1 - Salazar, a presença de um ausente
2 - Pátria, um fetiche em baixa de cotação nos mercados
3 – Forças armadas, brinquedo caro e inútil
4 – As intervenções externas não militarizadas
5 – A marcha celebrante do dia da ‘raça’
2110 - As últimas eleições autárquicas. Detalhe de um campeonato (2)
O dia da ‘raça’ e a exibição circense na guarda
1. GRAZIA.TANTA@GMAIL.COM 14/6/2014 1
O dia da ‘raça’ e a exibição circense na Guarda
1 - Salazar, a presença de um ausente
2 - Pátria, um fetiche em baixa de cotação nos mercados
3 – Forças armadas, brinquedo caro e inútil
4 – As intervenções externas não militarizadas
5 – A marcha celebrante do dia da ‘raça’
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1 - Salazar, a presença de um ausente
No passado dia 10 de junho, excepcionalmente os nossos olhos cruzaram-se
com uma emissão televisiva; e, por acaso, na transmissão das celebrações
daquela data a que em tempos, Cavaco, numa sua emanação salazarista,
designou por dia da ‘raça’. O homem andava nessa época assoberbado com o
magno problema da identidade nacional, mostrando-se muito preocupado com
o afluxo de imigrantes que poderiam vir a suplantar (!!), em número… os tugas
de gema.
Há já algum tempo que encontramos muitas semelhanças entre Cavaco e
Salazar. São os dois entes mais nocivos na História portuguesa do último
século, com Salazar no degrau mais alto do pódio. Embora haja, entre outras,
uma diferença visível entre os dois; Salazar era um intelectual e Cavaco um
ignorante de alto gabarito.
No dia 10 observámos uma curiosa semelhança. Salazar, em 1967 caiu da
cadeira (ou melhor, enganou-se quando julgava que se ia deixar cair na cadeira)
e isso foi considerado como o início da última fase do regime fascista, um
marcador da sua queda próxima. Cavaco no dia da sua ‘raça’, caiu do palanque,
num claro símbolo da putrefação do regime cleptocrático atual, ainda que
tivesse voltado ao púlpito, pouco depois e continuado com mais uma das suas
vazias arengas. Em matéria de arengas, Cavaco aproxima-se mais dos discursos
do seu antecessor Américo Tomás, inspirador do anedotário nacional da sua
época.
Outro símbolo interessante é a queda do presidente nos braços do grande
ayatollah castrense. Aliás, a centralização das comemorações do dia da ‘raça’
nas forças armadas sugere que a fragilidade do regime cleptocrático exige que
o mesmo seja levado ao colo das forças armadas, papel que estas não
recusarão para valorizar o seu papel e o quinhão do orçamento. Poderá
considerar-se o folclore da Guarda como exibição dessa simbiose, da sintonia
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entre o poder civil e o militar, com os dez milhões de portugueses a assistir,
desejavelmente anestesiados pelo brilho da cerimónia.
Minutos após o presidencial chelique surgiu no écran o emplumado general
que comanda toda a tropa lusa; pensámos, por momentos, que iria anunciar
estar Cavaco definitivamente para lá de Bagdad e assegurar que o poder não
cairia nas ruas. Não há general que não goste da lei e da ordem nas ruas e de
abastança nas messes.
A cinzenta figura estava tão preocupada com as ruas que logo admoestou os
manifestantes anti-governo, colocando a parada em sentido, com um “tenham
respeito por Portugal e pelas forças armadas!” Terá sido a necessidade de
Cavaco elevar a voz para fazer ouvir o seu tosco bosquejo - sobre a presença na
Flandres da tropa lusitana na I grande guerra - acima do coro dos
manifestantes, que terá motivado o chelique. Uma fragilidade confrangedora!
2 - Pátria, um fetiche em baixa de cotação nos mercados
Já em tempos divulgámos o que pensamos dos patriotismos1
e das forças
armadas2
.
Não nos parece que a pátria, uma figura abstrata, um fetiche, seja merecedora
de respeito algum, como qualquer conceito inventado para que muitos
obedeçam e aceitem os privilégios de alguns, como instrumento de divisão
entre pessoas da mesma condição, só porque têm línguas e culturas diferentes.
Diz-se que uma nação é composta por território, povo e Estado. O território
merece-nos respeito enquanto parcela do habitat global de seres vivos e que se
pretende seja preservado na sua harmonia, considerando-se como ínvia e
desastrosa a apropriação privada da utilização dos seus recursos. Quanto ao
povo, há certamente uma pequena faixa de elementos tóxicos que nos não
merece respeito algum - as várias estirpes de capitalistas e mandarins - tendo-
se em conta que a esmagadora maioria das pessoas tem um grande potencial
de expressão solidária na construção das suas vidas, pessoais e coletivas.
