SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
A GRANDE SÍNTESE Capítulo 1 – Ciência e Razão MÚSICA: Beethoven - Minueto em sol  A GRANDE SÍNTESE CAPÍTULO 1 –CIÊNCIA e razão ESTUDO DAS OBRAS DE PIETRO UBALDI ORIGINAL DO LIVRO MÚSICA: CHOPIN - NOTURNO
Em outro lugar e de outra forma, falei especialmente ao coração, usando linguagem simples, adaptada aos humildes e aos justos que sabem chorar e crer. Aqui falo à inteligência, à razão cética, à ciência sem fé, a fim de vencê-la, superando-a com suas próprias armas. A palavra doce que atrai e arrasta, porque comove, foi dita. Indico-vos agora a mesma meta, mas por outros caminhos, feitos de ousadias e potência de pensamento, pois quem pede isso não saberia ver de outra forma, por faltar-lhe a fé ou incapacidade de orientação para compreender .
O pensamento humano avança. Cada século, cada povo segue um conceito de acordo com o desen-volvimento que obedece a leis a que estais sub-metidos. Em qualquer campo, a nova idéia vem sempre do Alto e é intuída pelo gênio. Depois, dela vos apoderais, a observais, a decompondes, a viveis, passando, então, à vossa vida e às leis. Assim, desce a idéia e, quando se fixa na matéria, já esgotou seu ciclo, já aproveitastes todo seu suco e a jogais fora para absorverdes, em vossa alma individual e coletiva novo sopro divino.
Vosso século possuiu e desenvolveu uma idéia toda própria que os séculos precedentes não viam, pois estavam atentos em receber e desenvolver outras. Vossa idéia foi a ciência, com que acreditastes descobrir o absoluto, embora essa também seja uma idéia relativa que, esgotado seu ciclo, passa; eu venho falar-vos exatamente porque ela está passando.
Vossa ciência lançou-se num beco escuro, sem saída, onde vossa mente não tem amanhã. Que vos deu o último século? Máquinas como jamais o mundo as teve (mas que, no entanto, são apenas máquinas) e, em compensação, ressecou vossa alma. Essa ciência passou como um furacão destruidor de toda a fé e vos impõe, com a máscara do ceticismo, um rosto sem alma. Sorris despreocupados, mas vosso espí-rito morre de tédio e ouvem-se gritos dilacerantes. Até vossa própria ciência é uma espécie de deses-pero metódico, fatal, sem mais esperanças. Terá ela resolvido o problema da dor? Que uso sabe fazer dos poderosos meios que lhe deram os segredos arran-cados da natureza? Em vossas mãos, o saber e a força transformam-se sempre em meios de des-truição.
Para que serve, então, o  saber, se ao invés de impulsionar-­vos para o Alto, tornando-vos melhores, para vós se torna instrumento de perdição? Não riais, ó céticos, que julgais ter resolvido tudo, porque sufocastes o grito de vossa alma que anseia por subir! A dor vos persegue e vos encontrará em qualquer lugar.  Sois crianças que julgais evitar o perigo escondendo a cabeça e fechando os olhos, mas existe uma Lei, invisível para vós, todavia mais forte que a rocha, mais poderosa que o furacão, que caminha inexorável movimen-tando tudo, animando tudo; essa Lei é Deus. Ela está dentro de vós, vossa vida é uma exteriorização dela e derramará sobre vós alegria ou dor, de acordo com a justiça, como o merecerdes. Eis a síntese que vossa ciência, perdida nos infinitos pormenores da análise, jamais poderá reconstituir. Eis a visão unitária, a concepção apocalíptica que venho trazer-vos.
Para que me possa fazer compreender, é mister que fale de acordo com vossa mentalidade e me coloque no momento psicológico que vosso século está vivendo. É indispensável que eu parta justamente dos postulados da vossa ciência, para dar-lhe uma direção totalmente nova. Vosso sistema de pesquisa objetiva, à base da observação e experiência, não vos pode levar além de certos resultados. Cada meio pode fornecer certo rendimento e nada mais, e a razão é um meio. A análise não poderia chegar à grande síntese, grande aspiração que ferve no fundo de todas as almas, senão por meio de um tempo infinito, de que não dispondes.
Vossa ciência arrisca-se a não concluir jamais e o “ignorabimus” quer dizer falência. A tarefa da ciência não pode ser apenas a de  multiplicar vossas comodi-dades .  Não estranguleis, não sufoqueis a luz de vosso espírito, única alegria e centelha da vida, até o ponto de tornar a ciência, que nasce do vosso intelecto, uma  fábrica de comodidades . Esta é prostituição do espírito, é vergonhosa venda de vós mesmos à matéria. A ciência pela ciência não tem valor, vale apenas como meio de ascensão da vida. Vossa ciência tem um pecado original: dirigir-se apenas à conquista do bem-estar material. A verdadeira ciência deve ter como fina-lidade tornar melhores os homens. Eis a nova estrada que precisa ser palmilhada. Essa é a minha ciência.
