2. O que é a SIDA
A SIDA é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência
Humana (VIH), que penetra no organismo por contacto
com uma pessoa infectada. A transmissão pode
acontecer de três formas: relações sexuais; contacto
com sangue infectado; de mãe para filho, durante a
gravidez ou o parto e pela amamentação.
3. O vírus da SIDA
O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) é um
lentivírus da família dos retrovírus. É constituído por
moléculas de ácido ribonucleico (ARN), com uma única
cadeia e possui envelope formado por proteínas.
4. Sintomas Da SIDA
Algumas pessoas apresentam sintomas semelhantes aos de
uma gripe como:
febre,
suores,
dor de cabeça,
de estômago,
nos músculos,
nas articulações,
fadiga,
dificuldades em engolir,
gânglios linfáticos inchados,
leve prurido.
5. Algumas pessoas também perdem peso e outras,
ocasionalmente, podem perder a mobilidade dos
braços e pernas, mas recuperam-na passado pouco
tempo. A fase aguda da infecção com VIH dura
entre uma a três semanas.
6. Como Se Faz O Diagnostico
O diagnóstico faz-se a partir de análises sanguíneas para
detectar a presença de anticorpos ao VIH. Estes
anticorpos são detectados, normalmente, apenas três a
quatro semanas após a fase aguda, não podendo haver uma
certeza absoluta sobre os resultados nos primeiros três
meses após o contágio.
7. As primeiras análises a um infectado podem dar um
resultado negativo se o contágio foi recente, por
isso, os testes devem ser repetidos quatro a seis
semanas e três meses após a primeira análise. O
período em que a pessoa está infectada, mas não lhe
são detectados anticorpos, chama-se “período de
janela”.
8. De que formas se pode contrair a doença
Através de sangue, sémen, fluidos vaginais, leite
materno e, provavelmente, dos fluidos pré-
ejaculatórios dos seropositivos. O VIH não se
transmite pelo ar nem penetra no organismo através da
pele, precisando de uma ferida ou de um corte para
penetrar no organismo.
9. A forma mais perigosa de transmissão é
através de uma seringa com sangue
contaminado, já que o vírus entra
directamente na corrente sanguínea.
10. A transmissão por via sexual nas relações
heterossexuais é mais comum do homem para a mulher,
do que o contrário. O contágio pode ocorrer em todos os
tipos de relação já que as secreções vaginais ou
esperma, mesmo que não entrem no organismo, podem
facilmente contactar com pequenas feridas e cortes
existentes na vagina, ânus, pénis e boca.
11. De Que formas nos podemos prevenir
Usar sempre preservativo nas relações sexuais,
não partilhar agulhas, seringas, material usado na
preparação de drogas injectáveis e objectos
cortantes (agulhas de acupunctura, instrumentos
para fazer tatuagens e piercings, de cabeleireiro,
manicura).
12. Além dos preservativos comuns, vendidos em
farmácias e supermercados, existem outros, menos
vulgares, que podem ser utilizados como protecção
durante as mais diversas práticas sexuais.
13. É, também, preciso ter atenção à utilização
de objectos, uma vez que, se estiverem em
contacto com sémen, fluidos vaginais e
sangue infectados, podem transmitir o vírus.
14. Viver Com a SIDA
Os tratamentos anti-retrovíricos permitem
preservar e recuperar parcialmente a função
imunológica do organismo, podendo os seropositivos
levar uma vida normal ou muito próxima do normal,
desde que tomem as devidas precauções e que
estejam informados sobre os perigos de
determinados comportamentos e actividades.
15. A SIDA Em Portugal
Em apenas três meses foram registados 884 novos
casos de VIH em Portugal, segundo resultados
publicados no boletim do Centro de Vigilância
Epidemiológica das Doenças Transmissíveis
(CVEDF) do Instituto Nacional de Saúde.
16. Entre 1 de Janeiro e 31 de Março, o Centro recebeu
o maior número de casos desde que a epidemia
entrou no país. Dos 884 casos, 55 por cento não
apresentam sintomas da doença, 35,7 por cento são
de sida em estado visível, 9,3 por cento estão numa
fase intermediária. As idades destes seropositivos
vão dos 25 aos 39 anos, e 83,8 por cento são
homens.
17. Onde obter informação e apoio sobre os testes do VIH
O teste de despiste é comparticipado e qualquer médico de
um centro de saúde ou de um hospital público pode passar-
te uma credencial de forma a ser possível realizá-lo de
forma acessível. No entanto, actualmente existem diversos
serviços de despiste anónimo, confidencial e gratuito, que
efectuam este serviço sem necessidade de te identificares
ou apresentares qualquer tipo de documento ou relatório
médico.
18. Para avaliar as condições de detecção da
presença do vírus, deve passar um prazo de
três meses (é chamado o período de janela),
entre o início da infecção e a realização do
teste.
19. Durante este período, como em qualquer outro, é
preciso que a pessoa se proteja e que tome as
medidas preventivas para evitar os riscos de
transmissão.
Se o teste revelar a presença do vírus, a pessoa é
dita seropositiva, ou portadora do VIH.