Quanto ao Estado, constitui outro inconveniente fetiche, emanado das referidas
estirpes e para seu exclusivo uso e abuso, com funções repressivas, de punção
fiscal, agravadas recentemente com cortes em rendimentos e direitos da
esmagadora maioria em nome de uma dama virtuosa (diz-se), a austeridade.
3 – Forças armadas, brinquedo caro e inútil
A existência de forças armadas em Portugal é um luxo, incompatível com um
povo que vive, na doutrina do poder, acima das suas possibilidades3
. Entre as
1
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2012/01/normal-0-21-false-false-false_8687.html
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2012/01/v-behaviorurldefaultvmlo_04.html
2
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2012/08/o-militarismo-instrumento-politico-e_18.html
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2012/07/para-que-servem-as-forcas-armadas.html
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suas funções atuais, umas não se justificam, de todo, no quadro da segurança
externa; outras, podem ser desmilitarizadas, como seja a vigilância das águas
territoriais, que uma guarda costeira pode promover para a dissuação dos
vários tipos de tráficos que utilizam a via marítima, bem como da pilhagem dos
recursos haliêuticos ou de descargas poluentes.
Não é divisável qualquer ameaça militar externa à integridade do território; e, a
acontecer, teria de ser protagonizada por força militar considerável que tornaria
irrelevante a resistência das atuais forças armadas portuguesas. Imaginemos
que a UE é empurrada pelo sistema financeiro para a venda dos Açores em
leilão, como forma de devolver a dívida pública portuguesa para níveis de
razoabilidade.
O território português não é invadido desde meados do século XIX e a atuação
das forças armadas fez-se, posteriormente no exterior, em África, na Índia e na
Flandres com resultados estrategicamente desastrosos ou colocados do lado
errado da História. Em contrapartida, as forças armadas portuguesas
protagonizaram vários golpes de estado até que a criação das democracias
cleptocráticas, de mercado, lhes retiraram esse privilégio. Que o digam italianos
e gregos quando os mercados impuseram Monti e Papademos, respetivamente,
ao arrepio das práticas constitucionais. Por outro lado, o território português
não tem profundidade estratégica para uma guerra moderna e, naturalmente,
seria uma resistência popular que mais teria condições para desgastar e tornar
insalubre a permanência de um invasor militar.
Nos tempos que correm, as forças armadas portuguesas limitam-se a organizar
pequenos pelotões para enquadramento às ordens das forças da NATO ou a
promover luzidas paradas militares como a do dia 10. As forças armadas
deixaram sequer de se poder arrogar ao epíteto de “povo em armas” com o fim
do serviço militar obrigatório, sendo-lhes reservada uma função de força
repressiva de retaguarda, de guarda pretoriana do regime, constituída por
funcionários com forte espírito corporativo. Ou não fosse a guerra contra os
seus próprios povos a justificação mais profunda da existência da tropa.
A situação atrás descrita não é específica de Portugal, uma vez que no contexto
da UE, além da França e da Inglaterra, nenhum país tem a chamada capacidade
de projeção no exterior; embora alguns outros – Alemanha, Itália, Espanha,
Suécia – usem as suas forças armadas como elemento complementar de uma
indústria exportadora de armamento4
que Portugal, de facto, não tem.
4 – As intervenções externas não militarizadas
As intervenções externas nos países de média ou pequena dimensão só
excepcionalmente são militarizadas, nos dias de hoje.
3
http://www.slideshare.net/durgarrai/para-que-servem-as-foras-armadas
4
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2012/01/opentagono-e-nato.html
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Com a evolução do capitalismo o domínio político e económico não se
processa hoje, tanto pela ocupação militar, pela colonização típica do século
XIX e pela guerra, como antes. A liberalização dos movimentos de capitais, a
atuação das multinacionais e do sistema financeiro, a segmentação da
produção e a constituição de instituições internacionais ou multilaterais, de
uma classe política global são factores de enquadramento dos espaços, dos
povos e das riquezas tornando a maioria das nações irrelevantes como tal. Para
o capitalismo globalizado há apenas localizações de recursos, individualizados
através de bandeiras e hinos.