O momento é crítico, mas é mister avançar. E então (coisa incrível para a construção psicológica que o último século imprimiu em vós) nova verdade vos é comunicada por meios que desconheceis, para que possais descobrir o novo caminho. O Alto, que vos é invisível, nunca deixou de intervir nos momentos culminantes da História. Que sabeis do amanhã, que sabeis da razão por que vos falo? Que podeis imaginar daquilo que o tempo vos prepara, vós, que estais imersos no átimo fugidio? Indispensável avançar, mais que isso não vos seria possível. As vias da arte, da literatura, da ciência, da vida social estão fechadas, sem amanhã. Não tendes mais o alimento do espírito e remastigais coisas velhas que já são produtos de refugo e devem ser expelidos da vida. Falarei do espírito e vos reabrirei aquela estrada para o infinito, que a razão e a ciência vos fecharam.
Ouvi-me, pois. A razão que utilizais é um instrumento que possuís para prover os misteres, as necessidades mais externas da vida: conservação do indivíduo e da espécie. Quando lançais este instrumento no grande mar do conhecimento, ele se perde, porque neste campo, os sentidos (que muito servem para vossas necessidades imediatas) somente esfloram a superfície das coisas e sua incapacidade absoluta de penetrar a essência vós a sentis. A observação e a experiência, de fato, deram-vos apenas resultados exteriores de índole prática, mas a reali­dade profunda vos escapa porque o uso dos sentidos como instru-mento de pesquisa, embora ajudado por meios adequados, vos fará permanecer sempre na superfície, fechando-vos o caminho do progresso.
Para avançar ainda, é preciso despertar, educar, desenvolver uma faculdade mais profunda: a intuição. Aqui entram em função elementos complementares novos para vós. Algum cientista jamais pensou que, para compreender um fenômeno, fosse indispensável a própria purificação moral? Partindo da negação e da dúvida, a ciência colocou a priori uma barreira intransponível entre o espírito do observador e o fenômeno. O eu que observa permanece sempre intimamente estranho ao fenômeno, atingido apenas pela estrada estreita dos sentidos. Jamais o cientista abriu sua alma, para que o mistério encarasse o próprio mistério e se comunicassem e se compreendessem. O cientista jamais pensou que é preciso  amar  o fenômeno,  tornar-se  o fenômeno observado, vivê-lo; é indispensável transportar o próprio Eu, com sua sensibilidade, até o centro do fenômeno, não apenas com uma comunhão, mas com uma verdadeira transfusão de alma.
Compreendeis-me? Nem todos poderão compreender, pois ignoram o grande princípio do amor; ignoram que a matéria é, em todas as suas formas (até nas menores) sustentada, guiada, organizada pelo espírito que, em diversos graus de manifes-tação, existe por toda a parte. Para compreender a essência das coisas, tereis que abrir as portas de vossa alma e estabelecer, pelos caminhos do espírito, essa comunicação interior, entre espírito e espírito; deveis sentir a unidade da vida que irmana todos os seres, desde o mineral até o homem, em trocas de interdependências, numa lei comum; deveis sentir esse liame de amor com todas as outras formas da vida, porque tudo, desde o fenômeno químico até o social, é vida, regida por um princípio espiritual.
Para compreender, é necessário que possuais uma alma pura e que um liame de simpatia vos una a todo o criado. A ciência ri de tudo isso e por esse motivo deve limitar-se a produzir  comodidades  e nada mais. Nisto que vos estou a  dizer  reside exatamente a nova orientação que a persona-lidade humana deve conseguir, para poder avançar . FIM
Formatação: J. Meirelles   [email_address] FORMATAÇÃO: J. Meirelles  [email_address]   www.jmeirelles.wordpress.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Olm 101027-perguntas que se podem fazer-mistificações e contradições-charlata...
Olm 101027-perguntas que se podem fazer-mistificações e contradições-charlata...Olm 101027-perguntas que se podem fazer-mistificações e contradições-charlata...
Olm 101027-perguntas que se podem fazer-mistificações e contradições-charlata...Carlos Alberto Freire De Souza
 
