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         Área de Ciências da Comunicação




                    WALL-E
 Análise do filme o referencial teórico das aulas




Imaginários Tecnológicos – Nísia Martins do Rosário
        Comunicação Digital – Turma 2009
             Ediqueli Bianca da Silva




           São Leopoldo, maio de 2010
INTRUDUÇÃO


       Durante as aulas de Imaginários Tecnológicos, ministradas pela professora Nísia
Martins do Rosário, os alunos da turma 2009 de Comunicação Digital leram e
discutiram em aula textos de cinco autores. São eles: Castor Ruiz, André Lemos, Erick
Felinto, Vilém Flusser e Pierre Lévy. A professora solicitou aos alunos que escolhessem
um dos seis filmes sugeridos (Avatar, WALL-E, A ilha, Pandorum, Transformers I e II)
e analisassem-no conforme as conclusões realizadas conforme discussões e leituras dos
textos. A partir disso, os alunos deveriam apresentar e entregar suas conclusões.
       Eu, Ediqueli Bianca, assisti o WALL-E. Ele lembrou-me do desenho animado
The Jetsons (em português Os Jetsons). O desenho que introduziu no imaginário das
pessoas o que seria o futuro da Humanidade: carros voadores, cidades suspensas,
trabalho automatizado e robôs como empregados. O filme, me fez recordar, também, a
historia de um livro que li quando cursava a quarta série do Ensino Fundamental. O
livro, que foi escrito por Ivan Jaf, intitula-se O robô que virou gente e traz a historia de
um robô que ao ganhar vida casa-se com uma torradeira.
       Apresento a sinopse e a ficha técnica do filme WALL-E, alguns elementos reais
e hiper-real que são mostrados, o conceito robocentrismo, a mensagem e o
encantamento do filme.


                                            WALL-E


       Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a
humanidade deixa o planeta e passa a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o
retiro durasse alguns, poucos, anos. E, robôs seriam deixados para limpar o planeta.
Wall-E é o último destes robôs, que se mantém em funcionamento graças ao auto-
conserto de suas peças.
       Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres
maiores que arranha-céus, e colecionar objetos curiosos que encontra ao realizar seu
trabalho. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno
robô: Eva. Curioso, Wall-E logo se apaixona pela recém-chegada.


                               FICHA TÉCNICA DE WALL-E
Título Original:Wall-E
       Gênero: Animação, Comédia, Família, Ficção Científica , Romance
       Direção: Andrew Christopher Stanton Jr.
       Roteiro: Andrew Christopher Stanton Jr.,Jim Reardon, Pete Docter
       Produtores: Jim Morris, John Lasseter,Lindsey Collins
       Elenco: Ben Burtt (Wall•E / M-O)Elissa Knight (Eve)Jeff Garlin (Captain)Fred
Willard (Shelby     Forthright,      BnL     CEO)John         Ratzenberger (John)Kathy
Najimy (Mary)Susan Alexandra " Sigourney " Weaver (Ship's Computer)
       Estreia:27 de Junho de 2008
       Duração:98 minutos


                                  REAL E HIPER-REAL


       Durante as aulas, aprendi que muitas vezes o real, pode não ser real. Por
exemplo, a realidade do filme, onde todas as tarefas, que deveriam ser feitas pelo
homem, são realizadas por robôs. Mas, O fato de tudo ser realizado por Robôs no filme
é considerado natural, mas para nós não. Para nós, o natural é que os humanos realizem
suas tarefas, ou no máximo são auxiliados por alguém ou algum acessório (como uma
prótese, por exemplo).

       Em seu livro, Cibercultura – tecnologia e vida social na cultura contemporânea,
André Lemos questionando sobre o que é real, ou não, faz a seguinte pergunta:

              “Será possível instaurar um novo projeto racionalista em meio a uma
       contemporaneidade em que o real, há muito, deixou de ser uma evidência em
       vários campos?”

       Outros exemplos de elementos reais no ponto de vista do homem, tratados pelo
filme são:

              •      A tentativa de salvar o Planeta Terra;

              •      O uso de propagandas;

              •      A abertura automática de portas no supermercado;

              •      Brincar de estourar plástico bolha e de organizar o cubo mágico;
•   O hábito de assistir televisão;

                  •   O uso do Messenger para se comunicar com alguém próximo (ao
       lado, no exemplo do filme);

                  •   A obesidade dos personagens, que tem vida sedentária.

