3. Doenças Transmitidas por
Mosquitos
Das mais antigas doenças que afligem a humanidade
Transmitem doenças a cerca de 70 milhões de pessoas
anualmente
África, América do Sul e Central, México e grande parte da Ásia
4. Dengue
Agente:
Vírus ARN do género Flavivírus,
familia Flavivíridae;
4 serotipos (DEN 1; DEN 2; DEN
3; DEN 4).
Vector:
Mosquito família Aedes,
fundamentalmente, a espécie
Aedes aegypti.
Reservatório:
Primatas.
5. Dengue
Fisiopatologia:
Período de incubação: 3-7 dias; podendo prolongar-se até 14 dias
Duração da doença: 5-7 dias;
Convalescença: algumas semanas.
Quadro Clínico/ Alterações analíticas (Dengue Clássico):
Febre elevada;
Mialgias intensas;
Cefaleias frontais e retroorbitárias;
Exantema maculopapular (3º dia);
Manif. Hemorrágicas;
Período defervescência (sensação de ardor e descamação
palmoplantar);
Leucopénia, trombocitopénia, ↑ provas função hepática.
6. Dengue
Quadro Clínico/ Alterações analíticas (Dengue Hemorrágico):
Evolução do quadro após defervescência é mais grave;
Comporta-se como uma sépsis grave (CID e aumento da
permeabilidade vascular);
Trombocitopénia acentuada (< 10 000 pl.);
Hipofibrinogenémia;
↑ dos produtos de degradação da fibrina.
7. Dengue
Diagnóstico Serológico
Pesquisa de IgM e IgG (no sangue ou liquor)
Sangue
Adulto – 5 ml em tubo seco (ou 2ml de soro)
Criança – 2ml em tubo seco (0,5 a 1 ml de soro)
O diagnóstico direto é feito por deteção dos
ácidos nucleicos (RT- PCR) do vírus no sangue
ou liquor
Adulto – 5 ml de sangue em tubo com EDTA
Criança – 2ml de sangue em tubo com EDTA
8. Dengue
Tratamento
É de suporte, com:
• Repouso
• Ingestão adequada de fluidos
• Paracetamol
9. Dengue
Perante um caso provável…
Para aconselhamento ou esclarecimento ligar para
Linha Saúde 24 (808 24 24 24).
Contactar:
Médico assistente
Centro de Saúde da área de residência
Dirigir-se ao Serviço de urgência
Concelhio ou Hospital Dr. Nélio Mendonça
Informação adicional:
http://iasaude.sras.gov-madeira.pt/mosquitos/
10. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E EFEITOS NA SAÚDE
Organizar Respostas
EFEITOS NA SAÚDE
Uniformizar Iniciativas
• Doença e morte relacionada com as
temperaturas;
ALTERAÇÕES Alterações nas cadeias de • Alterações de Saúde relacionadas com
CLIMÁTICAS A contaminação Microbiana Climas Extremos;
NÍVEL REGIONAL
• Alterações de Saúde relacionadas com
• Ondas de Calor; Alterações nas dinâmicas Poluição do Ar;
de transmissão
• Climas Extremos; • Doenças provocadas pelas condições da
Alterações água e alimentos;
Climáticas • Temperatura;
Alterações agro-
• Doenças provocadas por vectores e
hidrológicas
• Precipitação. roedores;
• Efeitos devido à carência de alimentos e
Alterações sócio
água;
demográficas
• Efeitos ao nível da Saúde Mental;
• Emergência de doenças infecciosas.
Medidas de adaptação
específicas da Saúde
Prioridades de
Investigação Avaliação da
adaptação
14. O Vector Mosquito - Morfologia
Diferenças Fêmeas / Macho
Probóscide (♀)
Maior tamanho (♀)
Maior longevidade (♀)
Machos normalmente inaudíveis (♂)
Propriedades Sensoriais
Capazes de detectar CO2 e Ác.
Láctico até 36 metros
Maior tendência a atacar pessoas
suadas
Sensores visuais (+++ contraste)
Sensores térmicos apurados
15. O Vector Mosquito – Ciclo de Vida
Mosquitossofrem
metamorfose
completa, durante a
sua vida
Passa por 4 fases:
Ovo,
Larva,
Pupa,
Forma Adulta
Ciclo de Vida do Mosquito
16. 2006
Fonte: Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais. Instituto Publico-RAM/Departamento de Protecção e Promoção da
Saúde
17.
18.
19. NÃO EXISTE AINDA VACINA
MEDIDAS DE
PREVENÇÃO
AMBIENTAL
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
21. Colocar no lixo latas,
garrafas, potes e outros
objetos, sem uso, que
possam acumular água.
Não abandonar em
quintais e jardins, nem
em terrenos baldios.
21
23. Outros objetos e desperdícios podem acumular água e
devem ser colocados em sacos de plástico que deverão
ser fechados e depositados no lixo.
23
24. Por isso, devem ser
guardados em locais
cobertos ou então, devem
ser perfurados.
Entregar aos serviços de
limpeza da Câmara
24
25.
26. Não cultivar plantas
em jarros com água.
Senão, lavar e
esfregar com água e
sabão, uma
vez/semana.
Colocar areia nos
pratos dos vasos de
plantas até à borda ou
virá-los ao contrário.
26
28. Elimine a água acumulada em bromélias.
Evite plantas que acumulem água.