A+maldição+do+cartesianismo
A+maldição+do+cartesianismoA+maldição+do+cartesianismo
A+maldição+do+cartesianismoErickson Galdino
 
Heidegger, martin. a sentença nietzschiana deus está morto
Heidegger, martin. a sentença nietzschiana deus está mortoHeidegger, martin. a sentença nietzschiana deus está morto
Heidegger, martin. a sentença nietzschiana deus está mortoPatrocínio Solon Freire
 
Filosofia aula 7
Filosofia aula 7Filosofia aula 7
Filosofia aula 7Erica Frau
 
MENSAGEM DO GRAAL"NA LUZ DA VERDADE" - ABDRUSCHIN - VOL1
MENSAGEM DO GRAAL"NA LUZ DA VERDADE" - ABDRUSCHIN - VOL1MENSAGEM DO GRAAL"NA LUZ DA VERDADE" - ABDRUSCHIN - VOL1
MENSAGEM DO GRAAL"NA LUZ DA VERDADE" - ABDRUSCHIN - VOL1Uma Luz além do Mundo
 
Influência do médium na comunicação
Influência do médium na comunicaçãoInfluência do médium na comunicação
Influência do médium na comunicaçãoGraça Maciel
 
Observar, comparar e julgar
Observar, comparar e julgarObservar, comparar e julgar
Observar, comparar e julgarHelio Cruz
 
A ciência secreta vol i
A ciência secreta vol iA ciência secreta vol i
A ciência secreta vol iMongeTeodoro
 
04 a mediunidade e os cientistas (versão-jan08)
04   a mediunidade e os cientistas (versão-jan08)04   a mediunidade e os cientistas (versão-jan08)
04 a mediunidade e os cientistas (versão-jan08)Edvaldok1958
 
Revista Espírita - Ano: 1858
Revista Espírita - Ano: 1858Revista Espírita - Ano: 1858
Revista Espírita - Ano: 1858Jerri Almeida
 

Mais procurados (18)

Olm 101027-perguntas que se podem fazer-mistificações e contradições-charlata...
Olm 101027-perguntas que se podem fazer-mistificações e contradições-charlata...Olm 101027-perguntas que se podem fazer-mistificações e contradições-charlata...
Olm 101027-perguntas que se podem fazer-mistificações e contradições-charlata...
 
O espiritismo perante a ciência
O espiritismo perante a ciênciaO espiritismo perante a ciência
O espiritismo perante a ciência
 
Allan kardec
Allan kardecAllan kardec
Allan kardec
 
A+maldição+do+cartesianismo
A+maldição+do+cartesianismoA+maldição+do+cartesianismo
A+maldição+do+cartesianismo
 
Filosofia m2 a1
Filosofia m2 a1Filosofia m2 a1
Filosofia m2 a1
 
Fascinação
FascinaçãoFascinação
Fascinação
 
Heidegger, martin. a sentença nietzschiana deus está morto
Heidegger, martin. a sentença nietzschiana deus está mortoHeidegger, martin. a sentença nietzschiana deus está morto
Heidegger, martin. a sentença nietzschiana deus está morto
 
Filosofia aula 7
Filosofia aula 7Filosofia aula 7
Filosofia aula 7
 
MENSAGEM DO GRAAL"NA LUZ DA VERDADE" - ABDRUSCHIN - VOL1
MENSAGEM DO GRAAL"NA LUZ DA VERDADE" - ABDRUSCHIN - VOL1MENSAGEM DO GRAAL"NA LUZ DA VERDADE" - ABDRUSCHIN - VOL1
MENSAGEM DO GRAAL"NA LUZ DA VERDADE" - ABDRUSCHIN - VOL1
 
Vicios e delitos
Vicios e delitosVicios e delitos
Vicios e delitos
 
Influência do médium na comunicação
Influência do médium na comunicaçãoInfluência do médium na comunicação
Influência do médium na comunicação
 
150 anos de O Livro dos Médiuns
150 anos de O Livro dos Médiuns150 anos de O Livro dos Médiuns
150 anos de O Livro dos Médiuns
 
Olm 101013-da obsessão
Olm 101013-da obsessãoOlm 101013-da obsessão
Olm 101013-da obsessão
 
Observar, comparar e julgar
Observar, comparar e julgarObservar, comparar e julgar
Observar, comparar e julgar
 
Dissidências
DissidênciasDissidências
Dissidências
 
A ciência secreta vol i
A ciência secreta vol iA ciência secreta vol i
A ciência secreta vol i
 
04 a mediunidade e os cientistas (versão-jan08)
04   a mediunidade e os cientistas (versão-jan08)04   a mediunidade e os cientistas (versão-jan08)
04 a mediunidade e os cientistas (versão-jan08)
 
Revista Espírita - Ano: 1858
Revista Espírita - Ano: 1858Revista Espírita - Ano: 1858
Revista Espírita - Ano: 1858
 

Destaque

Na Esfera íNtima1
Na Esfera íNtima1Na Esfera íNtima1
Na Esfera íNtima1jmeirelles
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1  SíNteseCapíTulo 1  SíNtese
CapíTulo 1 SíNtesejmeirelles
 
CapíTulo 4 E 5 IntroduçãO
CapíTulo 4 E 5 IntroduçãOCapíTulo 4 E 5 IntroduçãO
CapíTulo 4 E 5 IntroduçãOjmeirelles
 
