O documento discute os segredos para amar e cuidar da família, incluindo valorizar os outros, tomar decisões juntos, dividir tarefas domésticas e permanecer unidos. Ele também reflete sobre coisas que as pessoas não fariam se pudessem voltar no tempo, como descuidar da família, e coisas que fariam, como rezar mais com os filhos.
2. Para início de conversa...
Unidos na alegria e
na tristeza?...
3. FAMÍLIA: NA VIDA, A NOSSA
MELHOR PARTE
HISTÓRIA E SEGREDOS
DE AMAR E DE BEM-QUERER
4. A história...
Família: uma
instituição falida?
Família: uma crença
construída?
Família: a melhor
parte?
5. Depoimentos...
Pe. Marcelo Rossi: Deus é família
(sacerdote)
Roberto Losan: a melhor parte de minha
vida (Radialista)
Francisco Carvalho:meu pai foi a figura
mais linda do mundo (empresário)
6. Segredos de amar e de bem-
querer...
1. Valorizar o
outro...
o Ouvir o outro
o Respeitar sua
opinião
o Aceitar as críticas
com humildade
7. Segredos de amar e de bem-
querer...
2. Decidir
juntos as
coisas...
o Autoritarismos
conduz ao
infantilismo
o Superar a
cultura
machista
8. Segredos de amar
e de bem-querer...
3. Dividir as tarefas
domésticas
o As tarefas domésticas
pertencem a todos.
o Não fazer “para” mas
fazer “com” os filhos.
o Ordem x caos – a
importância da
organização.
o Segredo: não “o que se
faz”, mas “o como se
faz”. A obrigação
esmaga.
9. Segredos de amar
e de bem-querer...
4. A família é uma
pequena comunidade
o A difícil arte de ensinar a
dividir e compartilhar os
bens materiais e
afetivos...
10. Na minha família, se eu pudesse
voltar no tempo, isso é o que
eu jamais faria...
1. Não
ficaria
muito
tempo
longe da
família...
11. Na minha família, se eu pudesse
voltar no tempo, isso é o que
eu jamais faria...
2. Jamais
desprezaria
meu
companhei-
ro...
12. Na minha família, se eu pudesse
voltar no tempo, isso é o que
eu jamais faria...
3. Jamais
ceder ao
mal
humor:
o Não deixar a
alma criar
barriga
o Cansar o
corpo e
descansar a
mente
13. Na minha família, se eu pudesse
voltar no tempo, isso é o que
eu jamais faria...
4. Não seria tão perfec-
cionista
o Autoflagelação ... o mais
excelente marido/
esposa/filhos...
o Não-aceitação... da idade,
das limitações
14. Na minha família, se eu pudesse
voltar no tempo, isso é o que
eu jamais faria...
5 Não
descuida-
ria de
meu
corpo...
15. Na minha família, se eu pudesse
voltar no tempo, isso é o que
eu jamais faria...
6. Jamais
pararia
de
amar...
o Cultivar seu
“amorzeiro”
o Ceder tempo às
inutilidades
o Sair juntos...
Divertir
o Cuidar um do
outro
16. Na minha família, se eu pudesse
voltar no tempo, isso é o que
eu jamais faria...
6. Jamais
me
casaria...
o Eternamente
enamorado
o Noivado perene
17. Se eu pudesse voltar
no tempo, isso é o que
eu faria...
1. Rezaria mais com
meus filhos....
o A prece é a “respiração” da
alma
o Há muitas coisas úteis, mas
poucas são necessárias
o Falaria mais da vida que da
morte, mais do amor que do
pecado
18. Se eu pudesse voltar
no tempo, isso é o que
eu faria...
2. Ensinaria
a meus
filhos que
a lei
maior é
viver em
plenitude
o Bem-
aventurança
o Viver com
ética
19. Se eu pudesse voltar
no tempo, isso é o que
eu faria...
3. Surpree
nderia
mais
aqueles
que
amo...
20. Se eu pudesse voltar
no tempo, isso é o que
eu faria...
Ensinaria a indignação...
