O documento discute os principais tipos de rituais segundo diferentes antropólogos, como Durkheim, Lucy Mair, Laburthe-Tolra e Warnier. Os rituais mais comuns incluem ritos de passagem como nascimento, puberdade e morte, e ritos de sacrifício. Exemplos de rituais de nascimento, puberdade, casamento e morte entre grupos indígenas brasileiros são apresentados.
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
Os ritos mais comuns
1. FENOMENO RELIGIOSO E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO
Professora: Quintina
Aluno: Ismar B. Pereira
OS RITOS MAIS COMUNS
2. OS RITOS MAIS COMUNS
DURKHEIM
Classificação Tríplice
Grupos principais
Cultos Negativos: Basicamente tabus e proibições;
Cultos Positivos: Ritos de iniciação, fecundidade,
comemorativos e outros semelhantes;
Cultos Piaculares: Ritos de expiação, ritos que se opõem a
calamidades, fúnebres e outros.
OBS: Durkheim se baseou no totemismo australiano e sua
classificação não se tornou tão aceita
3. LUCY MAIR
ANTROPÓLOGA BRITÂNICA
Duas grandes classes de rituais:
Os de passagem
Os de expiação
4. LABURTHE TOLRA E WARNIER
Ritos mais importantes:
Os de Passagem
OS de Sacrifício
Os ritos de passagem são fundamentais em qualquer forma de
cultura.
Para Arnold Van Gennep, essa situação de transição
compreende três momentos específicos:
o A Separação – saída do estado anterior;
o A Limiaridade – quando a pessoa se acha entre o estado
anterior e o posterior;
o Reagregação – quando se dá a introdução no novo estado.
Compreender estes três momentos é essencial para a
compreensão do rito de passagem.
5. REINHOLD ULLMANN
Conceitua ritos de passagem como
“celebração em que se põe em relevo a
mudança de um estado para outro (por
exemplo, de solteiro para casado)” e sugere
que os pontos críticos assinalados por estes
ritos são o nascimento, a puberdade, o
casamento e a morte.
6. RITOS DE NASCIMENTO
ENTRE GRUPOS INDÍGENAS
Para a tribo parakanã do Pará, para a criança
receber um nome alguém da aldeia precisa
sonhar com o mesmo.
Entre os Sanuma, subgrupo Yanomami do
norte de Roraima, o ritual de nominação se dá
através da caça.
7. A NECESSIDADE DO RITO DE NASCIMENTO
É o rito que introduz a criança ao grupo social.
O rito marca a passagem da categoria de
“não-gente” para “gente” É por isso que em
muitos casos não há tanta comoção em
sacrificar um recém-nascido deficiente. Na
cosmovisão local aquela criança ainda não é
“gente”.
8. RITOS DE PUBERDADE
ENTRE GRUPOS INDÍGENAS
Esses ritos marcam a passagem da infância
para a idade adulta. Em muitas culturas, as
meninas são submetidas a ritos de puberdade
quando de seu primeiro fluxo menstrual,
significando que, a partir desse momento, a
mesma está pronta para contrair matrimônio e
ter filhos. Os meninos quando atingem
determinada idade.
Entre os Pankararu do Vale do Jequitinhonha,
em Minas Gerais, pratica-se um ritual
chamado “ menino no rancho”
9. RITOS DE PUBERDADE
ENTRE GRUPOS INDÍGENAS
Ullmann sugere que estes ritos de passagem
estão intimamente relacionados ao “mito do
eterno retorno”, defendido por Eliade. Ou seja,
no afã de sempre retornar ao tempo sagrado ou
tempo mítico, no rito de passagem é como se a
pessoa retornasse ao início de tudo e depois
renascesse.
10. RITOS FÚNEBRES
ENTRE GRUPOS INDÍGENAS
Para Malinowski, a morte é a principal “fonte
de religião”, ou seja, a principal inspiração para
a prática religiosa. É a crise humana que mais
instiga, o homem à busca de respostas no
divino. A morte possui um caráter
transcendental para basicamente todas as
culturas. Mais atenção é dada à morte do que
ao nascimento. Com a morte, a pessoa passa
a pertencer a outra dimensão de existência,
mas continua a interagir com mundo dos vivos.
11. RITOS DE FÚNEBRES
ENTRE GRUPOS INDÍGENAS
A Necessidade do Rito Fúnebre
O rito fúnebre se faz necessário porque, da mesma
forma que o nascimento, a morte
em si não introduz o falecido ao mundo dos mortos. É o
ritual que faz o seu “desligamento” da dimensão
profana e o introduz na dimensão do divino. A ideia de
“alma penada” é, ao que parece, uma herança animista.
Se o ritual não foi realizado ou foi feito de forma
incorreta, o morto fica vagando entre as dimensões do
humano e do divino, causando malefícios aos vivos.
O que o mundo dos mortos representa para o homem
religioso, fica explicitado nos rituais fúnebres.
12. RITOS FÚNEBRES
ENTRE GRUPOS INDÍGENAS
Um exemplo deste último caso é os Maxakali. Seus
rituais fúnebres são marcados por muito choro, mas o
corpo não é enterrado pelos parentes e sim pelos
amigos. O sepultamento deve ser o mais rápido
possível, antes do pôr-do-sol. Neste ínterim, todo o
grupo residencial deve abandonar as casas e queimar a
casa do morto. Após o sepultamento, a família enlutada
muda-se temporariamente para a casa dos parentes
mais próximos. Caso a morte aconteça durante a noite,
todo o grupo permanece em vigília, sepultando o corpo
logo pela manhã. Isto se dá porque, na cosmovisão
Maxakali, os espíritos dos mortos são uma ameaça aos
vivos. São eles que roubam as almas dos vivos
causando doenças e até morte. Se a sua casa não for
destruída, ele ficará rondando a mesma e roubará as
almas dos seus familiares.
13. HÁ AINDA OUTROS RITOS QUE PODEM SER
MENCIONADOS, EXEMPLO:
Ritos de Cura;
Ritos de Consagração;
Ritos de Propiciação;
Ritos de Invocação.