CapíTulo 10 Livro
CapíTulo 10 LivroCapíTulo 10 Livro
CapíTulo 10 Livrojmeirelles
 
AutolibertaçãO
AutolibertaçãOAutolibertaçãO
AutolibertaçãOjmeirelles
 
CapíTulo 3 IntroduçãO Final
CapíTulo 3   IntroduçãO FinalCapíTulo 3   IntroduçãO Final
CapíTulo 3 IntroduçãO Finaljmeirelles
 
CapíTulo 1 SíNtese Pauline 3
CapíTulo 1  SíNtese Pauline 3CapíTulo 1  SíNtese Pauline 3
CapíTulo 1 SíNtese Pauline 3jmeirelles
 
Entre O BerçO E O TúMulo
Entre O BerçO E O TúMuloEntre O BerçO E O TúMulo
Entre O BerçO E O TúMulojmeirelles
 
ApresentaçãO
ApresentaçãOApresentaçãO
ApresentaçãOjmeirelles
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1 SíNteseCapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1 SíNtesejmeirelles
 
CapíTulo 10 SíNtese
CapíTulo 10   SíNteseCapíTulo 10   SíNtese
CapíTulo 10 SíNtesejmeirelles
 
Capitulo 2 SíNtese
Capitulo 2  SíNteseCapitulo 2  SíNtese
Capitulo 2 SíNtesejmeirelles
 
CapíTulo 10 SíNtese
CapíTulo 10   SíNteseCapíTulo 10   SíNtese
CapíTulo 10 SíNtesejmeirelles
 
CapíTulo 1 Original Livro
CapíTulo 1 Original LivroCapíTulo 1 Original Livro
CapíTulo 1 Original Livrojmeirelles
 
AdministraçãO
AdministraçãOAdministraçãO
AdministraçãOjmeirelles
 
Um Pouco De Fermento
Um Pouco De FermentoUm Pouco De Fermento
Um Pouco De Fermentojmeirelles
 
Condicionamento
CondicionamentoCondicionamento
Condicionamentojmeirelles
 
Beleza e sabedoria natureza e pensamento
Beleza e sabedoria   natureza e pensamentoBeleza e sabedoria   natureza e pensamento
Beleza e sabedoria natureza e pensamentojmeirelles
 
Não estás deprimido imagens grandes...
Não estás deprimido imagens grandes...Não estás deprimido imagens grandes...
Não estás deprimido imagens grandes...jmeirelles
 

Destaque (20)

Na Esfera íNtima1
Na Esfera íNtima1Na Esfera íNtima1
Na Esfera íNtima1
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1  SíNteseCapíTulo 1  SíNtese
CapíTulo 1 SíNtese
 
CapíTulo 4 E 5 IntroduçãO
CapíTulo 4 E 5 IntroduçãOCapíTulo 4 E 5 IntroduçãO
CapíTulo 4 E 5 IntroduçãO
 
CapíTulo 10 Livro
CapíTulo 10 LivroCapíTulo 10 Livro
CapíTulo 10 Livro
 
AutolibertaçãO
AutolibertaçãOAutolibertaçãO
AutolibertaçãO
 
CapíTulo 3 IntroduçãO Final
CapíTulo 3   IntroduçãO FinalCapíTulo 3   IntroduçãO Final
CapíTulo 3 IntroduçãO Final
 
PrefáCio 1
PrefáCio 1PrefáCio 1
PrefáCio 1
 
CapíTulo 1 SíNtese Pauline 3
CapíTulo 1  SíNtese Pauline 3CapíTulo 1  SíNtese Pauline 3
CapíTulo 1 SíNtese Pauline 3
 
Entre O BerçO E O TúMulo
Entre O BerçO E O TúMuloEntre O BerçO E O TúMulo
Entre O BerçO E O TúMulo
 
ApresentaçãO
ApresentaçãOApresentaçãO
ApresentaçãO
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1 SíNteseCapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1 SíNtese
 
CapíTulo 10 SíNtese
CapíTulo 10   SíNteseCapíTulo 10   SíNtese
CapíTulo 10 SíNtese
 
Capitulo 2 SíNtese
Capitulo 2  SíNteseCapitulo 2  SíNtese
Capitulo 2 SíNtese
 
CapíTulo 10 SíNtese
CapíTulo 10   SíNteseCapíTulo 10   SíNtese
CapíTulo 10 SíNtese
 
CapíTulo 1 Original Livro
CapíTulo 1 Original LivroCapíTulo 1 Original Livro
CapíTulo 1 Original Livro
 
AdministraçãO
AdministraçãOAdministraçãO
AdministraçãO
 
Um Pouco De Fermento
Um Pouco De FermentoUm Pouco De Fermento
Um Pouco De Fermento
 
Condicionamento
CondicionamentoCondicionamento
Condicionamento
 
Beleza e sabedoria natureza e pensamento
Beleza e sabedoria   natureza e pensamentoBeleza e sabedoria   natureza e pensamento
Beleza e sabedoria natureza e pensamento
 
Não estás deprimido imagens grandes...
Não estás deprimido imagens grandes...Não estás deprimido imagens grandes...
Não estás deprimido imagens grandes...
 

