O Japão é um arquipélago localizado no Oceano Pacífico composto principalmente por montanhas e terremotos frequentes. Sua população ultrapassa 125 milhões e está concentrada nas grandes cidades costeiras como Tóquio, Osaka e Nagoya. A economia japonesa evoluiu de uma sociedade feudal agrícola para uma potência industrial e tecnológica global.
Japão: Pais Natural e População em Poucos Caracteres
1. O Japão abrange menos de 0,3% das terras no mundo (372.050
km2), portanto, é 23 vezes menor que o Brasil. As ilhas
principais são Honshu (mais importante), Hokkaido (norte),
Kyushu e Skikoku (sul). Os seus vizinhos mais próximos são a
Coréia do Sul e a Rússia.
2. Japão NATURAL
O arquipélago japonês é constituído predominantemente
por dobramentos terciários, que originaram cadeias
montanhosas onde são freqüentes terremotos e atividades
vulcânicas (círculo de fogo do Pacífico). O Japão está em
uma área suscetível aos tsunamis.
As planícies ocupam pequenas extensões geralmente nas
regiões costeiras e são intensamente povoadas.
CLIMA DO JAPÃO
O Japão estende-se de aproximadamente 30 graus N a 47
graus N (zona temperada norte), o que explica o fato de o
sul do país apresentar um clima subtropical e o centronorte, um clima temperado frio
3. Japão NATURAL
. As condições climáticas recebem a influência das
correntes marítimas Oya Shivo (fria) e Kuro Shivo
(quente). As correntes marítimas favorecem a atividade
pesqueira.
à proximidade da zona de contato entre duas placas
tectônicas ocorre um risco sísmico.
4. Japão: QUADRO NATURAL
a Kuro Shivo e a Oya Shivo só fazem aumentar as
oscilações de temperatura, mas seu encontro permite a
presença de uma riqueza de plâncton que determina um
alto grau de piscosidade.
por efeito da corrente fria de Humboldt, a pesca no litoral
peruano é também explorada pelos japoneses, que se
utilizam de uma intensa frota pesqueira.
5. Japão: vegetação
O território japonês possui uma grande cobertura
vegetal, com destaque para as florestas subtropicais e
temperadas. A conservação florestal reduz em larga escala os
escorregamentos ou movimentos de massa que em outras
partes do mundo provocam grandes danos materiais e perdas
humanas.
O clima úmido favorece a hidrografia japonesa, os rios são
numerosos, mas de pequena extensão.
Rio Shinano: o maior rio do Japão (em
extensão)
rio Kushiro
6. Japão NATURAL
O relevo é vulcânico (trata-se do monte Fuji, um vulcão
extinto) e o espaço das planícies é bem ocupado.
É uma área relacionada à tectônica de placas que, por
meio das sucessivas movimentações internas da crosta e
ciclos erosivos, deu origem às maiores reservas
energéticas e metalíferas do planeta.
7.
8. Clima E hidrografia
Os maiores índices pluviométricos no sul do Japão estão
associados às monções de verão.
A porção meridional da Ásia também é suscetível aos
ciclones tropicais, local em que são denominados tufões.
A cidade de Wakkanai está ao norte de Tóquio.
A cidade de Kagoshima recebe a influência das monções
de verão.
A maior amplitude térmica anual ocorre em Wakkanai.
9. POPULAÇÃO
A população japonesa ultrapassa os 125 milhões de
habitantes, e a densidade demográfica é de,
aproximadamente, 335 hab./km2. A população está
irregularmente distribuída pelo território, e a maior
densidade demográfica é encontrada na megalópole
japonesa, que abrange Tóquio, Yokohama, Osaka e
Nagoya, na costa do Pacífico. Ao norte, com
destaque para a ilha de Hokkaido, a densidade
demográfica é baixa em razão das condições
climáticas desfavoráveis.
10. POPULAÇÃO
Além de brasileiros, o Japão possui outros grupos
de imigrantes: coreanos, chineses, peruanos e
filipinos.
O Japão apresenta elevada taxa de urbanização e
as principais cidades estão na ilha de Honshu
(Tóquio, Yokohama, Osaka, Kobe e Kyoto).
A companhia mais importante, encarregada de
trazer imigrantes para o Brasil, é a Companhia
Imperial de Emigração, que, juntamente com o
governo paulista, realiza essa operação.