       Alguns exemplos de elementos hiper-reais no ponto de vista do homem, tratados
pelo filme são:

                  •   Os robôs trabalhando de empregados para humanos;

                  •   Os robôs agem como humanos;

                  •   Os seres humanos têm dificuldades (como a de leitura) devido a
       vida confortável.

       Acerca desse assunto, Pierre Lévy em A ideografia dinâmica – rumo a uma
imaginação artificial? Afirma que:

                      “Numa época de profundas transformações e incertezas, será
              possível atingir a “realidade” das coisas, ainda mais levando em conta as
              rápidas metamorfoses do fenômeno técnico?”

       As pessoas que são favoráveis ao uso da tecnologia, são chamadas de
Tecnoutópicas. Elas aprendem, facilmente, a manipular novos softwares e hardwares e
não receiam ao testarem novas tecnologias. Mas, infelizmente, inúmeras vezes, ao
tentarmos adquirir ao lançamento de determinado produto temos dificuldade, pois são
de alto custo e muitas vezes demoram a ser comercializados no Brasil. E enquanto
aguardamos sua comercialização, surgem produtos mais modernos tornando o nosso tão
sonhado bem em antigo.

       Referindo-se ao desejo, que muitas vezes é confundido com necessidade, que as
pessoas têm de consumir/adquirir bens cada vez mais modernos, André Lemos em
Cibercultura – tecnologia e vida social na cultura contemporânea, escreve:

                      “Podemos dizer que existe uma relação simbólica entre o homem,
              a natureza e a sociedade. A cada época da historia da humanidade
              corresponde uma cultura técnica particular.”
ROBOCENTRISMO


       Aprendemos na aula, que o Teocentrismo é a teoria que tem Deus como o centro
das atenções, enquanto o Antropocentrismo é o homem o centro das atenções. A partir
desse conhecimento e criei o Robocentrismo: Robô é o centro de tudo, pois os robôs,
além de serem os personagens principais de WALL-E eles são os responsáveis pela
sobrevivência das pessoas no planeta, na historia.
              “Embora vivamos num mundo altamente tecnológico, existe um
       profundo desconhecimento do fenômeno técnico.”
              LEMOS, André. Cibercultura – tecnologia e vida social na cultura
       contemporânea.

       É muito importante conhecer os recursos tecnológicos utilizados na elaboração
de novos produtos, mas isso não acontece. Muitas pessoas desejam adquirir ao produto,
aprendem a utilizá-lo, mas desconhecem seu funcionamento.


                                   PARECE, MAS NÃO É


       Outro assunto abordado em aula foi a perda da magia de filmes e clipes ao
descobrirmos os segredos envolvendo a produção. Poderia apresentar o Design Sonoro
da Animação – Construindo o mundo com o som, mas não, optei por escolher outro
(des)encantamento.
       Ao final do filme, assisti aos créditos e aos extras do filme. Em parte dos
créditos, aparecem, representados por desenhos, elementos que caracterizam o filme,
permitindo ao telespectador assistir, sem problemas, aos Créditos antes do filme.
       E, nos créditos tem uma pequena animação Presto Cunha do cinema, o segredo
do mágico que retira um coelho de dentro de sua cartola mágica é desvendado - a
cartola tem um fundo falso. E isso, quebra o encanto do mágico e sua cartola.
CONCLUSÃO


       O filme mostra a importância da preservação ambiental e a importância de não
termos uma vida sedentária. Ensina que com atos simples poderemos fazer a diferença
(plantando um grão de feijão), que amigos são aqueles que, ajudam-nos sempre que
precisamos e que para o amor não há limites (qual é o problema de dois robôs se
amarem?).
       A análise do filme WALL-E, que traz como tema central a preservação do
Planeta Terra e um mundo moderno “dominado por robôs”, permitiu-me perceber, e
diferenciar, o Real do Hiperreal, avaliar o uso exagerado, por parte de algumas pessoas,
que inúmeras vezes ocasionam dependência tecnológica. Possibilitou também criar um
novo termo o Robocentrismo: Robô é o centro de tudo. Compreendi, ainda mais, acerca
da chamada perda da magia de filmes e clipes ao descobrirmos os segredos envolvendo
a produção.


