2. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL2
O português Pero Vaz de Cami-
nha, em uma de suas cartas ao rei D.
Manuel I, de Portugal, declarou so-
bre o recém-encontrado solo brasilei-
ro: “Nesta terra, em se plantando tudo
dá”. Mais de cinco séculos depois da
carta ter cruzado o oceano, este solo –
através do agronegócio - continua sen-
do a fonte maior de riqueza do Brasil. E
a soja é o principal produto nesta lista.
Segundo dados da Embrapa Soja,
hoje o agronegócio brasileiro respon-
de por 38% das exportações, 37%
dos empregos gerados e 22% do Pro-
duto Interno Bruto (PIB) do país. Em
40 anos, a produção nacional da ole-
aginosa cresceu 43 vezes, sendo que
o crescimento registrado da área plan-
tada foi pouco acima de 18%. O grão
se tornou “fator de integração nacio-
nal”, ligando as diversas regiões do
país graças as influências que exer-
ce de forma direta e indireta na eco-
nomia. Pesquisas observaram que re-
giões consideradas importantes pólos
de soja do país, apresentaram evolu-
ção nos números do Índice de Desen-
volvimento Humano (IDH). Além dis-
so, a soja se tornou o grande cartaz
brasileiro no exterior.
A China, maior consumidor mun-
dial do grão, é um dos grandes moto-
res a impulsionar a soja brasileira no
exterior. Os chineses já reconhecem a
qualidade do produto, afirmando que o
grão daqui tem maior teor de proteínas
do que os demais. Ao mesmo tempo,
problemas enfrentados pela soja no
mercado norte-americano, tem eleva-
Soja: a semente de
integração nacional
do o poder do grão brasileiro, levando
o país a ascensão de maior produtor
do mundo.
A produção dos países do Merco-
sul representa 53% da produção mun-
dial de soja, no entanto, a região vem
batendo recordes e aumentando as es-
timativas de áreas de plantio. Segun-
do números divulgados pelo informa-
tivo Safras, a expectativa para a safra
2013714 é da colheita de uma área
de 54.031 hectares. Isso representaria
aumento de 4% com relação a safra
anterior, além de um novo recorde ab-
soluto para a região.
Ao mesmo tempo que vive um bom
momento produtivo, os produtores de
soja brasileiros enfrentam também
grandes desafios. O retorno de pragas
recorrentes, como a ferrugem asiáti-
ca, e o surgimento de novas espécies,
como a lagarta helicoverpa armigera,
tem assustado agricultores de norte a
sul do país, causando grandes preju-
ízos. A questão aponta também para
outro grande problema, a morosidade
burocrática que atrasa a aprovação e o
registro de defensivos.
A saída parece estar no desenvol-
vimento das técnicas de agricultura de
precisão e na tecnologia voltada para
o campo, cada vez mais avançados e
grandes aliados do produtor. A união
entre campo e máquinas, o novo e a
tradição agrícola, a força do produtor e
da planta, são hoje as grandes vias de
resposta para o futuro e a maior apos-
ta de que o soja é fator de integração e
desenvolvimento.
Este Informativo Comercial circula encartado em Zero Hora, nos Centros de Distribuição
de Passo Fundo, Erechim, Frederico Westphalen, Santo Ângelo, Santa Rosa,
Cruz Alta e suas respectivas cidades.
Para informações, sugestões e comercialização de anúncios, ligue para:
RBS Jornais: Escritório Passo Fundo - Rua Princesa Isabel S/N
Telefones (54) 3316-9291 / 3316-9292 - Passo Fundo - RS
Jornalistas colaboradoras: Fernanda Canofre e Luciana Quétheman
Diagramador colaborador: Hélio Gasparotti Jr.
Produção: C. Abreu
Expediente
editorial
4. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL4
Importante evento do setor agrícola,
o II Encontro de Produtores de Semen-
tes do RS e Treinamento de Responsá-
veis Técnicos reuniu mais de 370 par-
ticipantes entre os dias 7 e 9 de agosto,
em Santana do Livramento. Durante a
solenidade de abertura, realizada na
noite de 7 de agosto, Antonio Eduardo
Loureiro da Silva, presidente da CSM/
RS e diretor administrativo da APAS-
SUL destacou a evolução do programa
de sementes e o objetivo de continuar
aprimorando normas, padrões e proce-
dimentos do setor. Já o presidente da
ABRASEM Narciso Barison Neto, disse
que “a semente merece destaque espe-
cial por ser o único organismo vivo do
sistema produtivo mundial”.
A palestra de abertura teve como
tema o SIGEF. Trata-se de um sistema
informatizado de recebimento e análise
das inscrições de campos de produção
de sementes que está sendo adotado
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento. O palestrante, Fiscal
Federal Agropecuário Glauco Bertoldo,
esclareceu as dúvidas dos presentes em
relação ao novo sistema. Em seguida,
foram apresentados os sistemas de pro-
dução de sementes do Brasil e do Uru-
guai. O Fiscal Federal Agropecuário An-
dré C. P. da Silva falou sobre o Registro
Nacional de Cultivares (RNC), que trata
dos padrões estabelecidos pelo Minis-
tério da Agricultura para produção, be-
neficiamento e comercialização de se-
mentes, e também sobre o RENASEM
cadastro de pessoas físicas ou jurídicas
que exercem atividades ligadas ao setor.
Ele também explicou o funcionamento
do sistema de certificação no Brasil. O
sistema uruguaio foi apresentado pelo
gerente de certificação de sementes e
plantas do INASE, Guillermo Sangui-
netti. Dessa forma, o público constatou
as diferenças entre os dois modelos, es-
pecialmente no que se refere à certifica-
ção de sementes. Já no dia 8 de agosto,
Erlei de Melo Reis, da OR Melhoramen-
to de Sementes Ltda., palestrou sobre
a transmissão de pragas através de se-
mentes. Ele apontou o plantio direto e a
monocultura como ameaças a uma la-
voura sadia. O engenheiro agrônomo da
Fundação Pró-Sementes, Airton Lange,
II Encontro de Produtores de Sementes
Evento do setor agrícola
já consolidado no meio
abordou aspectos da legislação da pro-
dução de sementes e explicou como
são feitas as vistorias de campo no pro-
cesso de certificação conduzido pela
Fundação Pró-Sementes. O professor
da UFPel, Geri Eduardo Meneghello,
palestrou sobre os pontos críticos a se-
rem considerados para a obtenção de
sementes de qualidade superior. “A se-
mente de qualidade foi um dos fatores
responsáveis pelo aumento da produti-
vidade das principais culturas nos últi-
mos 30 anos”, disse.
Coordenado pelo deputado estadu-
al Frederico Antunes (PP/RS), o último
dia do evento teve o painel sobre a ade-
quação da logística frente ao incremen-
to da produção reuniu representantes
de órgãos públicos e privados ligados
ao setor no último dia do evento. Re-
presentantes da Secretaria de Logística
e Infraestrutura do RS e da CCGL deba-
teram soluções para o estado e o país.
O painel seguinte iniciou com a apre-
sentação da soja INTACTA RR2 PRO™.
