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Capítulo 1 A vida na casa da vovó
Vovó gostava de contar histórias para suas netas. Ella queria pentear os cabelos da avó
enquantoelacontavahistórias,masMabel,a irmã mais nova pegou a escova antes. Enquanto
a vovó tricotava meias grossas para os funcionários da editora Basileia, que moravam nos
apartamentos da editora na Suíça.
Elas riram quando Mabel perguntou se era onde tinha nascido, a avó afirmou e Mabel
comentouque a irmãElla diziaque elaeraadotada,que o médicohavia lhe trazido na maleta.
O pai delasentrounoaposentopra conversarcom a avó e elasnão poderiamouviraconversa.
Ella lembrou quando a muitos anos no passado sua mãe pediu pra trazer um pedaço de pão
torrado pra irmãzinha.Saiudacama e andoupelocorredorescuroe percebeuque a avó ainda
estava acordada pela luz que via embaixo da porta, ocupada com seus escritos. Lá pelas 2 e 4
horas da manhã, era esta hora que começava a trabalhar.
Lembrou-se de uma vez que a vovó pregou no salão em Basileia, um homem traduzia para o
francês, outro repetia em alemão. A mãe anotava todo sermão em taquigrafia e os escrevia
com uma pena,porque nãohaviamáquinasde escrever.Selecionavaostextos para folhetos e
com o tradutor passava para o francês, quando tinha pouca gente para ajudar ia para sala de
composição tipográfica e fazia o trabalho sozinha.
Pela mãe ser ocupada, tia Sara McEnterfer, secretária e companheira de viagem da avó ,
tomavaconta de Mabel. Ella ficou muitas vezes ao cuidado da cozinheira, uma senhora terna
chamada Cristhina Dahl, quando tinha 5 anos. Ella se divertia ao observar a cozinheira se
concentrar em sua tarefa, sai silenciosamente e ia bater no quarto da avó.
Enquantoa avó estavaescrevendoelaficavaemsilêncioquandoestalargavaa pena sabia que
poderiam conversar e a avó ficava contando várias histórias. Ensinava a cortar figuras de
revistas. Quandoaavó percebiaque elaestava cansada pedia para menina entregar uma bala
de hortelã ou uma maçã a cozinheira e a guardasse em cima da prateleira até a hora da
refeição,jáque ninguémcomianadaentre asrefeiçõese depois disso as vezes saiam para dar
algumas caminhadas.
Num de seus castigos por ter espalhado pedras sobre o piso de ladrilhos durante uma
comissão.VovóvendoaslágrimascolocouEllanoseucolo e lhe explicouque arepreensãoera
para ajudar a recordar que nunca mais deveria fazer barulho durante uma reunião.
Eles ficaram dois anos na Suíça, a mãe trabalhava longas horas no escritório e contraiu
tuberculose. Quando a avó voltou para a América do Norte a família voltou com ela e foram
morar em Boulder, no Colorado, esperando que a mãe melhorasse com o ar fresco e a luz
solar.Ela acabou falecendoe foi enterrada ao lado do avô Tiago White, no cemitério Oak Hill,
em Battle Creek, Michigan. Quando o pai William C. White viajou com a sua mãe Ellen para a
Austrália ele comprou uma casinha na periferia da cidade e providenciaram que a senhorita
Mary Mortensen cuidasse das duas irmãs órfãs. Elas não poderiam ir junto porque viajariam
muito e não teriam casa ou escola. Em Battle Creek, Mabel iria ao jardim de infância com os
órfãosque o Dr. Kellogcuidavae Ellaestudarianaprimeirae únicaescolaadventistadosétimo
dia em todo o mundo.
Passaram-se 4 anos e chega uma carta da Austrália escrita pelo pai falando que havia
encontrado uma jovem para formar um novo lar. O pastor E. R. Palmer iria para a Austrália
para organizar a obra de colportagem e as filhas deveriam viajar junto. Ficaram tristes em
deixar Mary.
Em seu novo lar o pai, May Lacey, nova mãe, a secretária e a avó estavam viajando visitando
igrejas em Vitória e Tasmânia, mas tinha algumas pessoas esperando por elas, algumas
pessoasque passavamdificuldadesfinanceirasouporperderemempregoporcausado sábado
a avó de Ella convidava para morar junto.
Marian Davis era assistente literária da avó e levou as meninas para seu quarto. Mostrou
páginasdatilografadas espalhadas pelo chão do livro sobre a vida de Cristo. Com os capítulos
tinha mais material que poderia ser colocado em um livro, havia então conteúdo suficiente
para três volumes: O desejado de todas as nações, Parábolas de Jesus e O maior discurso de
cristo, além de textos que sobraram para fazer parte do livro A Ciência do Bom viver.
Um ano depoisaigrejaAdventistaadquiriu uma propriedade de quase 607 hectares de mata,
para uma escola australasiana. Vovó comprou um lote anexo e foi a Cooranbong para
supervisionaralimpezadoterreno,pomar, jardim e casa. Nessa época ela tinha 68 anos. para
arar a terra usavam os bois Bola de Neve, Morango e Novato, o mais preguiçoso. Plantaram
pessegueiros,uvas,damascos,nectarinase ameixas. O pai construiu do outro lado da rua, em
frente a Sunnyside (Canto Ensolarado), como se chamava a casa da avó. A avó comprou uma
vaca chamada Molly e Ella ajudava a avó na ordenha todas as tardes. A avó sempre
aconselhava as pessoas que maltratavam os animais, ela não suportava que ninguém fizesse
mal a eles.
Capítulo 2 Tarefa para uma adolescente
Quatro mulheresse curvaramsobre ocorpo imóvel de Ellen, agora com 17 anos, elas estavam
preocupadase se perguntavamoque estavaacontecendocomEllen. Perceberam que ela não
respirava, mas tinha pulso, os olhos abertos, mas não podia ver. Ellen estava prestando
atenção ao que o anjo lhe dizia e contemplava uma cena que passava diante de seus olhos
como filme, estava tendo uma visão celestial. Inteiramente sobre o controle de Deus.
Ellen Harmon estava no lar de uma amiga com outras 4 mulheres em uma reunião de oração.
Dois meses antes, pessoas que acreditavam na segunda vinda de Cristo, os adventistas,
ficaramdesapontadosporque JesusnãohaviaretornadoàTerra na data previstaporelas. Eles
estudavamjuntose oravampara que Deus mostrasse o erro cometido das interpretações das
profecias.
O Salvador olhava com o coração quebrantado para as pessoas que estavam tão seguras de
seu retorno, em outubro de 1844. Jesus enviou uma anjo para que através daquela visão
explicar que Ele voltaria, mas não naquele momento e que esperassem por mais um tempo.
Cenaque Ellenviu:Elaparecia estar sendo elevada cada vez mais alto. Virou-se para ver seus
amigosadventistas,masnãoconseguiu.Umanjolhe disse:“Olhe novamentee umpouco mais
para cima”. Ela viu o povo do advento andando por um caminho estreito, bem acima do
mundo, na direção da Cidade Santa. Jesus os conduzia e aqueles que conservavam os olhos
fixos nEle estavam seguros. Uma luz que brilhava no início do trajeto iluminava toda sua
extensão,paraimpedirque tropeçassem.Oanjoque mostrouessascenasdisse que aquelaluz
era o “clamor da meia-noite”.
Uma expressão muito usada durante o verão de 1844. Extraída da parábola de Jesus sobre as
dez virgens, quando elas saem ao encontro do noivo. As virgens representam a igreja
expectante e o clamor era a proclamação de que Jesus está voltando. Um apelo para que as
pessoas se preparassem para recebê-lo. Naquela época ao falar no clamor se referia ao
despertamento.
Em sua visãoEllenviuque algunsse cansavamdurante o caminho, diziam que a cidade estava
longe demais. Então Jesus levantava o braço direito e uma luz incidia sobre o grupo. Alguns
rejeitaram a luz, diziam que não era Deus que os havia conduzido até ali, para esses a luz se
apagoudeixando-lhesospésnaescuridão,elestropeçaram, perderam Jesus de vista e caíram
do caminhopara baixo,muitosviajantesprosseguiramna trilha celestial. Na testa de cada um
estava escrito “Deus” e “Nova Jerusalém”.
Elesouvirama vozde Deusanunciandoodia e a hora da vinda de Jesus e viram uma pequena
nuvem negra no céu. Observaram a nuvem se aproximando da Terra, tornando-se mais
brilhante e gloriosa, até parecer como fogo. Ao seu redor havia anjos cantando a mais bela
música e sobre ela um arco-íris. Jesus estava sentado sobre a nuvem com muitas coroas na
cabeça. Na mão direita, segurava uma foice aguda, na esquerda uma trombeta de prata.
As pessoas contemplavam a cena pálidos e imaginando se estariam com as vestes sem
manchas. Os anjos pararam de cantar e depois de um silêncio Jesus falou que “Aqueles que
têm mãos limpas e coração puro serão capazes de estar em pé; minha graça lhes basta”. O
rosto das pessoas iluminou-se, os anjos cantaram novamente enquanto a nuvem se
aproximava da Terra.
Quando terminou a visão Ellen contou às mulheres e elas ficaram emocionadas. Depois de
uma semana o anjo apareceu novamente a Ellen e pediu que ela contasse a outros.
O grupo de adventistasemPortland se reunia muitas vezes na casa dela para orar e estudar a
Bíblia.O líderdo grupopediuque elarelatasse avisãona reuniãoseguinte,maselatemeuque
não acreditassem nela e em vez de ir à reunião, ela foi de trenó à casa de uma amiga, a 6,5
quilômetrosde distância.LáEllenpassou o dia orando para que Deus a dispensasse de contar
a visão. Mesmo orando sentia-se sozinha e temerosa, quase abandonada por Deus, porque
pensava que estava deixando Deus insatisfeito com ela. perto do anoitecer ela se rendeu e
prometeu que daria a mensagem.
Quando chegou à reunião todos haviam ido embora, no encontro seguinte Ellen relatou a
visãoe ficousurpresaao perceberque todosa escutavamcomalegria.Estavamfelizes porque
agora sabiamque Jesusaindaas conduzia.Começaramareconhecero erroe concluíram que a
purificação do Santuário significava que Jesus voltaria à terra.
O senhor Harmon, pai de Ellen, era pobre e sustentava a família fazendo chapéus. Numa
conversaEllenmanifestouavontade dopai viajar com ela para trabalhar para Deus, mas o pai
precisava trabalhar e ele ofereceu Sara, sua irmã mais velha. Mas mesmo assim seria difícil
para duas garotas viajar, marcar reuniões, captar a atenção de todos, as dificuldades eram
grandes.
Com 9 anos, Ellen havia sofrido um acidente, a cabeça havia sido machucada e o nariz
quebrado, dificultando sua respiração. Por três semanas, ela permaneceu inconsciente e
durante muitos anos sofreu com os efeitos do acidente. Os pulmões ficaram fracos e sentia
dores ao respirar, o coração também ficou fraco, o médico da família disse que ela viveria
talvez uns três meses.
Diante da dificuldade que estavamvivendoagoraopai lhe abraçoue disse que se Deus a havia
chamadoEle abririaas portase faloupara oraremna reuniãodaquelanoite.Enquantooravam
ela se sentiu encorajada e disposta.
Uns doisdiasdepoisocunhadodelaque morava emuma cidade 48 Km ao norte dali chegou e
convidou Ellen para ir ver sua irmã. Ela sentiu que Deus estava abrindo o caminho. Para ela
viajar no auge do inverno no norte da Nova Inglaterra seria difícil, cada respiração em meio
àquele ar gelado causava dor nos pulmões. Agasalhou-se bem e sentada no trenó se cobriu
com um pesado manto de búfalo.
Ao chegar na casa da irmã Mary, Ellen já tinha uma reunião marcada num salão. Naquela
épocaos adventistasnãopossuíam igrejas próprias, se reuniam em salões. Já estava lotado e
quando se levantou para começar a falar sua voz era muito fraca e rouca, mal podiam ouvir.
Durante 5 minutos tentou falar e não conseguiam ouvir senão palavras sussurradas. De
repente a voz mudou, soava clara. Ela falou durante horas sobre sua visão. Todos ficaram
emocionados, quando sentou-se sua voz ficou rouca e fraca novamente. Assim as pessoas
puderam ver que era através do poder de Deus que Ellen falava.
Durante a reunião um jovem chamado Hazen Foss ficou escutando do lado de fora da porta e
falou para um amigo que aquela era uma visão muito parecida que ele tivera. Duas vezes
receberaestavisãoe ele se recusou a conta-la. Deus então o dispensou da tarefa e daria para
outro filho de Deus mais fraco. Isso o deixou assustado, reuniu o povo e quando começou a
falar não conseguiu lembrar de uma só palavra.
Um dia depois de Ellen falar ele a procurou e contou o que lhe havia acontecido e ele a
aconselhou a não se recusar a obedecer a Deus, ser fiel ao realizar a obra e receberia a coroa
que ele poderia ter tido.
Numa ocasião, Deus concedeu a Ellen uma urgente mensagem para os cristãos em
Portsmouth. Elas precisariam viajar de trem, mas não havia dinheiro, elas se prepararam e
confiaram que Deus resolveria. Quando estavam para sair de casa a pé até a estação, viu um
homemconhecidochegandoapressadamente comsuacharrete e perguntouse ali precisavam
de dinheiro, ele havia sentido a impressão de que alguém ali precisava. Elas lhe contaram o
que estava acontecendo. Ele lhes deu o dinheiro para irem e voltarem, levando-as até a
estação.
Capítulo 3 A trama que não deu certo
OtisNichols, um adventista de Dorchester, Massachusetts, veio até a casa da família de Ellen
para buscá-las a irem até sua cidade, pois dois homens estavam se autoproclamando
pregadores e ensinando doutrinas estranhas confundindo e desanimando os crentes.
Chegando até a casa do Sr. Nichols, souberam da chegada de dois homens Sr. Sargent e Sr.
Robbinsparafalar de negócios,disseramque dormiriamali e o Sr. Nichols aceitou e falou que
assimeles conheceriam as irmãs Harmon. De repente concluíram que precisavam voltar para
Boston.O Sr. Nicholsficoudesapontado e disse que não tinha problema, poderiam conhece-
las em Boston porque também iriam para lá falar no grupo no dia do culto (se referia ao
domingo, pois ainda não compreendia o sábado como dia de repouso).
Naquela noite Ellen teve uma pequena visão durante o culto familiar onde foi lhe mostrado
que não deveria ir à Boston, mas a Randolph, cidade 16 km ao sul de Boston. O Sr. Nichols
argumentoudizendoque nãopoderiamdevidoareuniãomarcada,mas Ellendisse que tudose
resolveria.
Enquantoissoaqueleshomensdesmarcaram a reunião de Boston e anunciaram que seria em
Randolph, estavam felizes achando que tinham enganado os Nichols e as irmãs. O Sr Sargent
falavaàs pessoasque o tempo de trabalho dos cristãos havia se encerrado, os ricos deveriam
vendersuaspropriedades e dividircomospobres,espalhavamensinos fanáticos. Naquele dia
ele tambémcomeçouafalar sobre suasvisõese disse que nãodeveriamdar atenção as visões
de Ellenporque erado diabo.Ouviramumabatidana porta e entra a famíliaNicholse as irmãs
Ellene Sara Harmon. O senhorficousurpreso,nãoconseguiumaisfalare dispensouaspessoas
para o almoço e após continuariam a reunião. Almoçaram rapidamente e voltaram ao salão
para ver o que aconteceria.
Durante a oração inicial Ellenteve umavisão,oque desagradouaestesdois homens, eles não
queriam que as pessoas presenciassem então começaram a tentar desviar a atenção das
pessoas. O Sr. Robbins anunciou um hino, mas poucas pessoas cantaram. O Sr. Sargent
começou a ler a Bíblia em voz alta. As pessoas começaram a pedir para eles pararem, pois
queriamouvirEllen.Eles continuaram gritando e cantando até ficarem roucos. A voz de Ellen
parecia estar conversando com alguém na visão. Todos viam que ela se encontrava sob o
controle dopoderdivino.Notavam que elanãorespirava,mesmorepetindoaogrupoas frases
proferidas em visão, suas palavras soavam como uma voz do Céu.
O Sr. Thayer se colocou em pé e disse que as visões vindas de Satanás podem ser
interrompidasse forcolocadauma Bíblia aberta sobre a pessoa que está tendo a visão, pediu
ao Sr. Sargent que fizesse o teste, ele se recusou.
Ellen estava descansando sentada numa cadeira no canto da sala. O Sr. Thayer pegou uma
grande Bíblia da família e a colocou sobre o peito dela. Ellen levantou a Bíblia com uma só
mão, encaminhou-se ao centro da sala, ergueu a sagrada escritura acima de sua cabeça
durante uma hora, virando as páginas com outra mão, com os olhos afastados do livro,
apontava com o dedo os versículos que ia repetindo.
Algumaspessoassubirame elespuderam conferirse oque elafalavarealmente estavaescrito
ali.Aspalavrastrouxeramesperançae puderamverque elafalavaatravésdoEspírito de Deus.
Após terminar a reunião aqueles dois homens saíram sem falar nada. Durante o período da
visão Ellen não respirou e não sabia nada o que havia acontecido ali. essa foi a mais longa
visão, durou quase 4 horas.
Capítulo 4 O jovem simpático pregador
William Jordan e sua irmã convidaram Ellen para uma viagem a Orrington, ficava a 240 km na
direçãonordeste.Elesprecisavamconversarcomaspessoasdevidoaalgunscrentesfanáticos.
ellen não gostava de encontrar este tipo de pessoas, mas havia prometido ir onde Deus
mandasse.Viajaramdurante doisdiasaochegarestavamuitocansadae não reparouno jovem
ministro Tiago White ao qual foi apresentada.
Na manhãseguinte,depoisde orarem, ostrêsdecidiramircomTiago White visitarumafamília
que morava perto da cidade. Quando chegaram ao local viram vários trenós no pátio e
souberam que havia uma reunião ali. Ellen foi convidada a falar de suas visões, quando
começou a falar foi interrompida por grito de “Glória, Aleluia!” Alguns começaram a bater
palmas,a pulare a gritar. Ellenparoude contar a históriae falouque aquele nãoera o jeito de
cristãos agirem. que na Bíblia não mostrava os discípulos ou Cristo agindo assim.
Tiago White abriua Bíbliae leuque oSenhoré umdeusde ordem, que o espírito santo fala ao
coração com voz suave e terna,que como estavamse comportando os vizinhos detestariam o
nome adventistae nãoiamquerernunca ouvirfalarda vindade Jesus.DepoisdissoEllenpode
continuar falando.
Daquela casa eles saíram para visitar outras, fizeram várias reuniões em várias cidades
próximas,encontravampessoascomideiasestranhas. Um homem pregava que Jesus já havia
retornado, ressuscitado os mortos e ascendido ao Céu com eles. Ellen explicou que quando
Jesus retornasse todos veriam.
Algumas pessoas acreditavam que deveriam fazer viagens a pé para obter salvação, outras
jejuavamdurante váriosdiase insistiam para que os amigos também fizessem. Outras faziam
aquilo que dissessem fazer sem questionar se estavam agradando a Deus ou obedecendo a
Bíblia.
Numa determinada casa, a reunião já estava acontecendo quando Tiago, Ellen e os amigos
chegaram. Alguém lá dentro trancou a porta, mas Ellen em nome do Senhor abriu e o grupo
entrou, viram uma mulher deitada ao chão, chorando e advertindo os outros para que não
dessem ouvidos a Ellen. A jovem ajoelhou-se ao lado da mulher e em nome de Jesus
repreendeu o espírito mau que a possuía. A mulher se ergueu em silêncio e ocupou o lugar
com os outros, não causando mais problemas.
Continuavam visitando os lares e apresentavam a mensagem de Deus. Numa cidade havia
adventistas que haviam perturbado os vizinhos com seus barulhos, eles prestaram queixa à
polícia. À entrada da cidade foram colocadas sentinelas para que nenhum pregador fosse
dirigir alguma reunião, mas o trenó com mensageiros do Céu passou deslizando
silenciosamente pelos guardas, Ellen lembrou da promessa de que um anjo a acompanharia.
As últimas reuniões foram felizes. Haviam resolvido muito dos problemas e ajudado os fiéis
seguidoresde Jesus.NaúltimareuniãoemOrrington,Ellenfoi informada em uma curta visão,
que a tarefa havia sido concluída e ela deveria retornar imediatamente a Portland ou estaria
correndo perigo.
Na manhã seguinte, Tiago, Ellen e os irmãos Jordan remaram rio abaixo até Belfast, lá
embarcaramnum navioa vaporde voltapara casa, enquantoTiago e seuamigoretornaramde
barco para Orrington.Tiagoe seuamigoforampresos,açoitadose colocados na prisão. Foram
libertados quando os oficiais ficaram sabendo que ambos não haviam de forma alguma sido
responsáveis pelo tumulto dos quais as pessoas haviam se queixado.
Tiago ficou ansioso em relação a Ellen, pois era jovem e frágil, na época ainda não tinha
pensamento de ser seu legítimo protetor, pois nenhum dos dois pensava em casamento.
depois de um tempo ele propôs que ela fosse sua companheira de vida. O jovem sentia que
precisavamumdo outroe que poderiamrealizarmaisparao Senhorjuntosdo que separados.
Ellenoroua Deus para com Deus para saber se este era seu plano, se casaram depois de ter a
certeza de estarem fazendo a vontade de Deus.
Capítulo 5 O capitão se convenceu
Tiago White e sua jovem esposa viajaram para visitar e estudar com amigos em Topsham. No
sábado, se reuniram na casa da família de Curtiss. Dentre os amigos tinha um capitão
aposentado da Marinha, chamado josé Bates. esse homem não acreditava em visões
modernase não sabia se era verdadeiro o que Ellen falava. Naquela época ouviam a cerca de
“profeta”mórmon,José Smithe AnnLee,líderdos snakers,que alegavamterdeusenviadoum
anjopara falarcom eles,sóque oque falavam era contrário aos ensinamentos das escrituras.
Durante a reunião Ellen teve uma visão e José Bates a observou atentamente. Ela começou a
falar que via 4 luas, observava planetas, um deles rodeado por belos e coloridos anéis ou
cinturões.Ocapitãoesqueceuque nãoacreditavaemvisõese comentavaoque eladiziasobre
os planetas, ele dava os nomes para os que ela falava. José Bates passou anos estudando o
firmamento, ele sabia sobre o que ela falava. Ellen descreveu “os céus que se abriam”. O
capitão deu um salto e comentou que queria que o Lorde William Rosse, grande astrônomo
inglês, estivesse ali e ouvisse essa senhora falando sobre astronomia. A partir daquele
momento ele nunca mais duvidou das visões da Sra. White.
Em seuestudodasEscrituras, o capitãoBatesaprendeuque Jesusnãohavia mudado o sábado
cristãopara o domingo,masque a mudançahaviasidofeitapeloslíderesdaigrejaanosdepois
da ascensão de Cristo.
Quandoparou de trabalhar no mar, vendeu seu navio por 11 mil dólares. Ele era considerado
rico para aquelaépoca,mas agora estava pobre, pois havia gastado sua fortuna para espalhar
a mensagem do advento. O tipógrafo, imprimiu os folhetos e esperou o pagamento. O
pagamentofoi pagopor um amigoque ocultousuaidentidade. O “pastor Bates”, como alguns
chamavam distribuiu e pregou dando estudos bíblicos.
Ele entregou um exemplar para Tiago White. Tiago e Ellen foram estuda-lo e procuravam os
textos, se ajoelharam e pediam a Deus que enviasse o espírito Santo pra guiá-los. Eles
compreenderam que era verdade. Na primavera, os White se reuniam com amigos em
Topsham. Ellen teve uma visão: Um anjo a transportou da Terra para a cidade santa, com
Jesus,entrounotemplodocéu. No lugarsantíssimocontemplouaarca de ouro. Jesus ergueu
a cobertura da arca, e viu as tábuas dos dez Mandamentos. Ficou surpresa ao ver um círculo
de luz ao redor do 4º mandamento, ele brilhava mais do que os outros.
Tiago e Ellen, não haviam começado a guardar o sábado porque José Bates ensinou, mas
porque aprenderam a verdade mediante estudo cuidadoso da Bíblia. A visão era para
confirmar a ordem divina. Algum dia, esse fato da guarda do sábado irá causar grandes
perseguições e sofrimento ao povo guardador do sábado, serão acusados de motivar os
problemas no mundo. Mas, Jesus estará voltando para buscar este povo leal, antes da
destruição final do planeta.