Nessa configuração atual do capitalismo, os países são intervencionados através
do investimento estrangeiro, nas movimentações das bolsas, pelos sempre
ignotos desígnios dos mercados, nas chamadas telefónicas da Merkel para o
mainato Barroso, nos almoços entre Draghi e Weidmann, presidente do
Bundesbank, nas cimeiras do G8, (reduzido para sete depois da zanga com
Putin), por debaixo da alva cabeleira da Lagarde ou nas manobras dos altos
funcionários da Goldman Sachs. Não custa imaginar uma intervenção militar da
tropa lusa na defesa da pátria com ameaças advinda daqueles lugares mais ou
menos etéreos; mas não podemos levar a sério uma entrada dos comandos na
bolsa ou a detenção dos técnicos da troika à chegada ao aeroporto para ditar
ao Passos as próximas decisões do conselho de ministros.
Mais concretamente, podemos apontar que a integridade pátria está em risco,
sobretudo com as privatizações dos portos, das vias de comunicação, da
ocupação da orla costeira por empreendimentos turísticos invasivos, da
previsível privatização dos aquíferos. O próprio aparelho de estado não passa
de um departamento do sistema financeiro que lhe enforma a atividade e as
decisões relevantes; muito mais do que a defesa de qualquer harmonia social
ou do tecido económico. E não consta que as forças ditas armadas se mostrem
ativas intervenientes para obviar essas situações na defesa da grei, como
genericamente lhes está cometido no texto constitucional; a não ser em avisos
patéticos das suas estruturas associativas ou sindicais a que já ninguém liga por
reiterada demonstração de que não passam de azedumes corporativos de
quem sempre se considerou num patamar acima dos reles paisanos.
Essa inoperância na defesa da grei evidencia que as forças armadas estão bem
sintonizadas com a governação, obedientes e bem inseridas no tal
departamento do sistema financeiro, designado como Estado. Como tal, se não
reagem, antes se acomodam à situação, torna-se um espetáculo circense o voo
dos F-165
ou a parada militar de 10 de junho. E torna-se evidente que as forças
armadas para nada mais servem do que constituir pelotões de retaguarda onde
a suserania estratégica do Pentágono, via NATO, ordenar, em locais como o
Líbano, o Afeganistão ou o Uganda que justificam visitas do aguiar-branco de
serviço, pelo natal.
5
Foi com muita pena que a assistência popular se terá referido à ausência de um número de lançamento
de um drone para o rio pelo Aguiar-Branco; provavelmente porque não havia rio junto da parada
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5 – A marcha celebrante do dia da ‘raça’
Voltando ao festival patrioteiro do 10 de junho, observámos, na bancada dos
vips, uma hierarquia de protagonistas tendo, qual cereja pútrida no cimo, o
Aníbal que desmaiou, tendo a seu lado direito como digna segunda figura do
tal Estado dito soberano (?) a inconseguida, publicamente conhecida por ter
alguns fusíveis fundidos; e à esquerda um género de drone telecomandado de
Berlim que não brilha pelas capacidades intelectuais.
Este exemplar reles e santificado de trindade, constitui o vértice de uma
hierarquia estatal marcada pelo roubo e pela corrupção. Em torno da trindade
largas dezenas de gravatas ocupavam os gargalos dos mais altos dignitários da
pátria, sendo mais conspícua a presença de alguns bonés de vários modelos,
em regra reluzentes de incrustrações em pechisbeque de talha dourada.
Notámos a presença, lado a lado, de Passos e do presidente do Tribunal
Constitucional, apontado fulcro de todas as culpas de algumas dificuldades na
estratégia governamental de empobrecimento coletivo para cumprimento da
sua mais nobre missão de encarrilar uns € 7000 M por ano de juros, para saciar
a gula do capital financeiro.
Do outro lado de uma sebe de polícias, algumas centenas de populares
mostravam a sua pequenez, agradecidos perante tão elevada concentração de
gradas figuras do regime cleptocrático, ganhando naquele dia direito a dormir
sem a toma de soníferos, descansados com o estado de prontidão das tropas
para a defesa face aos inimigos da lusa pátria. Mas faltaram os turistas e a CNN
para espalhar o evento pelo mundo.
É espantoso como uma das mais inúteis instituições do Estado português é alvo
de toda aquela coreografia oferecida à multidão como mistela para os males
provocados pelo próprio Estado. Num momento em que a esmagadora maioria
das pessoas é tratada como esbanjadores inveterados, obrigados a suportar as
carências inerentes ao desemprego, à redução de rendimentos, às dificuldades
na manutenção da saúde, às jornadas de trabalho acrescidas e outras, no dia 10
o tenente-coronel que relatava os festejos circenses da Guarda dizia que ‘apesar
dos cortes, nenhuma missão dos militares tinha deixado de ser cumprida’. Ou
os cortes foram superficiais, menores, permitindo a continuidade das tais
missões ou foram de facto significativas, evidenciando com a sua continuidade,
que terão vivido com dotações acima das suas necessidades.