                            REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA



       LEMOS, André. Cibercultura – tecnologia e vida social na cultura
contemporânea. Porto Alegre: Sulinas, 2004.

       LÉVY. Pierre. A ideografia dinâmica – rumo a uma imaginação artificial? São
Paulo: Loyola, 2004.

       Sites:

       filmow.com

       Wikipedia.org

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Análise de WALL-E

  • 1. Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS Área de Ciências da Comunicação WALL-E Análise do filme o referencial teórico das aulas Imaginários Tecnológicos – Nísia Martins do Rosário Comunicação Digital – Turma 2009 Ediqueli Bianca da Silva São Leopoldo, maio de 2010
  • 2. INTRUDUÇÃO Durante as aulas de Imaginários Tecnológicos, ministradas pela professora Nísia Martins do Rosário, os alunos da turma 2009 de Comunicação Digital leram e discutiram em aula textos de cinco autores. São eles: Castor Ruiz, André Lemos, Erick Felinto, Vilém Flusser e Pierre Lévy. A professora solicitou aos alunos que escolhessem um dos seis filmes sugeridos (Avatar, WALL-E, A ilha, Pandorum, Transformers I e II) e analisassem-no conforme as conclusões realizadas conforme discussões e leituras dos textos. A partir disso, os alunos deveriam apresentar e entregar suas conclusões. Eu, Ediqueli Bianca, assisti o WALL-E. Ele lembrou-me do desenho animado The Jetsons (em português Os Jetsons). O desenho que introduziu no imaginário das pessoas o que seria o futuro da Humanidade: carros voadores, cidades suspensas, trabalho automatizado e robôs como empregados. O filme, me fez recordar, também, a historia de um livro que li quando cursava a quarta série do Ensino Fundamental. O livro, que foi escrito por Ivan Jaf, intitula-se O robô que virou gente e traz a historia de um robô que ao ganhar vida casa-se com uma torradeira. Apresento a sinopse e a ficha técnica do filme WALL-E, alguns elementos reais e hiper-real que são mostrados, o conceito robocentrismo, a mensagem e o encantamento do filme. WALL-E Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixa o planeta e passa a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o retiro durasse alguns, poucos, anos. E, robôs seriam deixados para limpar o planeta. Wall-E é o último destes robôs, que se mantém em funcionamento graças ao auto- conserto de suas peças. Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres maiores que arranha-céus, e colecionar objetos curiosos que encontra ao realizar seu trabalho. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno robô: Eva. Curioso, Wall-E logo se apaixona pela recém-chegada. FICHA TÉCNICA DE WALL-E
  • 3. Título Original:Wall-E Gênero: Animação, Comédia, Família, Ficção Científica , Romance Direção: Andrew Christopher Stanton Jr. Roteiro: Andrew Christopher Stanton Jr.,Jim Reardon, Pete Docter Produtores: Jim Morris, John Lasseter,Lindsey Collins Elenco: Ben Burtt (Wall•E / M-O)Elissa Knight (Eve)Jeff Garlin (Captain)Fred Willard (Shelby Forthright, BnL CEO)John Ratzenberger (John)Kathy Najimy (Mary)Susan Alexandra " Sigourney " Weaver (Ship's Computer) Estreia:27 de Junho de 2008 Duração:98 minutos REAL E HIPER-REAL Durante as aulas, aprendi que muitas vezes o real, pode não ser real. Por exemplo, a realidade do filme, onde todas as tarefas, que deveriam ser feitas pelo homem, são realizadas por robôs. Mas, O fato de tudo ser realizado por Robôs no filme é considerado natural, mas para nós não. Para nós, o natural é que os humanos realizem suas tarefas, ou no máximo são auxiliados por alguém ou algum acessório (como uma prótese, por exemplo). Em seu livro, Cibercultura – tecnologia e vida social na cultura contemporânea, André Lemos questionando sobre o que é real, ou não, faz a seguinte pergunta: “Será possível instaurar um novo projeto racionalista em meio a uma contemporaneidade em que o real, há muito, deixou de ser uma evidência em vários campos?” Outros exemplos de elementos reais no ponto de vista do homem, tratados pelo filme são: • A tentativa de salvar o Planeta Terra; • O uso de propagandas; • A abertura automática de portas no supermercado; • Brincar de estourar plástico bolha e de organizar o cubo mágico;