O gerente de marketing soja da MON-
SANTO do Brasil LTDA, Marcelo Gatti,
apresentou a política comercial da nova
tecnologia, que custará, nas sementes
certificadas, e também nas categorias
S1 e S2, R$ 115,00 por hectare. As
novas tecnologias para o arroz foram o
tema do último painel do evento. Basf e
Bayer apresentaram suas soluções para
a cultura e o tema foi debatido por Fran-
cisco Schardong, presidente da Câmara
Setorial do Arroz do Ministério da Agri-
cultua, Cláudio Pereira, presidente do
Irga, Anderson Ricardo Belloli, diretor
executivo da Federarroz, e Valdemir Si-
mão, coordenador do núcleo de arrozei-
ros da APASSUL. .
evento
5. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL 5
Solidez esse é o nome certo para
designarmos o Brasil como um dos
grandes produtores mundiais de soja,
juntamente com os EUA e a nossa
querida hermana Argentina. Dados
comprovam que a produção aumen-
tou em uma proporção muito maior do
que a área cultivada. A Conab afirma
por meio de dados pesquisados que o
Brasil deve colher uma safra recorde
ou seja mais de 22% do que na sa-
fra passada. Visto que nas principais
praças de comércio de soja no Brasil
houve uma valorização extraordinária
da comomodity. E para explanar tudo
isso o Presidente da Aprosoja do RS,
Ireneo Orth fala ao Caderno Soja do
Zero Hora.
Expansão
O Presidente da Aprosoja RS, Ire-
neu Orth salienta que o principal mo-
tivo que levaram a expansão de área
cultivada de soja é o resultado eco-
nômico para o produtor (preço). Visto
que os altos preços praticados na co-
mercialização desta commoditie tem
reflexo no mercado interno e externo
que são positivos. Para ele é a princi-
pal razão do crescimento da cultura, o
que comprova a eficiência do produto
para o consumo da humanidade. Vis-
to que a qualidade da semente tam-
bém é uma das bases que sustenta o
processo.
Sementes
Os processos envolvidos quando se
refere ao sistema produtivo da semente
são amplos. Para Orth a lavoura para
a semente ter boa sanidade, deve ser
acompanhada por técnicos. A colheita
deve ser feita adequadamente, evitan-
do misturas. “O Sistema de classifica-
ção hoje com equipamentos moder-
nos, separando as melhores sementes
e, antes do próximo plantio, aplica-
ção na semente dos melhores quí-
micos que evitam doenças e ataques
de pragas e que fortaleçam a semen-
te na hora da germinação. ( fungicidas
Semente
de soja e sua
grandeza
e inseticidas, herbicidas, inoculantes,
etc.)”, salienta.
Estados e Produtividade
Para Ireneu os estados que possui
destaque na produção de soja em nos-
so país em primeiro plano Mato Gros-
so, segundo Paraná, Rio Grande do Sul
e por último Bahia e Goiás. O que via-
bilizou o cultivo de soja em regiões de
latitude baixa foi a descoberta de varie-
dades adaptáveis a essas regiões, as-
sim como tecnologias de aplicações de
insumos corretos, além de técnicas de
manejo da cultura e solo. Os principais
fatores que proporcionaram o aumento
da produtividade das lavouras no Bra-
sil para Orth foi O clima sendo que a
criação de novas variedades pelos ór-
gãos de pesquisa, como a Embrapa,
manejo do solo ( plantio direto), entre
outras atividades no solo como aplica-
ção correta de fertilizantes, fungicidas
,inseticidas, equipamentos de precisão
e colheita adequada.
Utilidades
Todos sabem que a soja é utiliza-
da na alimentação animal e humana
e também para a formação de biocom-
bustível e ao indagarmos esse assun-
to com o presidente ele comenta, “A
soja é a mesma. O principal produ-
to extraído da soja é o óleo, que tanto
pode ser adaptado para o consumo hu-
mano como para a transformação de
bio combustível. Do subproduto onde
saem, entre vários outros, o farelo, que
é utilizado para consumo animal”.
Revolução Verde
Em analise aos acontecimen-
tos históricos da agricultura mundial
e brasileira, nos remete a chamada
“Revolução Verde” que segundo Orth
com o crescimento mundial da popu-
lação, os hábitos alimentares foram se
adaptando,saindo da forma primitiva
para as alternativas de cultivos de plan-
tas que produzem produtos comestí-
veis que foram sendo transformados
e adaptados com o passar dos anos e
hoje vemos campos em várias regiões
do planeta cultivadas com plantas de
ciclo temporário que fazem a alimen-
tação da humanidade. No Brasil este
crescimento avançou a partir do final
da década de 60 inicio de 70, quando
até então o nosso país apesar de sua
vasta extensão territorial era impor-
tador de alimentos. Com a mudança
ocorrida a partir daquele episódio cada
vez mais os nossos campo,s até então
improdutivos em sua grande maioria,
passaram a ser cultivados com produ-
tos alimentícios como é o caso da soja,
milho, trigo, arroz e muitos outros. “Na
época o Brasil produzia menos de 30
milhões de toneladas, sendo que hoje
atingimos em torno de 185 milhões
ton. com potencial de ultrapassarmos
a barreira dos 300 milhões dentro de
poucos anos com o aumento de pro-
dutividades e aumento de área dentro
das áreas possíveis e permitidas por lei
que ainda podem ser exploradas” ex-
plixa Orth.
Revolução
Biotecnológica
No início do plantio da soja, na dé-
cada de 60, produzíamos 15 a 20 sa-
cas de soja por hectare, o que para a
época era importante. Hoje com essa
produtividade estaríamos inviabiliza-
dos. “Então Revolução Biotecnologica
nada mais é do que a mudança radi-
cal na forma de se fazer a agricultura”
diz Orth. A Lei de Biossegurança, cria-
da em 2005 também se torna algo im-
portante para agricultura segundo Orth
essa lei faz certas exigências ao pro-
dutor com relação a aplicabilidade de
produtos, mas por outro lado, garante
ao consumidor produtos sem agrotóxi-
cos e ao meio ambiente sua estabilida-
de. Todos os avanços da década de 60
até hoje, fizeram com que chegásse-
mos gradativamente com melhoras na
produtividade por área onde hoje che-
gamos em áreas excepcionais a colher
80 a 90 sacas por hectar, sendo que já
tivemos no ano de 2011 uma média
nacional acima de 50 sacas por hec-
tar. “Tornando a soja importante para o
Brasil” salienta.
Consumo
E finalizando perguntei a ele sobre
o consumo anual de sementes de soja
no Brasil hoje e ele falou que em mé-
dia nas lavouras tecnificadas o consu-
mo é de 40 a 50 kg. por hectare., des-
ta forma é só multiplicar pelo número
de hectares no Brasil.
mercado
6. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL6
De acordo com balanço divulgado
pelo Ministério da Agricultura, nos pri-
meiros sete meses do ano as exporta-
ções do agronegócio brasileiro atingi-
ram a marca recorde de US$ 58,874
bilhões. Crescimento de 9,5% (US$
5,12 bilhões), com relação ao mes-
mo período do ano passado. O setor
foi responsável por 44% das exporta-
ções brasileiras, ajudando a atenuar o
déficit da balança comercial. A soja li-
dera a lista de produtos responsáveis
pelo saldo positivo, representado mais
de US$ 2,71 bilhões nas vendas ex-
ternas.
Segundo Cleber Bordignon, diretor
da Agroinvvesti Corretora, a produção
da safra 2012/2013 bateu a marca de
81 milhões de toneladas, aumento de
20% com relação ao ano passado. “A
comercialização da safra vigente gira
em torno de 80%, os produtores es-
tão aproveitando a boas oportunidades
de preços, que este ano está sendo be-
Depois da passados efeitos da estiagem, safra se recupera na bolsa e aponta otimismo nos números
Queda da soja nos EUA,
aponta para crescimento
das exportações brasileiras
neficiada pela boa alta do dólar”, co-
menta.