Capítulo 6 Tempestade no mar
Certa vez, numa viagem num navio Tiago e Ellen sofreram uma tempestade. As pessoas
estavamaflitas,masa senhoraWhite permaneciacalmae umasenhoraa questionou,eladisse
que o refúgio dela era cristo e se o trabalho dela estivesse terminado poderia repousar em
qualquer lugar, mas se não estivesse nenhum oceano poderia lhe afogar. As mulheres
confessavamseuspecados,clamavampormisericórdia, apelavam à virgem Maria. Horas mais
tarde,o navioa vapor atracou emsegurançae enquantoospassageirosdesembarcavam Ellen
ouviu uma mulher exclamando em tom de desdém “Glória a Deus!”, a mesma que havia
prometidoserviraosenhorparasempre.A Sra. White olhouparaelaseriamente e mandouela
lembrar da promessa, mas a mulher se virou com um sorriso de escárnio.
Em outra viagem,aSra. White falavasobre a terrível tempestadee sobre estarpreparado para
sua morte ou a vindade Jesuse uma mulher começou a comentar sobre os mileritas, pessoas
iludidas e que aguardavam a volta de Jesus, vestiam trajes de linho branco para a ascensão,
foram para os cemitérios, telhados, montes, a fim de orar e cantar até que Jesus voltasse.
A Sra. White perguntouse tinhavistoisso,elae outrasmulherescomentaram que não tinham
visto, mas pessoas haviam falado que viram. Elas comentaram que as irmãs Harmon, de
Portland, haviam usado e depois daquele dia haviam se tornado descrentes. Uma amiga de
Ellenque estavajuntonaconversaapresentouumadasirmãs da qual elas falavam e puderam
perceber que as histórias eram falsas.
Durante as viagens, o casal White compravam bilhetes para viajar nos camarotes inferiores.
Dormiamno chão duroou sobre caixas de carga ou sacos de cereais. Era mais barato e depois
de cansarem-se pregando dormiam, usavam como travesseiro suas bolsas de viagem e como
cobertasseusagasalhos.Nasnoitesde invernose levantavame caminhavampeloconvés para
se aquecerem.Nasnoitesde verão,como calor sufocante e a fumaça de tabaco eles iam para
a extremidadedonaviopararespiraremar fresco.Asviagensde navio a vapor de Boston para
Portland custavam 1 dólar enquanto de trem , o preço seria 3 dólares.
Economizavam o que podiam para viajar mais longe e ensinar as famílias sobre o retorno do
Salvador.
Numa das viagens algo engraçado ocorreu: o casal White e Bates estavam a caminho de uma
conferênciabíblica.Partiramnumpequenobarco,masprecisariamse transferirparaum maior
durante o caminho.Quandoo barco se aproximavapediramparaele parar,mas ele continuou.
Então, o casal deram as mãos e pularam para dentro do outro. Bates foi pagar 1 dólar e
quandopulou para o outro barco bateu com o pé na grade e acabou caindo na água. Pegando
a carteira com uma mão e o dólar na outra e começou a nadar, perdeu o dinheiro, mas
segurava a carteira, foi puxado para dentro do barco e de sua roupa escorria água suja.
Na parada seguinte, os 3 desembarcaram e foram até a casa da família Harris, adventistas,
para o capitão se secar. A Sra. Harris estava na cama, com dor de cabeça terrível, um mal de
anos. Os visitantesorarame avisaramque o usode rapé ou tabaco empó causava o problema.
Ela disse que não cheiraria mais isto e assim acabou suas dores de cabeça.
Como não chegariam a tempo do culto de sábado resolveram permanecer na casa de outra
família e assim passaram um sábado feliz. De um desastre acabaram fazendo duas famílias
felizes.
Numaoutra viagem,ocondutorse perdeue elesficaramsemdestinoseguindotrilhasdurante
64 Km antesde chegar ao destino.Estavacalor.Nãotinhamcomida,água,por duas vezesEllen
desmaiou,seu esposoorouporela.Encontraramuma cabana feita de troncos, descansaram e
comeram. Antes de sair, Ellen deu a eles um exemplar do livrinho Experience and Views
(Experiências e visões).
depois de 22 anos, em uma reunião campal em Michigan, descobriram o porquê daquela vez
que se perderam. Após o encerramento do culto, uma senhora conversou com Ellen sobre
aquele tempo que ela havia se perdido no meio do bosque. A família leu o livro, deu aos
vizinhos e desde aquele momento, o Senhor tem enviado ministros para pregar para eles.
Agora existia um grupo observando o sábado.
Capítulo 7 Visões em lugares estranhos
Pouco tempo depois de Ellen harmon ter recebido o chamado ela embarcou em um barco a
vela com algumas amigas para visitar uma família que morava numa ilha, na baía próxima a
Fairhaven, Massachusets. Uma tempestade impetuosa caiu e não conseguiam ancorar ou se
livrar da tempestade, todos se apavoraram. Ellen se ajoelhou e orou para pedir proteção. Ao
seuladoem pé viuum anjoque lhe apareciaváriasvezesemsuasvisões que lhe disse “É mais
fácil secar-se cadagota de água dooceano do que você perecer, pois sua obra mal começou.”
Ellen contou sobre esta proteção, todos se acalmaram e o Sr. Gurney conseguiu ancorar. Em
meio a escuridão viram uma luz brilhando em uma das duas casas da ilha. Todos já haviam
dormido, mas um dos filhos ouviu o clamor do Sr. Gurney por socorro. O pai saiu com seu
barco a remo e trouxe todos a salvo. Dormiram naquela casa e no outro dia forma para a casa
da família que conheciam.
Certa ocasião, o capitão Bates viajava com o casal White e outro pastor adventista em uma
charrete puxada por um potro que antes era meio selvagem. De repente, ela foi tomada por
uma visãoe disse “Glória!”neste momentoocavaloparou,pendeu a cabeça e ficou imóvel. A
Sra. White desceu da carruagem, colocou a mão no lombo do animal. O capitão ficou
alarmado,mas Tiagodisse que elaestava em visão, que Deus estava dominando o potro, que
ele não precisava se preocupar. Em condições normais o potro teria dado muitos coices.
Ela teve a visão das belezas da Nova Terra, ficou andando e contando, subiu novamente na
carruagem e quando sentou-se saiu da visão. O cavalo continuou o caminho. Tiago testou o
cavalodurante o momentoda visãodandoalgumaschicotadasnele,mas não houve nenhuma
reação.
Esta história foi relatada a John Loughborough que preservou em seu livro O Grande
Movimento do Segundo Advento.
Willian Clarence White, pai de Ella, presenciou uma das visões de sua mãe com 16 anos, na
reunião campal em Minnesota, em 1870. Depois de pronunciar algumas palavras de oração,
Ellenparoude falar e fezsilênciocercade meio minuto. Depois da reunião se hospedaram na
casa de um dos irmãos e lá ela escreveu durante duas semanas, registrando aquele meio
minuto durante a oração.
Durante tarefasrotineirasEllenteveoprivilégiode ver guardas celestiais, assim como Jacó na
antiguidade.Umavez,naAustrália,foi despertadaváriasvezesdurante anoiteporumaluzque
brilhava pela janela do trem no qual viajava. Cada vez que olhava para fora via o local onde
apareceriam uma igreja adventista do sétimo dia.
QuandoEllacursava a segundasérie naescolada igrejade Battle Creek, a professora Ella King
Saunders contou que viu a luz brilhante dos anjos que acompanhavam sua avó. Era noite, no
Colégio de Battle Creek, Ella e sua colega de quarto Edith Donaldson, estavam sentadas no
TabernáculoDime,esperandoareuniãocomeçar. Elas estavam preocupadas com Ellen White
que estava doente, elas haviam orado por cura para a senhora que consideravam como uma
mãe. Viram o Sr. White ajudando sua esposa a chegar até a plataforma com muitas
dificuldades. Ela segurou-se na plataforma com as duas mãos para equilibrar-se, começou a
falarcom voz rouca e fraca.Foi entãoque a Sra. White se afastou do púlpito dizendo com voz
distinta que Deus havia enviado seu anjo e lhe fortaleceu. Ella e Edith perceberam um anjo.
DepoisdareuniãoTiagoconversoucom Edith, que morava com a família, sobre o que viram e
disse para agradecer a Deus porque Ele lhe havia aberto os olhos e O tinha feito com algum
propósito.
Mary KelseyWhite,madrastade Ella,tambémviualuze mostroua Edith o exemplar de jornal
com a manchete “Alguns adventistas iludidos acham que viram um anjo”. Tiago havia
carregado a esposa nos braços, quando Edith a viu caminhando sem ajuda entendeu que a
cura havia sido adiada para que todos pudessem testemunhar o milagre do poder de Deus.
QuandoEllae Mabel eram pequenas recebiam a visita da Sra. Martha Amadon, ela havia sido
vizinha e amiga próxima da avó. Trazia bonecas de papel e enquanto vestiam as bonecas
contava as visõesque haviatestemunhado.Elatransmitiaumolharradiante quandoacabava a
visão ficava desconcertada e até exclamava “Escuro! Tão escuro!”
Capítulo 8 Tiago, chegamos a este ponto?
A sra. HowlandperguntouaEllense nãogostariade se estabeleceremTopsham,ela tinha uns
dois ou três cômodos da casa que poderia fazer de um lar para o casal, mas eles não tinham
dinheiro para os móveis. O casal viajou e durante este tempo a senhora conversou com as
amigas e conseguiram mobiliar a casa, chegando de viagem tinham a casa mobiliada. Tiago
encontrou trabalho de quebrar e transportar pedras para a estrada de ferro, voltava com os
dedos sangrando. passava os dias e ele não recebia e ficavam sem alimento. Depois de um
tempo,conseguiutrabalhoparacortar lenha,sentiamuitasdoresestava machucado, mas não
desistia, recebia 50 centavos por dia. Embora passassem dificuldades tinham um ao outro e
Henry,seufilhinho.A mãe amamentava o bebê e tomava meio litro de leite por dia. Mas, ela
precisava fazer roupinha para o filho, deixou de beber leite por 3 dias e economizou 9
centavos com os quais comprou o tecido para a roupa.
Um dia, Tiago caminhou quase 5 Km na chuva para receber seu salário e comprar
mantimentos. Tiago colocou as compras em um saco vazio de farinha, amarrando cordas e
fazendocompartimentosseparandoafarinhade milho do feijão, do arroz e assim por diante.
Colocou nos ombros, saiu cantando na chuva e ao chegar em casa viu que sua esposa
derramava lágrimas por estarem vivendo naquela situação. Logo, Ellen pensou nos
sofrimentosde Jesuse entendeuque se tivessemtudoque precisava não teriam deixado suas
coisas para completar sua obra.
Num dia de primavera, Tiago disse a Ellen para irem à Conferência Bíblica que o irmão
Chamberlain convidou, em Connecticut. tiago pegou 10 dólares, gastou 5 com roupas e os
outros 5 pagariam a passagem de trem, onde moravam a família de amigos Nichols.
Elle remendou o sobretudo do marido, já com muitos remendos. Viajaram a família Nichols
ajudoucom 5 dólarespara passagemrestante para a viagem. Em Boston, embarcaram em um
pequeno navio a vapor e assim viajaram com muitas dificuldades.
Na reunião,comlugare bancosimprovisadosninguémreclamava quando escutava Bates ou a
Sra. Ellen, sobre o sábado e as visões. Juntos estudavam as escrituras Sagradas, oravam
juntos.
Alguns dias após a conferência, Tiago recebeu uma carta enviada de Volney, Nova York,
convite paraparticiparemde outraconferência,maselesnãotinhamdinheiro para a viagem e
as pessoas do local para onde iriam eram pobres. Eles oraram e ele resolveu trabalhar.
Tiago e dois outros adventistas conseguiram o dinheiro ceifando um campo de mais de 40
hectares de feno. Ceifaram por 2 dólares por hectar, era um trabalho árduo. Tiago recebeu
numa outra fazenda o pedaço maior para ceifar, para ele era o mais difícil, depois descobriu
que outros homens fizeram piada acerca do pregador adventista. Ele riu e disse que já havia
sidotrabalhadorquandomenino,numafazenda. Ele tinha muitas dores do lado e um defeito
físico que não lhe deixava apoiar o peso do corpo no pé esquerdo.
Tiago ficoupreocupadode comosuaesposa poderia cuidar do filhinho durante a viagem com
sua tosse e e dor nospulmões.Resolveramlevá-loparaClarissa Bonfoey cuidar, pela primeira
vez eles se separavam e ela deixava o filho sobre os cuidados de outra pessoa.
Capítulo 9 A obra de Publicações em uma sacola de viagem
No caminhoda Conferência Bíblica o pastor Bates se uniu ao grupo. Na noite, na casa de uma
família adventista Ellen não estava se sentindo bem, estava cansada, orou em silêncio, pois
não tinhaforçaspara falar.Osirmãos oraram porela e a ungiram. A Conferência, realizada no
galpão da carruagem do Sr. Arnold, estava tumultuada, os participantes vinham de diversos
lugares, igrejas e as crenças estavam misturadas com opiniões. As discussões afligiram Ellen
que caiu no chão como se estivesse morrendo, todos ficaram em silêncio, os ministros se
ajoelharam e oraram por ela. Após algum tempo ela se reanimou, seu rosto se iluminou e
começoua explicartextosproblemáticos.Ocasal White ficou 2 meses visitando adventistas e
participando das conferências. Voltaram para casa e ela poder rever Henry.
Ela seguiu em semanas trabalhosas, pois tinha que escrever cartas e as visões enviar para as
famílias, tudo isto escrito à mão. Ellen escrevia as visões e Tiago fazia as cópias.
Resolveramque eramaisfácil falaràspessoasem vez de estar escrevendo cartas, começaram
os preparativos para viajar novamente e agora levariam Henry. Ele iria ficar um tempo com a
vovó, depois a Sra. Howland.
ellendeuumamensagemaoseumarido,paraescreverumapequenarevistae enviaraopovo.
Resolveu voltar a Rocky Hill e pedir dinheiro aos agricultores adventistas. Mais uma vez
tiveramque deixarofilhoaoscuidadosde outrafamília,para Ellenfoi muito difícil confiar seu
pequeno aos cuidados de outra pessoa, mas ela precisava.
Faltava o dinheiro e como eram pobres Tiago estava de partida para Middletown, para
comprar uma foice e trabalhar, mas Ellen o chamou e disse que o Senhor acabar de mostrar
que não era momento dele trabalhar no campo, mas deveria escrever e publicar. deveria
começar pela fé, enviar a revista e o dinheiro viria daqueles que lessem.
Foi para Middlentown conversou com Charles Pelton, um impressor. Ele pediu a ele que
imprimisse mil cópias de uma revista que tinha 8 páginas e pagaria assim que as pessoas
enviassem dinheiro. O impressor disse que era um pedido incomum, mas que Tiago parecia
honesto e confiaria.
O Sr. Belden ofereceu ao casal White a grande sala sem mobília que havia sido usada para
reuniãonoano anteriore lá ele começouaescreverartigospara a revista The Present Truth (A
verdade presente) A Sra.White tambémtrabalhavaláescrevendocartas.Atrástinhaum fogão
a lenha,onde preparavaoalimentoe aqueciaasala,havia umquartinhocom prateleirasonde
guardava seus escritos. A noite ela ia até o local para ter certeza que os manuscritos não
corriam perigo de pegar fogo. Lá, eles tinham seu escritório para a obra de publicações e o
próprio lar, divididos por cortinas. Uma dependência srvia como escritório editorial,sala de
leitura de provas e despacho de correspondência. Clarissa Bonfoey foi trabalhar como
governanta, trazendo móveis para e utensílios para a casa. Quando o bebê Edson chegou ela
ajudou a cuidar dele. Tiago ia até Middlentown, 12 Km levando os manuscritos para a
impressãoe trazendoasfolhasde provapara seremcorrigidas.Emumamanhã de julhoele foi
buscar a primeira edição da revista A Verdade Presente. Ela era pequena , as letras miúdas e
não haviailustrações.Ele trouxe as folhas impressas e as colocou no chão. A família Belden e
os White ajoelharam-se e pediram que Deus abençoasse aquelas mensageiras da verdade.
As folhas foram dobradas, envelopadas e endereçadas. Tiago levou-as ao correio. A revista
levavaalegria,muitoscomeçaramaguardar o sábado.Cartas chegavacom dinheiroparapagar
a publicação. Quando o pastor foi levar o quarto número para ser impresso , já pode pagar
todo o trabalho. O Sr. Pelton entregou um recibo no valor de 64,50 dólares. Este recibo está
guardadocomo um tesouro,poistestemunhaque Deuscumpre Suaspromessase nuncafalha.
Aonde querque o casal fosse as pessoaspediamque eles estabelecessem obra de publicação
em seu lar. O trabalho de tipografia e impressão precisava ser feito na cidade, porque não
tinhamequipamentopróprio.assimque osjornaisficavamprontosos amigos eram chamados
para ajudar a dobrar, envelopar e endereçá-los .
Em Oswego, Nova York, ficaram tempo suficiente para imprimir 6 números num lugar só.
Enquantopermaneciam lá, o pastor White mandou imprimir hinos adventistas sem melodia,
reunidosaolongo da jornada,emum pequenolivro com um enorme título Hinos Para o Povo
Peculiar de Deus, que Guarda os Mandamentos de Deus e a Fé em Jesus.
A Verdade Presente foi o início das publicações dos Adventistas do Sétimo Dia, as quais
circundamo planeta“comotorrentesde luz”,com impressorasque publicammilhõesde livros
e periódicos nos principais idiomas da Terra.
Capítulo 10 Batalhando contra o inimigo
Novamente naestradapor caminhos poeirentos e acidentados, precisavam percorrer 64 Km
com uma carruagem. A cada 15 Km paravam para a troca de cavalos, enquanto a Sra. White
descansava no saguão da hospedaria por uns 10 a 15 minutos.
Em Sutton, estado de Vermont, o pastor falou ao grupo local e a Sra. White foi falar , estava
pálida e cansada. Após a reunião as pessoas conversavam sobre a necessidade do casal de
viajar tanto e que seria bom se eles tivessem melhores condições, como cavalo e carruagem
próprias.Todosquiseram participar do presente e arrecadaram 175 dólares. Na segunda pela
manhã o casal encontrou seus amigos na encruzilhada onde os proprietários de cavalos
costumavamse reunirpara vendê-los.A Sra.White escolheuCharlie,umanimal malhado,pelo
lustroso,ar inteligente e comportamentogentil,poisela havia sonhado na noite anterior com
o anjo do Senhor lhe instruindo qual deveria escolher. dois homens atrelaram Charlie a uma
carruagemcoberta e o restante da viagemfoi maisagradável.Aomeio-diaTiagodesatrelava o
cavalo e o soltava para pastar, enquanto eles descansavam abaixo de uma árvore frondosa
com um cobertor e comiam seu lanche.
Um dia, Charlie trotandoabaixouacabeçae abocanhouumamaçã que estavano chão.Depois
daquiloele diminuía o passo, escolhia uma maçã e prosseguia velozmente, mas mastigando.
Em Centerport, o casal ficou hospedado na família Harris. Depois da reunião Tiago levou o
pastor Rodhesparao embarque nabarcaça, a uns5 Km de distância,a Sra.White foi com eles.
Quandoretornarama Sra.Harris veio encontrá-los à porta gritando que Edson, o pequeno de
1 ano de idade estava morrendo. Eles correram até sua cama, encontraram-no inconsciente,
braços roxos.A Sra. White falouque a únicaesperançaera Deus,pediuparachamar os anciãos
e orar imediatamente.OpastorWhite lembrouque oúnicoministro das redondezas já estava
a caminho de Michigan. Sem esperar resposta entrou na carruagem e foi margeando o canal
fluvial em direção à cidade. Depois de 8 Km, conseguiu alcançar o barco, trouxe o pastor de
volta para casa da família Harris.
Lá, no pequenoquartodopisosuperior,orarame ungiramo bebê.Imediatamente eleabriuos
olhos e sorriu.
Pouco tempo depois, Tiago teve cãibras muito dolorosas, a esposa esfregou até ficar sem
forças. Muitas pessoas estavam morrendo de cólera na região. Então ele pediu que Ellen
orasse. Sara, Clarissa e a Sra. Harris se ajoelharam ao lado da cama, enquanto a esposa
colocavaas mãos sobre a cabeça dele e suplicava a Deus pela cura. A dor cedeu e a cor voltou
a sua face.
Naquele mesmodia, por volta da meia-noite, os White ouviram gritos que vinham do quarto
de cima, subiramasescadascorrendo, Clarissa, a enfermeira que cuidava do pequeno Edson,
segurava ele nos braços e ele se agarrava seu braço, soltava e golpeava o ar com as duas
mãozinhas, gritando assustado, gritava “Não!” Os pais disseram que algo invisível estava o
assustando.Ellentinhacertezade que eraSatanásque haviaenviadoumanjopara atormentar
a criança. Ajoelharam-se e oraram, em nome de Jesus repreenderam o espírito mau. O
pequenino Edson caiu no sono e não acordou mais até a manhã.
No outrodiaTiago acordou fracoe trêmulo, precisava ir até Auburn buscar as folhas de prova
da revista, ele sabia que Satanás estava tentando atrapalhar a obra. Quando se sentou na
carruagem, Ellen disse que iria com ele. Percorreram 10 Km, orando e a cada km Tiago ia
recobrando as forças.
Partiram outra vez, como haviam emprestado a carruagem e o cavalo para um ministro
itinerante foram com uma carroça puxada por 2 cavalos, de repente os cavalos se assustaram
e a carroça foi jogada contra um íngreme barranco e virou de lado. Endireitaram a carroça,
nenhum tinha se machucado, seguiram seu caminho.
PoucotempodepoisClarissaficougravementedoente,tambémfoi curadapelaoração,muitas
lutas enfrentavam. O pastor White ampliou A Verdade Presente e mudou seu nome para A
Revista do Segundo Advento e Arauto do Sábado. esse foi o início da revista Review.
No verão seguinte, o casal precisou ir para Saratoga, levar a obra de publicações junto, se
estabeleceram no local com tudo emprestado. No dia seguinte que a revista saiu do prelo, a
irmã de Ellen, Sara, casou-se com Stephen Belden, filho do amigo deles, de Rocky Hill.
Em agosto foi impresso o primeiro livro de Ellen G White, uma pequena brochura intitulada
Um esboço da Experiência Cristã e das Visões da Sra. E. G. White, abreviado para Experience
and Views.
Agora nãoprecisavammaispassarhoras escrevendoasvisõese eram importantes porque era
um lembrete aopovoadventistasobre asbênçãosque tinhamexperimentadoaoparticiparem
do “clamorda meia-noite”,osartigosexplicavamodesapontamentoem 1844 e a profecia mal
interpretada,oSantuário no fim dos 2.300 anos, não estava na Terra, mas no Céu. A Revista e
Arauto foi publicada pela primeira vez, em 1849.
Capítulo 11 Um lar para a obra de Publicações
Maio 1852, Rochester,NovaYork,AvenidaMount Hope número 124. Sra. Sara junto com Srta.
Annie Smithdescrevem olocal onde produziamoslivrose revistas.QuandoTiago chegou para
estabelecer a obra independente tinha 75 dólares e desde então Deus vinha suprindo as
necessidades. O nº 2 do volume 3, da Review seria a primeira publicação impressa com o
próprio equipamento. Pediam que as pessoas costurassem as páginas, porque não tinham a
máquina e deixassem o material disponível para os vizinhos.
O livro de Ellen Experience and Views, uma brochura de 64 páginas costuraram ali antes de
enviar. Para o prelo o irmão Edson havia emprestado 600 dólares, valor da máquina.
Trabalhava lá também o jovem Stephen Belden, na oficina tipográfica, tirando as folhas de
prova. Passavam um rolo sobre a almofada da tinta. Espalhava tinta nos tipos com o rolo,
empurraos tipossobre a prensa,colocauma folhade papel sobre ostipose cobre o papel com
um pedaçode papelão.Acionaaalavanca que fazbaixaro prelo sobre o papel. Depois, aciona
de novoa alavanca,liberaoprelo,ergue cuidadosamenteafolhade provae a coloca sobre um
jornal para secar. Receberam a supervisão de Lumen Masten, um impressor profissional e
instruirnoofíciotipográfico.Pagavam175 dólaresde aluguel ao ano pelo sobrado, que servia
de auditório,larpara famíliade auxiliares. Compravamosmóveisjáusadose iam reformando.