Notas do Editor
Ao ser convidado para fazer este encontro, tive que fazer uma parada em minha própria família e na minha família maior, aquela construída pelos meus pais, que tiveram 13 filhos, todos com suas próprias famílias, muitos dos quais já avós e bisavós. Muitos fatos aconteceram ao longo de nossas caminhadas, fatos tristes e fatos alegres, todos vividos e experienciados por cada um dos membros. Houve nascimentos, falecimentos, doenças, uniões, separações, brigas e comemorações, desentendimentos e reconciliações, dificuldades extremas, superações e vitórias e, sobretudo, o orgulho e o sentimento de pertença, o que pode ser resumida numa única frase: “Esta é a família Alves!”
Ao ser convidado para fazer este encontro, tive que fazer uma parada em minha própria família e na minha família maior, aquela construída pelos meus pais, que tiveram 13 filhos, todos agora com suas próprias famílias, muitos dos quais já avós e bisavós. Muitos fatos aconteceram ao longo de nossas caminhadas, fatos tristes e fatos alegres, todos vividos e experienciados por cada um dos membros. Houve nascimentos, falecimentos, doenças, desespero, lágrimas, uniões, separações, brigas e comemorações, desentendimentos e reconciliações, dificuldades extremas, superações e vitórias e, sobretudo, o orgulho e o sentimento de pertença, o que pode ser resumida numa única frase: “Esta é a família Alves!” Família festeira! Unida nos momentos tristes e alegres... Um referencial, a toca para onde todos correm buscando refúgio... Por mais desguarnecido seja, a família constitui um abrigo nos momentos difíceis e também nos momentos alegres... Este clichê pode ser representativo de muitas famílias brasileiras que ainda preservam a união como um dos valores fundamentais da vida humana. No fundo todas as famílias desejam as mesmas coisas: um espaço para o exercício da afeição e do cuidar e do ser cuidado. Mas será que é sempre assim? O que existe de fato por trás dos bastidores de cada família. “Tudo não passa de uma grande farsa... Uma grande hipocrisia a dois, a três, a quatro, a quantos forem os que vivem sob um mesmo teto... É tudo uma grande ilusão... O tempo é implacável e se encarrega de apagar qualquer romantismo a dois... A mulher se desencanta do marido e o marido se desencanta da mulher... Passam a viver às turras... Os pais se desencantam dos filhos e estes de seus pais...” (J. Alves. Familia: na vida a nossa melhor parte... Histórias e segredos de amar e de bem-querer... São Paulo: Loyola, p. 18).
Dois amigos se encontram. CHAGAS é um executivo globalizado, singularizado. Não tem família. Profissional de sucesso, mas que sucumbe no vazio de uma vida sem lastro. SALUSTIANO é um romântico, que mantém sua crença na família. Para Chagas é um ANORMAL... Os dois discutem... Um procura desmascarar e o outro defender sua crença na família...
BREVE HISTÓRICO:
Roberto Lopes Santos, que adotou o nome artístico de Roberto Losan, trabalhou na cidade de São Paulo nas Rádios Globo, América, Record, 9 de Julho e Rádio Tupi.
No Rio de Janeiro, trabalhou na Rádio Nacional, na década de 70.
Losan também teve participação na novela "O Rei do Gado", da Rede Globo de Televisão, onde interpretou "ele mesmo" (radialista), anunciando a dupla "Pirilampo e Saracura" (personagens de Sérgio Reis e Almir Sater).
Acreditar no que o outro diz. Dar atenção a sua fala. Nunca duvidar por duvidar. Que o outro descubra que a opinião dele ou dela é importante e pode fazer a diferença... Daí a necessidade de exercer a arte de aprender a escutar com atenção o companheiro. Por outro lado, tão importante quanto saber criticar é estar também aberto às críticas, recebê-las com humildade, tomando-as como avisos, advertências salutares para o crescimento e aperfeiçoamento da próprio ser. Quem nos ama de verdade e quer o nosso bem não terá receio de apontar as arestas que nos fazem tropeçar.
2. decidir juntos as coisas.
O autoritarismo não favorece nem o crescimento nem o amadurecimento da pessoa; ao contrário, as torna infantis e dependentes. Daí jamais decidir, sem consultar o companheiro ou companheira, os filhos, sem trocar idéias e saber o que pensam. O que nem sempre é fácil, já que vivemos numa cultura machista, em que se crê, a princípio, que é o homem quem decide, segura as pontas e faz acontecer.