A boa fase da soja brasileira no
mercado deve-se especialmente por
dois fatores. A demanda do mercado
chinês, maior importador de soja do
mundo, impulsionou as exportações
do grão. As vendas cresceram 15,5%,
e os preços registraram aumento de
3%. Além disso, como avalia Jean
Ramplon, corretor de commodities da
Agroinvvesti, na safra 2013/14, as im-
portações chinesas devem alcançar 69
milhões de toneladas. Aliado a isso, a
queda da produção da oleaginosa no
mercado norte-americano, apontada
em relatório do USDA (Departamento
de Agricultura dos EUA), divulgado no
início de agosto, também deve alavan-
car os números brasileiros. As estimati-
vas apontam queda na produção de soja
dos EUA de 93,08 milhões de toneladas
para 88,59 milhões de toneladas, e re-
dução da produtividade, de 50,45 sacas
por hectare para 48,3 sc/ha.
Ramplon lembra ainda que o “caos
da logística” enfrentado na safra passa-
da também teve reflexo direto nos pre-
ços das commodities. “Devido à falta
de estrutura portuárias no País, navios
que fazem o transporte do grão para
outros países, chegaram a ter atrasos
superiores há 100 dias. Estes atra-
sos fazem com que o prêmio portuá-
rio (bonificação paga para equilibrar a
oferta e demanda) recue ou trabalhe
até negativo, refletindo diretamente no
preço final do grão”, explica. Além dis-
so, o alto valor do frete e os proble-
mas do transporte rodoviário também
acabaram por afetar os lucros finais do
produtor.
Ainda assim, as perspectivas para
a próxima safra são otimistas. Aliado a
retração do mercado norte-americano,
Bordignon estima que a produção bra-
sileira chegue a 85 milhões de tonela-
das, com 20 a 30% dela tendo entre-
ga negociada para o primeiro semestre
de 2014. O que deve levar a fazer com
que as cotações da oleaginosa operem
em patamares ainda maiores.
Cleber Bordignon, diretor da
Agroinvvesti Corretora
mercado
7. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL 7
A disparada do dólar americano, a
partir de maio, teve reflexo direto na safra
dos agricultores brasileiros. Como grande
parte dos insumos e defensivos usados
nas lavouras do país são produtos impor-
tados, o valor depende do preço do dólar.
Com a desvalorização do real diante da
moeda americana, a tendência é de que
os preços continuem aumentando. Até
agora, estima-se que os gastos com agro-
tóxicos já estão entre 10 e 20% maiores
do que no ano anterior. Quem deixou para
comprar insumos no segundo semestre,
deve pagar ainda mais caro, com preços
chegando a 30% a mais do que na safra
passada.
Estes preços devem atingir uma boa
parte dos produtores. O engenheiro agrô-
Alta da moeda americana, em maio, e ataques de pragas elevaram
os custos do plantio na safra 2012/2013
Alta do dólar deixa safra pesada
para o bolso do produtor
safra
nomo Moyses Martins Júnior, da Cia. da
Terra, explica: “Quem teve a visão e viu
que o dólar ia disparar e se adiantou nas
compras dos seus insumos no primeiro
semestre, quando o dólar ainda estava
perto de R$ 2, sem dúvida terá uma mar-
gem maior de lucro no final da safra. Seus
custos de implantação das suas lavouras
foram menores com a compra adiantada
dos insumos. Porém, como é costume,
os grandes negócios acontecerem entre
os meses de agosto e novembro, quem
deixou para comprar agora seus insumos
deve pagar mais caro pelos produtos”.
Além disso, o aumento de ocorrências
de doenças fúngicas e novas pragas, como
a lagarta helicoverpa armigera, exigiram
maior aplicação de defensivos. Segundo
dados divulgados pela Aprosoja Brasil (As-
sociação dos Produtores de Soja), estima-
-se que só as perdas e gastos provocados
pela ferrugem asiática cheguem a US$
2,5 bilhões para os produtores da região
centro-oeste na safra 2013/2014. “O au-
mento do preço dos insumos tem ligação
direta com a rentabilidade final que terão
nas suas lavouras. Assim sendo, com es-
tes aumentos, o seu ganho final diminuirá
e este é o grande peso de impacto no ne-
gócio”, diz Moyses.
A Aprosoja reclama ainda que os pro-
dutos atualmente disponíveis no mercado
tem apresentado pouca eficiência para o
controle de doenças. Enquanto isso, no-
vos produtos enfrentam anos de espera e
burocracia para seresm registrados e mui-
tas vezes não são aprovados. A cultura da
soja é uma das mais afetadas por esta de-
mora. Em texto publicado pelo site da as-
sociação, o grupo contesta o fato de que
carboxamidas que já foram registradas em
países da Europa, Ásia, América Latina
e do Norte, deveriam ter sido aprovados
até julho de 2013, para que fossem dis-
ponibilizados a tempo da safra no merca-
do brasileiro. Como isso não aconteceu,
a previsão é de que os prejuízos se agra-
vem. No entanto, como lembra o enge-
nheiro da Cia. da Terra, assim como se
espera agilidade na aprovação e registro
de novos insumos, também é importante
que estes sejam aplicados corretamente e
a tempo para que alcancem a eficiência
desejada.
9. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL 9
Voltada a redução dos custos de pro-
dução, diminuição da contaminação por
agrotóxicos na natureza e aumento da
produtividade, a prática da agricultura
de precisão tem evoluído na mesma ve-
locidade das atualizações tecnológicas.
Utilizando-se de tecnologia e informa-
ções que tem por base a variabilidade de
solo e clima, a técnica parte da análise
de dados georreferenciados para auxiliar
o produtor, indicando a correta dosagem
de adubos e agrotóxicos.
Tendo em vista a otimização destes
objetivos, a Agral Indústria de Equipa-
mento Eletrônicos, com sede em Passo
Fundo, focou sua pesquisa no desen-
Novo produto da AGRAL, indústria especializada em equipamentos eletrônicos,
promete economia e praticidade na lavoura
Novidade no mercado,
GPS oferece precisão e
otimiza resultados no campo
volvimento de um equipamento ca-
paz de monitorar e acessar a atividade
agrícola evitando desperdícios de insu-
mos, produtos, área de cultivo e maqui-
nários. Assim, surgiu o recém-lançado
AG9000. Orientado por GPS (Sistema
de Posicionamento Global), o aparelho
funciona como um guia de precisão de
leitura confiável, que maximiza a pre-
cisão nas operações no campo pro-
porcionando segurança em uma solu-
ção completa do plantio à colheita. De
acordo com o engenheiro responsável
pelo desenvolvimento do produto, Da-
niel Martins, “O AG9000 é um equi-
pamento modular - o que significa que
pode ter as funções ampliadas confor-
me a necessidade – de fácil manuseio,
e a interface ainda funciona com o mí-
nimo de configurações possível, sem
necessidades de fazer ajustes a cada
operação”, explica. Facilidades que o
colocam a frente dos concorrentes, e o
tornam a opção mais prática para o pro-
dutor.
A tecnologia precisa, mas simples,
oferecida pela Agral, tem ajudado a pro-
jeção da empresa do norte do estado no
mercado nacional e internacional. Hoje
é possível encontrar produtos da marca
em diversos países, entre eles Paraguai,
Bolívia, Venezuela, Chile e Uruguai.AG9000
tecnologia
10. Especial
10 Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL
A soja registrou recordes na safra
brasileira no último ano, para a CONAB
os investimentos em biotecnologia (me-
lhoramento genético), fertilidade de so-
los e a realização adequada do controle
fitossanitário aumentaram o rendimen-
to da cultura e tornaram-na adaptável
em todo o território nacional. A soja é
a lavoura de maior representatividade
e importância econômica para o Brasil
atualmente. Porém, a prática da mono-
cultura nas plantações de soja favore-
ceu o surgimento de doenças, pragas e
plantas daninhas.