Semelhante a A grande síntese da ciência e da razão

CapíTulo 1 Original Livro
CapíTulo 1 Original LivroCapíTulo 1 Original Livro
CapíTulo 1 Original Livrojmeirelles
 
CapíTulo 3 IntroduçãO
CapíTulo 3   IntroduçãOCapíTulo 3   IntroduçãO
CapíTulo 3 IntroduçãOjmeirelles
 
Apresentaofilosofia 130830213648-phpapp02
Apresentaofilosofia 130830213648-phpapp02Apresentaofilosofia 130830213648-phpapp02
Apresentaofilosofia 130830213648-phpapp02Cicera Cavalcante
 
CapíTulo 9 Livro
CapíTulo 9 LivroCapíTulo 9 Livro
CapíTulo 9 Livrojmeirelles
 
CapíTulo 9 Livro
CapíTulo 9 LivroCapíTulo 9 Livro
CapíTulo 9 Livrojmeirelles
 
curso-de-meditacao-transcendental
 curso-de-meditacao-transcendental curso-de-meditacao-transcendental
curso-de-meditacao-transcendentalRe David
 
Revista espírita 1858
Revista espírita   1858Revista espírita   1858
Revista espírita 1858anaccc2013
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1  SíNteseCapíTulo 1  SíNtese
CapíTulo 1 SíNtesejmeirelles
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1  SíNteseCapíTulo 1  SíNtese
CapíTulo 1 SíNtesejmeirelles
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1  SíNteseCapíTulo 1  SíNtese
CapíTulo 1 SíNtesejmeirelles
 
Capitulo 2 Síntese
Capitulo 2  SínteseCapitulo 2  Síntese
Capitulo 2 Síntesejmeirelles
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1  SíNteseCapíTulo 1  SíNtese
CapíTulo 1 SíNtesejmeirelles
 
Brasil Do 3º MilêNio
Brasil Do 3º MilêNioBrasil Do 3º MilêNio
Brasil Do 3º MilêNiojmeirelles
 
Espiritismo - Uma Nova Era para a Humanidade
Espiritismo - Uma Nova Era para a HumanidadeEspiritismo - Uma Nova Era para a Humanidade
Espiritismo - Uma Nova Era para a Humanidadeigmateus
 
Influência do Espiritismo no Progresso
Influência do Espiritismo no ProgressoInfluência do Espiritismo no Progresso
Influência do Espiritismo no Progressoigmateus
 
Osho - Vá Com Calma Volume 4.pdf
Osho - Vá Com Calma Volume 4.pdfOsho - Vá Com Calma Volume 4.pdf
Osho - Vá Com Calma Volume 4.pdfHubertoRohden2
 

Semelhante a A grande síntese da ciência e da razão (20)

CapíTulo 1 Original Livro
CapíTulo 1 Original LivroCapíTulo 1 Original Livro
CapíTulo 1 Original Livro
 
Nuvem sobre o santuário
Nuvem sobre o santuárioNuvem sobre o santuário
Nuvem sobre o santuário
 
CapíTulo 3 IntroduçãO
CapíTulo 3   IntroduçãOCapíTulo 3   IntroduçãO
CapíTulo 3 IntroduçãO
 
Apresentaofilosofia 130830213648-phpapp02
Apresentaofilosofia 130830213648-phpapp02Apresentaofilosofia 130830213648-phpapp02
Apresentaofilosofia 130830213648-phpapp02
 
CapíTulo 9 Livro
CapíTulo 9 LivroCapíTulo 9 Livro
CapíTulo 9 Livro
 
CapíTulo 9 Livro
CapíTulo 9 LivroCapíTulo 9 Livro
CapíTulo 9 Livro
 
curso-de-meditacao-transcendental
 curso-de-meditacao-transcendental curso-de-meditacao-transcendental
curso-de-meditacao-transcendental
 
Revista espirita 1858
Revista espirita 1858Revista espirita 1858
Revista espirita 1858
 
Filosofia da Ciência
Filosofia da CiênciaFilosofia da Ciência
Filosofia da Ciência
 
Revista espírita 1858
Revista espírita   1858Revista espírita   1858
Revista espírita 1858
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1  SíNteseCapíTulo 1  SíNtese
CapíTulo 1 SíNtese
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1  SíNteseCapíTulo 1  SíNtese
CapíTulo 1 SíNtese
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1  SíNteseCapíTulo 1  SíNtese
CapíTulo 1 SíNtese
 
Capitulo 2 Síntese
Capitulo 2  SínteseCapitulo 2  Síntese
Capitulo 2 Síntese
 
CapíTulo 1 SíNtese
CapíTulo 1  SíNteseCapíTulo 1  SíNtese
CapíTulo 1 SíNtese
 
Brasil Do 3º MilêNio
Brasil Do 3º MilêNioBrasil Do 3º MilêNio
Brasil Do 3º MilêNio
 