Como as batatas custavam caro nessa época do ano eles substituíam por nabo. Estavam
fazendo uma horta para diminuir os gastos.
Quando começaram a arar a terra Ellen viu pequenas coisas redondas e brancas na superfície
do soloelafoi até lá e descobriu que eram batatas que ficaram por ali da última colheita, por
serem consideradas fracas demais não foram colhidas. Ellen pega um balde e enche várias
vezes carregando para casa, o jovem Lumen Masten observa-a com expressão de desagrado.
Ellensente asurpresadojovempelaesposadopatrão estarfazendoaquilo e comentou que é
pecado desperdiçar alimento.
Aquele primeiro verão foi muito movimentado, toda vez que havia trabalho extra toda a
famíliada Review se apresentavaparaajudar,Lumenera o únicoque recebiasalário,osoutros
trabalhavam e ganhavam cama, comida e as vezes dinheiro para a roupa.
O casal White precisava participar de reuniões e conferências em Vermont e outros lugares.
Viagem de 2 meses seria feita com Charlie e a carruagem. Eles tinham um problema o filho
Edson estava doente, não queriam leva-lo na viagem, mas não queriam deixa-lo em casa
assim.
Oraram e decidiramque se ele comessealgoindicaria que poderiam leva-lo, antes da viagem
do casal Edson tomou uma xícara de caldo. Durante a viagem ele estava agitado, Ellen
embalava-oe numacasa a dona comentouque se continuassemcomele na viagem eles iriam
sepultá-lo.Masprecisaramcontinuar,Ellenficoucommedoque peloseucansaçodeixasseele
cair do seucoloao dormir,entãoTiago colocouEdsonsobre um travesseiroe amarrou no colo
da mãe e assim os dois puderam dormir durante a viagem.
O outono chegou e durante a viagem eles paravam para descansar depois da refeição
enquantoTiagopegavapapel e lápis, usando a cesta do lanche como mesa, escrevia artigos e
liçõesdaEscola Sabatinapara a novapublicaçãomensal, Oinstrutorda juventude.Cadaedição
precisava ter lições para 1 mês, o preço da assinatura era 25 centavos por ano, mas assim
como a revista Review, o Instrutor era enviado gratuitamente para aqueles que não podiam
pagar.
Voltaram para casa tudo ocorria muito bem, Jenny fraser agora era cozinheira, Clarissa era
como a mãe para a grande família. John Andrews escrevia folhetos e artigos, dirigia as
reuniões evangelísticas. Stephen Belden administrava, fazia a contabilidade, recolhia
contribuições e ajudava no trabalho tipográfico. Annie reunia relatórios e artigos que
chegavam de ministros itinerantes e preparava para publicação. Os 3 adolescentes: Oswald
Stowell, George Amadon e Warren Bacheller que haviam começado como aprendizes
tornanram-se maiscompetentes.LumenMasteneraoprofessordaimprensa.Esses formaram
a 1º equipe daeditoraREVIEWANDHERALD. Todos,excetoTiagoWhite, estavam na faixa dos
20 poucosanos, e ele tinha 32 anos. Urias Smith, entrou na obra com 21 anos e continuou por
quase 50 anos, a maior parte como editor. Sua irmã Annie, poetisa e autora de hinos
continuoucomelespor3 anose se afastoupor problemasde saúde, vindo a descansar 2 anos
mais tarde.
Durante a ausência do casal, certo dia, Lumen deixou de comparecer ao trabalho dois jovens
foram à sua casa e descobriram que estava com cólera, trouxeram ele para a casa dos White.
Lá oraram porele,que tinhamedodopensamentoda morte,ele não era cristão. A doença foi
controlada, mas ele não se recuperou plenamente. Mesmo já tendo convivido e percebido
como estas pessoas se tratavam, feito estudo bíblico ainda não havia decidido entregar-se a
Deus.Agoracom o corpo torturado peladorum dosobreiroslhe perguntou se Deus o curasse
ele se entregariaaDeus,ele sussurrouque sim.Osobreirosse ajoelharame oraram, depoisde
2 semanas ele já estava forte pra andar 1,5 km em pouco tempo já estava trabalhando.
Capítulo 12 John muda de ideia
JohnLoughborough, umjovempregadoradventistadoprimeirodia,tinha23anos, morava em
Rochester,sustentavaaesposavendendo fechaduras de janela por 5 dias na semana, sábado
viajavaa povoadopróximoe nodomingopregavae visitava paroquianos e voltava para casa a
noite.
Certo dia, um amigo, o Sr. Orton disse que seus membros estavam passando para o grupo de
adventista que guardava o sábado, mas Orton não falou que ele também estava, falou que o
amigo deveria ir até lá conversar para que mudassem de ideia.
John Andrews estava pregando e mudou o sermão porque sentiu uma impressão de que
deveriafalarsobre osdezMandamentos,principalmente aquestão do sábado. Ele foi falando
e mostrandotextosbíblicos,enquantoisso John Loughborough foi fazendo anotações depois
de ouvir o sermão ele disse que compreendeu a mensagem. Descobriu que seus amigos que
persuadiram ele a ir ao local já estavam decididos a guardar o sábado também.
Pouco tempo depois Loughborough conheceu o casal White. Oswal Stowell, um dos rapazes
que trabalhavano preloficoudoente e foi desenganado,durante areunião ficou deitado num
quarto próximo sofrendo, depois da reunião ele pediu que o casal orassem por ele. O pastor
White convidou Loughborough a ir com ele ao quarto do enfermo. Os 3 se inclinaram em
oração, o pastor ungiu o rapaz e quando se ergueram da súplica, o paciente sentou-se na
cama. depois de 2 dias ele já estava trabalhando.
A senhora White permaneceu ajoelhada tendo uma visão. John ficou impressionado com a
faltade respiração dela enquanto falava e a cor natural em sua face, após meia hora respirou
fundo novamente contou aos presentes sobre a visão.
Contoua Loughborough que via 3 homens tentando impedi-lo de se unir aos guardadores do
sábado,contouo que ele pensavaenquantose decidia, seus pensamentos mais íntimos e ele
entendeu que era um poder mais do que humano. Ellen disse que Deus tinha uma tarefa
especial para ele pregador. Ele foi para casa e orou, decidiu se entregar à pregação da
mensage.
Na segunda pela manhã a esposa lhe pediu para comprar fósforos e linha, mas ele só tinha 3
centavos.Ele pediuque ela comprasse 1 centavo de fósforo e 1 centavo de linha, tinham que
economizar. John entendia que como não estava fazendo o trabalho para Deus, não estava
prosperando. A esposa chorou e ele a recordou da visão e do chamado. Ela foi a cidade e
quandovoltou oesposoestava feliz porque recebeu uma encomenda de fechaduras e pagou
em dinheiro sua comissão foi de 26 dólares. Com isso ele poderia comprar lenha e provisões
para cobrir suas necessidades.
Alguns dias depois, viajaram com Charlie, John Loughborough e Hiram Edson para uma
pregaçãode 6 semanasno sul do Estadode NovaYork e na Pensilvânia. esse foi o início de 70
anos emque o pastor Loughboroughviveucomoministroadventistadosétimo dia. Trabalhou
durante anos com o casal White, viu Ellen em visão quase 50 vezes.
Capítulo 13 O acidente de trem
John Loughborough, o casal White e Merrit Cornell estavam cumprindo um itinerário de
pregações pelo Estado de Michigan, onde os pastores Bates e Cornell haviam estabelecido
váriosgruposde observadoresdosábado.Precisavamcumprirocompromissopontualmente e
tiveram que se separar, viajavam de trem, navio a vapor ou carruagens.
Artur Spalding faz um relato do que faziam nas estradas feitas com toras de madeira: para
tornar firme,osconstrutorescolocavamastoras atravessadas,bempróximasumasdasoutras.
Sobre elas, colocavam terra e barro dos pântanos. Era chamada de “estrada de veludo” No
clima úmido boa parte da terra era carregada pela chuva, deixando valas e buracos entre as
toras. As vezes uma tora fraca se desgastava, deixando um buraco maior. O povo chamava
essesburacosde “Obrigado, madame”.Em umaforma alegre de enfrenta-los,porisso tinham
que trocar a carruagem mais confortável por uma carruagem de fazenda. A carruagem
sacolejava e mexia todos os ossos.
Numa das conversas entre os pastores comentaram que para o próximo ano deveria ter
lugares próprios para as reuniões, em vez de casas de famílias. Um deles deu a sugestão das
tendasque já usavamnas campaisde 1844. Pensaramque poderiamfazerissopara o próximo
ano,mas o pastor Cornell disse que se seriabomparao próximoanoerapara aquele também.
Começaram a conversar e juntar o dinheiro conversaram com homens generosos que
contribuíam com liberalidade.
O casal White embarcounotrempara prosseguiraviagem,o vagão erade assentode encosto
alto, chamado vagão-dormitório. A Sra. White ao sentar exclamou que não poderia ficar ali,
passaram para o vagão de trás, o trem partiu. Mal haviam percorrido 5 km os vagões
começaram a sacudir violentamente e pararam por completo, um dos vagões estava
descarrilhado, ao lado do trilho. Outro estava retorcido, com alguns pedaços espalhados ao
redor. Passageiros feridos estavam em meio as ferragens, gemendo e gritando por socorro.
tiago pegou sua esposa e seguiram um caminho, encontraram uma casa e contaram aos
moradores o que havia acontecido. O dono da casa enviou uma mensagem à cidade pedindo
médicos, Tiago foi junto chegando na casa de Cyrenius Smith. Pela manhã mandou buscar
Ellen. Após o desjejum voltaram ao local e souberam a causa do acidente: um enorme boi
estavadeitadonalinhaférrea.Váriospassageirosficaramferidose 4 morreram.O vagãoque o
casal entroupela1º vezestavaretorcido,ooutro vagão estavaseparado dos outros a cerca de
30 metros.Ninguémpôde explicaroque haviaacontecido.Nemomaterial que levavam havia
sido atingido. O casal continuou sua viagem.
3 semanas após a reunião de domingo em Locke, a tenda foi armada num terreno em Battle
Creek, equipada com bancos, plataforma e púlpito, pronta para ser usada pelos jovens
pregadores Loughborough e Cornell.
A partirde então,asigrejasde lonase tornaramcomunsno evangelismoadventista. Pregavam
de 4 a 5 noites num lugar, tentavam atingir as pessoas daquele local falando das profecias
acerca da 2º vindade Jesus e da reforma ao dia de repouso, distribuíam folhetos e anotavam
nomes para enviar a revista e lição, depois removiam as estacas e iam para outro local.
Quandovoltarampara Rochestero casal White teve outrobebê,William Clarence. Anna, irmã
de Ellencuidavadobebê,mas ela contraiu tuberculose e Ellen não queria magoa-la tirando o
bebê, então beliscava a criança discretamente para ele chorar e ela assim tirva a criança do
colo da irmã.
Capítulo 14 “Willie se afogou!”
Na primavera, em Battle Creek, estavam fazendo a limpeza na casa, pois receberiam
convidadosque viriamparaumareunião.A sede de obra de publicaçõeshaviase mudadopara
lá.
Aconteceu um acidente com Willie que caiu dentro de uma bacia com água suja, ele tinha 2
anos, jenny tirou a criança da água e saiu correndo e gritando que ele havia se afogado, Ellen
chegou e sacudiu Jenny para dizer se a água era quente ou fria. Ellen pegou a criança, depois
de saber que a água era fria e mandou buscar o doutor e Tiago. ellen foi até o jardim com
Willie, cortou suas roupinhas e o fazia rolar pela grama, saindo água suja do nariz e boca do
menino.Tiagochegoue ficoude pé observandoacena e orando silenciosamente.Ellenergueu
a criança e viu que ainda não tinha sinal vital, continuou rolando e a água continuou saindo.
Os vizinhosse juntarampesarosos.15 minutosse passarame pareciaque não tinhaesperança.
Uma das senhora comentou que alguém deveria tirar a criança morta das mãos da mãe, mas
Tiago disse que elasabiaoque estavafazendo.Depois de 20 minutos ela levantou o corpinho
flácido e apertou a face contra a dela, beijou os lábios frios e viu um tremor na pálpebra, um
leve franzirdoslábios.Achouque ele tentouretribuirseubeijo.Levaramomeninoparadentro
de casa, colocaram roupas quentes e ia trocando a roupa com frequência. Ela o segurou de
novo, perto do rosto e sentiu que estava respirando, apertou contra o peito e deu graças a
Deus.
Os preparativoscontinuaram, masEllennãodeixoumaisofilholonge dela.A conferência teve
início na sexta à tarde. Os membros estavam felizes porque tinham uma igreja, simples, mas
própria. Os visitantes puderam ver um prédio de 2 pisos, onde era impressa a revista,
máquinasnovasque costuravam,cortavam, encadernavame cumpriammuitasoutrasfunções
em um tempo bem menor do que se fizessem a mão.
A assembleia ouviu relatórios de pastores que haviam levado notícias de novos grupos de
observadoresdosábado. Nesta época os ministros não recebiam salário, alguns trabalhavam
durante a semana e pregavam nos finais de semana, não tinham boas roupas, recebiam
doações.Quando viajavam dependiam dos irmãos para dormir e comer, no final da pregação
quando iam para outro local recebiam de 1 a 2 dólares para ajudar nas despesas ao longo do
caminho.
J. P. Kellongg, Dan Palmer, Cyrenius Smith e Henry Lion, doaram 300 dólares cada um para
construira tipografia.Os membros prometeram apoiar a obra de publicações, para que Tiago
não precisasse pedir dinheiro emprestado para enviar os jornais e folhetos ao povo. Obra de
publicações estava se tornando autossustentável. A Review era impressa semanalmente, a
assinatura anual custava 2 dólares Livros estavam sendo impressos. Os pastores que
distribuíam folhetos e panfletos de graça agora poderiam vender, sempre que possível. A
Review pode começar a pagar 5 dólares por semana à família de funcionários. 2 anos mais
tarde, foi instalada um prensa mecânica.
Capítulo 15 A primeira casa dos White
A casa da família White era pequena para os pais, 3 filhos e 2 ajudantes, mais os visitantes e
ministrosque sempre passavamporali.Os homens que ajudaram na construção do prédio da
Review e igreja, resolveram construir uma casa maior para a família. Na casa ao lado do casal
JonasLewisconstruiuumpoço e compartilhouaágua com os vizinhos.Construíramumquarto
maiorpara os paisde Ellene ospais de Tiago também puderam morar ali. O vovô White tinha
dificuldadesemaceitar o sábado como dia de guarda, então guardava sábado e domingo, ele
era sapateiro. Depois de um tempo estudando resolveu guardar somente o sábado. Estavam
felizes por ter os 4 avós por perto.
Tomavam desjejum às 6h30, o culto familiar vinha imediatamente, com cânticos, leitura da
Bíblia e oração. Após o culto Tiago ia para a editora e a mãe e crianças iam para o jardim, nos
dias frios ou chuvosos trabalhavam dentro de casa. Depois, a senhora White dedicava 3 ou 4
horas para escrever.Asvezesiaparaa o escritórioe ajudavaseuesposocom trabalhos extras.
Clarissa não estava com eles na casa nova, pois como era fraca havia falecido. Agnes Irving
agora ajudava,uma moça de 17 anos,tinha4 irmãosmaisnovose seu pai era inválido, faltava
dinheiro na sua casa, assim recebia dinheiro e ajudava em casa.
Na casa todos tinham tarefas, gostavam de ajudar a todos. Nos sábados a tarde as famílias
adventistasiamacasa dos White e assimcantavam hinos,oravamunspelosoutrose pelaobra
de Deus. Ellen procurava ler histórias no sábado a tarde para os filhos e as crianças da
vizinhança eram convidadas. Anos mais tarde, a esposa de Willie, reuniu algumas dessas
histórias formandoumacoleçãoque foi publicadanumlivro intitulado Leituras Sabáticas para
o Círculo Doméstico. Quando Ellen precisava viajar escrevia cartas para os filhos.
Capítulo 16 O que aconteceu em um funeral
Certa ocasiãoo casal viajava,encontraramumgrupo de 40 novos observadores do sábado em
um vilarejoemOhio.No domingo à tarde, foi realizada uma cerimônia fúnebre de um jovem
bem conhecido na comunidade, e o pastor White foi convidado Para fazer o sermão. Depois
que ele falouaSra. White se levantouparadizeralgumaspalavrase teve uma visão. Sempre o
esposodeixavaque aspessoasse aproximasseme vissem por si mesmas o que lhe acontecia.
Tiago explicou que ela conversava com seu anjo assistente. Ela o descrevia como um jovem
alto, majestoso, com um semblante e voz musical.
Ela observava cenas do passado ou futuro e trazia estas mensagens para as pessoas.
O caixão havia sido deixado de lado por um tempo, Durante 2 horas ela não havia tomado
fôlego.Elanãoquisfalarnada naquele momentodevidoaocasiãosolene. O caixão foi levado
para o sepultamento e algumas pessoas ficaram ali para saber da visão.
Na terça o casal partiu para Battle Creek, conversavam sobre os filhos e as 3 semanas que
ficaram longe, a esposa disse que escreveria sobre a visão. Em Michigan, pararam na casa da
família Palmer, lá os homens foram até o jardim enquanto as mulheres ficaram na casa, lá
Ellencomeçoua se sentirmal,oshomensoraram porelae falaramque era um grave derrame,
ela escutava, mas estava muito fraca. Depois de um tempo ficou um pouco melhor e
continuaramviagem,mesmoaspessoasachandoque não deveriampartir.Emcasa ainda sem
forças, sem caminhar e passando mal lembrou que deveria escrever a visão, com muitas
dificuldades e um lado paralisado escreveu no primeiro dia uma página. Ela sabia que era
Satanás tentandoimpedir que ela escrevesse, cada dia escrevendo um pouco mais e quando
terminou de escrever a visão, de ser impressa, o efeito do acidente cerebral havia
desaparecido e ela desfrutava boa saúde.
A visãorendeu219 páginas,que foi vendidopor 50 centavos. Relatava o início do pecado e da
tristeza,primeironoCéu,depoisnoJardimdoÉden.Revelavacomoo filho de Deus havia sido
oferecido para morrer em lugar dos pecadores. Mostrava as lutas dEle aqui na Terra com o
grande inimigo,Satanás,que finalmente levou homens ímpios a crucificar Jesus. Descreveu o
interesse dos anjos e habitantes de mundos não caídos no plano de Deus para salvar os
pecadorese o espantodoUniversodiante doamorindescritível de Deusao dar o próprio filho
para salvara raça de rebeldes.Contoude suaalegriaquando de Cristo se ergueu para a vida e
retornou para o Céu, tendo vencido Satanás, o pecado e a morte. Descreveu as boas-vindas
que Jesusrecebeuao voltar para casa de seu Pai, entre aclamações e louvores de milhões de
anjosreluzentes.Estavisãocommais algumas explicações rendeu 5 grandes volumes, a série
Grande Conflito (Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O desejado de todas as Nações, Atos
dos Apóstolos e O Grande Conflito).
Capítulo 17 Travessia perigosa sobre o gelo
Quando a família Review se mudou para Battle Creek, o pai de John Andrews deixou sua
fazenda rochosa no Estado do Maine e foi para o Oeste. Ele chamou os amigos para irem
morar lá e recomeçarem sua vida. Não demorou a que houvesse uma verdadeira colônia de
adventista em Waukon. John Andrews cansado de estudar e pregar aceitou a proposta de
trabalhar no armazém do seu filho, após sua chegada convidou o amigo John Loughborough
que estava desanimado , por anos pregava e não conseguia manter sua família, pensou que
era essa oportunidade de receber mais. Trabalhava como carpinteiro.
Naquela noite, na casa da família Hart, Ellen estava preocupada com os amigos queria poder
viajar e encontra-los o mais rápido possível, assim mesmo em meio as dificuldades de frio,
neve e riodescongelandoelesviajaramparase encontrar com estes irmãos. Passaram por um
rio que estava descongelando, e ninguém queria atravessar porque era muito perigoso.
Chegandonacasa dosamigoselaconversoucom John Loughborough, e comparou-o a Elias, o
amigo sentiu o chamado de Deus.
Na vésperadoNatal,todas as famílias adventistas em Waukon se reuniram na casa da família
Andrews. Durante uma semana, as reuniões se realizaram todas as noites. Assim através das
pregações eles foram percebendo que eram mornos, haviam ensinado a verdade por anos e
elesmesmose esqueciamagorade partilhar da fé com os vizinhos. Resolveram voltar as suas
vidas, as quais Deus havia os chamado, declararam seus erros, pediram perdão a Deus. A
esposa de John, também falou e disse que gostaria que o esposo continuasse seu trabalho
para Deus. John Andrews permaneceu até melhorar sua saúde.
Capítulo 18 O pregador era ladrão
Durante o inverno de 1849 – 1850, o casal whait realizavam reuniões para os adventistas em
oswgeo,estadode nova York.um jovemchamadoHiran Patche sua noivaestavaassistindoas
reuniões indecisos a qual reuniões assistir. Não sabiam se deveriam se tornar membros da
igreja onde o tesoureiro pregava ou do pequeno grupo dos observadores do sábado onde se
reunianumacasa de família.Numadasreuniõesdosguardadoresdo sábado, enquanto Hiram
estava presente, Hellen teve uma visão, ela disse a Hiran que ele deveria esperar um mês e
conhecer o caráter daquelas pessoas.
Dentro de duas semanas, o tesoureiro do município ficou enfermo enquanto orava em uma
reunião,foi levadoparacasae colocado em uma cama. o xerife da cidade e um policial foram
nomeados a assumir as funções do tesoureiro
Enquanto verificava os registros, deram faltas de mil dólares. Não podiam acreditar que um
homemtão fervorosopudesse se culpadode furto. Pensou que pudessemusarodinheiropara
pagar algumatransação comercial ou depositada a quantia no banco. Com esse pensamento,
decidiram visita-lo para ele explicar a questão.
A dupla concordou em agir com cautela. Combinaram que um deles vigiariam os fundos da
casa, enquantoooutro entrariapelaportada frente.o policial viu uma mulher sair pela porta
dos fundos com uma maleta na mão. Ela cavou um buraco na neve e depositou o malote
cobrindo-o.Oxerife conversavacomo enfermo e ele disse que não sabia nada do dinheiro. a
esposa entrou no quarto e perguntou porque ele estava nervoso. o homem disse que ele
achava que eleshaviampegoodinheiro.aesposadisse que deusera testemunho de eles ano
haviampegoo dinheiro.opolicialentroucomomalote de dinheiroe disse que viu ela colocar
o dinheiro na neve.
A noticiase espalhoupela cidade, Hiran e sua noiva passaram a fazer parte dos observadores
do sábado. Naquele mesmo inverno, o casal White dirigia reuniões em Camden. Ellen teve
uma visão antes de se dirigir para lá sobre os adventistas do local, viu uma mulher que
professavasersanta,mas erauma hipócrita.Durante umadas reuniõesEllenviuestamulhere
relatouo que haviavisto,elacomaparente dignidade se levantou e disse que seu coração era
limpo e Deus o conhecia. Pouco tempo depois a mulher ficou doente achou que iria morrer,
mandou chamar Ellen e confessou que vivia em pecado, tinha deixado o marido em outra
cidade com um filho, vivia com outro homem, declarava que era médica e vendia remédios
que custavam 12 centavos e ela cobrava 1 dólar.
Para Deus não existe grandes pecados ou pecadinhos. Certa ocasião, várias moças ligadas ao
colégio Healdsburg estavam morando na casa da família White. Algumas eram alunas, outras
professoras. Um dia, Ellen sentiu falta de uma redezinha de seda que usava no cabelo. Na
oportunidade que estavam reunidos Ellen perguntou se alguém tinha visto. Não houve
resposta.Poucotempodepois,quandoaSra.Ellenpassavana frente do quarto, quando ouviu
uma voz lhe dizendo “Levante a tampa daquele baú”.
Como não tinha costume de mexer nas coisas dos outros continuou seu caminho, mas a voz
insistia. Voltou e encontrou sua rede de cabelo. Ellen fechou o baú e não falou nada. Um
poucomais tarde, ela teve a visão da moça segurando uma rede de cabelo sobre um lampião
de querosene,paraqueimá-la. Ela então chamou a moça, que não falaria nada e lhe contou o
que haviaacontecido,amoça contou todaa história.Ali elase entregouinteiramente aJesuse
fez dele seu companheiro constante.
