2. Parafuso
O parafuso é encontrado principalmente como um elemento de
fixação, mas também tem outras utilidades, como na movimentação de peças
móveis, como a mandíbula de uma morsa.
É composto por cabeça, haste e rosca. A cabeça tem o seu desenho de
acordo com o tipo de acionamento. A rosca pode ser parcial ou total.
3. Parafuso - Rosca
A rosca é conjunto de filetes, em torno de uma superfície cilíndrica.
Serve como elemento de encaixe entre dois componentes, como um parafuso
e uma porca. Existem 5 tipos de perfis de filete: triangular, trapezoidal,
redondo, quadrado e rosca dente-de-serra.
A rosca triangular é a mais encontrada, já que é usada para fixação
de componentes. Essa possui dois importantes tipos, a métrica e a whitworth.
Cada um com suas medidas de construção.
4. Parafuso - Rosca
• Rosca Métrica Normal
Ângulo do perfil da rosca: a = 60º.
Diâmetro menor do parafuso (⦰ do
núcleo): d1 = d - 1,2268P.
Diâmetro efetivo do parafuso (⦰
médio): d2 = D2 = d - 0,6495P.
Folga entre a raiz do filete da
porca e a crista do filete do
parafuso: f = 0,045P.
• Rosca Métrica Fina
Diâmetro maior da porca: D = d + 2f:
Diâmetro menor da porca (furo): D1
= d - 1,0825P;
Diâmetro efetivo da porca (⦰
médio): D2 = d2.
Altura do filete do parafuso: he =
0,61343P.
Raio de arredondamento da raiz
do filete do parafuso: rre =
0,14434P.
Raio de arredondamento da raiz
do filete da porca: rri = 0,063P.
5. Parafuso - Rosca
• Rosca Whitworth
a = 55°
P = 1” / (nº de fios)
hi = he = 0,6403P
rri = rre = 0,1373P
d = D
d1 = d - 2he
D2= d2 = d - he
6. Parafuso - Forma
A haste e a rosca do parafuso formam o corpo. Esse último pode ter
forma cilíndrica ou cônica. Também existem parafuso sem cabeça, que recebe
o nome de prisioneiro, usado para união de duas roscas internas.
7. Parafuso - Classificação
• Parafuso Passante
Atravessam toda a espessura
da peça a ser fixada.
Geralmente é montado com
porca, contraporca ou arruela.
• Parafuso Não-Passante
Não é acompanhado de porca
ou arruela.
O furo roscado desempenha o
papel da porca.
8. Parafuso – Classificação
• Parafuso de Pressão
A pressão é exercida pela
ponta do parafuso na peça a ser
fixada.
• Parafuso Prisioneiro
Esse tipo de parafuso não
possui cabeça, então serve de ligação
entre duas rosca internas.
Recomendado para máquinas
com montagens e desmontagens
frequentes.
10. Parafuso – Tipos de
Acionamento
(a) Fenda
(b) Chave Phillips ou Chave Estrela
(c) Pozidriv
(d) Torx
(e) Allen
(f) Robertson
(g) Tri-Wing
(h) Torq-Set
(i) Spanner
11. Porca
Peça de formato prismático ou cilíndrico, com rosca interna para
fixação de parafuso. Assim como para o parafuso, o tipo de rosca mais
encontrado é a de perfil triangular, usada para fixação.
A porca sextavada e a quadrada são as mais comuns.
12. Porcas Especiais
Quanto ao acionamento manual existem 3 bastante usados:
borboleta e recartilhado baixo e alto.
A porca do tipo cega, é usada para melhorar a estética do objeto
fixado, como espelhos de parede. Existe também a porca rápida usada para
locais de difícil acesso.
13. Rebite
Tem a função de fixação semelhante ao parafuso, porém não possui
rosca e sua união é permanente. Extremamente usados em peças sujeitas a
pressões altas ou temperaturas elevadas, como aviões ou caldeiras. Abaixo
tem-se uma ilustração de uma lona de fricção, que é acoplada ao disco de
embreagem, fixada por rebites.
14. Rebite
Abaixo estão alguns exemplos de rebites e suas características e
medidas.
• Cabeça redonda
larga
Oferece alta
resistência.
• Cabeça escareada
chata larga
Usado em uniões que
não admitem
saliências.
• Cabeça escareada
com calota
Usado em uniões que
admitem pequenas
saliências.
• Cabeça tipo panela
Usado em uniões que
admitem pequenas
saliências.
• Cabeça cilíndrica
Usados nas uniões de
chapas com espessura
máxima de 7mm.
15. Processo de Rebitagem
• Processo Manual
Primeiramente as duas peças a serem unidas são comprimidas com
auxílio do repuxador e contra-estampo. Depois de prensadas as chapas, o rebite
é martelado até preencher o furo e ficar “boleado”. Para finalizar, a ferramenta
estampo faz a segunda cabeça do rebite. Processo usado em locais de difícil
acesso.
