Só com o conhecimento e o entendimento do real conceito de patrimônio cultural − todos os bens, materiais e imateriais, naturais ou construídos, que uma pessoa ou um povo possui ou consegue acumular (LEMOS, 2004) − é possível quebrar um inconsciente coletivo instaurado no povo brasileiro: prédios antigos só podem funcionar como abrigo de museus ou outras atividades ditas “culturais”.
"Todos somos responsáveis de traçarmos nossa própria história. Mas antes devemos saber compreender o passado, para lidar com o presente, só assim conseguiremos projetarmos um futuro.
"
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Museu Histórico de Quixadá/CE - A forma em função do seu uso.
1. V Congresso de Iniciação Científica em
Arquitetura e Urbanismo da Regional Nordeste da FeNEA
MUSEU HISTÓRICO DE
QUIXADÁ/CE
A FORMA EM FUNÇÃO DO SEU USO
Autora: Gislayne Viana
Orientadora: Prof. Me. Ana Paula Gurgel
2. OBJETIVO
Analisar o Museu Histórico de
Quixadá/CE a partir dos três pilares
vitruvianos da arquitetura:
Utilitas – utilidade;
Venustas – beleza;
Firmitas – estrutura.
4. PATRIMÔNIO E PRESERVAÇÃO
Hoje é possível afirmar que a preservação do patrimônio constitui um
campo do conhecimento que assegura sua unidade existencial, que
é constituído, identificado por uma história; (SANTOS, 2012; p. 02).
A preservação e a ideia de patrimônio sofreram transformações tão
violentas que é possível afirmar que estamos sendo confrontados por
uma verdadeira “crise de identidade do patrimônio”. É inegável que
o patrimônio ganhou amplitude, também é indiscutível a
necessidade de aprofundar o debate, com seriedade e fundamento.
(SANTOS, 2012).
5. Planta de situação do museu.
Destaca-se no cenário urbano por seu bom estado de preservação e
conservação de sua estrutura física frente à destruição da arquitetura
histórica que predomina na cidade de Quixadá.
6.
7. Venustas: o eclético
“bolo de noiva”
• Antiga residência construída em 1922
com predominância de
características formais do estilo
eclético.
11. Utilitas: residência x museu
O prédio abriga hoje um museu, os espaços são preenchidos pelo o
acervo histórico da cidade: nas salas e alcovas ficam os artefatos e na
administração os arquivos documentais.
12. Parte do acervo do museu
Na exposição do Museu de
Quixadá observa-se que não
há na organização do
acervo uma linha evolutiva
clara, embora sejam
agrupados por temáticas.
13.
14. REFERÊNCIAS
• ALBERNAZ, Maria Paula; LIMA, Cecília Modesto. Dicionário Ilustrado de Arquitetura. 3 ed. São Paulo:
ProEditores, 2003. 670p.
• DZIURA. Giselle luzia. Três tratadistas da arquitetura e a ênfase no uso do espaço. 2006. Disponível em:
<http://www.up.com.br/davinci/3/303_tres_tratadistas_da_arquitetura.pdf >. Acesso em 14 dez. 2012.
• GURGEL, Ana Paula C. Crato: formação e transformações morfológicas do seu centro histórico. 2008.
213f. Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Departamento de
Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008. 9
• IBGE. Contagem da População 2010. Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse>.
Acesso em: 10 jun. 2011.
• LEMOS, Carlos. O que é patrimônio histórico. 5ª ed. de 1987. São Paulo: Brasiliense, 2004. (Coleção
Primeiros Passos).
• MANENTI, Leandro. Princípios de ordem projetual na obra de Vitrúvio. In Arquitetura Revista, v. 06, n.
1, jan/jul 2010.
• QUIXADÁ. Lei nº 2.266: cria o museu histórico de Quixadá Jacinto de Sousa e dá outras providências. 09.
nov. 2006.
• QUIXADÁ. Decreto Municipal Nº 007/2007: Tombamento Municipal. 14.jul.2007
• REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da arquitetura no Brasil. 10ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2004. 211 p.
(Debates)
• SANTOS, Myrian S. dos. A escrita do passado nos museus históricos. Rio de Janeiro:
Garamond, MinC, IPHAN, DEMU, 2006. 144p. (Coleção Museu, memória e cidadania).
• SANTOS, Cecília R. dos. A noção de patrimônio e a origem das idéias e das práticas da preservação no
Brasil. In Arquitextos, São Paulo, 13.149, Vitruvius, out. 2012. Disponível em:
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.149/4528>. Acesso em 15 dez. 2012.
• SCHNEIDER, Luiz Carlos. Rio Prado: evolução urbana e patrimônio arquitetônico-urbanístico. Santa Cruz do
Sul: EDUNISC, 2005. 231 p.