Espiritismo - Uma Nova Era para a Humanidade
Espiritismo - Uma Nova Era para a HumanidadeEspiritismo - Uma Nova Era para a Humanidade
Espiritismo - Uma Nova Era para a Humanidade
 
Influência do Espiritismo no Progresso
Influência do Espiritismo no ProgressoInfluência do Espiritismo no Progresso
Influência do Espiritismo no Progresso
 
O que e_espiritismo
O que e_espiritismoO que e_espiritismo
O que e_espiritismo
 
Osho - Vá Com Calma Volume 4.pdf
Osho - Vá Com Calma Volume 4.pdfOsho - Vá Com Calma Volume 4.pdf
Osho - Vá Com Calma Volume 4.pdf
 

Mais de jmeirelles

Não está deprimido... estás distraído
Não está deprimido...  estás distraídoNão está deprimido...  estás distraído
Não está deprimido... estás distraídojmeirelles
 
Conspiração espiritual1
Conspiração espiritual1Conspiração espiritual1
Conspiração espiritual1jmeirelles
 
A ponte para deus. pps
A ponte para deus. ppsA ponte para deus. pps
A ponte para deus. ppsjmeirelles
 
Construção da felicidade
Construção da felicidadeConstrução da felicidade
Construção da felicidadejmeirelles
 
A força do amor
A força do amorA força do amor
A força do amorjmeirelles
 
Beleza e sabedoria natureza e pensamento
Beleza e sabedoria   natureza e pensamentoBeleza e sabedoria   natureza e pensamento
Beleza e sabedoria natureza e pensamentojmeirelles
 
Natureza, música e reflexão
Natureza, música e reflexãoNatureza, música e reflexão
Natureza, música e reflexãojmeirelles
 
Por que se vive3
Por que se vive3Por que se vive3
Por que se vive3jmeirelles
 
128 não rejeites a confiança
128   não rejeites a confiança128   não rejeites a confiança
128 não rejeites a confiançajmeirelles
 
128 não rejeites a confiança
128   não rejeites a confiança128   não rejeites a confiança
128 não rejeites a confiançajmeirelles
 
Servir e marchar
Servir e marcharServir e marchar
Servir e marcharjmeirelles
 
Conspiraçao espiritual
Conspiraçao espiritualConspiraçao espiritual
Conspiraçao espiritualjmeirelles
 
Ante o sublime
Ante o sublimeAnte o sublime
Ante o sublimejmeirelles
 
A arte de_michael_e_inassa_gamarsh2
A arte de_michael_e_inassa_gamarsh2A arte de_michael_e_inassa_gamarsh2
A arte de_michael_e_inassa_gamarsh2jmeirelles
 
A arte de_robert_duncan
A arte de_robert_duncanA arte de_robert_duncan
A arte de_robert_duncanjmeirelles
 
Diante do senhor
Diante do senhorDiante do senhor
Diante do senhorjmeirelles
 
Busquemos a eternidade
Busquemos a eternidadeBusquemos a eternidade
Busquemos a eternidadejmeirelles
 
A arte de_ivan_slavinsky
A arte de_ivan_slavinskyA arte de_ivan_slavinsky
A arte de_ivan_slavinskyjmeirelles
 

Mais de jmeirelles (20)

Não está deprimido... estás distraído
Não está deprimido...  estás distraídoNão está deprimido...  estás distraído
Não está deprimido... estás distraído
 
Caravaggio
CaravaggioCaravaggio
Caravaggio
 
Conspiração espiritual1
Conspiração espiritual1Conspiração espiritual1
Conspiração espiritual1
 
A ponte para deus. pps
A ponte para deus. ppsA ponte para deus. pps
A ponte para deus. pps
 
Construção da felicidade
Construção da felicidadeConstrução da felicidade
Construção da felicidade
 
A força do amor
A força do amorA força do amor
A força do amor
 
Beleza e sabedoria natureza e pensamento
Beleza e sabedoria   natureza e pensamentoBeleza e sabedoria   natureza e pensamento
Beleza e sabedoria natureza e pensamento
 
Natureza, música e reflexão
Natureza, música e reflexãoNatureza, música e reflexão
Natureza, música e reflexão
 
Por que se vive3
Por que se vive3Por que se vive3
Por que se vive3
 
128 não rejeites a confiança
128   não rejeites a confiança128   não rejeites a confiança
128 não rejeites a confiança
 
128 não rejeites a confiança
128   não rejeites a confiança128   não rejeites a confiança
128 não rejeites a confiança
 
Servir e marchar
Servir e marcharServir e marchar
Servir e marchar
 
Conspiraçao espiritual
Conspiraçao espiritualConspiraçao espiritual
Conspiraçao espiritual
 
Ante o sublime
Ante o sublimeAnte o sublime
Ante o sublime
 
Mascara1...
Mascara1...Mascara1...
Mascara1...
 