Apreciámos particularmente o desfile militar, pelo colorido, pelo apuro musical
da banda, pela diversidade colorida dos marchantes, como se fora tudo aquilo
um ensaio geral para as marchas populares de Lisboa, representando cada farda
a coreografia escolhida por cada bairro popular da capital.
Vimos grupos vestidos de branco que mais pareciam vendedores da praia, de
gelados ou bolas de Berlim, em dias de gala. Ficámos sem saber perante a
exibição de sabres desembainhados se ainda hoje se praticam abordagens
como em séculos passados, com valentes marinheiros agarrados a cordas com
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sabres nos dentes a cair no convés do navio inimigo. Ao que apurámos, na
recente intercepção de barcos de borracha com “piratas” somalis não foram
utilizadas técnicas de abordagem. O relator do evento também não esclareceu
se, perante a elevada altitude da cidade da Guarda, os marinheiros, em regra
atuando ao nível das águas do mar, tiveram treino de habituação à altitude,
como acontece com as equipas de futebol.
Não conseguimos apurar a razão dos marinheiros usarem um babete assente
nas costas; nem a razão de lenços coloridos no pescoço dos operacionais
peritos da camuflagem. Chamamos a atenção dos estados-maiores para este
último caso pois pode mesmo ter o efeito contrário desejado por uma boa
camuflagem; um lenço azul celeste no pescoço de um rambo pode denunciá-lo
no meio da vegetação, tornando inúteis as pinturas de guerra na cara.
Não notámos na plateia dos vips o incansável o ministro das cervejas, promotor
da exportação. A profusão de condecorações no peito de generais era imensa;
uma massa enorme de pendões e bandeiras dava colorido à paisagem; tudo
isso, juntamente com galões e os botões amarelos tão do agrado dos militares,
certamente justificam indústrias várias, a criação de postos de trabalho e uma
exportação interessante para os generalatos pagos em dólares pelo Africom.
Registámos também o contraste entre o fino corte das fatiotas dos convivas
que rodeavam o ilustre desmaiado e as mangas arregaçadas de muitos dos
marchantes, como se fossem trabalhadores de mudanças preparados para
carregar colchões ou frigoríficos.
Era grande a variedade de fardas entre os marchantes, identificadoras dos
vários regimentos, “armas”, pelotões, companhias, batalhões e é certamente a
organização e a operacionalidade de toda essa gente que justifica grande parte
da alta hierarquia das forças armadas. Não é fácil manter distinguíveis as tropas
terrestres, face a marujos e araújos; seria inadmissível que um tenor de “mama
sutra” por engano entrasse num dos submarinos do Portas, onde o espaço tão
ergonomicamente planeado não teria capacidade para encaixar um berro
daquele ente, sem a abertura de fissuras no casco.
Entre as fardetas, havia de todos os feitios, calças e saias, chapéus, bonés,
barretes, bivaques e boinas e até caras pintadas às cores6
para se confundirem
com a vegetação próxima em caso de ataque de algum inimigo que quisesse
aproveitar tão elevada concentração de tropa e de mandarins para atacar e
decapitar a nação. Alguns ostentavam mesmo uns engraçados pompons ou
penachos, excelente camuflagem pensada para a atuação em jardins com
plumas ou recintos de avestruzes. Uns poucos ostentavam passa-montanhas,
certamente mal informados sobre o clima agreste da Guarda que não se
compara com um inverno no Afeganistão.
6
Consta que os pintados de verde seriam patrocinados pelo Bruno de Carvalho, que forneceu a tinta
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Deixámos para o fim desta descrição do desfile das marchas patrióticas de uma
Guarda-2014 o que considerámos mais original; as simbioses entre o passo
militar e a dança.
Delicioso foi ver um pelotão de camuflados arremessar a perna esquerda para o
lado e graciosamente a colocarem de imediato à frente, todos muito certinhos
após muitas horas de treino na parada; outro pelotão surgiu em corrida
moderada dobrando regularmente a perna para trás, num género de coicezinho
(sem ofensa). Não conseguimos descortinar se se tratam de novas formas de
confundir o inimigo, de o convencer que vem ao seu encontro um grupo de
bailado e não soldados em missão de extermínio ou, se se trata de uma nova
tática guerreira já testada em West Point e distribuída entre todos os membros
da NATO.
Se ainda existir este regime, em 2015 há mais. Mas talvez sob a forma de
parceria público-privada com uma empresa privada de eventos.
Este e outros documentos em:
http://grazia-tanta.blogspot.com/
http://pt.scribd.com/profiles/documents/index/2821310
http://www.slideshare.net/durgarrai/documents