O documento discute o mapeamento cultural colaborativo realizado pela ACT Brasil com comunidades tradicionais. A metodologia envolve oficinas e trabalho de campo para mapear os territórios e recursos culturais com participação das comunidades, visando fortalecê-las e conservar o meio ambiente de forma sustentável.
2. Mapeamento Cultural Colaborativo
Wesley Pacheco
Equipe de Conservação da Amazônia – ACT Brasil
Coordenador do Laboratório de Geoprocessamento
SAS Quadra 03, Bloco C, Salas 301 a 306
Brasília – DF – Cep 70.070-934
wesley@actbrasil.org.br
www.actbrasil.org.br
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3. Missão
“Fortalecer as comunidades tradicionais e
conservar o meio ambiente.”
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4. Filosofia do Trabalho
A ACT Brasil acredita que o caminho para a
proteção do meio ambiente e o fortalecimento
das culturas dos povos indígenas sustenta-se
em três pilares: o mapeamento, proteção e
manejo.
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5. O Mapeamento
Metodologia de Mapeamento Cultural:
- Condições necessárias;
ü Que a comunidade tenha – e reconheça – a necessidade do
mapa cultural de acordo com suas prioridades específicas;
ü Estrutura mínima que possibilite à comunidade acessar e
manejar as orientações cartográficas e de pesquisa
etnográfica transmitidas pela equipe técnica.
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6. O Mapeamento
- Atores do mapeamento cultural;
- Etapas;
ü Procedimentos Prévios;
ü Primeira oficina;
ü Trabalho de Campo;
ü Segunda oficina;
ü Trabalho de Campo;
ü Terceira oficina;
ü Revisão;
ü Entrega dos mapas.
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8. Processo
Etnocartográfico
Premissas básicas:
1 - Processo colaborativo/participativo
Interferência mínima.
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9. Processo
Etnocartográfico
Premissas básicas:
2 - Desenvolvimento democrático em todas as
etapas;
Definições a partir da vontade da comunidade;
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10. Processo
Etnocartográfico
Premissas básicas:
3 - Respeito às realidades da comunidade
• Respeito aos calendários;
• Respeito ao cotidiano (cultura).
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11. Processo
Etnocartográfico
Premissas básicas:
4 - Preocupação com a legitimidade do processo
• Comunidade integrada;
• Representatividade;
• Concepção da importância.
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12. Etnocartografia como estratégia de
legitimidade
Ø Planos de Ordenamento Territorial
Ø Ineficientes
Ø Ênfase aos interesses econômicos;
Ø Visão subalterna do meio ambiente,
sociedade e povos tradicionais.
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13. Etnocartografia como estratégia de
legitimidade
Ø Planos de Ordenamento Territorial
Ø Geração de conflitos.
Ø Legitimidade a partir do processo etnocartográfico
Ø Visão do saber local como chave da gestão
territorial.
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15. ETNOCARTOGRAFIA e FORTALECIMENTO DE
COMUNIDADES
Ø Conhecimento integralizado do território;
Ø Demonstração do espaço geográfico como
território;
Ø Cultura e Tradição;
Ø Instrumento Político, Econômico e Social;
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16. ETNOCARTOGRAFIA e FORTALECIMENTO DE
COMUNIDADES
Ø Proteção;
Ø Ferramenta de luta pela reivindicação de direitos
Ø Defesa do Uso e Ocupação
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35. Bibliografia
ACT BRASIL. Amazon Conservation Team Face aos Conhecimentos Tradicionais: Dilemas
Éticos, Jurídicos e Institucionais. Brasília, ACT Brasil Edições, 2007.
ACT BRASIL. Metodologia de Mapeamento Cultural Colaborativo. Brasília, ACT Brasil Edições,
2008.
CAMPIONE, F. P.; Etnia Ed Etnicismi. Como, Itália: Università degli Studi dell'Insubria. (2003)
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(Va): Center for the Support of Native Lands, 2001.
DIEGUES, Antônio Carlos. Introdução. In: ____. (org.) Etnoconservação Novos Rumos para a
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D’ADESKY, J. Pluralismo étnico e multiculturalismo: racismos e anti-racismos no Brasil. Rio
de Janeiro: Pallas, 2001.
LITTLE, Paul E. Gestão Territorial em Terras Indígenas: definição de conceitos e proposta de
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Extraordinária dos Povos Indígenas do Acre – SEPI/AC e à Cooperação Técnica Alemã – GTZ. Rio
Branco, Acre, 2006.
POINTET, A.; PERAFAN, C.; CALOZ, R.; DOLCI, C.; GEIGER, S.; Cultural Land Use Analisys
Methodology. Lausane, Switzerland, 2004.
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