28
29. Nos cemitérios colocar terra ou areia nas floreiras e
jarras, ou mudar a água pelo menos uma vez na
semana.
29
30. Preencher os buracos das árvores e as outras
cavidades das plantas com areia ou terra.
31. Manter bem fechados
poços, cisternas e outros
depósitos de água para
consumo.
Vedar com tela fina
aqueles que não têm
tampa própria.
31
32. Devem ser tratadas com cloro e limpas uma vez por
semana.
Se não forem usadas devem ser mantidas vazias ou
cobertas.
Colocar 1kg de sal no ponto mais raso
32
33. As calhas/caleiras devem ser mantidas limpas e
desentupidas, removendo-se folhas e materiais que
possam impedir o escoamento da água.
33
34. Lagos e cascatas decorativas devem ser mantidos
limpos.
A criação de peixes pode ser benéfica porque algumas
espécies comem as larvas de mosquitos.
34
35. Os bebedouros dos animais
devem ser lavados com
escova e água corrente, pelo
menos uma vez por semana.
Deixar a tampa das sanitas sempre
fechada.
Caso sejam pouco usadas, fazer uma
descarga semanal.
35
39. Cacos de vidro nos muros – colocar areia em todos os
que possam acumular água.
40. Ralos de cozinha e casa de banho – manter
desentupidos. Quando não estão a ser utilizados,
devem ser mantidos fechados.
41. Sarjetas, ralos e sifões com água – retirar a água
acumulada e cobrir a entrada com uma rede de metal
fina ou deitar sal de cozinha 35g/litro de água
42. Zonas de obras – vedar as caixas de água e cisternas.
Esvaziar e lavar uma vez por semana os bidões.
46. Reduzir a exposição corporal à picada (usando
roupa clara que permita ver os mosquitos sobre a
roupa, camisa de manga comprida, calças e meias).
Usar redes de
proteção nas janelas
das casas.
46
47. Usar redes mosquiteiras nas camas, sobretudo se
dormir durante o dia.
Limitar o tempo
passado no exterior
ao amanhecer e ao
anoitecer.
Utilizar ar
condicionado.
Evitar zonas onde existam águas
paradas.
47
48. Aplicar repelente de mosquitos que contenha 20-30%
de N,N-dietil-m-toluamida (DEET):
PREVIPIQ
TABARD
48
49. Apenas nas zonas de pele expostas e/ou na roupa
(de acordo com as instruções do produto). Não use
repelentes sob a roupa.
As formas de apresentação tipo stick ou roll-on, regra
geral, têm maior concentração que os aerossóis ou
leites corporais.
Se aplicar repelentes em aerossol, fazê-lo em
ambiente arejado, para evitar a inalação.
50. Nas crianças menores de 10 anos , os repelentes a
usar não devem exceder uma concentração de DEET
de 10%.
Não aplicar repelentes nas mãos.
Está contraindicado nas crianças de idade inferior
a 2 meses e nas mulheres grávidas.
Vitamina B1 – 100mg/dia ?
50
51. Implementação de Programa de
Controlo Vectorial
1. Vigilância entomológica;
2. Controlo físico; redução e eliminação de
criadouros
3. Controlo químico; Larvicidas e inseticidas
4. Controlo biológico; gambusia…
5. Modificação genética da população;
6. Educação em Saúde e Comunicação Social;
7. Ações administrativas e legais
corretas/corretivas e eficazes.
52. Vigilância entomológica
Controlo físico - redução e eliminação de criadouros
- A fazer em contínuo desde 2005
Controlo químico - Larvicidas e inseticidas
- A retomar intervenção
Educação em Saúde e Comunicação Social
- Spots televisivos, folhetos…
Ações administrativas e legais
- Coimas e Diploma a permitir entrada em
propriedades devolutas, fechadas
55. Conclusões
O dengue em regra, evolui para a cura, mas podem
acontecer casos mais graves, que requerem cuidados
médicos
Os casos suspeitos, que se podem assemelhar a um
quadro febril comum, devem procurar aconselhamento
médico e não fazer automedicação, nomeadamente não
tomar aspirina.
Em caso de dúvidas, poderá ser contactada a Linha de
Saúde 24 (808242424).
56. Conclusões
O dengue transmite-se exclusivamente pela picada dos
mosquitos infetados com o vírus.
Não se transmite de pessoa a pessoa.
Não dá origem a cadeias de transmissão
A principal medida de prevenção contra o dengue é a
proteção contra a picada do mosquito, uma vez que não
existe vacina para esta doença
Por isso, o uso de repelentes de insetos é uma medida
essencial na prevenção (Previpiq e Tabard)
Notas do Editor
(cascas de ovos, embalagens plásticas ou descartáveis), por menor capacidade que tenham,
Pneus velhos são um dos criadouros preferidos pelo mosquito.
Invertendo a planta ou secando-a pelo menos 1 vez por semana
Espécie ideal de peixes GAMBUZIA. Também tartarugas ou rãs
Deitar lixivia no recipiente onde se coloca o piaçaba.
Depende das marcas de frigorificos
Mencionar que quanto às estradas municipais as pessoas podem alertar, mas devem ter este cuidado numa entrada comum para os apartamentos, ou na sua entrada da casa, ou jardim.
Secar os poços de elevador e lajes uma vez por semana. Remover da construção as latas.