11. POPULAÇÃO
O número de idosos na população total é alto (elevada
longevidade) e as taxas de natalidade e fecundidade são
baixas, portanto não há reposição da população.
A população japonesa apresenta um nível cultural
elevado.
O Japão forneceu contingentes de mão de obra para
alguns países no mundo (EUA (Havaí), Peru e Brasil).
A emigração para o Brasil é explicada por vários fatores:
o incentivo e a tutela do governo japonês, a necessidade
de mão de obra na lavoura cafeeira, o excesso
populacional e a necessidade de aumento do intercâmbio
comercial entre os países.
12. economia
A crise econômica mundial, em 2008 e 2009, aumentou
o número de desempregados brasileiros no
Japão, portanto muitos estão retornando ao país de
origem.
O investimento em transporte de massa foi a saída
encontrada pelas autoridades para que Tóquio
suportasse a explosão populacional. Em 1920 a região
metropolitana tinha 7,5 milhões de habitantes.
A agricultura japonesa, apesar da exigüidade dos
espaços disponíveis (planícies-agricultura de
jardinagem), consegue fornecer um elevado percentual
de alimentos consumidos pela população. O arroz é o
principal produto agrícola do país. A atividade rural, até a
Segunda Guerra, era o sustentáculo da economia do
país.
13. economia
Apesar da elevada produtividade, o Japão importa
produtos agropecuários, com destaque para a soja
(Brasil).
O Japão, atualmente, é o quarto país do mundo em
volume de produção de pescado, sendo o primeiro a
China, o segundo o Peru e o terceiro os EUA. Os
japoneses são grandes consumidores de peixes, ostras e
algas.
A agricultura desenvolve-se nas planícies, que
correspondem à sexta parte do território.
A maior parte das indústrias está situada nas
proximidades dos portos ou na embocadura dos rios.
14. De país feudal a grande potência
econômica mundial
O Japão, no final do século XIX, ainda era um país feudal.
O Japão contemporâneo nasceu da ocupação americana
de 1945-1951. Reformado e ocidentalizado, foi envolvido
na arquitetura mundial da Guerra Fria, tornando-se um
dique contra a expansão da influência soviética no Leste
Asiático.
Em 1854, no quadro maior da expansão americana no
Pacífico, o comodoro Perry forçou a abertura do comércio
japonês bombardeando portos do país.
O xogunato era um sistema descentralizado no qual o
imperador não retinha o comando do Estado.
15. De país feudal a grande potência
econômica mundial
O resultado da crise foi a devolução do poder ao
imperador Mutsuhito, completada em 1867-1868.
Instalado em Edo (Tóquio), a antiga “capital do leste”, o
imperador suprimiu o poder do xogum e realizou a
centralização política do país. Esse processo tornou-se
conhecido como Restauração Meiji.
A Restauração Meiji foi responsável por grandes
transformações, dentre as quais podemos destacar: a
implantação de fábricas, a adoção de uma constituição,
a obrigatoriedade do ensino, a edificação de milhares de
prédios escolares e o treinamento de milhares de
professores.
16. De país feudal a grande potência
econômica mundial
O crescimento econômico pós-Segunda Guerra
Mundial foi alicerçado em fatores culturais,
geoestratégicos e econômicos.
As indústrias japonesas, desde o final do século
XIX, estão concentradas nas cidades que bordejam
o Pacífico. A escassez de recursos minerais torna o
Japão grande importador de matérias-primas, o que
explica a concentração das indústrias de bens de
produção (metalúrgicas/petroquímicas) nas áreas
portuárias.
17. Japão: uso da terra
Para a integração territorial, foram implantadas grandes
obras de engenharia, com destaque para as pontes que
unem as ilhas de Honshu e Shikoku e o túnel Seikan, que
liga a ilha de Honshu à ilha de Hokkaido. Além da
descentralização interna, as empresas japonesas
investiram em várias regiões do mundo em função de
matérias-primas, mão de obra barata, menores cargas
tributárias e infraestrutura (orla do Pacífico, China, Brasil e
México).
É fundamental destacar que o Japão, atualmente, está na
Terceira Revolução Industrial ou Revolução TécnicoCientífica, com ênfase para os setores de
informática, robótica, telemática (telecomunicações e
informática), biotecnologia (engenharia
genética), nanotecnologia e outras.