONCLUSÃO Podemos evidenciar também que Euclides compilou todo conhecimento geométrico existente em sua época de uma forma axiomática, lógica e até didática. Utilizou-se de conhecimentos pré-existentes já demonstrados adequando-os a uma linha lógica de pensamentos matemáticos, mas também demonstrou vários teoremas visando uma maior consistência lógica. Com efeito, hoje, não apresentam a geometria como um mero agrupamento de dados desconexos, mas antes como um sistema lógico. De fato, o trabalho executado por Euclides nos apresenta uma visão Platônica e Aristotélica. Ele era mais Platônico quando formulava proposições cujos encadeamentos mentais eram suficientes para evidenciar a verdade e era mais Aristotélico quando, por necessidade ou por sistema, construía diagramas que tornavam a verdade (mais) acessível.
  • 12. Outra consequência dos Elementos de Euclides foi, devido ao 5º postulado, a Geometria Não-Euclidiana, que é dividida em duas: Geometria de Lobachevski (a hiperbólica) e -Geometria de Riemann (a elíptica ou esférica). Nos deixando assim nos tempos atuais diante de três tipos de Geometrias:  A geometria euclidiana, por vezes também chamada parabólica;  A geometria de Lobachevski, também chamada hiperbólica;  A geometria do Riemann, também chamada elíptica ou esférica
  • 13. BIBLIOGRAFIA  www.ime.usp.br/~leo/imatica/historia/euclides.html  www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/euclides/elementoseuclid es.htm  www.ime.unicamp.br/~eliane/ma241/trabalhos/euclides.pdf  www.prof2000.pt/users/amma/af18/t1/t1.htm  www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/v eiculos_de_comunicacao/RPM/RPM45/RPM45_01.PDF  http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/euclides/postulado euclides.htm