A arte de_michael_e_inassa_gamarsh2
A arte de_michael_e_inassa_gamarsh2A arte de_michael_e_inassa_gamarsh2
A arte de_michael_e_inassa_gamarsh2
 
A arte de_robert_duncan
A arte de_robert_duncanA arte de_robert_duncan
A arte de_robert_duncan
 
Diante do senhor
Diante do senhorDiante do senhor
Diante do senhor
 
Busquemos a eternidade
Busquemos a eternidadeBusquemos a eternidade
Busquemos a eternidade
 
A arte de_ivan_slavinsky
A arte de_ivan_slavinskyA arte de_ivan_slavinsky
A arte de_ivan_slavinsky
 

A grande síntese da ciência e da razão

  • 1. A GRANDE SÍNTESE Capítulo 1 – Ciência e Razão MÚSICA: Beethoven - Minueto em sol A GRANDE SÍNTESE CAPÍTULO 1 –CIÊNCIA e razão ESTUDO DAS OBRAS DE PIETRO UBALDI ORIGINAL DO LIVRO MÚSICA: CHOPIN - NOTURNO
  • 2. Em outro lugar e de outra forma, falei especialmente ao coração, usando linguagem simples, adaptada aos humildes e aos justos que sabem chorar e crer. Aqui falo à inteligência, à razão cética, à ciência sem fé, a fim de vencê-la, superando-a com suas próprias armas. A palavra doce que atrai e arrasta, porque comove, foi dita. Indico-vos agora a mesma meta, mas por outros caminhos, feitos de ousadias e potência de pensamento, pois quem pede isso não saberia ver de outra forma, por faltar-lhe a fé ou incapacidade de orientação para compreender .
  • 3. O pensamento humano avança. Cada século, cada povo segue um conceito de acordo com o desen-volvimento que obedece a leis a que estais sub-metidos. Em qualquer campo, a nova idéia vem sempre do Alto e é intuída pelo gênio. Depois, dela vos apoderais, a observais, a decompondes, a viveis, passando, então, à vossa vida e às leis. Assim, desce a idéia e, quando se fixa na matéria, já esgotou seu ciclo, já aproveitastes todo seu suco e a jogais fora para absorverdes, em vossa alma individual e coletiva novo sopro divino.
  • 4. Vosso século possuiu e desenvolveu uma idéia toda própria que os séculos precedentes não viam, pois estavam atentos em receber e desenvolver outras. Vossa idéia foi a ciência, com que acreditastes descobrir o absoluto, embora essa também seja uma idéia relativa que, esgotado seu ciclo, passa; eu venho falar-vos exatamente porque ela está passando.
  • 5. Vossa ciência lançou-se num beco escuro, sem saída, onde vossa mente não tem amanhã. Que vos deu o último século? Máquinas como jamais o mundo as teve (mas que, no entanto, são apenas máquinas) e, em compensação, ressecou vossa alma. Essa ciência passou como um furacão destruidor de toda a fé e vos impõe, com a máscara do ceticismo, um rosto sem alma. Sorris despreocupados, mas vosso espí-rito morre de tédio e ouvem-se gritos dilacerantes. Até vossa própria ciência é uma espécie de deses-pero metódico, fatal, sem mais esperanças. Terá ela resolvido o problema da dor? Que uso sabe fazer dos poderosos meios que lhe deram os segredos arran-cados da natureza? Em vossas mãos, o saber e a força transformam-se sempre em meios de des-truição.
  • 6. Para que serve, então, o saber, se ao invés de impulsionar-­vos para o Alto, tornando-vos melhores, para vós se torna instrumento de perdição? Não riais, ó céticos, que julgais ter resolvido tudo, porque sufocastes o grito de vossa alma que anseia por subir! A dor vos persegue e vos encontrará em qualquer lugar. Sois crianças que julgais evitar o perigo escondendo a cabeça e fechando os olhos, mas existe uma Lei, invisível para vós, todavia mais forte que a rocha, mais poderosa que o furacão, que caminha inexorável movimen-tando tudo, animando tudo; essa Lei é Deus. Ela está dentro de vós, vossa vida é uma exteriorização dela e derramará sobre vós alegria ou dor, de acordo com a justiça, como o merecerdes. Eis a síntese que vossa ciência, perdida nos infinitos pormenores da análise, jamais poderá reconstituir. Eis a visão unitária, a concepção apocalíptica que venho trazer-vos.
  • 7. Para que me possa fazer compreender, é mister que fale de acordo com vossa mentalidade e me coloque no momento psicológico que vosso século está vivendo. É indispensável que eu parta justamente dos postulados da vossa ciência, para dar-lhe uma direção totalmente nova. Vosso sistema de pesquisa objetiva, à base da observação e experiência, não vos pode levar além de certos resultados. Cada meio pode fornecer certo rendimento e nada mais, e a razão é um meio. A análise não poderia chegar à grande síntese, grande aspiração que ferve no fundo de todas as almas, senão por meio de um tempo infinito, de que não dispondes.