Problemas
As doenças são as principais cau-
sadoras de perdas, e podem reduzir a
produtividade, caso o sojicultor não fi-
que atento ao controle e prevenção das
doenças, pode ter perdas de até 100%
. O pesquisador e Engenheiro Agrôno-
mo Erlei Reis nos fala que existem dois
tipos de doenças que podem afetar a
soja, que são doenças bióticas e abi-
Soja:
A importância da sanidade vegetal
óticas. Segundo ele as bióticas ou pa-
rasitárias são causadas por microrga-
nismos como fungos, bactérias, vírus
e nematoides; e as abióticas ou não
parasitárias a causa é a carência nutri-
cional. Erlei comenta que hoje no Bra-
sil ocorrem 40 doenças parasitárias na
soja. “As mesmas doenças ocorrentes
em soja nos Estados Unidos foram in-
troduzidas no Brasil com as sementes,
isso em 1982 por Gustavo Dutra. E as-
sim, da mesma maneira, do Rio Gran-
de do Sul para os demais estados bra-
sileiros. Segundo ele os fatores externos
como umidade, calor e frio também in-
terferem no aparecimento de doenças.
Hoje não tem lavoura sem doenças e da
mesma forma, sementes sem doença”,
explica o professor.
Soluções
Para Erlei a prevenção é o melhor
a ser feito, mas faltando isso quando a
instalação dá doença já é diagnosticada
a solução é cuidar das sementes por-
que depois das doenças serem introdu-
zidas pelas sementes permanecem na
palhada da soja. “A palhada demora 35
meses para apodrecer completamente e
eliminar as doenças do resto cultural”,
explica. Fazer rotação de culturas é im-
portante pois elimina biologicamente os
restos culturais, decomposição, minera-
lização biológica. “Eliminando a palha
elimina as doenças dos órgãos aéreos
como manchas folhares, cancros e an-
tracnose, diz. Lembrando que nas la-
vouras em que se fez a rotação de cul-
tuas se deve semear semente tratada
com fungicidas, doses e cobertura efi-
ciente da semente. E também segundo
ele se deve fazer uso da aplicação de
fungicidas, sendo que o momento da
aplicação não é indicado pela ausência
ou presença da doença, mas sim pela
sua quantidade. “A quantidade é que
determina o dano e assim justificando
ou não sua aplicação” comenta.
Portanto diz Erlei “o agricultor deve
ter cuidado com a planta inteira pois a
manifestação das doenças se dão em
todos os órgãos”. Doenças ou podri-
dões radiculares, como a podridão cin-
zenta da raiz, podridão vermelha e etc.
Doenças da folhagem, ferrugem, oídio,
cercosporioses, manca parda, man-
cha alvo; doenças da haste e da vagem
como o cancro caulívora, cancro meri-
dionalis, a seca da haste e da vagem e
o mofo-branco da haste. Todos os que
atacam folhas, hastes e vagens voltam
a atacar a semente. Somente os neo-
matóides que atacam somente as raí-
zes, pois são vermes hidrofílicos que vi-
vem no solo .”Os mais temíveis são o
nematoide de galha e o de cisto” salien-
ta o pesquisador.
Devido à importância da cultura da
soja no Brasil, são cultivados 24 mi-
lhões de hectares e o preço da saca de
60 kg é de R$ 64,00, ela é a mais pes-
quisa hoje termos de sanidade. “Prin-
cipalmente o que se refere a ferrugem
asiática, o mofo-branco e nematoses,
comenta Erlei.
sanidade
12. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL12
O Diretor Presidente da BSBIOS Erasmo Carlos Battistella fala
ao Caderno Soja sobre a historia, gestão, sustentabilidade e respinsabilidade social
de uma empresa modelo e com apenas oito anos de existência.
BSBios: gestão modelo
em tecnologia verde
gestão
História
A BSBIOS foi fundada por seu atual
presidente Erasmo Carlos Battistella, e em
seguida recebeu novos sócios como Antô-
nio Roso, Arlindo Paludo, Mário Wagner e
Paulo Montagner que juntos acreditaram
na ideia lançada pelo fundador e transfor-
maram o projeto em uma das maiores em-
presa do segmento de biodiesel do Brasil.
Nascida em 15 de abril de 2005 com
finalidade de produzir biodiesel, a BS-
BIOS instalou uma moderna planta loca-
lizada estrategicamente em Passo Fundo/
RS, junto da produção de soja e canola
suas matérias primas utilizadas para pro-
dução de biodiesel, e em 12 de junho de
2007 teve inicio oficialmente a produção
de biodiesel. A unidade tem capacidade
de produção de 169 milhões de litros de
biodiesel/ano. Em 2009 mais uma vez a
BSBIOS demonstrou acreditar no progra-
ma de Biodiesel e comprou a segunda
unidade de produção de biodiesel, loca-
lizada na cidade de Marialva, estado do
Paraná, a qual foi inaugurada e iniciou a
produção de biodiesel em maio de 2010.
Esta unidade possui uma capacidade de
produção de 183 milhões litros/ano de
biodiesel e utiliza como mátrias primas
soja, canola, gordura animal e óleo de al-
godão. O ano de 2010 foi um ano mui-
to importante na história da BSBIOS, pois
além de iniciar a produção de biodiesel no
estado do Paraná também inaugurou uma
nova unidade de processamento de soja
localizada junto a sua unidade produtora
de biodiesel no município de Passo Fun-
do. Esta unidade possui uma capacidade
de processamento diário de 2.500 ton/dia
de soja, que equivalem a 900 mil ton de
soja/ ano processada. Dois grandes dife-
renciais desta unidade são sua tecnologia
de ponta e a sua grande capacidade de
armazenagem de soja e de produtos aca-
bados que supera as 200 mil toneladas.
BSBios e Petrobrás
Ainda em 2010 a BSBIOS construiu
uma joint venture de destaque internacio-
nal associando-se a Petrobrás Biocombus-
tível (PBIO) firmando uma parceira muito
importante para a produção de biodiesel.
Esta parceria foi consolidada em duas eta-
pas: em 2010 para a Unidade de Marial-
va e Junho de 2011 para com toda com-
panhia. Atualmente a estrutura societária
é composta por 50% participação da Pe-
trobrás e 50% de participação da BSPAR,
holding dos sócios fundadores. A partir
de 2011, a BSBIOS passa a ter também
mais investimentos em unidade de recebi-
mento de grãos ampliando sua capacida-
de de recebimento e construindo um rela-
cionamento comercial junto a agricultores,
comercializando fertilizantes e defensivos
e adquirindo toda a sua produção. Em fe-
vereiro de 2013, a BSBIOS anunciou a
aquisição de 14 unidades de recebimento
de grãos, localizadas no norte do Estado
do Rio Grande do Sul. Ainda foi adquiri-
da uma unidade de produção de semen-
tes, em Lagoa Vermelha (RS). Juntas as
unidades tem capacidade estática para ar-
mazenar 240 mil toneladas de grãos. Elas
estão localizadas no Valinhos em Passo
Fundo, Água Santa, Três Pinheiro em Sa-
nanduva, Muitos Capões, Capão Bonito
do Sul, Lagoa Vermelha, Esmeralda, Tape-
jara, Capo-Erê em Erechim, Sertão, Char-
rua, Rio Telha em Ibiaça, Engenho Grande
em Água Santa e Vila Lângaro.
“A usina também produz reflexos no
campo, pelo menos 35% de toda a aqui-
sição de grãos é fruto da produção de cer-
ca de quinze mil agricultores familiares,
produtores de soja e canola nos estados
do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Paraná”, comenta Battistella.
Exportação
Em 25 de junho de 2013, a BSBIOS
tornou-se a primeira e única empresa do
Brasil a exportar Biodiesel com destino
final a Europa. Isto foi uma grande con-
quista para essa jovem empresa, pois foi
a BSBIOS de Passo Fundo que inseriu o
Brasil no mercado internacional de Bio-
diesel. “Um dos pontos chaves para essa
conquista foi à qualidade do seu biodie-
sel. Atualmente a companhia possui 600
colaboradores, gera mais 2.500 empregos
indiretos e também compra produção de
mais de 15 mil famílias de agricultura fa-
miliar” salienta o Presidente.