Capítulo 19 Os sete irmãozinhos Sisley
Uma grande tendaestavaerguidaem Battle Creek para reuniões especiais. Certa noite, Ellen
chamoua atençãodo maridopara uma mulherque chegavacom7 crianças.Ela falouque já os
haviavistonumavisão. Um dos ministrosfalouque deveriamchama-lospara se apresentar ao
povo. A Sra. White se aproximou da Sra. Sisley e seus filhos: John, William, Richard, Nellie,
Josephine, Maude e Martha. A mãe era viúva, trouxeram os filhos da Inglaterra onde
aprenderamsobre osábadoa pedidodoesposo,antesde falecer,paramorar emBattle creek,
onde poderiamestudarjuntoaosadventistas.Elacontinuou falando que em visão Deus havia
lhe mostrado que todas as crianças se tornariam obreiros em sua causa.
E isto aconteceu:Johnviroupastor,Nellie enfermeira e casou-se com o evangelista George B.
Starr e ajudaram em missões urbanas, Josephine era professora numa escola adventista na
Austrália, Maude foi primeira missionária na África, Richard missionário de sustento próprio
em Java, William, Martha e seu marido trabalharam até o final da vida como funcionários no
escritório da editora.
Nellie estava presente numa reunião quando o casal falava e Ellen teve uma visão. Alguns
acharam que ela havia desmaiado por causa do calor, mas Tiago explicou que estava tendo
uma visão. Então chamou a todos para perceber os sinais de uma legítima profetisa: sem
respiração,olhosabertossempiscar,olhavadistante,mesmofalando não respirava, ninguém
conseguiria machuca-la, pois Deus a protegia. Quando saiu da visão o esposo perguntou se
queriacontar a visãoe eles ficaram ali ouvindo: viu o povo de Deus salvo, no lar celestial, fez
uma descriçãoda belezae felicidadedaNova Terra. A parte da visão que a deixou perturbada
era a do juízofinal e destruiçãodosímpios.A maior angústiaeraver,entre os perdidos,alguns
membros da igreja que havia desistido, se afastaram e se perderam.
Capítulo 20 Ellen o trouxe de volta
O casal se sentiacansadocom tantas atividades,viagens,pregações,nãocomiambemdurante
as viagens.Numavoltaparacasa Tiagocontinuoutrabalhandosemdescansare teve um grave
derrame.Osmédicosnãoconseguiamajuda-loe disseramque não tinham o que fazer, deram
remédios,masEllennãoqueriaque ele continuasse com estas drogas e resolveu leva-lo a um
hospital em Dansville, Nova York, que fazia tratamentos hidroterápicos e remédios naturais.
Ela chamou o pastor John Loughborough para a viagem, como John também não estava bem
de saúde resolveu aproveitar o hospital.
Lá, os médicos disseram que os dois deveriam deixar de ser pastores e ir praticar esportes,
eles eram religiosos demais. Um dia, os músicos que faziam bailes no hospital passaram o
chapéu para receber dinheiro, Ellen disse que não poderia dar porque não deveria usar o
dinheiro para este fim, explicou que com a dança os pacientes ficavam mais doentes e
abatidos. Mas era a Religião que deveria dar alegria e saúde.
Cada dia Tiago ficava mais fraco e magro, apreciavam o tratamento, mas não a atmosfera do
local. Ellen resolveu ir embora e continuar o tratamento em casa. Mesmo com as orações o
ministro não ficava curado, mas a esposa não desistiu.
Naquele verão Ellen continuou seu ministério público. Passava os dias cuidando dele,
escrevendoe visitandomembrosda igreja e no final de semana saia com os filhos e o marido
para reuniões nas igrejas de Battle Creek.
Numaquintaprepararam a carruagem para uma viagem, mas a noite um cavalo que ficava no
estábulo se soltou e estragou tudo, ela disse ao filho quem havia feito aquele estrago era o
inimigoSatanás. AdiaramareuniãoemWindsor.Elaia convencendoTiagoafalarnas reuniões
e a trabalhar como forma de se exercitar.
Em fins de janeiro, Sr. Maynard convidou o casal para sua casa campestre em Greenville e
realizar reuniões para a vizinhança. Assim, Tiago foi trabalhando, ajudando as pessoas,
pregando e se recuperando. Ali moraram numa cabana de 3 cômodos, enquanto esperavam
que sua casa fosse construída.
Ellenpediuque osvizinhosse recusassemaajuda-loquandopedisse,paraque ele trabalhasse
como formade atividade física. Assim venceu a batalha com ajuda de Deus, Ellen o trouxe de
volta. Durante os 14 anos seguintes, realizou parte importante do trabalho em sua vida,
estabeleceuocolégioe hospital de Battle Creek,comoaeditoraconhecidacomoPacific Press,
além de organizar igrejas e associações pelo território dos Estados Unidos.
Capítulo 21 Milagre em uma Reunião Campal
Atrás da casa do agricultorRootos moradoresconstruíramum espaçopara a primeiraReunião
Campal adventistadosétimo dia. O auditório foi construído para 2000 pessoas e os visitantes
fizeramsuasbarracas com tecidode algodão,jáque era uma experiênciae não queriam que o
povo gastasse. Tudo era muito rústico, mas estavam alegres por estar ali.
A reuniãode aberturacomeçouàs 5 horas da tarde de sexta.A Sra. White falae pede para que
as pessoasesquecessemporumtempodas suaslavouras,colheitas, manadas...esvaziassem a
mente para criar espaço para as bênçãos de Deus.
Depois foram para suas barracas, jantaram e se recolheram para dormir. As reuniões do
sábadoe domingotiveramboaparticipação.Durante os 5 primeiros dias o jovem John Corliss
vendeu 500 dólares de literatura e nos outros anos ele se tornou um grande pregador e
missionário em terras estrangeiras.
Todosos dias,o pastor White reuniaascrianças e contava histórias.No último dia deu a todas
um livrointituladoPequenoWill,que contavaahistóriadofilhoque pediu em oração um trnó
todo pintado de vermelho.
O pastor também fez surpresa no auditório jogando folhetos no auditório e dizendo que
“chegaria o tempo em que esses folhetos seriam espalhados como folhas de outono”.
Duas outras reuniões campais foram realizadas naquela estação e 7 no ano seguinte. Esses
programas se tornaram regulares. Com frequência o casal passava o verão todo viajando de
uma campal para outra. Os agricultores passavam de 10 dias a 2 semanas longe de casa.
Numareuniãonevoue Ellenfoi de barraca embarraca conversandocom as mães e falando do
inverno cristão, para desfrutar do verão celestial nas mansões lá do alto.
Com base nos relatos de White e diários de Ellen publicados na revista Review, durante 12
anos um deles ou ambos frequentaram 106 reuniões campais. Mesmo com enfermidades e
dificuldades eles iam.
Cinco meses depois de estabelecido o colégio Healdsburg, na Califórnia, foi realizada uma
campal.A Sra. White moravaem Healdsburg, estava doente com calafrios e febre da malária,
pediuque levassemelaparao Hospital de Santa Helena, levaram-na de cadeira de rodas num
vagão de bagagens e depois de carruagem até o hospital. Ficou vários dias em tratamento,
mas não melhorava e suplicou que a levassem de volta para casa. Voltou 56 km sobre as
colinas até Healdsburg.
Pediu para levarem-na à Campal, queria dizer algumas coisas ao povo, entre elas pedir que
todos colaborassem para a construção de uma casa destinada aos alunos do colégio.
Prepararamo local na Campal para que elapudesse falar,ajudaram-na a subir ao púlpito , seu
filho de um lado e a enfermeira de outro, começou a falar com a voz fraca dizendo que esta
poderia ser a última reunião em que ouviriam sua voz, seu rosto tinha uma palidez mortal.
Depoisde algumasfrases houve uma mudança dramática, a cor do seu rosto voltou a ter uma
cor natural, sua voz soou de modo claro e a congregação via um milagre acontecendo. Falou
com poder em 5 oportunidades naquela campal.
Capítulo 22 Os doze que não podiam esperar
O casal White e JohnAndrewsviajavamnovagãode bagagens e agradeciam por estarem bem
de saúde após começarem a ter um viver mais saudável. Foram para à casa de Cyrus
Farnsworth, perto da vila de Washington. A Sra. Farnsworth era filha de Rachel Preston, a
senhora batista do sétimo dia que havia levado a mensagem do sábado aos adventistas em
1844. Durante o jantar conversaramlembrandosobre ahistóriadosprimeirosadventistas,dos
folhetos que receberam e foram passando adiante e estes foram também guardando a
sábado.Ficariamnaquele local por5 dias.A senhoraagradeceu,pois eles estavam precisando
reforma das famílias daquele local.
Algunsmembrosestavamfracosnafé, outros se tornaram mundanos e os filhos não estavam
convertidos. No sábado pela manhã, o pastor White pregou, a tarde foi Ellen e as noites o
pastor Andrews.Durante amensagemEllenlembroudavisãoque teve e começou a falar para
cada pessoa a mensagem que Deus queria que ouvissem e assim todos ficaram mais
fortalecidos. Quandoelaterminouvárioscomeçaramase confessare prometerque mudariam
suas vidas.
Na quarta eradia de Natal , foi feitoumapelopara crianças e jovens. Desse grupo, 13 pessoas
ficaram em pé, dizendo que seguiriam a Jesus, foi o Natal mais feliz para os adventistas de
Washington, New Hampshire. As crianças ficaram tão felizes que até esqueceram a troca de
presentes.
À tarde,Orville Farnsworthlevoupresentesaosprimose conversoucomFredsobre a reunião,
ele não pode estar presente, pois precisava cuidar dos irmãos. Ele orou com o primo que
tambémse entregou.Ocasal e Andrewsforamemborae deixaram uma igreja reavivada e um
grupode jovensmissionários.Osque se tornaramcristãosforam atrás de seus amigos. Dentro
de pouco tempo, 18 rapazes e moças pediram batismo. Os pais pediram que aguardassem o
degelo do lago, na primavera, seria bom. Mas 12 jovens não quiseram esperar, desceram até
um local a uns 90 metros da casa de Cyrus, cortaram blocos de gelo de 60 centímetros de
espessura,abrindoumtanque,osjovensforambatizados,enroladosemroupõese cobertores
e corriam para uma casa, colina acima. Os outros 6 esperaram a primavera.
Três daqueles jovens se tornaram presidentes de associação, 3 se tornaram ministros e
missionários no exterior e 3 das moças se tornaram instrutoras bíblicas. O jovem Eugene,
proclamou a mensagem nas grandes cidades da América do Norte e na Austrália durante 50
anos.A irmã Loretta,foi a primeirainstrutorabíblica,seuesposo A.T. Robinson foi capelão no
hospital Melrose.
Capítulo 23 A surpresa de Ellen
Em junho,umjovemchamadoErzbergerdesembarcouna estação ferroviária de Battle Creek,
procurava porJohn Andrews,ofuncionáriodaestaçãodisse paraele perguntarpelo escritório
da ReviewandHeraldque ele encontraria John. Chegando lá, todos o receberam muito bem,
mas eles não conseguiam se comunicar, pois era francês e ninguém falava este idioma.
Com o tempo as pessoas foram lhe ensinando o inglês e depois de 4 semanas já conseguia
fazer palestra. Contou como seu povo aprendeu sobre o sábado e souberam deles. trazia
saudações de aproximadamente 50 novos observadores do sábado na Suíça. Um ministro
polônes, ex-sacerdote católico, participou de uma organização protestante na América do
Norte e retornou para a Europa com esta nova realidade, o novo evangelho que havia
aprendido.
Nove semanas mais tarde foi com White e John para uma reunião campal em Clyde, Ohio,
onde falou para o auditório, as pessoas foram tocadas e arrecadou 76 dólares para seus
compatriotas. Essa foi a primeira oferta para as missões recolhida entre os adventistas do
sétimo dia.
Ellen estava muito doente para ir à reunião de Clyde, mas decidiu ir à de Owosso, Estado de
Michigan.Elesoravampelasua saúde e pelosguardadores do sábado na Suíça. Os médicos do
Hospital de Battle Creek,sabendoque elaestavamuitodoente enviaramorecado que ela não
deveria ir, para ter certeza enviaram a Dra. Mary Chamberlain. A médica fez de tudo para
aliviar a dor ciática que ela tinha.
Elesviajarampara a reunião,Ellenmandouque todos fossem inclusive a doutora. depois que
partiram, elamandouque Willie arrumasse acarruageme partiram para se encontrarcom eles
em Ionia para irem até Ossowo.
Eles partiram e onde planejavam descansar as pessoas também haviam ido para a reunião,
continuarama viagemcansados,commuitocalor até a estação,onde colocaram Ellen no trem
e Willie teve que ir de carruagem.
Horas mais tarde, a Sra. White estava deitada num colchonete na tenda da família, feliz, mas
sofrendo. Ela sentia que deveria ter ido até lá. No dia seguinte, o esposo e o filho ajudaram
Ellena iraté o púlpito,enquantose dirigiaaté opúlpitojáse sentiamelhor.Trêsvezesdurante
aquela campal Ellen falou ao auditório, depois ela quis continuar sua viagem com o esposo.
Convidou a doutora a acompanha-los.
Capítulo 24 “Onde está o outro homem?”
O dia 4 de janeiro de 1875 foi a data para a dedicação do Colégio de Battle Creek, primeiro
colégio adventista no mundo. Alguns ministros tinham dúvidas de que era importante este
colégio, achavam que já tinham gastos com os ministros e Jesus estaria voltando logo.
Uma epidemia de gripe assolava a cidade. Ellen cuidava de toda família e agora ela estava
doente. Ela precisava assistir a reunião daquela noite, mas estava muito doente, então os
pastoresoraram por ela.Coma voz fraquinhaelaorou,masde repente deu um sonoro brado:
“Glóriaa Deus!”estavatendouma visão.Ela não quis contar a visão naquele momento, subiu
para o quarto e o esposofoi para uma reunião. Ao entardecer Tiago voltou para casa, falando
com a esposaeladisse que nãotinhamaissintomasde gripe.Ele perguntou se queria ir a uma
reunião com ele e Ellen aceitou.
No programa daquela noite, Ellen apresentou a visão. os homens que haviam questionado a
construção do colégio se surpreenderam com a mensagem de que grupos de pessoas
estudavamaBíblia emdiferentes partes do globo. Foi mostrado que breve viria o tempo que
mandariam missionários para terras estrangeiras. Ela não lembrava o nome dos países,
somente da Austrália.
Dez anos mais tarde conseguiram enviar missionários para a Austrália.
Três meses depois o casal White viajou para a Suíça com Willie, a esposa e a filha Ella, com 3
anos e meiode idade e algunsauxiliares.Lá,naBasileiaEllenreconheceu o lugar de sua visão.
Mesesmaistarde,elae Willie visitaramChristiania(hoje Oslo),Noruega.Tambémreconheceu
o lugar de sua visão.
Seis anos depois, na editora em North Fitzroy, Austrália, ela também reconhece o lugar,
apresentado 17 anos antes em sua visão.
Capítulo 25 O sinal secreto
Tiago White morreuemagostode 1881. Vinte e umanos anteshaviamperdidoHerbert,com3
mesesde idade.Trêsanosdepois,Henry,com16 anos, o doce cantor da família.Tentaramnão
olhar para as tragédias, mas ter esperança do retorno de Jesus. Agora com a morte de Tiago,
inesperadamente,Ellense sentiutriste,comsentimentos quase insuportáveis, mas sabia que
não era cristão entregar-se à tristeza.
Quatro anosmaistarde embarcoucom seufilhoWilliame algunsmissionários, para Austrália.
Durante a viagem no Oceano Pacífico, numa noite teve uma visão, recebeu uma mensagem
especial paraN.D. Faulkhead,tesoureirodaEchoPublishingCompany,editoraemMelbourne.
Um homem de negócios. Amado por sua família e respeitado por todos os que trabalhavam
com ele. Era membro de várias lojas maçônicas e ocupava cargos importantes nessa
sociedade secreta. À medidaque passava o tempo dava mais atenção às lojas e menos à obra
de Deus. Seus amigos pediam que ele se retirasse destas sociedades lembrando que não
poderia servir a dois senhores, mas recusava porque tinha em alta consideração as lojas
maçônicas.
Poucosdiasdepoisde chegar à Austrália, a Sra. White viu uma revelação sobre os perigos em
que se encontrava o Sr. Faulkhead. Escreveu carta longa com instruções que havia recebido,
mas quandoiacolocar no correiouma vozdizendo“Aindanão!” Quase um ano se passou. Um
dia,um amigoperguntouaohomemo que fariase a irmãoWhite tivesse umtestemunho para
ele. Ele disse que deveria ser um testemunho muito forte. Ele respeitava a senhora. Certa
noite ele sonhou que a Ellen tinha uma mensagem para ele.
Alguns dias mais tarde, após uma reunião administrativa , o pastor White disse ao senhor
Faulkhead que suamãe precisavafalarcom ele,se dirigiuaté o escritório e perguntou a ela se
queria conversar com ele. os dois então estavam conversando, ela pegou a carta que tinha
escritoumano antes.Durante a leituraele reconheceucoisasque falara,fazia,expressões das
lojas maçônicas, dava somas altas de dinheiro para a sociedade e moedas na igreja. Ellen
advertiu do perigo que corria. Ela afirmou que a menos que ele se desligasse com essas
sociedades perderia a vida eterna.
A senhoraWhite duasvezesfezumgestocoma mãoque apenas6 pessoasconheciame assim
ele teve a certeza do que ela falava, decidiu largar tudo e ser fiel a Deus.
Capítulo 26 Quem fez o sulco?
Algunsmesesdepoisde chegaremàAustráliaaSra. White disse que precisavamconstruir uma
escola. Mas eles não tinham dinheiro, apenas 500 adventistas australianos. Um grupo foi
organizado para procurar o terreno, mas era muito caro. Foram supervisionar um terreno e
Ellencontou sobre umsonho(visãonoturna).Oanjolhe mostrou um lugar que tinha um sulco
pequeno,doishomenshaviamditoque a terra não era boa, mas Deus havia escolhido o lugar
e o lugarproduziriafrutas e vegetais. O anjo acrescentou: O Senhor é capaz de estender uma
mesa no deserto.
Depois de viajar por duas horas e meia, desembarcaram na estação , entraram em barcos a
remo. Quando os barcos atracaram às margens da propriedade, subiram o barranco e
entraram na floresta. Depois de um tempo ela foi andar com o casal Starr e encontraram o
local do sonho,aconteceuexatamente oque ela havia visto no sonho. À noite se reuniram na
cabana para discutir,tinhamcertezaque deveriamouviravozdo anjo, mas faltava o dinheiro.
A propriedade foi chamada de Avondale por causa dos muitos cursos de água cristalina que a
cortavam. pegaram 4.500 emprestado, mas como pagariam este empréstimo.
A Sra. Wessels, da África do Sul, sua filha Anna e o esposo da filha visitaram a propriedade e
Anna doou 5 mil dólares. Pagaram e com o resto começaram as construções. Foram
construindoe usandolugaresdiferentesparainiciarasaulas.os alunosestudavame ajudavam
na construção. 5 de outubro de 1896, 35 pessoas se reuniram para observar a Sra. White
assentar a pedra fundamental. A terra produziu muito, como o anjo havia predito. As aulas
começaram em 28 de abril de 1897, com quatro professores e 10 alunos.
cerca de um ano depois do início das aulas, a Austrália sofreu uma terrível seca, mas que não
atingiu a propriedade do colégio. Um jornal de Sydney, comentou a triste situação do país e
mencionouque aúnicaexceçãoeraa propriedade daEscolaAvondale,comparando-acom um
oásis no deserto.
Capítulo 27 A enfermeira de Battle Creek
Ella e sua família moravam numa casa alugada em Cooranbong, e foram roubados dentro de
casa, algumaspessoastinhameste hábito de entrar na casa dos outros e roubar. Um dia Ellen
disse que não eram para falar nada sobre uma sobremesa que alguém havia roubado. Ela
começoua ir na vizinhançaparaque a conhecesseme suafamília,faloudaescolaque estavam
construindo e que seus filhos poderiam estudar. As pessoas descobriram que existia uma
enfermeira na família, a Srta. Sara McEnterfer, do famoso hospital de Battle Creek e como o
hospital era distante começaram a pedir ajuda dela.
A enfermeira começou a ajudar os vizinhos e Ellen achava que era uma boa forma de
testemunhar.Cuidou,juntocomaSra. Rodd,tambémenfermeira, durante dois anos de umas
240 pessoas e não cobrava nada. Viajavam quilômetros a cavalo pelas casas espalhadas pelo
vilarejo e no meio da floresta. Apenas uma pessoa não sobreviveu. Um rapaz, estava muito
doente, ela conseguiu baixar a febre. Mas depois de sair da casa chegou outro médico, disse
que tudo estava bem, um membro da família perguntou se podiam dar um pouco de bebida
alcoólica,omédicopermitiuumpouco,masa famíliafoi dandodrinquesaté que veioafalecer
por coma alcoólico.
Ellen viu a necessidade de terem um local próprio para que os doentes fossem tratados de
modo inteligente. escreveu para amigos falando da necessidade de um pequeno hospital
ligado à escola de Avondale, assim os alunos poderiam obter prática.
A escola cedeu um terreno que ficava a 10 minutos de caminhada do prédio escolar e
começarama construção,os alunos e famílias ajudavam, cartas vinham com ajuda financeira.
Dentro de poucas semanas tinham um hospital com 25 leitos, nem havia ficado totalmente
pronto e já estavam recebendo pacientes. É improvável que alguém tenha ficado sem
atendimento por questões financeiras, pois os preços eram moderados.
Capítulo 28 Testemunho para uma garota
Não foi Ellenque fez esta grande obra, Deus operou por intermédio de um ser frágil, usou os
lábios, a voz e a pena para falar em nome dele.
Numa reunião Campal em Groveland, perto de Boston, ela falou para 20.000 pessoas, todos
ouviram e sem uso do microfone, pois ainda não existia.
Pouco tempo depois dela começar a relatar suas visões, foi-lhe dito para escrever, mas ela
respondeuque nãoconseguia,depoisde váriastentativas, desistiu. No entanto numa noite o
anjodo Senhorse colocou ao lado da cama dela e repetiu: “Você deve escrever as instruções
que lhe dou” e ela dizia que não conseguia, a ordem foi dada novamente; “Escreva!”
Pegandoumsuporte para escrever,colocousobre ocolo,tomoua penae começou.Descobriu
que podia escrever com facilidade. A mão, que havia estado tão fraca e trêmula, traçava
palavras claras e legíveis. O Senhor havia operado um milagre.
Ninguémsabe quantaspáginasEllenWhiteescreveu.Nodepósito,noescritório da Associação
Geral em Washington, DC, há 60 mil páginas datilografadas, copiadas de seus manuscritos ou
de relatórios taquigrafados de sermões e entrevistas. Ela escrevia quando se encontrava
sozinha em seu quarto, durante as primeiras horas da manhã. À noite vinha uma anjo com
uma mensagem para o povo de Deus, para fortalecer sua fé na Bíblia e ajuda-lo a entender e
seguir mais perfeitamente os seus ensinos.
Muitas vezes, ao descer para o desjejum tinha 12-16 páginas grandes, as quais havia escrito
enquanto os demais dormiam.
Numanoite Ellaajoelhou-se ao lado de sua cama e orou porque percebia que estava vivendo
longe de Deus desde que se batizara a 3 anos, estava ficando distante, não desfrutando as
bênçãos de Deus. Mas sentia que sua oração não passava do teto.
No dia seguinte, a carruagem da vovó parou na frente de casa, ela cumprimentou a todos e
disse que precisavaconversarcoma família,todosse sentaram e Ella e Mabel com os gêmeos
no colo, a vó Ellen pediu que alguém cuidasse dos bebês, pois precisava que as meninas
estivessem atentas ao que falaria.
Ela leuuma carta que havia escrito naquela noite a partir das 23 horas quando não conseguiu
mais dormir. Tinha sido instruída por Deus. Havia muitas pessoas naquela casa, barulhos e
confusão,esquecimentode deusnosdeveresdiários.Deveriahavermaistempopara o estudo
da Bíblia. Eles moravam com uns pensionistas na casa que ainda não era deles e era muito
velha. Ela deu ordens aos pais para que organizassem melhor a casa e às filhas sobre os
deveresdomésticos,deveriamdarmaisatençãoas tarefasda casa e Deus do que aos estudos,
naquele momento.
Ella entendeu que parte da carta era para ela. Pediu também que não desanimassem. Vovó
terminoualeitura,deixouomanuscritocoma mãe, se colocou em pé e foi embora. Ella subiu
para seuquarto,chorou, poisestavaamarguradae ressentida,queriacuidarmaisdosestudos,
não queria trabalhar tanto, mas lembrou do pedido que tinha feito a Deus sobre ajuda-la,
naquele mesmolocal nanoite anterior.Estaeraa resposta,deusouviuseuclamore estavalhe
respondendo.