3. Dividir as tarefas domésticas.
As tarefas domésticas pertencem a todos. Além de pedagógicas, podem tornar-se momentos privilegiados de inspiração. Quantas vezes ao lavar uma louça, dobrar uma roupa, arrumar uma cama, surge a solução de problemas ou a inspiração de uma nova idéia luminosa. Foi buscando água no poço que a samaritana encontrou o Mestre Divino.
Entretanto, para que se torne leve, o fardo das rotinas domésticas deve ser dividido entre todos os da casa, pais e filhos. Todos, também os filhos, devem cooperar com a limpeza da casa, especialmente dos quartos, dos objetos escolares e das roupas de uso próprio.
Os pais de adolescentes sabem quão difícil é fazê-los manter a ordem. Não se deixar levar pela tentação de fazer as coisas em lugar dos filhos. Talvez mais do que fazer para eles, é fazer com eles... Mais do que falar e falar, é preciso chamá-los à responsabilidade. E ter paciência, muita paciência mesmo, sabendo que a estética, a ordem, a limpeza, não são grandes preocupações dessa idade, como o é para os adultos.
É preciso mostrar aos adolescente que trabalho não é suplício. Pode ser prazer. Pode ser gratificante e fazer a pessoa sentir-se útil. Se tivermos que fazer, façamos as coisas de boa vontade, com verdadeira alegria, sem exigir reconhecimento, sem cobrança, pois o que é feito com amor não pesa nem afadiga. É a obrigação que esmaga, que aborrece. Como vozes que se misturam e se confundem numa seqüência de ecos, o muito exigir e cobrar a toda hora e a todo momento atordoa e torna as mentes passivas e tardas para responder...
O segredo não é o que se faz, nem a magnitude do trabalho executado, mas o jeito, o modo, a paixão de como se fazem as coisas... Só o amor tem a capacidade de tornar emocionante o que não tem emoção, tornar útil o que não tem serventia, tornar leve o que é pesado, tornar meritório o que é apenas obrigação... Sem o amor, tornamo-nos como Sísifo a rolar inutilmente pedras encostas acima sem nunca assentá-las ao cimo da montanha...
4. A família é comunidade
Pôr tudo em comum é a lei da família. Emprestar, sabendo que nunca mais vai receber de volta, constitui uma das renúncias próprias de vida em comum. Emprestar uma grana na hora do aperto, emprestar o carro, emprestar o computador, o carro, um punhado de sal, uma porção de café, um pouco de óleo, etc. constitui atos de abnegação e desprendimento de quem tem um coração generoso.
Mais heróico ainda é o sorriso amarelo que acompanhará suas palavras, quando tiver que consolar a “vítima” que acabou de quebrar ou de bater o carro tomado emprestado. Ou fazer de conta que já não se lembra mais daquela grana que o “amigo” pediu, jurando devolvê-la o mais rápido possível e que já não vem mais a sua casa, evita sua presença, nem mais telefona, e, inexplicavelmente, começa a ver você como se “inimigo” fosse. É verdade que tudo isso faça parte do cotidiano das “melhores famílias”.
Entretanto, muitas vezes nossa melhor ajuda a “nossos irmãos enrolados ou folgados” seria a de ligar o botão de seu “se-mancol” para que, em vez de viver pedindo emprestado e cruzar os braços, levantem a cabeça, botem a cuca para funcionar e partam com determinação para a luta em vez de ficarem esperando que o adjutório caia do céu. É “melhor dar a vara e ensinar a pescar, do que dar o peixe”, diz muito bem o dito popular. Ou ainda: “Deus trata de todos os pássaros mas não leva comida a seus ninhos”, pois para isso deu-lhes asas, garras e bicos.
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1. Não ficaria muito tempo longe da família
Jamais esqueceria meus pais, meus irmãos, meus tios, meus avós, parentes de todos os graus, amigos de infância, da juventude, da idade madura, da velhice.
Arranjaria um tempo para estar com eles, para abraçá-los, beijá-los e sentir o calor de seus corpos e a doce vibração de suas almas, para recordar os tempos de quando se era criança a correr de um lado para outro. Arranjaria um jeito estar juntos e ouvir aquela história que é só nossa e de mais ninguém. Reunir na mesma varanda ou ao redor da churrasqueira para recuperar nossas raízes mais profundas e envelhecidas, para oxigenar nosso sangue e iluminar nossos espíritos.