Diferencial
“A BSBIOS é uma indústria que pri-
ma pela qualidade dos seus produtos, por
isso os processos empregados são de alta
tecnologia, o que assegura elevado pa-
drão em seus processos e produtos” sa-
lienta Battistella. A BSBIOS possui um la-
boratório de ponta, onde é feito o controle
de qualidade de toda a matéria prima e
dos insumos utilizados. Segundo Battis-
tella nele é realizado o controle e moni-
toramento de todos os parâmetros que in-
terferem na qualidade do produto e seu
rendimento durante o processo de produ-
Erasmo Carlos Battistella, presidente
da BSBios
13. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL 13
ção. O laboratório da BSBIOS, certificado
pela ANP, é responsável pelo controle final
que certifica a qualidade de toda a produ-
ção. O biodiesel comercializado pela BS-
BIOS possui certificado próprio que garan-
te seu padrão. A empresa está preparada
para atender os certificados das especi-
ficações nacionais e internacionais. Em
agosto de 2009, Curitiba/PR adotou a uti-
lização de B100 em coletivos urbanos, o
biocombustível é fornecido com exclusivi-
dade pela BSBIOS. Os ônibus circulam no
trecho urbano da BR-476, na capital Pa-
ranaense. Esse é um de nossos projetos
chamado “Linha Verde”, comenta Battis-
tela. Esta foi à primeira iniciativa do Bra-
sil operando 100% com biocombustível
em ônibus urbanos. Em 2010 a BSBIOS
buscou normas internacionais que forne-
cessem diretrizes para assegurar a Segu-
rança Alimentar do farelo de soja produ-
zido, visando satisfazer os seus futuros
clientes nesse novo mercado.
No ano de 2011, a empresa recebeu
a certificação GMP+B2 e GMP+B3, que
atesta o atendimento dos requisitos inter-
nacionais relacionados à Segurança Ali-
mentar na sua cadeia de produção e co-
mercialização. Destaque Inovação em
Engenharia – Em outubro de 2012, a So-
ciedade de Engenharia do Rio Grande do
Sul (SERGS) reconheceu através do Prê-
mio Destaque Inovação em Engenharia
2012 as empresas empreendedoras que
atuam como pioneiras em inovação sus-
tentável, que tenham em seus processos
sustentabilidade baseada no tripé econô-
mico, ambiental e social. “A BSBIOS esti-
mula a qualificação interna de seus pro-
fissionais, principalmente nos processos
produtivos da empresa, devido a espe-
cificidade da tecnologia/informatização
das plantas,”destaca Battistella. Segundo
Erasmo a empresa recebeu o Prêmio Top
Ser Humano – Em outubro de 2012, a
BSBIOS foi agraciada com o prêmio Top
Ser Humano promovido pela Associação
Brasileira de Recursos Humanos, seccio-
nal Rio Grande do Sul (ABRH-RS), com
case “A Implantação do Plano de Carreira
com Foco em Competências”.
Benefícios do Biodiesel
“O biodiesel é um combustível menos
poluente que os de origem fóssil (petróleo
e derivados), produzido a partir de fontes
renováveis, como óleos vegetais e gordu-
ras animais. O biodiesel pode substituir
total ou em partes o óleo diesel mineral
em motores ciclo diesel automotivo (ca-
minhões, tratores, caminhonetes, auto-
móveis, etc) ou estacionários (geradores
de eletricidade, calor, etc). Ao substituir
o óleo diesel parcialmente, o biodiesel é
empregado como combustível comple-
mentar, que ajuda a reduzir as emissões
de gases poluentes” explica Battistella.
A mistura dos dois combustíveis é co-
nhecida pela letra B seguida pelo número
correspondente ao percentual de biodie-
sel adicionado. Por exemplo, uma mistu-
ra com 5% de biodiesel é chamada de
B5, e assim sucessivamente, até o bio-
diesel puro, denominado B100. Segun-
do ele o biodiesel é um lubrificante muito
melhor do que o diesel de petróleo, pois
tem mais viscosidade e desgasta menos o
motor. Ele também tem um índice de ce-
tano mais alto o que significa que é um
melhor combustível dando aos motores
mais torque.
“A produção do biodiesel se dá por
meio de uma reação química denomina-
da transesterificação de triglicerídeos com
álcool metanol ou etanol. A glicerina é um
subproduto do processo” comenta.
Battistella explica que nesse proces-
so o óleo vegetal é neutralizado ou pré-
-tratado e, posteriormente, irá reagir na
transesterificação, juntamente com o me-
tanol e o metilato de sódio. A glicerina for-
mada na reação é separada por decan-
tação e purificada para retirar traços de
metanol e umidade. Depois de separado
do glicerol ou glicerina, o biodiesel é pu-
rificado. Finalmente o biodiesel é filtra-
do e está pronto para o uso, tanto puro
como misturado ao óleo diesel, sem ne-
cessidade de modificações no motor do
veículo ou equipamento. Todo o proces-
so de fabricação leva cerca de 15 horas.
“A BSBIOS utiliza tecnologia americana
da Crown Iron Company para a produção
do biodiesel, o que garante atender as es-
pecificações tanto nacionais quanto inter-
nacionais (ANP, ASTM D 6751-06 e EM
14214). Além de produzir um biodiesel
diferenciado, com alto padrão de qualida-
de, essa tecnologia também garante aos
subprodutos esse mesmo padrão”, espe-
cifica Battistella.
Sustentabilidade e
Responsabilidade Social
“Nosso negócio em si gira em torno
da sustentabilidade. Além de produzir-
mos um combustível que evita a emissão
em 57% de gases de efeito estufa na at-
mosfera, conforme estudos da FGV (Fun-
dação Getúlio Vargas) e da Fipe e, com
isso, gera redução de 11 mil internações
hospitalares e 1,8 mil mortes por proble-
mas respiratórios, também transforma-
mos o sebo bovino – um antigo passivo
ambiental – em matéria prima (unida-
de Marialva) e ainda reaproveitamos ao
máximo o que podemos dentro de nos-
so processo industrial. Realizamos, por
exemplo, na unidade de Marialva o plan-
tio de árvores em nosso próprio terreno, e
fazemos a irrigação por meio de um siste-
ma que utiliza água do próprio processo
industrial, após tratamento. Temos tam-
bém lagoas específicas para o tratamen-
to físico-químico e biológico dos resíduos
gerados na indústria e uma equipe desti-
nada para acompanhar os tratamentos de
efluentes”, explica Battistella.
Segundo ele os resíduos Aromáticos
e Halogenados do Laboratório de Passo
Fundo, são doados à empresa Recycling
– Reciclagem Industrial Ltda, localizada
em Caxias do Sul/RS, para recuperação
de solvente. Reaproveitamento de madei-
ra da indústria moveleira na geração de
vapor. Com a produção do biocombustí-
vel além de se gerar energia limpa e reno-
vável também gera alimento e agrega va-
lor na pauta de exportações de produtos
industrializados. “A cadeia do biodiesel é
ampla, pois resultante do processo de es-
magamento das oleaginosas também pro-
duzimos farelo, que é matéria prima para
a fabricação de ração animal de bovinos,
aves, suínos, entre outros. Assim, o seg-
mento também contribui para a produção
de proteína animal, o que possibilita ex-
portar produto pronto e, não somente ma-
téria prima aumentando emprego e ren-
da em todo o Brasil”diz. Além disso, do
ponto de vista social, a BSBIOS apoia fi-
nanceiramente entidades que auxiliam a
crianças, jovens e adultos. (APAE, Projeto
Transformação em Arte, Lar Emiliano Lo-
pes, Lar da Criança de Marialva, Institu-
to Vicentino do Brasil e Projeto Som da
Banda).