  • 4. O hábito de assistir televisão; • O uso do Messenger para se comunicar com alguém próximo (ao lado, no exemplo do filme); • A obesidade dos personagens, que tem vida sedentária. Alguns exemplos de elementos hiper-reais no ponto de vista do homem, tratados pelo filme são: • Os robôs trabalhando de empregados para humanos; • Os robôs agem como humanos; • Os seres humanos têm dificuldades (como a de leitura) devido a vida confortável. Acerca desse assunto, Pierre Lévy em A ideografia dinâmica – rumo a uma imaginação artificial? Afirma que: “Numa época de profundas transformações e incertezas, será possível atingir a “realidade” das coisas, ainda mais levando em conta as rápidas metamorfoses do fenômeno técnico?” As pessoas que são favoráveis ao uso da tecnologia, são chamadas de Tecnoutópicas. Elas aprendem, facilmente, a manipular novos softwares e hardwares e não receiam ao testarem novas tecnologias. Mas, infelizmente, inúmeras vezes, ao tentarmos adquirir ao lançamento de determinado produto temos dificuldade, pois são de alto custo e muitas vezes demoram a ser comercializados no Brasil. E enquanto aguardamos sua comercialização, surgem produtos mais modernos tornando o nosso tão sonhado bem em antigo. Referindo-se ao desejo, que muitas vezes é confundido com necessidade, que as pessoas têm de consumir/adquirir bens cada vez mais modernos, André Lemos em Cibercultura – tecnologia e vida social na cultura contemporânea, escreve: “Podemos dizer que existe uma relação simbólica entre o homem, a natureza e a sociedade. A cada época da historia da humanidade corresponde uma cultura técnica particular.”
  • 5. ROBOCENTRISMO Aprendemos na aula, que o Teocentrismo é a teoria que tem Deus como o centro das atenções, enquanto o Antropocentrismo é o homem o centro das atenções. A partir desse conhecimento e criei o Robocentrismo: Robô é o centro de tudo, pois os robôs, além de serem os personagens principais de WALL-E eles são os responsáveis pela sobrevivência das pessoas no planeta, na historia. “Embora vivamos num mundo altamente tecnológico, existe um profundo desconhecimento do fenômeno técnico.” LEMOS, André. Cibercultura – tecnologia e vida social na cultura contemporânea. É muito importante conhecer os recursos tecnológicos utilizados na elaboração de novos produtos, mas isso não acontece. Muitas pessoas desejam adquirir ao produto, aprendem a utilizá-lo, mas desconhecem seu funcionamento. PARECE, MAS NÃO É Outro assunto abordado em aula foi a perda da magia de filmes e clipes ao descobrirmos os segredos envolvendo a produção. Poderia apresentar o Design Sonoro da Animação – Construindo o mundo com o som, mas não, optei por escolher outro (des)encantamento. Ao final do filme, assisti aos créditos e aos extras do filme. Em parte dos créditos, aparecem, representados por desenhos, elementos que caracterizam o filme, permitindo ao telespectador assistir, sem problemas, aos Créditos antes do filme. E, nos créditos tem uma pequena animação Presto Cunha do cinema, o segredo do mágico que retira um coelho de dentro de sua cartola mágica é desvendado - a cartola tem um fundo falso. E isso, quebra o encanto do mágico e sua cartola.
  • 6. CONCLUSÃO O filme mostra a importância da preservação ambiental e a importância de não termos uma vida sedentária. Ensina que com atos simples poderemos fazer a diferença (plantando um grão de feijão), que amigos são aqueles que, ajudam-nos sempre que precisamos e que para o amor não há limites (qual é o problema de dois robôs se amarem?). A análise do filme WALL-E, que traz como tema central a preservação do Planeta Terra e um mundo moderno “dominado por robôs”, permitiu-me perceber, e diferenciar, o Real do Hiperreal, avaliar o uso exagerado, por parte de algumas pessoas, que inúmeras vezes ocasionam dependência tecnológica. Possibilitou também criar um novo termo o Robocentrismo: Robô é o centro de tudo. Compreendi, ainda mais, acerca da chamada perda da magia de filmes e clipes ao descobrirmos os segredos envolvendo a produção. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA LEMOS, André. Cibercultura – tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulinas, 2004. LÉVY. Pierre. A ideografia dinâmica – rumo a uma imaginação artificial? São Paulo: Loyola, 2004. Sites: filmow.com Wikipedia.org