Arranjaria um tempo para rever álbuns de retratos antigos antigas e recentes, para tocar e acalentar berços e redes de ninar, para sentir o calor da casa em que nascemos, atiçar as cinzas do fogão de lenha, para estar à sombra da velha árvore onde brincamos, para correr pelas ruas, pelos trilhos, pelo chão batido, que guardam nossos risos e segredos infantis, para nos banhar nas cachoeiras nossos corpos naturalmente.
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2. Jamais desprezaria meu companheiro
Não desrespeitaria a pessoa que amo por causa de seu corpo cada vez mais gordinho, mais cheinho, seus braços fazendo tiazinhos, sua pele envelhecida e etecétera e etcétera e etcétera. Jamais agravaria com palavras do tipo: “Você está ficando com um corpo horrível, está virando um estrupício: olhe só essa barriga! Vê se faz um regime, uma dieta... Feche a boca...”.
O que há de errado em ser uma “gordinha” ou “gordinho” que se cuida, e se sente de bem com a vida... “Conheça-te a ti mesmo”, afirmou um filósofo grego. Procure conhecer a si mesmo.
O corpo fala, manda mensagens e é preciso ouvi-lo e atender a suas reivindicações. A natureza tem suas leis implacáveis. É preciso, pois, prevenir-se. A medicina aí está para ajudar. Pedir orientação a um médico. Repor o que lhe falta no organismo. Somos o que comemos, portanto, alimentar-se de maneira saudável.
3. Jamais ceder ao mal humor.
Recuperar o bom humor e a auto-estima cansando o corpo e descansando a cabeça. Como? Pode-se evitar uma série de doenças, simplesmente fazendo caminhadas regulares, tomando sol diariamente ou praticando exercícios físicos, afirmam os médicos.
Jamais esqueceria o exercício da mente, o poder da oração, da meditação, da leitura gostosa e refrescante, do serviço solidário, pois não há tristeza tão grande que a da alma que cria barriga e, pesadona, perde o fascínio das alturas... o brilho dos olhos, a ternura das mãos, a doçura das palavras, o sentido da vida...
4. Não seria tão perfeccionista
Diria um basta à obsessão de querer tudo no mais alto grau de perfeição, a ponto de me frustrar e cair no buraco negro da inércia... do desânimo, por não conseguir o melhor e o mais excelente resultado, a resposta mais excelente, o mais alto reconhecimento...
Mandaria às favas a autoflagelação por não ter o melhor e mais romântico e excelente marido ou a melhor, a mais gostosa e a mais bela, a mais sensível e carinhosamente excelente mulher do mundo... Por não ter os melhores filhos do mundo, os mais bem educados e extremamente simpáticos, os mais inteligentes e superdotados, os filhos mais amorosos e respeitosos da face da terra.
Não me frustraria por já não ser tão jovem, exuberante, por não ter o melhor físico, o melhor desempenho a dois... por ter ido devagar ou depressa demais, por ter falhado na hora h... por ter escorregado em alguma casca de banana da vida e ter levado a coisa a sério quando nisso nada há de sério.
Pediria ajuda e abriria meu coração com franqueza e falaria a meu companheiro de minhas frustrações, de meus traumas e ansiedades, para que dando nome a tais coisas meus fantasma se desencantem.
5. Não descuidaria de meu corpo
Faria mais ginástica, andaria mais no parque, faria mais alongamentos, buscaria mais a natureza: o verde e o perfume das plantas, a brisa do mar, o sol...
Tomaria mais água pura para lavar minhas entranhas e purificar meu ser... Comeria mais frutas e tomaria mais sucos naturais.
Aprenderia a arte da alimentação boa, saudável e equilibrada, e não me envenenaria o organismo com drogas e químicas compensatórias.
Aprenderia a dançar desde cedo; dançaria a dois todas as noites, e ensinaria meus filhos a magia e a arte dos movimentos...
6. Jamais pararia amar...
Não deixaria que a rotina dos anos abatesse o encantamento do primeiro amor. Continuaria a ir juntos ao cinema, ao teatro, à praia, à igreja... Como nos primeiros tempos, iríamos ao parque de mãos dadas, sentaríamos abraçados no banco do jardim.