BSBios e produtores rurais
A BSBIOS é detentora do Selo Com-
bustível Social e adquire no mínimo 35%
de toda sua matéria prima de agricultu-
ra familiar por meio de cooperativas que
possuem a DAP Jurídica, que é o instru-
mento que identifica as formas associa-
tivas dos agricultores familiares organi-
zadas em pessoas jurídicas devidamente
formalizadas. Segundo dados publicados
recentemente pelo Ministério do Desen-
volvimento Agrário (MDA), a agricultura
familiar faturou R$ 2 bilhões com a ven-
da de matéria prima para a produção de
biodiesel em 2012. A Região Sul é a área
com mais participação da agricultura fa-
miliar, representando 35% de toda capa-
cidade nacional. Em seguida, estão as
regiões Nordeste e Sudeste, com 30%,
seguida por Centro-Oeste e Norte, com
15%. A soja e a canola estão entre as
culturas mais adquiridas. Segundo Battis-
tella a BSBIOS fomenta a cultura da ca-
nola e garante a compra da produção a
preço semelhante ao de soja. Atualmen-
te são cerca de 15 mil hectares de cano-
la cultivados pelo Programa de Fomento
de Canola da BSBIOS e aproximadamen-
te 250 produtores entre os Estados do Rio
Grande do Sul, Paraná e sul de São Paulo.
A expectativa era de que essa área fosse
pelo menos 30% maior nesta safra, mas
com a falta de sementes no mercado isso
não foi possível, mesmo com produtores
interessados. A expectativa da empre-
sa é superar a casa dos 200.000 ha até
2020, o que permitiria a empresa atender
a maior parte da demanda de óleo vegetal
para produção de biodiesel desta cultura.
Tendo em vista os volumes de grãos
consumidos diariamente pelas unidades
industriais da BSBIOS, a empresa ainda
não utiliza canola para a produção de bio-
diesel, pois não há quantidade suficien-
te no mercado para abastecer a indústria.
Quando avalia-se possibilidades de maté-
ria-prima alternativa à soja, utilizada atu-
almente, deve-se levar em conta um vo-
lume mínimo para atender as demandas,
e este volume mínimo ainda está sendo
trabalhado pelo Departamento de Fomen-
to da empresa para ser alcançado. O vo-
lume que se tem hoje seria absorvido em
uma semana, e esta utilização torna-se
viável com um volume que seja suficien-
te para abastecer de três a quatro meses
a estrutura industrial, que seria pelo me-
nos 50 a 60 mil hectares a mais do que
temos hoje.
14. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL14
Decisões favoráveis aos autores da
ação coletiva que segue tramitando na
Justiça dão novo ânimo às entidades
que cumprem o papel que é primor-
dial, defender o produtor rural
No dia 29 de setembro, durante a
Expointer 2013, os Sindicatos Rurais
de Passo Fundo, Sertão, Santiago, Ar-
vorezinha e Giruá e a Fetag (Federa-
ção dos Trabalhadores Rurais na Agri-
cultura) receberão honraria concedida
pela Aprosoja RS (Associação dos Pro-
dutores de Soja do Rio Grande do Sul)
homenageando a coragem de lutarem
contra as cobranças abusivas de royal-
ties sobre a soja transgênica na moe-
ga, praticadas pela multinacional Mon-
santo.
A ação coletiva organizada por es-
ses sindicatos, iniciada em 2009 e com decisões
favoráveis aos produtores rurais no TJ-RS e no STF,
segue tramitando após recursos da multinacional.
Com ela os sindicatos buscam comprovar que a co-
brança de royalties na moega é ilegal, indo direta-
mente contra o que pressupõe a Lei de Cultivares
brasileira.
Além dessas entidades, receberão homenagens
o presidente do Sindicato Rural de Soledade, Samir
Lamaison representando todos os demais sindica-
tos que apóiam a ação, o jornalista João Batista Oli-
vi, a Rádio Voz do Campo, o advogado Néri Perin e
o presidente da Associação de Produtores de Soja,
Oleaginosas e Cereais (APS) do Paraguai, Karsten
Friedrichsen.
Segundo o presiden-
te da Aprosoja RS, Ireneu
Orth a homenagem foi ini-
ciativa das próprias lideran-
ças da associação. “Vimos
a necessidade de chamar
mais a atenção para essas
lideranças que, com mui-
ta coragem, enfrentam uma
empresa multinacional que
vem cobrando valores inde-
vidos do produtor. Quere-
mos novas tecnologias, mas
também queremos pagar o
que a lei brasileira determi-
na”, destaca.
O presidente obser-
va ainda que a ação abriu
os olhos dos produtores de
todo o país para a questão. “A maioria dos agricul-
tores não enxergava o problema. A lei de Cultivares
precisa ser cumprida, onde o produtor paga pela
tecnologia no momento em que adquire a semente,
assim como funciona com todas as demais empre-
sas de tecnologia que atuam no país. Não é justo
que a empresa tenha uma participação em nossos
resultados”, complementa.
Orth destaca ainda que a Aprosoja não partici-
pou da ação coletiva, por não estar constituída juri-
dicamente na época. “Não conseguimos participar,
mas apoiamos intensamente essa atitude de cora-
gem, onde essas entidades cumpriram seu papel
social, trabalhando em prol dos agricultores de todo
o país”, frisa.
Luta pelo fim do
pagamento de royalties
da soja na moega rende
homenagem a sindicatos
Presidente da Aprosoja RS, Ireneu Orth
“É muito bom ter o reconhecimento por um trabalho
ao qual nos dedicamos por um longo período, cujo
o resultado, ainda que parcial, nos mostra um hori-
zonte promissor, ter o apoio de entidades, de inúme-
ros produtores tanto de nosso estado como de ou-
tros estados, nos encorajam, nos animam, trabalhar
cada vez mais pela classe, e principalmente em de-
fesa de seus direitos. Os debates acalorados só nos
engrandeceram, dos divergentes esperamos que te-
nham visto a razão e a legalidade de nossas ações,
e que isto resulte em crédito e motivação a todos
que com dificuldade ou não tem ações em defesa da
classe produtora. Devemos estar unidos e vigilantes
em defesa da agricultura e do agricultor brasileiro.
Esta homenagem deve ser extensiva a todos os que
apoiaram e estiveram juntos na defesa de nossos di-
reitos, tanto agricultores bem como a sociedade em
geral. A lei de cultivares deve ser preservada e isso
nos diz que devemos nos manter unidos e atentos.”.
João Batista da Silveira
Ex-presidente do Sindicato Rural de Passo Fundo
“A nossa revolta surgiu porque cons-
tatamos que a entidade que deve-
ria lutar pelos nossos interesses, na
nossa defesa, não estava fazendo
nada e pior, ainda estava apoiando
abertamente a multinacional. Isso
nos obrigou a entrar com essa ação
contra a cobrança indevida do soja
na moega que mais tarde compro-
vou que aquela cobrança era indevi-
da e mais, examinando a lei do país
verificou-se que os produtores foram
lesados desde o início da cobranças
até 2013, quando cessou a cobran-
ça, tanto é que na ação original o
magistrado decidiu que a multina-
cional tem que nos devolver todos o
valor que levou indevidamente pela
TJLP mais 1%”.
Luiz Fernando Benincá
Produtor rural
“Então presidente do Sin-
dicato Rural de Passo Fun-
do na época, me preocupei
em assinar essa ação, pois
víamos que algo de muito
errado estava acontecen-
do. Tínhamos o interesse
de defender o produtor ru-
ral como entidade, espe-
cialmente porque parte de
seus lucros com a produ-
ção de soja era destinado à
multinacional, o que já fa-
zíamos antes, ao adquirir a
semente. Temos consciência de que a Monsanto propor-
cionou uma nova era na agricultura com a soja transgê-
nica e concordamos em pagar por essa tecnologia, mas
na semente como fazemos, por exemplo, com o milho
desenvolvido por ela”.
