1. O Karatê-Dô e sua origem
Castelo de Shuri, em Okinawa
2. Uma arte marcial antes praticada secretamente na
Ilha de Okinawa (sul do Japão) por pessoas comuns que
estavam proibidas de portar armas, e por isso se
defendiam de mãos vazias, fazendo uso destas, dos
cotovelos, joelhos e pés.
Os estilos de Karatê mais praticados atualmente são:
Estilo Fundador
Shotokan-Ryu Gichin Funakoshi
Wado-Ryu Hironori Otsuka
Goju-Ryu Chojun Miyagi
Shito-Ryu Kenwa Mabuni
Shorin-Ryu Choshin Chibana
3. Existem muitos outros estilos de Karatê, as diferenças
entre os estilos são baseados nos locais de origem.
Haviam três principais núcleos de "Te" (mãos) em
Okinawa. Estes núcleos eram as cidades de Shuri,
Tomari e Naha. Conseqüentemente os três estilos
básicos antes de receberem os nomes mencionados na
tabela acima, tornaram-se conhecidos como Shuri-Te,
Tomari-Te e Naha-Te.
A seguir vamos mencionar os nomes dos mestres
que desenvolveram e ensinaram o Karatê nas cidades
de Shuri, Tomari e Naha.
4. Shuri-te
Sakugawa Sokon Matsumura Anko Itosu
O primeiro deles, Shuri-Te, veio a ser ensinado por
Sakugawa, que ensinou Sokon "Bushi" Matsumura, e que
por sua vez ensinou Anko Itosu.
Foi Itosu o responsável pela introdução da arte nas escolas
públicas de Okinawa. Shuri-te foi o precursor dos estilos
japoneses que eventualmente vieram a se chamar Shorin-
Ryu, Shotokan-Ryu, Shito-Ryu e Wado-Ryu.
5. Tomari-te
Kosaku Matsumora Chokki Motobu Chotoku Kyan
Tomari-Te foi desenvolvido juntamente por Kosaku
Matsumora e Kosaku Oyadomari.
Matsumora ensinou Chokki Motobu e Oyadomari ensinou
Chotoku Kyan - dois dos mais famosos professores da
época.
Até então Tomari-Te era largamente ensinado e
influenciou tanto o Shuri-Te como o Naha-Te.
6. Naha-te
Seisho Arakaki Kanryo Higaonna Chojun Miyagi
Seisho Arakaki desenvolveu o Naha-Te, e o estilo
tornou-se popular devido aos esforços de Kanryo
Higaonna e seu mais famoso aluno foi Chojun Miyagi.
Miyagi também foi à China para estudar. Mais tarde
ele desenvolveu o estilo conhecido hoje por Goju-Ryu.
7. Sendo assim, resumindo:
Da cidade comercial de Naha (Okinawa) surgiu o
Naha-Te (mão do norte ou estilo do norte), sistema de
luta que dava ênfase à força, deu origem ao estilo Goju-
Ryu de Karatê.
Da cidade portuária de Tomari (Okinawa) surgiu o
Tomari-Te (mão do centro ou estilo do centro). Sistema
de luta que, na verdade, era uma fusão dos estilos de
Shuri e Naha.
Da capital Shuri (região Sul de Okinawa) surgiu o
Shuri-Te (mão do sul ou estilo do sul), sistema de luta
que valorizava a velocidade.
Shuri-te e Tomari-te deram origem aos estilos Shorin-
Ryu, Shotokan-Ryu, Shito-Ryu e Wado-Ryu.
8. Porém, o sistema de luta desenvolvido em Okinawa
era conhecido além das fronteiras como Okinawa-Te
(mão de Okinawa).
Este nome manteve-se, até por volta de 1936, até
que, com o evento do "conflito sino-nipônico" (Guerra
entre a China e o Japão) foi criada a palavra "Karatê"
(mãos vazias) e um grande mestre da época, Gichin
Funakoshi, considerado o Pai do Karatê moderno,
criador do estilo Shotokan-Ryu, adotou esta palavra para
substituir a denominação do Okinawa-Te,
permanecendo então até nossos dias como Karatê.
9. Gichin Funakoshi
Este mesmo mestre, incrementando sentido espiritual e filosofia de
vida ao Karatê, adicionou a palavra Dô (caminho, vereda espiritual),
ficando conhecido como Karatê-Dô (O caminho das mãos vazias).
O passo seguinte foi a adoção do karatê-gi, um uniforme igual para
todos, branco, e o sistema de faixas e graduações de Kyus (faixas
coloridas, da branca até a marrom) e Dans (do 1o grau e acima para os
faixas pretas) similar ao que era usado no Judô.
No ano de 1933, o Dai Nippon Butokukai, órgão japonês
encarregado das artes marciais, reconheceu oficialmente o Karatê-Dô
como arte marcial.
10. Esta apresentação de slides foi totalmente
adaptada para postagem em nossa Página todo o
conteúdo aqui apresentado pode ser encontrado em:
Karate-Do. História: O Karatê-Dô e sua origem.
Disponível em: <http://www.karate-
do.com.br/ead/index.php?
option=com_content&task=view&id=34&Itemid=1>.
Acesso em: 28 de julho de 2013.
REFERÊNCIAS