16. Parafusos
• Processo Mecânico
É realizado por um martelo pneumático ou rebitadeiras. O martelo
opera a uma pressão de 5 a 7 Pa, vinda do compressor de ar. A rebitadeira é
uma máquina grande e fixa, permite rebitamento mais resistente e rápido,
porém quando é necessário deslocamento, a melhor alternativa é o martelo
pneumático.
17. Pino e Cavilha
O pino é um elemento de fixação, porém diferentemente do rebite,
ele permite articulação entre as peças fixadas. A cavilha é nada mais do que
um pino com entalhe externo na superfície, o que não permite a articulação,
por isso também é chamada de pino entalhado.
18. Cupilha
É um arame dobrado com a função de travar outros componentes,
como a porca.
19. Engrenagem
Rodas com dentes padronizados, com a função de transmissão de
energia. Os dentes têm a função de encaixe de uma engrenagem para outra.
São feitas geralmente de aço-liga ou ferro fundido, por apresentar alta
dureza.
20. Tipos de Engrenagem
• Cilíndrica
A roda tem formato de cilindro. Ela serve para transmitir
movimentos entre eixos paralelos e reversos, se for com dentes helicoidais.
Os dentes podem ser retos ou helicoidais. Sendo que a engrenagem de dentes
helicoidais tem o funcionamento mais silencioso, porém são mais caras.
21. Tipos de Engrenagem
• Cônica
Tem formato de tronco de cone. É usada para alterar o sentido dos
eixos de rotação. Também pode ser feita com dentes retos e helicoidais.
22. Tipos de Engrenagem
• Cremalheira
Apesar de a cremalheira ser um barra dentada, ela pode ser
caracterizada como uma engrenagem de raio infinito. Com ela é possível
transformar movimento circular em retilíneo.
23. Mola
Barra de aço enrolada em torno de um eixo, sendo cilíndrica ou
cônica. A seção da barra pode ser retangular ou circular. Em maioria as
barras são enroladas para a direita.
Podem trabalhar em compressão, tração ou torção. A de tração
possui gancho nas duas extremidades para fixação, já a de torção tem dois
braços de alavanca.
24. Mola
• Mola planar
Existem 4 tipos desse tipo de mola: simples, prato, feixe de molas e
espiral. O feixe de molas é muito usado em suspensão de caminhão.
25. Mancal
Serve de apoio ou guia para o eixo. Podendo ser o mancal de
deslizamento ou rolamento, sendo o último um sistema que apresenta menor
resistência ao movimento. O mancal de deslizamento é composto por buchas
com a presença de lubrificante.
26. Mancal
O mancal de deslizamento é composto de rolamentos, tendo
aplicação em máquinas de alta rotação e velocidade, por ter menor atrito.
Existem 3 tipos de rolamento: de esfera, de rolo e de agulha, sendo que o de
agulha é semelhante ao de rolo, porém com rolos mais finos.
27. Mancal
Os mancais também se classificam de acordo com a carga que são
submetidos. Existem 3 tipos: radial, axial e misto.
O radial está sujeito a forças radiais, impede o movimento no sentido
transversal do eixo. O axial suporta força axiais e impede o movimento
longitudinal ao eixo. Já o misto suporte carregamento nos dois sentidos e
também impede movimento nos dois sentidos.
Apesar de várias vantagens, o rolamento são mais sensíveis a
choques e mais onerosos.
28. Rolamento
Dentre uma grande variedade de tipos de rolamentos, pode-se citar
os principais: de esfera, de rolo cilíndrico ou cônico, de agulha, com proteção
(blindado) e seus respectivos tipos autocompensadores. O tipo de rolamento
autocompensador tem a função de compensar pequenos desalinhamentos.
29. Rolamento
O rolamento de rolos cônicos suportam cargas axiais e radiais,
porém cargas axiais de apenas um sentido. Esse tipo de rolamento é aplicado
em rodas de caminhão, já que está exposto a forças nessas duas direções.
30. Rolamento
O rolamento de agulha consiste em rolos de seção muito fina, para se
adequar ao espaço radial reduzido.
O rolamento com proteção ou blindado nada mais é que qualquer
tipo de rolamento, mas com proteção, para proteger as partes internas
lubrificadas de agentes oxidantes.
31. Rolamento
Por ser um componente que trabalha lubrificado, ele necessita de
cuidados especiais quanto a isso. Sempre usar o lubrificante recomendado
pelo fabricante. O ambiente de trabalho deve ser livre de poeira e umidade,
se não utilizar rolamento blindado.
Um dos defeitos mais comuns é o desgaste mecânico, ocasionado
geralmente por falta de lubrificação ou patinação, quando os elementos
rolantes giram em falso.
Caso colocado lubrificante muito espesso ou haja aperto excessivo
entre os elementos rolantes pode ocorrer o engripamento.