  • 8. Vossa ciência arrisca-se a não concluir jamais e o “ignorabimus” quer dizer falência. A tarefa da ciência não pode ser apenas a de multiplicar vossas comodi-dades . Não estranguleis, não sufoqueis a luz de vosso espírito, única alegria e centelha da vida, até o ponto de tornar a ciência, que nasce do vosso intelecto, uma fábrica de comodidades . Esta é prostituição do espírito, é vergonhosa venda de vós mesmos à matéria. A ciência pela ciência não tem valor, vale apenas como meio de ascensão da vida. Vossa ciência tem um pecado original: dirigir-se apenas à conquista do bem-estar material. A verdadeira ciência deve ter como fina-lidade tornar melhores os homens. Eis a nova estrada que precisa ser palmilhada. Essa é a minha ciência.
  • 9. O momento é crítico, mas é mister avançar. E então (coisa incrível para a construção psicológica que o último século imprimiu em vós) nova verdade vos é comunicada por meios que desconheceis, para que possais descobrir o novo caminho. O Alto, que vos é invisível, nunca deixou de intervir nos momentos culminantes da História. Que sabeis do amanhã, que sabeis da razão por que vos falo? Que podeis imaginar daquilo que o tempo vos prepara, vós, que estais imersos no átimo fugidio? Indispensável avançar, mais que isso não vos seria possível. As vias da arte, da literatura, da ciência, da vida social estão fechadas, sem amanhã. Não tendes mais o alimento do espírito e remastigais coisas velhas que já são produtos de refugo e devem ser expelidos da vida. Falarei do espírito e vos reabrirei aquela estrada para o infinito, que a razão e a ciência vos fecharam.
  • 10. Ouvi-me, pois. A razão que utilizais é um instrumento que possuís para prover os misteres, as necessidades mais externas da vida: conservação do indivíduo e da espécie. Quando lançais este instrumento no grande mar do conhecimento, ele se perde, porque neste campo, os sentidos (que muito servem para vossas necessidades imediatas) somente esfloram a superfície das coisas e sua incapacidade absoluta de penetrar a essência vós a sentis. A observação e a experiência, de fato, deram-vos apenas resultados exteriores de índole prática, mas a reali­dade profunda vos escapa porque o uso dos sentidos como instru-mento de pesquisa, embora ajudado por meios adequados, vos fará permanecer sempre na superfície, fechando-vos o caminho do progresso.
  • 11. Para avançar ainda, é preciso despertar, educar, desenvolver uma faculdade mais profunda: a intuição. Aqui entram em função elementos complementares novos para vós. Algum cientista jamais pensou que, para compreender um fenômeno, fosse indispensável a própria purificação moral? Partindo da negação e da dúvida, a ciência colocou a priori uma barreira intransponível entre o espírito do observador e o fenômeno. O eu que observa permanece sempre intimamente estranho ao fenômeno, atingido apenas pela estrada estreita dos sentidos. Jamais o cientista abriu sua alma, para que o mistério encarasse o próprio mistério e se comunicassem e se compreendessem. O cientista jamais pensou que é preciso amar o fenômeno, tornar-se o fenômeno observado, vivê-lo; é indispensável transportar o próprio Eu, com sua sensibilidade, até o centro do fenômeno, não apenas com uma comunhão, mas com uma verdadeira transfusão de alma.
  • 12. Compreendeis-me? Nem todos poderão compreender, pois ignoram o grande princípio do amor; ignoram que a matéria é, em todas as suas formas (até nas menores) sustentada, guiada, organizada pelo espírito que, em diversos graus de manifes-tação, existe por toda a parte. Para compreender a essência das coisas, tereis que abrir as portas de vossa alma e estabelecer, pelos caminhos do espírito, essa comunicação interior, entre espírito e espírito; deveis sentir a unidade da vida que irmana todos os seres, desde o mineral até o homem, em trocas de interdependências, numa lei comum; deveis sentir esse liame de amor com todas as outras formas da vida, porque tudo, desde o fenômeno químico até o social, é vida, regida por um princípio espiritual.
  • 13. Para compreender, é necessário que possuais uma alma pura e que um liame de simpatia vos una a todo o criado. A ciência ri de tudo isso e por esse motivo deve limitar-se a produzir comodidades e nada mais. Nisto que vos estou a dizer reside exatamente a nova orientação que a persona-lidade humana deve conseguir, para poder avançar . FIM
  • 14. Formatação: J. Meirelles [email_address] FORMATAÇÃO: J. Meirelles [email_address] www.jmeirelles.wordpress.com