E sem pensar no tempo, jogaríamos conversa fora, contaríamos nossos segredos, releríamos nossos sentimentos, riríamos juntos, faríamos planos... e acreditaríamos que vale a pena lutar um pelo outro e os dois juntos ressuscitar num mesmo amor que dure eternamente.
6. Jamais casaria
Sim, jamais casaria, se casa é condenar-se à rotina, à mesmice de hábitos e condicionamentos que desgastam uma relação a dois. Continuaria namorando (mesmo depois de casado), permaneceria eternamente noivo (mesmo depois de casado), eternamente apaixonado, eternamente sonhando com um novo encontro, com um novo abraço, eternamente à escuta, eternamente atento à chegada da pessoa que amo de paixão...
Eternamente olhando o mundo dentro da magia de seu olhar... teceríamos a dois mil e um projetos de amar e de bem-querer.
Uma oração
Jorge Luis Borges
Minha boca pronunciou e pronunciará, milhares de vezes e nos dois idiomas que me são íntimos, o pai-nosso, mas só em parte o entendo. Hoje de manhã, dia primeiro de julho de 1969, quero tentar uma oração que seja pessoal, não herdada. Sei que se trata de uma tarefa que exige uma sinceridade mais que humana. É evidente, em primeiro lugar, que me está vedado pedir. Pedir que não anoiteçam meus olhos seria loucura; sei de milhares de pessoas que vêem e que não são particularmente felizes, justas ou sábias. O processo do tempo é uma trama de efeitos e causas, de sorte que pedir qualquer mercê, por ínfima que seja, é pedir que se rompa um elo dessa trama de ferro, é pedir que já se tenha rompido. Ninguém merece tal milagre. Não posso suplicar que meus erros me sejam perdoados; o perdão é um ato alheio e só eu posso salvar-me. O perdão purifica o ofendido, não o ofensor, a quem quase não afeta. A liberdade de meu arbítrio é talvez ilusória, mas posso dar ou sonhar que dou. Posso dar a coragem, que não tenho; posso dar a esperança, que não está em mim; posso ensinar a vontade de aprender o que pouco sei ou entrevejo. Quero ser lembrado menos como poeta que como amigo; que alguém repita uma cadência de Dunbar ou de Frost ou do homem que viu à meia-noite a árvore que sangra, a Cruz, e pense que pela primeira vez a ouviu de meus lábios. O restante não me importa; espero que o esquecimento não demore. Desconhecemos os desígnios do universo, mas sabemos que raciocinar com lucidez e agir com justiça é ajudar esses desígnios, que não nos serão revelados.
Quero morrer completamente; quero morrer com este companheiro, meu corpo.
http://botecoliterario.wordpress.com/2007/06/29/quero-ser-lembrado-menos-como-poeta-que-como-amigo/590/
2. Ensinaria a meus filhos que a lei maior é viver em plenitude
Instruiria a meus filhos a buscar a plenitude da vida e que tudo o que a diminui não merece crédito nem aceitação.
Por isso ensinaria a eles a indignação e o horror ao servilismo, tipo “como não posso beijar vossos pés, beijo a poeira que se levanta dos cascos dos vossos cavalos”.
Eu os instruiria a cumprirem, custe o que custar, a palavra dada, o compromisso assumido, o dever a cumprir.
E os incitaria a serem firmes, íntegros, fortes, destemidos para não se curvarem jamais diante da mentira, da exploração, seja ela de que natureza for.
Mostraria a eles que, mesmo sendo criança, adolescente ou jovem, é preciso ter coragem de denunciar até mesmo um adulto (pai, mãe, parente, amigo) que procura nos seduzir com seus caprichos e paixões...
3. Surpreenderia mais aqueles que amo...
Mesmo fora de hora e sem qualquer motivo, mas obedecendo aos ditames do amor, mandaria flores ou um pequeno presente às pessoas que amo, à minha companheira, ao meu companheiro, a meus filhos, a meus amigos, aos colegas que estão a meu lado..
Encaminharia uma mensagens de alento, de amizade e de estima...
Telefonaria mais vezes para saber como estão passando e para dizer:
“Eu te amo...”.