1. AVALIAÇÃO
I Encontro Nacional de Coordenadores de Atenção à
Saúde da Criança –
Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis
Suely F. Deslandes
IFF-FIOCRUZ
2. Como a avaliação pode contribuir para tomada de
decisão na Atenção e Gestão?
Considerações sobre a implantação de políticas
públicas
3. O que é Avaliação ?
é um processo sistemático de
fazer perguntas sobre o mérito
e a relevância de determinado
assunto, proposta ou programa.
4. “É a atividade que consiste em fazer
julgamento sobre uma intervenção,
comparando os recursos empregados
e sua organização (estrutura), os
serviços e os bens produzidos
(processo) e os resultados obtidos,
com critérios e normas”
(Contandriopoulos et al, 1997, 37).
5. “Entendemos avaliação como a
elaboração, a negociação, a aplicação
de critérios explícitos de análise, em
um exercício metodológico cuidadoso
e preciso, com vistas a conhecer,
medir, determinar e julgar o contexto, o
mérito, o valor ou o estado de um
determinado objeto, a fim de estimular
e facilitar processos de aprendizagem
e de desenvolvimento de pessoas e
organizações”(Silva e Brandão, 2003)
6. Ações envolvidas numa avaliação
Pactuações/negociações
Análise de viabilidade
Sistematização da informação
Elaboração teórica
Estabelecimento de critérios/ parâmetros
Julgamentos
Tomada de decisão
7. Avaliação colabora para...
oferecer respostas aos beneficiários, à
sociedade e ao governo sobre o emprego
dos recursos públicos;
responder aos interesses das
instituições, de seus gestores e de seus
técnicos;
buscar sempre uma melhor adequação
de suas atividades.
8. Permite analisar
a adequação dos objetivos (são possíveis, factíveis?
Foram bem dimensionados para os recursos e
tempo disponíveis?);
a suficiência e pertinência dos meios e insumos
empregados;
a efetividade das atividades e estratégias utilizadas
para alcançar os fins desejados;
os efeitos e resultados.
9. Uma avaliação poderá levar em conta:
a adequação entre os objetivos e estratégias propostas
e recursos utilizados face ao contexto em que o projeto,
ação ou serviço está sendo implementado;
a adequação da estrutura organizacional para realizar
o trabalho proposto;
o quanto e como os objetivos e metas foram atingidos;
a qualidade dos serviços prestados e dos resultados,
a sustentabilidade da ação ou projeto.
10. Contribuições e tipos de avaliação
Disponibilidade e distribuição de recursos:
Cobertura; acessibilidade; equidade
Efeito das ações:
Efetividade - efeito de uma intervenção em
situação real ao longo do tempo
Impacto
11. Custos e produtividade
Eficiência – produtividade da intervenção em
relação aos custos
Adequação das ações ao conhecimento vigente
Qualidade
Adequação das ações aos objetivos e problemas:
Direcionalidade e consistência (análise
estratégica)
12. Sobre a implantação
Grau de implantação
Análise de processo
relação entre contexto e os efeitos das ações
Aspectos relacionais
Satisfação, aceitação,
13. A própria avaliação cria uma demanda de
sistematicidade de registro das ações
realizadas, insumos empregados, produtos
obtidos, efeitos e resultados . Há, então
para os projetos um ganho informacional.
14. A partir da análise avaliativa é possível
rever estratégias, redimensionar objetivos
e necessidades de suporte. Há, portanto,
um ganho de competência técnica e
gerencial.
15. Toda avaliação desencadeia um processo interno de
discussão, de debate sobre os obstáculos encontrados;
do papel que cada um desempenhou para a situação
atual e para superação das dificuldades.
Há, nesse processo, um ganho de reflexão crítica.
16. Aprender com as lições, com os acertos e
erros, com a criatividade dos envolvidos no
planejamento e execução das ações é um
patrimônio precioso para todos os que
atuam. A avaliação possibilita o
compartilhamento de saberes e
experiências.
17. as ações e intervenções precisam “prestar
contas” de seus resultados e de sua
efetividade. Ganha-se, finalmente, uma
maior competitividade na busca de
recursos cada vez mais limitados de
financiamento
18. a avaliação é um processo, não é um momento
estanque, não é uma “tarefa”. Precisa ser
incorporada na realização, na gestão dos projetos,
programas e políticas.
Cultura de avaliação se inicia a partir da
democratização
20. Análise de Implantação de
políticas
Adaptado de Silva et al 2005
NÍVEIS DE ANÁLISE:
GOVERNO
GESTÃOE ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE
PRÁTICAS ASSISTENCIAIS
EFETIVIDADE
21. Análise de Implantação de
políticas
NÍVEIS DE ANÁLISE:
GOVERNO
PROJETO DE GOVERNO
CAPACIDADE DE GOVERNO
GOVERNABILIDADE
22. GESTÃOE ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE
PLANEJAMENTO
AVALIA ÇÃO
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA
Adequação da oferta
Acessibilidade
Cobertura
Organização da rede
Integração da rede
Intersetorialidade ]
Controle Social
Participação popular
23. PRÁTICAS ASSISTENCIAIS
Ação de promoção
Ação de vigilância
Existência de protocolos
Reabilitação
Acolhimento
24. Implantação
Foco – avaliar a relação entre a intervenção e seu
contexto de inserção na produção dos efeitos”
(Hartz, 2005)
Envolve fatores de natureza:
Política;
Técnica;
Econômica
Ética
25. EFETIVIDADE
Uso de traçadores
taxa ou coeficiente de algum tipo de agravo
Ex. Mortalidade por infecção respiratória aguda.
26. O estudo sobre a implantação de
programas/políticas visa analisar
(1) a extensão com que alcança a
população-alvo;
(2) a freqüência e a intensidade de
aplicação da proposta e a participação dos
sujeitos envolvidos;
(3) as questões organizacionais e
administrativas;
(4) a viabilidade e variabilidade das metas
propostas e
(5) a formação da equipe de intervenção
nos diferentes níveis.
27. A avaliação de resultados visa
dimensionar, qualitativa e
quantitativamente, as diferenças entre o
momento inicial e as metas/objetivos
atingidos ao final de uma intervenção
28. Avaliação de impacto analisa os efeitos de
intervenções em sistemas reais ; efeito em
relação a grandes grupos populacionais ou
em grandes intervalos de tempo (Silva,2005)
29. Se quem planeja governa
melhor, quem avalia aumenta
sua governabilidade e
capacidade de governo.