Jair Rodrigues
Presidente da Aprosoja Planalto Médio.
“Raras são as oportunidades em que ao advoga-
do é dado defender causa tão nobre. Não somos
contrários ao lucro e das estratégias das empre-
sas para desenvolver seus negócios. Discordamos
com o exagero e com as condutas que ferem leis
e princípios de boa convivência social. No Brasil
as leis estão sendo desobedecidas, padrões extra-
legais são impostos pela força do dinheiro e pelo
interesse escuso. Quem deveria defender, ataca,
agride os interesses dos representados. Os Sindica-
tos Rurais (Patronais e dos Trabalhadores) Autores
Coletivos, praticaram a verdadeira defesa dos agri-
cultores e da sociedade consumidora de alimen-
tos. Merecem reconhecimento público, sem dúvi-
da. Nós tivemos a honra de provocar a solução.
Uma distinção é claro. Mas o mérito é todo do Ju-
diciário que deixou o recado: a jurisdição pertence
ao Estado e as leis são para serem cumpridas, não
para serem adaptadas ao interesse próprio”.
Neri Perin
Advogado responsável pela ação.
DEPOIMENTOS
Entenda a história
Indignados com as cobranças abusi-
vas de royalty sobre a soja na moega que
a multinacional Monsanto vinha pratican-
do, os sindicatos rurais de Passo Fundo,
Sertão e Santiago e posteriormente de Ar-
vorezinha, Giruá e a Fetag RS (Federação
dos Trabalhadores da Agricultura) entra-
ram com uma ação coletiva solicitando a
suspensão da cobrança, justificando que
ela não cumpre determinações da Lei de
Cultivares. Além disso, solicitaram que a
empresa devolvesse todos os valores pa-
gos nos últimos anos. Na ação, pediram
liminar para possibilitar o depósito judicial
das taxas tecnológicas e indenizações que
foi concedida, mas no valor de 1% do pre-
ço da soja adquirida. A Monsanto recor-
reu ao TJRS que reconheceu o cabimento
da ação coletiva e a legitimidade das en-
tidades rurais para propor a demanda ju-
dicial, mas negou o alcance nacional das
decisões no processo. Também cassou a
liminar quanto ao depósito judicial, por en-
tender não existir risco de dano irrepará-
vel até que o mérito da ação seja decidido.
Tanto a Monsanto quanto os sindicatos re-
correram ao STJ. O supremo decidiu que
a decisão deve atingir todos os produto-
res rurais do Brasil que usam a tecnologia.
Dessa forma, o processo segue tramitando
normalmente na 5ª Câmara Civil do Tribu-
nal de Justiça do Rio Grande do Sul.
16. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL16
O principal objetivo do evento: Amé-
ricas: Conferência Internacional sobre
Utilização de Soja é promover o amplo
debate entre a comunidade científica e
representantes dos diversos setores de
Soja sobre as pesquisas realizadas e os
avanços científicos sobre o uso da soja.
Segundo Mercedes Concórdia Carrão
Panizzi, pesquisadora Embrapa Trigo
este evento é uma versão do “Interna-
tional Soybean Processing and Utiliza-
tion Conference (ISPUC)” que tem sido
realizado, a cada 5 anos, em diferen-
tes países do mundo (China, Tailândia,
Brasil, Japão, India e Estados Unidos),
porém o foco desta conferencia é vol-
tado para as Américas, onde estão os
principais países fornecedores de soja,
Estados Unidos, Brasil e Argentina. Es-
tivemos participando da organização
desses eventos, e achamos que seria
interessante organizarmos um evento
regional (Américas), facilitando partici-
pação de Latinos Americanos.
Programação
A programação que pode ser vista
no site do evento www.icsu2013.com.
br compreende todas as áreas de utili-
zação de soja, no que se refere a produ-
ção, melhoramento genético para melhor
qualidade, processamento, alimentação
animal, nutrição e saúde, alimentação
institucional, e usos industriais não ali-
mentares. Inclusive nessa área de usos
não alimentares, há inúmeras formas de
utilização que numa outra ocasião dis-
cutimos por realização Do “Seminário
Internacional de Soja - Recurso Renová-
vel para Usos Industriais Não Alimenta-
res”, no Rio de Janeiro em 2007, numa
GPS
Tecnologia na agricultura potencializando
rendimentos para alcançar a excelência.
Tecnologia na agricultura potencializando
rendimentos para alcançar a excelência.
Américas: Conferencia
Internacional sobre a
Utilização da Soja
promoção da Embrapa Soja e da Ameri-
can Oil Chemist´s Society -AOCS.
Os países que participarão com pa-
lestrantes no evento serão os Japone-
ses, brasileiros, americanos e argenti-
nos que detém informações e inovações
técnicas da área de utilização de soja,
comenta Mercedes. O evento será em
Bento Gonçalves por questões de cus-
tos de organização, e também, por ser
a região do vale dos vinhedos poderia
ser uma atração. Podem participar des-
ta conferencia pesquisadores, professo-
res, estudantes, produtores, industriais,
ou seja, interessados em processamen-
to e utilização de soja. “O evento será
de 22 a 24 de outubro de 2013, no
Dall´Onder Grande Hotel, em Ben-
to Gonçalves, RS. Oportunidade única
para interação acadêmica e empreen-
dedora, principalmente para os buscam
conhecimentos e tecnologias para utili-
zação de soja com qualidade”, explica
Mercedes.
Organização
Os organizadores do evento serão
as Instituições:Embrapa Trigo, Embrapa
Agroindústria de Alimentos e Embrapa
Soja, com apoio da CAPES. Importan-
te ressaltar que a Presidente do Evento
– Mercedes Concórdia Carrão Panizzi,
pesquisadora Embrapa Trigo; Vice Presi-
dente – Ilana Felberg pesquisadora Em-
brapa Agroindustria de Alimentos; Co-
missão Técnica – José Marcos Gontijo
Mandarino pesquisador Embrapa Soja.
internacional
17. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL 17
Visite nosso estande na
EXPOINTER 2013
Ind. de Máquinas Agrícolas
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para Cavalos 2 Linhas
Plantadeira e Adubadeira
3 Linhas
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Plantadeira e Adubadeira
9 Linhas Múltipla
Arrasto
Plantadeira e Adubadeira
5 Linhas
Hidráulica ou de Arrasto
Plantadeira e Adubadeira
1 Linha para
Micro Trator
Máquina Sulcadora e
Adubadora Plantio Direto
2 ou 3 Linhas
Plantadeira Adubadeira
Mecanizada para Pequenos
Tratores - Plantio Direto
Plantadeira e Adubadeira
5 Linhas Múltipla
Hidráulica ou Arrasto
Plantadeira e Adubadeira
7 Linhas de Arrasto
Plantadeira e Adubadeira
11 Linhas Múltipla
Arrasto
Plantadeira e Adubadeira
Roda Dianteira
para Cavalos
Plantadeira e Adubadeira
para Bois 2 Linhas
Plantadeira e Adubadeira
2 Linhas para
Micro Trator
Plantadeira e Adubadeira
de Linhas Individuais
Hidráulica ou Arrastão
Consultada a Monsanto do Brasil informou
que acaba de anunciar o lançamento comercial
da nova tecnologia para soja INTACTA RR2 PRO,
que combina três soluções em um único produto:
resultados de produtividade sem precedentes; to-
lerância ao herbicida glifosato proporcionada pela
tecnologia Roundup Ready (RR); e controle con-
tra as principais lagartas que atacam a cultura da
soja que são a lagarta da soja, lagarta falsa medi-
deira, broca das axilas, também conhecida como
broca dos ponteiros e lagarta das maçãs e supres-
são às lagartas do tipo elasmo e do gênero Helico-
verpa. Segundo a assessoria de comunicação da
Monsanto a tecnologia INTACTA RR2 PRO está
sendo disponibilizada aos agricultores brasileiros
agora, para o plantio na safra 2013/14. A tecno-
logia INTACTA RR2 PRO será a nova plataforma
da Monsanto para o lançamento de futuras tec-
nologias para soja no Brasil e na América do Sul.