Lágrimasde arrependimentotomaramolugardas lágrimas rebeldes. Orou novamente a Deus
agradecendo que não tinha lhe abandonado.
Desceu as escadas e foi conversar com os pais e Mabel. O pai conversou com ela sobre as
dificuldadesque elahaviaenfrentadonestesúltimostempos, mas lembrou que faltava pouco
para irem para sua nova casa, com menos pessoas, menos trabalhos e com mobílias novas,
onde eles ficariam mais tempo juntos. As meninas ficaram lembrando tarefas da casa que
diminuiriam, teria Joe para dividir as tarefas.
Ellalembroudapanelaque haviadeixadode molhonofogão, foi até lá e começou a organizar
aquiloque tinhadeixadoparadepois,lembrandoque Deusnosdiz“Foste fiel no pouco, sobre
o muitote colocarei”e daquele diaemdiante prometeu realizar as tarefas cuidadosamente e
fielmente, como se pudesse olhar para cima e ver Jesus observando tudo o que fazia.

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  • 1. Capítulo 1 A vida na casa da vovó Vovó gostava de contar histórias para suas netas. Ella queria pentear os cabelos da avó enquantoelacontavahistórias,masMabel,a irmã mais nova pegou a escova antes. Enquanto a vovó tricotava meias grossas para os funcionários da editora Basileia, que moravam nos apartamentos da editora na Suíça. Elas riram quando Mabel perguntou se era onde tinha nascido, a avó afirmou e Mabel comentouque a irmãElla diziaque elaeraadotada,que o médicohavia lhe trazido na maleta. O pai delasentrounoaposentopra conversarcom a avó e elasnão poderiamouviraconversa. Ella lembrou quando a muitos anos no passado sua mãe pediu pra trazer um pedaço de pão torrado pra irmãzinha.Saiudacama e andoupelocorredorescuroe percebeuque a avó ainda estava acordada pela luz que via embaixo da porta, ocupada com seus escritos. Lá pelas 2 e 4 horas da manhã, era esta hora que começava a trabalhar. Lembrou-se de uma vez que a vovó pregou no salão em Basileia, um homem traduzia para o francês, outro repetia em alemão. A mãe anotava todo sermão em taquigrafia e os escrevia com uma pena,porque nãohaviamáquinasde escrever.Selecionavaostextos para folhetos e com o tradutor passava para o francês, quando tinha pouca gente para ajudar ia para sala de composição tipográfica e fazia o trabalho sozinha. Pela mãe ser ocupada, tia Sara McEnterfer, secretária e companheira de viagem da avó , tomavaconta de Mabel. Ella ficou muitas vezes ao cuidado da cozinheira, uma senhora terna chamada Cristhina Dahl, quando tinha 5 anos. Ella se divertia ao observar a cozinheira se concentrar em sua tarefa, sai silenciosamente e ia bater no quarto da avó. Enquantoa avó estavaescrevendoelaficavaemsilêncioquandoestalargavaa pena sabia que poderiam conversar e a avó ficava contando várias histórias. Ensinava a cortar figuras de revistas. Quandoaavó percebiaque elaestava cansada pedia para menina entregar uma bala de hortelã ou uma maçã a cozinheira e a guardasse em cima da prateleira até a hora da refeição,jáque ninguémcomianadaentre asrefeiçõese depois disso as vezes saiam para dar algumas caminhadas. Num de seus castigos por ter espalhado pedras sobre o piso de ladrilhos durante uma comissão.VovóvendoaslágrimascolocouEllanoseucolo e lhe explicouque arepreensãoera para ajudar a recordar que nunca mais deveria fazer barulho durante uma reunião. Eles ficaram dois anos na Suíça, a mãe trabalhava longas horas no escritório e contraiu tuberculose. Quando a avó voltou para a América do Norte a família voltou com ela e foram morar em Boulder, no Colorado, esperando que a mãe melhorasse com o ar fresco e a luz solar.Ela acabou falecendoe foi enterrada ao lado do avô Tiago White, no cemitério Oak Hill, em Battle Creek, Michigan. Quando o pai William C. White viajou com a sua mãe Ellen para a Austrália ele comprou uma casinha na periferia da cidade e providenciaram que a senhorita Mary Mortensen cuidasse das duas irmãs órfãs. Elas não poderiam ir junto porque viajariam muito e não teriam casa ou escola. Em Battle Creek, Mabel iria ao jardim de infância com os órfãosque o Dr. Kellogcuidavae Ellaestudarianaprimeirae únicaescolaadventistadosétimo dia em todo o mundo. Passaram-se 4 anos e chega uma carta da Austrália escrita pelo pai falando que havia encontrado uma jovem para formar um novo lar. O pastor E. R. Palmer iria para a Austrália para organizar a obra de colportagem e as filhas deveriam viajar junto. Ficaram tristes em deixar Mary.
  • 2. Em seu novo lar o pai, May Lacey, nova mãe, a secretária e a avó estavam viajando visitando igrejas em Vitória e Tasmânia, mas tinha algumas pessoas esperando por elas, algumas pessoasque passavamdificuldadesfinanceirasouporperderemempregoporcausado sábado a avó de Ella convidava para morar junto. Marian Davis era assistente literária da avó e levou as meninas para seu quarto. Mostrou páginasdatilografadas espalhadas pelo chão do livro sobre a vida de Cristo. Com os capítulos tinha mais material que poderia ser colocado em um livro, havia então conteúdo suficiente para três volumes: O desejado de todas as nações, Parábolas de Jesus e O maior discurso de cristo, além de textos que sobraram para fazer parte do livro A Ciência do Bom viver. Um ano depoisaigrejaAdventistaadquiriu uma propriedade de quase 607 hectares de mata, para uma escola australasiana. Vovó comprou um lote anexo e foi a Cooranbong para supervisionaralimpezadoterreno,pomar, jardim e casa. Nessa época ela tinha 68 anos. para arar a terra usavam os bois Bola de Neve, Morango e Novato, o mais preguiçoso. Plantaram pessegueiros,uvas,damascos,nectarinase ameixas. O pai construiu do outro lado da rua, em frente a Sunnyside (Canto Ensolarado), como se chamava a casa da avó. A avó comprou uma vaca chamada Molly e Ella ajudava a avó na ordenha todas as tardes. A avó sempre aconselhava as pessoas que maltratavam os animais, ela não suportava que ninguém fizesse mal a eles. Capítulo 2 Tarefa para uma adolescente Quatro mulheresse curvaramsobre ocorpo imóvel de Ellen, agora com 17 anos, elas estavam preocupadase se perguntavamoque estavaacontecendocomEllen. Perceberam que ela não respirava, mas tinha pulso, os olhos abertos, mas não podia ver. Ellen estava prestando atenção ao que o anjo lhe dizia e contemplava uma cena que passava diante de seus olhos como filme, estava tendo uma visão celestial. Inteiramente sobre o controle de Deus. Ellen Harmon estava no lar de uma amiga com outras 4 mulheres em uma reunião de oração. Dois meses antes, pessoas que acreditavam na segunda vinda de Cristo, os adventistas, ficaramdesapontadosporque JesusnãohaviaretornadoàTerra na data previstaporelas. Eles estudavamjuntose oravampara que Deus mostrasse o erro cometido das interpretações das profecias. O Salvador olhava com o coração quebrantado para as pessoas que estavam tão seguras de seu retorno, em outubro de 1844. Jesus enviou uma anjo para que através daquela visão explicar que Ele voltaria, mas não naquele momento e que esperassem por mais um tempo. Cenaque Ellenviu:Elaparecia estar sendo elevada cada vez mais alto. Virou-se para ver seus amigosadventistas,masnãoconseguiu.Umanjolhe disse:“Olhe novamentee umpouco mais para cima”. Ela viu o povo do advento andando por um caminho estreito, bem acima do mundo, na direção da Cidade Santa. Jesus os conduzia e aqueles que conservavam os olhos fixos nEle estavam seguros. Uma luz que brilhava no início do trajeto iluminava toda sua extensão,paraimpedirque tropeçassem.Oanjoque mostrouessascenasdisse que aquelaluz era o “clamor da meia-noite”. Uma expressão muito usada durante o verão de 1844. Extraída da parábola de Jesus sobre as dez virgens, quando elas saem ao encontro do noivo. As virgens representam a igreja expectante e o clamor era a proclamação de que Jesus está voltando. Um apelo para que as pessoas se preparassem para recebê-lo. Naquela época ao falar no clamor se referia ao despertamento.
  • 3. Em sua visãoEllenviuque algunsse cansavamdurante o caminho, diziam que a cidade estava longe demais. Então Jesus levantava o braço direito e uma luz incidia sobre o grupo. Alguns rejeitaram a luz, diziam que não era Deus que os havia conduzido até ali, para esses a luz se apagoudeixando-lhesospésnaescuridão,elestropeçaram, perderam Jesus de vista e caíram do caminhopara baixo,muitosviajantesprosseguiramna trilha celestial. Na testa de cada um estava escrito “Deus” e “Nova Jerusalém”. Elesouvirama vozde Deusanunciandoodia e a hora da vinda de Jesus e viram uma pequena nuvem negra no céu. Observaram a nuvem se aproximando da Terra, tornando-se mais brilhante e gloriosa, até parecer como fogo. Ao seu redor havia anjos cantando a mais bela música e sobre ela um arco-íris. Jesus estava sentado sobre a nuvem com muitas coroas na cabeça. Na mão direita, segurava uma foice aguda, na esquerda uma trombeta de prata. As pessoas contemplavam a cena pálidos e imaginando se estariam com as vestes sem manchas. Os anjos pararam de cantar e depois de um silêncio Jesus falou que “Aqueles que têm mãos limpas e coração puro serão capazes de estar em pé; minha graça lhes basta”. O rosto das pessoas iluminou-se, os anjos cantaram novamente enquanto a nuvem se aproximava da Terra. Quando terminou a visão Ellen contou às mulheres e elas ficaram emocionadas. Depois de uma semana o anjo apareceu novamente a Ellen e pediu que ela contasse a outros. O grupo de adventistasemPortland se reunia muitas vezes na casa dela para orar e estudar a Bíblia.O líderdo grupopediuque elarelatasse avisãona reuniãoseguinte,maselatemeuque não acreditassem nela e em vez de ir à reunião, ela foi de trenó à casa de uma amiga, a 6,5 quilômetrosde distância.LáEllenpassou o dia orando para que Deus a dispensasse de contar a visão. Mesmo orando sentia-se sozinha e temerosa, quase abandonada por Deus, porque pensava que estava deixando Deus insatisfeito com ela. perto do anoitecer ela se rendeu e prometeu que daria a mensagem. Quando chegou à reunião todos haviam ido embora, no encontro seguinte Ellen relatou a visãoe ficousurpresaao perceberque todosa escutavamcomalegria.Estavamfelizes porque agora sabiamque Jesusaindaas conduzia.Começaramareconhecero erroe concluíram que a purificação do Santuário significava que Jesus voltaria à terra. O senhor Harmon, pai de Ellen, era pobre e sustentava a família fazendo chapéus. Numa conversaEllenmanifestouavontade dopai viajar com ela para trabalhar para Deus, mas o pai precisava trabalhar e ele ofereceu Sara, sua irmã mais velha. Mas mesmo assim seria difícil para duas garotas viajar, marcar reuniões, captar a atenção de todos, as dificuldades eram grandes. Com 9 anos, Ellen havia sofrido um acidente, a cabeça havia sido machucada e o nariz quebrado, dificultando sua respiração. Por três semanas, ela permaneceu inconsciente e durante muitos anos sofreu com os efeitos do acidente. Os pulmões ficaram fracos e sentia dores ao respirar, o coração também ficou fraco, o médico da família disse que ela viveria talvez uns três meses. Diante da dificuldade que estavamvivendoagoraopai lhe abraçoue disse que se Deus a havia chamadoEle abririaas portase faloupara oraremna reuniãodaquelanoite.Enquantooravam ela se sentiu encorajada e disposta. Uns doisdiasdepoisocunhadodelaque morava emuma cidade 48 Km ao norte dali chegou e convidou Ellen para ir ver sua irmã. Ela sentiu que Deus estava abrindo o caminho. Para ela viajar no auge do inverno no norte da Nova Inglaterra seria difícil, cada respiração em meio
  • 4. àquele ar gelado causava dor nos pulmões. Agasalhou-se bem e sentada no trenó se cobriu com um pesado manto de búfalo. Ao chegar na casa da irmã Mary, Ellen já tinha uma reunião marcada num salão. Naquela épocaos adventistasnãopossuíam igrejas próprias, se reuniam em salões. Já estava lotado e quando se levantou para começar a falar sua voz era muito fraca e rouca, mal podiam ouvir. Durante 5 minutos tentou falar e não conseguiam ouvir senão palavras sussurradas. De repente a voz mudou, soava clara. Ela falou durante horas sobre sua visão. Todos ficaram emocionados, quando sentou-se sua voz ficou rouca e fraca novamente. Assim as pessoas puderam ver que era através do poder de Deus que Ellen falava. Durante a reunião um jovem chamado Hazen Foss ficou escutando do lado de fora da porta e falou para um amigo que aquela era uma visão muito parecida que ele tivera. Duas vezes receberaestavisãoe ele se recusou a conta-la. Deus então o dispensou da tarefa e daria para outro filho de Deus mais fraco. Isso o deixou assustado, reuniu o povo e quando começou a falar não conseguiu lembrar de uma só palavra. Um dia depois de Ellen falar ele a procurou e contou o que lhe havia acontecido e ele a aconselhou a não se recusar a obedecer a Deus, ser fiel ao realizar a obra e receberia a coroa que ele poderia ter tido. Numa ocasião, Deus concedeu a Ellen uma urgente mensagem para os cristãos em Portsmouth. Elas precisariam viajar de trem, mas não havia dinheiro, elas se prepararam e confiaram que Deus resolveria. Quando estavam para sair de casa a pé até a estação, viu um homemconhecidochegandoapressadamente comsuacharrete e perguntouse ali precisavam de dinheiro, ele havia sentido a impressão de que alguém ali precisava. Elas lhe contaram o que estava acontecendo. Ele lhes deu o dinheiro para irem e voltarem, levando-as até a estação. Capítulo 3 A trama que não deu certo OtisNichols, um adventista de Dorchester, Massachusetts, veio até a casa da família de Ellen para buscá-las a irem até sua cidade, pois dois homens estavam se autoproclamando pregadores e ensinando doutrinas estranhas confundindo e desanimando os crentes. Chegando até a casa do Sr. Nichols, souberam da chegada de dois homens Sr. Sargent e Sr. Robbinsparafalar de negócios,disseramque dormiriamali e o Sr. Nichols aceitou e falou que assimeles conheceriam as irmãs Harmon. De repente concluíram que precisavam voltar para Boston.O Sr. Nicholsficoudesapontado e disse que não tinha problema, poderiam conhece- las em Boston porque também iriam para lá falar no grupo no dia do culto (se referia ao domingo, pois ainda não compreendia o sábado como dia de repouso). Naquela noite Ellen teve uma pequena visão durante o culto familiar onde foi lhe mostrado que não deveria ir à Boston, mas a Randolph, cidade 16 km ao sul de Boston. O Sr. Nichols argumentoudizendoque nãopoderiamdevidoareuniãomarcada,mas Ellendisse que tudose resolveria. Enquantoissoaqueleshomensdesmarcaram a reunião de Boston e anunciaram que seria em Randolph, estavam felizes achando que tinham enganado os Nichols e as irmãs. O Sr Sargent falavaàs pessoasque o tempo de trabalho dos cristãos havia se encerrado, os ricos deveriam
  • 5. vendersuaspropriedades e dividircomospobres,espalhavamensinos fanáticos. Naquele dia ele tambémcomeçouafalar sobre suasvisõese disse que nãodeveriamdar atenção as visões de Ellenporque erado diabo.Ouviramumabatidana porta e entra a famíliaNicholse as irmãs Ellene Sara Harmon. O senhorficousurpreso,nãoconseguiumaisfalare dispensouaspessoas para o almoço e após continuariam a reunião. Almoçaram rapidamente e voltaram ao salão para ver o que aconteceria. Durante a oração inicial Ellenteve umavisão,oque desagradouaestesdois homens, eles não queriam que as pessoas presenciassem então começaram a tentar desviar a atenção das pessoas. O Sr. Robbins anunciou um hino, mas poucas pessoas cantaram. O Sr. Sargent começou a ler a Bíblia em voz alta. As pessoas começaram a pedir para eles pararem, pois queriamouvirEllen.Eles continuaram gritando e cantando até ficarem roucos. A voz de Ellen parecia estar conversando com alguém na visão. Todos viam que ela se encontrava sob o controle dopoderdivino.Notavam que elanãorespirava,mesmorepetindoaogrupoas frases proferidas em visão, suas palavras soavam como uma voz do Céu. O Sr. Thayer se colocou em pé e disse que as visões vindas de Satanás podem ser interrompidasse forcolocadauma Bíblia aberta sobre a pessoa que está tendo a visão, pediu ao Sr. Sargent que fizesse o teste, ele se recusou. Ellen estava descansando sentada numa cadeira no canto da sala. O Sr. Thayer pegou uma grande Bíblia da família e a colocou sobre o peito dela. Ellen levantou a Bíblia com uma só mão, encaminhou-se ao centro da sala, ergueu a sagrada escritura acima de sua cabeça durante uma hora, virando as páginas com outra mão, com os olhos afastados do livro, apontava com o dedo os versículos que ia repetindo. Algumaspessoassubirame elespuderam conferirse oque elafalavarealmente estavaescrito ali.Aspalavrastrouxeramesperançae puderamverque elafalavaatravésdoEspírito de Deus. Após terminar a reunião aqueles dois homens saíram sem falar nada. Durante o período da visão Ellen não respirou e não sabia nada o que havia acontecido ali. essa foi a mais longa visão, durou quase 4 horas. Capítulo 4 O jovem simpático pregador William Jordan e sua irmã convidaram Ellen para uma viagem a Orrington, ficava a 240 km na direçãonordeste.Elesprecisavamconversarcomaspessoasdevidoaalgunscrentesfanáticos. ellen não gostava de encontrar este tipo de pessoas, mas havia prometido ir onde Deus mandasse.Viajaramdurante doisdiasaochegarestavamuitocansadae não reparouno jovem ministro Tiago White ao qual foi apresentada. Na manhãseguinte,depoisde orarem, ostrêsdecidiramircomTiago White visitarumafamília que morava perto da cidade. Quando chegaram ao local viram vários trenós no pátio e souberam que havia uma reunião ali. Ellen foi convidada a falar de suas visões, quando começou a falar foi interrompida por grito de “Glória, Aleluia!” Alguns começaram a bater palmas,a pulare a gritar. Ellenparoude contar a históriae falouque aquele nãoera o jeito de cristãos agirem. que na Bíblia não mostrava os discípulos ou Cristo agindo assim. Tiago White abriua Bíbliae leuque oSenhoré umdeusde ordem, que o espírito santo fala ao coração com voz suave e terna,que como estavamse comportando os vizinhos detestariam o nome adventistae nãoiamquerernunca ouvirfalarda vindade Jesus.DepoisdissoEllenpode continuar falando. Daquela casa eles saíram para visitar outras, fizeram várias reuniões em várias cidades próximas,encontravampessoascomideiasestranhas. Um homem pregava que Jesus já havia
  • 6. retornado, ressuscitado os mortos e ascendido ao Céu com eles. Ellen explicou que quando Jesus retornasse todos veriam. Algumas pessoas acreditavam que deveriam fazer viagens a pé para obter salvação, outras jejuavamdurante váriosdiase insistiam para que os amigos também fizessem. Outras faziam aquilo que dissessem fazer sem questionar se estavam agradando a Deus ou obedecendo a Bíblia. Numa determinada casa, a reunião já estava acontecendo quando Tiago, Ellen e os amigos chegaram. Alguém lá dentro trancou a porta, mas Ellen em nome do Senhor abriu e o grupo entrou, viram uma mulher deitada ao chão, chorando e advertindo os outros para que não dessem ouvidos a Ellen. A jovem ajoelhou-se ao lado da mulher e em nome de Jesus repreendeu o espírito mau que a possuía. A mulher se ergueu em silêncio e ocupou o lugar com os outros, não causando mais problemas. Continuavam visitando os lares e apresentavam a mensagem de Deus. Numa cidade havia adventistas que haviam perturbado os vizinhos com seus barulhos, eles prestaram queixa à polícia. À entrada da cidade foram colocadas sentinelas para que nenhum pregador fosse dirigir alguma reunião, mas o trenó com mensageiros do Céu passou deslizando silenciosamente pelos guardas, Ellen lembrou da promessa de que um anjo a acompanharia. As últimas reuniões foram felizes. Haviam resolvido muito dos problemas e ajudado os fiéis seguidoresde Jesus.NaúltimareuniãoemOrrington,Ellenfoi informada em uma curta visão, que a tarefa havia sido concluída e ela deveria retornar imediatamente a Portland ou estaria correndo perigo. Na manhã seguinte, Tiago, Ellen e os irmãos Jordan remaram rio abaixo até Belfast, lá embarcaramnum navioa vaporde voltapara casa, enquantoTiago e seuamigoretornaramde barco para Orrington.Tiagoe seuamigoforampresos,açoitadose colocados na prisão. Foram libertados quando os oficiais ficaram sabendo que ambos não haviam de forma alguma sido responsáveis pelo tumulto dos quais as pessoas haviam se queixado. Tiago ficou ansioso em relação a Ellen, pois era jovem e frágil, na época ainda não tinha pensamento de ser seu legítimo protetor, pois nenhum dos dois pensava em casamento. depois de um tempo ele propôs que ela fosse sua companheira de vida. O jovem sentia que precisavamumdo outroe que poderiamrealizarmaisparao Senhorjuntosdo que separados. Ellenoroua Deus para com Deus para saber se este era seu plano, se casaram depois de ter a certeza de estarem fazendo a vontade de Deus. Capítulo 5 O capitão se convenceu Tiago White e sua jovem esposa viajaram para visitar e estudar com amigos em Topsham. No sábado, se reuniram na casa da família de Curtiss. Dentre os amigos tinha um capitão aposentado da Marinha, chamado josé Bates. esse homem não acreditava em visões modernase não sabia se era verdadeiro o que Ellen falava. Naquela época ouviam a cerca de “profeta”mórmon,José Smithe AnnLee,líderdos snakers,que alegavamterdeusenviadoum anjopara falarcom eles,sóque oque falavam era contrário aos ensinamentos das escrituras. Durante a reunião Ellen teve uma visão e José Bates a observou atentamente. Ela começou a falar que via 4 luas, observava planetas, um deles rodeado por belos e coloridos anéis ou cinturões.Ocapitãoesqueceuque nãoacreditavaemvisõese comentavaoque eladiziasobre os planetas, ele dava os nomes para os que ela falava. José Bates passou anos estudando o firmamento, ele sabia sobre o que ela falava. Ellen descreveu “os céus que se abriam”. O
  • 7. capitão deu um salto e comentou que queria que o Lorde William Rosse, grande astrônomo inglês, estivesse ali e ouvisse essa senhora falando sobre astronomia. A partir daquele momento ele nunca mais duvidou das visões da Sra. White. Em seuestudodasEscrituras, o capitãoBatesaprendeuque Jesusnãohavia mudado o sábado cristãopara o domingo,masque a mudançahaviasidofeitapeloslíderesdaigrejaanosdepois da ascensão de Cristo. Quandoparou de trabalhar no mar, vendeu seu navio por 11 mil dólares. Ele era considerado rico para aquelaépoca,mas agora estava pobre, pois havia gastado sua fortuna para espalhar a mensagem do advento. O tipógrafo, imprimiu os folhetos e esperou o pagamento. O pagamentofoi pagopor um amigoque ocultousuaidentidade. O “pastor Bates”, como alguns chamavam distribuiu e pregou dando estudos bíblicos. Ele entregou um exemplar para Tiago White. Tiago e Ellen foram estuda-lo e procuravam os textos, se ajoelharam e pediam a Deus que enviasse o espírito Santo pra guiá-los. Eles compreenderam que era verdade. Na primavera, os White se reuniam com amigos em Topsham. Ellen teve uma visão: Um anjo a transportou da Terra para a cidade santa, com Jesus,entrounotemplodocéu. No lugarsantíssimocontemplouaarca de ouro. Jesus ergueu a cobertura da arca, e viu as tábuas dos dez Mandamentos. Ficou surpresa ao ver um círculo de luz ao redor do 4º mandamento, ele brilhava mais do que os outros. Tiago e Ellen, não haviam começado a guardar o sábado porque José Bates ensinou, mas porque aprenderam a verdade mediante estudo cuidadoso da Bíblia. A visão era para confirmar a ordem divina. Algum dia, esse fato da guarda do sábado irá causar grandes perseguições e sofrimento ao povo guardador do sábado, serão acusados de motivar os problemas no mundo. Mas, Jesus estará voltando para buscar este povo leal, antes da destruição final do planeta. Capítulo 6 Tempestade no mar Certa vez, numa viagem num navio Tiago e Ellen sofreram uma tempestade. As pessoas estavamaflitas,masa senhoraWhite permaneciacalmae umasenhoraa questionou,eladisse que o refúgio dela era cristo e se o trabalho dela estivesse terminado poderia repousar em qualquer lugar, mas se não estivesse nenhum oceano poderia lhe afogar. As mulheres confessavamseuspecados,clamavampormisericórdia, apelavam à virgem Maria. Horas mais tarde,o navioa vapor atracou emsegurançae enquantoospassageirosdesembarcavam Ellen ouviu uma mulher exclamando em tom de desdém “Glória a Deus!”, a mesma que havia prometidoserviraosenhorparasempre.A Sra. White olhouparaelaseriamente e mandouela lembrar da promessa, mas a mulher se virou com um sorriso de escárnio. Em outra viagem,aSra. White falavasobre a terrível tempestadee sobre estarpreparado para sua morte ou a vindade Jesuse uma mulher começou a comentar sobre os mileritas, pessoas iludidas e que aguardavam a volta de Jesus, vestiam trajes de linho branco para a ascensão, foram para os cemitérios, telhados, montes, a fim de orar e cantar até que Jesus voltasse. A Sra. White perguntouse tinhavistoisso,elae outrasmulherescomentaram que não tinham visto, mas pessoas haviam falado que viram. Elas comentaram que as irmãs Harmon, de Portland, haviam usado e depois daquele dia haviam se tornado descrentes. Uma amiga de Ellenque estavajuntonaconversaapresentouumadasirmãs da qual elas falavam e puderam perceber que as histórias eram falsas. Durante as viagens, o casal White compravam bilhetes para viajar nos camarotes inferiores. Dormiamno chão duroou sobre caixas de carga ou sacos de cereais. Era mais barato e depois
  • 8. de cansarem-se pregando dormiam, usavam como travesseiro suas bolsas de viagem e como cobertasseusagasalhos.Nasnoitesde invernose levantavame caminhavampeloconvés para se aquecerem.Nasnoitesde verão,como calor sufocante e a fumaça de tabaco eles iam para a extremidadedonaviopararespiraremar fresco.Asviagensde navio a vapor de Boston para Portland custavam 1 dólar enquanto de trem , o preço seria 3 dólares. Economizavam o que podiam para viajar mais longe e ensinar as famílias sobre o retorno do Salvador. Numa das viagens algo engraçado ocorreu: o casal White e Bates estavam a caminho de uma conferênciabíblica.Partiramnumpequenobarco,masprecisariamse transferirparaum maior durante o caminho.Quandoo barco se aproximavapediramparaele parar,mas ele continuou. Então, o casal deram as mãos e pularam para dentro do outro. Bates foi pagar 1 dólar e quandopulou para o outro barco bateu com o pé na grade e acabou caindo na água. Pegando a carteira com uma mão e o dólar na outra e começou a nadar, perdeu o dinheiro, mas segurava a carteira, foi puxado para dentro do barco e de sua roupa escorria água suja. Na parada seguinte, os 3 desembarcaram e foram até a casa da família Harris, adventistas, para o capitão se secar. A Sra. Harris estava na cama, com dor de cabeça terrível, um mal de anos. Os visitantesorarame avisaramque o usode rapé ou tabaco empó causava o problema. Ela disse que não cheiraria mais isto e assim acabou suas dores de cabeça. Como não chegariam a tempo do culto de sábado resolveram permanecer na casa de outra família e assim passaram um sábado feliz. De um desastre acabaram fazendo duas famílias felizes. Numaoutra viagem,ocondutorse perdeue elesficaramsemdestinoseguindotrilhasdurante 64 Km antesde chegar ao destino.Estavacalor.Nãotinhamcomida,água,por duas vezesEllen desmaiou,seu esposoorouporela.Encontraramuma cabana feita de troncos, descansaram e comeram. Antes de sair, Ellen deu a eles um exemplar do livrinho Experience and Views (Experiências e visões). depois de 22 anos, em uma reunião campal em Michigan, descobriram o porquê daquela vez que se perderam. Após o encerramento do culto, uma senhora conversou com Ellen sobre aquele tempo que ela havia se perdido no meio do bosque. A família leu o livro, deu aos vizinhos e desde aquele momento, o Senhor tem enviado ministros para pregar para eles. Agora existia um grupo observando o sábado. Capítulo 7 Visões em lugares estranhos Pouco tempo depois de Ellen harmon ter recebido o chamado ela embarcou em um barco a vela com algumas amigas para visitar uma família que morava numa ilha, na baía próxima a Fairhaven, Massachusets. Uma tempestade impetuosa caiu e não conseguiam ancorar ou se livrar da tempestade, todos se apavoraram. Ellen se ajoelhou e orou para pedir proteção. Ao seuladoem pé viuum anjoque lhe apareciaváriasvezesemsuasvisões que lhe disse “É mais fácil secar-se cadagota de água dooceano do que você perecer, pois sua obra mal começou.” Ellen contou sobre esta proteção, todos se acalmaram e o Sr. Gurney conseguiu ancorar. Em meio a escuridão viram uma luz brilhando em uma das duas casas da ilha. Todos já haviam dormido, mas um dos filhos ouviu o clamor do Sr. Gurney por socorro. O pai saiu com seu barco a remo e trouxe todos a salvo. Dormiram naquela casa e no outro dia forma para a casa da família que conheciam.
  • 9. Certa ocasião, o capitão Bates viajava com o casal White e outro pastor adventista em uma charrete puxada por um potro que antes era meio selvagem. De repente, ela foi tomada por uma visãoe disse “Glória!”neste momentoocavaloparou,pendeu a cabeça e ficou imóvel. A Sra. White desceu da carruagem, colocou a mão no lombo do animal. O capitão ficou alarmado,mas Tiagodisse que elaestava em visão, que Deus estava dominando o potro, que ele não precisava se preocupar. Em condições normais o potro teria dado muitos coices. Ela teve a visão das belezas da Nova Terra, ficou andando e contando, subiu novamente na carruagem e quando sentou-se saiu da visão. O cavalo continuou o caminho. Tiago testou o cavalodurante o momentoda visãodandoalgumaschicotadasnele,mas não houve nenhuma reação. Esta história foi relatada a John Loughborough que preservou em seu livro O Grande Movimento do Segundo Advento. Willian Clarence White, pai de Ella, presenciou uma das visões de sua mãe com 16 anos, na reunião campal em Minnesota, em 1870. Depois de pronunciar algumas palavras de oração, Ellenparoude falar e fezsilênciocercade meio minuto. Depois da reunião se hospedaram na casa de um dos irmãos e lá ela escreveu durante duas semanas, registrando aquele meio minuto durante a oração. Durante tarefasrotineirasEllenteveoprivilégiode ver guardas celestiais, assim como Jacó na antiguidade.Umavez,naAustrália,foi despertadaváriasvezesdurante anoiteporumaluzque brilhava pela janela do trem no qual viajava. Cada vez que olhava para fora via o local onde apareceriam uma igreja adventista do sétimo dia. QuandoEllacursava a segundasérie naescolada igrejade Battle Creek, a professora Ella King Saunders contou que viu a luz brilhante dos anjos que acompanhavam sua avó. Era noite, no Colégio de Battle Creek, Ella e sua colega de quarto Edith Donaldson, estavam sentadas no TabernáculoDime,esperandoareuniãocomeçar. Elas estavam preocupadas com Ellen White que estava doente, elas haviam orado por cura para a senhora que consideravam como uma mãe. Viram o Sr. White ajudando sua esposa a chegar até a plataforma com muitas dificuldades. Ela segurou-se na plataforma com as duas mãos para equilibrar-se, começou a falarcom voz rouca e fraca.Foi entãoque a Sra. White se afastou do púlpito dizendo com voz distinta que Deus havia enviado seu anjo e lhe fortaleceu. Ella e Edith perceberam um anjo. DepoisdareuniãoTiagoconversoucom Edith, que morava com a família, sobre o que viram e disse para agradecer a Deus porque Ele lhe havia aberto os olhos e O tinha feito com algum propósito. Mary KelseyWhite,madrastade Ella,tambémviualuze mostroua Edith o exemplar de jornal com a manchete “Alguns adventistas iludidos acham que viram um anjo”. Tiago havia carregado a esposa nos braços, quando Edith a viu caminhando sem ajuda entendeu que a cura havia sido adiada para que todos pudessem testemunhar o milagre do poder de Deus. QuandoEllae Mabel eram pequenas recebiam a visita da Sra. Martha Amadon, ela havia sido vizinha e amiga próxima da avó. Trazia bonecas de papel e enquanto vestiam as bonecas contava as visõesque haviatestemunhado.Elatransmitiaumolharradiante quandoacabava a visão ficava desconcertada e até exclamava “Escuro! Tão escuro!” Capítulo 8 Tiago, chegamos a este ponto? A sra. HowlandperguntouaEllense nãogostariade se estabeleceremTopsham,ela tinha uns dois ou três cômodos da casa que poderia fazer de um lar para o casal, mas eles não tinham
  • 10. dinheiro para os móveis. O casal viajou e durante este tempo a senhora conversou com as amigas e conseguiram mobiliar a casa, chegando de viagem tinham a casa mobiliada. Tiago encontrou trabalho de quebrar e transportar pedras para a estrada de ferro, voltava com os dedos sangrando. passava os dias e ele não recebia e ficavam sem alimento. Depois de um tempo,conseguiutrabalhoparacortar lenha,sentiamuitasdoresestava machucado, mas não desistia, recebia 50 centavos por dia. Embora passassem dificuldades tinham um ao outro e Henry,seufilhinho.A mãe amamentava o bebê e tomava meio litro de leite por dia. Mas, ela precisava fazer roupinha para o filho, deixou de beber leite por 3 dias e economizou 9 centavos com os quais comprou o tecido para a roupa. Um dia, Tiago caminhou quase 5 Km na chuva para receber seu salário e comprar mantimentos. Tiago colocou as compras em um saco vazio de farinha, amarrando cordas e fazendocompartimentosseparandoafarinhade milho do feijão, do arroz e assim por diante. Colocou nos ombros, saiu cantando na chuva e ao chegar em casa viu que sua esposa derramava lágrimas por estarem vivendo naquela situação. Logo, Ellen pensou nos sofrimentosde Jesuse entendeuque se tivessemtudoque precisava não teriam deixado suas coisas para completar sua obra. Num dia de primavera, Tiago disse a Ellen para irem à Conferência Bíblica que o irmão Chamberlain convidou, em Connecticut. tiago pegou 10 dólares, gastou 5 com roupas e os outros 5 pagariam a passagem de trem, onde moravam a família de amigos Nichols. Elle remendou o sobretudo do marido, já com muitos remendos. Viajaram a família Nichols ajudoucom 5 dólarespara passagemrestante para a viagem. Em Boston, embarcaram em um pequeno navio a vapor e assim viajaram com muitas dificuldades. Na reunião,comlugare bancosimprovisadosninguémreclamava quando escutava Bates ou a Sra. Ellen, sobre o sábado e as visões. Juntos estudavam as escrituras Sagradas, oravam juntos. Alguns dias após a conferência, Tiago recebeu uma carta enviada de Volney, Nova York, convite paraparticiparemde outraconferência,maselesnãotinhamdinheiro para a viagem e as pessoas do local para onde iriam eram pobres. Eles oraram e ele resolveu trabalhar. Tiago e dois outros adventistas conseguiram o dinheiro ceifando um campo de mais de 40 hectares de feno. Ceifaram por 2 dólares por hectar, era um trabalho árduo. Tiago recebeu numa outra fazenda o pedaço maior para ceifar, para ele era o mais difícil, depois descobriu que outros homens fizeram piada acerca do pregador adventista. Ele riu e disse que já havia sidotrabalhadorquandomenino,numafazenda. Ele tinha muitas dores do lado e um defeito físico que não lhe deixava apoiar o peso do corpo no pé esquerdo. Tiago ficoupreocupadode comosuaesposa poderia cuidar do filhinho durante a viagem com sua tosse e e dor nospulmões.Resolveramlevá-loparaClarissa Bonfoey cuidar, pela primeira vez eles se separavam e ela deixava o filho sobre os cuidados de outra pessoa. Capítulo 9 A obra de Publicações em uma sacola de viagem No caminhoda Conferência Bíblica o pastor Bates se uniu ao grupo. Na noite, na casa de uma família adventista Ellen não estava se sentindo bem, estava cansada, orou em silêncio, pois não tinhaforçaspara falar.Osirmãos oraram porela e a ungiram. A Conferência, realizada no galpão da carruagem do Sr. Arnold, estava tumultuada, os participantes vinham de diversos lugares, igrejas e as crenças estavam misturadas com opiniões. As discussões afligiram Ellen que caiu no chão como se estivesse morrendo, todos ficaram em silêncio, os ministros se ajoelharam e oraram por ela. Após algum tempo ela se reanimou, seu rosto se iluminou e
  • 11. começoua explicartextosproblemáticos.Ocasal White ficou 2 meses visitando adventistas e participando das conferências. Voltaram para casa e ela poder rever Henry. Ela seguiu em semanas trabalhosas, pois tinha que escrever cartas e as visões enviar para as famílias, tudo isto escrito à mão. Ellen escrevia as visões e Tiago fazia as cópias. Resolveramque eramaisfácil falaràspessoasem vez de estar escrevendo cartas, começaram os preparativos para viajar novamente e agora levariam Henry. Ele iria ficar um tempo com a vovó, depois a Sra. Howland. ellendeuumamensagemaoseumarido,paraescreverumapequenarevistae enviaraopovo. Resolveu voltar a Rocky Hill e pedir dinheiro aos agricultores adventistas. Mais uma vez tiveramque deixarofilhoaoscuidadosde outrafamília,para Ellenfoi muito difícil confiar seu pequeno aos cuidados de outra pessoa, mas ela precisava. Faltava o dinheiro e como eram pobres Tiago estava de partida para Middletown, para comprar uma foice e trabalhar, mas Ellen o chamou e disse que o Senhor acabar de mostrar que não era momento dele trabalhar no campo, mas deveria escrever e publicar. deveria começar pela fé, enviar a revista e o dinheiro viria daqueles que lessem. Foi para Middlentown conversou com Charles Pelton, um impressor. Ele pediu a ele que imprimisse mil cópias de uma revista que tinha 8 páginas e pagaria assim que as pessoas enviassem dinheiro. O impressor disse que era um pedido incomum, mas que Tiago parecia honesto e confiaria. O Sr. Belden ofereceu ao casal White a grande sala sem mobília que havia sido usada para reuniãonoano anteriore lá ele começouaescreverartigospara a revista The Present Truth (A verdade presente) A Sra.White tambémtrabalhavaláescrevendocartas.Atrástinhaum fogão a lenha,onde preparavaoalimentoe aqueciaasala,havia umquartinhocom prateleirasonde guardava seus escritos. A noite ela ia até o local para ter certeza que os manuscritos não corriam perigo de pegar fogo. Lá, eles tinham seu escritório para a obra de publicações e o próprio lar, divididos por cortinas. Uma dependência srvia como escritório editorial,sala de leitura de provas e despacho de correspondência. Clarissa Bonfoey foi trabalhar como governanta, trazendo móveis para e utensílios para a casa. Quando o bebê Edson chegou ela ajudou a cuidar dele. Tiago ia até Middlentown, 12 Km levando os manuscritos para a impressãoe trazendoasfolhasde provapara seremcorrigidas.Emumamanhã de julhoele foi buscar a primeira edição da revista A Verdade Presente. Ela era pequena , as letras miúdas e não haviailustrações.Ele trouxe as folhas impressas e as colocou no chão. A família Belden e os White ajoelharam-se e pediram que Deus abençoasse aquelas mensageiras da verdade. As folhas foram dobradas, envelopadas e endereçadas. Tiago levou-as ao correio. A revista levavaalegria,muitoscomeçaramaguardar o sábado.Cartas chegavacom dinheiroparapagar a publicação. Quando o pastor foi levar o quarto número para ser impresso , já pode pagar todo o trabalho. O Sr. Pelton entregou um recibo no valor de 64,50 dólares. Este recibo está guardadocomo um tesouro,poistestemunhaque Deuscumpre Suaspromessase nuncafalha. Aonde querque o casal fosse as pessoaspediamque eles estabelecessem obra de publicação em seu lar. O trabalho de tipografia e impressão precisava ser feito na cidade, porque não tinhamequipamentopróprio.assimque osjornaisficavamprontosos amigos eram chamados para ajudar a dobrar, envelopar e endereçá-los . Em Oswego, Nova York, ficaram tempo suficiente para imprimir 6 números num lugar só. Enquantopermaneciam lá, o pastor White mandou imprimir hinos adventistas sem melodia, reunidosaolongo da jornada,emum pequenolivro com um enorme título Hinos Para o Povo Peculiar de Deus, que Guarda os Mandamentos de Deus e a Fé em Jesus.
  • 12. A Verdade Presente foi o início das publicações dos Adventistas do Sétimo Dia, as quais circundamo planeta“comotorrentesde luz”,com impressorasque publicammilhõesde livros e periódicos nos principais idiomas da Terra. Capítulo 10 Batalhando contra o inimigo Novamente naestradapor caminhos poeirentos e acidentados, precisavam percorrer 64 Km com uma carruagem. A cada 15 Km paravam para a troca de cavalos, enquanto a Sra. White descansava no saguão da hospedaria por uns 10 a 15 minutos. Em Sutton, estado de Vermont, o pastor falou ao grupo local e a Sra. White foi falar , estava pálida e cansada. Após a reunião as pessoas conversavam sobre a necessidade do casal de viajar tanto e que seria bom se eles tivessem melhores condições, como cavalo e carruagem próprias.Todosquiseram participar do presente e arrecadaram 175 dólares. Na segunda pela manhã o casal encontrou seus amigos na encruzilhada onde os proprietários de cavalos costumavamse reunirpara vendê-los.A Sra.White escolheuCharlie,umanimal malhado,pelo lustroso,ar inteligente e comportamentogentil,poisela havia sonhado na noite anterior com o anjo do Senhor lhe instruindo qual deveria escolher. dois homens atrelaram Charlie a uma carruagemcoberta e o restante da viagemfoi maisagradável.Aomeio-diaTiagodesatrelava o cavalo e o soltava para pastar, enquanto eles descansavam abaixo de uma árvore frondosa com um cobertor e comiam seu lanche. Um dia, Charlie trotandoabaixouacabeçae abocanhouumamaçã que estavano chão.Depois daquiloele diminuía o passo, escolhia uma maçã e prosseguia velozmente, mas mastigando. Em Centerport, o casal ficou hospedado na família Harris. Depois da reunião Tiago levou o pastor Rodhesparao embarque nabarcaça, a uns5 Km de distância,a Sra.White foi com eles. Quandoretornarama Sra.Harris veio encontrá-los à porta gritando que Edson, o pequeno de 1 ano de idade estava morrendo. Eles correram até sua cama, encontraram-no inconsciente, braços roxos.A Sra. White falouque a únicaesperançaera Deus,pediuparachamar os anciãos e orar imediatamente.OpastorWhite lembrouque oúnicoministro das redondezas já estava a caminho de Michigan. Sem esperar resposta entrou na carruagem e foi margeando o canal fluvial em direção à cidade. Depois de 8 Km, conseguiu alcançar o barco, trouxe o pastor de volta para casa da família Harris. Lá, no pequenoquartodopisosuperior,orarame ungiramo bebê.Imediatamente eleabriuos olhos e sorriu. Pouco tempo depois, Tiago teve cãibras muito dolorosas, a esposa esfregou até ficar sem forças. Muitas pessoas estavam morrendo de cólera na região. Então ele pediu que Ellen orasse. Sara, Clarissa e a Sra. Harris se ajoelharam ao lado da cama, enquanto a esposa colocavaas mãos sobre a cabeça dele e suplicava a Deus pela cura. A dor cedeu e a cor voltou a sua face. Naquele mesmodia, por volta da meia-noite, os White ouviram gritos que vinham do quarto de cima, subiramasescadascorrendo, Clarissa, a enfermeira que cuidava do pequeno Edson, segurava ele nos braços e ele se agarrava seu braço, soltava e golpeava o ar com as duas mãozinhas, gritando assustado, gritava “Não!” Os pais disseram que algo invisível estava o assustando.Ellentinhacertezade que eraSatanásque haviaenviadoumanjopara atormentar a criança. Ajoelharam-se e oraram, em nome de Jesus repreenderam o espírito mau. O pequenino Edson caiu no sono e não acordou mais até a manhã. No outrodiaTiago acordou fracoe trêmulo, precisava ir até Auburn buscar as folhas de prova da revista, ele sabia que Satanás estava tentando atrapalhar a obra. Quando se sentou na
  • 13. carruagem, Ellen disse que iria com ele. Percorreram 10 Km, orando e a cada km Tiago ia recobrando as forças. Partiram outra vez, como haviam emprestado a carruagem e o cavalo para um ministro itinerante foram com uma carroça puxada por 2 cavalos, de repente os cavalos se assustaram e a carroça foi jogada contra um íngreme barranco e virou de lado. Endireitaram a carroça, nenhum tinha se machucado, seguiram seu caminho. PoucotempodepoisClarissaficougravementedoente,tambémfoi curadapelaoração,muitas lutas enfrentavam. O pastor White ampliou A Verdade Presente e mudou seu nome para A Revista do Segundo Advento e Arauto do Sábado. esse foi o início da revista Review. No verão seguinte, o casal precisou ir para Saratoga, levar a obra de publicações junto, se estabeleceram no local com tudo emprestado. No dia seguinte que a revista saiu do prelo, a irmã de Ellen, Sara, casou-se com Stephen Belden, filho do amigo deles, de Rocky Hill. Em agosto foi impresso o primeiro livro de Ellen G White, uma pequena brochura intitulada Um esboço da Experiência Cristã e das Visões da Sra. E. G. White, abreviado para Experience and Views. Agora nãoprecisavammaispassarhoras escrevendoasvisõese eram importantes porque era um lembrete aopovoadventistasobre asbênçãosque tinhamexperimentadoaoparticiparem do “clamorda meia-noite”,osartigosexplicavamodesapontamentoem 1844 e a profecia mal interpretada,oSantuário no fim dos 2.300 anos, não estava na Terra, mas no Céu. A Revista e Arauto foi publicada pela primeira vez, em 1849. Capítulo 11 Um lar para a obra de Publicações Maio 1852, Rochester,NovaYork,AvenidaMount Hope número 124. Sra. Sara junto com Srta. Annie Smithdescrevem olocal onde produziamoslivrose revistas.QuandoTiago chegou para estabelecer a obra independente tinha 75 dólares e desde então Deus vinha suprindo as necessidades. O nº 2 do volume 3, da Review seria a primeira publicação impressa com o próprio equipamento. Pediam que as pessoas costurassem as páginas, porque não tinham a máquina e deixassem o material disponível para os vizinhos. O livro de Ellen Experience and Views, uma brochura de 64 páginas costuraram ali antes de enviar. Para o prelo o irmão Edson havia emprestado 600 dólares, valor da máquina. Trabalhava lá também o jovem Stephen Belden, na oficina tipográfica, tirando as folhas de prova. Passavam um rolo sobre a almofada da tinta. Espalhava tinta nos tipos com o rolo, empurraos tipossobre a prensa,colocauma folhade papel sobre ostipose cobre o papel com um pedaçode papelão.Acionaaalavanca que fazbaixaro prelo sobre o papel. Depois, aciona de novoa alavanca,liberaoprelo,ergue cuidadosamenteafolhade provae a coloca sobre um jornal para secar. Receberam a supervisão de Lumen Masten, um impressor profissional e instruirnoofíciotipográfico.Pagavam175 dólaresde aluguel ao ano pelo sobrado, que servia de auditório,larpara famíliade auxiliares. Compravamosmóveisjáusadose iam reformando. Como as batatas custavam caro nessa época do ano eles substituíam por nabo. Estavam fazendo uma horta para diminuir os gastos. Quando começaram a arar a terra Ellen viu pequenas coisas redondas e brancas na superfície do soloelafoi até lá e descobriu que eram batatas que ficaram por ali da última colheita, por serem consideradas fracas demais não foram colhidas. Ellen pega um balde e enche várias vezes carregando para casa, o jovem Lumen Masten observa-a com expressão de desagrado. Ellensente asurpresadojovempelaesposadopatrão estarfazendoaquilo e comentou que é pecado desperdiçar alimento.
  • 14. Aquele primeiro verão foi muito movimentado, toda vez que havia trabalho extra toda a famíliada Review se apresentavaparaajudar,Lumenera o únicoque recebiasalário,osoutros trabalhavam e ganhavam cama, comida e as vezes dinheiro para a roupa. O casal White precisava participar de reuniões e conferências em Vermont e outros lugares. Viagem de 2 meses seria feita com Charlie e a carruagem. Eles tinham um problema o filho Edson estava doente, não queriam leva-lo na viagem, mas não queriam deixa-lo em casa assim. Oraram e decidiramque se ele comessealgoindicaria que poderiam leva-lo, antes da viagem do casal Edson tomou uma xícara de caldo. Durante a viagem ele estava agitado, Ellen embalava-oe numacasa a dona comentouque se continuassemcomele na viagem eles iriam sepultá-lo.Masprecisaramcontinuar,Ellenficoucommedoque peloseucansaçodeixasseele cair do seucoloao dormir,entãoTiago colocouEdsonsobre um travesseiroe amarrou no colo da mãe e assim os dois puderam dormir durante a viagem. O outono chegou e durante a viagem eles paravam para descansar depois da refeição enquantoTiagopegavapapel e lápis, usando a cesta do lanche como mesa, escrevia artigos e liçõesdaEscola Sabatinapara a novapublicaçãomensal, Oinstrutorda juventude.Cadaedição precisava ter lições para 1 mês, o preço da assinatura era 25 centavos por ano, mas assim como a revista Review, o Instrutor era enviado gratuitamente para aqueles que não podiam pagar. Voltaram para casa tudo ocorria muito bem, Jenny fraser agora era cozinheira, Clarissa era como a mãe para a grande família. John Andrews escrevia folhetos e artigos, dirigia as reuniões evangelísticas. Stephen Belden administrava, fazia a contabilidade, recolhia contribuições e ajudava no trabalho tipográfico. Annie reunia relatórios e artigos que chegavam de ministros itinerantes e preparava para publicação. Os 3 adolescentes: Oswald Stowell, George Amadon e Warren Bacheller que haviam começado como aprendizes tornanram-se maiscompetentes.LumenMasteneraoprofessordaimprensa.Esses formaram a 1º equipe daeditoraREVIEWANDHERALD. Todos,excetoTiagoWhite, estavam na faixa dos 20 poucosanos, e ele tinha 32 anos. Urias Smith, entrou na obra com 21 anos e continuou por quase 50 anos, a maior parte como editor. Sua irmã Annie, poetisa e autora de hinos continuoucomelespor3 anose se afastoupor problemasde saúde, vindo a descansar 2 anos mais tarde. Durante a ausência do casal, certo dia, Lumen deixou de comparecer ao trabalho dois jovens foram à sua casa e descobriram que estava com cólera, trouxeram ele para a casa dos White. Lá oraram porele,que tinhamedodopensamentoda morte,ele não era cristão. A doença foi controlada, mas ele não se recuperou plenamente. Mesmo já tendo convivido e percebido como estas pessoas se tratavam, feito estudo bíblico ainda não havia decidido entregar-se a Deus.Agoracom o corpo torturado peladorum dosobreiroslhe perguntou se Deus o curasse ele se entregariaaDeus,ele sussurrouque sim.Osobreirosse ajoelharame oraram, depoisde 2 semanas ele já estava forte pra andar 1,5 km em pouco tempo já estava trabalhando. Capítulo 12 John muda de ideia JohnLoughborough, umjovempregadoradventistadoprimeirodia,tinha23anos, morava em Rochester,sustentavaaesposavendendo fechaduras de janela por 5 dias na semana, sábado viajavaa povoadopróximoe nodomingopregavae visitava paroquianos e voltava para casa a noite.
  • 15. Certo dia, um amigo, o Sr. Orton disse que seus membros estavam passando para o grupo de adventista que guardava o sábado, mas Orton não falou que ele também estava, falou que o amigo deveria ir até lá conversar para que mudassem de ideia. John Andrews estava pregando e mudou o sermão porque sentiu uma impressão de que deveriafalarsobre osdezMandamentos,principalmente aquestão do sábado. Ele foi falando e mostrandotextosbíblicos,enquantoisso John Loughborough foi fazendo anotações depois de ouvir o sermão ele disse que compreendeu a mensagem. Descobriu que seus amigos que persuadiram ele a ir ao local já estavam decididos a guardar o sábado também. Pouco tempo depois Loughborough conheceu o casal White. Oswal Stowell, um dos rapazes que trabalhavano preloficoudoente e foi desenganado,durante areunião ficou deitado num quarto próximo sofrendo, depois da reunião ele pediu que o casal orassem por ele. O pastor White convidou Loughborough a ir com ele ao quarto do enfermo. Os 3 se inclinaram em oração, o pastor ungiu o rapaz e quando se ergueram da súplica, o paciente sentou-se na cama. depois de 2 dias ele já estava trabalhando. A senhora White permaneceu ajoelhada tendo uma visão. John ficou impressionado com a faltade respiração dela enquanto falava e a cor natural em sua face, após meia hora respirou fundo novamente contou aos presentes sobre a visão. Contoua Loughborough que via 3 homens tentando impedi-lo de se unir aos guardadores do sábado,contouo que ele pensavaenquantose decidia, seus pensamentos mais íntimos e ele entendeu que era um poder mais do que humano. Ellen disse que Deus tinha uma tarefa especial para ele pregador. Ele foi para casa e orou, decidiu se entregar à pregação da mensage. Na segunda pela manhã a esposa lhe pediu para comprar fósforos e linha, mas ele só tinha 3 centavos.Ele pediuque ela comprasse 1 centavo de fósforo e 1 centavo de linha, tinham que economizar. John entendia que como não estava fazendo o trabalho para Deus, não estava prosperando. A esposa chorou e ele a recordou da visão e do chamado. Ela foi a cidade e quandovoltou oesposoestava feliz porque recebeu uma encomenda de fechaduras e pagou em dinheiro sua comissão foi de 26 dólares. Com isso ele poderia comprar lenha e provisões para cobrir suas necessidades. Alguns dias depois, viajaram com Charlie, John Loughborough e Hiram Edson para uma pregaçãode 6 semanasno sul do Estadode NovaYork e na Pensilvânia. esse foi o início de 70 anos emque o pastor Loughboroughviveucomoministroadventistadosétimo dia. Trabalhou durante anos com o casal White, viu Ellen em visão quase 50 vezes. Capítulo 13 O acidente de trem John Loughborough, o casal White e Merrit Cornell estavam cumprindo um itinerário de pregações pelo Estado de Michigan, onde os pastores Bates e Cornell haviam estabelecido váriosgruposde observadoresdosábado.Precisavamcumprirocompromissopontualmente e tiveram que se separar, viajavam de trem, navio a vapor ou carruagens. Artur Spalding faz um relato do que faziam nas estradas feitas com toras de madeira: para tornar firme,osconstrutorescolocavamastoras atravessadas,bempróximasumasdasoutras. Sobre elas, colocavam terra e barro dos pântanos. Era chamada de “estrada de veludo” No clima úmido boa parte da terra era carregada pela chuva, deixando valas e buracos entre as toras. As vezes uma tora fraca se desgastava, deixando um buraco maior. O povo chamava essesburacosde “Obrigado, madame”.Em umaforma alegre de enfrenta-los,porisso tinham
  • 16. que trocar a carruagem mais confortável por uma carruagem de fazenda. A carruagem sacolejava e mexia todos os ossos. Numa das conversas entre os pastores comentaram que para o próximo ano deveria ter lugares próprios para as reuniões, em vez de casas de famílias. Um deles deu a sugestão das tendasque já usavamnas campaisde 1844. Pensaramque poderiamfazerissopara o próximo ano,mas o pastor Cornell disse que se seriabomparao próximoanoerapara aquele também. Começaram a conversar e juntar o dinheiro conversaram com homens generosos que contribuíam com liberalidade. O casal White embarcounotrempara prosseguiraviagem,o vagão erade assentode encosto alto, chamado vagão-dormitório. A Sra. White ao sentar exclamou que não poderia ficar ali, passaram para o vagão de trás, o trem partiu. Mal haviam percorrido 5 km os vagões começaram a sacudir violentamente e pararam por completo, um dos vagões estava descarrilhado, ao lado do trilho. Outro estava retorcido, com alguns pedaços espalhados ao redor. Passageiros feridos estavam em meio as ferragens, gemendo e gritando por socorro. tiago pegou sua esposa e seguiram um caminho, encontraram uma casa e contaram aos moradores o que havia acontecido. O dono da casa enviou uma mensagem à cidade pedindo médicos, Tiago foi junto chegando na casa de Cyrenius Smith. Pela manhã mandou buscar Ellen. Após o desjejum voltaram ao local e souberam a causa do acidente: um enorme boi estavadeitadonalinhaférrea.Váriospassageirosficaramferidose 4 morreram.O vagãoque o casal entroupela1º vezestavaretorcido,ooutro vagão estavaseparado dos outros a cerca de 30 metros.Ninguémpôde explicaroque haviaacontecido.Nemomaterial que levavam havia sido atingido. O casal continuou sua viagem. 3 semanas após a reunião de domingo em Locke, a tenda foi armada num terreno em Battle Creek, equipada com bancos, plataforma e púlpito, pronta para ser usada pelos jovens pregadores Loughborough e Cornell. A partirde então,asigrejasde lonase tornaramcomunsno evangelismoadventista. Pregavam de 4 a 5 noites num lugar, tentavam atingir as pessoas daquele local falando das profecias acerca da 2º vindade Jesus e da reforma ao dia de repouso, distribuíam folhetos e anotavam nomes para enviar a revista e lição, depois removiam as estacas e iam para outro local. Quandovoltarampara Rochestero casal White teve outrobebê,William Clarence. Anna, irmã de Ellencuidavadobebê,mas ela contraiu tuberculose e Ellen não queria magoa-la tirando o bebê, então beliscava a criança discretamente para ele chorar e ela assim tirva a criança do colo da irmã. Capítulo 14 “Willie se afogou!” Na primavera, em Battle Creek, estavam fazendo a limpeza na casa, pois receberiam convidadosque viriamparaumareunião.A sede de obra de publicaçõeshaviase mudadopara lá. Aconteceu um acidente com Willie que caiu dentro de uma bacia com água suja, ele tinha 2 anos, jenny tirou a criança da água e saiu correndo e gritando que ele havia se afogado, Ellen chegou e sacudiu Jenny para dizer se a água era quente ou fria. Ellen pegou a criança, depois de saber que a água era fria e mandou buscar o doutor e Tiago. ellen foi até o jardim com Willie, cortou suas roupinhas e o fazia rolar pela grama, saindo água suja do nariz e boca do menino.Tiagochegoue ficoude pé observandoacena e orando silenciosamente.Ellenergueu a criança e viu que ainda não tinha sinal vital, continuou rolando e a água continuou saindo.
  • 17. Os vizinhosse juntarampesarosos.15 minutosse passarame pareciaque não tinhaesperança. Uma das senhora comentou que alguém deveria tirar a criança morta das mãos da mãe, mas Tiago disse que elasabiaoque estavafazendo.Depois de 20 minutos ela levantou o corpinho flácido e apertou a face contra a dela, beijou os lábios frios e viu um tremor na pálpebra, um leve franzirdoslábios.Achouque ele tentouretribuirseubeijo.Levaramomeninoparadentro de casa, colocaram roupas quentes e ia trocando a roupa com frequência. Ela o segurou de novo, perto do rosto e sentiu que estava respirando, apertou contra o peito e deu graças a Deus. Os preparativoscontinuaram, masEllennãodeixoumaisofilholonge dela.A conferência teve início na sexta à tarde. Os membros estavam felizes porque tinham uma igreja, simples, mas própria. Os visitantes puderam ver um prédio de 2 pisos, onde era impressa a revista, máquinasnovasque costuravam,cortavam, encadernavame cumpriammuitasoutrasfunções em um tempo bem menor do que se fizessem a mão. A assembleia ouviu relatórios de pastores que haviam levado notícias de novos grupos de observadoresdosábado. Nesta época os ministros não recebiam salário, alguns trabalhavam durante a semana e pregavam nos finais de semana, não tinham boas roupas, recebiam doações.Quando viajavam dependiam dos irmãos para dormir e comer, no final da pregação quando iam para outro local recebiam de 1 a 2 dólares para ajudar nas despesas ao longo do caminho. J. P. Kellongg, Dan Palmer, Cyrenius Smith e Henry Lion, doaram 300 dólares cada um para construira tipografia.Os membros prometeram apoiar a obra de publicações, para que Tiago não precisasse pedir dinheiro emprestado para enviar os jornais e folhetos ao povo. Obra de publicações estava se tornando autossustentável. A Review era impressa semanalmente, a assinatura anual custava 2 dólares Livros estavam sendo impressos. Os pastores que distribuíam folhetos e panfletos de graça agora poderiam vender, sempre que possível. A Review pode começar a pagar 5 dólares por semana à família de funcionários. 2 anos mais tarde, foi instalada um prensa mecânica. Capítulo 15 A primeira casa dos White A casa da família White era pequena para os pais, 3 filhos e 2 ajudantes, mais os visitantes e ministrosque sempre passavamporali.Os homens que ajudaram na construção do prédio da Review e igreja, resolveram construir uma casa maior para a família. Na casa ao lado do casal JonasLewisconstruiuumpoço e compartilhouaágua com os vizinhos.Construíramumquarto maiorpara os paisde Ellene ospais de Tiago também puderam morar ali. O vovô White tinha dificuldadesemaceitar o sábado como dia de guarda, então guardava sábado e domingo, ele era sapateiro. Depois de um tempo estudando resolveu guardar somente o sábado. Estavam felizes por ter os 4 avós por perto. Tomavam desjejum às 6h30, o culto familiar vinha imediatamente, com cânticos, leitura da Bíblia e oração. Após o culto Tiago ia para a editora e a mãe e crianças iam para o jardim, nos dias frios ou chuvosos trabalhavam dentro de casa. Depois, a senhora White dedicava 3 ou 4 horas para escrever.Asvezesiaparaa o escritórioe ajudavaseuesposocom trabalhos extras. Clarissa não estava com eles na casa nova, pois como era fraca havia falecido. Agnes Irving agora ajudava,uma moça de 17 anos,tinha4 irmãosmaisnovose seu pai era inválido, faltava dinheiro na sua casa, assim recebia dinheiro e ajudava em casa. Na casa todos tinham tarefas, gostavam de ajudar a todos. Nos sábados a tarde as famílias adventistasiamacasa dos White e assimcantavam hinos,oravamunspelosoutrose pelaobra de Deus. Ellen procurava ler histórias no sábado a tarde para os filhos e as crianças da
  • 18. vizinhança eram convidadas. Anos mais tarde, a esposa de Willie, reuniu algumas dessas histórias formandoumacoleçãoque foi publicadanumlivro intitulado Leituras Sabáticas para o Círculo Doméstico. Quando Ellen precisava viajar escrevia cartas para os filhos. Capítulo 16 O que aconteceu em um funeral Certa ocasiãoo casal viajava,encontraramumgrupo de 40 novos observadores do sábado em um vilarejoemOhio.No domingo à tarde, foi realizada uma cerimônia fúnebre de um jovem bem conhecido na comunidade, e o pastor White foi convidado Para fazer o sermão. Depois que ele falouaSra. White se levantouparadizeralgumaspalavrase teve uma visão. Sempre o esposodeixavaque aspessoasse aproximasseme vissem por si mesmas o que lhe acontecia. Tiago explicou que ela conversava com seu anjo assistente. Ela o descrevia como um jovem alto, majestoso, com um semblante e voz musical. Ela observava cenas do passado ou futuro e trazia estas mensagens para as pessoas. O caixão havia sido deixado de lado por um tempo, Durante 2 horas ela não havia tomado fôlego.Elanãoquisfalarnada naquele momentodevidoaocasiãosolene. O caixão foi levado para o sepultamento e algumas pessoas ficaram ali para saber da visão. Na terça o casal partiu para Battle Creek, conversavam sobre os filhos e as 3 semanas que ficaram longe, a esposa disse que escreveria sobre a visão. Em Michigan, pararam na casa da família Palmer, lá os homens foram até o jardim enquanto as mulheres ficaram na casa, lá Ellencomeçoua se sentirmal,oshomensoraram porelae falaramque era um grave derrame, ela escutava, mas estava muito fraca. Depois de um tempo ficou um pouco melhor e continuaramviagem,mesmoaspessoasachandoque não deveriampartir.Emcasa ainda sem forças, sem caminhar e passando mal lembrou que deveria escrever a visão, com muitas dificuldades e um lado paralisado escreveu no primeiro dia uma página. Ela sabia que era Satanás tentandoimpedir que ela escrevesse, cada dia escrevendo um pouco mais e quando terminou de escrever a visão, de ser impressa, o efeito do acidente cerebral havia desaparecido e ela desfrutava boa saúde. A visãorendeu219 páginas,que foi vendidopor 50 centavos. Relatava o início do pecado e da tristeza,primeironoCéu,depoisnoJardimdoÉden.Revelavacomoo filho de Deus havia sido oferecido para morrer em lugar dos pecadores. Mostrava as lutas dEle aqui na Terra com o grande inimigo,Satanás,que finalmente levou homens ímpios a crucificar Jesus. Descreveu o interesse dos anjos e habitantes de mundos não caídos no plano de Deus para salvar os pecadorese o espantodoUniversodiante doamorindescritível de Deusao dar o próprio filho para salvara raça de rebeldes.Contoude suaalegriaquando de Cristo se ergueu para a vida e retornou para o Céu, tendo vencido Satanás, o pecado e a morte. Descreveu as boas-vindas que Jesusrecebeuao voltar para casa de seu Pai, entre aclamações e louvores de milhões de anjosreluzentes.Estavisãocommais algumas explicações rendeu 5 grandes volumes, a série Grande Conflito (Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O desejado de todas as Nações, Atos dos Apóstolos e O Grande Conflito). Capítulo 17 Travessia perigosa sobre o gelo Quando a família Review se mudou para Battle Creek, o pai de John Andrews deixou sua fazenda rochosa no Estado do Maine e foi para o Oeste. Ele chamou os amigos para irem morar lá e recomeçarem sua vida. Não demorou a que houvesse uma verdadeira colônia de adventista em Waukon. John Andrews cansado de estudar e pregar aceitou a proposta de trabalhar no armazém do seu filho, após sua chegada convidou o amigo John Loughborough
  • 19. que estava desanimado , por anos pregava e não conseguia manter sua família, pensou que era essa oportunidade de receber mais. Trabalhava como carpinteiro. Naquela noite, na casa da família Hart, Ellen estava preocupada com os amigos queria poder viajar e encontra-los o mais rápido possível, assim mesmo em meio as dificuldades de frio, neve e riodescongelandoelesviajaramparase encontrar com estes irmãos. Passaram por um rio que estava descongelando, e ninguém queria atravessar porque era muito perigoso. Chegandonacasa dosamigoselaconversoucom John Loughborough, e comparou-o a Elias, o amigo sentiu o chamado de Deus. Na vésperadoNatal,todas as famílias adventistas em Waukon se reuniram na casa da família Andrews. Durante uma semana, as reuniões se realizaram todas as noites. Assim através das pregações eles foram percebendo que eram mornos, haviam ensinado a verdade por anos e elesmesmose esqueciamagorade partilhar da fé com os vizinhos. Resolveram voltar as suas vidas, as quais Deus havia os chamado, declararam seus erros, pediram perdão a Deus. A esposa de John, também falou e disse que gostaria que o esposo continuasse seu trabalho para Deus. John Andrews permaneceu até melhorar sua saúde. Capítulo 18 O pregador era ladrão Durante o inverno de 1849 – 1850, o casal whait realizavam reuniões para os adventistas em oswgeo,estadode nova York.um jovemchamadoHiran Patche sua noivaestavaassistindoas reuniões indecisos a qual reuniões assistir. Não sabiam se deveriam se tornar membros da igreja onde o tesoureiro pregava ou do pequeno grupo dos observadores do sábado onde se reunianumacasa de família.Numadasreuniõesdosguardadoresdo sábado, enquanto Hiram estava presente, Hellen teve uma visão, ela disse a Hiran que ele deveria esperar um mês e conhecer o caráter daquelas pessoas. Dentro de duas semanas, o tesoureiro do município ficou enfermo enquanto orava em uma reunião,foi levadoparacasae colocado em uma cama. o xerife da cidade e um policial foram nomeados a assumir as funções do tesoureiro Enquanto verificava os registros, deram faltas de mil dólares. Não podiam acreditar que um homemtão fervorosopudesse se culpadode furto. Pensou que pudessemusarodinheiropara pagar algumatransação comercial ou depositada a quantia no banco. Com esse pensamento, decidiram visita-lo para ele explicar a questão. A dupla concordou em agir com cautela. Combinaram que um deles vigiariam os fundos da casa, enquantoooutro entrariapelaportada frente.o policial viu uma mulher sair pela porta dos fundos com uma maleta na mão. Ela cavou um buraco na neve e depositou o malote cobrindo-o.Oxerife conversavacomo enfermo e ele disse que não sabia nada do dinheiro. a esposa entrou no quarto e perguntou porque ele estava nervoso. o homem disse que ele achava que eleshaviampegoodinheiro.aesposadisse que deusera testemunho de eles ano haviampegoo dinheiro.opolicialentroucomomalote de dinheiroe disse que viu ela colocar o dinheiro na neve. A noticiase espalhoupela cidade, Hiran e sua noiva passaram a fazer parte dos observadores do sábado. Naquele mesmo inverno, o casal White dirigia reuniões em Camden. Ellen teve uma visão antes de se dirigir para lá sobre os adventistas do local, viu uma mulher que professavasersanta,mas erauma hipócrita.Durante umadas reuniõesEllenviuestamulhere relatouo que haviavisto,elacomaparente dignidade se levantou e disse que seu coração era limpo e Deus o conhecia. Pouco tempo depois a mulher ficou doente achou que iria morrer,
  • 20. mandou chamar Ellen e confessou que vivia em pecado, tinha deixado o marido em outra cidade com um filho, vivia com outro homem, declarava que era médica e vendia remédios que custavam 12 centavos e ela cobrava 1 dólar. Para Deus não existe grandes pecados ou pecadinhos. Certa ocasião, várias moças ligadas ao colégio Healdsburg estavam morando na casa da família White. Algumas eram alunas, outras professoras. Um dia, Ellen sentiu falta de uma redezinha de seda que usava no cabelo. Na oportunidade que estavam reunidos Ellen perguntou se alguém tinha visto. Não houve resposta.Poucotempodepois,quandoaSra.Ellenpassavana frente do quarto, quando ouviu uma voz lhe dizendo “Levante a tampa daquele baú”. Como não tinha costume de mexer nas coisas dos outros continuou seu caminho, mas a voz insistia. Voltou e encontrou sua rede de cabelo. Ellen fechou o baú e não falou nada. Um poucomais tarde, ela teve a visão da moça segurando uma rede de cabelo sobre um lampião de querosene,paraqueimá-la. Ela então chamou a moça, que não falaria nada e lhe contou o que haviaacontecido,amoça contou todaa história.Ali elase entregouinteiramente aJesuse fez dele seu companheiro constante. Capítulo 19 Os sete irmãozinhos Sisley Uma grande tendaestavaerguidaem Battle Creek para reuniões especiais. Certa noite, Ellen chamoua atençãodo maridopara uma mulherque chegavacom7 crianças.Ela falouque já os haviavistonumavisão. Um dos ministrosfalouque deveriamchama-lospara se apresentar ao povo. A Sra. White se aproximou da Sra. Sisley e seus filhos: John, William, Richard, Nellie, Josephine, Maude e Martha. A mãe era viúva, trouxeram os filhos da Inglaterra onde aprenderamsobre osábadoa pedidodoesposo,antesde falecer,paramorar emBattle creek, onde poderiamestudarjuntoaosadventistas.Elacontinuou falando que em visão Deus havia lhe mostrado que todas as crianças se tornariam obreiros em sua causa. E isto aconteceu:Johnviroupastor,Nellie enfermeira e casou-se com o evangelista George B. Starr e ajudaram em missões urbanas, Josephine era professora numa escola adventista na Austrália, Maude foi primeira missionária na África, Richard missionário de sustento próprio em Java, William, Martha e seu marido trabalharam até o final da vida como funcionários no escritório da editora. Nellie estava presente numa reunião quando o casal falava e Ellen teve uma visão. Alguns acharam que ela havia desmaiado por causa do calor, mas Tiago explicou que estava tendo uma visão. Então chamou a todos para perceber os sinais de uma legítima profetisa: sem respiração,olhosabertossempiscar,olhavadistante,mesmofalando não respirava, ninguém conseguiria machuca-la, pois Deus a protegia. Quando saiu da visão o esposo perguntou se queriacontar a visãoe eles ficaram ali ouvindo: viu o povo de Deus salvo, no lar celestial, fez uma descriçãoda belezae felicidadedaNova Terra. A parte da visão que a deixou perturbada era a do juízofinal e destruiçãodosímpios.A maior angústiaeraver,entre os perdidos,alguns membros da igreja que havia desistido, se afastaram e se perderam. Capítulo 20 Ellen o trouxe de volta O casal se sentiacansadocom tantas atividades,viagens,pregações,nãocomiambemdurante as viagens.Numavoltaparacasa Tiagocontinuoutrabalhandosemdescansare teve um grave derrame.Osmédicosnãoconseguiamajuda-loe disseramque não tinham o que fazer, deram remédios,masEllennãoqueriaque ele continuasse com estas drogas e resolveu leva-lo a um hospital em Dansville, Nova York, que fazia tratamentos hidroterápicos e remédios naturais. Ela chamou o pastor John Loughborough para a viagem, como John também não estava bem de saúde resolveu aproveitar o hospital.
  • 21. Lá, os médicos disseram que os dois deveriam deixar de ser pastores e ir praticar esportes, eles eram religiosos demais. Um dia, os músicos que faziam bailes no hospital passaram o chapéu para receber dinheiro, Ellen disse que não poderia dar porque não deveria usar o dinheiro para este fim, explicou que com a dança os pacientes ficavam mais doentes e abatidos. Mas era a Religião que deveria dar alegria e saúde. Cada dia Tiago ficava mais fraco e magro, apreciavam o tratamento, mas não a atmosfera do local. Ellen resolveu ir embora e continuar o tratamento em casa. Mesmo com as orações o ministro não ficava curado, mas a esposa não desistiu. Naquele verão Ellen continuou seu ministério público. Passava os dias cuidando dele, escrevendoe visitandomembrosda igreja e no final de semana saia com os filhos e o marido para reuniões nas igrejas de Battle Creek. Numaquintaprepararam a carruagem para uma viagem, mas a noite um cavalo que ficava no estábulo se soltou e estragou tudo, ela disse ao filho quem havia feito aquele estrago era o inimigoSatanás. AdiaramareuniãoemWindsor.Elaia convencendoTiagoafalarnas reuniões e a trabalhar como forma de se exercitar. Em fins de janeiro, Sr. Maynard convidou o casal para sua casa campestre em Greenville e realizar reuniões para a vizinhança. Assim, Tiago foi trabalhando, ajudando as pessoas, pregando e se recuperando. Ali moraram numa cabana de 3 cômodos, enquanto esperavam que sua casa fosse construída. Ellenpediuque osvizinhosse recusassemaajuda-loquandopedisse,paraque ele trabalhasse como formade atividade física. Assim venceu a batalha com ajuda de Deus, Ellen o trouxe de volta. Durante os 14 anos seguintes, realizou parte importante do trabalho em sua vida, estabeleceuocolégioe hospital de Battle Creek,comoaeditoraconhecidacomoPacific Press, além de organizar igrejas e associações pelo território dos Estados Unidos. Capítulo 21 Milagre em uma Reunião Campal Atrás da casa do agricultorRootos moradoresconstruíramum espaçopara a primeiraReunião Campal adventistadosétimo dia. O auditório foi construído para 2000 pessoas e os visitantes fizeramsuasbarracas com tecidode algodão,jáque era uma experiênciae não queriam que o povo gastasse. Tudo era muito rústico, mas estavam alegres por estar ali. A reuniãode aberturacomeçouàs 5 horas da tarde de sexta.A Sra. White falae pede para que as pessoasesquecessemporumtempodas suaslavouras,colheitas, manadas...esvaziassem a mente para criar espaço para as bênçãos de Deus. Depois foram para suas barracas, jantaram e se recolheram para dormir. As reuniões do sábadoe domingotiveramboaparticipação.Durante os 5 primeiros dias o jovem John Corliss vendeu 500 dólares de literatura e nos outros anos ele se tornou um grande pregador e missionário em terras estrangeiras. Todosos dias,o pastor White reuniaascrianças e contava histórias.No último dia deu a todas um livrointituladoPequenoWill,que contavaahistóriadofilhoque pediu em oração um trnó todo pintado de vermelho. O pastor também fez surpresa no auditório jogando folhetos no auditório e dizendo que “chegaria o tempo em que esses folhetos seriam espalhados como folhas de outono”.
  • 22. Duas outras reuniões campais foram realizadas naquela estação e 7 no ano seguinte. Esses programas se tornaram regulares. Com frequência o casal passava o verão todo viajando de uma campal para outra. Os agricultores passavam de 10 dias a 2 semanas longe de casa. Numareuniãonevoue Ellenfoi de barraca embarraca conversandocom as mães e falando do inverno cristão, para desfrutar do verão celestial nas mansões lá do alto. Com base nos relatos de White e diários de Ellen publicados na revista Review, durante 12 anos um deles ou ambos frequentaram 106 reuniões campais. Mesmo com enfermidades e dificuldades eles iam. Cinco meses depois de estabelecido o colégio Healdsburg, na Califórnia, foi realizada uma campal.A Sra. White moravaem Healdsburg, estava doente com calafrios e febre da malária, pediuque levassemelaparao Hospital de Santa Helena, levaram-na de cadeira de rodas num vagão de bagagens e depois de carruagem até o hospital. Ficou vários dias em tratamento, mas não melhorava e suplicou que a levassem de volta para casa. Voltou 56 km sobre as colinas até Healdsburg. Pediu para levarem-na à Campal, queria dizer algumas coisas ao povo, entre elas pedir que todos colaborassem para a construção de uma casa destinada aos alunos do colégio. Prepararamo local na Campal para que elapudesse falar,ajudaram-na a subir ao púlpito , seu filho de um lado e a enfermeira de outro, começou a falar com a voz fraca dizendo que esta poderia ser a última reunião em que ouviriam sua voz, seu rosto tinha uma palidez mortal. Depoisde algumasfrases houve uma mudança dramática, a cor do seu rosto voltou a ter uma cor natural, sua voz soou de modo claro e a congregação via um milagre acontecendo. Falou com poder em 5 oportunidades naquela campal. Capítulo 22 Os doze que não podiam esperar O casal White e JohnAndrewsviajavamnovagãode bagagens e agradeciam por estarem bem de saúde após começarem a ter um viver mais saudável. Foram para à casa de Cyrus Farnsworth, perto da vila de Washington. A Sra. Farnsworth era filha de Rachel Preston, a senhora batista do sétimo dia que havia levado a mensagem do sábado aos adventistas em 1844. Durante o jantar conversaramlembrandosobre ahistóriadosprimeirosadventistas,dos folhetos que receberam e foram passando adiante e estes foram também guardando a sábado.Ficariamnaquele local por5 dias.A senhoraagradeceu,pois eles estavam precisando reforma das famílias daquele local. Algunsmembrosestavamfracosnafé, outros se tornaram mundanos e os filhos não estavam convertidos. No sábado pela manhã, o pastor White pregou, a tarde foi Ellen e as noites o pastor Andrews.Durante amensagemEllenlembroudavisãoque teve e começou a falar para cada pessoa a mensagem que Deus queria que ouvissem e assim todos ficaram mais fortalecidos. Quandoelaterminouvárioscomeçaramase confessare prometerque mudariam suas vidas. Na quarta eradia de Natal , foi feitoumapelopara crianças e jovens. Desse grupo, 13 pessoas ficaram em pé, dizendo que seguiriam a Jesus, foi o Natal mais feliz para os adventistas de Washington, New Hampshire. As crianças ficaram tão felizes que até esqueceram a troca de presentes. À tarde,Orville Farnsworthlevoupresentesaosprimose conversoucomFredsobre a reunião, ele não pode estar presente, pois precisava cuidar dos irmãos. Ele orou com o primo que tambémse entregou.Ocasal e Andrewsforamemborae deixaram uma igreja reavivada e um
  • 23. grupode jovensmissionários.Osque se tornaramcristãosforam atrás de seus amigos. Dentro de pouco tempo, 18 rapazes e moças pediram batismo. Os pais pediram que aguardassem o degelo do lago, na primavera, seria bom. Mas 12 jovens não quiseram esperar, desceram até um local a uns 90 metros da casa de Cyrus, cortaram blocos de gelo de 60 centímetros de espessura,abrindoumtanque,osjovensforambatizados,enroladosemroupõese cobertores e corriam para uma casa, colina acima. Os outros 6 esperaram a primavera. Três daqueles jovens se tornaram presidentes de associação, 3 se tornaram ministros e missionários no exterior e 3 das moças se tornaram instrutoras bíblicas. O jovem Eugene, proclamou a mensagem nas grandes cidades da América do Norte e na Austrália durante 50 anos.A irmã Loretta,foi a primeirainstrutorabíblica,seuesposo A.T. Robinson foi capelão no hospital Melrose. Capítulo 23 A surpresa de Ellen Em junho,umjovemchamadoErzbergerdesembarcouna estação ferroviária de Battle Creek, procurava porJohn Andrews,ofuncionáriodaestaçãodisse paraele perguntarpelo escritório da ReviewandHeraldque ele encontraria John. Chegando lá, todos o receberam muito bem, mas eles não conseguiam se comunicar, pois era francês e ninguém falava este idioma. Com o tempo as pessoas foram lhe ensinando o inglês e depois de 4 semanas já conseguia fazer palestra. Contou como seu povo aprendeu sobre o sábado e souberam deles. trazia saudações de aproximadamente 50 novos observadores do sábado na Suíça. Um ministro polônes, ex-sacerdote católico, participou de uma organização protestante na América do Norte e retornou para a Europa com esta nova realidade, o novo evangelho que havia aprendido. Nove semanas mais tarde foi com White e John para uma reunião campal em Clyde, Ohio, onde falou para o auditório, as pessoas foram tocadas e arrecadou 76 dólares para seus compatriotas. Essa foi a primeira oferta para as missões recolhida entre os adventistas do sétimo dia. Ellen estava muito doente para ir à reunião de Clyde, mas decidiu ir à de Owosso, Estado de Michigan.Elesoravampelasua saúde e pelosguardadores do sábado na Suíça. Os médicos do Hospital de Battle Creek,sabendoque elaestavamuitodoente enviaramorecado que ela não deveria ir, para ter certeza enviaram a Dra. Mary Chamberlain. A médica fez de tudo para aliviar a dor ciática que ela tinha. Elesviajarampara a reunião,Ellenmandouque todos fossem inclusive a doutora. depois que partiram, elamandouque Willie arrumasse acarruageme partiram para se encontrarcom eles em Ionia para irem até Ossowo. Eles partiram e onde planejavam descansar as pessoas também haviam ido para a reunião, continuarama viagemcansados,commuitocalor até a estação,onde colocaram Ellen no trem e Willie teve que ir de carruagem. Horas mais tarde, a Sra. White estava deitada num colchonete na tenda da família, feliz, mas sofrendo. Ela sentia que deveria ter ido até lá. No dia seguinte, o esposo e o filho ajudaram Ellena iraté o púlpito,enquantose dirigiaaté opúlpitojáse sentiamelhor.Trêsvezesdurante aquela campal Ellen falou ao auditório, depois ela quis continuar sua viagem com o esposo. Convidou a doutora a acompanha-los.
  • 24. Capítulo 24 “Onde está o outro homem?” O dia 4 de janeiro de 1875 foi a data para a dedicação do Colégio de Battle Creek, primeiro colégio adventista no mundo. Alguns ministros tinham dúvidas de que era importante este colégio, achavam que já tinham gastos com os ministros e Jesus estaria voltando logo. Uma epidemia de gripe assolava a cidade. Ellen cuidava de toda família e agora ela estava doente. Ela precisava assistir a reunião daquela noite, mas estava muito doente, então os pastoresoraram por ela.Coma voz fraquinhaelaorou,masde repente deu um sonoro brado: “Glóriaa Deus!”estavatendouma visão.Ela não quis contar a visão naquele momento, subiu para o quarto e o esposofoi para uma reunião. Ao entardecer Tiago voltou para casa, falando com a esposaeladisse que nãotinhamaissintomasde gripe.Ele perguntou se queria ir a uma reunião com ele e Ellen aceitou. No programa daquela noite, Ellen apresentou a visão. os homens que haviam questionado a construção do colégio se surpreenderam com a mensagem de que grupos de pessoas estudavamaBíblia emdiferentes partes do globo. Foi mostrado que breve viria o tempo que mandariam missionários para terras estrangeiras. Ela não lembrava o nome dos países, somente da Austrália. Dez anos mais tarde conseguiram enviar missionários para a Austrália. Três meses depois o casal White viajou para a Suíça com Willie, a esposa e a filha Ella, com 3 anos e meiode idade e algunsauxiliares.Lá,naBasileiaEllenreconheceu o lugar de sua visão. Mesesmaistarde,elae Willie visitaramChristiania(hoje Oslo),Noruega.Tambémreconheceu o lugar de sua visão. Seis anos depois, na editora em North Fitzroy, Austrália, ela também reconhece o lugar, apresentado 17 anos antes em sua visão. Capítulo 25 O sinal secreto Tiago White morreuemagostode 1881. Vinte e umanos anteshaviamperdidoHerbert,com3 mesesde idade.Trêsanosdepois,Henry,com16 anos, o doce cantor da família.Tentaramnão olhar para as tragédias, mas ter esperança do retorno de Jesus. Agora com a morte de Tiago, inesperadamente,Ellense sentiutriste,comsentimentos quase insuportáveis, mas sabia que não era cristão entregar-se à tristeza. Quatro anosmaistarde embarcoucom seufilhoWilliame algunsmissionários, para Austrália. Durante a viagem no Oceano Pacífico, numa noite teve uma visão, recebeu uma mensagem especial paraN.D. Faulkhead,tesoureirodaEchoPublishingCompany,editoraemMelbourne. Um homem de negócios. Amado por sua família e respeitado por todos os que trabalhavam com ele. Era membro de várias lojas maçônicas e ocupava cargos importantes nessa sociedade secreta. À medidaque passava o tempo dava mais atenção às lojas e menos à obra de Deus. Seus amigos pediam que ele se retirasse destas sociedades lembrando que não poderia servir a dois senhores, mas recusava porque tinha em alta consideração as lojas maçônicas. Poucosdiasdepoisde chegar à Austrália, a Sra. White viu uma revelação sobre os perigos em que se encontrava o Sr. Faulkhead. Escreveu carta longa com instruções que havia recebido, mas quandoiacolocar no correiouma vozdizendo“Aindanão!” Quase um ano se passou. Um dia,um amigoperguntouaohomemo que fariase a irmãoWhite tivesse umtestemunho para ele. Ele disse que deveria ser um testemunho muito forte. Ele respeitava a senhora. Certa noite ele sonhou que a Ellen tinha uma mensagem para ele.
  • 25. Alguns dias mais tarde, após uma reunião administrativa , o pastor White disse ao senhor Faulkhead que suamãe precisavafalarcom ele,se dirigiuaté o escritório e perguntou a ela se queria conversar com ele. os dois então estavam conversando, ela pegou a carta que tinha escritoumano antes.Durante a leituraele reconheceucoisasque falara,fazia,expressões das lojas maçônicas, dava somas altas de dinheiro para a sociedade e moedas na igreja. Ellen advertiu do perigo que corria. Ela afirmou que a menos que ele se desligasse com essas sociedades perderia a vida eterna. A senhoraWhite duasvezesfezumgestocoma mãoque apenas6 pessoasconheciame assim ele teve a certeza do que ela falava, decidiu largar tudo e ser fiel a Deus. Capítulo 26 Quem fez o sulco? Algunsmesesdepoisde chegaremàAustráliaaSra. White disse que precisavamconstruir uma escola. Mas eles não tinham dinheiro, apenas 500 adventistas australianos. Um grupo foi organizado para procurar o terreno, mas era muito caro. Foram supervisionar um terreno e Ellencontou sobre umsonho(visãonoturna).Oanjolhe mostrou um lugar que tinha um sulco pequeno,doishomenshaviamditoque a terra não era boa, mas Deus havia escolhido o lugar e o lugarproduziriafrutas e vegetais. O anjo acrescentou: O Senhor é capaz de estender uma mesa no deserto. Depois de viajar por duas horas e meia, desembarcaram na estação , entraram em barcos a remo. Quando os barcos atracaram às margens da propriedade, subiram o barranco e entraram na floresta. Depois de um tempo ela foi andar com o casal Starr e encontraram o local do sonho,aconteceuexatamente oque ela havia visto no sonho. À noite se reuniram na cabana para discutir,tinhamcertezaque deveriamouviravozdo anjo, mas faltava o dinheiro. A propriedade foi chamada de Avondale por causa dos muitos cursos de água cristalina que a cortavam. pegaram 4.500 emprestado, mas como pagariam este empréstimo. A Sra. Wessels, da África do Sul, sua filha Anna e o esposo da filha visitaram a propriedade e Anna doou 5 mil dólares. Pagaram e com o resto começaram as construções. Foram construindoe usandolugaresdiferentesparainiciarasaulas.os alunosestudavame ajudavam na construção. 5 de outubro de 1896, 35 pessoas se reuniram para observar a Sra. White assentar a pedra fundamental. A terra produziu muito, como o anjo havia predito. As aulas começaram em 28 de abril de 1897, com quatro professores e 10 alunos. cerca de um ano depois do início das aulas, a Austrália sofreu uma terrível seca, mas que não atingiu a propriedade do colégio. Um jornal de Sydney, comentou a triste situação do país e mencionouque aúnicaexceçãoeraa propriedade daEscolaAvondale,comparando-acom um oásis no deserto. Capítulo 27 A enfermeira de Battle Creek Ella e sua família moravam numa casa alugada em Cooranbong, e foram roubados dentro de casa, algumaspessoastinhameste hábito de entrar na casa dos outros e roubar. Um dia Ellen disse que não eram para falar nada sobre uma sobremesa que alguém havia roubado. Ela começoua ir na vizinhançaparaque a conhecesseme suafamília,faloudaescolaque estavam construindo e que seus filhos poderiam estudar. As pessoas descobriram que existia uma enfermeira na família, a Srta. Sara McEnterfer, do famoso hospital de Battle Creek e como o hospital era distante começaram a pedir ajuda dela. A enfermeira começou a ajudar os vizinhos e Ellen achava que era uma boa forma de testemunhar.Cuidou,juntocomaSra. Rodd,tambémenfermeira, durante dois anos de umas 240 pessoas e não cobrava nada. Viajavam quilômetros a cavalo pelas casas espalhadas pelo
  • 26. vilarejo e no meio da floresta. Apenas uma pessoa não sobreviveu. Um rapaz, estava muito doente, ela conseguiu baixar a febre. Mas depois de sair da casa chegou outro médico, disse que tudo estava bem, um membro da família perguntou se podiam dar um pouco de bebida alcoólica,omédicopermitiuumpouco,masa famíliafoi dandodrinquesaté que veioafalecer por coma alcoólico. Ellen viu a necessidade de terem um local próprio para que os doentes fossem tratados de modo inteligente. escreveu para amigos falando da necessidade de um pequeno hospital ligado à escola de Avondale, assim os alunos poderiam obter prática. A escola cedeu um terreno que ficava a 10 minutos de caminhada do prédio escolar e começarama construção,os alunos e famílias ajudavam, cartas vinham com ajuda financeira. Dentro de poucas semanas tinham um hospital com 25 leitos, nem havia ficado totalmente pronto e já estavam recebendo pacientes. É improvável que alguém tenha ficado sem atendimento por questões financeiras, pois os preços eram moderados. Capítulo 28 Testemunho para uma garota Não foi Ellenque fez esta grande obra, Deus operou por intermédio de um ser frágil, usou os lábios, a voz e a pena para falar em nome dele. Numa reunião Campal em Groveland, perto de Boston, ela falou para 20.000 pessoas, todos ouviram e sem uso do microfone, pois ainda não existia. Pouco tempo depois dela começar a relatar suas visões, foi-lhe dito para escrever, mas ela respondeuque nãoconseguia,depoisde váriastentativas, desistiu. No entanto numa noite o anjodo Senhorse colocou ao lado da cama dela e repetiu: “Você deve escrever as instruções que lhe dou” e ela dizia que não conseguia, a ordem foi dada novamente; “Escreva!” Pegandoumsuporte para escrever,colocousobre ocolo,tomoua penae começou.Descobriu que podia escrever com facilidade. A mão, que havia estado tão fraca e trêmula, traçava palavras claras e legíveis. O Senhor havia operado um milagre. Ninguémsabe quantaspáginasEllenWhiteescreveu.Nodepósito,noescritório da Associação Geral em Washington, DC, há 60 mil páginas datilografadas, copiadas de seus manuscritos ou de relatórios taquigrafados de sermões e entrevistas. Ela escrevia quando se encontrava sozinha em seu quarto, durante as primeiras horas da manhã. À noite vinha uma anjo com uma mensagem para o povo de Deus, para fortalecer sua fé na Bíblia e ajuda-lo a entender e seguir mais perfeitamente os seus ensinos. Muitas vezes, ao descer para o desjejum tinha 12-16 páginas grandes, as quais havia escrito enquanto os demais dormiam. Numanoite Ellaajoelhou-se ao lado de sua cama e orou porque percebia que estava vivendo longe de Deus desde que se batizara a 3 anos, estava ficando distante, não desfrutando as bênçãos de Deus. Mas sentia que sua oração não passava do teto. No dia seguinte, a carruagem da vovó parou na frente de casa, ela cumprimentou a todos e disse que precisavaconversarcoma família,todosse sentaram e Ella e Mabel com os gêmeos no colo, a vó Ellen pediu que alguém cuidasse dos bebês, pois precisava que as meninas estivessem atentas ao que falaria. Ela leuuma carta que havia escrito naquela noite a partir das 23 horas quando não conseguiu mais dormir. Tinha sido instruída por Deus. Havia muitas pessoas naquela casa, barulhos e confusão,esquecimentode deusnosdeveresdiários.Deveriahavermaistempopara o estudo
  • 27. da Bíblia. Eles moravam com uns pensionistas na casa que ainda não era deles e era muito velha. Ela deu ordens aos pais para que organizassem melhor a casa e às filhas sobre os deveresdomésticos,deveriamdarmaisatençãoas tarefasda casa e Deus do que aos estudos, naquele momento. Ella entendeu que parte da carta era para ela. Pediu também que não desanimassem. Vovó terminoualeitura,deixouomanuscritocoma mãe, se colocou em pé e foi embora. Ella subiu para seuquarto,chorou, poisestavaamarguradae ressentida,queriacuidarmaisdosestudos, não queria trabalhar tanto, mas lembrou do pedido que tinha feito a Deus sobre ajuda-la, naquele mesmolocal nanoite anterior.Estaeraa resposta,deusouviuseuclamore estavalhe respondendo. Lágrimasde arrependimentotomaramolugardas lágrimas rebeldes. Orou novamente a Deus agradecendo que não tinha lhe abandonado. Desceu as escadas e foi conversar com os pais e Mabel. O pai conversou com ela sobre as dificuldadesque elahaviaenfrentadonestesúltimostempos, mas lembrou que faltava pouco para irem para sua nova casa, com menos pessoas, menos trabalhos e com mobílias novas, onde eles ficariam mais tempo juntos. As meninas ficaram lembrando tarefas da casa que diminuiriam, teria Joe para dividir as tarefas. Ellalembroudapanelaque haviadeixadode molhonofogão, foi até lá e começou a organizar aquiloque tinhadeixadoparadepois,lembrandoque Deusnosdiz“Foste fiel no pouco, sobre o muitote colocarei”e daquele diaemdiante prometeu realizar as tarefas cuidadosamente e fielmente, como se pudesse olhar para cima e ver Jesus observando tudo o que fazia.