Tecnologia RNAi
Em fase inicial de pesquisas com RNAi. A
Monsanto explica que ainda é cedo para se falar
sobre que produtos terá no futuro, pois essa tecno-
logia ainda está em fase de desenvolvimento. Se-
gundo a assessoria de comunicação da Monsanto
RNA significa interferência de RNA. Que é a ca-
pacidade natural da célula de examinar as instru-
ções contidas no interior da célula e, em seguida,
“decidir” se processará as instruções ou não. Con-
sequentemente, este processo de instrução pode
parar a produção de uma proteína específica, ou
rejeitar a produção, assim como um interruptor
com uma luz. Duas novas tecnologias, duas novas
soluções que com certeza ajudarão o agricultor no
campo e na sua produção, informa Monsanto.
Monsanto: novas
tecnologias em soja
tecnologia
18. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL18
APSUL América
I Congresso Sul-Americano de Agricultura
de Precisão e Máquinas Precisas
Data: 24 a 26 de setembro de 2013
Local: Não-Me-Toque (RS)
Informações e inscrições:
www.apsulamerica.net
www.apsulamerica.net
(54) 3332.1621
(54) 3332.3177
Em sua segunda edição, encontro realizado em Não-Me-Toque, volta a debater
pesquisa e experiências do campo no final de setembro
Congresso reúne especialistas
e produtores em torno
da agricultura de precisão
Terra da Expodireto Cotrijal, uma das maiores feiras de
agronegócio da América Latina, Não-Me-Toque é também a
capital da agricultura de precisão. A cidade é hoje referência
nos assuntos que ligam pesquisa e tecnologias para aprimora-
mento nas culturas de plantio. Foi com o objetivo de fortalecer
essa relação que, em 2011, surgiu o APSul América – Con-
gresso Sul-Americano de Agricultura de Precisão e Máquinas
Precisas. Este ano, o evento terá sua segunda edição, a ser re-
alizada entre os dias 24, 25 e 26 de setembro.
Realizado em parceria com a Universidade Federal de San-
ta Maria (UFSM), o Congresso tem entre os destaques de sua
programação painéis sobre tecnologias no agronegócio bra-
sileiro, produtividade na lavoura de grãos e precisão na dis-
tribuição de fertilizantes e corretivos. Entre os palestrantes
convidados estão especialistas da UFSM, de São Paulo, do
Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) da Ar-
gentina, além de produtores da região. Os participantes tam-
bém terão a oportunidade de participar de oficinas voltadas
para manejo, plantio e maquinário, oferecidas durante o en-
contro.
Em sua primeira edição, o evento realizado no parque da
Expodireto, superou as expectativas de público atraindo pes-
quisadores, produtores e estudantes de todo o estado. Para a
secretária de desenvolvimento de Não-Me-Toque, Margarete
Lauxen, o Congresso é uma maneira de afirmar a cidade como
referência em agricultura de precisão e na capacitação de pro-
dutores. “Um dos maiores objetivos é poder mostrar ao peque-
no produtor que ele também pode se utilizar desta tecnologia,
que nós não queremos oferecer uma agricultura de precisão
somente para o grande e o médio produtor. Para isso, fizemos
um trabalho junto ao Sindicato Rural e a Cotrijal”, explica ela.
As inscrições para a segunda edição do ApSul América são
gratuitas e podem ser realizadas pelo site do evento, no ende-
reço www.apsulamerica.net, ou no local. As oficinas, no en-
tanto, tem vagas limitadas e necessitam de pré-inscrição no
site. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail
www.apsulamerica.netou na página do congresso no Face-
book, com o nome Congresso Sul-Americano de Agricultura
de Precisão e Máquinas.
Durante o encontro, ocorrerá ainda a formatura da primei-
ra turma do Curso Técnico de Agricultura de Precisão, criado
em parceria com o Instituto Farroupilha da UFSM, o primeiro
da região a ser voltado para a área.
pesquisa
19. Especial
Sexta-feira, 23 de agosto de 2013
INFORME COMERCIAL 19
Organismos Geneticamente Modifi-
cados (OGMs) hoje chega a mesa do
consumidor sem maiores resistência.
A dez anos legalizado no Brasil o soja
transgênico ocupa a maior área em plan-
tação, sendo esse dado próximo a 88%
da safra em grãos. E para nos falar me-
lhor sobre esse assunto Paulo Fernan-
do Bertagnolli pesquisador da Embrapa
explica que hoje a utilização de trans-
gênicos no Brasil, de uma maneira ge-
ral, já é aceita como normal, e a pene-
tração de cada transgênico vai depender
muito da característica que foi incorpo-
rada na planta de soja. Segundo ele há
uma legislação extremamente rigorosa a
ser cumprida e a CNTBio é o órgão res-
ponsável pela liberação de novos trans-
gênicos. Em sua opinião os transgênicos
são uma boa ferramenta de ação se bem
estudados e que conferem uma qualida-
de de alto valor, seja para o agricultor ou
para o consumidor. “São de grande uti-
lidade hoje e terão maior valor no futu-
ro” diz.
Novidades
Logo existirá novidades no que se
refere aos transgênicos no mercado de
soja. A Embrapa pesquisa novos trans-
gênicos e também desenvolve novas
cultivares com transgênicos já existen-
tes no mercado. A busca por novos es-
tudos é constante. Segundo Bertagnolli
existem muitas opções de transgênicos
e cada vez aumentará o número de op-
ções. “Hoje temos no mercado brasilei-
ro de soja, transgênicos que conferem
resistência a insetos e a herbicidas.
Logo se terão transgênicos conferin-
do resistência a fungos e a nematoides
e, futuramente, se terão transgênicos
conferindo resistência para uma série
de outras características, melhorando
a resistência a fatores ambientais ad-
versos e com melhor qualidade das ca-
racterísticas do grão para consumo hu-
mano e animal” explica.
Sanidade
Novas linhagens de soja resistentes a
doenças estão sendo pesquisadas e de-
senvolvidas pela Embrapa. Paulo salien-
ta que essas linhagens são resistentes a
múltiplas doenças, mas principalmente
sem serem transgênicos. “Possui variabi-
lidade natural da soja”, diz.
Por essa razão podemos dizer que
a transgenia em uma década nos pro-
porcionou uma agricultura mais lim-
pa. Pois com ela foi possível diminuir
o uso de defensivos agrícolas, trazen-
do, portanto benefícios ao meio.
Transgênicos: cada vez mais
A transgênese ocupa um espaço gigantesco em nossa mesa hoje
genética
20. 20 INFORME COMERCIALSexta-feira, 23 de agosto de 2013
Inscrições e informações acesse o site: www.apsulamerica.net
Informações: SINDICATO RURAL DE NÃO-ME-TOQUE FONE: (54) 3332-1621 E-mail: apsul2013@hotmail.com
Realização:
SR
Patrocínio:
A CAPITAL NACIONAL DA AGRICULTURA
DE PRECISÃO CONVIDA:
24, 25 e 26 de Setembro de 2013
Parque da Expodireto Cotrijal
Não-Me-Toque
Rio Grande do Sul - Brasil
Ouro: Diamante: